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CAIMÃ LIRA
ERICA CRISTINA
GABRIELA FIORINDO
HALINE FLORIANO
HELENA MANDELLI
JULIA GUMIEL
MARCELA TRENTIN
RENAN AUGUSTO
VANESSA MARCONDES
SÃO PAULO
2016
CAIMÃ LIRA
ERICA CRISTINA
GABRIELA FIORINDO
HALINE FLORIANO
HELENA MANDELLI
JULIA GUMIEL
MARCELA TRENTIN
RENAN AUGUSTO
VANESSA MARCONDES
São Paulo
2016
RESUMO
1. INTRODUÇÃO 5
2. DESENVOLVIMENTO 6
2.1 Análise reflexiva e descrição da mitologia árabe 6
2.2 Abordagem teórica da mitologia árabe em sua forma original 9
2.3 Desdobramentos da mitologia em outras produções 10
2.4 Descrição e análise da entrevista com o especialista 12
2.5 Descrição e análise da entrevista com o sujeito originário da cultura árabe 14
2.6 Justificativa da escolha do tema 15
2.7 A Indústria cultural e o mito 17
3. CONCLUSÃO 20
REFERÊNCIAS 21
1. INTRODUÇÃO
Abordar uma mitologia que esteja inserida no todo que constitui a cultura árabe
não é uma tarefa fácil. Tanto pelas complexidades que envolvem a sua formação,
quanto pelos aspectos que que desenham a sua unidade enquanto povo, os traços
da mitologia árabe não permitem uma interpretação rápida ou superficial. Por conta
do trajeto histórico e as mudanças vividas pelos países integrantes, cada região do
mundo árabe acabou por estabelecer características diferentes entre si.
Desde os inícios do islamismo até aos nossos dias foram bastante complexas
as circunstâncias e os condicionalismos que determinaram a fisionomia de
cada país ou região desse vasto mundo, pelo que se torna actualmente
embaraçoso estabelecer um quadro único que se possa aplicar a todos eles.
(RODRIGUES, 1980, p.3)
Por outro lado, é estranho que as nações se debrucem tantas vezes sobre a
problemática árabo-islâmica apenas quando estão em causa interesses de
ordem material, como os intercâmbios comerciais, e de estratégia político-
militar. O que ultimamente tem sucedido com o problema do petróleo e com
as questões do Irão e do Afeganistão aí está a testemunhar essa óptica
unilateral e limitada. (RODRIGUES, 1980, p. 5)
Conforme coloca Rodrigues (1980), enxergar a cultura árabe por uma única
perspectiva é unilateral e limitado. Exemplo prático disso pode ser obtido no discurso
da escritora nigeriana Chimamanda Adichie na TED Conference, abordando o perigo
intrínseco quando se conta apenas um lado de uma história, à medida em que todo o
restante é desconsiderado, abrindo portas para os processos de estereotipização. A
partir dessa reflexão, o papel da mídia na disseminação da cultura árabe também
surgiu como um motivador para o grupo.
Agravado pelos conflitos com os Estados Unidos dos últimos anos, os povos
que vivem nos países de língua árabe vêm sofrendo com o poder que a mídia de
massa possui de modelar a opinião pública a favor de interesses que, na maioria das
vezes, não são claros nem divulgados. Primeiramente, é preciso estabelecer a
diferenciação entre a religião e a etnia, já que nem todo árabe é muçulmano, sendo
esta associação uma das principais causas dos preconceitos e sub julgamentos
acerca da cultura destas populações.
ANIMASAN. Conheça a história original de Aladdin e veja as diferenças entre o filme feito
pela Disney e a história original. Disponível em: <http://www.animasan.com.br/conheca-
historia-original-de-aladdin-e-veja-as-diferencas-entre-o-filme-feito-pela-disney/> Acesso em:
20 nov. 2016
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MORIN, Edgar. A indústria Cultural. Cultura de Massa no Século 20. 4. ed. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1977.
RODRIGUES, Manuel Augusto. O Mundo Árabe e Islâmico. Lisboa: Nação e Defesa, Lisboa,
1980.
VASCONCELLOS, Paulo Sérgio de. As Mil e Uma Noites: Contos Selecionados. São Paulo:
Objetivo Sol, 2012.