Você está na página 1de 42

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS – UniEVANGÉLICA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

MECÂNICA DOS SÓLIDOS I


Aula 1

Prof. Me. Gregorio Sandro Vieira


Aula 1: Planejamento do Semestre

EMENTA DO SEMESTRE

• Tensão

• Deformação Específica

•Propriedades Mecânicas dos Materiais

•Carregamento Axial

• Torção

•Flexão
Aula 1: Planejamento do Semestre

HABILIDADES IMPORTANTES

• Cálculo

• Física Mecânica

• Mecânica Vetorial
Aula 1: Planejamento do Semestre

FORMAS DE AVALIAÇÃO

• Três Verificações de Aprendizagem (VAs)

• 1ª VA e 2ª VA serão compostas por duas notas cada

1ª VA = N1 + N2

2ª VA = N3 + N4

• Cada Nota é composta por duas listas de exercícios e duas avaliações

N = Lista de Exercícios (10 pontos) + Avaliação (40 pontos)

• A 3ª VA será uma única avaliação abrangendo todo o conteúdo do semestre valendo 100
pontos

• As avaliações serão no primeiro e segundo horários de aula com duração de 100 minutos
Aula 1: Planejamento do Semestre

OBSERVAÇÕES

• As listas de exercícios poderão ser entregues somente até a data de realização respectiva
avaliação, preferencialmente no dia da realização da mesma. Não serão aceitas listas
entregues após esta data.

• As avaliações serão individuais, sem consulta. Será permitida a utilização de material


exclusivo a resolução da prova (lápis ou semelhante, caneta, borracha e calculadora).

• A solicitação de 2ª chamada deverá ser feita junto à Secretaria do Curso respeitando as


regras da UniEvangélica.

• As avaliações de 2ª chamada serão realizadas nas manhãs de sabado da semana seguinte


a aplicação da avaliação

• Não haverá prova para substituir outra avaliação


Aula 1: Planejamento do Semestre

BIBLIOGRAFIA

• HIBBELER, R. C. Resitência dos Materiais. 7ª edição. Rio de Janeiro. Ed. PEARSON


EDUCATION DO BRASIL, 2010.
• BEER, Ferdinand P. e JOHNSTON, E. Russel Mecânica dos Materiais. 5ª edição. São Paulo.
Ed. MCGRAW HILL – ARTMED, 2011.
• GERE, James M. e GOODNO, Barry J. Mecânica dos Materiais. 7ª edição. Ed. CENGAGE
LEARNING, 2011.
• CRAIG JR, R. R. Mecânica dos Materiais. 2ª edição. Rio de Janeiro. Ed. LTC, 2003.
• RILEY, William F., STURGES, Leroy D. e MORRIS, Don H. Mecânica dos Materiais. 5ª
edição. Rio de Janeiro. Ed. LTC, 2003.
• UGURAL, Ansel C. Mecânica dos Materiais. 1ª edição. Rio de Janeiro. Ed. LTC, 2009.
Aula 1: Tensão

TENSÃO
Aula 1: Tensão

O que é Mecânica dos Sólidos?

O que é Resistência dos Materiais?

O que é Mecânica dos Corpos Deformáveis?

É a ciência que estuda o comportamento interno


dos corpos quando estes são submetidos a algum
tipo de carregamento ou alteração térmica
Aula 1: Tensão

Apoiar nos três aspectos dos problemas de Mecânica dos Sólidos

• Geometria da deformação:
Análise deformação – deslocamento

• Comportamento do material:
Relação tensão – deformação

• Condições de equilíbrio:
Definição de resultantes de tensão e relação entre essas
resultantes com o carregamento externo e as forças reativas
Aula 1: Tensão

Objetivo:
Determinar se um determinado corpo resiste a carga ou variação
de temperatura a que será submetido

Resistência

Rigidez

Estabilidade

Analisar o corpo de acordo esses três aspectos para determinar se


o mesmo funciona de forma apropriada.
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo

-Força de Superfície

- Força de Corpo
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo
Os apoios ou vínculos são responsáveis
por estabelecer o equilíbrio do corpo
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo
O equilíbrio será estabelecido de duas formas
1. Equilíbrio de forças: Evita que o corpo sofra translações

2. Equilíbrio de momentos: Evita que o corpo sofra rotações



F  0
 MO  0
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo

Para estabelecermos o equilíbrio de um corpo


é necessário conhecer todas as forças atuantes

Para melhor considerarmos as forças atuantes,


devemos fazer o diagrama de corpo livre (DCL)
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo

1. Na figura (a) o corpo está em equilíbrio


2. Após a seção do corpo se faz o DCL. Figura (b)
3. Apresenta-se a resultante de forças e dos momentos. Figura (c)
Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo

4. Na figura (d) é feita a decomposição das cargas resultantes


Aula 1: Tensão

Equilíbrio de um corpo

Se estivermos com um problema no plano (2D) teremos apenas


componente de força normal, de cisalhamento e momento fletor
Aula 1: Tensão

Exemplo: Determine as cargas internas resultantes no ponto C da


viga abaixo.
Aula 1: Tensão

Exemplo: Determine a força normal interna resultante que age na


seção transversal no ponto A. A coluna tem massa de 200 kg/m.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

Hipótese: O material é contínuo e


coeso, ou seja, com distribuição
uniforme de matéria e com todas
suas partes bem unidas, sem
trincas ou falhas.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

1. Subdividir a área da seção


transversal em áreas
infinitesimais ΔA
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

2. Nesta área teremos uma força


resultante infinitesimal ΔF.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

3. Decompor a ΔF em suas
componente ΔFx, ΔFy e ΔFz.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

4. Reduzir a área tanto quanto


possível (lim 0) e assim,
reduzindo também as
componentes das forças
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

Apesar de ambos valores


tenderem a zero, a relação
(razão) entre eles tende a um
número finito que é
denominado Tensão.
A tensão indica a intensidade da
força interne do corpo sobre a
área que passa em determinado
ponto.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

A tensão normal é a intensidade


de força aplicada no sentido
perpendicular a área.
Aula 1: Tensão

Conceito de Tensão

A tensão cisalhante é a
intensidade de força aplicada no
sentido tangente a área.
Aula 1: Tensão

Estado Geral de Tensões

Seccionando o corpo nos três planos


(x, y e z), podemos a partir daqui
extrair um paralelepípedo (elemento
cúbico) que irá representar o estado
de tensão em torno de um ponto do
corpo.
Aula 1: Tensão

Estado Geral de Tensões

Em cada face deste elemento


vamos encontrar três
componente de tensão, uma
normal e duas cisalhantes,
considerando apenas as que
estão na direção dos eixos
coordenados.
Aula 1: Tensão

Unidade de Tensão

No Sistema Internacional (SI) a unidade de tensão é o


newton por metro quadrado (N/m²)

Esta unidade é denominada pascal (1 Pa = 1 N/m²)

Nos países de língua inglesa utilizam a libra por polegada


quadrada (psi) ou quilolibra por polegada quadrada (ksi)
para representar a tensão.
Aula 1: Tensão

Tensão Normal Média


Alguns elementos estruturais recebem carregamento na direção de
seu eixo (treliça, pendural, escoras, etc).
Esses carregamentos são aplicados nas extremidades desses
elementos.
O tipo de análise mais utilizado para este caso é o de distribuir a
carga de maneira uniforme ao longo da seção transversal.

Hipóteses:
1. A barra permanece reta antes e depois do
carregamento
2. Seções transversais ficam planas durante a
deformação
3. Material homogêneo e isotrópico
4. A resultante do carregamento no eixo do elemento
Aula 1: Tensão

Tensão Normal Média

Considerando a deformação da barra


uniforme e constante, esta será
resultado de uma tensão normal
constante.
Uma área ΔA estará sujeita a uma força
ΔF
Fazendo-se o somatório de todas essas
forças teremos a carga P.
Aula 1: Tensão

Tensão Normal Média

Fazendo ΔF = dF e ΔA = dA chegamos que

Integrando de ambos os lados temos

Resolvendo as integrais teremos


σ = Tensão Normal
P = Carga axial no elemento
A = Área da Seção Transversal do Elemento
Aula 1: Tensão

Tensão Normal Média


Esta análise se aplica tanto para elementos na tração
(tensão positiva) quanto na compressão (tensão negativa)
Aula 1: Tensão

Exemplo: A coluna está sujeita a uma força axial de 8 kN aplicada no


centróide da área da seção transversal. Determine a tensão normal
média que age na seção a-a. Mostre como fica essa distribuição de
tensão sobre a seção transversal da área.
Aula 1: Tensão

Tensão Cisalhante Média

A intensidade da força que atua de forma tangente a área


é denominada tensão de cisalhamento (τ).
Em relação aos eixos coordenados teremos duas
componentes.

Os dois índices subscritos ao lado da letra de tensão


indicam primeiro indica a direção da área de atuação da
força e o segundo indica a direção da força.
Aula 1: Tensão

Tensão Cisalhante Média

A força de cisalhamento tende a cortar a área. Na primeira


figura, F tende a “cortar” a barra ao longo dos planos AB e
CD. A figura da esquerda demonstra o DCL.
Aula 1: Tensão

Tensão Cisalhante Média

A tensão cisalhante média de um elemento e definida da forma:

τ = Tensão Cisalhante
P = Carga de cisalhamento
A = Área da Seção Transversal do Elemento
Aula 1: Tensão

Exemplo: O arganéu da âncora suporta uma força de cabo de 3 kN.


Se o pino tiver diâmetro de 6 mm, determine a tensão média de
cisalhamento no pino.
Aula 1: Tensão

Tensão Admissível e Fator de Segurança

Nem sempre a estrutura fica submetida aos carregamentos


analisados previamente

• Mudança da utilização da edificação


• Medições imprecisas
• Erros de fabricação e/ou montagem
• Vibrações desconhecidas
• Deterioração devido a intempéries
• Agentes biológicos
• Etc
Aula 1: Tensão

Tensão Admissível e Fator de Segurança

Para cobrir essas incertezas, o projeto inclui no


dimensionamento dos elementos o Fator de Segurança (F.S.)
que relaciona a força/tensão de ruptura com a admissível.

O F.S. sempre será um valor maior do que um (1) e dependerá


do tipo de material e de utilização para o qual o elemento
estará sendo dimensionado
Aula 1: Tensão

Exemplo: A haste suspensa está apoiada em sua extremidade por um


disco circular fixo acoplado como mostra a figura. Se a haste passar
por um orifício de 40 mm de diâmetro, determine o diâmetro mínimo
exigido para a haste e a espessura mínima do disco necessária para
suportar a carga de 20 kN. A tensão normal admissível é de 60 MPa e
a tensão admissível de cisalhamento para o disco é de 35 MPa.

Você também pode gostar