Você está na página 1de 5

Amenorreia: é a ausência ou cessação anormal da menstruação de forma temporária ou

definitiva durante o período reprodutivo.


Amenorreia primária: ausência de menstruação espontânea aos 14 anos em pacientes
sem caracteres sexuais secundários ou aos 16 anos em pacientes com desenvolvimento
normal dos caracteres sexuais secundários.
Amenorreia secundária: é o intervalo entre menstruações igual ou maior que 180 dias, após
apresentar períodos pregressos de fluxos menstruais normais ou anormais, ou ausência de três
ciclos consecutivos
Amenorreias fisiológicas: decorrentes de situações naturais como a gravidez e lactação.
Criptomenorreia ou falsa amenorreia: as menstruações ocorrem, porém não se
exteriorizam por obstrução canalicular causada por agenesia de porção mulleriana da vagina ou

defeito do seio urogenital, como o hímen imperfurado

FEBRASGO

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
Os exames complementares essenciais são:
Dosagens Hormonais
Beta HCG: Excluir a possibilidade de uma gravidez
Gonadotrofinas: Dosagem de FSH é muito útil para avaliação da reserva ovariana. Quando
acima de 12-20mUI/ml indica baixa reserva folicular ovariana e valores acima de 40mUI/ml
sugerem falência ovariana. O LH é pouco sensível às variações da reserva ovariana e não é
indicado para tal avaliação.
Prolactina: As hiperprolactinemias correspondem a uma das principais causas de amenorreia e a
dosagem de PRL plasmática deve fazer parte da rotina da investigação das amenorreias
secundárias. Raramente está associada à amenorreia primária.
TSH e T4 livre: Especialmente o TSH deve ser medido nas pacientes hiperprolactinêmicas, tendo
em vista o hipotireoidsimo como importante causa de hiperprolactinemia.
Esteroides sexuais:
Estrogênios: As dosagens de estradiol têm pouca utilidade, tendo em vista a grande
variabilidade de seus níveis plasmáticos. O exame físico da genitália (trofismo), a
colpocitologia hormonal (índice de Frost) ou o teste da progesterona (administração de
progestagênios VO por 5 a 10 dias e sua supressão fazem sangrar aquelas pacientes com
bons níveis estrogênicos) podem ser indicativos indiretos dos níveis plasmáticos de estradiol.
Progesterona: Não se justifica a dosagem de progesterona plasmática em mulheres
amenorréicas. A dosagem de 17OH progesterona está indicada nas pacientes suspeitas de
Hiperplasia Adrenal Congênita -HAC, forma não clássica.
Androgênios: Indicada a dosagem de testosterona total e DHEAS nas pacientes com sinais de
hiperandrogenismo. Elevações de testosterona indicam, em geral, fonte ovariana, porém a
obesidade, quando presente, deve ser levada em consideração na interpretação do
resultado já que o tecido gorduroso é importante fonte de testosterona nas mulheres. Já a
DHEAS quando elevada indica origem adrenal dos androgênios. Nas pacientes com francos
sinais de hiperandrogenismo, sem elevação da T total e DHEAS, justifica-se a medida de
Testoterona livre.
Insulina e glicemia de jejum: A SOP é uma das maiores causas de oligo-amenorreia. Em geral,
mais de 60% das pacientes com SOP tem resistência à insulina (RI). Nas obesas este índice pode
ultrapassar 90%. A investigação rotineira da RI é recomendada nas SOP obesas. São indicativos
de RI a insulina de jejum maior que 10-12 uU/ml; relação G/I < 4,5 ou I/G >
0,19.Também são utilizados alguns índices que utilizam as dosagens da insulina e glicemia
de jejum como o HOMA e o QUICKI.

Exames por Imagem


Ultrassom: Para pesquisa de massas em topografia de ovários e adrenais, de preferência
com a realização de ultra-som Doppler para completar a caracterização da massa.
Terapia computadorizada e ressonância magnética: Complementar para identificar massas
que não foram bem definidas ao exame de Ultra-som, principalmente massa adrenais.

Amenorreia Secundária:

Amenorreia Primária:
Manual de Ginecologia Endócrina / Edmund Chada Baracat. — São Paulo: Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015.

Ministério da Saúde:
Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.

Você também pode gostar