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O DEDO NA FERIDA

O DEDO NA FERIDA
O programa econômico do candidato do Psol está sob controle de Laura Carvalho, uma jovem
economista, que numa entrevista recente declarou que o socialismo não tem viabilidade. Ela não está
falando do socialismo como agenda imediata, mas se refere ao socialismo como projeto de
sociedade, como superação do capitalismo. Ela disse estar convicta que o nosso horizonte enquanto
humanidade está no capitalismo. Desta forma, para ela, uma candidatura como a de Boulos serve
como agitação e propaganda de um capitalismo humanizado, inclusivo e justo. Esta conclusão, que
pode parecer como o ponto de chegada de uma profunda análise do capitalismo, é, justamente o
contrário: trata-se do pressuposto da análise da Laura Carvalho. É ponto de partida. Desse modo, ela
só pode fazer a crítica daquilo que, aos seus olhos, parece ser o grande desvio do capitalismo, a
saber, a sua hiper concentração de capital, descolado da integralidade de seus mecanismos.
Desaparece a crítica à exploração do trabalho; a irrevogabilidade das crises no capital e o papel que
tais crises cumprem no processo de acumulação, concentração e centralização de capital; desaparece
o papel autônomo da classe trabalhadora, organizada num partido político de classe; e com isso,
desaparece principalmente a questão do poder na sociedade de classes e a necessidade da revolução
social. A programa econômico final ainda não está pronto, mas, partindo da análise dos pressupostos
de quem está organizando, tem grande possibilidade de ser uma compilação de ingenuidades, que
levam do nada para lugar nenhum; de alguém, que em alguma curva, logo ali na frente, quer se
cacifar para ser uma gestora do grande capital.
E, olhe que o Boulos ainda nem pontua nas pesquisas; já pensou se abrisse a possibilidade dele
ganhar a eleição, aonde não chegaria esse rebaixamento?
Por isso, que quem está a frente desta candidatura não conseguem nem dizer o nome do partido
Socialismo e Liberdade!

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Be Pa Tem o link da entrevista, camarada?


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· Responder · 2 d

Fernando Luz http://anticast.com.br/.../anticast-333-economia-a.../Gerenciar

AntiCast 333 – Economia à Esquerda, com Laura Carvalho |…


ANTICAST.COM.BR
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Fernando Luz A partir de 1:10 min


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· Responder · 2 d

Be Pa Valeu!
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Escreva uma resposta...

Wagner Fonseca A revolução cubana não tinha o caráter socialista desde o seu começo. Da mesma
forma que a revolução bolchevique não falava em tomada de meios de produção... O programa
econômico da atualidade que for contra a hegemonia do capital financeiro, por exemplo, e levar isso as
últimas consequências, irá chegar no ponto em que terá que se aprofundar em suas medidas.
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· Responder · 2 d · Editado

Fernando Luz A revolução cubana não tinha caráter socialista, mas era revolucionária, anticapitalista e
não reformista! A revolução soviética nunca omitiu, secundarizou ou negou o caráter socialista. O que
não é nem de longe o caso do programa reformista que está em curso no Psol. Se vc ouvir a entrevista
inteira, verá que tbm não está em questão ir até as últimas consequências contra a hegemonia do capital
financeiro. Eu não sei o que vc esta ponderando...
8

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· Responder · 2 d

Escreva uma resposta...

Wagner Fonseca Aí é que tá a importância da candidatura do Boulos... O aprofundamento desse projeto


vai depender muito das massas. Os movimentos sociais organizados cumprirão importante papel e a ideia
de uma nova política mais alinhada a esse pensamento hoje passa pelo MTST
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· Responder · 2 d

Fernando Luz Articular as massas tendo como estratégia um capitalismo humanizado é iludir as massas.
Pois, se tem algo que é impossível para o capitalismo é se humanizar. As possibilidades civilizatórias do
capitalismo se esgotaram faz tempo... E não será uma meia dúzia de ingenuidades pequenas burguesas,
baseadas em análises parciais e superficiais do capitalismo que irão constituir o elemento de massas
"viáveis" para humanizá-lo!
8

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· Responder · 2 d

Paulo Victor Penafort Mendes Mesmo discurso do PCdoB de 2003, de “governo em disputa”..depois
vão dizer que perderam a disputa também
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· Responder · 1 d

Marcus Vinícius Aguiar Freire Paulo Victor Penafort MendesResumindo a vaca tussiu no governo
Dilma e isso tudo é conversa para boi dormir...
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· Responder · 7 h

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Weydson Machado #FernandoLuz2018

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· Responder · 2 d

Fernando Luz Socialismo, ontem,hoje e sempre! kkkkk


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· Responder · 2 d

Fernando Luz Aleluia!


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· Responder · 2 d

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Wagner Fonseca As críticas ao programa da plataforma VAMOS feitas pelo Plínio Jr. e Nildo Ouriques
são válidas... Os limites da Laura Carvalho são claros, mas ela faz parte de um grupo e nem é a principal
influência econômica do Boulos.

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· Responder · 2 d · Editado

Fernando Luz Não é o que está aparecendo!

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· Responder · 1 d

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Wagner Fonseca O que, de certa forma, me espanta são os camaradas revolucionários apegados a
programa econômico numa disputa eleitoral burguesa.

O DEDO NA FERIDA
O programa econômico do candidato do Psol está sob controle de Laura Carvalho, uma jovem
economista, que numa entrevista recente declarou que o socialismo não tem viabilidade. Ela não está
falando do socialismo como agenda imediata, mas se refere ao socialismo como projeto de
sociedade, como superação do capitalismo. Ela disse estar convicta que o nosso horizonte enquanto
humanidade está no capitalismo. Desta forma, para ela, uma candidatura como a de Boulos serve
como agitação e propaganda de um capitalismo humanizado, inclusivo e justo. Esta conclusão, que
pode parecer como o ponto de chegada de uma profunda análise do capitalismo, é, justamente o
contrário: trata-se do pressuposto da análise da Laura Carvalho. É ponto de partida. Desse modo, ela
só pode fazer a crítica daquilo que, aos seus olhos, parece ser o grande desvio do capitalismo, a
saber, a sua hiper concentração de capital, descolado da integralidade de seus mecanismos.
Desaparece a crítica à exploração do trabalho; a irrevogabilidade das crises no capital e o papel que
tais crises cumprem no processo de acumulação, concentração e centralização de capital; desaparece
o papel autônomo da classe trabalhadora, organizada num partido político de classe; e com isso,
desaparece principalmente a questão do poder na sociedade de classes e a necessidade da revolução
social. A programa econômico final ainda não está pronto, mas, partindo da análise dos pressupostos
de quem está organizando, tem grande possibilidade de ser uma compilação de ingenuidades, que
levam do nada para lugar nenhum; de alguém, que em alguma curva, logo ali na frente, quer se
cacifar para ser uma gestora do grande capital.
E, olhe que o Boulos ainda nem pontua nas pesquisas; já pensou se abrisse a possibilidade dele
ganhar a eleição, aonde não chegaria esse rebaixamento?
Por isso, que quem está a frente desta candidatura não conseguem nem dizer o nome do partido
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Be Pa Tem o link da entrevista, camarada?


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forma que a revolução bolchevique não falava em tomada de meios de produção... O programa
econômico da atualidade que for contra a hegemonia do capital financeiro, por exemplo, e levar isso as
últimas consequências, irá chegar no ponto em que terá que se aprofundar em suas medidas.
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Fernando Luz A revolução cubana não tinha caráter socialista, mas era revolucionária, anticapitalista e
não reformista! A revolução soviética nunca omitiu, secundarizou ou negou o caráter socialista. O que
não é nem de longe o caso do programa reformista que está em curso no Psol. Se vc ouvir a entrevista
inteira, verá que tbm não está em questão ir até as últimas consequências contra a hegemonia do capital
financeiro. Eu não sei o que vc esta ponderando...

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Fernando Luz Articular as massas tendo como estratégia um capitalismo humanizado é iludir as massas.
Pois, se tem algo que é impossível para o capitalismo é se humanizar. As possibilidades civilizatórias do
capitalismo se esgotaram faz tempo... E não será uma meia dúzia de ingenuidades pequenas burguesas,
baseadas em análises parciais e superficiais do capitalismo que irão constituir o elemento de massas
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Paulo Victor Penafort Mendes Mesmo discurso do PCdoB de 2003, de “governo em disputa”..depois
vão dizer que perderam a disputa também
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Wagner Fonseca As críticas ao programa da plataforma VAMOS feitas pelo Plínio Jr. e Nildo Ouriques
são válidas... Os limites da Laura Carvalho são claros, mas ela faz parte de um grupo e nem é a principal
influência econômica do Boulos.
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Wagner Fonseca O que, de certa forma, me espanta são os camaradas revolucionários apegados a
programa econômico numa disputa eleitoral burguesa.

Fernando Luz A negação do socialismo pela esquerda é correlato ao processo de ataque ao socialismo
pela direita. Não há nada que seja mais efetivo ao sistema social dominante do que a negação permanente
do socialismo. Pós queda do Muro de Berlim, isto se tornou um mantra mundial. Afastar dos setores
populares qualquer discussão sobre a superação da sociedade capitalista é matéria de maior interesse às
classes dominantes. E isto é feito à esquerda e à direita. O Psol, com Boulos e essa plataforma Vamos
desceu de vez a ladeira. Se já era duvidoso o caráter socialista do Psol, visto a predominância do fetiche
parlamentar, agora não restam mais dúvida alguma.

Elaine Behring Fernando , há outros pontos de vista na construção deste programa, que não está ainda
definido. Estou participando deste debate que ainda vai render um bocado. E não há qualquer inibição de
falar em socialismo até onde sei. Mas seu alerta é muito importante! Pois a história recente não tem mais
espaço para se repetir. Podemos ter um programa que faça mediações, mas que tenha uma clara direção
estratégica.
Por que Boulos não pontua na pesquisa para presidente em SP, no lugar em que ele é líder das
massas? Será que não tá parecendo que ele faz campanha pro Lula mesmo?
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Elton Oliveira Só na base do Lula Livre não rola. Quem ainda coloca proposta é Sônia Guajajara. A base
dele parece que votar em Lula ou em branco.
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· Responder · 3 d

Severino Santos Terto Ultimamente Boulos fez mais campanha pra Lula do que pra candidatura dele
pelo PSOL. Isso é fato!

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Diogo Mateus Hartmann Olha, eu já disse em outros posts (não me recordo se foi exatamente em posts
seus, Fernando Luz) que ele ter se candidatado foi um equívoco (pra não dizer que foi uma cagada). Ele
não agrega eleitoralmente e desagrega do ponto de vista dos movimentos sociais. Continua agindo como a
liderança do MTST quanto hoje precisa representar um espectro maior, quando deveria ser um agregador
para o projeto ao qual está se candidatando. Corremos o risco de perde-lo não apenas como candidato,
mas como liderança social também, o que seria uma lástima.

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· Responder · 2 d

Fernando Luz Na verdade, o objetivo dele é reagregar novamente ao lulopetismo uma parte importante
da esquerda que se manteve crítica a ele nos últimos tempos. Para depois se viabilizar como uma
alternativa desse campo. Evitando, desse modo, que se crie uma alternativa efetiva à esquerda. Diogo
Mateus Hartmann
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