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Legislação e Normalização
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Legislação e Normalização
LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
ELOISIA B. DE ALMEIDA P. COELHO – CONSULTOR TÉCNICO
REGAP/SMS
CAPÍTULO II
ADAPTAÇÃO AUTORIZADA DO MANUAL TÉCNICO DE CALDEIRAS E
VASOS DE PRESSÃO MINISTÉRIO DE TRABALHO – SSST –
SECRETARIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Equipe Petrobras
Petrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
3
CURITIBA
2002
Legislação e Normalização
Módulo
Legislação e Normalização
Ficha Técnica
Contatos com a Equipe da Repar: Maurício Dziedzic
Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Repar (Coordenador do Curso de Engenharia Civil)
Rodovia do Xisto (BR 476) – Km16 Júlio César Nitsch
83700-970 Araucária – Paraná (Coordenador do Curso de Eletrônica)
Mario Newton Coelho Reis Marcos Roberto Rodacoscki
(Coordenador Geral) (Coordenador do Curso de Engenharia
Tel.: (41) 641 2846 – Fax: (41) 643 2717 Mecânica)
e-mail: marioreis@petrobras.com.br Carlos Alexandre Castro
(Coordenador do Curso de Jornalismo)
Uzias Alves
Capítulo I
(Coordenador Técnico)
Tel.: (41) 641 2301 Eloisia B. de Almeida P. Coelho – Consultor
e-mail: uzias@petrobras.com.br Técnico REGAP/SMS
Décio Luiz Rogal Capítulo II
Tel.: (41) 641 2295 Adaptação autorizada do Manual Técnico de
e-mail: rogal@petrobras.com.br Caldeiras e Vasos de Pressão Ministério de
Ledy Aparecida Carvalho Stegg da Silva Trabalho – SSST –
Tel.: (41) 641 2433 Secretaria de Saúde e Segurança no Trabalho
e-mail: ledyc@petrobras.com.br (Autor)
Adair Martins Marcos Cordiolli
Tel.: (41) 641 2433 (Coordenador Geral do Projeto)
e-mail: adair@petrobras.com.br Iran Gaio Junior
(Coordenação Ilustração, Fotografia e
UnicenP – Centro Universitário Positivo Diagramação)
Oriovisto Guimarães Carina Bárbara R. de Oliveira
(Reitor) (Coordenação de Elaboração dos Módulos
José Pio Martins Instrucionais)
(Vice Reitor) Juliana Claciane dos Santos
(Coordenação dos Planos de Aula)
Aldir Amadori
Luana Priscila Wünsch
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Elisa Dalla-Bona Angela Zanin
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Maria Helena da Silveira Maciel Érica Vanessa Martins
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Institucional) Carina Bárbara Ribas de Oliveira
Luiz Hamilton Berton (Coordenação Administrativa)
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(Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa)
Marline Meurer Paitra
Fani Schiffer Durães (Diagramação)
(Pró-Reitora de Extensão) Cíntia Mara Ribas Oliveira
Euclides Marchi (Coordenação de Revisão Técnica e Gramatical)
(Diretor do Núcleo de Ciências Humanas e Contatos com a equipe do UnicenP:
Sociais Aplicadas) Centro Universitário do Positivo – UnicenP
Helena Leomir de Souza Bartnik Pró-Reitoria de Extensão
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81280-320 Curitiba PR
4 Marcos José Tozzi
Tel.: (41) 317 3093
(Diretor do Núcleo de Ciências Exatas e Fax: (41) 317 3982
Tecnologias) Home Page: www.unicenp.br
Antonio Razera Neto e-mail: mcordiolli@unicenp.br
(Coordenador do Curso de Desenho Industrial) e-mail: extensao@unicenp.br
Legislação e Normalização
Apresentação
Nome:
Cidade:
Estado:
Unidade:
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Legislação e Normalização
Sumário
1 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO – 3. Operação de Caldeiras ...................................................... 40
NORMAS REGULAMENTADORAS (NR´S) 3.1. Partida e parada ........................................................ 40
VISÃO GERAL ....................................................................... 7 3.2. Regulagem e controle ............................................... 40
1.1 Introdução ........................................................................ 7 3.3. Falhas de operação, causas e providências ............... 40
1.2 Histórico .......................................................................... 7 3.4. Roteiro de vistoria diária .......................................... 40
1.3 Órgãos do Governo e Entidades ....................................... 9 3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras ............ 40
1.4 Normas Regulamentadoras ............................................ 10 3.6. Procedimentos em situações de emergência ............. 40
1.4.1 NR 1 – Disposições Gerais ................................ 11 4. Tratamento de Água e Manutenção de Caldeiras ............. 40
1.4.2 NR 2 – Inspeção Prévia ..................................... 12 4.1. Impurezas da água e suas conseqüências ................. 40
1.4.3 NR 3 – Embargo ou Interdição .......................... 12 4.2. Tratamento de água .................................................. 40
1.4.4 NR 4 – Serviços Especializados em 4.3. Manutenção de caldeiras .......................................... 40
Engenharia de Segurança e em Medicina 5. Prevenção Contra Explosões e Outros Riscos .................. 40
do Trabalho ....................................................... 12 5.1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde .............. 40
1.4.5 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção 5.2. Riscos de explosão ................................................... 40
de Acidentes – CIPA ......................................... 13 6. Legislação e Normalização ............................................... 40
1.4.6 NR 6 – Equipamentos de Proteção 6.1. Normas Regulamentadoras ...................................... 40
Individual – EPI ................................................ 13 6.2. Norma Regulamentadora 13 (NR-13) ...................... 40
1.4.7 NR 7 – Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional (PCMSO) ...................... 13 ANEXO II .............................................................................. 40
1.4.8 NR 8 – Edificações ........................................... 14 13.6 Vasos de Pressão – Disposições Gerais .................... 41
1.4.9 NR 9 – Programa de Prevenção de 13.7 Instalação de Vasos de Pressão ................................. 46
Riscos Ambientais – PPRA ............................... 15 13.8 Segurança na Operação de Vasos de Pressão ............ 48
1.4.10 NR 10 – Instalações e serviços em 13.9. Segurança na Manutenção de Vasos de Pressão ....... 50
eletricidade ........................................................ 15 13.10 Inspeção de Segurança de Vasos de Pressão ............. 52
1.4.11 NR 11 – Transporte, movimentação,
armazenagem e manuseio de materiais ............. 15 ANEXO I-B ........................................................................... 55
1.4.12 NR 12 – Máquinas e equipamentos .................. 16 1. Noções de Grandezas Físicas e Unidades ......................... 55
1.4.13 NR 13 – Operação de Caldeiras 1.1. Pressão ..................................................................... 55
e Vasos de Pressão ............................................. 16 1.2. Calor e Temperatura ................................................. 55
1.4.14 NR 14 – Fornos ................................................. 16 2. Equipamentos de Processo ............................................... 55
1.4.15 NR 15 – Atividades e operações insalubres ...... 17 2.1. Trocadores de calor .................................................. 55
1.4.16 NR 16 – Atividades e operações perigosas ....... 18 2.2. Tubulação, válvulas e acessórios .............................. 55
1.4.17 NR 17 – Ergonomia .......................................... 18 2.3. Bombas .................................................................... 55
1.4.18 NR 18 – Condições e meio ambiente 2.4. Turbinas e ejetores ................................................... 55
de trabalho na indústria da construção .............. 19 2.5. Compressores ........................................................... 55
1.4.19 NR 20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis .. 19 2.6. Torres, vasos, tanques e reatores .............................. 55
1.4.20 NR 23 – Proteção contra incêndios ................... 19 2.7. Fornos ...................................................................... 55
1.4.21 NR 24 – Condições sanitárias e de conforto 2.8. Caldeiras .................................................................. 55
nos locais de trabalho ........................................ 19 3. Eletricidade ...................................................................... 55
1.4.22 NR 25 – Resíduos Industriais ............................ 19 4. Instrumentação ................................................................. 55
1.4.23 NR 26 – Sinalização de segurança .................... 20 5. Operação da Unidade ....................................................... 55
1.4.24 NR 27 – Registro Profissional do Técnico 5.1. Descrição do processo .............................................. 55
de Segurança do Trabalho no Ministério 5.2. Partida e parada ........................................................ 55
do Trabalho ....................................................... 20 5.3. Procedimentos de emergência .................................. 55
5.4. Descarte de produtos químicos e preservação
2 NR-13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ................. 21 do meio ambiente ..................................................... 55
13.1 Caldeiras a vapor – disposições gerais ........................... 21 5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes
13.2 Instalação de Caldeiras a Vapor ..................................... 29 ao processo ............................................................... 55
13.3 Segurança na Operação de Caldeiras ............................. 32 5.6. Prevenção contra deterioração, explosão
13.4 Segurança na Manutenção de Caldeiras ........................ 34 e outros riscos .......................................................... 55
13.5 Inspeção de Segurança de Caldeiras .............................. 35 6. Primeiros Socorros ........................................................... 55
7. Legislação e Normalização ............................................... 55
ANEXO I-A ........................................................................... 39
1. Noções de Grandezas Físicas e Unidades ......................... 39 ANEXO II .............................................................................. 56
1.1. Pressão ..................................................................... 39
6 1.2. Calor e Temperatura ................................................. 39 ANEXO III ............................................................................. 56
2. Caldeiras – Condições Gerais ........................................... 39 1. Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos ... 56
2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações ........................ 39 2. Esta NR não se aplica aos seguintes equipamentos .......... 57
2.2. Partes de uma caldeira ............................................. 39
2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira . 40 ANEXO IV ............................................................................ 60
Legislação e Normalização
Legislação de Segurança no
Trabalho – Normas
Regulamentadoras (NR´s) Visão
Geral
1
concepção de novas tecnologias, de novas
1.1 Introdução
O trabalho humano é fruto da inteligência máquinas e novos materiais e que possibilita
e da criatividade. Foi graças à capacidade de o planejamento de novas formas de organiza-
raciocínio e ao instinto gregário que o ser hu- ção do trabalho, deverá ser capaz, também, de
mano conseguiu, ao longo dos tempos, criar e propiciar aos trabalhadores condições saudá-
aprimorar técnicas que permitiram o progres- veis e seguras de trabalho.
so e a adaptação das comunidades nas mais É neste campo que atuam, conjuntamen-
diversas partes do planeta. Tal evolução par- te, a Segurança, a Higiene e a Medicina do
Trabalho, com o objetivo de prevenir os efei-
tiu da atividade predatória, atingiu o processo
tos adversos decorrentes das atividades labo-
industrial e prossegue a passos enormes, em
rativas, identificando e eliminando suas cau-
todas as áreas de conhecimento.
sas ou minimizando os seus efeitos nos ambi-
A Revolução Industrial, fenômeno histó-
entes de trabalho.
rico ocorrido na Europa, abrangendo parte dos
séculos XVIII e XIX, provocou a mais mar-
cante mudança nas relações entre o homem e 1.2 Histórico
o trabalho. Os camponeses empregavam-se em A História revela que, desde o início da
“fábricas”, que não passavam de meras cons- civilização, os trabalhos mais penosos e tam-
bém os menos nobres eram destinados aos es-
truções improvisadas. Os locais e os instru-
cravos. Talvez a isto se possa atribuir a escas-
mentos de trabalho ofereciam inúmeros riscos.
sez de referências aos problemas relacionados
Foi preciso que muitos trabalhadores, princi-
com doenças dos trabalhadores na Antigüida-
palmente mulheres e crianças, morressem em
de. Mesmo assim, alguns registros foram fei-
conseqüência de acidentes e doenças ineren-
tos, ainda que a preocupação principal não
tes ao trabalho, para que ações governamen-
fosse o comprometimento da saúde de quem
tais, em vários países europeus, manifestas- trabalhava, mas provavelmente o comprome-
sem-se em prol da segurança e da saúde dos timento dos volumes de produção.
trabalhadores. Hipócrates, três séculos antes de Cristo,
No Brasil, o período de desenvolvimento já se referia com riqueza de detalhes a casos
industrial mais intenso ocorreu a partir de de intoxicação por chumbo em trabalhadores
1930. O processo não foi muito diferente do de minas.
que ocorreu na Europa, no que tange à preo- Um século antes da era cristã, Lucrécio já
cupação com a segurança e saúde dos traba- registrava suas preocupações com as condições
lhadores. A falta de ações mais ágeis dos go- de trabalho dos mineiros daquela época e cita-
vernos, que não estão ainda suficientemente va: “não viste como morrem em tão pouco tem-
aparelhados para fiscalizar plenamente o cum- po, quando ainda tinham tanta vida pela frente?”
primento das leis, é um fator que favorece a Plínio, no início da era cristã, após visitar
manutenção das condições precárias a que fica galerias de minas, descreveu suas impressões
submetida grande parte dos trabalhadores bra- sobre os trabalhadores expostos a poeiras de
sileiros. toda espécie. O mesmo autor observou, ainda,
O ritmo crescente do desenvolvimento tec- a iniciativa daqueles trabalhadores, relatando:
nológico faz com que os trabalhadores do li- “procuravam minimizar a inalação de poeiras,
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miar do século XXI tenham que enfrentar no- fazendo uso de bexigas de carneiro ou trapos
vos riscos, e fiquem expostos aos mais diver- imundos à frente do rosto; era como se esti-
sos agentes potencialmente nocivos à saúde. vessem mascarados para não serem reconhe-
Assim, a mesma inteligência, que viabiliza a cidos em seus horrores.”
Legislação e Normalização
Referências mais concretas e abrangentes Os movimentos sociais sensibilizaram o
sobre a questão da saúde dos trabalhadores só Estado e algumas medidas efetivas começa-
surgiram a partir do século XVI. Em 1556, foi ram a ser tomadas a partir de 1800, através de
publicado o livro de Georgius Agricola, que leis específicas. Como exemplo, pode-se citar:
fazia referências a acidentes do trabalho e doen- – lei que regulamenta a idade mínima
ças relacionadas às atividades de extração e para o trabalho – Inglaterra/1802;
fundição de prata e ouro. – lei das fábricas, que proibe o trabalho
Em 1567, foram publicados os trabalhos noturno para menores e exige proteção
de Paracelso, em que eram relacionadas algu- nas máquinas, entre outros benefícios –
mas atividades laborativas, os respectivos Inglaterra/1833;
métodos de trabalho, as substâncias manusea- – lei sobre acidentes do trabalho e sua
das e as doenças inerentes. indenização – Inglaterra/1898;
Em 1700, foi publicada a obra de referên- – lei sobre o repouso semanal – França/
cia histórica: o livro de Bernardino Ramazzini, 1806;
“As Doenças dos Trabalhadores”. Em sua obra, – lei da aposentadoria após 65 anos –
Ramazzini descreve com detalhes doenças ine- França/1910;
rentes a mais de 50 atividades. Ramazzini é – lei da jornada de trabalho de 8 horas/
considerado o “Pai de Medicina do Trabalho”. dia para serviços de mineração – Fran-
Atribui-se também a ele, as abordagens preli- ça/1913;
minares referentes à medicina social, a partir – lei da jornada de trabalho de 8 horas/
de alguns registros em que fica clara a insinu- dia – França/1916;
ação de alguns elementos básicos, tais como: – lei sobre semana de trabalho de 40 ho-
o estudo das relações entre o estado de saúde ras e férias remuneradas – França/1936.
de uma população específica e suas condições Em 1906, realizou-se em Milão, graças à
de renda; os fatores negativos que atuam de proposta do senador italiano De Cristoforis, o
forma especial em determinada população, em I Congresso Internacional de Doenças do Tra-
face à sua posição social; os elementos que balho.
exercem influência deletéria sobre a saúde das Em 1910, durante o II Congresso Interna-
populações, impedindo a melhoria do estado cional de Doenças dos Trabalhadores, foi dis-
geral de bem-estar. cutida a equiparação entre acidente do traba-
No transcorrer do século XVIII, a Revo- lho e doenças relacionadas ao trabalho.
lução Industrial ocorrida na Europa provocou Em 1919, foi criada a OIT (Organização
um grande impacto sobre a qualidade de vida Internacional do Trabalho). Esta organização
de muitas pessoas. Os trabalhadores do cam- tem como atribuição principal à divulgação de
po, iludidos pelas novas propostas de empre- informação e recomendações internacionais
gos nas “fábricas” da época, deixaram suas que visem à proteção dos trabalhadores. Mui-
origens ante a expectativa de melhores opor- tas das recomendações não possuem caráter
tunidades. O êxodo rural foi intenso, mas, na obrigatório, ficando a cargo de cada país sig-
verdade, os trabalhadores foram submetidos a natário decidir internamente estas questões, de
penosas condições de trabalho em ambientes modo a regulamentar na forma da Lei todos
onde os agentes agressivos à saúde eram nu- os aspectos técnicos envolvidos.
merosos. Não bastasse isto, crianças de sete E em termos de Brasil, como evoluíram
anos ou menos já eram “empregadas nas fá- as questões de segurança e saúde dos traba-
bricas.” Mulheres grávidas trabalhavam, até o lhadores? A história mostra um quadro seme-
final da gestação, em ambientes adversos, cum- lhante ao dos europeus em termos de atenção
prindo jornadas noturnas. As jornadas de tra- para com a segurança e a saúde dos trabalha-
balho duravam, para todos, até 16 horas/dia, dores. Utilizou-se mão-de-obra escrava até o
sem descanso semanal. final do século XIX. O escravo trabalhava até
A conseqüente dizimação da mão-de-obra 18 horas por dia e seu proprietário podia
operária começou a ameaçar o próprio curso castigá-lo sem interferência do poder público.
8 do desenvolvimento. Isto significava uma Provavelmente, foram as graves epidemi-
ameaça direta às novas fontes de renda das as (cólera, febre amarela, entre outras), que
classes privilegiadas da época: mão-de-obra começaram a despertar o interesse social para
mais escassa era sinônimo de mão-de-obra o binômio saúde/trabalho, já que tais epide-
cada vez mais cara. mias associavam-se direta ou indiretamente às
Legislação e Normalização
condições de trabalho da época, afetando de do Decreto-Lei 5452. A CLT reuniu as legis-
forma negativa a produção nos engenhos e nas lações já existentes anteriormente, relaciona-
áreas de plantio, principalmente. das à organização sindical, à previdência so-
As progressivas limitações impostas ao cial, à proteção ao trabalhador e à Justiça do
tráfico de escravos, a partir da segunda meta- Trabalho. Em seu Capítulo V, a CLT tratou
de do século XIX, concorreram para uma li- exclusivamente da segurança e da higiene no
geira melhoria das condições de trabalho, vi- trabalho.
sando ao aumento da vida útil dos escravos. Em novembro de 1944, foi publicado o
Com a abolição da escravatura, a fonte de Decreto-Lei 7036, o qual introduziu notáveis
mão-de-obra passa a ser a corrente migrató- aperfeiçoamentos na legislação de acidentes
ria, principalmente a européia, mas a econo- do trabalho; destaca-se no texto, por exemplo,
mia brasileira continuava sendo fundamen- a criação da CIPA (10/11/44).
talmente agrícola, embora as primeiras indús- Em 1955, foi instituído o adicional de
trias datassem da segunda metade do século periculosidade, através da Lei 2.573, de 15/8/55.
XIX, constituídas principalmente por fábricas Em dezembro de 1977, o Capítulo V da
de tecidos, velas, charutos, sabão, vestuário e CLT foi alterado pela Lei 6514, de 22/12/77.
produtos alimentícios. O Artigo 200 desta lei atribuiu ao Ministério
As condições de trabalho, naquela época, do Trabalho a competência para normatizar os
eram duríssimas. As jornadas de trabalho es- procedimentos referentes à segurança e medi-
tendiam-se por até 16 horas, sem repouso se- cina do trabalho.
manal; a utilização de mão-de-obra infantil e Em junho/78, a Portaria Ministerial 3214,
feminina era comum e indiscriminada, inclu- de 08/06/78, instituiu as Normas Regulamen-
sive em trabalhos pesados e ou noturnos; a tadoras (NR), relativas à segurança e medici-
arbitrariedade dos patrões era gritante, pois os na do trabalho, em cumprimento ao disposto
“erros cometidos” por trabalhadores adultos no Artigo 200 da Lei 6514, citada no parágra-
eram punidos com pesadas multas e quando fo anterior. Atualmente, são vinte e nove Nor-
se tratava de crianças, a punição era o espan- mas Regulamentadoras.
camento; os prédios em que se instalavam as Em abril/88, foram instituídas cinco Nor-
“fábricas” não ofereciam as mínimas condi- mas Regulamentadoras Rurais (NRR), referen-
ções de higiene, segurança e conforto, pois não tes à proteção do trabalhador rural (Portaria
tinham sido projetados para tal finalidade. 3067, de 12/04/88).
É neste contexto que a classe operária bra- Desde então, textos legais complementa-
sileira começou a se mobilizar gradativamen- res e ou substitutivos vêm aperfeiçoando a re-
te, até que, sob influência dos imigrantes e ins- gulamentação pertinente à segurança e higie-
pirados nos movimentos sindicais europeus, ne no trabalho.
os protestos explodiram. Entre 1901 e 1914,
ocorreram 129 greves. Em 1917, o movimen- 1.3 Órgãos do Governo e Entidades
to grevista foi marcante, particularmente em O Ministério do Trabalho e Emprego
São Paulo, onde quase todos os setores indus- (MTE) é o órgão executivo responsável pela
triais pararam. A pressão social levou o Esta- representação política e social do governo re-
do a intervir nas relações de trabalho. ferentes aos assuntos relacionados com as
Em 1919, foi aprovado o nosso primeiro interfaces envolvidas nas relações de trabalho.
texto legal sobre acidentes do trabalho, trata- Através do seu gabinete e demais secretarias,
se do Decreto Legislativo 3724, de 15/01/19. atua no campo das relações públicas, com o
Em 1923, foi instituído o Regulamento compromisso de acompanhar o andamento dos
Sanitário Federal, a partir do qual se criou a projetos em tramitação no Congresso Nacio-
Inspetoria de Higiene Industrial. nal, providenciar a publicação oficial e divul-
Em 1930, foi criado o Ministério do Tra- gar as matérias relacionadas com a área de atu-
balho, Indústria e Comércio, através do De- ação do governo para as questões de trabalho.
creto 19.443, de 26/11/30.
Em 1938, foram instituídos o salário mí- A Secretaria de Segurança e Saúde no 9
nimo e o adicional de insalubridade, por força Trabalho (SSST) está ligada ao ministro do
do Decreto-Lei 399, de 30/04/38. trabalho e tem como função principal, formu-
Em 1º de maio de 1943, foi criada a CLT lar e propor as diretrizes de atuação da área de
(Consolidação das Leis do Trabalho), através segurança e saúde do trabalhador.
Legislação e Normalização
A Secretaria de Relações do Trabalho NR 5 – CIPA — estabelece as exigências e
tem como objetivo garantir a autonomia das critérios para constituição da Comissão Inter-
relações empregados e empregadores, respei- na de Prevenção de Acidentes.
tando os princípios da não-interferência e não-
intervenção na organização sindical. NR 6 – EPI — estabelece as exigências feitas
às empresas e aos empregados com relação ao
A Secretaria de Fiscalização do Trabalho uso dos equipamentos de proteção individual.
tem como missão, formular e propor as diretri-
zes da inspeção do trabalho, ouvida a Secreta- NR 7 – PCMSO — estabelece as diretrizes
ria de Segurança e Saúde no Trabalho, de modo para elaboração e implementação do Progra-
a priorizar o estabelecimento da política de com- ma de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
bate ao trabalho escravo e infantil, bem como
todas as formas de trabalho degradante. NR 8 – Edificações — estabelece critérios mí-
nimos a serem observados nas edificações,
As Delegacias Regionais do Trabalho visando garantir a segurança e o conforto das
(DRT) têm como objetivo principal, coorde- pessoas que ali trabalharão.
nar, orientar e controlar, na área de sua juris- NR 9 – PPRA — estabelece as diretrizes para
dição, a execução das atividades relacionadas elaboração e implementação do Programa de
com a fiscalização do trabalho, à inspeção das Prevenção de Riscos Ambientais.
condições ambientais de trabalho e à orienta-
ção ao trabalhador. NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricida-
de — especifica exigências mínimas com vis-
A Fundação Jorge Duprat Figueiredo tas a garantir a segurança dos trabalhadores
de Segurança e Medicina do Trabalho cujas atividades envolvam o manuseio de ins-
(FUNDACENTRO) é o braço técnico do Mi- talações elétricas, em suas diversas etapas, in-
nistério do Trabalho e Emprego (MTE) com cluindo projeto, execução, operação, manuten-
atribuições bastante definidas no campo da ção, reforma, ampliação e ainda a segurança
pesquisa e assessoramento técnico. Tem por de usuários e de terceiros.
finalidade principal a realização de estudos e
pesquisas pertinentes aos problemas de segu- NR 11 – Transporte, Movimentação, Armaze-
rança, higiene e medicina do trabalho. nagem e Manuseio de Materiais — estabelece
requisitos de segurança para operações de
1.4 Normas Regulamentadoras elevadores, guindastes, transportadores indus-
As Normas Regulamentadoras são de ob- triais e máquinas transportadoras.
servância obrigatória, tanto para as empresas,
pessoas jurídicas, quanto por qualquer outro NR 12 – Máquinas e Equipamentos — esta-
que possua empregados regidos pela CLT. belece critérios para o uso seguro de máqui-
A seguir estão relacionadas as Normas nas e equipamentos, incluindo sistemas de pro-
Regulamentadoras vigentes no Brasil: teção, dispositivos de acionamento e arranjo
físico.
NR 1 – Disposições Gerais — especifica as
competências do poder público, das empresas NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão — es-
e dos empregados quanto à preservação da pecifica as exigências de operação e manuten-
saúde do trabalhador. ção de caldeiras e vasos de pressão, incluindo a
o treinamento e a habilitação dos operadores.
NR 2 – Inspeção Prévia — estabelece procedi-
mentos para a aprovação de instalações, antes NR 14 – Fornos — especifica as exigências
que um novo estabelecimento entre em atividade. de uso e manutenção em fornos industriais que
NR 3 – Embargo ou Interdição — confere po- utilizem combustíveis gasosos ou líquidos.
deres para interrupção de atividades que apre-
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres —
10 sentem grave e iminente risco de acidentes. trata das atividades que, por conclusão de in-
NR 4 – SESMT — estabelece as exigências e vestigações técnicas, qualitativas ou quantita-
critérios para constituição do Serviço Especi- tivas, possam gerar condições insalubres de-
alizado em Engenharia de Segurança e Medi- correntes de agentes de risco de natureza físi-
cina do Trabalho. ca, química ou biológica.
Legislação e Normalização
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas — NR 26 – Sinalização de Segurança — estabe-
trata das atividades que, mediante investiga- lece procedimentos a serem seguidos pelas em-
ções técnicas, exponham os trabalhadores a presas com vistas a padronizar as sinalizações
riscos envolvendo explosivos, inflamáveis, educativas e de advertência, dentro dos esta-
radiações ionizantes e eletricidade. belecimentos, de modo a visar à prevenção de
acidentes.
NR 17 – Ergonomia — estabelece critérios que
permitam a adaptação das atividades laborati- NR 27 – Registro Profissional do Técnico de
vas às condições psicofisiológicas dos traba- Segurança no Ministério do Trabalho — trata,
lhadores, visando ao conforto, segurança e efi- exclusivamente, do registro profissional do
ciência desses trabalhadores. técnico de segurança do trabalho no Ministé-
rio do Trabalho e Emprego.
NR 18 – Condições e Meio Ambiente do Tra-
balho na Indústria da Construção — estabele- NR 28 – Fiscalização e Penalidades — esta-
ce diretrizes com vistas à implementação de belece as penalidades e os critérios de aplica-
medidas de prevenção de acidentes nas ativi- ção das mesmas, para o caso de não cumpri-
dades de construção civil. mento das normas regulamentadoras (NR).
NR-13 – Caldeiras
e Vasos de Pressão 2
13.1 Caldeiras a Vapor – Disposições
000,000000
Gerais
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamen-
tos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qual-
quer fonte de energia, excetuando-se os refer-
vedores e equipamentos similares utilizados
em unidades de processo.
O vapor pode ser usado em diversas con-
dições tais como: baixa pressão, alta pressão,
saturado, superaquecido etc. Ele pode ser pro-
000000
duzido também por diferentes tipos de equi- Figura 2
pamentos nos quais estão incluídas as caldei-
Para efeito da NR-13 serão considerados
ras (Fig. 1 e Fig. 2 Caldeiras com diversas
como “caldeiras” todos os equipamentos que
fontes de energia ).
simultaneamente geram e acumulam, vapor
de água ou outro fluido. Unidades instaladas
em veículos, tais como: caminhões e navios
(Fig. 3) deverão respeitar esta norma regula-
mentadora nos itens que forem aplicáveis e
para os quais não exista normalização ou re-
gulamentação mais específica.
Figura 3
Figura 4
Figura 6
Figura 7
Figura 5
Figura 12
Figura 16
Figura 19
Figura 25
Figura 35
Figura 34
42
Figura 36 Figura 37
Legislação e Normalização
c) instrumento que indique a pressão de dos mesmos poderá ser feita no próprio vaso
operação. ou em sala de controle apropriada (Fig.38).
Entende-se por “outro dispositivo” de se-
gurança dispositivos que tem por objetivo im-
pedir que a pressão interna do vaso atinja
valores que comprometam sua integridade
estrutural. São exemplos de “outros disposi-
tivos”: discos de ruptura, válvulas quebra-vá-
cuo, plugues fusíveis, etc.
Válvulas de segurança piloto operadas,
podem ser consideradas como “outro dispo-
sitivo” desde que mantenha a capacidade de
funcionamento em qualquer condição de anor-
malidade operacional.
Figura 38
O dispositivo de segurança é um compo-
nente que visa aliviar a pressão do vaso, in- 13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afi-
dependente das causas que provocaram a xado em seu corpo, em local de fácil acesso e
sobrepressão. Desta forma, pressostatos, re- bem visível, placa de identificação indelével com,
guladores de pressão, malhas de controle de no mínimo, as seguintes informações:
instrumentação, etc., não devem ser conside- a) fabricante;
rados como dispositivos de segurança. b) número de identificação;
O “dispositivo de segurança contra blo- c) ano de fabricação;
queio inadvertido” é aplicável à:
d) pressão máxima de trabalho admissível;
– Vasos de pressão com 2 (dois) ou mais
dispositivos de segurança; e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.
– Conjunto de vasos interligados e prote-
gidos por única válvula de segurança. A adesão pelo Brasil ao Sistema Interna-
cional de Unidades foi formalizada por meio
Vasos com 2 (duas) ou mais válvulas de
do decreto legislativo nº 57 de 27 de julho de
segurança, com bloqueios independentes são
1953 e ratificada a partir de então. A tabela
utilizados quando se deseja facilidade de ma-
da pág. 26 apresenta os fatores de conversão
nutenção: pode-se remover uma das válvulas a serem utilizados para conversão das unida-
de segurança para reparo ou inspeção, man- des de pressão.
tendo-se as demais em operação. Neste caso,
as válvulas de segurança remanescentes em Número de identificação é a identificação
conjunto, ou isoladamente, deverão ser alfa numérica, conhecida como tag, item nú-
mero de ordem etc, atribuído pelo projetista
projetadas com suficiente capacidade para
ou estabelecimento ao vaso de pressão.
aliviar a pressão do vaso.
Para efeito do atendimento à alínea "f",
O “dispositivo que evite o bloqueio inad-
caso não seja conhecido o ano de edição do
vertido” do dispositivo de segurança é apli-
código o “Profissional Habilitado” deverá
cável à vasos de pressão com dois ou mais verificar se o equipamento sob análise se en-
dispositivos de segurança. São exemplos des- quadra nos requisitos da última edição
tes dispositivos válvulas de duas ou mais vias, publicada que precedeu o ano de fabricação
válvulas gaveta sem volante ou com volante do vaso.
travado por cadeado, etc.
Não sendo conhecido o código de projeto
Quando o vaso de pressão possuir apenas original ou o ano de fabricação, o vaso deve-
uma válvula de segurança, existem normas in- rá ser verificado de acordo com um dos códi-
ternacionalmente aceitas que consideram ina- gos existentes para vasos de pressão, que seja
dequado a existência de bloqueio entre a vál- aceito internacionalmente, tais como: ASME, 43
vula de segurança e o vaso de pressão. DIN, JIS, etc.
Os instrumentos para indicação de pres- As placas de identificação já instaladas
são, por exemplo manômetros, poderão ter deverão ser adequadas aos requisitos dessa
mostrador analógico ou digital e a instalação NR (Fig. 39, Fig. 40 , Fig. 41).
Legislação e Normalização
Figura 39
Figura 41
Figura 40
46
Figura 45
Figura 59
Figura 60
Figura 63
Figura 61
57
Figura 68-69
Figura 70-74
– trocadores de calor para resfriamento
de água ou óleo de máquinas rotativas
(Fig.71);
– amortecedores de pulsação de compres-
sores e de bombas (Fig.72 e Fig.73);
Figura 75
Figura 76
Figura 72
Figura 77
59
Figura 73 Figura 78
Legislação e Normalização
– Hidrogênio;
– Acetileno.
Classe “B”:
– Fluidos combustíveis com temperatu-
ra inferior a 200ºC;
– Fluidos tóxicos com limite de tolerân-
cia superior a 20 ppm.
Classe “C”:
Figura 79
– Vapor de água, gases asfixiantes sim-
ples ou ar comprimido.
Classe “D”:
– Água ou outros fluidos não enquadra-
dos nas classes “A”, “B” ou “C”, com
temperatura superior a 50ºC.
“B”
• Combustível com temperatura menor
que 200ºC I II III IV IV
• Tóxico com limite de tolerância > 20
ppm
“C”
• Vapor de água
• Gases asfixiantes simples I II III IV V
• Ar comprimido
“D”
• Água ou outros fluidos não enquadrados
nas classes “A”, “B” ou “C”, com
temperatura superior a 50ºC. II III IV V V
Notas:
a) Considerar Volume em m3 e Pressão em MPa.
b) Considerar 1 MPa correspondendo à 10,197 kgf/cm2.
A classificação dos fluidos em inflamá- Caso seja significativo poderão ser des-
veis e combustíveis deve atender às prescri- contados do volume geométrico interno do
ções da NR-20. vaso de pressão o volume ocupado por inter-
Sempre deverá ser considerada a condi- nos não porosos.
ção mais crítica. Por exemplo, se um gás for Todo vaso de pressão cujo produto “P.V”
asfixiante simples (fluido classe C) e inflamá- seja maior que 8 (oito) é enquadrado na NR-
vel (fluido classe A) deverá ser considerado 13. Os vasos cujo produto “P.V” seja superior
como inflamável. a 8 (oito), porém cujo fluido não se enquadre
A temperatura a ser utilizada para classi- nas classes definidas no Anexo IV, deverão ter
ficação é a de operação do vaso de pressão. sua categoria atribuída em função do históri-
A toxicidade dos fluidos deve atender ao
co operacional e do risco oferecido aos traba-
previsto nas NR. Caso os limites de tolerância
lhadores e instalações, considerando-se: toxi-
para o fluido ou mistura não estejam contem-
plados, deverão ser utilizados valores aceitos cidade, inflamabilidade e concentração. Para
internacionalmente. cálculo do produto “P.V” a pressão deve estar
Quando um vaso de pressão contiver uma em kPa.
mistura de fluido, deverá ser considerado para Os valores de pressão máxima de opera-
fins de classificação, o fluido que apresente ção a serem utilizados para cálculo do produ-
maior risco aos trabalhadores, instalações e to “P.V” na tabela do Anexo IV deverão estar
meio ambiente desde que sua concentração na em Megapascal (Mpa).
mistura seja significativa, a critério do estabe-
lecimento.
Para efeito de classificação, os valores de
pressão máxima de operação poderão ser ob- Água abaixo de 50ºC e outros fuidos que não se 61
tidos a partir dos dados de engenharia de pro- enquadrem nas classes listadas neste anexo deverão
cesso, das recomendações do fabricante do ser enquadrados como Classe “D”.
vaso de pressão, ou das características funcio-
nais do equipamento.
Legislação e Normalização
Exemplos de classificação de vasos de pressão: Anotações
1º caso
Equipamento: Fracionadora de Etileno
Temperatura de operação: – 30°C
Volume geométrico: 785 m3
Pressão de Operação: 20,4 kgf/cm2
Produto: Etileno
20, 4
Para transformar para kPa ® = 2000,58 kPa
0, 010197
P.V = 2000,58 (kPa) x 785 (m3)
P.V = 1.570.461,90
P. V >> 8, portanto o vaso se enquadra na NR-13
2º caso
Equipamento: Filtro de Óleo Lubrificante
Temperatura de Operação: 40ºC
Volume geométrico: 290 litros
Pressão Máxima de Operação: 5,0 kgf/cm2
Produto: Óleo Lubrificante
50, 0
Para transformar para kPa ®
0, 010197
Máxima Pressão de Operação: 490,34 kPa
Volume geométrico: 2,90 = 0,290 m3
Produto P.V = 490,34 kPa x 0,290 m3 = 142,19
P.V > 8, portanto se enquadra na NR-13
64