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1. OBJETO E DA APLICAÇÃO DA LEP:
- CF, art. 5º, XLVIII: a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.
- Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença
ou pela lei.
2. DO CONDENADO E DO INTERNADO:
- Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal.
- EXTRAÇÃO DE DNA (ART. 9º): Os condenados por crime doloso com violência de
natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes HEDIONDOS (equiparados não, salvo
se houver violência de natureza grave contra a pessoa), serão submetidos, obrigatoriamente, à
identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, por técnica adequada e indolor.
3. DO TRABALHO:
- O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4
do salário mínimo.
- A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 nem superior a 8 horas, com descanso nos
domingos e feriados.
- O trabalho externo será admissível para os presos em regime FECHADO somente em serviço
ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades
privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de
outrem;
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
- Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua apuração,
conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;
e) livramento condicional;
f) incidentes da execução.
V - determinar:
i) (VETADO);
II - requerer:
I - requerer: (destaques)
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de qualquer modo favorecer o
condenado;
EGRESSO: Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: I - o liberado definitivo, pelo
prazo de 1 ano a contar da saída do estabelecimento; II - o liberado condicional, durante
o período de prova.
A mulher e o maior de 60 anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento
próprio e adequado à sua condição pessoal.
Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as
condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6
(seis) meses de idade.
I - classificação de condenados;
- CASA DO ALBERGADO: regime aberto; restritivas de direitos de limitação de FDS; deve situar-
se em centro urbano e caracteriza-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
- CADEIA PÚBLICA: presos provisórios (preventiva e temporária); cada comarca contará com
pelo menos 1 cadeia pública.
- REGIME ABERTO:
- Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que:
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi
submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de
responsabilidade, ao novo regime.
Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei (isto
é, as que fazem jus à prisão domiciliar).
- O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo
das seguintes condições gerais e obrigatórias:
I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;
IV - condenada gestante.
A lei não exige trânsito em julgado para que caracterize falta grave. Súmula 526/STJ:
O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como
crime doloso no cumprimento da pena PRESCINDE [ISTO É, NÃO EXIGE; DISPENSA] do
trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para
apuração do fato.
II - sofrer condenação, POR CRIME ANTERIOR, cuja pena, somada ao restante da pena
em execução, torne incabível o regime.
O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos
incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa
cumulativamente imposta.
Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o
condenado.
Réu que iniciou pena em semiaberto e pratica falta grave, pode ser regredido para o
fechado? SIM (majoritária - STF).
8. AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA:
- PERMISSÃO DE SAÍDA: diretor; fechado ou semiaberto e os provisórios; mediante escolta;
quando ocorrer os seguintes FATOS: I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira,
ascendente, descendente ou irmão; II - necessidade de tratamento médico.
- SAÍDA TEMPORÁRIA: juiz; apenas semiaberto; sem vigilância direta (autoriza monitoração
eletrônica); nos seguintes CASOS: I - visita à família; II - frequência a curso supletivo
profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da
Execução; III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.
9. DA REMIÇÃO:
- O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho
ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.
Remição pelo trabalho = fechado e semiaberto (não cabe no aberto, pois é pressuposto
do regime).
Remição pelo estudo = fechado, semiaberto e aberto.
O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.
- PODEM SER CUMULADAS: Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem.
- O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.
STJ: A decisão que reconhece a remição da pena, em virtude de dias trabalhados, não
faz coisa julgada nem constitui direito adquirido (rebus sic stantibus).
A atividade de leitura pode ser considerada para fins de remição de parte do tempo de
execução da pena.
O fato de o estabelecimento penal assegurar acesso a atividades laborais e a educação
formal NÃO IMPEDE a remição por leitura e resenha de livros.
- Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal (FALSIDADE IDEOLÓGICA) declarar ou atestar
falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição.
(i) Pena igual ou superior a 2 anos; [INFERIOR PODERIA SUBSTITUIR POR PRD]
(ii) Cumprido mais de 1/3 da pena, se não for reincidente em crime DOLOSO e tiver bons
antecedentes;
(iv) Cumprido mais de 2/3 da pena, no caso de CRIME HEDIONDO ou equiparado, se não
for reincidente específico;
(vii) crimes com violência/grave ameaça = constatação de condições pessoais que façam
presumir que o liberado não voltará a delinquir.
Pena cumprida para progressão de regime: Pena cumprida para livramento condicional:
- Regra: 1/6 (irrelevante a reincidência). - 1/3 da pena se não reincidente em doloso.
- Hediondos: 2/5, se primário; 3/5 se - 1/2 se reincidente em doloso.
reincidente. - 2/3 se hediondo ou equiparado ou
- Falta grave interrompe o prazo. associação para o tráfico, salvo reincidente
específico.
- Falta grave não interrompe o prazo.
Reincidentes específicos em crimes hediondos PODEM progredir de regime, mas NÃO
PODEM obter livramento condicional.
- CONDIÇÕES OBRIGATÓRIAS/LEGAIS: Serão sempre impostas ao liberado condicional as
obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
- PRORROGAÇÃO DO LIVRAMENTO:
ART. 89 DO CP: O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em
julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na
vigência do livramento.
Se o liberado vier a cometer uma infração penal no curso do livramento, o juiz não
poderá declarar extinta a PPL enquanto não houver o trânsito em julgado da sentença
desse novo crime. Essa é justamente a hipótese de PRORROGAÇÃO, pois fica
prorrogado o livramento até esse trânsito em julgado.
Se a sentença for condenatória -> revogação do livramento; NÃO se computa o período
de prova como pena.
Se a sentença for absolutória -> o tempo de livramento é computado como
cumprimento de pena.
A prorrogação NÃO É AUTOMÁTICA, exigindo decisão judicial (majoritária).
OBS: aqui, o beneficiado quebrou a confiança estatal. Foi liberado e cometeu um crime,
razão pela qual as consequências são mais severas: não se computa como pena
cumprida o período de prova; não poderá ser concedido novo livramento em relação à
mesma pena.
OBS: aqui não houve quebra da confiança, pois o crime é anterior ao livramento. Nesse
caso, as consequências são mais brandas: computa-se o período de prova como pena;
admite-se a concessão de novo livramento em relação à mesma pena; E, AINDA, essa
revogação só ocorrerá se a nova pena recebida, somada à que permitiu o livramento,
tornar inadmissível o benefício (CP, art. 84).
- REVOGAÇÃO FACULTATIVA:
Condenado irrecorrivelmente por crime OU CONTRAVENÇÃO a pena que não seja PPL.
- Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de
liberdade.
OBS: O rompimento e deixar sem bateria caracteriza falta grave, mas o desrespeito ao
perímetro não.
Caso o condenado que esteja cumprindo PPL seja novamente condenado, mas ao
cumprimento de PRD, caberá ao juiz RECONVERTER a nova PRD para PPL e UNIFICAR as
reprimendas.
- Conversão da multa em PPL: não se admite mais (multa é dívida de valor). O não pagamento
da multa, no entanto, impossibilita a progressão de regime.
- ANISTIA E INDULTO: