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ROTEIRO 3 – LABORATÓRIO MORFOFUNCIONAL

EMERGÊNCIAS - 23/11/2018

Ana Flávia Morais, Dandara Freitas, Danielle Teles, Igor Erdmann, Karina Milaré

1 – Com relação a PAREDE TORÁCICA:


- Cite os músculos que compõe a parede torácica anterior e posterior, com suas
origens e inserções.
Os verdadeiros músculos da parede torácica são serrátil posterior,
levantadores das costelas, subcostais e transverso do tórax.
Alguns músculos que revestem a caixa torácica ou que nela se inserem servem
primariamente a outras regiões. Os músculostoracoapendiculares estendem-se da caixa
torácica (esqueleto axial) até os ossos do membro superior (esqueletoapendicular). Do
mesmo modo, alguns músculos da parede anterolateral do abdome, do dorso e do
pescoço inserem-se na caixa torácica. Os músculos toracoapendiculares atuam
principalmente nos membros superiores. Mas alguns deles, inclusive os músculos
peitoral maior e peitoral menor e a parte inferior do músculo serrátil anterior,também
atuam como músculos acessórios da respiração, ajudando a elevar as costelas para
expandir a cavidade torácica quando a inspiração é profunda e forçada (p. ex., após uma
corrida de 100 m). Os músculos escalenos do pescoço, quedescem das vértebras do
pescoço até as costelas I e II, atuam principalmente na coluna vertebral. No entanto,
também atuamcomo músculos respiratórios acessórios, fixando essas costelas e
tornando os músculos que unem as costelas abaixo maisefetivos na elevação das
costelas inferiores durante a inspiração forçada.
- Descreva a vascularização da parede torácica (suprimento arterial, drenagem
venosa e linfática).
ARTÉRIAS DA PAREDE TORÁCICA
A irrigação arterial da parede torácica provém da:
• Parte torácica da aorta, através das artérias intercostais posteriores e subcostais.
• Artéria subclávia, através das artérias torácica interna e intercostal suprema.
• Artéria axilar, através da artéria torácica superior e artéria torácica lateral.
As artérias intercostais atravessam a parede torácica entre as costelas. Com a
exceção do 10º e do 11º espaço intercostal, cada um deles é irrigado por três artérias:
uma grande artéria intercostal posterior (e seu ramo colateral) e umpequeno par de
artérias intercostais anteriores.
As artérias intercostais posteriores:
 Do 1º e do 2º espaços intercostais originam-se da artéria intercostal suprema
(superior), um ramo do troncocostocervical da artéria subclávia
 Dos 3º – 11º espaços intercostais (e as artérias subcostais do espaço subcostal)
originam-se posteriormente da partetorácica da aorta. Como a aorta está situada
ligeiramente à esquerda da coluna vertebral, as 3a – 11a artériasintercostais
direitas cruzam os corpos vertebrais e têm um trajeto mais longo que as do lado
esquerdo
 Emitem um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinal
para suprir a medula espinal, a colunavertebral, os músculos do dorso e a pele
 Dão origem a um pequeno ramo colateral que cruza o espaço intercostal e segue
ao longo da margem superior da costela
 Acompanham os nervos intercostais através dos espaços intercostais. Próximo
ao ângulo da costela, as artérias entram nossulcos das costelas, onde se situam
entre a veia e o nervo intercostais. Inicialmente, as artérias seguem na
fásciaendotorácica entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna;
depois elas seguem entre os músculosintercostais íntimos e intercostais internos
 Têm ramos terminais e colaterais que se anastomosam anteriormente com as
artérias intercostais anteriores.
As artérias torácicas internas (antigamente chamadas de artérias mamárias internas):
 Originam-se na base do pescoço, na face inferior das primeiras partes das
artérias subclávias
 Descem até o tórax posteriormente à clavícula e à 1a cartilagem costal
 São cruzadas perto de suas origens pelo nervo frênico ipsilateral
 Descem na face interna do tórax, ligeiramente laterais ao esterno e posteriores às
seis cartilagens costais superiores emúsculos intercostais internos interpostos.
Após ultrapassar a 2a cartilagem costal, a artéria torácica interna
segueanteriormente ao músculo transverso do tórax. Entre as faixas do músculo
transverso do tórax, aartéria toca a pleura parietal posteriormente
 Terminam no 6º espaço intercostal dividindo-se nas artérias epigástrica superior
e musculofrênica
 Dão origem diretamente às artérias intercostais anteriores, que suprem os seis
espaços intercostais superiores.
Pares ipsilaterais das artérias intercostais anteriores:
 Irrigam as partes anteriores dos nove espaços intercostais superiores
 Seguem lateralmente no espaço intercostal, uma próxima da margem inferior da
costela superior e a outra próxima damargem superior da costela inferior
 Nos dois primeiros espaços intercostais situam-se inicialmente na fáscia
endotorácica entre a pleura parietal e os músculosintercostais internos
 Responsáveis pela irrigação do 3º – 6º espaços intercostais são separados da
pleura por tiras do músculo transverso dotórax
 Nos 7o – 9o espaços intercostais derivam das artérias musculofrênicas, também
ramos das artérias torácicas internas
 Irrigam os músculos intercostais e enviam ramos através deles para suprir os
músculos peitorais, as mamas e a pele
 Estão ausentes nos dois espaços intercostais inferiores; esses espaços são
irrigados apenas pelas artérias intercostaisposteriores e seus ramos colaterais.
Artéria (s) - Origem – trajeto - distribuição
VEIAS DA PAREDE TORÁCICA
As veias intercostais acompanham as artérias e nervos intercostais e estão em
posição superior nos sulcos das costelas. Há 11 veias intercostais posteriores e uma veia
subcostal de cada lado. As veias intercostaisposteriores anastomosam-se com as veias
intercostais anteriores (tributárias das veias torácicas internas). À medida que
seaproximam da coluna vertebral, as veias intercostais posteriores recebem um afluente
posterior, que acompanha o ramo posterior do nervo espinal daquele nível, e uma veia
intervertebral que drena os plexos venosos vertebrais associados àcoluna vertebral. A
maioria das veias intercostais posteriores (4–11) termina no sistema venoso
ázigo/hemiázigo, que conduzo sangue venoso até a veia cava superior (VCS). As veias
intercostais posteriores do 1º espaço intercostal costumam entrardiretamente nas veias
braquiocefálicas direita e esquerda. As veias intercostais posteriores do 2º e 3º (e às
vezes 4º) espaçosintercostais unem-se para formar um tronco, a veia intercostal
superior.
A veia intercostal superior direita é tipicamente a última tributária da veia ázigo,
antes de sua entrada na VCS.Entretanto, a veia intercostal superior esquerda geralmente
drena para a veia braquiocefálica esquerda. Isso requer que aveia passe anteriormente ao
longo do lado esquerdo do mediastino superior, especificamente através do arco da
aorta ou daraiz dos grandes vasos que se originam dela, e entre os nervos vago e frênico.
Em geral, ela recebe as veiasbronquiais esquerdas e pode receber também a veia
pericardicofrênica. A comunicação inferior com a veia hemiázigoacessória é comum.
As veias torácicas internas são as veias acompanhantes das artérias torácicas internas.
DRENAGEM LINFÁTICA
Os vasos linfáticos da parede torácica drenam principalmentepara linfonodos
associados às artérias torácicas internas (linfonodosparaesternais), às cabeças e colos
das costelas (linfonodosintercostais) e ao diafragma (linfonodos diafragmáticos). Os
linfonodos diafragmáticos são posteriores aoprocesso xifóide e ficam em locais onde os
nervos frênicos penetramo diafragma. Também ocorrem em regiões nas quais o
diafragmaestá fixado à coluna vertebral.
Os linfonodos paraesternais drenam para os troncos broncomediastinais.Os
linfonodos intercostais na parte superiordo tórax também drenam para os troncos
broncomediastinais,enquanto os linfonodos intercostais, na parte inferior do
tórax,drenam para o dueto torácico.
Os linfonodos associados ao diafragma se interconectam comlinfonodos
paraesternais, pré-vertebrais, justaesofágicos, braquiocefálicos(anteriores às veias
braquiocefálicas no mediastinosuperior) e aórticos laterais (no abdome).
As regiões superficiais da parede torácica drenam principalmentepara os
linfonodos axilares na axila ou para os linfonodosparaesternais.
- Descreva a inervação motora e sensitiva da parede torácica e explique o
mecanismo da dor visceral torácica
INERVAÇÃO
A inervação da parede torácica se faz principalmente pelosnervos intercostais,
que são os ramos anteriores dos nervos espinais T1 a T11l e situam-se nos espaços
intercostais entrecostelas adjacentes. O ramo anterior do nervo espinal T12 (onervo
subcostal) é inferior à costela XII.
Um nervo intercostal típico passa lateralmente em torno daparede torácica num
espaço intercostal. O maior dos ramos é oramo cutâneo lateral, que penetra a parede
torácica lateral edivide-se em ramos anterior e posterior que inervam a pele
sobrejacente.
Os nervos intercostais terminam como ramos cutâneosanteriores, que emergem
paraesternalmente, entre as cartilagenscostais adjacentes, ou lateralmente à linha média,
na paredeabdominal anterior, para inervar a pele.
Além destes grandes ramos, pequenos ramos colaterais podemser encontrados
no espaço intercostal, correndo ao longoda margem superior da costela inferior.
No tórax, os nervos intercostais carregam:
• inervação motora somática para os músculos da parede torácica(músculos intercostais,
subcostais e transversos do tórax);
• inervação sensitiva somática da pele e pleura parietal;
• fibras simpáticas pós-ganglionares para a periferia.
A inervação sensitiva da pele sobre a parede torácica superioré realizada por
ramos cutâneos (nervos supraclaviculares)que descem do plexo cervical.
DPR VISCERAL TORÁCICA
A dor originada das diferentes vísceras do abdome e do tórax é um dos poucos
critérios que podem ser utilizados para o diagnóstico de inflamação visceral, doença
visceral infecciosa e outros males viscerais. Geralmente, as vísceras têm receptores
sensoriais exclusivos para a dor. Além disso, a dor visceral difere da dor superficial em
vários aspectos importantes.
Qualquer estímulo que excite as terminações nervosas para a dor, em áreas
difusas das vísceras, pode causar dor visceral. Esses estímulos incluem isquemia do
tecido visceral (por meio da formação de produtos metabólicos ácidos ou produtos
degenerativos dos tecidos que estimulam as terminações nervosas), lesão química das
superfícies das vísceras, espasmo da musculatura lisa de víscera oca, distensão
excessiva de víscera oca e distensão do tecido conjuntivo que circunda ou é localizado
na víscera. Essencialmente, qualquer dor que se origine nas cavidades torácicas ou
abdominal é transmitida pelasfibras delgadas do tipo C e, portanto, só podem transmitir
o tipo crônico-persistente de dor.

2 – Com base nos conceitos acima, identifique as estruturas apontadas nas figuras
abaixo:
Medicina Legal e SVOI
Site: http://gamba.epm.br/tutorial/campo49/tela.php?numero=2
SVO: competência do município, dados estatísticos
IML: competência do Estado
Importância do atestado de óbito e como preencher a declaração de óbito
Para preencher adequadamente a DO, o médico deve declarar a causa básica do óbito
(veja conceito de causa básica do óbito na página 28) em último lugar (parte I -linha d),
estabelecendo uma sequência, de baixo par acima, até a causa terminal ou imediata
(parte I - linha a).
Na parte II, o médico deve declarar outras condições mórbidas pré-existentes e sem
relação direta com a morte, que não entraram na sequência causal declarada na parte I.
 Causa Básica da Morte: A causa básica da morte é (1) a doença ou afecção que
iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à
morte; ou (2) as circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão
fatal.
 Causa Imediata da Morte: A causa imediata da morte é a doença, lesão ou
complicação que ocorreu próximo ao momento da morte (afecção mais recente),
geralmente desencadeada pela Causa Básica da Morte (afecção mais antiga).
 Causa Intermediária da Morte: A causa intermediária da morte é a doença,
lesão, ou complicação que ocorreu em algum momento entre a causa básica e a
causa imediata da morte. A causa básica da morte, a causa intermediária da
morte, e a causa imediata da morte guardam entre si uma relação de causa e
efeito.
 Causa Mortis: a causa determinante da morte. Neste tutorial tem a mesma
acepção de Causa Básica da Morte, sendo usadas como sinônimos.
 Causas da Morte: são as causas da morte a serem registradas no atestado
médico de óbito, aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e
contém informações sobre as afecções mórbidas presentes ou preexistentes no
momento da morte, utilizando a Classificação Internacional de Doenças (CID-
10)

Princípios básicos sobre a constatação da morte


Uma vez que somente o médico poderá constatar o óbito, o médico que comprova que uma
pessoa está morta é chamado de "médico que constatou o óbito."
O médico que constatou o óbito é a pessoa responsável por preencher o campo 8 (figura
abaixo) da declaração que especifica a data e a hora em ocorreu o óbito.
Uma vez que a data e a hora da morte foram preenchidos, o médico que constatou
frequentemente deve tomar a decisão sobre quem é o declarante apropriado, ou decide se deve
proceder ao preenchimento da declaração de óbito ou se há alguma pessoa mais apropriada
para fazê-lo.
É vedado ao médico:
Art. 114 - Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha
prestado assistência ao paciente, salvo no último caso, se o fizer como plantonista, médico
substituto, ou em caso de necropsia e verificação médico-legal.
Art. 115 - Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto
quando houver indícios de morte violenta.
A decisão sobre quem deve declarar as causas de morte é feita com base no tipo de afecção
que resultou na morte do paciente.
 Em circunstâncias normais, os médicos declaram a morte mas em certos casos, localidade
sem médico por exemplo, duas testemunhas podem fazê-lo.
 Sob certas circunstâncias, é admissível que outros profissionais da saúde (por ex.
enfermeiros) constatem a morte e registrem a data e hora do óbito. Entretanto, eles não
podem legalmente preencher a declaração de óbito.

Algoritmo para enviar o corpo para o SVO ou IML

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