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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO

100 DICAS FINAIS: TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO


PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE

Bom pessoal, vamos à luta?! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar
nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária
-AFO. Cursei bacharelado em matemática na Universidade Federal do Ceará (UFC) e
atualmente sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado
na Diretoria de Programação e Orçamento, ou seja, estou diariamente trabalhando
com o nosso objeto de estudo: orçamento público. Leciono nossa matéria desde
2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para
facilitar o seu aprendizado. Este é material gratuito com dicas rápidas para esta reta
final (e também apostas minhas para a prova). Ressalto que este material não o
exime de fazer uma revisão geral de todos os assuntos: são dicas finais e apostas
minhas (apostas, lembrando rs rs)! Então, não sejam tendenciosos e deem atenção
a todos os conteúdos e não somente aos que trarei aqui. Sou concurseiro, assim
como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos
meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos,
dentre eles:

• SEDUC-CE (Professor do Estado) - 2013


• Banco do Brasil (Escriturário) - 3º Lugar - 2015 (Assumi e trabalhei
por 1 ano e 9 meses.
• Tribunal de Justiça do Estado da Bahia - 2015 - 22º lugar (Técnico
Judiciário) - Atual cargo
• Tribunal Regional Federal 1ª Região - Analista Judiciário (Área
Administrativa) - 34º lugar
• Tribunal Regional Federal 5ª Região - 2017 - Analista Judiciário
(Área Administrativa) - 6º lugar
• Tribunal Regional Federal 5º Região - 2017 - Técnico Judiciário (Área
Administrativa) - 92º lugar

Quer adquirir os meus materiais, PDFs e provas comentadas na íntegra? Manda um


e-mail pra mim: leandro.ravyelle@gmail.com ou direct nas minhas redes sociais!
Agora, meu querido (a), é bunda na cadeira e correr para o abraço! Avante!

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100 DICAS FINAIS: TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE

Se você baixou ou imprimiu o material de 100 dicas que elaborei para o


concurso do MP-PI (TÉCNICO MINISTERIAL), também com 100 dicas, aproveitei boa
parte, mas alterei algumas dicas, pois nem todos os conteúdos do MPPI apareceram
no edital do MPU. Portanto, este material contemplou mais dicas e menos assuntos
em relação ao antigo material do MPE-PI. Veja quais dicas foram
alteradas/substituídas: 16, 20, 21, 22, 23, 28, 29, 33, 34, 38, 43, 44, 50, 66, 67, 68, 73
a 84 e 87.
Assim, se já possui o material mencionado e quer imprimir apenas o alterado,
mencionei exatamente quais dicas foram adicionadas. Mão à obra!

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DICA 1
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

O Orçamento Público tem caráter e


FORÇA DE LEI, e a elaboração e a
aprovação do Orçamento Público
JURÍDICA
seguem o PROCESSO LEGISLATIVO
de discussão, emenda, votação e
sanção presidencial como qualquer
outra lei.
O Orçamento Público é basicamente
o INSTRUMENTO POR MEIO DO
DIMENSÕES DO ORÇAMENTO

QUAL O GOVERNO EXTRAI


ECONÔMICA
RECURSOS DA SOCIEDADE E OS
INJETA EM ÁREAS SELECIONADAS.
É corolário da dimensão econômica.
Se o Orçamento Público tem um
inequívoco caráter redistributivo, o
processo de elaboração, aprovação e
gestão do orçamento embute,
POLÍTICA necessariamente, PERSPECTIVAS E
INTERESSES CONFLITANTES QUE
SE RESOLVEM EM ÚLTIMA
INSTÂNCIA NO ÂMBITO DA AÇÃO
POLÍTICA DOS AGENTES
PÚBLICOS e dos inúmeros
segmentos sociais.

Representa o FLUXO FINANCEIRO


GERADO PELAS ENTRADAS DE
RECURSOS OBTIDOS COM A
FINANCEIRA
ARRECADAÇÃO DE RECEITAS E OS
DISPÊNDIOS COM AS SAÍDAS DE
RECURSOS PROPORCIONADO
PELAS DESPESAS, evidenciando a
execução orçamentária.

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DICA 2
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO


A Lei Orçamentária Anual é uma lei formal ou material? NÃO HÁ CONSENSO entre
os doutrinadores com relação à natureza jurídica do orçamento. Segundo Paludo
(2018), o ORÇAMENTO É UMA LEI NO QUE SE REFERE AO ASPECTO FORMAL,
visto que passa por todo o processo legislativo (discussão, votação, aprovação,
publicação), MAS NÃO O É EM SENTIDO MATERIAL. Esse posicionamento é
coerente com a maioria dos autores e com o ENTENDIMENTO DO PRÓPRIO STF,
assim resumido: "o orçamento é lei formal que apenas prevê receitas e autoriza
gastos, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e
financeiras". Contudo, na ADI 2925, vislumbrou-se a existência de NORMAS
ABSTRATAS inseridas na lei orçamentária de 2003, o que abriu, assim, espaço para
controle de constitucionalidade. Registre-se que, atualmente, o STF admite o
controle de constitucionalidade de lei, independentemente de ser apenas lei em
sentido formal - ADI 4048 e ADI 4049. (VER TAMBÉM A ADI 5449-MC DE
10.03.2016). Conforme Teori Zavascki, “leis orçamentárias que materializem atos
de aplicação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a controle de
constitucionalidade em processos objetivos.” Segundo a decisão da ministra Rosa
Weber nos dois mandados de segurança, o Executivo somente está autorizado a
promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes quando as despesas
estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de diretrizes
orçamentárias. Inexistindo incompatibilidade, não há amparo no ordenamento
jurídico para a sua alteração, ainda que sob o pretexto de promover o equilíbrio
orçamentário ou obtenção de superávit primário. Ainda segundo a ministra,
concluída a fase de apreciação legislativa e submetido o projeto de lei orçamentária
anual à Presidência da República há possibilidade de veto total ou parcial. Em suma,
o Executivo somente está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas
pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os limites
estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias.

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DICA 3
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

ORÇAMENTO EXECUTIVO X LEGISLATIVO X MISTO


ORÇAMENTO a elaboração, a votação e o controle do orçamento são
LEGISLATIVO competências do Poder Legislativo. Normalmente ocorre
em países parlamentaristas. Ao Executivo cabe apenas a
execução. Exemplo: Constituição Federal de 1891
ORÇAMENTO a elaboração, a votação, o controle e a execução são
EXECUTIVO competências do Poder Executivo. É típico de regimes
autoritários. Exemplo: Constituição Federal de 1937
ORÇAMENTO a elaboração e a execução são de competência do
MISTO Executivo, cabendo ao Legislativo a votação e o controle.
Exemplo: a atual Constituição Federal de 1988

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DICA 4
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

FUNÇÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO


Está ligada à alocação de recursos por parte
do Governo, que oferece bens e serviços
públicos puros (ex.: rodovias, segurança,
justiça), os quais não seriam oferecidos pelo
mercado, ou o seriam em condições
ineficientes. Oferece também bens

ALOCATIVA meritórios ou semipúblicos (ex.: educação e


saúde). E ainda cria condições para que bens
privados sejam oferecidos no mercado pelos
produtores. Além disso, esta função diz
respeito a promover ajustamentos na
alocação de recursos e se justifica quando o
funcionamento do mecanismo de mercado
(sistema de ação privada) não garante a
necessária eficiência na utilização desses
recursos.

Objetiva promover ajustamentos na


distribuição de renda devido às falhas de
mercado (desigualdades sociais, monopólios

DISTRIBUTIVA empresariais, etc.). É uma função que busca


tornar a sociedade menos desigual em
termos de renda e riqueza, por meio da
tributação e de transferências financeiras,
subsídios, incentivos fiscais, alocação de
recursos em camadas mais pobres da
população etc.

trata da aplicação das diversas políticas


econômico-financeiras a fim de ajustar o
nível geral de preços, melhorar o nível de
emprego, estabilizar a moeda e promover o
crescimento econômico, mediante
instrumentos de política monetária, cambial

ESTABILIZADORA e fiscal, ou outras medidas de intervenção


econômica (controles por leis, limitação
etc.). É uma função associada à manutenção
da estabilidade econômica, justificada como
meio de atenuar o impacto social e
econômico na presença de inflação ou
depressão.

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DICA 5
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

Era um documento de previsão de receitas e autorização de despesas com ênfase no


ORÇAMENTO BASE- TRADICIONAL
POR OU CLÁSSICO

gasto, o objeto de gasto. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político
do Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o planejamento. O critério
utilizado para a classificação dos gastos era a Unidade Administrativa
(classificação institucional) e o elemento de despesa (objeto do gasto).
TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS / TIPOS DE ORÇAMENTO

Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é
necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras
prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do "zero" - daí o nome Orçamento
Base-Zero. Memorizem que no orçamento Base Zero toda despesa é considerada
ESTRATÉGIA
OU

uma despesa nova, independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda


de período passado ou de uma despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o
passado, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de
ZERO

desprezar a experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é


incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazos.
O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento Tradicional;
buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que
comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos
ORÇAMENTO DE

dos programas. A ênfase era no desempenho organizacional, e avaliavam-se os


DESEMPENHO/
FUNCIONAL

resultados (em termos de eficácia, não de efetividade). Procurava- se medir o


desempenho por meio do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento
de gerenciamento para a Administração Pública. Era um processo orçamentário que
se caracterizava por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto
e um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda não
havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o critério de
classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho e a
classificação por funções.

Esse orçamento foi determinado pela Lei nº 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-lei
nº 200/1967, e teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas
ORÇAMENTO PROGRAMA

foi apenas com a edição do Decreto nº 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000-2003
que se tornou realidade. O Orçamento Programa é o atual e mais moderno
Orçamento Público. Está intimamente ligado ao planejamento, e representa o maior
nível de classificação das ações governamentais. É a única técnica que integra
planejamento e orçamento e, como o planejamento começa pela definição de
objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. Essa
integração é feita através dos "programas", que são os ''elos de união" entre
planejamento e orçamento. Levem para a prova que, atualmente diz-se que o
Orçamento Programa é o elo entre planejamento, orçamento e gestão, portanto, no
Orçamento Programa a ênfase é no que se realiza e não no que se gasta.

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Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns


recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO população, ou por meio de grupos organizados da sociedade civil, como a associação
de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e,
excepcionalmente, estadual. O principal benefício do Orçamento Participativo é a
democratização da relação do Estado -sociedade com fortalecimento da democracia.
orçamento participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela participação
da sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso se dá em substituição ao
poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária que é
posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na
verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não
uma substituição à atribuição devida pelo poder público.

O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes marginais nos seus
itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é aquele que, a partir dos gastos
atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o
aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de alternativas possíveis. É possível
identificar algumas características desse tipo de orçamento: as ações não são
INCREMENTAL
ORÇAMENTO

revisadas anualmente, logo não se compara com alternativas possíveis; é baseado no


orçamento do último ano, contendo praticamente os mesmos itens de despesa, com
aumentos e diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante
negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de despesas em vez de
objetivos de programas.

Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vinculação com o


planejamento governamental, partiu-se para uma técnica mais elaborada, que foi o
orçamento-programa, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da
PPBS

década de 50, sob a denominação de PPBS (PLANNING PROGRAMNING


BUDGETING SYSTEM). Este orçamento foi introduzido no Brasil através da Lei
4320/64 e do Decreto-Lei 200/67. A concepção fundamental do PPBS consiste na
introdução da análise custo/benefício e da análise entre as prioridades conflitantes.

O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação


de programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado
implemente políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos
POR RESULTADOS (OpR)

interesses e às expectativas dos cidadãos, criando valor público. O orçamento por


resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições
públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem
ORÇAMENTO

como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão pública. O ponto de


partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os programas do
plano plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada
em resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que
um órgão ou entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o
vínculo entre os recursos orçamentários a serem alocados nos programas e esses
resultados e utiliza indicadores para acompanhamento dos programas, com
vistas a aprimorá-los e a subsidiar o processo orçamentário.

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DICA 6
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

São características do Orçamento Programa:

O ORÇAMENTO É O ELO ENTRE O PLANEJAMENTO E O ORÇAMENTO


A ALOCAÇÃO DE RECURSOS VISA À CONSECUÇÃO DE OBJETIVOS E
METAS
AS DECISÕES ORÇAMENTÁRIAS SÃO TOMADAS COM BASE EM
AVALIAÇÕES E ANÁLISES TÉCNICAS DE ALTERNATIVAS POSSÍVEIS
NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO SÃO CONSIDERADOS TODOS OS
CUSTOS DOS PROGRAMAS, INCLUSIVE OS QUE EXTRAPOLAM O
EXERCÍCIO
A ESTRUTURA DO ORÇAMENTO ESTÁ VOLTADA PARA OS ASPECTOS
ADMINISTRATIVOS E DE PLANEJAMENTO
O PRINCIPAL CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO É O FUNCIONAL-
PROGRAMÁTICO
UTILIZAÇÃO SISTEMÁTICA DE INDICADORES E PADRÕES DE MEDIÇÃO
DO TRABALHO E DE RESULTADOS
O CONTROLE VISA AVALIAR A EFICIÊNCIA, A EFICÁCIA E A
EFETIVIDADE DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: TÉCNICO DO MPU –
ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO PROFESSOR LEANDRO
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DICA 7
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

A LDO PODE também ser instrumento de autorização de despesas, se constar no


seu texto a possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos
orçamentários, E se o orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro.
Ou seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas somente se
preenchidas as duas condições anteriores.

DICA 8
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

A vigência da Lei de Diretrizes Orçamentárias, se considerados os meses, é de


dezoito meses, e se considerarmos os anos, de dois anos; desde a sua aprovação, que
deve ocorrer até o final do primeiro período da sessão legislativa (17/7), até o final
do exercício financeiro seguinte (31/12). Atente para o fato de que, embora durante
seis meses de cada ano haja vigência simultânea de duas LDOs, elas não incidem
sobre o mesmo PL e LOA, mas sobre PLs e LOAs diferentes: cada LDO incide sobre
um único PL-LOA e sobre a LOA oriunda desse PL-LOA aprovada pelo Congresso
Nacional.

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DICA 9
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

Ainda, são atribuições da LDO, consoante a LRF:


CONTER AUTORIZAÇÃO PARA QUE OS MUNICÍPIOS CONTRIBUAM PARA O
CUSTEIO DE DESPESAS DE COMPETÊNCIA DE OUTROS ENTES DA FEDERAÇÃO
ESTABELECER EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
VOLUNTÁRIA
ESTABELECER CONDIÇÕES PARA A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA, DIRETA
OU INDIRETAMENTE, COBRIR NECESSIDADES DE PESSOAS FÍSICAS OU DÉFICITS
DE PESSOAS JURÍDICAS
DISPOR SOBRE O IMPACTO E O CUSTO FISCAL DAS OPERAÇÕES REALIZADAS
PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, O QUAL SERÃO DEMONSTRADOS
TRIMESTRALMENTE
DISPOR SOBRE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E O CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MENSAL DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO PELO PODER EXECUTIVO ATÉ
TRINTA DIAS APÓS A PUBLICAÇÃO DOS ORÇAMENTOS
ESTABELECER PARA OS PODERES E O MINISTÉRIO PÚBLICO CRITÉRIOS DE
LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA SE VERIFICADO, AO
FINAL DE UM BIMESTRE, QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA PODERÁ NÃO
COMPORTAR O CUMPRIMENTO DAS METAS DE RESULTADO PRIMÁRIO OU
NOMINAL ESTABELECIDAS NO ANEXO DE METAS FISCAIS
RESSALVAR AS DESPESAS QUE NÃO SERÃO SUBMETIDAS À LIMITAÇÃO DE
EMPENHO
DISPOR SOBRE A CONCESSÃO OU AMPLIAÇÃO DE INCENTIVO OU BENEFÍCIO DE
NATUREZA TRIBUTÁRIA DA QUAL DECORRA RENÚNCIA DE RECEITA
DISPOR SOBRE DESPESA CONSIDERADA IRRELEVANTE, PARA EFEITOS DE
GERAÇÃO DE DESPESA
DISPOR SOBRE A INCLUSÃO DE NOVOS PROJETOS NA LOA OU NAS LEIS DE
CRÉDITOS ADICIONAIS, APÓS ADEQUADAMENTE ATENDIDOS OS EM
ANDAMENTO E CONTEMPLADAS AS DESPESAS DE CONSERVAÇÃO DO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
EXCEPCIONALIZAR A CONTRATAÇÃO DE HORA EXTRA, QUANDO FOR
ALCANÇADO O LIMITE PRUDENCIAL DAS DESPESAS COM PESSOAL, O QUAL É DE
95% DO LIMITE PREVISTO NA LRF

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DICA 10
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

O PPA 2016-2019 aproximou a orientação estratégica dos Programas


Temáticos, demonstrando como a estratégia geral do governo se conecta com os
objetivos e metas e permitindo ver as principais diretrizes de governo e sua relação
com os Objetivos dos Programas Temáticos. Nesse PPA são os Eixos e as Diretrizes
Estratégicas que norteiam a implantação das políticas e a construção dos
Programas Temáticos. Com essas inovações iniciadas em 2012, o PPA tornou- se
mais estratégico.
Assim, o PPA representa o Planejamento Estratégico do Governo Federal,
logo, cabe ao PPA declarar as escolhas do governo e indicar os meios para a
implementação das políticas públicas e, ainda, orientar a ação do Estado para o
alcance dos objetivos pretendidos.Com o intuito de alcançar os objetivos
constitucionais estabelecidos no art. 3." da CF /1988, o critério utilizado para o
estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas é a regionalização (não é por estado
nem por municípios) e o critério populacional. Essa regionalização não se refere
apenas ao PPA, mas a todos os demais planos que, conforme o art. 165, § 4.º, devem
ser elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional. As regiões às quais o PPA se refere são as macrorregiões brasileiras: Norte,
Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. A essas macrorregiões é necessário
acrescentar uma outra possibilidade: a nacional - visto que existem diretrizes,
objetivos e metas de caráter nacional, pois todos os brasileiros serão
beneficiados, independentemente da Região ou do Estado em que residam.
Atente para isso, pois a CESPE ama cobrar este tópico em provas.

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DICA 11
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

O PPA 2016-2019 mantém as dimensões estratégica, tática e operacional, assim


descritas:

• A DIMENSÃO ESTRATÉGICA é a orientação estratégica do plano, composta


pela Visão de Futuro, Eixos e Diretrizes Estratégicas; precede e orienta a
elaboração dos Programas Temáticos.

• A DIMENSÃO TÁTICA define caminhos exequíveis para as transformações da


realidade anunciadas nas Diretrizes Estratégicas, considerando as variáveis
inerentes à política pública e reforçando a apropriação, pelo PPA, das
principais agendas de governo e dos planos setoriais para os próximos quatro
anos. É expressa nos Programas e reflete as entregas de bens e serviços pelo
Estado à sociedade.

• A DIMENSÃO OPERACIONAL relaciona-se com a otimização na aplicação dos


recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues, sendo
especialmente tratada no Orçamento.

O novo modelo de gestão (adotado a partir de 2012) pauta-se pela flexibilidade,


criatividade e informação, pela ampliação da comunicação e da coordenação entre
os Órgãos Centrais de Governo e os órgãos executores, pelo respeito à diversidade
política e suas relações de complementaridade, pelo diálogo, pelo fortalecimento do
pacto federativo e pela transparência.

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DICA 12
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

O PPA pode ser revisado periodicamente. A revisão do PPA não é obrigatória, para
que ela ocorra é necessário que haja interesse e autorização do Poder Executivo, e
aprovação da lei de revisão pelo Congresso Nacional. A revisão do PPA inclui:
inclusão, alteração e exclusão de Programas e de Ações Plurianuais. Outro ponto
importante que quero que você leve para a prova da banca CESPE é o seguinte: NÃO
DEPENDE DE LEI E PODEM SER FEITAS DIRETAMENTE PELO PODER
EXECUTIVO AS ALTERAÇÕES:

VALOR GLOBAL DO PROGRAMA

ADEQUAR VINCULAÇÃO ENTRE AÇÃO X OBJETIVO

ALTERAR/REVISAR METAS E ALTERAR ATRIBUTOS (INDICADOR, ÓRGÃO


RESPONSÁVEL POR OBJETIVO E META, INICIATIVAS, VALOR GLOBAL
ALTERAR O ANEXO II - PROGRAMAS DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS
AO ESTADO, EM DECORRÊNCIA DE CRIAÇÃO, EXTINÇÃO, TRANSFORMAÇÃO,
TRANSFERÊNCIA, INCORPORAÇÃO OU DESMEMBRAMENTO DE ÓRGÃOS.

Atente para o fato de que quaisquer modificações realizadas com fulcro na


autorização prevista no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e publicadas em portal
eletrônico do governo federal.

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DICA 13
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

Conforme a Lei nº 13.249/2016 (Lei que instituiu o PPA 2016-2019), são


prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019:

AS METAS INSCRITAS NO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (LEI NO 13.005,


DE 25 DE JUNHO DE 2014);
O PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC, IDENTIFICADO NAS
LEIS ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS POR MEIO DE ATRIBUTO ESPECÍFICO; E
O PLANO BRASIL SEM MISÉRIA - PBSM, IDENTIFICADO NAS LEIS
ORÇAMENTÁRIAS ANUAIS POR MEIO DE ATRIBUTO ESPECÍFICO.

Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes:

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ORIENTADO PELA INCLUSÃO SOCIAL


A MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS COM REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES
SOCIAIS, REGIONAIS, ÉTNICO-RACIAIS, GERACIONAIS E DE GÊNERO
O ESTÍMULO E A VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO DIREITO DO CIDADÃO
A VALORIZAÇÃO E O RESPEITO À DIVERSIDADE CULTURAL
O APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA COM FOCO NO CIDADÃO, NA
EFICIÊNCIA DO GASTO PÚBLICO, NA TRANSPARÊNCIA, E NO
ENFRENTAMENTO À CORRUPÇÃO
A GARANTIA DO EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS

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DICA 14
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação governamental por


meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim
definidos:

PROGRAMA TEMÁTICO ORGANIZADO POR RECORTES


SELECIONADOS DE POLÍTICAS
PÚBLICAS, EXPRESSA E ORIENTA A
AÇÃO GOVERNAMENTAL PARA A
ENTREGA DE BENS E SERVIÇOS À
SOCIEDADE
PROGRAMA DE GESTÃO, EXPRESSA E ORIENTA AS AÇÕES
MANUTENÇÃO E SERVIÇOS AO DESTINADAS AO APOIO, À GESTÃO E À
ESTADO MANUTENÇÃO DA ATUAÇÃO
GOVERNAMENTAL

NÃO INTEGRAM O PPA 2016-2019 OS PROGRAMAS DESTINADOS


EXCLUSIVAMENTE A OPERAÇÕES ESPECIAIS.

Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis


orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional e as ações orçamentárias serão
discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias. Nos Programas Temáticos,
cada ação orçamentária estará vinculada a um único Objetivo, exceto as ações
padronizadas. As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA
constarão das leis orçamentárias anuais. O investimento plurianual, para o período
de 2016 a 2019, está incluído no Valor Global dos Programas. A gestão do PPA 2016-
2019 observará os princípios da PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA, IMPESSOALIDADE,
ECONOMICIDADE E EFETIVIDADE e compreenderá a implementação, o
monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano. Caberá ao Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão definir os prazos, as diretrizes e as
orientações técnicas complementares para a gestão do PPA. O Poder Executivo
manterá sistema informatizado de apoio à gestão do Plano e adotará, em conjunto
com representantes da sociedade civil, mecanismos de participação social nas
etapas do ciclo de gestão do PPA 2016-2019 (ORÇAMENTO PARTICIPATIVO).

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DICA 15
TÓPICOS DO EDITAL:
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO
Este princípio está consagrado no art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina
que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a
despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à
receita prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos
gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário. Praticamente em todos os
anos esse princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's, visto que o
"equilíbrio" é mantido com as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que
são na verdade empréstimos que escondem o déficit existente. O princípio do
equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não durante
sua execução. Durante a execução o equilíbrio será perseguido, mas não será exato
porque a execução comporta variações envolvendo receitas e despesas. Esse
princípio orçamentário com assento constitucional e comumente indicado pela
doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de ouro”,
uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.
PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO E DA PROGRAMAÇÃO
Esses princípios são modernos e recentes. O princípio do planejamento, de acordo
com a Constituição Federal de 1988, art. 165, § 1", refere-se à obrigatoriedade de
elaboração do Plano Plurianual (PPA), e a obrigatoriedade de todos os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com
ele (art. 165, § 4º), reforçado pela LRF, art. 1º, § 1º, que exige a ação planejada: "a
responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que
se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas". Haja vista a importância do planejamento plurianual para a
Administração Pública, ele obrigatoriamente deverá ser aprovado mediante lei, não
sendo admitida sua formalização mediante Medida Provisória (CF /1988, art. 62, §
1º, d). O princípio da programação surgiu a partir da instituição do orçamento-
programa, e apregoa que o orçamento deve evidenciar os programas de trabalho,
servindo como instrumento de administração do Governo, facilitando a fiscalização,
gerenciamento e planejamento. Todas as despesas são inseridas no Orçamento sob
a forma de programa. Programa é o instrumento que o Governo utiliza para
organizar suas ações de maneira lógica e racional, a fim de otimizar a aplicação dos
recursos públicos e maximizar os resultados para a sociedade. Como o "programa"
é o elo entre planejamento e orçamento, esses princípios são apresentados juntos.

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DICA 16
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO

NÃO CONFUNDA PROCESSO (CICLO) COM SISTEMA ORÇAMENTÁRIO. O


PROCESSO ORÇAMENTÁRIO compreende as fases de elaboração e execução das
leis orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
Lei Orçamentária Anual (LOA). Cada uma dessas leis tem ritos próprios de
elaboração, aprovação e implementação pelos Poderes Legislativo e Executivo.
Entender esses ritos é o primeiro passo para a participação da sociedade no
processo decisório, fortalecendo, assim, o exercício do controle social na aplicação
dos recursos públicos. Já o SISTEMA ORÇAMENTÁRIO é a estrutura composta pelas
organizações, recursos humanos, informações, tecnologia, regras e procedimentos,
necessários ao cumprimento das funções definidas no processo orçamentário. Trago
aqui também as definições de sistema orçamentário propostas por James Giacomoni
(2017). Para este autor, O DOCUMENTO ORÇAMENTÁRIO (LOA COM SEUS
ANEXOS) É A EXPRESSÃO MAIS CLARA QUE SE PODE DENOMINAR DE SISTEMA
ORÇAMENTÁRIO. Veja que é um pouco mais restrita do que a definição dada
primordialmente aqui neste mesmo parágrafo.

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DICA 17
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO

CICLO ORÇAMENTÁRIO AMPLIADO


O ciclo orçamentário ampliado ou ciclo de planejamento e orçamento federal
corresponde a um período mais amplo que quatro anos. Ele inicia com a elaboração,
discussão, votação e aprovação do PPA; continua com a elaboração, discussão,
votação e aprovação da LDO; e, por fim, a elaboração, discussão, votação e
aprovação, execução, controle e avaliação da LOA. Segundo Sanches, o ciclo
orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam:

1 FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO PLURIANUAL, PELO


EXECUTIVO
2 APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO PLANO, PELO LEGISLATIVO
3 PROPOSIÇÃO DE METAS E PRIORIDADES PARA A
ADMINISTRAÇÃO E DA POLÍTICA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS
PELO EXECUTIVO
4 APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DA LDO, PELO LEGISLATIVO
5 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO, PELO
EXECUTIVO
6 APRECIAÇÃO, ADEQUAÇÃO E AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
7 EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS APROVADOS
8 AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO E JULGAMENTO DAS CONTAS

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DICA 18
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO

Funções da Comissão Mista Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO

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DICA 19
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

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DICA 20
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

É POSSÍVEL PROMOVER ALTERAÇÕES NA LDO E NO PPA, MESMO QUE DURANTE


A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ANUAL.

De fato, compete à LDO estabelecer para os poderes e o ministério público CRITÉRIOS


DE LIMITAÇÃO DE EMPENHO e movimentação financeira se verificado, ao final de
um bimestre, que a realização da RECEITA PODERÁ NÃO COMPORTAR O
CUMPRIMENTO DAS METAS de resultado primário ou nominal estabelecidas no
anexo de metas fiscais. No próprio texto da LRF não há previsão sobre a possibilidade
de alteração das metas, com o intuito de se facilitar a tarefa de economia de despesa.
Vale dizer, inclusive, que isso seria uma ''gaiatice" ao conjunto de suas regras, já que
os orçamentos devem buscar o alcance das metas prefixadas. Entretanto, em um caso
concreto, no ano de 2014, o governo federal aprovou uma mudança, alterando a
fórmula de cálculo das metas ficais para aquele exercício. Contudo, existem regras
específicas que regulamentam as alterações das metas fiscais e de seus procedimentos
de cálculo, pois essas alterações representam riscos ao equilíbrio econômico-
financeiro do orçamento público. Em dezembro de 2014, diversas manchetes foram
divulgadas com o mesmo assunto: com as contas no vermelho, o governo enviou ao
Congresso um projeto de lei para não descumprir uma meta estabelecida por ele
mesmo no final de 2013. O embate foi o seguinte: A Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) daquele ano estabelecia o valor mínimo de R$ 116,1 bilhões de superávit
primário. Isto é, a regra, naquele ano, era que fosse permitido "descontar" desse valor
até R$ 67 bilhões referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ou seja,
até R$ 67 bilhões que o governo gastar no ano com o programa seriam tirados da conta
– reduzindo a economia a R$ 49,1 bilhões. Com o projeto de lei proposto, o projeto de
lei enviado ao Congresso não muda oficialmente a meta de superávit, mas alterou esse
"desconto" determinado na LDO. Pela proposta, foi possível abater dos R$ 116,1
bilhões o total de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de
desonerações de tributos aplicadas em diversos setores.

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Veja como isso já foi cobrado pela banca CESPE:

CESPE 2015 STJ - AJAA

Tendo como referência os conceitos e as normas aplicáveis ao orçamento


público, julgue os itens a seguir.

97 Ao reconhecer-se, ao final de um bimestre, a frustração na realização da receita,


pode ser necessário rever as metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes
orçamentárias (LDO), uma vez que, dependendo das dimensões do problema, o
descumprimento de tais metas poderia comprometer também o cumprimento dos
objetivos do plano plurianual (PPA). Isso evidencia que, mesmo durante a execução do
orçamento anual, é possível e por vezes necessário promover alterações na LDO e no
PPA. GABARITO: CERTO

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DICA 21
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

Com relação às despesas obrigatórias estabelecidas pela Constituição ou mediante lei,


no entanto, não há falar em caráter autorizativo do orçamento. Para essas, o caráter
será sempre obrigatório, e, portanto, impositivo. Entretanto, em relação às despesas
obrigatórias estabelecidas pela Constituição, a sua execução insere-se na
discricionariedade do gestor. Mesmo assim, tenha cuidado com este detalhe: em geral,
mesmo depois da EC-86/2015 (execução obrigatória de 1,2% da RCL), o Orçamento
Público brasileiro ainda é considerado autorizativo. Vejamos o que traz a própria
Constituição Federal:

Art. 166..........................................................................................................

§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão APROVADAS


NO LIMITE DE 1,2% (UM INTEIRO E DOIS DÉCIMOS POR CENTO) DA RECEITA
CORRENTE LÍQUIDA PREVISTA NO PROJETO ENCAMINHADO PELO PODER
EXECUTIVO, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e
serviços públicos de saúde.

§ 11. É OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA das


programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
REALIZADA NO EXERCÍCIO ANTERIOR, conforme os critérios para a execução
equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art.
165.

Notaram a diferença? Vejamos:

INCIDIRÁ SOBRE

APROVAÇÃO DAS EMENDAS INDIVIDUAIS NO LIMITE DE 1,2% (UM INTEIRO E DOIS


PARLAMENTARES DÉCIMOS POR CENTO) DA RECEITA
CORRENTE LÍQUIDA PREVISTA NO
PROJETO ENCAMINHADO PELO PODER
EXECUTIVO

EXECUÇÃO DAS EMENDAS INDIVIDUAIS NO LIMITE DE 1,2% (UM INTEIRO E DOIS


PARLAMENTARES DÉCIMOS POR CENTO) DA RECEITA
CORRENTE LÍQUIDA REALIZADA NO
EXERCÍCIO ANTERIOR

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DICA 22
TÓPICOS DO EDITAL:
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS.

O orçamento-programa deve evidenciar RESULTADOS, OU SEJA, A EFICÁCIA do que


foi planejado (objetivos e as metas fixadas). Isso subsidiará a elaboração da LDO de
cada exercício, pois, se algum programa não se revelar viável ou necessitar de ajustes,
é com base nesse indicador, aliado à eficiência e à efetividade, que se fará a alocação
de recursos e se evitará o desperdício. Logo, leve isto para as provas: a eficiência mede
se os meios (insumos, custo/benefício/melhor aproveitamento dos recursos) para
obtenção dos fins (outputs/resultados). Já a eficácia avalia se os fins
(outputs/resultados) foram obtidos como previsto inicialmente na programação
orçamentária.

Veja como isto já foi cobrado em prova CESPE:

CESPE 2015 STJ – AJAA

A medição dos resultados da ação governamental é um elemento-chave do orçamento-


programa. Nos níveis intermediários da administração, a mensuração é feita com base
nos resultados dos programas, mediante o estabelecimento de metas ou produtos, o
que constitui uma medida da eficiência da organização. GABARITO: ERRADO

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DICA 23
TÓPICOS DO EDITAL:
2. O ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL & 2.1 PLANO PLURIANUAL. 2.2
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. 2.3 ORÇAMENTO ANNUAL NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.

O Projeto e a Lei Orçamentária de 2019 discriminarão, em categorias de programação


específicas, dentre outras, as dotações destinadas a
ÀS AÇÕES DESCENTRALIZADAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA CADA ESTADO E SEUS MUNICÍPIOS
E O DISTRITO FEDERAL

À CONCESSÃO DE SUBVENÇÕES ECONÔMICAS E SUBSÍDIOS, QUE DEVERÃO IDENTIFICAR A


LEGISLAÇÃO QUE AUTORIZOU O BENEFÍCIO

À PARTICIPAÇÃO EM CONSTITUIÇÃO OU AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS

AO PAGAMENTO DE PRECATÓRIOS JUDICIÁRIOS, DE SENTENÇAS JUDICIAIS DE PEQUENO VALOR


E AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇAS JUDICIAIS DE EMPRESAS ESTATAIS DEPENDENTES

Professor, onde tem isso, pelamoooorrdii!? Povo, são atribuições trazidas no próprio
texto da LDO 2019 (Lei nº 13.707/2018), ou seja, vale para a elaboração da LOA 2019,
uma vez que é atribuição da LDO orientar a elaboração da LOA. O rol de dotações é
extenso e, claro, é impossível memorizar todos para a prova. Mas, infelizmente, a banca
CESPE já cobrou questão desse nível em 2015, vejamos:
CESPE 2015 STJ – AJAA

O projeto e a lei orçamentária de 2015 discriminam, em categorias de programação


específicas, as dotações destinadas ao pagamento de precatórios judiciários e de
sentenças judiciais de pequeno valor, além das destinações para o cumprimento de
sentenças judiciais constantes do orçamento de investimentos das empresas estatais.
GABARITO: ERRADO

Questão pesadíssima, povo! Vejam que a prova de 2015 já buscava conhecimentos


específicos da própria LDO da época (Lei nº 13.080/15). O dispositivo nela presente
assim o trazia um texto semelhante ao da LDO 2019, observe o texto da LDO 2019:

Art. 11. O Projeto e a Lei Orçamentária de 2019 discriminarão, em categorias de


programação específicas, as dotações destinadas:

X - ao pagamento de precatórios judiciários, de sentenças judiciais de pequeno


valor e ao cumprimento de sentenças judiciais de empresas ESTATAIS
DEPENDENTES;

Portanto, o erro foi considerar na assertiva empresas estatais lato sensu, isto é,
independentes e dependentes.

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DICA 24
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3
FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA.

RECEITAS DE OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS


Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades
da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da
seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas
de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre
seus órgãos. De fato, define-se como intraorçamentárias as operações que resultem de
despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e
outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes
da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e
contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia,
fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses
orçamentos, no âmbito da mesma esfera de governo. As receitas intra-orçamentárias
decorrem da realização de despesas intra-orçamentárias, mas não alteram o saldo da
Conta Única do Tesouro no Banco Central, traduzindo-se em meros lançamentos
contábeis. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas
classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de
Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do
Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam
anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais.
Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de
operações intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria
Interministerial STN/SOF nº 338/2006, incluiu as “Receitas Correntes
Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas,
respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas
classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas
categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias
Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”.

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DICA 25
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3
FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA.

ORIGENS DA RECEITA CORRENTE


Tomem cuidado com as definições das seguintes origens, pois caem bastante em prova!

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES: são provenientes do recebimento de recursos


financeiros de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender
despesas de manutenção ou funcionamento que não impliquem contraprestação direta
em bens e serviços a quem efetuou essa transferência. É o ingresso proveniente de
outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condições
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde que o objetivo seja a
aplicação em despesas correntes. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos
vincula-se à determinação constitucional ou legal, ou ao objeto pactuado. Tais
transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre
entidades públicas e instituições privadas. O órgão que transfere as receitas executa as
três fases da despesa: empenha, liquida e paga a despesa, transferindo somente o valor
financeiro. Quem recebe classifica como receita sua, no momento em que o repassador
liquida a despesa.

OUTRAS RECEITAS CORRENTES: constituem-se pelas receitas cujas características


não permitam o enquadramento nas demais classificações da receita corrente, tais
como indenizações, restituições, ressarcimentos, multas previstas em legislações
específicas, entre outras. Também se classificam como outras receitas correntes a
alienação de móveis e imóveis apreendidos e/ ou caucionados.

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DICA 26
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3
FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA.

ORIGENS DA RECEITA DE CAPITAL


Tomem cuidado com as definições das seguintes origens, pois caem bastante em prova!

TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL: recursos financeiros recebidos de outras pessoas de


direito público ou privado destinados a atender despesas com investimentos ou
inversões financeiras, independentemente da contraprestação direta a quem efetuou
essa transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se ao
objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes
esferas ou entre entidades públicas e instituições privadas. A origem dos recursos não
é determinante; pode ser corrente ou de capital. A destinação/aplicação sim é que deve
ser obrigatoriamente em despesas de capital. É a única receita de capital classificada
como efetiva. As demais são não efetivas.

OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL: registram-se nesta origem receitas cujas


características não permitam o enquadramento nas demais classificações da receita de
capital, tais como resultado do Banco Central, remuneração das disponibilidades do
Tesouro, entre outras. Chamo a atenção de vocês para o seguinte: nem todas as
receitas de capital são não efetivas. As transferências de capital são receitas e
despesas efetivas, haja vista que não há uma contrapartida em relação ao valor
recebido ou transferido. Além disso, O§ 22 do art. 2º da Lei nº 4.320/1964 inclui o
"superávit do orçamento corrente" como receita de capital, e, em seguida, no § 3º, diz
que esse superávit não constituirá item de receita orçamentária. Esse superávit do
orçamento corrente é classificado como receita de capital porque a receita corrente se
esgota dentro do exercício financeiro. É EXTRAORÇAMENTÁRIA porque foi
arrecadada em um exercício e será utilizada num exercício posterior.

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DICA 27
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 4.2 ESTÁGIOS. 4.3
FONTES. 4.4 DÍVIDA ATIVA.

Importante destacar que a Portaria SOF no 45, de 26 de agosto de 2015, que dispôs
sobre o desdobramento da classificação por natureza de receita para aplicação no
âmbito da União, publicou apenas as naturezas agregadoras, ficando criadas
automaticamente, para todos os fins, as naturezas valorizáveis, terminadas em “1”, “2”,
“3” e “4”. Além disso, de acordo com o art. 2o, § 4o, inciso V, alínea “f”, da Portaria
Interministerial STN/SOF no 163, de 4 de maio de 2001, os dígitos correspondentes
aos tipos “5” a “9” serão utilizados quando se tratar de outros desdobramentos a serem
criados, caso a caso, pela Secretaria de Orçamento Federal, mediante Portaria
específica.

EXEMPLO LOA DA UNIÃO DE 2017 LOA 2017:


E PLOA 2018 ESTADOS, DF E
(ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS
MUNICÍPIOS)
IMPOSTOS TRIBUTÁRIA TRIBUTÁRIA
MULTAS PELO ATRASO NO TRIBUTÁRIA OUTRAS RECEITAS
PAGAMENTO DE IMPOSTOS CORRENTES
DÍVIDA ATIVA DE IMPOSTOS TRIBUTÁRIA OUTRAS RECEITAS
CORRENTES
ALUGUEIS PATRIMONIAL PATRIMONIAL
MULTAS PELO ATRASO NO PATRIMONIAL OUTRAS RECEITAS
PAGAMENTO DE ALUGUEIS CORRENTES
DÍVIDA ATIVA DE ALUGUEIS PATRIMONIAL OUTRAS RECEITAS
CORRENTES
MULTAS DE TRÂNSITO OU OUTRAS RECEITAS OUTRAS RECEITAS
MULTAS PELO ATRASO NA CORRENTES CORRENTES
DEVOLUÇÃO DE LIVROS NA
BIBLIOTECA PÚBLICA

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DICA 28
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4 CICLO ORÇAMENTÁRIO.

Cuidado com isso: programação financeira é uma coisa e cronograma mensal de


desembolso é outra! Portanto, nos termos em que dispuser a LDO respectiva,
observando o disposto na LRF, até trinta dias após a publicação da LOA, o Poder
Executivo estabelecerá, por decreto, a programação financeira de desembolso. Esse
decreto de programação anual deverá conter: valor que cada ministério ou órgão
poderá empenhar durante o exercício; valor que esses entes poderão pagar em cada
mês. O decreto de programação financeira é elaborado em conjunto pelo Ministério da
Fazenda e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Nesse processo,
primeiro é estabelecido o montante da despesa total que o Governo poderá realizar, e
só depois é que são fixados os limites de gasto para cada Ministério ou Órgão. Contudo,
o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
ESTABELECERÃO SEU CRONOGRAMA ANUAL DE DESEMBOLSO, MEDIANTE ATO
PRÓPRIO, observando as normas legais e as diretrizes emanadas do Poder Executivo.
DECRETO DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA → SÓ O PODER EXECUTIVO,
MEDIANTE DECRETO
CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO MENSAL → OS TRÊS PODERES E O MINISTÉRIO
PÚBLICO, MEDIANTE ATO PRÓPRIO.

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DICA 29
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4 CICLO ORÇAMENTÁRIO.

Aposto demais numa questão sobre o ciclo orçamentário – elaboração da proposta


orçamentária, mais especificamente em relação ao MPU, na sua prova, pois além de ser
específica para o MPU, está expressamente elencada no MTO 2019. De fato, o processo
de elaboração da proposta orçamentária para os Poderes Legislativo e Judiciário, para
o Ministério Público da União e Defensoria Pública da União apresenta as seguintes
peculiaridades:
1. o art. 22 do PLDO 2019 determina que o envio da proposta orçamentária desses
órgãos à SOF se dará até 15 de agosto de 2018;
2. O PODER JUDICIÁRIO E O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO DEVERÃO
ENCAMINHAR À CMO PARECER DE MÉRITO DE SUAS PROPOSTAS
ORÇAMENTÁRIAS ELABORADO PELO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA E DO
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, RESPECTIVAMENTE,
CONFORME ESTABELECE O § 1º DO ART. 22 DO PLDO 2019; e
3. o art. 23 do PLDO 2019 estabelece os limites orçamentários para a despesa primária
para a elaboração de suas respectivas propostas orçamentárias.

Fique atento ao item 2 mencionado acima!

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DICA 30
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos econômicos,
levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no País. Dessa forma, a
ordem sistemática inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento.

ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


PLANEJAMENTO PREVISÃO
LANÇAMENTO
EXECUÇÃO ARRECADAÇÃO
RECOLHIMENTO

EXCEÇÃO ÀS ETAPAS DA RECEITA


Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas
orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não previstas e também
das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação em espécie recebida
pelos entes públicos.

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DICA 31
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

LANÇAMENTO --> é o procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato


gerador da obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula o
montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo o caso, propõe a
aplicação da penalidade cabível.

TIPOS DE CARACTERÍSTICA EXEMPLO


LANÇAMENTO
DIRETO OU DE OFÍCIOSEM A PARTICIPAÇÃO DO IPTU, IPVA
CONTRIBUINTE
DECLARAÇÃO OU CONTRIBUINTE PRESTA ITBI, II, IE E
MISTO INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO ITCMD
LANÇAMENTO
HOMOLOGAÇÃO OU REALIZADO PELO SUJEITO PASSIVO ICMS, IPI, IR,
AUTO-LANÇAMENTO QUE ANTECIPA IMPOSTOS PIS E Confins.

DICA 32
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição


tributária), a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como
despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor. Se houver parcelas a
serem restituídas, em regra, esses fatos não devem ser tratados como despesa
orçamentária, mas como dedução de receita orçamentária, pois correspondem a
recursos arrecadados que não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em
programas e ações governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não
necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua execução.

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DICA 33
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Não caia na decoreba de achar que toda alienação de bens é receita de capital, pois
temos no enunciado uma das poucas exceções na legislação em vigor. O próprio MTO
2019 assim o classificam:

1.9.0.0.00.0.0 OUTRAS RECEITAS CORRENTES

1.9.3.0.02.0.0 ALIENAÇÃO DE BENS APREENDIDOS

1.9.3.0.02.1.0 ALIENAÇÃO DE BENS E MERCADORIAS


APREENDIDOS

1.9.3.0.02.2.0 ALIENAÇÃO DE BENS E MERCADORIAS


ASSOCIADOS AO TRÁFICO ILÍCITO DE
ENTORPECENTES E DROGAS AFINS

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DICA 34
TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Vários são os conceitos existentes acerca das receitas públicas. A Deliberação


nº 539/2008 da CVM, que aprova o pronunciamento conceitual básico aplicável às
entidades em geral, define que “RECEITAS SÃO AUMENTOS NOS BENEFÍCIOS
ECONÔMICOS, DURANTE O PERÍODO CONTÁBIL, SOB A FORMA DE ENTRADA DE
RECURSOS OU AUMENTO DE ATIVOS OU DIMINUIÇÃO DE PASSIVOS, QUE
RESULTEM EM AUMENTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E QUE NÃO SEJAM
PROVENIENTES DE APORTE DOS PROPRIETÁRIOS DA ENTIDADE”.
Esse conceito, contudo, NÃO CORRESPONDE À RECEITA ORÇAMENTÁRIA
PÚBLICA, MAS À RECEITA SOB O ENFOQUE DAS NORMAS APLICÁVEIS ÀS
EMPRESAS PRIVADAS. O Manual de Receita Nacional STN/SOF define como receita
“TODOS OS INGRESSOS DISPONÍVEIS PARA COBERTURA DAS DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS E OPERAÇÕES QUE, MESMO NÃO HAVENDO INGRESSO DE
RECURSOS, FINANCIAM DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS”. Para o Manual de
Procedimentos da Receita Pública da STN, “RECEITAS PÚBLICAS SÃO TODOS OS
INGRESSOS DE CARÁTER NÃO DEVOLUTIVO AUFERIDOS PELO PODER PÚBLICO,
EM QUALQUER ESFERA GOVERNAMENTAL, PARA ALOCAÇÃO E COBERTURA DAS
DESPESAS PÚBLICAS”. Entendemos que receita pública é qualquer recurso obtido
pelo Estado, em determinado período financeiro, disponível para custear despesas
públicas. Segundo o Glossário do Senado Federal, “RECEITA É TODA ARRECADAÇÃO
DE RENDAS AUTORIZADA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEIS E TÍTULOS
CREDITÓRIOS À FAZENDA PÚBLICA”. Sendo assim, atente para os seguintes
cuidados:

RECEITAS SÃO INGRESSOS FINANCEIROS NO PATRIMÔNIO PÚBLICO. MAS


NEM TODOS OS INGRESSOS NOS COFRES PÚBLICOS SÃO RECEITA PÚBLICA
ORÇAMENTÁRIA. ALGUNS RECURSOS SÃO “MERAS ENTRADAS” SUJEITAS A
POSTERIOR DEVOLUÇÃO.

RECEITA PÚBLICA STRICTO SENSU SÃO APENAS AS RECEITAS


ORÇAMENTÁRIAS, QUE SÃO AS RECEITAS DE CARÁTER NÃO DEVOLUTIVO,
QUE ESTARÃO DISPONÍVEIS PARA CUSTEAR DESPESAS PÚBLICAS.

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DICA 35
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e


extraorçamentários. Segundo o art. 35 da Lei nº 4.320/1964:

Pertencem ao exercício financeiro:


I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de
autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser
efetivada. Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária
anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos,
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de
receita e recursos transitórios. Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser
classificada quanto ao impacto na situação patrimonial líquida em:

DESPESA AQUELA QUE, EM GERAL, O COMPROMETIMENTO DO


ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTO (EMPENHO) NÃO CONSTITUI O
EFETIVA RECONHECIMENTO DE UM BEM, UM DIREITO OU UMA
OBRIGAÇÃO CORRESPONDENTE

DESPESA AQUELA QUE, EM GERAL, O COMPROMETIMENTO DO


ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTO (EMPENHO) CONSTITUI O
NÃO EFETIVA RECONHECIMENTO DE UM BEM, UM DIREITO OU UMA
OBRIGAÇÃO CORRESPONDENTE

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DICA 36
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Em geral, a despesa orçamentária efetiva é despesa corrente. Entretanto, pode haver


despesa corrente não efetiva como, por exemplo, a despesa com a aquisição de
materiais para estoque e a despesa com adiantamentos, que representam fatos
permutativos. A despesa não efetiva normalmente se enquadra como despesa de
capital. Entretanto, há despesa de capital que é efetiva como, por exemplo, as
transferências de capital, que causam variação patrimonial diminutiva e, por isso,
classificam-se como despesa efetiva.

DICA 37
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

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DICA 38

TÓPICOS DO EDITAL:
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO. 4.2 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A
NATUREZA. 4.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Segundo os Manuais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, o


RECONHECIMENTO DA RECEITA, SOB O ENFOQUE PATRIMONIAL, CONSISTE NA
APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE PARA
RECONHECIMENTO DA VARIAÇÃO ATIVA OCORRIDA NO PATRIMÔNIO, em
contrapartida ao registro do direito no momento da ocorrência do fato gerador, antes
da efetivação do correspondente ingresso de disponibilidades.
Esse enfoque aplica os PRINCÍPIOS CONTÁBEIS DA COMPETÊNCIA E DA
OPORTUNIDADE. Antes do ingresso dos recursos nos cofres públicos – no momento
da OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR –, registra-se o direito a receber no ativo
circulante ou de longo prazo em contrapartida a uma variação ativa no patrimônio do
ente público. O objetivo desse registro é evidenciar o impacto do “fato” no patrimônio
do ente público. Esse registro permite à contabilidade gerar, tempestivamente,
informações sobre a composição patrimonial e suas variações, e evidenciar os
resultados econômicos e financeiros relacionados à administração orçamentária,
financeira e patrimonial. Segundo Paludo (2018), a questão-chave é identificar o
momento da ocorrência do fato gerador. Confirmada a ocorrência do fato gerador,
deve-se proceder ao registro contábil do direito a receber, em contrapartida a uma
variação ativa, o que resulta em aumento do patrimônio líquido.

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DICA 39
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

AÇÃO
As ações são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que
contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também no conceito
de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a
pessoas físicas e jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições e
financiamentos, dentre outros. As ações, conforme suas características podem ser
classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

a. ATIVIDADE
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que
se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplo: “Fiscalização e Monitoramento das Operadoras de Planos e
Seguros Privados de Assistência à Saúde”.

b. PROJETO
É um instrumento de programação utilizado para alcançar o
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,
limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a
expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo:
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”.

c. OPERAÇÃO ESPECIAL
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou
serviços. Em grande medida, as operações especiais estão associadas
aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas
do orçamento, NÃO INTEGRANDO O PPA.

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DICA 40
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

SUBTÍTULO / LOCALIZADOR DE GASTO


A Portaria MOG nº 42/1999 não estabelece critérios para a indicação da
localização física das ações, todavia, considerando a dimensão do orçamento da União,
a Lei de Diretrizes Orçamentárias tem determinado a identificação da localização do
gasto, o que se faz por intermédio do Subtítulo. O subtítulo permite maior controle
governamental e social sobre a implantação das políticas públicasadotadas, além de
evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental. No caso da
União, as atividades, projetos e operações especiais são detalhadas em subtítulos,
utilizados especialmente para especificar a localização física da ação, não podendo
haver, por conseguinte, alteração da finalidade da ação, do produto e das metas
estabelecidas. Vale ressaltar que o critério para priorização da localização física da ação
em território é o da localização dos beneficiados pela ação. A localização do gasto
poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (NO, NE, CO, SD, SL), por
estado ou município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando
necessário. A LDO da União veda que na especificação do subtítulo haja referência
a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados. Na
União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será
detalhado por esfera orçamentária (fiscal, seguridade e investimento), grupo de
natureza de despesa, modalidade de aplicação, identificador de resultado primário,
identificador de uso e fonte de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os
mesmos da ação orçamentária.

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DICA 41
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

ATRIBUTOS DO SUBTÍTULO

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DICA 42
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

PLANO ORÇAMENTÁRIO (PO)


Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial
(não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária, que tem por finalidade
permitir que, tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e
financeiro da execução, ocorram num nível mais detalhado do que o do
subtítulo/localizador de gasto. Os POs são vinculados a uma ação orçamentária,
entendida esta ação como uma combinação de esfera-unidade orçamentária-função-
subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes
classificadores, o conjunto de POs varia também. Em termos quantitativos, no entanto,
os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus subtítulos/localizadores
de gasto. Ou seja, se uma ação possui POs vinculados, a captação da proposta
orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação subtítulo +PO. A
proposta de dotação para o subtítulo será, pois, a soma das propostas dos POs
associados àquele subtítulo. Já a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o
produto do PO em geral é diferente do produto da ação, impedindo o somatório.

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DICA 43
TÓPICOS DO EDITAL:
3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo dos


pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando ao ajuste da despesa fixada às
novas projeções de resultados e da arrecadação. Se houver frustração da receita
estimada no orçamento, deverá ser estabelecida limitação de empenho e
movimentação financeira, com objetivo de atingir os resultados previstos na LDO e
impedir a assunção de compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria uma
busca de socorro no mercado financeiro, situação que implica em encargos elevados. A
LRF definiu procedimentos para auxiliar a programação orçamentária e financeira nos
arts 8ºe 9º:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c
do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. [...]
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério
Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta
dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

A verificação do cumprimento das metas fiscais durante o exercício financeiro depende


da programação financeira. Conforme o MTO 2019:

No âmbito do Poder Executivo, esse decreto ficou


conhecido como Decreto de Contingenciamento, que,
normalmente, é detalhado por portaria
interministerial (MP e MF), evidenciados os valores
autorizados para movimentação e empenho e para
pagamentos no decorrer do exercício.

@profleandroravyelle Página 48
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Em resumo, os objetivos desse mecanismo são:


ESTABELECER NORMAS ESPECÍFICAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA PARA O EXERCÍCIO
ESTABELECER UM CRONOGRAMA DE COMPROMISSOS (EMPENHOS) E DE
LIBERAÇÃO (PAGAMENTO) DOS RECURSOS FINANCEIROS PARA O GOVERNO
CUMPRIR A LEGISLAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (LRF, LDO ETC.)
ASSEGURAR O EQUILÍBRIO ENTRE RECEITAS E DESPESAS AO LONGO DO
EXERCÍCIO FINANCEIRO E PROPORCIONAR O CUMPRIMENTO DA META DE
RESULTADO PRIMÁRIO

PERCEBE-SE QUE A PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E A RESPECTIVA EXECUÇÃO DO


ORÇAMENTO ESTÃO SUBSEQUENTE À SANÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL;
isso acontece porque é necessário organizar os gastos logo no início do exercício
financeiro, de modo a compensar eventuais perdas de receitas, seja por reduzida
arrecadação ou pelas renúncias que poderão ocorrer, ou ainda por aumentos de
despesas, inclusive as imprevisíveis. Albuquerque, Feijó e Medeiros (2008) descrevem
os objetivos e o propósito da Programação Financeira:
ASSEGURAR RECURSOS FINANCEIROS ÀS UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS, EM
TEMPO HÁBIL À MELHOR EXECUÇÃO DE SEUS PROGRAMAS ORÇAMENTÁRIOS

MANTER O EQUILÍBRIO ENTRE A RECEITA E A DESPESA, DE FORMA A


PREVENIR INSUFICIÊNCIAS DE CAIXA. PROPÓSITO: AJUSTAR O RITMO DE
EXECUÇÃO DA DESPESA AO FLUXO DE CAIXA DO TESOURO

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DICA 44
TÓPICOS DO EDITAL:
3 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

A EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA OCORREM


CONCOMITANTEMENTE, POR ESTAREM ATRELADAS UMA A OUTRA. Havendo
orçamento e não existindo o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. Por outro lado,
pode haver recurso financeiro, mas não se poderá gastá-lo, se não houver a
disponibilidade orçamentária. Em consequência, PODE-SE DEFINIR EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA COMO SENDO A UTILIZAÇÃO DOS CRÉDITOS CONSIGNADOS NO
ORÇAMENTO OU LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA. Já a EXECUÇÃO FINANCEIRA,
POR SUA VEZ, REPRESENTA A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS,
VISANDO ATENDER À REALIZAÇÃO DOS PROJETOS E/OU ATIVIDADES
ATRIBUÍDAS ÀS UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS PELO ORÇAMENTO. Todo o
processo orçamentário tem sua obrigatoriedade estabelecida na Constituição Federal,
art.165, que determina a necessidade do planejamento das ações de governo. Uma vez
publicada a LOA, observadas as normas de execução orçamentária e de programação
financeira da União estabelecidas para o exercício e lançadas as informações
orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, no SIAFI, por
intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, cria-se o
crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária
propriamente dita. Executar o Orçamento é, portanto, realizar as despesas públicas
nele previstas, seguindo à risca os três estágios da execução das despesas previstos na
Lei nº 4320/64: empenho, liquidação e pagamento. No âmbito do Poder Executivo
federal, o decreto de programação financeira pode ser modificado, desde que
respeitados os limites consignados no orçamento anual. Logo, o comportamento
financeiro da instituição pública deve ser o produto da execução de determinada
programação, a qual se reveste da forma orçamentária. A execução financeira, dessa
forma, representa a utilização de recursos financeiros com vistas ao atendimento e à
realização das ações orçamentárias atribuídas a cada unidade. Como providência
inicial da execução financeira, tem-se a Programação Financeira (PF). De acordo com
a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a Programação Financeira (PF) compreende
um conjunto de atividades com o objetivo de ajustar o ritmo de execução do orçamento
ao fluxo provável de recursos financeiros.

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DICA 45
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Segundo a Lei 4320/64:

DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL

DESPESAS DE CUSTEIO INVESTIMENTOS INVERSÕES FINANCEIRAS

PESSOA CIVIL OBRAS PÚBLICAS AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS

PESSOAL MILITAR SERVIÇOS EM REGIME DE PROGRAMAÇÃO PARTICIPAÇÃO EM CONSTITUIÇÃO OU AUMENTO DE


ESPECIAL CAPITAL DE EMPRESAS OU ENTIDADES COMERCIAIS OU
FINANCEIRAS

MATERIAL DE CONSUMO EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES AQUISIÇÃO DE TÍTULOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL


DE EMPRESA EM FUNCIONAMENTO

SERVIÇOS DE TERCEIROS MATERIAL PERMANENTE CONSTITUIÇÃO DE FUNDOS ROTATIVOS

ENCARGOS DIVERSOS PARTICIPAÇÃO EM CONSTITUIÇÃO OU CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS


AUMENTO DE CAPITAL DE EMPRESAS OU
ENTIDADES INDUSTRIAIS OU AGRÍCOLAS

DIVERSAS INVERSÕES FINANCEIRAS


TRANSFERÊNCIAS TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL
CORRENTES

SUBVENÇÕES SOCIAIS AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA PÚBLICA


SUBVENÇÕES AUXÍLIOS PARA OBRAS PÚBLICAS
ECONÔMICAS
AUXÍLIOS PARA EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES
INATIVOS
AUXÍLIOS PARA INVERSÕES FINANCEIRAS
PENSIONISTAS
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES.
SALÁRIO FAMÍLIA E
ABONO FAMILIAR
JUROS DA DÍVIDA
PÚBLICA
CONTRIBUIÇÕES DE
PREVIDÊNCIA SOCIAL
DIVERSAS
TRANSFERÊNCIAS
CORRENTES.

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DICA 46
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Vejamos a dica abaixo para memorização:


‘’ O PESSOAL CONSOME OS ENCARGOS DE TERCEIRO”
Pessoal: Civil e Militar Material de Consumo Encargos diversos Serviços de Terceiro

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DICA 47
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA (GND)


É um agregador de elementos de despesa orçamentária com as mesmas características
quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

CÓDIGO GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA


1 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
2 JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
3 OUTRAS DESPESAS CORRENTES
4 INVESTIMENTOS
5 INVERSÕES FINANCEIRAS
6 AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
4 - INVESTIMENTOS
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras,
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

5 - INVERSÕES FINANCEIRAS
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização;
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a
constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis
neste grupo.

AQUISIÇÃO DE TÍTULOS CONSTITUIÇÃO/AUMENTO DE


QUE NÃO IUMPORTEM CAPITAL DE EMPRESAS
AUMENTO DE CAPITAL
COM CARÁTER INVERSÃO FINANCEIRA INVERSÃO FINANCEIRA
COMERCIAL OU
FINANCEIRO
SEM CARÁTER INVERSÃO FINANCEIRA INVESTIMENTOS
COMERCIAL OU
FINANCEIRO

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DICA 48
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

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DICA 49
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

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DICA 50
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

Conforme os ensinamentos de Jesse Burkhead, a classificação é a chave


estrutural para a organização consiente e racional do orçamento do Governo. Segundo
GIACOMONI (2017), a linguagem orçamentária é essencialmente contábil. O
orçamento nasceu com tal forma de representação e a mantém por ser a que melhor
representa e atende as suas múltiplas finalidades. O elemento básico de expressão do
orçamento é a conta (CESPE já cobrou essa definição), por meio da qual é possível:

ANTECIPAR SITUAÇÕES NO ORÇAMENTO PROPRIAMENTE


PATRIMONIAIS DITO
REGISTRAR MOVIMENTAÇÕES NO MOMENTO DA EXECUÇÃO DO
PATRIMONIAIS ORÇAMENTO
DEMONSTRAR RESULTADOS NOS BALANÇOS
PATRIMONIAIS

A CONTA É AO MESMO TEMPO INSTRUMENTO DE ANÁLISE E SÍNTESE.


De análise, pois permite a a representação de toda variação nos elementos e contas
patrimoniais, e de síntese, porque o agrupamento das contas permite o conhecimento
os mais diversos resultados de gestão de uma entidade. No caso do orçamento público,
suas múltiplas facetas fazem com que não haja um, mas vários objetivos a serem
atendidos pelas classificações, havendo, assim, a necessidade de vários critérios.
Atento ao fato de que o ideal é que haja um número razoável e não exorbitante de
classificações, uma vez que o intuito é que se usem apenas os critérios classificatórios
que apresentem mais utilidade e fidedgnidade do orçamento, permitindo uma visão
ampla e complete do orçamento. Para Jesse Burkhead, as contas orçamentárias devem
ser:

ORGANIZADAS DE MANEIRA A FACILITAR A FORMULAÇÃO DOS PROGRAMAS


ORGANIZADAS DE MANEIRA A CONTRIBUIR PARA A EFETIVA EXECUÇÃO DO
ORÇAMENTO
APRESENTADAS DE MANEIRA A SERVER AO OBJETIVO DA PRESTAÇÃO DE
CONTAS
ORGANIZADAS DE FORMA QUE SEJA POSSÍVEL ANALISAR OS FATOS E EFEITOS
ECONÔMICOS DAS ATIVIDADES DO GOVERNO

Ainda Segundo GIACOMONI (2017), é bastante provável que em um futuro


próximo tenhamos mais uma classificação nos orçamentos: o da REGIONALIZAÇÃO
DA DESPESA. Essa iniciativa visaria a atender ao dispositivo constitucional de que os
orçamentos fiscal e de investimento das estatais, compatibilizados com o PPA, reduzam
as desigualdades interregionais, Segundo o critério populacional.

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DICA 51
TÓPICOS DO EDITAL:
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO. 5.2 CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A NATUREZA. 5.3 ETAPAS E ESTÁGIOS.

ETAPAS DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA


Inicialmente cabe destacar que os termos "etapas" e "estágios", quando relacionados
com as despesas públicas, não são tratados como sinônimos. O Manual da Despesa
Nacional afirma que as etapas da despesa orçamentária são três. Os estágios, por sua
vez, fazem parte da etapa de execução e, conforme a LEI Nº 4.320/64, INCLUEM O
EMPENHO, A LIQUIDAÇÃO E O PAGAMENTO. No entanto, JUND (2008) afirma que a
doutrina majoritária inclui a Fixação da despesa como sendo um dos estágios. Vejamos
o seguinte, para fixar de vez essa pequena diferença que derruba muitos candidatos:
PLANEJAMENTO
ETAPAS EXECUÇÃO
CONTROLE E AVALIAÇÃO
FIXAÇÃO (PROGRAMAÇÃO) DOUTRINA
ESTÁGIOS EMPENHO PREVISTAS NA LEI Nº
4320 /64
LIQUIDAÇÃO
PAGAMENTO

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PLANEJAMENTO
EXECUÇÃO
CONTROLE E AVALIAÇÃO
FIXAÇÃO
FIXAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO/MOVIMENTAÇÃO
(PROGRAMAÇÃO)
DE RECURSOS DOUTRINA
PLANEJAMENTO
PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
ESTÁGIOS
PROCESSO DE LICITAÇÃO
EMPENHO PREVISTAS
LIQUIDAÇÃO NA LEI Nº
4320 /64
PAGAMENTO EXECUÇÃO

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DICA 52
TÓPICOS DO EDITAL:
2.5 CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS.

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DICA 53
TÓPICOS DO EDITAL:
2.5 CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS.
As possíveis fontes de recursos para abertura de créditos adicionais são:

FONTE DEDUÇÃO A SER FEITA NA FONTE


O SUPERÁVIT FINANCEIRO OS SALDOS DOS CRÉDITOS ADICIONAIS
APURADO EM BALANÇO TRANSFERIDOS E AS OPERAÇÕES DE
PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO CRÉDITO A ELES VINCULADAS
ANTERIOR
OS PROVENIENTES DE EXCESSO DE CONSIDERANDO-SE, AINDA, A
ARRECADAÇÃO TENDÊNCIA DO EXERCÍCIO E DEDUZIR-
SE-Á A IMPORTÂNCIA DOS CRÉDITOS
EXTRAORDINÁRIOS ABERTOS NO
EXERCÍCIO.
OS RESULTANTES DE ANULAÇÃO
PARCIAL OU TOTAL DE DOTAÇÕES
ORÇAMENTÁRIAS OU DE CRÉDITOS
ADICIONAIS, AUTORIZADOS EM LEI
O PRODUTO DE OPERAÇÕES DE
CRÉDITO AUTORIZADAS, EM
FORMA QUE JURIDICAMENTE
POSSIBILITE AO PODER EXECUTIVO
REALIZÁ-LAS
RESERVA DE CONTINGÊNCIA
OS RECURSOS DECORRENTES DE SOMENTE PARA CRÉDITOS
VETO, EMENDA OU REJEIÇÃO DO SUPLEMENTARES E ESPECIAIS,
PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA MEDIANTE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO
ANUAL LEGISLATIVA

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DICA 54
TÓPICOS DO EDITAL:
2.5 CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS.

FONTES QUE IMPACTAM OU NÃO NA DOTAÇÃO GLOBAL INICIAL DA LOA


Nem todas as fontes usadas para a abertura de créditos adicionais altera o
valor inicial global contido na dotação da LOA. Os créditos adicionais NÃO
PROVOCAM, NECESSARIAMENTE, UM ACRÉSCIMO DO VALOR GLOBAL DO
ORÇAMENTO APROVADO, MAS PODEM AUMENTÁ-LO. O AUMENTO OCORRE
QUANDO AS FONTES SÃO EXCESSO DE ARRECADAÇÃO, SUPERÁVIT FINANCEIRO
DO BALANÇO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO ANTERIOR E OPERAÇÕES DE
CRÉDITOS AUTORIZADAS PARA ESSE FIM. QUANDO O CRÉDITO ADVIER DAS
FONTES ANULAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DE DOTAÇÃO, RESERVA DE
CONTINGÊNCIA OU RECURSOS SEM DESPESAS CORRESPONDENTES, O
MONTANTE FINAL DE RECEITAS E DESPESAS NÃO SERÁ ALTERADO, LOGO, O
VALOR GLOBAL DA LOA PERMANECERÁ O MESMO. Vejamos a tabela abaixo, em que
veremos quais fontes impactam e alteram na dotação global inicial:

FONTE IMPACTO
ANULAÇÃO DE DOTAÇÕES VALOR GLOBAL PERMANECE O
MESMO
RESER VA DE CONTINGÊNCIA VALOR GLOBAL PERMANECE O
MESMO
OPERAÇÃO DE CRÉDITO AUMENTA VALOR GLOBAL
EXCESO DE ARRECADAÇÃO AUMENTA VALOR GLOBAL
SUPERÁVIT FINANCEIRO AUMENTA VALOR GLOBAL
RECURSOS SEM DESPESAS VALOR GLOBAL PERMANECE O
CORRESPONDENTES MESMO
LOA PUBLICADA EM
DESEQUILÍBRIO

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DICA 55
TÓPICOS DO EDITAL:
2.5 CRÉDITOS ORDINÁRIOS E ADICIONAIS.
O ato que abrir o crédito adicional, que pode ser um decreto, uma medida
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a importância, a
espécie e a classificação da despesa até onde for possível. A fim de dar alguma
flexibilidade ao gestor público, principalmente devido a esse lapso temporal entre a
elaboração e a execução do orçamento anual, os créditos orçamentários iniciais podem
sofrer alterações qualitativas e quantitativas por meio de créditos adicionais. As
alterações qualitativas e quantitativas do orçamento viabilizam a realização anual dos
programas mediante a alocação de recursos para as ações orçamentárias ou para a
criação de novos programas, e são de responsabilidade conjunta dos órgãos central e
setoriais e das unidades orçamentárias (UO). Além disso, atente à seguinte
observação:

ENTENDE-SE QUE O REFORÇO DE UM CRÉDITO ESPECIAL OU DE UM CRÉDITO


EXTRAORDINÁRIO DEVE DAR-SE, RESPECTIVAMENTE, PELA ABERTURA DE
CRÉDITOS ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIOS. OU SEJA, NÃO SE PODE REFORÇAR
UM CRÉDITO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO QUE SE MOSTROU INSUFICIENTE
POR MEIO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES.

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DICA 56
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.
São Restos a Pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual
ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro
vigente. Distingue-se dois tipos de restos a pagar: os processados (despesas já liquidadas);
e os não processados (despesas a liquidar ou em liquidação). A continuidade dos estágios de
execução dessas despesas ocorrerá no próximo exercício, devendo ser controlados em
contas de natureza de informação orçamentária específicas. Cuidado com os seguintes
detalhes:

SEM A EMISSÃO DA NOTA DE EMPENHO JAMAIS UMA DESPESA PODERÁ SER


CONSIDERADA RESTOS A PAGAR

NÃO CONFUNDIR RESTOS A PAGAR COM OBRIGAÇÕES A PAGAR. OBRIGAÇÕES A


PAGAR É O GÊNERO: COMPREENDE OBRIGAÇÕES DE EXERCÍCIOS PASSADOS,
ATUAIS E FUTUROS. RESTOS A PAGAR É ESPÉCIE: SÃO OBROGAÇÕES EMPENHADAS
E NÃO PAGAS DE EXERCÍCIOS PASSADOS

A EXECUÇÃO DOS RAP ESTÁ CONDICIONADA AOS LIMITES LEGAIS DAS FONTES DE
RECURSOS CORRESPONDENTES

QUANDO O VALOR A SER PAGO FOR SUPERIOR AO VALOR INSCRITO: A DIFERENÇA


DEVERÁ SER PAGA COMO DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

QUANDO O VALOR A PAGAR FOR INFERIOR AO VALOR INSCRITO: A DIFERENÇA


DEVERÁ SER CANCELADA

Os restos a pagar constituem item específico da dívida flutuante no passivo financeiro. O


serviço da dívida a pagar são os restos a pagar do juros e amortização da dívida.

JUROS
RESTOS A PAGAR AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA SERVIÇOS DA DÍVIDA A
PAGAR

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DICA 57
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.
PRESCRIÇÃO
Uma coisa é a vigência dos Restos a Pagar inscritos, quanto a ser ou não cancelados
em 30 de junho do segundo ano após sua inscrição; e outra coisa é a prescrição do direito do
fornecedor de bens ou serviços. A prescrição do direito do credor é matéria tratada pelo
Direito administrativo de cunho financeiro, e também pelo Direito civil. Nas duas situações,
a prescrição tem como referencial o fato gerador. O art. 70 do Decreto nº 93.872/1986 assim
estabelecia: "prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.”
(Revogado pelo ART. 6º, II, do Decreto nº 9.428, de 2018). Ou seja, o instituto da
prescrição foi retirado do ordenamento jurídico pelo Decreto 9.428, de 28 de junho de 2018.
No âmbito federal, assim, nenhuma despesa inscrita em restos a pagar prescreve e os restos
a pagar processados e os restos a pagar não processados liquidados não são cancelados.
Além disso, existem os restos a pagar não processados que mesmo não liquidados não são
bloqueados (despesas relacionadas ao Ministério da Saúde; Decorrentes de emendas
individuais impositivas discriminadas com identificador de resultado primário 6, cujos
empenhos tenham sido emitidos a partir do exercício financeiro de 2016), ressalto que todas
essas mudanças se deram conforme o Decreto nº 9.428/2018. Além disso, com o fim da
prescrição, os restos a pagar processados ficam abertos até o efetivo pagamento. Cabe
destacar que quando da inscrição dos restos a pagar processados, como se trata de uma
despesa já liquidada que recebeu o ateste, não há necessidade de nenhuma confirmação do
ordenador de despesas quanto à necessidade de inscrição.
Tivemos ainda o acréscimo do seguinte artigo no Decreto 93.872/86:

Art. 68-A. Os empenhos a serem inscritos e reinscritos em


restos a pagar a cada exercício financeiro poderão ter seus limites
estabelecidos pelo Ministério da Fazenda. (Incluído pelo
Decreto nº 9.428, de 2018)

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DICA 58
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.

RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

Nos casos dos restos a pagar não processados, o empenho de despesa não
liquidada será considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, salvo
quando:

VIGENTE O PRAZO PARA CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO CREDOR, NELE


ESTABELECIDA
VENCIDO O PRAZO DE QUE TRATA O ITEM ANTERIOR, MAS ESTEJA EM CURSOS A LIQUIDAÇÃO DA
DESPESA, OU SEJA DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO EXIGIR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO
ASSUMIDA PELO CREDOR
SE DESTINAR A ATENDER TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES PÚBLICAS OU PRIVADAS
CORRESPONDER A COMPROMISSOS ASSUMIDOS NO EXTERIOR
SEJA DE INTERESSE DA ADMINISTRAÇÃO EXIGIR O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO
CREDOR

O empenho é considerado insubsistente quando não atendeu a um dos critérios do


quadro acima. Nestas situações os restos a pagar inscritos na condição de não
processados e não liquidados posteriormente TERÃO VALIDADE ATÉ 30 DE JUNHO
DO SEGUNDO ANO SUBSEQUENTE AO DE SUA INSCRIÇÃO. Mas temos aqui
também mais exceções. Permanecem válidos, após a data estabelecida anteriormente
(30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição), os restos a pagar não
processados que:

REFIRAM-SE ÀS DESPESAS EXECUTADAS DIRETAMENTE PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DO


PODER EXECUTIVO FEDERAL OU MEDIANTE TRANSFERÊNCIA OU DESCENTRALIZAÇÃO
AOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, COM EXECUÇÃO INICIADA ATÉ 30 DE
JUNHO DO SEGUNDO ANO SUBSEQUENTE AO DE SUA INSCRIÇÃO
PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO –PAC
SEJAM RELATIVOS ÀS MINISTÉRIO DA SAÚDE
DESPESAS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FINANCIADAS COM RECURSOS DA
MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO.

Lembrem-se que os casos acima se referem a este período de transição, publicado pelo
Decreto nº 9.428/2018, ou seja, regra válida até 31/12/2018, ou seja, é como se fosse
uma regra de transição.

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DICA 59
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.
E COMO FICARÁ A REGRA APÓS 31.12.2018, PROFESSOR? VEJAMOS!

Segundo Giovanni Pacelli, no âmbito federal, caso os restos a pagar não processados
não sejam liquidados até 30 de junho do segundo ano subsequente ao da inscrição, eles
serão, em regra, bloqueados pela Secretaria do Secretaria do Tesouro Nacional. Nesses
casos, só DEIXARÃO DE SER BLOQUEADOS (NÃO BLOQUEIO) nos seguintes casos: (art.
68 do Decreto 93.872/86)

DESPESAS EXECUTADAS DIRETAMENTE PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA UNIÃO OU


MEDIANTE TRANSFERÊNCIA OU DESCENTRALIZAÇÃO AOS ESTADOS, DISTRITO
FEDERAL E MUNICÍPIOS, COM EXECUÇÃO INICIADA ATÉ 30 DE JUNHO DO SEGUNDO
ANO SUBSEQUENTE AO DE SUA INSCRIÇÃO
AS DESPESAS RELACIONADAS AO MINISTÉRIO DA SAÚDE.
DECORRENTES DE EMENDAS INDIVIDUAIS IMPOSITIVAS DISCRIMINADAS COM
IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO 6, CUJOS EMPENHOS TENHAM SIDO
EMITIDOS A PARTIR DO EXERCÍCIO FINANCEIRO DE 2016.

E mais importante: Os restos a pagar não processados liquidados se “equiparam” aos restos
a pagar processados. Então levem isso para a prova, resíduos passivos consistem em
despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro, que não tenham sido
canceladas pelo processo de análise e depuração e que atendam aos requisitos previstos na
Lei 4.320/1964, podendo ser inscritas como tal por constituírem encargos incorridos no
exercício vigente.

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DICA 60
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.

RESUMO SOBRE AS ALTERAÇÕES OCORRIDAS


A prescrição foi retirada do ordenamento jurídico pelo Decreto 9.428, de 28 de junho
de 2018. Logo, conclui-se no âmbito federal:
NENHUM RESTOS A PAGAR PRESCREVE

OS RESTOS A PAGAR PROCESSADOS E OS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS


LIQUIDADOS NÃO SÃO CANCELADOS

DESPESAS RELACIONADAS AO
MINISTÉRIO DA SAÚDE

DECORRENTES DE EMENDAS INDIVIDUAIS


IMPOSITIVAS DISCRIMINADAS COM
EXISTEM OS RESTOS A PAGAR NÃO IDENTIFICADOR DE RESULTADO
PROCESSADOS QUE MESMO NÃO PRIMÁRIO 6, CUJOS EMPENHOS TENHAM
LIQUIDADOS NÃO SÃO BLOQUEADOS SIDO EMITIDOS A PARTIR DO EXERCÍCIO
FINANCEIRO DE 2016

EXISTEM RESTOS A PAGAR NÃO DESPESAS EXECUTADAS DIRETAMENTE


PROCESSADOS QUE SÃO BLOQUEADOS PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA UNIÃO
EM 30 DE JUNHO DO 2º ANO OU MEDIANTE TRANSFERÊNCIA OU
SUBSEQUENTE AO INSCRIÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO AOS ESTADOS,
POSTERIORMENTE DESBLOQUEADOS DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS, COM
COM O COMPROMISSO DE SEREM EXECUÇÃO INICIADA ATÉ 30 DE JUNHO DO
LIQUIDADOS ATÉ 31 DE DEZEMBRO DO SEGUNDO ANO SUBSEQUENTE AO DE SUA
ANO SEGUINTE AO BLOQUEIO INSCRIÇÃO);

OS DEMAIS RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS SÃO BLOQUEADOS EM 30 DE JUNHO


DO 2º ANO SUBSEQUENTE AO INSCRIÇÃO E SERÃO CANCELADOS PELA SECRETARIA
DO TESOURO NACIONAL ATÉ 31 DE DEZEMBRO DO ANO DO BLOQUEIO, CASO NÃO SE
ENQUADREM NAS SITUAÇÕES ANTERIORES.

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DICA 61
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.

DESPESA ORÇAMENTÁRIA X PAGAMENTO EXTRAORÇAMENTÁRIO


Diante do contido no art. 35 da Lei nº 4.320/1964 recém citado, basta que a despesa
seja empenhada para pertencer ao exercício financeiro. É uma peculiaridade das
despesas públicas: se empenhadas, serão incluídas na apuração do resultado do
exercício em que ocorreu o empenho, independentemente do "implemento de
condição" pelo fornecedor. Se forem despesas empenhadas e não pagas, então o
pagamento ocorrerá no ano seguinte (ou nos anos seguintes); mas, de qualquer forma,
em exercício diferente e posterior ao exercício de emissão da Nota de Empenho.

O art. 103, parágrafo único, da Lei no 4.320/1964 esclarece:

“Os Restos a Pagar do exercício serão computados na RECEITA


EXTRAORÇAMENTÁRIA para COMPENSAR SUA INCLUSÃO NA
DESPESA ORÇAMENTÁRIA.”

Assim, chega-se à seguinte conclusão: no momento da inscrição do empenho em Restos a


Pagar a despesa é orçamentária visto que utilizou orçamento do exercício e, no momento
do pagamento da despesa inscrita, é despesa extraorçamentária, pois o orçamento da
despesa é o do exercício anterior.

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DICA 62
TÓPICOS DO EDITAL:
5.3 RESTOS A PAGAR.

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DICA 63
TÓPICOS DO EDITAL:
5.4 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES.

São despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele


em que deva ocorrer o pagamento. O art. 37 da Lei nº 4.320/1964 dispõe que as
despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava
crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado
na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente,
poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento,
discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Para fins de identificação como despesas de exercícios anteriores, considera-se:

DESPESAS QUE NÃO SE TENHAM PROCESSADO NA ÉPOCA


PRÓPRIA, COMO AQUELAS CUJO EMPENHO TENHA SIDO
CONSIDERADO INSUBSISTENTE E ANULADO NO ENCERRAMENTO
DO EXERCÍCIO CORRESPONDENTE, MAS QUE, DENTRO DO PRAZO
ESTABELECIDO, O CREDOR TENHA CUMPRIDO SUA OBRIGAÇÃO
RESTOS A PAGAR COM PRESCRIÇÃO INTERROMPIDA, A DESPESA
DEA

CUJA INSCRIÇÃO COMO RESTOS A PAGAR TENHA SIDO


CANCELADA, MAS AINDA VIGENTE O DIREITO DO CREDOR
COMPROMISSOS RECONHECIDOS APÓS O ENCERRAMENTO DO
EXERCÍCIO, A OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO CRIADA EM VIRTUDE
DE LEI, MAS SOMENTE RECONHECIDO O DIREITO DO
RECLAMANTE APÓS O ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
CORRESPONDENTE

@profleandroravyelle Página 70
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DICA 64
TÓPICOS DO EDITAL:
5.4 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES.

O reconhecimento da obrigação de pagamento das despesas com exercícios


anteriores cabe à autoridade competente para empenhar a despesa. Despesas de
Exercícios Anteriores, embora se refiram a exercícios passados, são despesas
orçamentárias, haja vista que a emissão da Nota de Empenho ocorre com dotação do
exercício vigente. Contabilmente essas despesas são identificadas através do elemento
de despesa “92” (natureza da despesa 3390.92.00), e devem ser excluídas do montante
de recursos utilizados pelo ente público quando em comparação a exercícios passados
ou na projeção de exercícios futuros, pois não fazem parte das despesas anuais
continuadas.

@profleandroravyelle Página 71
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DICA 65
TÓPICOS DO EDITAL:
5.4 DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES.

Devemos ter sempre presente a distinção entre despesas de exercícios


anteriores e restos a pagar não processados. No primeiro caso, pelo regime de
competência que informa as despesas públicas, o gasto diz respeito a um exercício
financeiro pretérito, mas seu empenho e liquidação ocorrem no ano em que a despesa
é reconhecida. Portanto, será necessária a existência de dotação disponível no
orçamento do ano de reconhecimento da despesa para sua realização. Diferentemente,
nos restos a pagar não processados, o empenho deu-se em ano anterior, apenas a
liquidação e o pagamento são efetivados posteriormente. No exercício em que se fará
o pagamento dos restos a pagar, o orçamento não será sensibilizado, não existindo a
necessidade de dotação disponível para esse fim.

APROFUNDANDO
DECRETO No 62.115, DE 15 DE JANEIRO DE 1968
Regulamenta o artigo 37 da Lei nº 4.320 de 17 de março de 1964.
(...)
DECRETA:
Art. 1º. Poderão ser pagas por dotação para "despesas de
exercícios anteriores", constantes dos quadros discriminativos de
despesas das unidades orçamentárias, as dívidas de exercícios
encerrados devidamente reconhecidas pela autoridade competente.
Parágrafo único. As dívidas de que trata este artigo
compreendem as seguintes categorias:
I - despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento
respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para
atendê-las que não se tenham processado na época própria.
II - despesas de "Restos a Pagar" com prescrição interrompida,
desde que o crédito respectivo tenha sido convertido em renda;
III - COMPROMISSOS RECONHECIDOS PELA AUTORIDADE
COMPETENTE, AINDA QUE NÃO TENHA SIDO PREVISTA A DOTAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA PRÓPRIA OU NÃO TENHA ESTA DEIXADO SALDO NO
EXERCÍCIO RESPECTIVO, MAS QUE PUDESSEM SER ATENDIDOS EM
FACE DA LEGISLAÇÃO VIGENTE.
(...)

@profleandroravyelle Página 72
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DICA 66
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

Quando o assunto é financeiro fala-se de “recursos”, “receitas”, “ingressos”,


“ordem bancária”. Utiliza-se o termo “recursos” para designar dinheiro, saldo
bancário ou limite de saque, que os órgãos e as Unidades Orçamentárias dispõem
para o pagamento das despesas autorizadas pela LOA ou por créditos adicionais. Diz-
se que créditos e recursos são as duas faces da mesma moeda, visto que os mecanismos
de descentralização orçamentária e descentralização financeira mantêm correlações
importantes. Na primeira etapa da descentralização, o documento que a SOF utiliza
para descentralizar os créditos orçamentários chama- se ND – Nota de Dotação,
enquanto que a descentralização de recursos financeiros pela STN é denominada
Cota, e o documento utilizado é a NS – Nota de Sistema. Num segundo momento, em
nível de órgão setorial, é necessário perguntar se a descentralização será interna ou
externa. Tanto para os créditos orçamentários quanto para os recursos financeiros
esses mecanismos possuem nomenclaturas diferentes.
As descentralizações internas de créditos orçamentários são denominadas
“provisão”, enquanto que as externas são conhecidas como “destaque”. Tratando-
se de recursos financeiros, as descentralizações internas recebem o nome de “sub-
repasse”, enquanto que as externas são chamadas “repasse”. É nesse momento que
se verifica a correlação: se um órgão ou Unidade Orçamentária recebeu os créditos
orçamentários sob a forma de destaque, então receberá os recursos financeiros sob a
forma de repasse; se recebeu os créditos mediante provisão, então receberá os
recursos sob a forma de sub-repasse.

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DICA 67
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

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DICA 68
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

Os instrumentos utilizados para garantir o cumprimento das metas fiscais


estabelecidas pela LDO são: limitação de empenho e movimentação financeira. De
acordo com as últimas LDOs e os últimos decretos de Programação Financeira, não se
encontram sujeitas à limitação as seguintes despesas:
QUE CONSTITUEM OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL OU LEGAL DA UNIÃO

RELATIVAS ÀS ATIVIDADES DOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO E DO


MPU
CUSTEADAS COM RECURSOS DE DOAÇÕES E CONVÊNIOS
1 – PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
REFERENTE AOS GRUPOS DE NATUREZA 2 – JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA
DE DESPESA
6 – AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA
FINANCEIRAS, RELACIONADAS NO ANEXO DO DECRETO
DEMAIS DESPESAS ESPECÍFICAS RESSALVADAS A CADA ANO PELA LDO
RESPECTIVA

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DICA 69
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

As descentralizações internas de créditos orçamentários são denominadas


“provisão”, enquanto que as externas são conhecidas como “destaque”. Tratando-
se de recursos financeiros, as descentralizações internas recebem o nome de “sub-
repasse”, enquanto que as externas são chamadas “repasse”. É nesse momento que
se verifica a correlação: se um órgão ou Unidade Orçamentária recebeu os créditos
orçamentários sob a forma de destaque, então receberá os recursos financeiros sob a
forma de repasse; se recebeu os créditos mediante provisão, então receberá os
recursos sob a forma de sub-repasse.

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DICA 70
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

Pode-se definir EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA como sendo a utilização dos


CRÉDITOS consignados no orçamento. A EXECUÇÃO FINANCEIRA, por outro lado,
representa a utilização dos RECURSOS financeiros, visando atender à realização dos
projetos e atividades atribuídos a cada unidade. Na técnica orçamentária,
normalmente, distinguem-se as palavras crédito e recurso. Reserva-se o termo crédito
para designar o lado orçamentário, representando a dotação ou autorização de gasto
ou sua descentralização. O termo recurso é usado no lado financeiro, indicando
dinheiro ou saldo de disponibilidade financeira. Logo, crédito e recurso são duas faces
da mesma moeda.
CORRELAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE DESCENTRALIZAÇÃO

CRÉDITOS RECURSOS ETAPA

DOTAÇÃO COTA FINANCEIRA 1ª ETAPA


ORÇAMENTÁRIA
DESTAQUE REPASSE FINANCEIRO
ORÇAMENTÁRIO
PROVISÃO SUB-REPASSE 2ª ETAPA
ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRO

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DICA 71
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada


movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional,
funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas
possam executar a despesa orçamentária. As descentralizações de créditos
orçamentários não se confundem com transferências e transposição, pois:

• NÃO MODIFICAM A PROGRAMAÇÃO OU O VALOR DE SUAS DOTAÇÕES


ORÇAMENTÁRIAS (CRÉDITOS ADICIONAIS); E

• NÃO ALTERAM A UNIDADE ORÇAMENTÁRIA (CLASSIFICAÇÃO


INSTITUCIONAL) DETENTORA DO CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO APROVADO
NA LEI ORÇAMENTÁRIA OU EM CRÉDITOS ADICIONAIS.

Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e


integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho
pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura
programática. Portanto, a única diferença é que a execução da despesa orçamentária
será realizada por outro órgão ou entidade. A execução de despesas da competência de
órgãos e unidades do ente da Federação poderá ser descentralizada ou delegada, no
todo ou em parte, a órgão ou entidade de outro ente da Federação, desde que não haja
legislação contrária e demonstre viabilidade técnica.

APROFUNDANDO...

NOS CASOS EM QUE HOUVER CONVÊNIO ENTRE ENTES PÚBLICOS, OCORRE


A DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA SEM OCORRER A DESCENTRALIZAÇÃO
ORÇAMENTÁRIA.

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DICA 72
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

Vejamos um esquema que resume todas as descentralizações:

DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DESCENTRALIZAÇÃO FINANCEIRA


ÉA TRANSFERÊNCIA É A MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS
DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS FINANCEIROS DO ÓRGÃO CENTRAL
(AUTORIZAÇÃO DE GASTOS). DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA PARA AS UNIDADES
GESTORAS TENDO COMO FINALIDADE O PAGAMENTO
DAS DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS LEGALMENTE
EMPENHADAS E LIQUIDADAS.

DOTAÇÃO A MOVIMENTAÇÃO DE COTA É A PRIMEIRA ETAPA DA


CRÉDITOS DO ÓRGÃO DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS
CENTRAL DE ORÇAMENTO FINANCEIROS, CARACTERIZADA PELA
PARA OS ÓRGÃO SETORIAIS TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS DO ÓRGÃO
CENTRAL DE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
PARA OS ÓRGÃOS SETORIAIS DO SISTEMA
PROVISÃO É A TRANSFERÊNCIA DE REPASSE É A DESCENTRALIZAÇÃO DOS RECURSOS
CRÉDITOS ENTRE UNIDADES FINANCEIROS VINCULADOS AO
GESTORAS DE UM MESMO ORÇAMENTO, RECEBIDOS ANTERIORMENTE
ÓRGÃO OU ENTIDADE SOB A FORMA DE COTA, REALIZADA PELOS
ÓRGÃOS SETORIAIS DA PROGRAMAÇÃO
FINANCEIRA, QUE OS TRANSFERE PARA
OUTRO ÓRGÃO OU SECRETARIA. É ENTÃO
CARACTERIZADO PELA TRANSFERÊNCIA DE
RECURSOS FINANCEIROS ENTRE ÓRGÃOS DE
ESTRUTURAS ADMINISTRATIVAS
DIFERENTES. É A MOVIMENTAÇÃO EXTERNA
DE RECURSOS FINANCEIROS
DESTAQUE A TRANSFERÊNCIA DE SUB- É A DESCENTRALIZAÇÃO DOS RECURSOS
CRÉDITOS ENTRE UNIDADES REPASSE FINANCEIROS VINCULADOS AO
GESTORAS DE ÓRGÃOS DE ORÇAMENTO, RECEBIDOS ANTERIORMENTE
ESTRUTURAS SOB A FORMA DE COTA, REALIZADA PELOS
ADMINISTRATIVAS ÓRGÃOS SETORIAIS DE PROGRAMAÇÃO
DIFERENTES, DE UM ÓRGÃO FINANCEIRA, QUE OS TRANSFERE PARA
PARA OUTRO UNIDADE ORÇAMENTÁRIA OU
ADMINISTRATIVA A ELES VINCULADAS, OU
SEJA, QUE FAÇA PARTE DA ESTRUTURA DA
SECRETARIA. É A MOVIMENTAÇÃO INTERNA
DE RECURSOS FINANCEIROS DESTINADOS
AO PAGAMENTO DAS DESPESAS
ORÇAMENTÁRIAS

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DICA 73
TÓPICOS DO EDITAL:
3.1 DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.
3.2 ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO.

A limitação de empenho e movimentação financeira é feita por ato próprio de


cada poder – no caso do Poder Executivo é por Decreto. Os ajustes globais na
programação financeira – para limitação ou aumento nos gastos – são feitos mediante
decreto de contingenciamento e/ou de dê contingenciamento. Enquanto a limitação de
empenho e movimentação financeira é feita bimestralmente (se for o caso), o
restabelecimento pode ocorrer a qualquer momento. Além disso, pode haver limitação
fora/antes do período bimestral, mas neste caso se aplica somente ao Poder Executivo.
Segundo Paludo (2018), o contingenciamento de despesas é ótimo para se
atingir a meta fiscal, mas é péssimo quando se trata de gestão. Em função dessa
limitação, muitos projetos importantes para a comunidade e para a Nação deixarão de
ser executados e o planejamento tornar-se-á distante da realidade, gerando
desestímulo ao gestor que planejou adequadamente o atendimento das demandas em
prol da sociedade.

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DICA 74
TÓPICOS DO EDITAL:
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

O princípio da UNIFORMIDADE, DA CONSISTÊNCIA OU


DA PADRONIZAÇÃO é extraído do que dispõe o artigo 22 da Lei nº 4.320/1964:
Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder
Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos
Municípios, compor-se-á: (...)
III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e
despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele
em que se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta;
c) A receita prevista para o exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta.

Evidentemente que, embora o artigo citado sirva de base para o princípio da


Uniformidade, todavia não deixa isso claro, pois, apenas menciona tabelas explicativas
das estimativas de receita. Dessa forma é necessário fazermos uma subsunção do que
preceitua o princípio da CONSISTÊNCIA/UNIFORMIDADE nas ciências contábeis com
o aplicado no Orçamento público. Assim, determina que o orçamento deve apresentar
e conservar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que permita
comparações entre os sucessivos mandatos. Veja como já foi cobrado em prova:

(CESPE – INPI – 2013)


É um elemento importante para que as informações contidas na peça
orçamentária possam ser devidamente compreendidas e analisadas pelas partes
interessadas. (CERTO)

(CESPE – IPHAN (ANALISTA 1) – 2018)

Novas categorias de programação da lei orçamentária podem ser utilizadas sem


se desrespeitar o princípio da uniformidade. (CERTO)

CESPE – MPE-PI – ANALISTA MINISTERIAL (ÁREA ADMINISTRATIVA) 2010

Tendo em vista que, no mundo de hoje, principalmente depois das recentes


crises financeiras internacionais, compreende-se que o Estado tem papel
preponderante no equilíbrio da economia, sendo o orçamento público sua principal
forma de atuação, julgue o item que se segue.
O princípio orçamentário da uniformidade determina que o orçamento deve
apresentar e conservar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que
permita comparações entre os sucessivos mandatos. (CERTO)

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DICA 75
TÓPICOS DO EDITAL:
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

Alguns autores citam como princípio a QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS


ORÇAMENTÁRIOS, amparados no art.167, VII, da CF/1988 e no art. 59 da Lei nº
4.320/1964. Ocorre que, quando se faz a ESPECIFICAÇÃO/DISCRIMINAÇÃO
obrigatoriamente os créditos estão sendo quantificados. Dessa forma, a “quantificação”
tanto pode ser cobrada dentro desse princípio da “especificação, especialização,
discriminação”, ou como princípio separado, da “quantificação dos créditos”, cuja
finalidade é vedar a concessão de créditos ilimitados.

DICA 76
TÓPICOS DO EDITAL:
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

Em obediência ao princípio orçamentário da universalidade e para evidenciar a


informação contábil completa, deve-se demonstrar o montante dos recursos que o ente
tem a competência de arrecadar, mesmo que não ingressem nos cofres públicos.
Segundo Paludo (2018), renúncia de receita é a não arrecadação de receita em função
da concessão de isenções, anistias ou subsídios. Deve-se atentar, na renúncia de
receita, ao disposto pela Lei nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, art. 14, que
determina critérios a serem observados quanto a esse fato. Em obediência ao princípio
orçamentário da universalidade e para evidenciar a informação contábil completa,
deve-se demonstrar o montante dos recursos que o ente tem a competência de
arrecadar, mas que não ingressam nos cofres públicos. Registra-se o total que deveria
ser arrecadado, e, em seguida, registra-se em conta retificadora a renúncia como
dedução da receita.

DICA 77
TÓPICOS DO EDITAL:
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS.

O princípio da unidade orçamentária, mais recentemente, foi relativamente


esvaziado, passando-se a admitir a existência de orçamentos setoriais, que, afinal,
podem ser consolidados em um único documento que permita a visão geral do
conjunto das finanças públicas. O que ocorreu com o princípio da unidade, ao longo dos
anos, foi uma remodelagem pela doutrina, de forma que abrangesse as novas situações,
sendo por muitos denominado de princípio da totalidade, sendo, dessa forma,
construído, para possibilitar a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto,
devem sofrer consolidação. LOGO, O PRINCÍPIO DA TOTALIDADE NÃO SUBSTITUIU
O PRINCÍPIO DA UNIDADE: HOUVE APENAS UMA REMODELAGEM DE CONCEITOS.

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DICA 78
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

Com relação à abrangência de aplicação da LRF, Nas referências à União, aos


Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos o Poder Executivo,
o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o
Ministério Público; bem como as respectivas administrações diretas, fundos,
autarquias, fundações e empresas estatais DEPENDENTES. Ainda, a Estados entende-
se considerado o Distrito Federal; e a Tribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de
Contas da União, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas
dos Municípios e Tribunal de Contas do Município. Embora existam autores que
defendem a tese de que a LRF não se aplica a empresas estatais independentes, o
professor Deusvaldo Carvalho (2010) PARA AFIRMAR QUE A LRF SE APLICA
PARCIALMENTE A ESSAS EMPRESAS INDEPENDENTES. Exemplo disso é o § 1º do
art. 26 e § 6º do art. 40.

Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente,


cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas
deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no
orçamento ou em seus créditos adicionais.
§ 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração
indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no
exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o
Banco Central do Brasil.

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DICA 79
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

A CONTA ÚNICA do Tesouro Nacional é o mecanismo que permite a


movimentação on-line de recursos financeiros dos Órgãos e Entidades ligadas ao SIAFI
em conta unificada. Esta unificação, além de garantir a manutenção da autonomia e
individualização, permite o controle imediato dos gastos sobre suas disponibilidades
financeiras. O princípio da unidade de caixa ou da unidade de tesouraria é extraído do
que dispõem os artigos 164, § 3º, da Constituição da República e 56 da Lei nº
4.320/1964.

ESTIPULA QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA DA UNIÃO DEVE SER


FEITA POR VIA BANCÁRIA, DEVENDO O PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DE TODAS
AS RECEITAS SER, OBRIGATORIAMENTE, RECOLHIDO A UMA CONTA ÚNICA
(CESPE – MMA - 2011).

Conforme a Lei nº 4320/64:


Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância
ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação
para criação de caixas especiais.
Nessa sistemática, a Lei 4.320/64 enfatiza o respeito ao princípio da unidade de
caixa para a receita orçamentária arrecadada, cuja prerrogativa constitucional
pertence ao Ente Federativo, que detém o poder de tributar, portanto, cabe a este
viabilizar o controle e depósitos desses recursos em conta única. Além disso, foi
desenvolvido no SIAFI o Depósito Direto na Conta única, via SPB, possibilitando que as
instituições financeiras, que realizam operações com o Tesouro, repassem, em tempo
real, os recursos para a conta única com contabilização automática na Unidade Gestora
responsável. Dentre estas operações destacam-se: Operações Oficiais de Crédito,
Operações de Crédito Externas, Dívidas Securitizadas e o Repasse de arrecadação do
DPVAT.

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Contudo, outro momento, a banca CESPE cobrou a exceção:

NÃO OBSTANTE A CENTRALIZAÇÃO DOS RECURSOS, AS UNIDADES GESTORAS


PODEM REVERTÊ-LOS A OUTRAS CONTAS-CORRENTES QUANDO HOUVER
NECESSIDADE DE REALIZAR OPERAÇÕES QUE NÃO POSSAM SER EFETUADAS
POR MEIO DA CONTA ÚNICA (CESPE – MPU – 2010).

Vamos ver o que nos diz a LRF:


Art. 43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão
depositadas conforme estabelece o § 3o do art. 164 da Constituição.
§ 1o As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral
e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos
específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão
depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente
e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e
condições de proteção e prudência financeira.
A própria banca já cobrou em 2010 a exceção, isto é, que as unidades gestoras
PODEM REVERTÊ-LOS A OUTRAS CONTAS-CORRENTES QUANDO HOUVER
NECESSIDADE DE REALIZAR OPERAÇÕES QUE NÃO POSSAM SER EFETUADAS
POR MEIO DA CONTA ÚNICA, principalmente pelo fato de a banca ter mencionado no
enunciado o verbo ''PODER" e não "dever".
Acontece que, recentemente, na prova do IPHAN 2018 (analista), a banca voltou
ao entendimento sem exceções, vejamos:

CESPE 2018 IPHAN (ANALISTA – ÁREA 1: CARGO 5)


As receitas públicas decorrentes da exploração de atividade econômica pelo Estado
podem ser depositadas em contas especiais das instituições financeiras oficiais,
destacadas da Conta Única do Tesouro Nacional.
GABARITO DEFINITIVO CESPE: ERRADO

Logo, cuidado com esse tipo de questão, pois a CESPE vive mudando de
posicionamento: ora cobrando a regra, ora valendo a exceção.

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DICA 80
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

Segundo Paludo (2018), a LRF ampliou a obrigatoriedade de transparência nos


atos públicos, envolvendo desde os planos, as diretrizes orçamentárias e a elaboração
dos orçamentos até a execução dos programas, aplicação de recursos públicos em geral
e divulgação de resultados obtidos. Essa lei ainda exige que a divulgação desses
documentos seja feita em linguagem simples e objetiva. Os grandes objetos e
instrumentos de transparência da gestão fiscal elencados pela LRF são os planos,
orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo
parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de
Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. Além disso, a LRF exige
ampla divulgação desses documentos, inclusive em meios eletrônicos de acesso
público. Essa transparência também será assegurada mediante: incentivo à
participação popular e realização de audiências públicas durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, Lei de Diretrizes Orçamentárias e orçamentos;
divulgação da execução orçamentária e financeira em tempo real para a sociedade em
meios eletrônicos de acesso público; adoção de sistema integrado de administração
financeira e controle que atenda a padrões mínimos de qualidade e permita
disponibilizar informações detalhadas da receita e da despesa.
Ainda assim, o art. 48-A da LRF tornou obrigatória aos entes da Federação a
ampla disponibilização de informações referentes a receitas e despesas, em tempo
real:
ABRANGENDO TODOS OS ATOS PRATICADOS PELAS UNIDADES GESTORAS
NO DECORRER DA EXECUÇÃO DA DESPESA, NO MOMENTO DE SUA
DESPESA

REALIZAÇÃO, CONTENDO NO MÍNIMO OS DADOS REFERENTES AO NÚMERO


DO PROCESSO, AO BEM FORNECIDO OU AO SERVIÇO PRESTADO, À PESSOA
FÍSICA OU JURÍDICA BENEFICIÁRIA DO PAGAMENTO E AO PROCEDIMENTO
LICITATÓRIO, SE FOR O CASO.

ABRANGENDO O LANÇAMENTO E O RECEBIMENTO DE TODA A RECEITA


RECEITA

DAS UNIDADES GESTORAS, INCLUSIVE REFERENTE A RECURSOS


EXTRAORDINÁRIOS

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DICA 81
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

• A LRF estabelece que a previsão de receita deve estar acompanhada de


demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos e da projeção para os dois
seguintes àquele a que se referirem. Devem constar também a metodologia de
cálculo e as premissas utilizadas. Além disso, a previsão deve respeitar as normas
técnicas e legais e considerar os efeitos das alterações na legislação, da variação
do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante.
• A previsão de receitas corresponde à projeção dos recursos para determinado
período futuro: permite visualizar previamente o valor total a ser arrecadado, com
vistas a limitar a autorização de despesas e manter o equilíbrio das contas
públicas.
• A fim de preservar o trabalho técnico e o equilíbrio entre receitas e despesas, A
REESTIMATIVA DE RECEITA POR PARTE DO PODER LEGISLATIVO SOMENTE
É ADMITIDA SE COMPROVADO ERRO OU OMISSÃO DE ORDEM TÉCNICA OU
LEGAL.
• A LRF impõe que o PODER EXECUTIVO DEVE COLOCAR À DISPOSIÇÃO DOS
DEMAIS PODERES E DO MINISTÉRIO PÚBLICO os estudos e AS ESTIMATIVAS
DE RECEITAS PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE, NO MÍNIMO TRINTA DIAS ANTES
DO PRAZO FINAL PARA ENCAMINHAMENTO DE SUAS PROPOSTAS
ORÇAMENTÁRIAS.

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DICA 82
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

Para a LRF, a renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito


presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou
modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou
contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
Anistia pode ser entendida como o benefício que visa excluir o crédito tributário
na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações
cometidas anteriormente à vigência da lei que a concedeu; Remissão compreende o
perdão da dívida em casos de pequeno valor, impossibilidade de pagamento ou custo
de cobrança maior que a dívida etc.; Crédito presumido é aquele que representa uma
dedução do tributo devido, outorgado pela autoridade tributária, na forma de crédito
do tributo, e que foge da estrutura normal do sistema; Isenção é a dispensa legal, pelo
Estado, do crédito tributário devido (Gestão Orçamentária, Financeira e Contratações
Públicas para Municípios, Esaf, 2009).
Embora o termo “renúncia de receitas” compreenda tanto o caráter geral como o
específico, a preocupação da LRF é com a renúncia que beneficia alguns, apenas,
em detrimento dos demais. Assim, a LRF estabelece regras específicas para sua
concessão e exige transparência desses atos, tanto na LDO como na LOA.

@profleandroravyelle Página 88
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DICA 83
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

A LRF também traz dispositivos sobre a LOA. O projeto de lei orçamentária


anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes
orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

CONTERÁ EM ANEXO, DEMONSTRATIVO DA


COMPATIBILIDADE DA PROGRAMAÇÃO DOS
ORÇAMENTOS COM OS OBJETIVOS E METAS
CONSTANTES DO ANEXO DE METAS FISCAIS DA
LDO
SERÁ DO DEMONSTRATIVO REGIONALIZADO DO
ACOMPANHADA EFEITO, SOBRE AS RECEITAS E DESPESAS,
DECORRENTE DE ISENÇÕES, ANISTIAS,
REMISSÕES, SUBSÍDIOS E BENEFÍCIOS DE
NATUREZA FINANCEIRA, TRIBUTÁRIA E
CREDITÍCIA, BEM COMO DAS MEDIDAS DE
COMPENSAÇÃO A RENÚNCIAS DE RECEITA E AO
AUMENTO DE DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE
CARÁTER CONTINUADO
CONTERÁ RESERVA DE CONTINGÊNCIA

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DICA 84
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

O mesmo art. 5º da LRF também dá destaque à dívida pública, ao determinar


que constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou
contratual, e as receitas que as atenderão. Ainda, tem-se que o refinanciamento da
dívida pública (e não apenas a contração de dívida nova) constará separadamente na
lei orçamentária e nas de crédito adicional. O refinanciamento consiste na
substituição de títulos anteriormente emitidos por títulos novos, com
vencimento posterior. A atualização monetária do principal da dívida mobiliária
refinanciada não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de
diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.

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DICA 85
TÓPICOS DO EDITAL:
1.4 CICLO ORÇAMENTÁRIO.

ETAPAS DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA

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DICA 86
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

ATRIBUIÇÕES DA LDO CONFORME A LRF

CONTER AUTORIZAÇÃO PARA QUE OS MUNICÍPIOS CONTRIBUAM PARA O


CUSTEIO DE DESPESAS DE COMPETÊNCIA DE OUTROS ENTES DA FEDERAÇÃO
ESTABELECER EXIGÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA
VOLUNTÁRIA
ESTABELECER CONDIÇÕES PARA A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA, DIRETA
OU INDIRETAMENTE, COBRIR NECESSIDADES DE PESSOAS FÍSICAS OU
DÉFICITS DE PESSOAS JURÍDICAS
DISPOR SOBRE O IMPACTO E O CUSTO FISCAL DAS OPERAÇÕES REALIZADAS
PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL, O QUAL SERÃO DEMONSTRADOS
TRIMESTRALMENTE
DISPOR SOBRE PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E O CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MENSAL DE DESEMBOLSO ESTABELECIDO PELO PODER EXECUTIVO ATÉ
TRINTA DIAS APÓS A PUBLICAÇÃO DOS ORÇAMENTOS
ESTABELECER PARA OS PODERES E O MINISTÉRIO PÚBLICO CRITÉRIOS DE
LIMITAÇÃO DE EMPENHO E MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA SE VERIFICADO, AO
FINAL DE UM BIMESTRE, QUE A REALIZAÇÃO DA RECEITA PODERÁ NÃO
COMPORTAR O CUMPRIMENTO DAS METAS DE RESULTADO PRIMÁRIO OU
NOMINAL ESTABELECIDAS NO ANEXO DE METAS FISCAIS
RESSALVAR AS DESPESAS QUE NÃO SERÃO SUBMETIDAS À LIMITAÇÃO DE
EMPENHO
DISPOR SOBRE A CONCESSÃO OU AMPLIAÇÃO DE INCENTIVO OU BENEFÍCIO DE
NATUREZA TRIBUTÁRIA DA QUAL DECORRA RENÚNCIA DE RECEITA
DISPOR SOBRE DESPESA CONSIDERADA IRRELEVANTE, PARA EFEITOS DE
GERAÇÃO DE DESPESA
DISPOR SOBRE A INCLUSÃO DE NOVOS PROJETOS NA LOA OU NAS LEIS DE
CRÉDITOS ADICIONAIS, APÓS ADEQUADAMENTE ATENDIDOS OS EM
ANDAMENTO E CONTEMPLADAS AS DESPESAS DE CONSERVAÇÃO DO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
EXCEPCIONALIZAR A CONTRATAÇÃO DE HORA EXTRA, QUANDO FOR
ALCANÇADO O LIMITE PRUDENCIAL DAS DESPESAS COM PESSOAL, O QUAL É
DE 95% DO LIMITE PREVISTO NA LRF

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DICA 87
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na LOA, as despesas do Banco


Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo,
inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. O
impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão
demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias da União. Os balanços trimestrais do BACEN conterão notas explicativas
sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da
manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos,
destacando os de emissão da União.

Resultado positivo do BACEN:


receita do Tesouro Nacional

Resultado
negativo do
BACEN: despesa
do Tesouro
Nacional
(obrigação do
Tesouro para
com o BACEN).

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DICA 88
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

ANEXO DE METAS FISCAIS


A LRF estabelece que integrará o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, onde serão estabelecidas metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário, e montante da dívida pública, para o exercício a
que se referirem e para os dois seguintes. Apesar de serem estipuladas metas
para três exercícios, apenas a meta para o ano seguinte é obrigatória – as
demais são apenas metas indicativas. O anexo de metas fiscais (AMF) conterá
ainda:

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS METAS RELATIVAS AO ANO


ANTERIOR
DEMONSTRATIVO DAS METAS ANUAIS, INSTRUÍDO COM MEMÓRIA E
METODOLOGIA DE CÁLCULO QUE JUSTIFIQUEM OS RESULTADOS
PRETENDIDOS, COMPARANDO-AS COM AS FIXADAS NOS TRÊS EXERCÍCIOS
ANTERIORES, E EVIDENCIANDO A CONSISTÊNCIA DELAS COM AS
PREMISSAS E OS OBJETIVOS DA POLÍTICA ECONÔMICA NACIONAL
EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOS ÚLTIMOS TRÊS EXERCÍCIOS,
DESTACANDO A ORIGEM E A APLICAÇÃO DOS RECURSOS OBTIDOS COM A
ALIENAÇÃO DE ATIVOS
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO RGPS
FINANCEIRA E ATUARIAL RPPS
FUNDOS
FUNDO DE AMPARO AO
TRABALHADOR (FAT)
DEMONSTRATIVO DA ESTIMATIVA E COMPENSAÇÃO DA RENÚNCIA DE
RECEITA E DA MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE
CARÁTER CONTINUADO

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DICA 89
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

ANEXO DE RISCOS FISCAIS


Segundo a LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais,
onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem. Os
Passivos Contingentes correspondem às demandas judiciais de grande impacto que se
encontram pendentes de julgamento pelos tribunais superiores como STJ e STF;
dívidas em geral que se encontram em processo de reconhecimento; e operações de
garantias e aval dados pelo Poder Público. Os outros riscos são comumente
classificados em riscos orçamentários e riscos de dívida. Os riscos Orçamentários
encontram-se relacionados à possibilidade de estimativas de receitas e montante de
despesas fixadas na Lei Orçamentária Anual não se confirmarem na execução dos
orçamentos. A estimativa das receitas está atrelada a variáveis macroeconômicas que
influenciam no montante de recursos arrecadados, por exemplo: o nível de
atividade econômica, as taxas de inflação, juros e câmbio. Assim, uma queda no Produto
Interno Bruto – PIB provoca queda na arrecadação de tributos em todos os entes da
Federação.

DICA 90
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

ANEXO ESPECÍFICO
A LRF ainda exige que a LDO contenha um anexo específico, que acompanha a
mensagem de envio do projeto de LDO ao Congresso Nacional. Esse anexo, de acordo
com o art. 4º, § 4º, da LRF, deve apresentar os objetivos das políticas monetária,
creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.

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DICA 91
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

Vamos agora ver o que se exclui no cálculo da RECEITA CORRENTE LÍQUIDA


RCL nos diversos entes:

EXCLUSÕES DA RCL
UNIÃO ESTADOS E DF MUNICÍPIOS
OS VALORES AS PARCELAS AS CONTRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES PARA O
TRANSFERIDOS PARA ENTREGUES AOS CUSTEIO DO SEU SISTEMA DE PREVIDÊNCIA E
ESTADOS E MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS POR ASSISTÊNCIA SOCIAL
POR DETERMINAÇÃO DETERMINAÇÃO
CONSTITUCIONAL OU CONSTITUCIONAL,
LEGAL APENAS
AS CONTRIBUIÇÕES DO AS CONTRIBUIÇÕES AS RECEITAS PROVENIENTES DA
SERVIDOR PARA A DOS SERVIDORES COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ENTRE O
SEGURIDADE SOCIAL DO PARA O CUSTEIO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA E O
PROGRAMA DE SEU SISTEMA DE REGIME PRÓPRIO DOS
FORMAÇÃO DO PREVIDÊNCIA E SERVIDORESPÚBLICOS;
PATRIMÔNIO DO ASSISTÊNCIA SOCIAL OS VALORES DO FUNDEB (JÁ ESTÃO
SERVIDOR PÚBLICO, E AS INCLUÍDOS NO FPM, ICMS, IPI-EXP., ITCMD,
CONTRIBUIÇÕES PARA O IPVA E ITR)
PIS/PASEP
A CONTRIBUIÇÃO DO AS RECEITAS
EMPREGADOR, DA PROVENIENTES DA
EMPRESA E DA COMPENSAÇÃO
ENTIDADE A ELA FINANCEIRA ENTRE O
EQUIPARADA NA FORMA REGIME GERAL DE
DA LEI, INCIDENTES PREVIDÊNCIA E O
SOBRE A FOLHA DE REGIME PRÓPRIO DOS
SALÁRIOS E DEMAIS SERVIDORES
RENDIMENTOS DE PÚBLICOS
PESSOA FÍSICA; E A
CONTRIBUIÇÃO DO
TRABALHADOR E DOS
DEMAIS SEGURADOS DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL
AS RECEITAS OS VALORES DO
PROVENIENTES DA FUNDEB (JÁ ESTÃO
COMPENSAÇÃO INCLUSOS NO FPE,
FINANCEIRA ENTRE O ICMS, IPI-EXP., IPVA)
REGIME GERAL DE
PREVIDÊNCIA E O
REGIME PRÓPRIO DOS
SERVIDORES PÚBLICOS
OS VALORES DO FUNDEB NO CASO DO DISTRITO
FEDERAL E DOS
ESTADOS DO AMAPÁ E
RORAIMA HÁ QUE SE
EXCLUIR TAMBÉM AS
DESPESAS COM
PESSOAL CUSTEADAS
COM RECURSOS
RECEBIDOS DA UNIÃO

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DICA 92
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

RENÚNCIA DE RECEITA
Segundo o art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício
de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deve:

ESTAR ACOMPANHADA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO


NO EXERCÍCIO EM QUE DEVA INICIAR SUA VIGÊNCIA E NOS DOIS SEGUINTES
ATENDER AO DISPOSTO NA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
DEMONSTRAÇÃO DE QUE A RENÚNCIA FOI CONSIDERADA NA
ESTIMATIVA DE RECEITA NA LEI ORÇAMENTÁRIA E QUE NÃO
ATENDER A PELO AFETARÁ AS METAS DE RESULTADOS FISCAIS PREVISTAS NA
MENOS UMA DAS LDO * NO EXERCÍCIO DA CONCESSÃO BASTA ESTE
SEGUINTES DEMONSTRATIVO*
CONDIÇÕES ESTAR ACOMPANHADA DE MEDIDAS DE COMPENSAÇÃO NOS
DOIS EXERCÍCIOS SEGUINTES, POR MEIO DO AUMENTO DE
RECEITA

Não se caracterizam renúncias de receitas as desonerações tributárias:

ESTABELECIDAS EM CARÁTER GERAL


RELACIONADAS AO IMPOSTO DE RENDA COMO: LIMITE DE ISENÇÃO, DESCONTO
PADRÃO E DEDUÇÃO POR DEPENDENTE
ALTERAÇÃO DAS ALÍQUOTAS DE: IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS;
EXPORTAÇÕES PARA O EXTERIOR; PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI); OPERAÇÕES
DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS
(IOF)

CANCELAMENTO DE DÉBITO CUJO MONTANTE SEJA INFERIOR AO RESPECTIVO CUSTO


DE COBRANÇA
RELACIONADAS ÀS IMUNIDADES CONSTITUCIONAIS QUANDO O USUÁRIO FINAL DOS
BENS OU SERVIÇOS FOR A UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS

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DICA 93
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

GERAÇÃO DE DESPESA
ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO NO EXERCÍCIO
APERFEIÇOAMENTO QUE
ACARRETE AUMENTO DE
CIRAÇÃO, EXPANSÃO OU
AÇÃO QUE IMPORTE EM

EM QUE DEVA ENTRAR EM VIGOR E NOS DOIS SUBSEQUENTES (CONTENDO


AS PREMISSAS E METODOLOGIA DE CÁLCULO UTILIZADA).

DECLARAÇÃO O AUMENTO TEM ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E


DO FINANCEIRA COM A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
DESPESA

ORDENADOR COMPATIBILIDADE COM O PLANO PLURIANUAL E COM A


DA DESPESA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
DE QUE

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DICA 94
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO (DOCC)


Assim, de acordo com os arts. 15 a 17 da LRF, uma despesa somente pode ser
realizada se atender simultaneamente as seguintes condições:
DEMONSTRAR A ESTIMATIVA DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO NO
EXERCÍCIO
APRESENTAR COMPATIBILIDADE COM O PPA E A LDO
TIVER ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA COM A LOA (DOTAÇÃO SUFICIENTE)
NÃO AFETAR AS METAS FISCAIS ESTABELECIDAS PELA LDO

Se for o caso de despesa continuada, acrescentam-se as seguintes exigências:


DEVE ESTAR ACOMPANHADA DE ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-
FINANCEIRO NO EXERCÍCIO EM QUE ENTRAR EM VIGOR E NOS DOIS SEGUINTES
DEVE DEMONSTRAR A FONTE DE RECURSOS PARA O SEU CUSTEIO
DEVE ESTAR ACOMPANHADA DE MEDIDA DE COMPENSAÇÃO PELO AUMENTO
PERMANENTE DA ARRECADAÇÃO OU PELA REDUÇÃO DE OUTRA DESPESA EM
VALOR EQUIVALENTE

As regras da LRF para a geração de despesas não se aplicam às seguintes


situações:

REVISÃO GERAL ANUAL DA REMUNERAÇÃO E/OU SUBSÍDIO DE SERVIDORES


PÚBLICOS. (A PERMISSÃO DE REAJUSTE É PARA PRESERVAR O VALOR REAL,
APENAS – O REAJUSTE PARA AUMENTAR O VALOR DO BENEFÍCIO ESTÁ
SUJEITO ÀS REGRAS GERAIS DA LRF.)

OS SERVIÇOS DA DÍVIDA PÚBLICA


CONCESSÃO DE BENEFÍCIO A
QUEM SATISFAÇA AS CONDIÇÕES
TAMBÉM NÃO SE APLICAM AS REGRAS DA DE HABILITAÇÃO PREVISTA NA
LRF, QUANTO ÀS MEDIDAS DE LEGISLAÇÃO PERTINENTE
COMPENSAÇÃO, QUANDO A DESPESA FOR EXPANSÃO QUANTITATIVA DO
REALIZADA NAS ÁREAS DE SAÚDE, ATENDIMENTO E DOS SERVIÇOS
PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL, E SE PRESTADOS
REFERIR A REAJUSTAMENTO DE VALOR DO
BENEFÍCIO OU SERVIÇO, A FIM
DE PRESERVAR O SEU VALOR
REAL

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DICA 95
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

DESPESAS COM PESSOAL


DESPESAS COM PESSOAL ATIVO
DESPESAS COM PESSOAL INATIVO
DESPESAS COM PENSIONISTAS
ENCARGOS SOCIAIS E PREVIDENCIÁRIOS
AUXÍLIOS: NATALIDADE, FUNERAL, CRECHE, PRÉ-ESCOLAR
COMPUTA NO SALÁRIO-FAMÍLIA
CÁLCULO SENTENÇAS JUDICIAIS REFERENTES AOS ÚLTIMOS 12 MESES
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (ÚLTIMOS 12 MESES)
ABONO DE PERMANÊNCIA
TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA – REFERENTE À
SUBSTITUIÇÃO DE SERVIDORES/EMPREGADOS

DESPESAS DE CARÁTER INDENIZATÓRIO COMO:


AUXÍLIOS: ALIMENTAÇÃO, TRANSPORTE E MORADIA
AJUDA DE CUSTO E DIÁRIAS
DEMISSÃO DE SERVIDORES OU EMPREGADOS E INCENTIVOS
À DEMISSÃO VOLUNTÁRIA
CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONGRESSO NACIONAL
NÃO COMPUTA NO DESPESAS COM INATIVOS CUSTEADAS COM RECURSOS:
CÁLCULO DA ARRECADAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES DOS SEGURADOS
DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ENTRE O REGIME GERAL E O
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
DAS DEMAIS RECEITAS ARRECADADAS POR FUNDO
VINCULADO A TAL FINALIDADE, INCLUSIVE ALIENAÇÃO DE
BENS E SUPERÁVITS
TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA – QUE NÃO SE
REFIRA À
SUBSTITUIÇÃO DE SERVIDORES/EMPREGADOS
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES REFERENTES A
PERÍODOS ANTERIORES AOS ÚLTIMOS 12 MESES
SENTENÇAS JUDICIAIS – PERÍODOS ANTERIORES AOS
ÚLTIMOS 12 MESES

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DICA 96
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

LIMITES POR PODER / ÓRGÃO


ESQUEMATIZANDO...
LIMITE DE GASTOS COM PESSOAL POR PODER E ENTES
∑ = 50% ∑ = 60%
UNIÃO ESTADOS ESTADOS COM MUNICÍPIOS
TCMS (BAHIA,
PARA E GOIÁS)
EXECUTIVO 40,9% 49% 48,6% 54%
SUBDIVISÃO:
DF + EX-
TERRITÓRIOS: 3%
DEMAIS ÓRGÃOS E
ENTIDADES: 37,9%
LEGISLATIVO 2,5% 3% 3,4% 6%
JUDICIÁRIO 6% 6% 6% -
MINISTÉRIO 0,6% 2% 2% -
PÚBLICO

Cumpre destacar que, em relação ao Poder Legislativo Municipal, o art. 29-A da


CF/1988 fixou percentuais que variam de 3,5 a 7,0% de acordo com a população do
município – no entanto, não estão compreendidos nesses percentuais os gastos com
inativos. Os percentuais constitucionais incidem sobre o somatório da receita
tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159,
efetivamente arrecadadas no exercício anterior – enquanto que os percentuais da LRF
incidem sobre a RCL.

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DICA 97
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

LIMITE PRUDENCIAL
Compete aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa
total com pessoal de cada Poder e órgão e alertá-los quando constatarem que o
montante da despesa total com pessoal ultrapassar 90% do limite (limite de alerta). Se
a despesa total com pessoal exceder a 95% do limite (limite prudencial), são vedados
ao Poder ou órgão que houver incorrido no excesso:

ESQUEMATIZANDO...
VEDAÇÕES APLICADAS NOS CASOS DE ULTRAPASSAGEM DO LIMITE PRUDENCIAL
REGRA EXCEÇÃO
CONCESSÃO DE VANTAGEM, AUMENTO, SALVO OS DERIVADOS DE SENTENÇA JUDICIAL OU DE
REAJUSTE OU ADEQUAÇÃO DE DETERMINAÇÃO LEGAL OU CONTRATUAL,
REMUNERAÇÃO A QUALQUER TÍTULO RESSALVADA A REVISÃO GERAL ANUAL, SEMPRE NA
MESMA DATA E SEM DISTINÇÃO DE ÍNDICES
CRIAÇÃO DE CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO
ALTERAÇÃO DE ESTRUTURA DE CARREIRA QUE IMPLIQUE AUMENTO DE DESPESA
PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO, RESSALVADA A REPOSIÇÃO DECORRENTE DE
ADMISSÃO OU CONTRATAÇÃO DE PESSOAL A APOSENTADORIA OU FALECIMENTO DE SERVIDORES
QUALQUER TÍTULO DAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA
SALVO NO CASO DAS SITUAÇÕES PREVISTAS NA LEI DE
DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS E NO CASO DE
CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONGRESSO
NACIONAL (RELEMBRO QUE A EMENDA
CONSTITUCIONAL 50/2006 VEDOU O PAGAMENTO DE
PARCELA INDENIZATÓRIA EM RAZÃO DE
CONTRATAÇÃO DE HORA EXTRA CONVOCAÇÃO DO CONGRESSONACIONAL (NÃO MAIS
PERMITIDA CONFORME A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL POR MEIO DE EMENDA CONSTITUICIONAL).

EXCEÇÕES AOS PRAZOS PARA REDUÇÃO DAS DESPESAS COM PESSOAL

APLICAÇÃO AS RESTRIÇÕES SÃO APLICADAS IMEDIATAMENTE SE A DESPESA TOTAL COM


IMEDIATA PESSOAL EXCEDER O LIMITE NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE DO ÚLTIMO ANO DO
MANDATO DOS TITULARES DE PODER OU ÓRGÃO
NA OCORRÊNCIA DE CALAMIDADE PÚBLICA RECONHECIDA PELO CONGRESSO
NACIONAL, NO CASO DA UNIÃO, OU PELAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS, NA
SUSPENSÃO HIPÓTESE DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS; E EM CASO DE ESTADO DE DEFESA OU DE
SÍTIO DECRETADO NA FORMA DA CONSTITUIÇÃO, ENQUANTO PERDURAR A
SITUAÇÃO, SERÃO SUSPENSAS A CONTAGEM DOS PRAZOS E AS VEDAÇÕES
ESTABELECIDAS
EM CASO DE CRESCIMENTO REAL BAIXO OU NEGATIVO DO PRODUTO INTERNO
BRUTO (PIB) NACIONAL, REGIONAL OU ESTADUAL POR PERÍODO IGUAL OU
SUPERIOR A QUATRO TRIMESTRES, OS PRAZOS DO ARTIGO SERÃO DUPLICADOS.
DUPLICAÇÃO ENTENDE-SE POR BAIXO CRESCIMENTO A TAXA DE VARIAÇÃO REAL ACUMULADA
DO PIB INFERIOR A 1%, NO PERÍODO CORRESPONDENTE AOS QUATRO ÚLTIMOS
TRIMESTRES. NESSA HIPÓTESE, CONTINUARÃO A SER ADOTADAS AS MEDIDAS
PREVISTAS NO LIMITE PRUDENCIAL

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DICA 98
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

DÍVIDA PÚBLICA
Para a LRF, a dívida pública consolidada ou fundada é o montante total,
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas
em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses, e ainda, as operações de
crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
A dívida flutuante corresponde aos passivos financeiros exigíveis em prazo inferior
a doze meses, que não necessitam de autorização para o seu pagamento, porque já
foram autorizados pelo poder legislativo e resta apenas o seu pagamento, ou porque se
referem a dispêndios extraorçamentários. A dívida flutuante refere-se à dívida
interna, de curto prazo, e compreende os restos a pagar (excluídos os serviços da
dívida), os serviços da dívida a pagar, os depósitos, e os débitos de Tesouraria
(AROs).

OPERAÇÕES DE CRÉDITO
O conceito de operação de crédito foi bastante ampliado pela LRF, que equipara
a essas operações de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas
pelo ente da Federação, e ainda, as antecipações de receitas ou postergações de
despesas como: a captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido; o recebimento antecipado de
valores de empresas (salvo lucros e dividendos, na forma da lei); a assunção direta de
compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornecedor de bens,
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito (salvo
quanto a empresas estatais dependentes); e a assunção de obrigação, sem autorização
orçamentária, com fornecedores para posterior pagamento de bens e serviços.
Vejamos os requisitos para a realização de operações de crédito:

EXISTÊNCIA DE PRÉVIA E EXPRESSA AUTORIZAÇÃO PARA A CONTRATAÇÃO, NO TEXTO DA


LEI ORÇAMENTÁRIA, EM CRÉDITOS ADICIONAIS OU LEI ESPECÍFICA

INCLUSÃO NO ORÇAMENTO OU EM CRÉDITOS ADICIONAIS DOS RECURSOS PROVENIENTES


DA OPERAÇÃO, EXCETO NO CASO DE OPERAÇÕES POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA

OBSERVÂNCIA DOS LIMITES E CONDIÇÕES FIXADOS PELO SENADO FEDERAL

AUTORIZAÇÃO ESPECÍFICA DO SENADO FEDERAL, QUANDO SE TRATAR DE OPERAÇÃO DE


CRÉDITO EXTERNO

ATENDIMENTO DO DISPOSTO NO INCISO III DO ART. 167 DA CONSTITUIÇÃO (REGRA DE


OURO)

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DICA 99
TÓPICOS DO EDITAL:
6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

REGRA DE OURO
A regra de ouro foi estabelecida pela CF de 1988 e reforçada pela LRF com vistas
a conter o excesso de operações de crédito que endividavam os entes públicos, muitas
vezes contratadas sem critérios e para fins não relevantes, e manter o equilíbrio nas
contas públicas. É vedada a realização de operações de crédito que excedam
as despesas de capital, ressalvadas asautorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta". Para "quebrar" a regra de ouro, exige-se
maioria absoluta (única lei em matéria financeira que exige maioria absoluta
para sua aprovação). Cabe destacar que, para fins de verificação do cumprimento da
regra de ouro, não serão computadas as despesas de capital realizadas sob a forma de
empréstimo ou financiamento a contribuinte - ainda que por instituição financeira
controlada pelo ente -, se resultar na diminuição do ônus deste.

ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)


Quando se tratar de Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), o art. 38, § 2º,
da LRF e a Resolução no 43/2002 do Senado Federal estabelecem que essas operações
somente podem ser efetuadas mediante a abertura de crédito junto à instituição
financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco
Central do Brasil. Compete ao Banco Central do Brasil manter sistema de
acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e aplicar as sanções cabíveis
no caso de inobservância dos limites. Além de cumprir as exigências referentes às
contratações de operações de crédito, as AROs encontram-se sujeitas ainda às
seguintes regras:

SOMENTE PODEM SER REALIZADAS A PARTIR DO DÉCIMO DIA DO INÍCIO DO


EXERCÍCIO
SOMENTE PODERÃO SER REALIZADAS ATRAVÉS DE LEILÃO ELETRÔNICO
DEVEM SER LIQUIDADAS COM JUROS E DEMAIS ENCARGOS ATÉ O DIA DEZ DE
DEZEMBRO DE CADA ANO
NÃO PODEM SER COBRADOS OUTROS ENCARGOS QUE NÃO A TAXA DE JUROS
DA OPERAÇÃO, PREFIXADA INDEXADA À TAXA BÁSICA FINANCEIRA, OU À
QUE VIER A ESTA SUBSTITUIR

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6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (RREO)


RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

POR CATEGORIA ECONÔMICA


RECEITAS
BALANÇO
ORÇAMENTÁRIO POR FONTE DE RECURSOS

RREO POR CATEGORIA ECONÔMICA


DESPESAS
POR GRUPO DE DESPESAS

POR CATEGORIA ECONÔMICA


RECEITAS
POR FONTE DE RECURSOS
DEMONSTRATIVO DA
EXECUÇÃO
POR CATEGORIA ECONÔMICA
DESPESAS
POR GRUPO DE DESPESAS

POR FUNÇÃO E SUBFUNÇÃO

ACOMPANHA O RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA


DEMONSTRATIVO DA APURAÇÃO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

DEMONSTRATIVO DE RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS


RREO

DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS NOMINAL E PRIMÁRIO

DEMONSTRATIVO DE RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO

ÚLTIMO BIMESTRE – ACRESCENTAR OS DEMONSTRATIVOS

DE QUE AS OPERAÇÕES DE CRÉDITOS NÃO ULTRAPASSARAM AS DESPESAS DE CAPITAL

DAS PROJEÇÕES ATUARIAIS DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, GERAL E PRÓPRIO DOS
RREO
SERVIDORES PÚBLICOS

DA VARIAÇÃO PATRIMONIAL, EVIDENCIANDO A ALIENAÇÃO DE ATIVOS E A APLICAÇÃO DOS


RECURSOS DELA DECORRENTES

SE FOR O CASO, JUSTIFICATIVAS SOBRE A LIMITAÇÃO DE EMPENHO E A FRUSTRAÇÃO DE RECEITAS


INCLUIR

@profleandroravyelle Página 107


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO
100 DICAS FINAIS: TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE

RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (RGF)


RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

DESPESA TOTAL ATIVOS


COM PESSOAL
SEPARANDO INATIVOS E PENSIONISTAS

COMPARATIVO DÍVIDA CONSOLIDADA E MOBILIÁRIA


COM LIMITES
CONCESSÃO DE GARANTIAS

OPERAÇÕES DE CRÉDITO (INCLUSIVE ARO)

MEDIDAS ADOTADAS
SE ULTRAPASSADOS QUAISQUER LIMITES
CORRETIVAS
A ADOTAR

ÚLTIMO QUADRIMESTRE – ACRESCENTAR OS DEMONSTRATIVOS

DO MONTANTE DAS DISPONIBILIDADES DE CAIXA EM 31 DE DEZEMBRO

DA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR DE DESPESAS LIQUIDADAS E NÃO LIQUIDADAS E DAS NÃO


INSCRITAS POR FALTA DE DISPONIBILIDADE

DO CUMPRIMENTO DAS NORMAS REFERENTES ÀS AROS: PAGAMENTO ATÉ 10 DE DEZEMBRO E


PROIBIÇÃO DE CONTRATAR NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO

@profleandroravyelle Página 108


ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO
100 DICAS FINAIS: TÉCNICO DO MPU – ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE

Bom, meus queridos, encerro aqui este ‘’pequeno’’ material com dicas. (rsrs)!!!
😉
Confesso que a ideia inicial era fazer um pequeno PDF com dicas finais para a
prova a prova do próximo domingo (21/10/2018). Acabei me empolgando e coloquei
100 dicas finais, que você não pode ir para a prova sem vê-las! Teremos, no mínimo,
15 questões de AFO nesta prova e garanto que este material será útil. Gostou? Dá uma
forcinha pro professor, curtindo minha página no instagram @profleandroravyelle e
também no facebook. Compartilho diariamente dicas, esquemas, mapas mentais e
muitos materiais gratuitos para os alunos que buscam facilitar o estudo dessa
disciplina.
Espero que façam uma excelente prova e contem comigo para correção da prova
e eventuais recursos nas questões.

“ Se você realmente quer algo, não espere.


Ensine você mesmo a ser impaciente –
Gurbaksh Chahal”

@profleandroravyelle Página 109

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