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Universidade Federal de Alagoas

Centro de Tecnologia
C
Curso de
d Engenharia
E h i Ci Civil
il

Teoria das Estruturas I


Aula 06

Prof Flávio Barboza de Lima


Prof.
Aula 06

‰ Definição dos esforços internos solicitantes


Esforços Internos Solicitantes

O que é?

Solicitação é todo esforço ou conjunto de esforços


que devido às ações se exerçam sobre uma ou mais
seções de um elemento da estrutura.
estrutura.

Provocam nas estruturas:

ƒ Tensões Normais

Compressão

Tração

ƒTensão de Cisalhamento
Esforços Internos Solicitantes

Esquematização dos EIS

x
z

Seja um corpo em equilíbrio, referenciado em relação a um sistema


global de coordenadas (xyz
xyz)).
Esforços Internos Solicitantes
Esquematização dos EIS

x
z

Admitindo que o corpo seja recortado virtualmente


através de um plano
plano..
Esforços Internos Solicitantes

Esquematização dos EIS

r
q
Idealiza-se
Idealiza- que
q a
interação entre as
partes do corpo seja
r representada por uma
−q distribuição de forças
ao longo de toda a
r
[q] =F/L2 superfície virtual de
corte..
corte
Esforços Internos Solicitantes

Esquematização dos EIS

r
r − MR Abstraindo-se da forma
Abstraindo-
FR da distribuição de forças
ao longo da superfície
virtual de corte, a
atenção será voltada às
resultantes (sistema
equivalente) em relação
a um ponto localizado no
r r centróide desta
MR − FR superfície..
superfície
Esforços Internos Solicitantes

Esquematização dos EIS


Esforços Internos Solicitantes

Observação:
As forças internas geralmente são distribuídas de
f
forma complexa
l sobre
b as seções,
õ mas, no entanto,
t t as
condições de equilíbrio são satisfeitas para cada parte
separadamente.. Isto significa que a resultante das
separadamente
forças internas na seção genérica S, S pode ser obtida
tanto na parte esquerda quanto na direita do corte
imaginário..
imaginário
Esforços Internos Solicitantes

Com o objetivo de isolar os efeitos que as forças


resultantes submetem o corpo, estas são decompostas
numa direção perpendicular à superfície virtual de corte e
numa outra sobre o plano de corte

r
FR
Q
N
N
r Q
− FR
Esforços Internos Solicitantes

r
− MR

M
T
T
r
M MR
Esforços Internos Solicitantes

N: Esforço Normal Tende a afastar (tração - positivo) ou aproximar


(compressão - negativo) as partes do corpo na direção perpendicular à
superfície
fí i de
d corte.
t

Q: Esforço Cortante Tende a deslizar relativamente as partes do corpo


numa direção paralela à superfície virtual de corte.

M: Momento Fletor Tende girar relativamente as partes do corpo em


torno de um eixo paralelo à superfície virtual de corte.

T: Momento Torsor Tende girar relativamente as partes do corpo em


torno da direção perpendicular à superfície virtual de corte.
Esforços Internos Solicitantes

Interação entre as partes numa barra reta

A (área da seção transversal)


y

N (esforço normal)

z x

centróide N
px =
A
Distribuição
constante ao
longo de toda a
seção de corte
Esforços Internos Solicitantes

Interação entre as partes numa barra reta

b (base da seção transversal)

x
z Q (esforço cortante)
Distribuição
quadrática ao
l
longo da
d altura
lt
da seção
transversal
Esforços Internos Solicitantes

Interação entre as partes numa barra reta

Seção transversal simétrica


y em relação ao eixo y

M (momento fletor)
x Eixo neutro:
z interação nula

centróide
Myy
px = −
I zz
Distribuição linear
ao longo da altura
da seção de corte
Esforços Internos Solicitantes

Interação entre as partes numa barra reta

T (momento torçor)
x
z

Tr
pθ =
J (momento p
polar de inércia)
J
Distribuição
circunferencial
linear ao longo do
ç
raio da seção
transversal
Esforços Internos Solicitantes

Representação dos esforços que


serão abordados:
Esforços Internos Solicitantes

Esforço Normal

Tração Compressão
Esforços Internos Solicitantes

Esforço Cortante
Esforços Internos Solicitantes

Esforço Cortante
Esforços Internos Solicitantes

Momento Fletor
Esforços Internos Solicitantes

Convenção de Sinal
Independente do caminho adotado para o
cálculo dos esforços solicitantes estaremos
sempre somando forças e momentos
momentos.. Por
isso é conveniente adotar uma convenção ç
de sinais:
sinais:
Esforços Internos Solicitantes

Seção Esquerda

Q
+
M

Esquerda

N
Esforços Internos Solicitantes

Seção Direita

Q
M
+
Direita
N
Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Exemplo 1 – Viga bi
bi--apoiada com carga concentrada
80kN 80kN
S1 S2
HA A B

3m 3m RVA RVB

y ∑M A =0
+
6 xRVB − 3 x60 + 0 xRVA = 0 ∴ RVB = 40kN
∑ Fx = 0
x

∑M B =0 ∴ HA = 0
− 6 xRVA + 3 x80 + 0 xRVB = 0 ∴ RVA = 40kN

80kN
Diagrama de A B

corpo
p livre
40kN 40kN
Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Cálculo dos esforços solicitantes 80kN


S1 S2

MQ
3m 3m

S1: 0≤ x<3
N Q
M
S2: 3≤ x<6
N (x) = -HA N (x)=0 N

Q (x) = VRA V(x) =40


40 KN
N (x) =0 N (x)=0
M(x)= VRA x X M(x) = 40.X
Q (x) = -VRB V(x) =-40 KN

M(x)= VRB x X M(x) = 40.X


Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Exemplo 2 – Viga bi
bi--apoiada com carga uniformemente distribuída
3kN/m R=3x6=18kN
S1
HA A B

6m RVA RVB
3m 3m

y
∑M A =0
+
6 xRVB − 3 x18 = 0 ∴ RVB = 9kN
∑ Fx = 0
x

∑M B =0 ∴ HA = 0
− 6 xRVA + 3 x18 = 0 ∴ RVA = 9kN

3kN/m
Diagrama de
A B
corpo
p livre
9kN 9kN
Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Cálculo dos esforços solicitantes 18kN


S1

3m 3m

MQ
S1: 0≤ x<3
N

N (x) = -HA N (x)=0

Q (x) = VRA - 3.X V(x) =9


9 -3.X
3.X

M(x)= VRA x X - (3.X²)/2 M(x) = 9.X - (3.X²)/2


Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Exemplo 3 – Viga bi-


bi-apoiada com carga momento concentrada

S1
30kN.m S2 30kN.m
HA A B

3m 3m RVA

y
∑M A =0
+
6 xRVB − 30 = 0 ∴ RVB = 5kN
∑ Fx = 0
x
30kN
30kN.m
∴ HA = 0
∑M B =0
− 6 xR
RVA + 30 = 0 ∴ RVA = −5kN

Diagrama de A
30kN.m
B
corpo
p livre
5kN
5kN
Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Cálculo dos esforços solicitantes


S1
30kN.m S2

MQ
3m 3m

S1: 0≤ x<3
N Q
M
S2: 3≤ x<6
N (x) = -HA N (x)=0 N

Q (x) = -V
VRA V(x) =-5
5 KN
N (x) =0 N (x)=0
M(x)= -VRA x X M(x) = -5.X
Q (x) = VRB V(x) = -5 KN

M(x)= VRB x X M(x) = 5.X


Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

Exemplo 4 – Viga engastada ou em balanço com carga concentrada


40kN 40kN
MA
HA A B

4m
RVA

y
∑Y =0

∑ Fx = 0
+
x RVA − 40 = 0 ∴ RVA = 40kN

∴ HA = 0
∑M A =0
− 4 x 40 + M A = 0 ∴ M A = 160kN .m

40kN
Diagrama de 160kN.m
corpo
p livre A B

40kN
Esforços Internos Solicitantes
Solicitantes-- Exemplos

40kN
Cálculo dos esforços solicitantes
S1

4
4m

MQ
S1: 0≤ x<3
N

N (x) = -HA N (x)=0

Q (x)
( ) = VRA V(x)
( ) =40
0

M(x)= VRA x X - MA M(x) = 40.X - 160

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