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Isaque Brandão
isaque@ufpa.br
em incerteza padrão.
composto químico, que poder ser um sal, um ácido, uma base, etc. As incertezas associadas a cada
elemento constituinte da fórmula molecular podem ser obtidas diretamente de tabelas fornecida pela
IUPAC, disponíveis na internet. A lista de elementos mais comuns pode ser consultada na tabela
abaixo.
Tabela: Incerteza associada à massa molar dos elementos quimicos.
Fonte:SAC-SINGLAS (2008)
A lista completa de todos os elementos e suas incertezas pode ser consultada no site:
http://www.chem.qmw.ac.uk/iupac/AtWt/
A incerteza padrão será estimada admitindo uma distribuição retangular (Tipo B), conforme o
Elemento massa molar (g/mol) U (g/mol) k u(x) (g/mol) Número de átomos u(x) (g/mol)
O resultado da tabela foi obtido pela combinação das incertezas padrão dada por:
g
u (mm) = [1.(0.000058)]2 + [1.(0.000173)]2 + [3.(0.000173)]2 = 0.00055076
mol
A repetitividade por ser um efeito aleatório e experimental, deve ser determinada pelo
laboratório nas condições da rotina de trabalho. A estimativa é dada por:
s
u (repe) =
n
Onde s é o desvio padrão obtido experimentalmente e n é o número de experimentos realizados.
A equação acima também é conhecida como o desvio padrão da média.
A repetibilidade da pesagem de um sal para preparar uma solução, por exemplo, é inviável,
devido à questão econômica e de contaminação. Para resolver esse problema, determina-se a incerteza
da repetitividade usando pesos padrão de verificação com massa próxima à pesagem da amostra e dos
recipientes de pesagem (vidro de relógio, cadinho, cápsulas, etc) (SARKIS; BUCHMANN, 2002).
Para o peso padrão de 1g, o desvio padrão calculado foi 0.00024 g para 10 medições. A
incerteza da repetitividade é:
s 0.00024
u (repe) = = = 0.00007589 g
n 10
res 0.01
u (res) = = = 0.00288mg
2 3 2 3
a 0.0001
u ( P) = = = 0.0000577
3 3
É importante lembrar que a pureza é uma grandeza adimensional.
A incerteza decorrente de variações de volume em uma titulação, por exemplo, sofre várias
influências aleatórias, dentre elas, do operador, da temperatura, do ponto final de titulação e outros. A
melhor forma de minimizar a influência desses efeitos aleatórios e ou sistemáticos é aumentar o número
de experimentos, de acordo com a expressão:
s
u (repe) =
n
A estimativa da incerteza para vidrarias graduadas, quando se trata de titulação, é mais fácil e
prática. No entanto, é muito dispendioso determinar a repetitividade do volume de 10 mL de uma
amostra, pois é necessário saber a densidade do líquido, além de fazer medições de volumes e pesagens
varias vezes até obter uma incerteza do enchimento do volume. Nestes casos, usaremos apenas as
incertezas da calibração e influência da temperatura.
U 0.0040
u (cal ) = = = 0.00192 g
k 2.08
EXEMPLO: Um balão volumétrico de 100 mL foi utilizado para preparar uma solução de padrão
primário. A temperatura no momento do preparo da solução era de 23°C e o coeficiente de dilação
térmica da água é de 0.00021 °C-1. Qual a influência da temperatura no volume?
Resolução:
V .T . 100 x(23 − 20) x0.00021
u (V , temp) = = = 0.00363mL
3 3
Onde:
E2: coeficiente angular, m (inclinação da reta)
F2: coeficiente linear, b (intercepto)
E3: Desvio padrão do coeficiente angular
F3: Desvio padrão do coeficiente linear
E4: Coeficiente de determinação, R2
F4: Desvio padrão da regressão (Sr) ou erro padrão da estimativa
E5: Função estatística F
F5: Graus de liberdade associado ao erro
E6: Soma dos quadrados da regressão
F6: Soma dos quadrados do resíduo
O valor de Sr é o erro padrão da estima e quanto menor o valor de Sr, melhor é o ajuste.
c2 .v2
Diluição de padrões (comercial ou preparado no laboratório): c1 =
v1
vamostra
Diluição da amostra: fd =
vrecipiente
(
Incerteza da diluição da amostra: uc ( f d ) = f d . u ( vamostra ) + u vrecipiente )
2 2
2
u (Cref ) sr ( R) 2 u (V , rep) 2
u ( R) = R. + +
C
ref R V
O volume excedente deve ser obtido pela comparação entre o volume gasto usando indicador e
o volume gasto usando sistema automático de titulação obtendo o ponto de equivalência da curva de
pH. A literatura mostra que o volume excedente é próximo de 0.05 mL com uma incerteza padrão de
aproximadamente 0.03 mL em relação ao ponto de equivalência (EURACHEM/CITAC, 2002).