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- O art. 1.647, III, do Código Civil (que exige outorga do cônjuge para aval) só se aplica
aos títulos de crédito inominados (atípicos) regidos pelo Código Civil.
O STJ decidiu que é possível o protesto de cheque, por endossatário terceiro de boa-fé,
após o decurso do prazo de apresentação, mas antes da expiração do prazo para ação
cambial de execução, ainda que, em momento anterior, o título tenha sido sustado
pelo emitente em razão do inadimplemento do negócio jurídico subjacente à emissão
da cártula.
Em regra, se o título circulou e se encontra nas mãos de terceiro de boa-fé, este poderá
cobrar o valor do devedor. O devedor, por seu turno, não poderá invocar contra o
portador exceções pessoais que tenha e que estejam relacionadas com o beneficiário
original.
Exceção: factoring. Se o título tiver sido cedido para uma empresa de factoring, há
verdadeira cessão de crédito, e não mero endosso, razão pela qual fica autorizada a
discussão da causa debendi, conforme prevê o art. 294 do CC. A faturizadora
(factoring) não pode ser equiparada a um terceiro de boa-fé porque ela tem uma
relação mais profunda com a faturizada, devendo fazer uma análise do crédito que lhe
está sendo transferido.
O sacado pode opor à faturizadora a qual pretende lhe cobrar duplicata recebida em
operação de factoring exceções pessoais que seriam passíveis de contraposição ao
sacador, ainda que o sacado tenha eventualmente aceitado o título de crédito. STJ,
REsp 1.439.749-RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 2/6/2015.
A instituição financeira não deve responder pelos prejuízos suportados por sociedade
empresária que, no exercício de sua atividade empresarial, recebera como pagamento
cheque que havia sido roubado durante o envio ao correntista e que não pode ser
descontado em razão do prévio cancelamento do talonário (motivo 25 da Resolução
1.631/1989 do Bacen).
Aceitar ou não cheques como forma de pagamento é uma faculdade do comerciante. A
partir do momento em que decide trabalhar com esse tipo de título de crédito, ele
passa a assumir o risco de recebê-lo. Deverá, portanto, adotar todas as cautelas e
diligências com o objetivo de conferir a idoneidade do título, assim como de seu
apresentante (e suposto emitente).
O falido tem capacidade para propor ação rescisória para desconstituir a sentença
transitada em julgado que decretou a sua falência.
A decisão que decreta a falência, conquanto acarrete ao falido uma capitis diminutio
(diminuição da capacidade) em relação aos seus bens, não o torna incapaz, de sorte
que ele mantém a legitimidade para a propositura de ações pessoais. Desse modo, ele
tem todos os poderes processuais e todos os poderes como sujeito de direito para
tentar reverter o referido decreto falimentar.
- Processamento de recuperação judicial não implica em exclusão do SERASA, mas a
aprovação do plano de recuperação sim.
- Súmula 564-STJ.