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Review do jogo Age of Empires III (PC)

Introdução:
O início da popularidade dos jogos de computador, em meados dos anos 90, trouxe uma série de inovações para o mundo dos games, em especial
por fazer uso de dispositivos que, naquele momento, não eram acessíveis aos vídeo-games, como o teclado e o mouse. Nesta época, podemos
destacar dois gêneros que essencialmente surgiram graças ao computador: o FPS (shooter em primeira pessoa) e o RTS (estratégia em tempo real).
Atualmente, porém, os consoles se adaptaram e já se mostram perfeitamente capazes de oferecer uma ótima ambientação para o estilo ação em
primeira pessoa, o que ainda não foi feito com o RTS, pois o uso do mouse ainda parece imprescindível. Neste gênero - o de estratégia em tempo
real - podemos destacar três séries, surgidas há cerca de 10 anos atrás, que foram as responsáveis pelas principais inovações e características dos
jogos até hoje: Command & Conquer da Westwood (posteriormente adquirida pela EA), Warcraft da Blizzard e, finalmente, a série Age of Empires da
Ensemble.
Por isso, vamos falar aqui não apenas de "mais um" lançamento do gênero RTS, mas sim de uma das continuações mais esperadas e relevantes
para milhões de fãs, depois de 6 anos de espera desde o último título - Age of Empires II: The Age of Kings. Após uma pausa para a produção da
nova série Age of Mythology, que surgiu em 2002, a Ensemble retoma os trabalhos do seu principal sucesso, ao lado da Microsoft que é a publisher
que lançou Age of Empires no mercado.
No final de 2004 já começavam a circular os primeiros rumores sobre Age of Empires III, mas foi somente na semana da última E3, em maio deste
ano, que tivemos a confirmação e as primeiras informações oficiais. Se o primeiro game da série trazia a história da humanidade praticamente saindo
da idade da pedra, o segundo focava a formação dos primeiros impérios na Era Medieval, foi muito bem recebida a notícia que AoE 3 traria como
tema o descobrimento da América e sua exploração pelas principais potencias européias, passando entre os anos de 1500 até 1850.
Temos um salto e tanto para a aclamada série, que agora vai enfrentar concorrentes de peso neste gênero de estratégia que muito evoluiu nos
últimos anos. Será que a Ensemble tem forças o suficiente para continuar o sucesso ou vai sucumbir frente aos "impérios" criados por outras
desenvolvedoras? Entre neste combate a partir de agora e confira como se saiu o Age 3...
Jogabilidade:
Os pontos principais explorados pela série Age of Empires são: coleta de recursos, exploração do mapa, construção de edificações e treinamento de
unidades. Tudo isso foi mantido nesta terceira geração, porém, outras inovações estão presentes. As duas principais novidades que se pode notar
logo de cara são a possibilidade de se receber provisões (que podem ser qualquer coisa, como coletores, soldados, fortes, postos avançados,
barcos, recursos, melhorias e upgrades, fábricas, e outras opções que variam de acordo com cada civilização) enviadas pela grande potência a sua
colônia estabelecida no "Novo Mundo", e a exploração dos índios nativos americanos, que são representados por aldeias espalhadas pelo mapa que
oferecem unidades únicas para o seu exército, com a vantagem de serem mais econômicas por não custarem moedas de ouro (somente alimento e
madeira).
Estão disponíveis oito civilizações no total, cada qual com seus altos e baixos determinantes para se construir uma estratégia adequada com maior
chance de sair vencedor. É possível jogar com os Ingleses/Britânicos, Espanhóis, Holandeses, Alemães, Portugueses, Russos, Franceses e
Otomanos. O que diferencia cada exército são, essencialmente, as unidades exclusivas, vantagens entre alguns upgrades, opções das provisões
enviadas e diferentes vantagens que se ganha a cada passagem de Era.
No lado de captação de recursos, a principal diferença se compararmos com os games anteriores é e exclusão das minas de pedra, pois agora os
recursos são baseados somente em alimento, madeira e ouro. Porém, também entrou uma nova opção que é a experiência. Embora não possa ser
coletada pelos seus trabalhadores, como os outros recursos, a experiência é obtida por diversas maneiras ao longo do jogo, desde o treinamento de
unidades, como pela exploração do mapa, ao se matar inimigos ou destruir suas edificações, ou ainda estabelecendo diferentes construções, entre
outras possibilidades. A principal utilidade da experiência durante a partida é chance de trazer mais carregamentos de provisões para a sua
metrópole, o que pode garantir uma rápida expansão ou melhorias para o seu exército. Após o jogo, a experiência obtida é somada em sua conta, o
que permite o aumento de níveis da sua metrópole, onde cada nível aumentado lhe dará o direito de comprar uma nova carta para ser usada no
sistema de envio de provisões e incrementar visualmente a sua cidade-colônia.
Este sistema de envio de provisões insere características de estratégia por turnos na série, o que abre um novo leque tático, além de exigir uma
maior atenção do jogador, que agora precisa ficar de olho também sempre que um novo carregamento é liberado, devendo escolher a opção mais
adequada para cada momento. É possível montar ainda diferentes baralhos, cada qual com uma combinação específica de cartas, para ser escolhido
no início da partida. Assim, você pode preparar um baralho voltado para mapas com oceano ou sem, entre outras possibilidades. As cartas também
são classificadas de acordo com cada uma das cinco Eras do game - que são classificadas, na ordem crescente, como: Era do Conhecimento,
Colonial, das Fortalezas, Industrial e, finalmente, Imperial -, de forma que as cartas mais fortes só são liberadas conforme se avança no jogo.
Outra inovação é a possibilidade de se construir feitorias, que formam as alianças com os índios nativos, disponíveis em 12 tribos diferentes. As
feitorias também podem ser construídas nos pontos de transportes, que começam em trilhas de estradas de carroça puxada por homens e, conforme
se evolui, pode se chegar até a trilhos de trem, o que lhe garantem um bom reforço na experiência adquirida e, posteriormente, pode-se escolher
para receber qualquer um dos outros três recursos a cada turno. Por isso, os dois tipos de pontos em que se pode construir as feitorias são outros
detalhes que se deve ter atenção para sair vitorioso em Age of Empires 3, pois quem dominar mais pontos do mapa, que são sempre limitados,
poderá ter uma vantagem adicional contra o seu inimigo. A única limitação é que cada tribo pode lhe oferecer um número máximo de soldados (em
média de 10 a 15 unidades), impossibilitando assim que se crie um soldado só de guerreiros indígenas, mas ainda assim são muito úteis, já que o
treinamento costuma ser bem mais rápido que os dos soldados convencionais.
A inclusão de um "herói", representado como o explorador de cada exército, é outra novidade que temos para a série. O que mais diferencia o
explorador é que ele nunca morre completamente, e mesmo quando perde toda a sua força, fica se recuperando no mapa e volta a viver sempre que
uma unidade do seu exército se aproxima ou se estiver próximo de uma construção de sua base. Outra de sua utilidade é a exploração de tesouros
espalhados pelo mapa, que no geral não são tão vantajosos, como 40 ou até 100 unidades de determinado recurso ou um guerreiro indígena, porém
na maioria dos casos são protegidos por animais, piratas ou nativos, mas podem ajudar no início ao montar o seu exército. Além disso, os
exploradores possuem um ataque especial, como matar uma unidade ou animal qualquer com um único tiro, e depois de usada, esta ação consome
um tempo determinado para novamente ficar disponível.
Com relação ao restante das unidades, não há mudanças muito significativas, e os velhos fãs da série vão se sentir em casa para estabelecer as
cidades e construir o seu exército. A principal novidade está no treinamento das unidades, já que agora é possível treinar grupos de até 5 unidades
iguais simultaneamente, com algumas exceções, como barcos, coletores, entre algumas outras. Ainda assim, é possível utilizar este treinamento em
grupos para praticamente todos os soldados, arqueiros, cavalaria, padres, canhões e outras unidades da artilharia, além das feitorias nas tribos que
geram índios nativos. Isso agilizou bastante a formação e manutenção de grandes exércitos, sem necessitar ficar criando muitas construções iguais;
com duas construções de treinamento já se consegue criar 10 unidades da mesma classe simultâneas, suprindo assim a maioria das necessidades
em uma partida.
Ainda falando das unidades, temos mais dois aspectos bastante interessantes a se destacar. O primeiro é que agora ao mandar um grupo de
soldados se locomover ou atacar o inimigo, eles se agrupam de maneira bastante estratégica, formando blocos bem simétricos para melhorar a sua
tática. Outro aspecto é que ao derrotar um pelotão inimigo, os seus soldados comemoram, gritando e balançando os braços - de forma similar ao que
já tínhamos visto em outros títulos recentes, iniciado por LOTR: The Battle For Middle-Earth -, o que certamente ajuda a transmitir um pouco mais da
emoção das batalhas.
Vamos falar agora da campanha single-player, onde a Ensemble realizou um excelente trabalho. Estão disponíveis 24 missões no total, divididas em
três atos, sendo que cada uma representa uma geração da história fictícia da família Morgan Black, que veio do continente europeu para o Novo
Mundo atrás de justiça, honra e, como não poderia deixar de ser, dinheiro. Embora a trama não seja muito diferente do que já se viu em títulos
similares, como Age of Mythology, ela apresenta um bom enredo, com reviravoltas, traições e atos heróicos, segurando muito bem a emoção e o
interesse do jogador até o fim. O interessante é que há uma grande variedade com relação aos objetivos de cada fase, sem deixar cair assim na
mesmice de simplesmente derrotar o exército inimigo. Há fases em que você deve permanecer vivo até a chegada de reforços, você também deverá
atravessar um mapa cercado por inimigos sem poder treinar novas unidades, em outras é necessário destruir uma determinada construção ou
proteger uma tribo indígena, e assim por diante. As cut-scenes, cenas de animação entre as fases, também dão um ar especial na história, ajudando
a criar mais emoção para o clima épico das batalhas. A durabilidade da campanha solo também agrada, pois boa parte dos mapas consome perto de
1 hora para ser completado, incluindo as missões secundárias que não são obrigatórias, mas aumentam o desafio para quem gosta de realmente
explorar tudo o que o jogo tem a oferecer.
O outro principal atrativo para se jogar contra o computador é o modo Skirmish (que foi traduzido para o nome "Escaramuçador" na versão brasileira
do game), que nada mais é do que a simulação de uma partida contra ou ao lado de outro(s) jogador(es) real(is), porém neste caso quem assume o
controle dos amigos e/ou inimigos é a máquina. Este método é uma ótima maneira de se treinar para as partidas multiplayer, porém a IA ficou um
pouco apelativa demais no nível difícil, sendo muito difícil de vencer o computador, que consegue expandir seu exército em uma velocidade absurda.
Ainda assim, a máquina faz boas escolhas de estratégia, e de maneira não-linear, significando que ele pode te atacar logo de início (mais conhecido
como rush) na primeira vez e se você reiniciar a partida ele pode ter uma outra atitude, desenvolvendo sua defesa e coletando mais recursos antes
de começar o ataque. O modo ainda traz duas variâncias nas regras, sendo a Supremacia o método mais tradicional, onde o jogador começa
praticamente do zero para montar toda a sua cidade, coleta de recursos e treinar as unidades, enquanto que nas regras do "Jogo Fatal" já se começa
com um bom estoque de recursos, sendo possível uma rápida expansão do exercito para começar a batalha pelo mapa.
Uma das únicas descaracterizações da série em Age 3 foi com relação aos padres. Se nos dois primeiros títulos eles eram muito úteis, servindo tanto
para curar rapidamente as unidades como para converter inimigos para o seu exército, neste título a utilização dos padres nas partidas é
praticamente inútil, visto que, além de terem um poder de cura bastante limitado, não oferecem a chance de converter inimigos. Ainda assim, a
construção de uma igreja se faz necessária, devido as importantes melhorias e upgrades únicos oferecidos por ela.

Áudio:
Um dos destaques de Age 3 é o áudio das animações entre cenas que foi totalmente traduzido. A qualidade, porém, não ficou lá muito animadora,
pois as vozes dos atores são limitadas (é possível notar que apenas 3 ou 4 pessoas dublaram todos os personagens) e na maioria das cenas falta
um pouco de emoção e intensidade para transmitir o que se vê nas imagens de cada momento. Logicamente, a tradução colabora bastante para que
qualquer brasileiro consiga entender perfeitamente a trama da campanha single-player, mas é facilmente perceptível que poderiam ter caprichado um
pouco mais nas vozes dos atores, que por sinal são as mesmas pessoas que dublaram o Age of Mythology.
Já as vozes de cada unidade das diferentes civilizações dentro do game foram mantidas com o áudio original, o que não poderia ser diferente, pois
elas trazem o idioma e características de cada língua. Assim, a caracterização de cada exército ganhou um toque especial com as vozes e
expressões específicas de cada país, e para nós, brasileiros, fica bem claro e até engraçado jogar com os portugueses e ouvir ou aldeões
respondendo um "Sim!" ao ser selecionado, ou ouvir o colonizador soltar um "Estou ferido, não consigo me mexer!" ao perder completamente a sua
força.
Já as músicas e efeitos sonoros - como tiros de armas de fogo, canhões e outros itens da artilharia - foram produzidos com uma atenção mais do que
especial, demonstrando ótimas escolhas e produção. Além de se ouvir cada tipo de tiro com boa precisão e qualidade, a trilha sonora ajuda a criar
um ambiente emocionante e épico, passando uma ótima sensação auditiva - suficiente para lhe fazer guardar e até cantarolar as canções no meio do
dia.

Multiplayer:
Um dos pontos fortes da série, o multiplayer de Age 3 tinha como maior desafio se enquadrar nos padrões "modernos", visto que se passaram 6 anos
desde que fora lançado o último jogo da franquia. Para isso, a Ensemble Studios foi muito feliz em não tentar reinventar a roda, mas sim fazer um
bom uso do que se tem disponível de melhor atualmente no gênero, incluindo um sistema próprio para partidas pela Internet, que facilita o acesso e
criação de salas, controle da sua metrópole e até a formação de clãs. É possível jogar em rede ou online pela Internet, sendo a última com duas
possibilidades: por IP direto (que não é muito claro nos menus do jogo, pois deve-se entrar na opção de jogar em rede e então digitar o IP da pessoa
no campo indicado) ou pelo serviço da ESO, criado pela empresa.
Basicamente, as partidas em rede ou IP direto são quase que uma continuação do modo Skirmish, tendo somente a substituição do computador por
jogadores reais. A metrópole e a civilização que se vai controlar, porém, são a continuidade do que já foi realizado no Skirmish, aproveitando todos os
recursos e cartas de provisões, e as partidas também servem para acrescentar experiência na cidade e civilização escolhida.
Já no modo online, foi criada uma interface bem bacana e de fácil acessibilidade, que também contou com a tradução para o português, o que é raro
de se encontrar nos games localizados. Porém, aqui é necessário criar novas metrópoles, pois não é permitido utilizar as mesmas do Skirmish e dos
jogos em rede, para evitar possíveis fraudes que poderiam aumentar o nível e liberar todo o baralho para as provisões. No modo online, todas as
suas cidades criadas e experiência adquirida ficam salvas em sua conta nos servidores do serviço da ESO, o que é mantido sempre que você voltar
a se conectar, não importando que você esteja acessando de outra máquina ou tenha formatado o seu computador, facilitando bastante a
organização e acessibilidade.
O único ponto falho é que se o jogador decidir mudar a civilização, é necessário começar uma cidade desde o início, com zero de experiência, o que
certamente desanima aqueles que chegaram a uma metrópole de nível 25, por exemplo, a tentarem experimentar um exército diferente, pois
começar tudo de novo, do nível zero, é realmente cansativo. Uma solução razoavelmente simples para este problema seria a possibilidade de
compartilhar a experiência alcançada com uma civilização para qualquer outra que se for dar início, ou pelo menos manter 70 ou 50% da experiência
obtida anteriormente, o que tornaria mais agradável a chance de experimentar novos exércitos antes de escolher a melhor opção segundo o seu
gosto pessoal.

Gráficos:
Este era um dos pontos em que os fãs mais esperavam melhorias, pois certamente este salto de vários anos desde o último game da série
necessitaria de uma total renovação gráfica. Visualmente, Age of Empires III está realmente bonito, com cores mais vivas e maior realismo nos
diversos itens do cenário. Porém, está um pouco parecido com o nível gráfico encontrado em Age of Mythology, de quase três anos atrás, com
algumas texturas mais bem feitas e fazendo uso agressivo dos shaders (um dos primeiros do estilo a fazer uso do modelo de Shader 3.0),
principalmente na água que teve os efeitos mais trabalhados e detalhados com relação a parte gráfica. Fora isso, não espere nenhuma revolução
visual, mas no geral os gráficos tem tudo para agradar os olhos dos fãs do gênero RTS.
Outro ponto a se destacar é o sistema de física, que vem equipado com a poderosíssima engine Havok (a mesma de Half-Life 2), muito realista e
bem equilibrado. Além de apresentar belíssimos efeitos visuais ao mostrar as construções desmoronando ou uma parte dela desabando após o
choque contra uma bala de canhão, o sistema de física adicionou os danos para as construções vizinhas e ou unidades próximas. Assim, ao atingir
uma construção inimiga com um poderoso tiro de canhão (ou vários), as construções coladas ou muito próximas também devem sofrer algum dano,
embora seja bem menor do que a atingida em primeira instância, ou mesmo se tiver um soldado ou construtor próximo da construção, ele também
poderá morrer instantaneamente ou perder boa parte de sua vida. O mesmo funciona para pelotões inimigos, onde um tiro de grande potência pode
afetar ou até matar vários soldados aglomerados, o que deve ser usado com sabedoria tanto como estratégia de defesa como de ataque.
O único fator que realmente incomodou em Age 3 é a limitação do distanciamento da câmera, que exige que o jogador escolha no menu se deseja
que fique perto, médio ou longe, sem ser possível fazer essa passagem direta pelo botão de scroll. A aproximação é bem eficiente, chegando
realmente perto das unidades, mas ao deixar nesta opção o afastamento fica muito limitado, chegando a incomodar.
Sobre o peso do game, não há como negar que para rodar com tudo no máximo é necessário ter uma máquina relativamente bem atualizada e com
uma placa 3D de ponta. Porém, a Ensemble garantiu uma boa escalabilidade nas opções do jogo para se ligar ou desligar os diversos efeitos ou usar
modelos e texturas em alta ou baixa resolução, o que deve garantir que o jogo rode com qualidade aceitável em máquinas não tão atuais, como
processador de 1,7 GHz e placa de vídeo da geração GeForce 5 e Radeon 9000.
Conclusão:
Vários anos se passaram, Age of Empires 3 chegou, e podemos afirmar com certeza que o jogo agradou! A fórmula básica criada pela série
permanece, graças ao bom trabalho da Ensemble, o que também deve servir como medida para aqueles que não gostavam dos títulos anteriores.
Ainda assim, assim, em uma série com milhões de fãs há quase 1 década, não é uma má estratégia da desenvolvedora tentar continuar agradando o
público já conquistado. É verdade dizer também que o game está igual, e os experientes até a última expansão de AoE 2 devem tomar um cuidado
especial antes de sair jogando em multiplayer, com o intuito de aprender as novas estratégias e táticas inseridas do novo título.
No geral, AoE 3 se mostra um título bem equilibrado em todos os quesitos, proporcionando cerca de 15 a 20 horas de diversão na campanha
single-player, além de horas intermináveis de desafios seja jogando contra o computador no modo Escaramuçador (Skirmish) ou oponentes reais
pelo multiplayer com amigos ou pela Internet. O sistema online ESO também ganha destaque, pois traz uma interface bem construída e de simples
utilização pelos jogadores, além de possibilitar ter a sua conta salva com tudo sobre a sua metrópole, possibilitando jogar de qualquer lugar
mantendo todas a sua carreira e configurações.
Some tudo isso a um manual muito bem explicativo e totalmente em português, incluindo um guia com a árvore evolutiva de cada uma das 8
civilizações, um tema bem interessante - descobrimento da América - e até então inexplorado por games do gênero, áudio de ótima qualidade, os
mais belos efeitos de águas já vistos num RTS e a renovação bem idealizada de uma grande franquia, para chegar a conclusão que Age of Empires
3 é mais do que recomendável para os fãs ou mesmo quem não teve a possibilidade de jogar os outros títulos da série. Um título que chega para
somar a já extensa lista dos games de ótima qualidade desde agradabilíssimo final de 2005.

Sobre o autor
Luiz Soares, editor do Jogos Gratis, Jogos do Mario, Jogos de Tiro, Jogos de Carros, Jogos de Vestir e Jogos de Moto

Fonte: http://www.superartigos.com

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