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RESUMO
ABSTRACT
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This article tries to take into consideration the concept of democracy
from the ideas developed by Raffaele de Giorgi and Niklas Luhmann. It
deals with the polemics related to the respective systems and that develop
from existent crisis. It affirm s that the own system provokes the changes
in itself and not the social interests or the authority confrontation in
according to the legal legitimacy. It attributes to this conflict a great
importance to the construction of the desired order.
1. INTRODUÇÃO
H e ró d o to (III, 8 0 -8 2 )
* M estre em D ireito C o n stitu c io n al pela UFMG. D outoranda em D ireito C o n stitu cio n al pela UFMG. A dvogada
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2. AUTOPOIESIS: PALAVRA-CHAVE
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O fe c h a m e n to do s is te m a , fo r m a n d o um c ír c u lo , é a
conseqüência do fato de que o sistem a só pode o perar dentro dos
seus lim ite s. A pa rtir do m om ento em que o am biente externo passa
a in te rfe rir nas operações de um sistem a, este perde sua autonom ia
e tende a desaparecer.
No e n ta n to , d e n tro do s is te m a p o d e m e x is tir s is te m a s
autopoiéticos ulteriores, que funcionam utilizando códigos específicos,
mas sempre de forma a não se m isturar com o am biente. Na sociedade
contem porânea é possível v e rific a r esse fenôm eno. É o caso da
C iência, por exem plo, que opera segundo um código verdad eiro/nã o
verdadeiro.
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C o m o e x e m p lo , os s is te m a s s o c ia is e s tã o a c o p la d o s
e s truturalm ente às consciências, pois não e x is tiria com unicação se
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Jam ais será possível estabe lecer uma com unicação perfeita,
ou que não esteja sujeita a distorções. Justam ente em consonância
com esse tip o de pensam ento, e pelo sim ple s fato de tra z e r à baila
questões su je ita s à in te rp re ta çã o , é que o presente a rtig o poderá
ser contestado por todo aquele que o leia. Este artigo, assim com o
todo e q u alquer te xto ou fala, é um exem plo vivo de que a te o ria de
Luhm ann é uma rea lid a d e constante no c o tid ia no de cada cidadão.
Sem som bra de d ú vid a, De G iorgi ou C hantal M ouffe poderiam
q u e s tio n a r in úm eras passagens sob a alegação de que não houve
um a in te rp re ta ç ã o p e rfe ita s obre um ou o u tro p o n to . Um ta l
q u e s tio n a m e n to som ente re fo rça ria toda a tese de Luhm ann, pois
co lo ca ria em xeque a própria com unica ção , que não teria obtido
sucesso. O único sucesso v e rific á v e l de tudo isso é te r-se atingido
um alto nível de abstração que proporcionou a percepção do fadado
insucesso da c om unicação.
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3. D E M O C R A C IA P A R A DE G IO R G I: UM P O N T O DE V IS T A
LUHMANIANO
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• O pinião Pública
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A m b o s re d u ze m a c o m p le x id a d e , cu jo in c re m e n to h a v ia sido
proporcionado pela dem ocracia, frisa -se, na sua própria ta re fa de
proporcionar dem ocracia.
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O s is te m a e seu a m b ie n te e x is te m no p re s e n te e
s im u lta n e a m e n te . G raças à projeção de ho rizon tes tem p ora is, o
siste m a pode o b s e rv a r as m utações do am b ien te com algum as
constantes te rm in o ló g ica s, sem a necessidade de m od ificação. O
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5. CONCLUSÃO
A tão falada regra da maioria é, ao mesmo tem po, fato que incita
a contestação á autoridade e, tam bém , o que lhe dá legitim idade legal.
Esse c o n flito tem grande im p ortância para a construção da ordem
d e s e jad a : “A re g ra da m a io ria pod e ser, p o rta n to , a o rig e m da
contestação à autoridade ou a fonte da própria autoridade. Paradoxal?
C ontraditório? Nada disso. Como diria Lechner, o princípio da m aioria
é apenas p arte da c o n flitiva e nunca acabada con strução da ordem
desejada. É este tam bém o destino da dem ocracia” (CAM PILONOG O,
2000:125)
BIBLIOGRAFIA
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