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– Parte 1
Quando a idéia surge em nossas mentes, ela parece ser a idéia certa para um negócio
lucrativo. A emoção é importante para tudo o que fazemos, mas devemos sempre ter a razão
para equilibrar as nossas decisões. Quando passamos a idéia para o papel e já iniciamos
alguma fase dela, isto significa que a empresa já começou a ter gastos, mesmo que ainda você
não tenha o CNPJ liberado pela Receita Federal (estes gastos são chamados de pré-
operacionais. Ou sejas, todo o gasto antes da empresa entrar em operação).
Para saber se uma idéia é de fato um bom negócio, pode-se – e deve-se – fazer um estudo de
mercado e desenvolver um plano de negócio. O plano de negócio servirá para avaliarmos se de
fato a nossa idéia será financeira e economicamente viável. Um plano de negócio é um
documento completo sobre todas as fases do negócio – a execução da idéia. Inicialmente, num
plano de negócio descrevemos:
Um descritivo do negócio;
E as fontes de recursos.
Isto é apenas o começo. Desenvolver um plano de negócio não é uma simples tarefa como
preencher um formulário, pois é necessário pesquisar o mercado para saber onde seus
produtos, ou serviços, serão vendidos, onde estão os fornecedores, qual será o mix de
produtos, quanto custará cada item e qual o preço de venda deles, como será executado plano
operacional da sua empresa e como as finanças serão administradas.
O plano de negócio não é a garantia de que quando a sua idéia for colocado em prática, trará o
retorno financeiro no tempo calculado. O plano de negócio serve para, principalmente, no
transpor a sua idéia para o papel, o colher de informações preciosas sobre o que antes era algo
que antes envolvia o seu emocional. O conhecimento adquirido durante a pesquisa de
mercado fará com que você tome a decisão certa. E, neste momento, você estará trabalhando
com a razão.
O plano de negócio é um documento tão importante para esta fase do negócio que, quando da
necessidade de capital de terceiros, ele será determinante no convencimento de bancos ou
investidores de que a sua idéia é realmente valiosa.
Algumas pessoas passam por não perceber o quão prudente se é ao escrever com detalhe a
sua idéia e avaliar cada ponto. Já havia escrit0 o sábio rei Salomão: quem examina cada
questão com cuidado, prospera. (Provérbios 16:20a). Ao descrevermos os detalhes,
poderemos esmiuçar cada processo que envolverá a logística do negócio pretendido.
Desenvovler um bom plano certamente vai tomar um pouco do seu tempo, porém vai fazer
com você seja pró-ativo na realização do seu empreendimento.
O Sebrae MG disponibiliza uma ferramenta muito útil para a construção do plano de negócio.
Para baixar e instalar em seu computador clique aqui.
Que tipo de recursos você tem pensado para compor a sua empresa? Quando estamos
desenvolvendo o plano de negócio é importante pensar em todos os detalhes. Imagine uma
dona de casa ao fazer um bolo. O que acontecerá se ela esquecer um ovo, ou tiver a
quantidade insuficiente de açúcar, ou faltar leite no meio da receita? A receita pode até ser
feita até o fim, mas o sabor do bolo não será o mesmo. O mesmo acontece em uma empresa
quando tentamos fazê-la funcionar sem que todos os recursos necessários não estejam
dispostos.
Uma vez que você tenha descrito as divisões da sua empresa, é preciso saber quem vai ocupar
cada lugar e o que exatamente cada função que será desempenhada. Secretária, ASG,
auxiliares, gerentes, ou somente você. Independente de quantas pessoas façam valer o seu
negócio, você precisa saber exatamente quanto custa cada uma delas. Lembre-se que uma
empresa é criada para gerar lucro, e não é lugar para colocar parentes para trabalhar sem que
venham dar bons resultados. Afinal de contas, eles também serão beneficiados pelo lucro
gerado.
Você pode utilizar uma tabela como a do exemplo abaixo para descrever os materiais
necessários e obter o custo de cada um. Para os custos com o pessoal, vamos trabalhar de
modo mais detalhado no módulo de planejamento orçamentário.
TOTAL 6.000,00
Como mostra o exemplo acima, o custo total com o mobiliário é de R$ 6.000,00. Até que aqui
podemos dizer que o custo para manter uma empresa é o valor do mobiliário, mais as
despesas operacionais comentadas na parte 1 deste estudo. Contudo, a esse valor ainda serão
agregados outros valores, como os custos fixos e outros valores de projeção, como o capital de
giro.
O software linkado no artigo anterior permite com que você descreva todas os recursos
necessários. Ele ainda calcula ainda a depreciação por tipo de equipamento. Isto ajuda no
projeção para a reposição destes materiais no decorrer dos anos seguintes da sua empresa.
Vimos, nos últimos dois módulos, que a partir do momento que colocamos uma idéia de
negócio no papel, já estamos tendo algum tipo de custo com a mesma. E, que a mensuração
deste é fundamental para saber quanto dinheiro será empreendido no negócio como um todo.
Neste módulo, estaremos tratando de quais gastos estão envolvidos na gestão financeira de
uma empresa.
Todas as saídas de uma empresa são consideradas como gastos. Estes são classificados
como custos e despesas. A diferença entre estes gastos está no objetivo da saída. Todos os
gastos com materiais para a produção são considerados como custos, já aqueles realizados
para a operacionalização da empresa são classificados como despesas. Por exemplo: em uma
fábrica, o gasto com matéria-prima, energia utilizada no setor produtivo, e o salário dos
operários desse setor são considerados custos. Nessa mesma fábrica, no setor administrativo,
os gastos com material de expediente, salários administrativos e energia são despesas.
No comércio varejista todos os gastos, em geral, são considerados como despesas. Exceto o
gasto com a compra do produto, que é considerado como custo de aquisição. As despesas de
uma empresa podem ser fixas ou variáveis.
Podemos estabelecer como despesa fixa toda aquela que, independente de movimentação de
vendas, tem sua obrigação mensal. Exemplos: telefonia, internet, água, energia, aluguel,
honorários, salários, combustíveis, etc. Uma despesa é considerada variável não pela sua
variação de valor financeiro, mas pela ocorrência ou não de receitas.
BENS % % %
DEPRECIAÇÃO MANUTENÇÃO SEGUROS
Para um melhor entendimento das despesas fixas, temos como exemplo: água, energia,
telefonia, internet, honorários contábeis, honorários advocatícios, combustíveis e
lubrificantes, aluguel, depreciação, manutenção, seguros, materiais de limpeza, material de
expediente, pró-labore.
O salário de um funcionário não deve ser considerado somente o valor pago mensalmente,
deve ser mensurado o total dos encargos trabalhistas e da provisão de férias e do 13º salário.
Vale salientar que para as empresas inscritas na modalidade Simples Nacional, estas estão
isentas do pagamento patronal referente à Previdência Social. Para uma visão mais ampla
sobre os valores inclusos na folha, consideremos o quadro funcional abaixo:
Abaixo é exibida uma tabela com valores da Folha de Pagamento com base no regimento
do Lucro Presumido.
Para uma melhor compreensão dos gastos que a empresa planejada terá, utilize uma tabela
como a do exemplo abaixo para que você tenha uma idéia do gasto fixo mensal.
No próximo módulo trataremos, separadamente, dos gastos variáveis. Aquelas despesas que
ocorrem somente quando há a movimentação de receita. Dentre estas despesas trataremos
sobre: taxas de cartão, impostos, comissões, propaganda, etc.
As empresas enquadradas no Simples Nacional obtém uma vantagem competitiva por obter
uma menor taxação de impostos. Contudo, é preciso consultor se a sua atividade econômica
está enquadrada nesta modalidade. No Simples Nacional as alíquotas de PIS, Cofins, CSLL, IRPJ,
ISS e ICMS estão embutidas numa única alíquota. São estabelecidas 5 tabelas com alíquotas
que variam de acordo com o nível de faturamento anual. São elas:
Além dos impostos, também devemos considerar as taxas com cartões de crédito e débito,
comissões, percentuais para propaganda e estimativa de perdas. Estes custos são
considerados variáveis porque são gerados quando da ocorrência de vendas. Bem sabemos
que, no geral, as vendas variam de um mês para o outro, principalmente nos períodos de
sazonalidade. Existem algumas discussões sobre despesas, como a de energia, serem
consideradas como variáveis por causa da sua variação de valor devido o consumo.
Particularmente, eu configuro este tipo de despesa como fixo, pois mesmo com uma variação
de valor, ela existe independete de ocorrer movimentação de venda ou não.
1. A idéia e o planejamento;
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