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Introdução
Anestésicos inalatórios
A taxa em que o anestésico inalatório atinge o cérebro depende dos seguintes fatores:
o Solubilidade do anestésico.
o Sua concentração no ar inspirado.
o Taxa de ventilação pulmonar.
o Fluxo sanguíneo pulmonar: quanto menor o fluxo, maior a tensão arterial do
anestésico inalatório (ex. pacientes chocados e em hiperventilação).
o Gradiente de concentração parcial do anestésico entre o sangue arterial e venoso.
Extensão do metabolismo:
o metoxiflurano > halotano > enflurano > sevoflurano > isoflurano > desflurano > óxido
nitroso.
ÓXIDO NITROSO
Baixo coeficiente sangue: gás de 0,47.
Não é metabolizado.
Tem ações analgésicas.
Baixa potência. Deve ser associado a outros agentes.
Exposições prolongadas afetam a síntese protéica e de DNA pela inativação da metionina
sintase, resultando em depressão da medula óssea (anemia e leucopenia).
Pode acumular-se nas cavidades gasosas.
HALOTANO
Coeficiente sangue: gás de 2,3.
Taxa média de início e recuperação.
Seu uso está declinando para o uso do isoflurano.
Concentração para indução: 3 a 4%.
Concentração para manutenção: 1 a 2%.
Não explosivo; não irritante.
Não é analgésico.
Promove relaxamento uterino, sendo contra-indiciado para propósitos obstétricos.
Efeitos adversos:
o Capacidade de sensibilizar o coração à adrenalina.
o Hepatotoxicidade: devido à administração repetida. A metabolização do halotano
origina o metabólito ácido trifluoracético.
o Hipertermia maligna: ocorre liberação excessiva de cálcio do retículo
sarcoplasmático, levando à contratura muscular excessiva, acidose metabólica,
aumento do metabolismo e aumento da temperatura corporal. Este quadro é tratado
com dantroleno, relaxante muscular que bloqueia os canais de cálcio.
o Extra-sístoles, sem danos maiores.
ISOFLURANO
Coeficiente sangue: gás de 1,4.
Taxa média de início e recuperação.
Mas amplamente usado.
Similar ao enflurano, porém é pouco metabolizado e não é convulsivante.
Pode causar hipotensão.
Potente dilatador coronariano: fenônemo do “roubo” em pacientes com doença coronariana
(exacerbação da isquemia).
ENFLURANO
Coeficiente sangue: gás de 1,8.
Taxa média de início e recuperação.
Similar ao halotano em termos de potência e velocidade moderada de indução.
Foi introduzido para substituir o metoxiflurano, pois produz menos fluoreto.
Efeitos adversos:
o Convulsões.
o Hipertermia maligna.
DESFLURANO
Coeficiente sangue: gás de 0,42.
Quimicamente similar ao isoflurano, porém tem menor coeficiente sangue: gás.
Baixa volatilidade; fármaco inadequado para indução rápida; rápida recuperação.
Usado em procedimentos ambulatoriais rápidos.
Efeitos adversos:
o Irritação do trato respiratório.
o Broncoespasmo.
o Tosse.
SEVOFLURANO
Coeficiente sangue: gás de 0,69.
Início e recuperação rápidos;
Instável em cal de soda.
Semelhante ao desflurano, porém é mais potente e não causa irritação respiratória.
Produz pouca quantidade de fluoreto.
Anestésicos intravenosos
BENZODIAZEPÍNICOS - Midazolan
Inicio bem mais lento.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Altas doses.
Início e recuperação lentos; Reversão com naloxona disponível.
Fentanil em baixas doses como adjuvante anestésico.
Alfentanil + Fentanil + Droperidol ( derivado butirofenônico ) + Oxido nitroso: produzem
Neuroleptanestesia.
PROPOFOL
Tem propriedades semelhantes ao tiopental.
Mais rapidamente metabolizado, com menor risco de ressaca.
Bom para manutenção.
Causa dor no local da injeção.
Não tem a tendência de causar movimentos involuntários e supressão das supra-renais vistos
com o etomidato.
Útil para as cirurgias mais simples, com alta no mesmo dia.
ETOMIDATO
Tem propriedades semelhantes ao tiopental.
Utilizado em anestesias não prolongadas.
Maior margem de segurança.
Tem efeito mínimo de depressão cardiovascular e respiratória.
Não é analgésico.
Mais rapidamente metabolizado, com menor risco de ressaca.
Efeitos adversos:
o Movimentos involuntários durante a indução.
o Náuseas e vômitos pós-operatórios
o Dor no local da injeção.
o Seu uso prolongado suprime a produção de esteróides das supra-renais. Portanto
não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal.
o Efeitos excitatórios durante a indução e recuperação.
CETAMINA
Bloqueio do receptor excitatório NMDA, do ácido glutâmico.
É uma arilcicloexilamina.
Age mais lentamente que o tipental.
Altamente lipofílico.
Único anestésico que possui propriedades de estimulação cardiovascular.
Anestesia dissociativa: catatonia, amnésia, perda dos movimentos e analgesia com ou sem
verdadeira perda de consciência.
Fenômenos de emergência no pós- operatório (delírios sensoriais e sonhos vívidos).
Administração de diazepan ou midazolan antes da aplicação da cetamina reduz esses efeitos.
É útil em pacientes geriátricos de alto risco, bem como para pacientes instáveis (Choque
cardiogênico ou séptico, devido às propriedades cardioestimulantes).
Usada em pequenos procedimentos na pediatria.
Efeitos adversos:
o Aumento da PIC.
o Aumento da PA e freqüência cardíaca.
o Euforia e alucinações durante a recuperação;