Questionário “la desintegración de la monarquia”

1) Segundo o autor durante a revolução hispânica teve duas fazer complementares: a

primeira foi a ruptura com o antigo regime, ou seja, a transição para a modernidade e a
segundo foi a desintegração do conjunto político da monarquia hispânica, mais
precisamente, as revoluções de independência. Cronologicamente a primeira fase
sucedeu de 1080 até 1810, durante esse período o que predominou foi o grande debate
sobre a nação, a representação e igualdade política entre a América e Espanha, o que
proporcionou a mudança do pensamento político das elites espanholas que observamos
na reunião das cortes em Cádiz e na proclamação da soberania nacional. A segunda fase
acontece a partir de 1810, na qual predominou a fragmentação da monarquia.

2) Segundo o autor, o principal ator do processo revolucionário na Espanha foi o povo

das cidades, que influenciado pelas elites urbanas rejeitaram o novo monarca e juraram
fidelidade ao Rei Fernando VII , formando logo após juntas que governassem e
lutassem em seu nome. A mesma situação ocorreu na América hispânica, onde o povo
(influenciados pelas elites das cidades) também rejeitou o invasor e manifestou
fidelidade ao Rei. A reação na Espanha e na América espanhola após a invasão francesa
possuí muitas semelhanças, em ambas rejeitaram o invasor e declararam fidelidade ao
monarca, os principais atores das manifestações patriotas foram o povo estimulados
pelas elites das cidades, isto se justifica pela semelhança dos valores e imaginários entre
eles, o vínculo recíproco era a defesa da pátria, religião e dos costumes.

3) Após a invasão francesa na Espanha e a abdicação do rei, somente doutrinas que

concebessem uma relação bilateral entre o poder do rei e da sociedade poderia oferecer
as bases ideológicas para a resistência espanhola e a lealdade americana. Desta forma, a
relação dos súditos com seu rei passam a ser pactual, um contrato entre ambos, onde na
falta do soberano, a soberania voltava para a nação, povo, reino. Com a soberania nas
mãos do povo, a questão da representatividade torna-se inevitável, visto que a partir do
direito da representação o povo pode manifestar suas necessidades. E em busca deste
direito os hispano-americanos pleiteiam o direito de constituírem juntas autônomas na
América assim como as que existiam na Espanha. O que se almeja a partir deste período
é a igualdade política entre os espanhóis americanos em relação aos espanhóis
peninsulares.

4) Segundo o autor, o papel dos cabildos era eleger seus deputados para a Junta Central.
Cada reino ou província era presentado por um deputado eleito pelos cabildos das
cidades.

5) Quando se instaurou a guerra civil na América entre as cidades que aceitavam o

governo provisório espanhol a as que rejeitavam . E também a guerra contra o controle
central da monarquia, surge uma nova lógica para a oposição amigo-inimigo.
Anteriormente a esta guerra civil, a diferença que se fazia entre um espanhol americano
e um europeu era geográfica, ou seja , o espanhol que era nascido na Espanha era
considerado europeu, o que nascia na América americano.
Durante este período a tensão que existia entre os mesmos era de origem política , pois
somente os espanhóis nascidos na Europa ocupavam os principais cargos de
funcionários reais , enquanto os espanhóis americanos não podiam assumir estes altos
cargos, mas ainda assim se consideravam espanhóis, descendentes dos conquistadores.

A partir de 1810, os termos “espanhóis europeus” e “espanhóis americanos” foram

substituídos por “espanhóis” e “americanos” termos mais simples que indicam mais
claramente a oposição entre eles. Os termos agora representam a oposição entre a nação
espanhola e a americana , a razão para a mudança da noção de identidade americana
veio da necessidade se diferenciar do inimigo ( espanhol) na guerra civil e a principal
consequência foi a legitimação que este discurso trouxe para o combate. Os antigos
espanhóis , agora americanos , aceitam o termo colônia antes tão rejeitado, com o
objetivo de libertar-se da sua metrópole ( Monarquia Espanhola) e de seus
conquistadores , os antigos espanhóis europeus, agora chamados tão somente de
espanhóis.

6) Para construir uma ordem política superior , o único caminho era o acordo entre os
povos, as cidades e províncias. Elaborar uma Constituição na América equivalia a
fundar uma nova nação, pois até pouco tempo anteriormente estes povos agora
independentes , se consideravam parte da nação espanhola.