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3 etapas:
Olmecas.
Área úmeda, com pântanos, lagoas e rios. Presença de
jaguares e lagartos. Utilização do limo dos rios para o cultivo.
Cultura de milho, abóboras, feijão, tomate, etc. Criação de
cães, perus e manatí. Comércio de jade, obsidiana,
serpentina e cinábrio.
Cidades: San Lorenzo, La Venta, Três Zapotes e Lagunas de
los Cerros. Entre 1300 e 700 a.C. Pirâmides feitas de barro,
túmulos, fileiras de colunas, altares de pedra e praças. Classe
privilegiada tinha acesso a bens do comércio, seus túmulos
indicam já uma diferenciação social.
Sobre cabeças colossais, elas foram deslocadas de forma
violenta de seus lugares de origens e muitas foram mutiladas.
Por a diferença entre seu caráter realista e não sagrado, em
relação a posteriores esculturas de caráter religioso,
simbólico, principalmente relacionadas ao jaguar, pode
afirmar-se que existiu uma rebelião de caráter religioso e que
impôs um determinado culto religioso.
Por volta de 1200 a.C., existência de um grupo, ou uma
dinastia, que impõe um determinado culto ligado ao deus-
jaguar. Essa dinastia se apresenta como mediadora da
divindade.
Para Alfonso Caso, os olmecas se apresentam como cultura-
madre.
Teotihuacan.
Localizada a 50 km de México, surgiu entre 100 e 700 d.C.,
com mais de 150 mil habitantes e com 20 km² de extensão
em sua época de apogeu.
Importância do templo de Quetzalcóatl, da Pirâmide do Sol e
da Lua, assim como a canalização do rio San Juan e o
sistema de esgoto e drenagem, são evidências do
desenvolvimento urbano do período.
Existência de edifícios públicos, de templos e de palácios, de
bairros de artesãos e de estrangeiros.
Importância da agricultura: milho, abóbora, feijão, chili,
tomate, amaranto e a tuna; do trabalho da obsidiana (base do
comércio exterior) e do comércio exterior. Através de ele, as
classes dirigentes obtinham algodão e jadeita e turquesa,
enquanto que aproveitando o trabalho dos artesãos, eles
enviavam objetos de obsidiana e cerâmica.
Impõem seus deuses a outros povos de língua náhuatl:
Tlaloc, deus da chuva; Chalchiuhtlicue, deusa das águas
terrestres; Quetzalcóalt, a serpente emplumada; Xiuhtecuhtli,
deus do fogo, assim como a necessidade de realizar
sacrifícios para poder manter o equilíbrio cósmico.
Teotihuacam se impõe como um centro dominador
principalmente em base ao comércio, através de pactos que
tinham como objetivo a garantir o fornecimento de produtos
chaves e também como centro de peregrinação religiosa.
Aproximadamente em 650 d.C. incêndio destruí a cidade e
começa um progressivo despovoamento.
Maias.
Tula.
Cidade dos toltecas, fundada no século VIII, alcançou seu
apogeu no séculos XI e XII, estendendo sua influência na
parte central do México, no Golfo, Yucatán, em Chiapas e
Guatemala. Sua expansão foi através de alianças
matrimoniais, o que permitiu a expansão cultural. Em Tula
residiam aproximadamente 100 mil habitantes. Tinha uma
grande praça rodeada por pirâmides, calçadas com colunas,
canchas do jogo de pelota, altares e centros cerimoniais
dispostos para o sacrifício.
A importância do controle de redes comerciais permitem
apreciar as extensas redes que se estendiam até Guatemala
(turquesa e cerâmica), Oaxaca (jade), Costa Rica (cerâmica),
Campeche (vasos) e Guerrero (serpentina e jade).
Entre 1168 e 1178, a cidade cai, os edifícios são incendiados
e a cidade é abandonada. O motivo principal parece ter sido
invasões de povos do norte, chamados chichimecas.
América Andina.
Intermédio anterior.
Paracas.
Do século IV a.C. até começos da nossa era.
Estudo de túmulos coletivos permitiu descobrir práticas
mortuárias, enterros que expressavam diferenças sociais.
Tecidos ricamente decorados com cenas da vida natural e
com deuses de antigas rememorações de Chavín.
Nazca.
Floresceu de 100 a 800 d.C.
Devido ao ambiente, tiveram que realizar sistemas de rego
com a finalidade de garantir seus cultivos que eram feitos
sobre escassas terras e construíram observatórios com
finalidade de predizer com exatidão as temporadas de
chuvas, isso através de linhas desenhadas no deserto que
estavam relacionadas às constelações.
Moche.
Importância da sua cerâmica como forma de conhecer a um
povo. Importantes obras de rego e utilização do guano como
adubo. Construção de pirâmides de barro.
Tiahuanaco.
Importante centro cerimonial, compreende um conjunto de
edifícios construídos de forma a estar orientados pelos pontos
cardinais.
Wari.
Cidade localizada perto de Huamanga, nos Andes centrais.
Se estendeu até o norte, chegando a Cajamarca. Povos e
cidades de Wari estavam rodeados por fortificações, o que
evidencia a importância de seu poder político e militar.
Construíram varias estradas que logo seriam utilizadas pelos
incas.
Como cidade, Wari declinou no século XIII ocasionando a
fragmentação de seu estado em pequenos senhorios.
Intermédio posterior.
Chimú.
Tinha como capital a cidade de Chan Chan, se expandiu nos
séculos XIV e XV. A elite deste reino vinha do norte,
possivelmente do Equador.
Sua expansão política e militar é feita em base ao uso da
força contando com um forte exercito e com o controle das
águas que desciam pela cordilheira.
Importância do artesanato em ouro e prata, serão os
primeiros a utilizar moldes para fazer peças.
A sua capital tinha uma extensão de 17 km², com bairros
separados por muros, e com templos e piramides.
Incas
Manco Cápac
Hanan Cuzco Urin Cuzco
Inca Roca 1 Sinchi Roca
Yahuar Huaca 2 Cápac Yupanqui
Wiracocha 3 Lloque Yupanqui
Inca Yupanqui
Pachacuti 4 Mayta Cápac
Tupac Yupanqui I 5 Tarco Huaman
Tupac Yupanqui II 6 Filho do anterior
Huayna Capac 7 Tambo Mayta
Huascar 8 Tambo Mayta
A economia os incas.
Caracterizada por ser uma economia sem tributo, sem
moeda, nem mercado e nem comércio. A reciprocidade e a
redistribuição eram a base dos intercâmbios. Por não existir
moeda, o tributo obtinha a forma de tributo em energia de
trabalho. A economia está fortemente relacionada aos laços
de parentesco, aos ayllus, através do estabelecimento de
relações de reciprocidade e redistribuição. Os critérios
recolhidos pelos espanhóis partiam portanto de noções
diferentes, a pobreza ou riqueza do povo era medida por eles
em termos monetários, quando devia ser medida em termos
do tamanho e densidade das relações de parentesco que
eram as que garantiam o fluxo de energia de trabalho. A
reciprocidade em termos de força de trabalho era chamada
como ayni e funcionava dentro dos laços de parentesco como
uma sorte de ajuda entre seus membros para realizar
diversas atividades que supunham ações conjuntas. A base
sobre a qual funcionavam estas relações era o ayllu, o qual
era uma organização de parentesco que organizava ou
administrava a força de trabalho de um grupo de parentesco.
Os curacas se responsabilizavam por organizar estes grupos
e os intercâmbios de força de trabalho seja em seu interior,
em relação com outros grupos e em relação ao estado ou
entidade supra-comunal. Essa organização se estabelecia em
base às relações de reciprocidade, mas será o que permitirá
as relações de redistribuição,principalmente em relação à
obtenção de excedentes. Junto ao ayni, encontra-se a minka
e a mita. A minka era feita em relação a obter um beneficio
comunal, como uma ponte, um depósito. A mita era uma
atividade feita em turnos e que tinha como finalidade a
redistribuição de produtos entre os membros da comunidade.
O inca ao estabelecer relações com os diversos grupos
étnicos através de alianças matrimoniais originava vínculos
recíprocos que lhe permitiam aceder ao uso da força de
trabalho dos grupos étnicos. A utilização dessa força de
trabalho era canalizada pelo inca para o trabalho nas terras
dos incas e do sol. Os produtos obtidos nelas, como o milho,
a coca e o algodão ou a lã, eram guardados em depósitos
estatais com a finalidade de redistribuí-los posteriormente.
Alem do uso da força de trabalho dos grupos étnicos, o inca
contava com o concurso dos yanaconas.
Sobre o controle vertical de um Maximo de pisos ecológicos
ou o chamado arquipélago vertical de J. Murra.
Sistema andino de controle de diversos pisos ecológicos, os
quais eram complementários nos Andes com a finalidade de
atingir a auto-suficiência de determinados produtos. Cinco
casos: Primeiro, o caso dos lupaqas do Titicaca e o controle
de suas colônias produtoras de milho, aji e coca a grandes
distancias, na floresta dos Andes orientais e nos vales do
Pacífico. Segundo, os chupaychus que controlavam colônias,
mas uma distância menor. Terceiro, o controle de zonas do
litoral de regiões da serra e da puna ou altiplano para o
cultivo de aji e coca e o pastoreio e camêlidos. Quarto, o caso
do senhorio de chimor que as colônias tinham a finalidade de
controlar os recursos hídricos. Quinto, a de pequenos grupos
étnicos que se estabeleciam numa mesma região para poder
controlar uma zona produtora, no caso das yungas, do
controle do cultivo da coca. Este sistema que era pré-inca,
com os incas adquiriu uma nova fisionomia devido à
expansão territorial.
Caminhos
Cápac Mam ou caminho do senhor, se extendia pela maior
parte do território, era dividido em dois caminhos principais
paralelos que corriam por todo o território do império, tanto
através do itoral quanto da puna, alem de múltiplos caminhos
secundários que conectavam de forma transversal as
diversas regiões. Estudados por John Hyslop. Os caminhos
tinham a certa distancia os tampus ou tambos que eram
espécies de alojamentos e depósitos com roupa, alimentos e
outros para os viajantes. O serviço de manutenção dos
caminhos e dos tambos era feitos através das mitas ou de
trabalho por turnos.
Qollqas
Depósitos construídos com a finalidade de guardar alimentos,
roupas, armas, lã, etc, construídos em centros administrativos
incas, construídos em zonas altas e secas para facilitar a
conservação dos produtos, e administrados pelos qollqa
kamayoc. Serviam para armazenar os bens que se
destinariam a alimentar os mecanismos de redistribuição
estatal.
Kipus.
Complexo sistema de registro de informações feitos através
de cordas e nos. Neles se registrava informações sobre
população e grupos etários, atividades produtivas, para
organização da mita, para contabilizar os armazéns.
A sociedade inca.
Dualismo.
Hanan e urin, alto e baixo, direita e esquerda, masculino e
feminino, dentro e fora, etc. As idades, o território, as
dinastias, todo estava dividido em esses princípios dualistas.
Aquilo que podia ser hanan, ao mesmo tempo se subdividia
em hanan e urin. São postos complementários, é um principio
organizativo. O caso da hierarquia dos suyos: chinchaysuyu,
collasuyu, antisuyo e condesuyu. Cuzco tinha um numero de
ceques ou linhas imaginarias que correspondiam a certos
huacas o lugares sagrados. Panacas que se subdividiam em
collana (incas fundadores de panacas), payan (as panacas
mesmas) e cayao (ayllus cuzquenhos).
Inca.
Apresentado nas crônicas como um único monarca, seguindo
critérios hereditários ocidentais. De caráter sagrado, é um
mediador entre diferentes planos do mundo, é um modelo ou
arquétipo, um princípio gerador de vida, como divulgador e
organizador. É apresentado como chefe de todas as panacas,
como filho do sol, como o sol na terra e pelo qual tinha que
ser sempre levado em andas, como uma força capaz de
produzir destruição e transformações. É um mediador, como
se fosse um curaca, entre os diversos deuses e planos do
mundo, entre os diversos grupos étnicos e como centro e eixo
da redistribuição entre a população.
Elite.
Formava pelos membros das panacas, mas também por
todos os moradores do Cuzco, já que por ser uma cidade
sagrada, nela só podiam residiam pessoas escolhidas.
Existência dos incas de privilégios, aqueles que tinham sido
enobrecidos pelo inca como premio por seus serviços
prestados. Alem disso, tem que mencionar-se aos membros
principais de grupos étnicos incorporados ao império,
principalmente aqueles que tinham sido incorporados ao
império através de alianças e não do uso da violência. Alem
desses, as altas esferas da burocracia formava parte dessa
elite.
Os curacas.
Mistura de administradores e de autoridades religiosas, os
curacas eram responsáveis pela administração dos grupos
étnicos em relação às funções de reciprocidade e de
redistribuição. Não podem ser considerados funcionários do
império, já que sua eleição dependia de complexos rituais
dentro de cada grupo e seu reconhecimento por parte do inca
era só simbólico. Com a expansão do império e com a
formação de grupos de mitmaqkuna e de yanas, os incas
nomeavam a curacas especiais para organizar e administrar
estes grupos.
Administração incaica e local.
Existência de um conselho que regia aos suyos. Os curacas
constituíam a base da administração do império,
principalmente focados na administração da força de
trabalho. A elite se centrava em tarefas administrativas, mas
não era tão onipresente como afirmam as crônicas.
População.
Existia uma política populacional, principalmente relacionada
à administração dos mitmaqkuna, grupos de homens
retirados de grupos étnicos que eram destinados para povoar
determinadas regiões, para explorar melhor os recursos, para
colonizar regiões fronteiriças ou para controlar a outros
grupos. Outro grupo importante, são os yanakuna,
identificados no começo com os escravos, mas que
principalmente se refere a grupos étnicos que
desempenhavam funções ou tarefas complexas ou
especializadas, que podiam inclusive ser administrativa. As
aqlla ou mulheres escolhidas, estavam destinadas ao culto
seja do sol ou de outras huacas, a ser mulheres secundárias
do inca, ou mulheres das elites ou a curacas, serviam para
estabelecer alianças, para fazer a roupa do inca ou de um
valor simbólico alto.
Religião.
Entender a existência de uma religião oficial, o sol, que era
patrocinada pelos incas, e um conjunto de crenças e cultos
que correspondiam a uma sociedade de caráter
preponderantemente agrária. Mas existia entre os dois
conjunto de crenças, a idéia de um universo dividido em três
esferas: hanan pacha (mundo de acima), cay pacha (mundo
de aqui) e ucu ou urin pacha (mundo de adentro). Entre estes
mundos existem diversas passagens ou pacarinas: as
cavernas, mananciais, fontes, etc. O inca também é um
mediador entre diversos mundos, já que é considerado filho
de deus. As serpentes ou amarus também são mediadores,
assim como os rios, os lagos, os raios, o arco íris. Um caso
especial são os mallquis, semente e múmia, que é apreciado
como um comunicador, como um mensageiro. Desse
elemento, é que os espanhóis levantaram a crença no culto
aos mortos. Crença em espíritos que são reconhecidos como
huacas, como entidades associadas às comunidades.
Relação entre huaca-mallqui-curaca.
Os astecas
13. Sustenta esta idéia partindo de que o globo não era uma
esfera perfeita, mas ela tinha uma protuberância, debaixo do
equador e no fim do oriente, a qual era identificada com o
Paraíso Terrestre. Portanto, levanta mais um problema, ao
afirmar de que essa grande massa de terra austral estivesse
unida a Ásia.
8.
SOBRE A VIDA COTIDIANA EM MEXICO.
Obrigatória:
1. Qual é a importância da etnia dentro dessas três
grandes culturas?
Escolha duas perguntas para responder:
2. A partir da leitura de Paul Gendrop, como você pensa
que foi a estrutura da sociedade maia a partir das
inumeráveis cidades-estado que existiram.
3. Explique o funcionamento da Tríplice Aliança em relação
a sua composição política e administrativa.
4. Explique o funcionamento do ayllu a nível local e em que
sentido o Império Inca cumpria com as tarefas do ayllu
de reciprocidade e redistribuição a nível estatal.
Reconquista
OC Miguel Angel Laredo Quesada: Granada despues de la conquista. Repobladores y
mudejares.
Tanto a conquista do reino mouro de Granada quanto a das Ilhas Canárias, proporcionam
modelos de colonização das Índias , tanto em formas de organização administrativas quanto
no contato e conversão de populações.
Em relação aos contatos, é importante destacar o papel do desenvolvimento da escravidão
nas cidades da Andaluzia atlântica como mouros, guinés, berberes e canários.
O processo de conquista das Canárias foi um processo na qual se combino de forma
necessária os interesses da Coroa e dos conquistadores e associados, processo que
procurava desde a integração e até a conversão dos nativos até a sua simples escravização.
Em relação à conquista de Granada, a população era vista não como pagãos, como no caso
dos canários, mas como infiéis, com os quais tinham longas relações comercias,
diplomáticas, culturais, etc. A Coroa utilizou diversas técnicas de distribuição de terras e de
propriedades, de longa data, assim como também decidiu diretamente a quantidade de
população cristã que deveria estabelecer-se em cãs localidade, propugnando um critério
fiscal e de repartição de propriedades. A maioria da população a ser estabelecida era de
camponeses e pequenos e médios proprietários. O reino conquistado seria administrado
dentro dos moldes do reino de Castela, mas com a vantagem de acentuar o exercício da
autoridade real.
A expansão para a Granada também significou também como uma expansão ou
urbanização de Castela dentro do processo da política de integração e acumulação
mercantil, que esteve nos últimos anos acompanhada de idéias providencialistas em relação
à conquista.
Ilhas Canárias
OC Eduardo Aznar Vallejo: Before Columbus. Exploration and colonization from the
Mediterranean to the Atlantic, 1229-1492.
O importante é que demonstra que o processo de conquista e de colonização foi um
processo complexo que dependia não só dos interesses conflitantes de mallorquinos,
portugueses, castelhanos e normandos, ou de interesses reais, eclesiásticos ou comerciais;
mas porque a diversidade cultural e organização políticas das ilhas expressavam também os
próprios interesses dos indígenas. Produto dessas diferenças se expressa nas formas de
resistência e aculturação. O importante é que além de proporcionar um ou mais modelos de
como os europeus deveriam proceder na conquista destes territórios e de suas povoações,
também eles proporcionavam as formas como estes poderiam responder.
PROVA PARCIAL DE HISTÓRIA DE AMÉRICA
Prof. Ms. Luis Alberto