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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Federação Brasileira ............................................................................................... 2
1.1 Entes da Federação ........................................................................................... 2
1.1.1 Artigo 18, §4º, CRFB .................................................................................... 2
1.2 Características ................................................................................................... 6
1.2.1 Características de constituição/essenciais .................................................. 6
1.2.1.1 Autonomia ........................................................................................... 6
1.2.1.2 Bicameralismo ...................................................................................... 8
1.2.1.3 Repartição de competências................................................................ 8
1.2.2 Características de conversação/manutenção/salvaguarda ...................... 11
1.2.2.1 Limites ao Poder Constituinte Reformador ....................................... 11
1.2.2.2 Limites ao Poder Constituinte Decorrente ........................................ 12
1.2.2.3 Controle de constitucionalidade ........................................................ 12
1.2.2.4 Intervenção Federal ........................................................................... 13
1.2.2.4.1 Conceito e legitimidade .............................................................. 13
1.2.2.4.2 Tipos ............................................................................................ 13
1.2.2.4.3 Artigo 36, §3º, CRFB .................................................................... 19
1.2.2.4.4 Elementos do decreto presidencial ............................................ 20
1.2.2.4.5 Cessação da Intervenção ............................................................ 20
1.2.2.4.6 Intervenção estadual .................................................................. 20
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Direito Constitucional
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1. Federação Brasileira
1.1 Entes da Federação
1.1.1 Artigo 18, §4º, CRFB
CRFB, Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT
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Todas as vezes nas quais se disser ‘criação’, entenda-se tal vocábulo como abrangente de
‘incorporação’, ‘desmembramento’ e ‘fusão’.
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declaração de inconstitucionalidade, quer com efeitos ex tunc, quer com efeitos ex nunc,
redundaria num caos na ordem jurídica. No mais, conquanto a criação do referido município
fosse formalmente inconstitucional, o ente, de fato, existia, o que levou alguns ministros a
utilizarem a expressão “município putativo”.
Assim, a Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade com efeito pro futuro,
estabelecendo um prazo para que a celeuma fosse sanada.
Atento a essa situação, o Constituinte cria uma emenda constitucional, a de nº 57,
por meio da qual insere o artigo 96 do ADCT, cujo escopo era convalidar atos pretéritos
inconstitucionais.
ADCT, Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e
desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de
2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época
de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 57, de 2008).
REDAÇÃO ORIGINÁRIA DO ARTIGO 18, §4º, CRFB REDAÇÃO ATUAL DO ARTIGO 18, §4º, CRFB, DADA PELA
EC Nº 15/96
(2) Requisitos: lei complementar estadual; (2) Requisitos: lei complementar federal;
plebiscito; respeito à continuidade urbanística, plebiscito e estudo de viabilidade municipal
histórica, etc.
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1.2 Características
Cindem-se em: (a) características de constituição2 ou essenciais: autonomia;
bicameralismo; repartição de competências; (b) características de
conversação/manutenção/salvaguarda: limites ao poder reformador; limites ao poder
constituinte decorrente; controle de constitucionalidade; intervenção.
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Aqui, o termo é utilizado em seu sentido literal, como “aquilo que constitui”.
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1.2.1.2 Bicameralismo
Exemplo extraído de questão elaborada pelo CESPE: “o Poder Legislativo
Federal é exercido por duas casas legislativas”. Certo ou errado?
Resposta. Alternativa incorreta. O poder legislativo federal é exercido pelo Congresso
Nacional, e o Congresso Nacional é que se compõe de duas casas (Câmara dos Deputados e
Senado Federal).
A Câmara dos Deputados é composta de representantes do povo; o Senado Federal,
representantes dos estados. Logo, o Senado Federal significa a possibilidade de os estados
participarem da formação da vontade nacional. Por esse motivo, na composição do Senado
Federal, todos os estados elegem um número fixo de senadores, independentemente da
envergadura geopolítica, econômica, etc.
Isso leva a dizer que o bicameralismo brasileiro é um “bicameralismo federativo”,
haja vista que uma casa representa o povo; outra, os estados. No bicameralismo
aristocrático, diferente do vigente em terras brasileiras, uma casa representaria o povo;
outra, os lordes/nobres.
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Acerca do assunto, vejam-se algumas expressões utilizadas pela mais alta corte de
nosso país.
União cria as normas gerais; estados, normas Competência concorrente não cumulativa
suplementares (nomina-se não cumulativa, pois cada ente age
naquilo que lhe é próprio)
União não faz a norma geral, e o estado exerce Competência legislativa concorrente cumulativa
competência legislativa plena (chama-se de cumulativa, porque a União não
fez a norma geral, e o estado legisla tanto sobre
matérias gerais, quanto específicas; ou seja,
cumula as duas competências)
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Em provas, o tema de “repartição de competências” é cobrado de maneira essencialmente literal.
Estatisticamente, questiona-se mais acerca dos artigos 22 e 24 da CRFB. Por esses motivos, recomenda-se
fortemente a leitura da Constituição republicana, por mais enfadonho que isso possa ser. Outro formato de
cobrança é com o recorte de trechos de julgados do STF, veiculados nos informativos. Mais um material cuja
leitura faz-se necessária.
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Também pode ser chamada de inconstitucionalidade adjetiva. Numa prova do TRF2, já se utilizou a
terminologia “inconstitucionalidade adjetiva ritual”, que significa exatamente “inconstitucionalidade formal
procedimental”.
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1.2.2.4.2 Tipos
a. ESPONTÂNEA
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b. PROVOCADA
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Em havendo ordem judicial, e esta for descumprida, será caso de intervenção federal.
A jurisprudência do STF aponta que o descumprimento tem de ser voluntário e intencional
de uma decisão transitada em julgada.
Exemplo: o não pagamento de precatórios pode caracterizar a desobediência a uma
ordem judicial. Num caso que envolvia o estado de São Paulo, o STF entendeu que o ente
deixou de pagar o precatório por um impedimento de ordem financeira. Isso porque o
pagamento integral dos precatórios poderia impedir a prestação de vários serviços públicos
e, por conseguinte, violar o princípio da continuidade dos serviços públicos. Não seria, pois,
razoável a intervenção federal nessa situação.
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Em qualquer das duas hipóteses, se o estado recusa-se a executar lei federal ou viola
princípio constitucional sensível, o PGR propõe representação interventiva. Precisamente no
que tange aos princípios sensíveis, sempre se deve verificar o princípio da proporcionalidade
(adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito da intervenção).
Exemplo1: no estado do Mato Grosso populares arrebataram das mãos de policiais
indivíduos que haviam cometido crimes e lincharam-nos até a morte. Há uma clara violação
a direitos da pessoa humana. Fez-se pedido de intervenção na forma do artigo 34, inciso VII,
da Carta Magna. Manifestando-se, o STF, além de ter entendido o caso como pontual, notou
que o ente federativo estava tomando as medidas cabíveis. Assim, reputou por
desnecessária a intervenção, em virtude do princípio da proporcionalidade.
Exemplo2: afastamento do governador, vice-governador e de alguns deputados
distritais no DF. Na situação, o Poder Executivo encontrava-se acéfalo, ao passo que o
Legislativo estava conspurcado pela pecha da corrupção de alguns de seus membros. Diante
da situação caótica sob o aspecto político, o PGR solicitou a intervenção junto ao STF. No
momento da sessão de julgamento, a Corte corroborou a gravidade dos fatos. Contudo, a
Câmara Distrital já havia elegido, indiretamente, os novos Governador e Vice para a
ocupação dos cargos (mandato tampão). Assim, quando STF analisa a intervenção o pior
momento dos fatos já passara e o próprio DF adotara medidas para a superação da anomalia
institucional. Naquele instante, então, não mais seria razoável/proporcional a intervenção
federal.
O inciso IV do artigo 36 foi revogado pela EC nº 45/2004. Sua redação era a seguinte:
CRFB, Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
IV - de provimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, de representação do Procurador-
Geral da República, no caso de recusa à execução de lei federal. (Revogado pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
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Dizia a antiga redação do artigo 105, inciso III, alínea ‘b’, que ensejava recurso
especial a decisão recorrida que julgasse válida lei ou ato de governo local contestado em
face de lei federal.
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Ato de governo local versus Recurso extraordinário Artigo 102, inciso III, ‘c’
Constituição Federal
Ato de governo local versus lei Recurso Especial Artigo 105, inciso III, ‘b’
federal
Lei local versus Constituição Recurso extraordinário Artigo 102, inciso III, ‘c’
Lei local versus lei federal Recurso extraordinário5 Artigo 102, inciso III, ‘d’
Requisição por desobediência a Poderá fazer decreto de Não haverá apreciação pelo CN
ordem judicial suspensão do ato estadual do decreto de suspensão
causador da celeuma, se esse emanado do PR (art. 36, §3º)
Representação interventiva decreto se revelar suficiente
Distintamente, o decreto de
(tanto na recusa à execução de para pôr fim ao problema.
intervenção será submetido à
lei federal, quanto na violação
Se a suspensão não for apreciação do CN (art. 36, §2º)
a princípio constitucional
suficiente, o PR procederá ao
sensível)
decreto intervenção
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Inovação da EC nº 45/2004.
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