Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Controle de Constitucionalidade (cont.) ................................................................ 2
1.1 Controle de Constitucionalidade nas Constituições Brasileiras (histórico)
(cont.)............ .......................................................................................................................... 2
1.1.1 Constituição de 1988 (cont.) ....................................................................... 2
1.2 Modalidades de controle de constitucionalidade ............................................ 3
1.2.1 Quanto ao momento ................................................................................... 3
1.2.2 Quanto a natureza do órgão ....................................................................... 4
1.2.3 Quanto ao controle judicial ......................................................................... 4
1.2.4 Controle político .......................................................................................... 5
1.2.4.1 Controle político do Poder Executivo .................................................. 5
1.2.4.2 Controle político do Poder Legislativo ................................................. 7
1.2.5 Controle Judicial Preventivo ...................................................................... 10
1.3 Tipos de inconstitucionalidade ....................................................................... 12
1.3.1 Inconstitucionalidade material vs. inconstitucionalidade formal ............. 12
1.3.2 Inconstitucionalidade por ação vs. inconstitucionalidade por omissão ... 14
1.3.3 Inconstitucionalidade direta vs. inconstitucionalidade indireta ............... 15
1.3.4 Inconstitucionalidade simples vs. por arrastamento ................................ 16
1.3.5 Inconstitucionalidade originária vs. superveniente .................................. 18
1.4 Controle difuso e incidental ............................................................................ 20
1.4.1 Quanto aos sujeitos ................................................................................... 20
1.4.2 Quando ao processo .................................................................................. 20
1.4.3 Quanto ao momento ................................................................................. 20
1.4.4 Quanto ao objeto e parâmetro ................................................................. 21
1.4.5 Características do controle concreto......................................................... 22
1.4.6 Quanto ao procedimento .......................................................................... 23
1
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
1
Fenômeno da objetivação também denominado fenômeno de objetivização ou abstrativização do
controle difuso de constitucionalidade.
2
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Resposta: errado, pois o controle abstrato foi inaugurando antes mesmo de 1988.
2
Recomenda-se a leitura do livro “Precedente Judicial no Processo Civil Brasileiro - Mecanismos de
Objetivação do Processo”. Autor: Erik Navarro Wolkart. Editora: JUSPODIVM. Ano de Edição: 2013. Nº de
Páginas: 286
3
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
4
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
6
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
1) Rejeição do veto
O Poder Legislativo pode rejeitar o veto presidencial (art. 66, § 4º, CRFB).
Exemplo: o presidente da república veta um projeto de lei por inconstitucionalidade
comunica as razões do veto ao CN, que pode rejeitar o veto (como já aconteceu).
7
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
2) Atuação da CCJ
CCJ é a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. A CCJ tem como atribuição,
dentre outros, analisar a constitucionalidade dos projetos de lei. A atribuição da CCJ está em
regimento interno das casas e não na Constituição.
Esta é hipótese típica de controle político e preventivo.
3) Análise de MP
A análise da Medida Provisória para ser convertida ou não em lei. Um dos aspectos
que o CN analisa na MP é a sua constitucionalidade.
Ao analisar a constitucionalidade, o CN faz controle preventivo ou repressivo?
Resposta: repressivo. Ora, MP não é lei, mas tem força de lei, MP já é ato normativo
(o art. 59, CRFB prevê a MP como hipótese dentro do processo legislativo), então a MP é
uma espécie legislativa, é ato normativo primário, logo a análise é controle político
repressivo.
4) Sustação de lei delegada que exorbita os limites da delegação legislativa (art.
49, V, CRFB):
CRFB. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa;
5) Legitimidade ativa para a propositura da ADI, ADC, ADO, ADPF (art. 103, II ao IV,
CRFB):
CRFB. Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação
declaratória de constitucionalidade:
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
8
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
9
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
10
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
inconstitucionalidade de um projeto de lei. Este projeto de lei definia que novos partidos
políticos não teriam a possibilidade de participar do fundo partidário e nem participar do
horário eleitoral gratuito, na primeira eleição se criado no último ano de legislatura. Na
verdade a finalidade deste projeto de lei esta absolutamente casuística, a finalidade era criar
empecilhos para novos partidos que estavam sendo criados (Marina Silva estava criando um
novo partido). E aí foi impetrado um MS, o Min. Gilmar concede liminar para sustar o
processo legislativo alegando que o conteúdo do projeto de lei era casuístico, abusivo e que
o trâmite estava muito acelerado sem as discussões normais que ocorrem no projeto de lei.
Min. Gilmar cita Canotilho: princípio da vedação de lei abusiva e de conteúdo abusivo e
casuístico.
Quando o plenário analisou a matéria disse: a análise que o MS pede é a análise do
conteúdo do projeto de lei. E o Supremo diz que o MS não tem como finalidade analisar
conteúdo do projeto de lei, mas sim analisar se o rito foi obedecido, independente do
conteúdo. Ainda que o conteúdo do projeto de lei seja claramente inconstitucional (v.g.
projeto de lei estabelecendo pena de morte), não cabe MS para discutir este conteúdo, se o
projeto de lei foi presentado corretamente, o trâmite for correto e o quórum também, não
tem jeito, deixa o projeto virar lei. E depois caberia ADI contra a lei.
Não cabe em sede de MS a análise da inconstitucionalidade do conteúdo do projeto
de lei, mas sim dos aspectos processuais/formais do projeto de lei.
Há uma crítica a ser feita sobre o posicionamento ao Supremo. Se o Supremo
admitisse a análise do conteúdo do projeto de lei, ele estaria retirando do Legislativo o
poder de discutir e deliberar projeto de lei. Ora, pode ser que o projeto com conteúdo
inconstitucional seja modificado ou arquivado, o Supremo não pode retirar do CN o poder
de deliberar sobre as propostas que lhe são apresentadas, por mais abusivas que sejam.
Então para não violar a separação dos poderes o Supremo adota uma posição restritiva de
sua própria atuação. Então o que Min. Gilmar fez foi bloquear o debate no CN de forma
preliminar.
Agora se tudo isto faz sentido em relação a projeto de lei, na PEC a coisa muda um
pouco de figura. Em relação a PEC existe o art. 60, § 4º:
CRFB. Art. 60. § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
“Não será objeto de deliberação”, ou seja, o próprio processo legislativo da PEC deve
ser obstado com base na literalidade do art. 60, § 4º, CRFB, entenda-se “deliberação” como
11
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
debate, como processo legislativo. Neste caso o Supremo terá analisar o conteúdo da PEC
para verificar se a mesma é tendente a abolir cláusulas pétreas.
Exemplo: uma PEC instituindo pena de morte poderia ser impugnada mediante MS
porque é tendente a abolir uma cláusula pétrea, com base no art. 60, § 4º, CRFB. Noutro
giro, uma lei sobre pena de morte não poderia ser obstada via MS em razão de seu conteúdo
material.
Em regra, no MS preventivo pode discutir aspectos formais do processo legislativo e
não o seu conteúdo.
Observação. Cabe MS quando houver violação ao processo legislativo constitucional,
agora não cabe MS se o parlamentar alegar devido processo legislativo regimental. Se a
questão é regimental, a posição clássica do Supremo é de que isto é matéria interna
corporis, não cabe MS, vedação se dá em nome da preservação da separação de poderes.
12
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
13
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Se faltar um dos dois o STF diz que cabe ADI. O Supremo diz que também cabe
controle judicial para verificar os pressupostos da MP, desde que a análise destes
pressupostos se baseiem em critérios objetivos – não cabe ao STF realizar uma valoração
política/subjetiva dos pressupostos – a análise precisa ser objetiva. Quer dizer, cabe análise
dos pressupostos quando isto se dê de forma evidente, v.g. uma MP que altere o nome do
aeroporto não é nem relevante nem urgente. Agora, v.g. numa MP que regulamente
alimentos transgênicos, discutir se isto é relevante ou urgente exige uma carga de valoração
que o Supremo não faz, deixa a cargo do Congresso Nacional mesmo.
Exemplo2: O art. 18, § 4º trata da criação de município e dá três pressupostos: (a) LC
federal tratando da matéria de forma genérica, (b) que haja um plebiscito com as
populações envolvidas e também (c) um estudo viabilidade municipal – viabilidade
financeira. Logo se lei estadual que cria município sem um desses pressupostos, haverá uma
constitucionalidade formal por violação a pressupostos específicos.
CRFB. Art. 18. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
O supremo não se preocupa com esta divisão desses três pontos (procedimental,
orgânica, violação e pressupostos específicos), fala apenas em inconstitucionalidade formal.
Observação. A inconstitucionalidade material também é chamada de
inconstitucionalidade nomoestática e a inconstitucionalidade formal é chamada de
nomodinâmica. Dinâmica ou estativa tem a ver com movimento, em movimento ou não.
Nomo é norma, nomodinâmica seria norma em movimento, ou seja, processo de elaboração
da norma. Assim inconstitucionalidade nomodinâmica é inconstitucionalidade no processo
legislativo. Agora, nomoestática é norma já estática é que a já existe, que já está formada,
assim inconstitucionalidade nomoestática é inconstitucionalidade em norma já existente.
14
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
“Na inconstitucionalidade por ação o poder público faz o que não deveria fazer e na
inconstitucionalidade por omissão o poder público não faz o que deveria fazer.”
Imagine uma pessoa omissa sobre algo, ora, para dizer que a pessoa está omissa,
pressupõe-se que a ela tinha a obrigação de fazer algo. Para que se caracterize a omissão é
primeiro preciso caracterizar um dever de fazer. É preciso identificar uma norma
constitucional que imponha obrigação de fazer ao poder público. O problema é que as
normas constitucionais que impõem obrigações de fazer, ora estas normas são muito vagas,
genéricas e abstratas, ora são mais específicas. O dever de fazer ora é um dever de fazer
indefinido (dever de fazer muito abstrato), ora o dever de fazer é definido (é mais
específico).
Exemplo1: a educação é direito de todos e dever do Estado. Esta obrigação de fazer é
indefinida.
Exemplo2: é dever do município a atuação prioritária na educação infantil e no ensino
fundamental. Educação infantil atende a crianças de 0 a 5 anos (creches e pré-escolas) e
ensino fundamental se destina para crianças de 6 anos em diante. O que se chama de
educação básica inclui educação infantil (crianças de 0 a 5 anos), o ensino fundamental (6
anos em diante) e depois ensino fundamental (até os 17 anos). A Constituição no art. 211,
diz que o Estado atua no ensino médio e o município no ensino infantil. A Constituição diz
que educação é direito público subjetivo (poder jurídico de exigir algo de alguém), assim,
uma criança que pleiteava uma vaga e não consegue, tem um direito público subjetivo exigir
esta vaga de alguém. Então há uma obrigação constitucional do município para as crianças
de 0 a 5 anos. Neste caso há uma obrigação específica, definida.
Nas obrigações indefinidas a omissão é mais dificilmente caracterizada, porque em
obrigação muito vaga é difícil de se caracterizar omissão. Agora, quando mais evidente a
obrigação, mais evidente fica a omissão.
Observação. A omissão pode ser total ou parcial. Omissão total é o estado de
ausência e omissão parcial é estado de incompletude ou insuficiência. Na omissão parcial o
problema não é que o poder público não fez, ele fez, mas não abrangeu toda a situação
jurídica que deveria ser abrangido, ou seja, parte de uma situação ou parte de um grupo
ficou excluída da ação estatal.
15
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
A melhor forma de entender ato normativo secundário é imaginar uma escada onde
no topo está a Constituição, o ato normativo primário abaixo da Constituição (e se
fundamenta na Constituição) e o ato normativo secundário está abaixo do primário e se
fundamenta no primário.
Constituição
Ato
Normativo
Ato Primário
Normativo
Secundário
16
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Constituição
Lei
Decreto
regulamentando a Lei
17
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
18
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
19
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
TRF 2 Região – Juiz Federal Substituto. É cabível mandado de segurança para trancar
a tramitação legislativa de emenda constitucional? E se a alegação de ilegalidade
consistir na violação de norma regimental do Poder Legislativo? Justifique a resposta.
Resposta: Sim é cabível MS. Quando for norma regimental não pode porque é norma
interna corporis, em nome da separação de poderes o Supremo não adentra a
matéria.
20
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Objeto Parâmetro
LF CRFB
LE CE
LM
Então o objeto no controle concreto pode ser lei estadual, federal ou municipal, e o
parâmetro pode ser a Constituição Federal e a Constituição Estadual. O único cruzamento
que não é possível no controle concreto é questionar a lei federal perante constituição
21
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
estadual. Assim como não dá para fazer controle de legalidade da constituição estadual
perante a lei federal. Não é possível fazer o controle de constitucionalidade entre LF e CE.
Se houver o conflito entre LF e CE, como resolver o problema?
Resposta: Faz o controle das duas perante da CRFB. Porque, das duas uma, ou a LF
invadiu a competência da CE, ou a CE invadiu a competência da LF. E nos dois casos é a CRFB
resta violada.
1) Anterioridade:
Significa que a matéria constitucional é enfrenta antes da questão principal.
Exemplo: contribuinte entra com a ação dizendo que a lei tributária é inconstitucional
para não pagar o tributo, o pedido é não pagar o tributo e a repetição do indébito, para
tanto é preciso um fundamento, que a lei instituidora do tributo é inconstitucional. Antes do
juiz dizer se deve ou não pagar o tributo o juiz precisa considerar se a lei é constitucional ou
inconstitucional. A matéria constitucional é anterior.
2) Superordinação:
A superordinação é face da mesma moeda, é conceito oposto à subordinação. A
matéria constitucional se impõe à questão principal, ora a solução dada à matéria
constitucional condiciona a solução dada ao caso concreto.
3) Autonomia:
Significa que a matéria constitucional ali discutida transcende a situação concreta. É
matéria que repercute na situação concreta do indivíduo, porém vai muito além daquele
caso, se manifesta em outras situações, tanto é que a matéria constitucional poderia ser
discutida em outros processos, inclusive no controle abstrato. Ou seja, a matéria
constitucional não é exclusiva daquele caso concreto.
22
www.cursoenfase.com.br
Direito Constitucional
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
1) Na 1ª instância:
Havendo arguição incidental na primeira instância não haverá qualquer alteração
procedimental. Lembrar que a 1ª instancia engloba juiz monocrático comum, juizados e
também turmas recursais.
O juiz na hora de decidir, dentre os vários pontos e ser enfrentados, terá que
enfrentar a constitucionalidade daquela lei.
Se o juiz discute uma matéria constitucional, que é causa de pedir e não pedido, em
que parte da sentença aparece a discussão?
Resposta: Nos fundamentos, porque as questões prejudiciais são resolvidas nos
fundamentos. E no dispositivo julga procedente ou improcedente o pedido.
Juizado especial é órgão do Poder Judiciário (cível, criminal ou fazendário)?
Pergunta capciosa, nem juizado nem turma recursal estão no rol do art. 92 da CRFB,
isto porque varas cíveis, criminais e juizados são organização judiciária, na verdade, o órgão
é o juiz ou então o tribunal. Então a assertiva acima está errada.
2) Nos tribunais:
Para os tribunais o procedimento muda, porque vale a reserva de plenário.
A reserva de plenário está prevista no art. 97 da CRFB e disciplinada pelos arts. 480
ao 482, CPC.
23
www.cursoenfase.com.br