Você está na página 1de 17

MAT0222- Álgebra Linear II

Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa


25 de março de 2003

Exercı́cio 1
Sejam U um K-espaço vetorial e T : U → U uma transformação linear tal
que T ◦ T = T . Seja W = {x ∈ U : T (x) = x} e V = {x ∈ U : T (x) = 0}. Prove
que:
a. U = W ⊕ V
Para mostrar que U = W ⊕ V temos que satisfazer duas coisas:
I. W ∩ V = {0}.
II. ∀u ∈ U, ∃ w ∈ W, v ∈ V : u = w + v.

I. Suponha u ∈ W ∩ V . Então u ∈ W e u ∈ V . Logo:


u ∈ W ⇒ T (u) = u
u ∈ V ⇒ T (u) = 0
Então u = 0 e W ∩ V = {0}.
II. Seja u ∈ U . Tomemos a seguinte igualdade, válida naturalmente
para qualquer u:
u = u − T (u) + T (u)
Tomando v = u − T (u) e w = T (u) temos que:
T (v) = T (u − T (T (u))) ⇒ T (v) = T (u) − T (u) = 0 ⇒ v ∈ V.
T (w) = T (T (u)) = T (u) ⇒ w ∈ W.
Logo todo u em U pode ser expresso como soma de um vetor de W
e um de V , e portanto temos que U é soma direta de V e W .

b. T (U ) = W
Seja u ∈ U , temos do item anterior que:
u=v+w
Com v ∈ V e w ∈ W . Aplicando T dos dois lados:
T (u) = T (v + w) = T (v) + T (w) = 0 + T (w) = T (w)
Como u e w são genéricos, T (U ) = T (W ) e está provada a identidade.
c. T (V ) = {0}
Seja v ∈ V , por definição temos que T (v) = 0 e então T (V ) = 0.

1
Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

2
MAT0222- Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
8 de abril de 2003

Exercı́cio 2

Seja T : R3 → R3 uma transformação linear cuja matriz com relação à base


canônica seja
 
1 1 0
 −1 0 1 .
0 −1 −1

a. Determine T (x, y, z).


Basta fazer:
  
1 1 0 x
 −1 0 1   y  = (x + y, −x + z, −y − z)
0 −1 −1 z

Logo T (x, y, z) = (x + y, −x + z, −y − z).


b. Qual é a matriz de T com relação à base B = {(−1, 1, 0), (1, −1, 1), (0, 1, −1)}
?
Basta aplicarmos T nessa base:

T (−1, 1, 0) = (0, 1, −1)


T (1, −1, 1) = (0, 0, 0)
T (0, 1, −1) = (1, −1, 0)

E então montar a matriz:


 
0 0 1
[T ]B =  1 0 −1 
−1 0 0

1
c. O operator T é invertı́vel? Justifique.
Basta calcularmos det [T ]B .

0 0 1

det [T ]B = 1 0 −1 = 0.
−1 0 0

Como det [T ]B = 0 concluı́mos que o operador não é invertı́vel.

Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

2
MAT0222- Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
8 de abril de 2003

Exercı́cio 3
Considere C2 como R-espaço vetorial com a base canônica B = {(1, 0), (i, 0), (0, 1), (0, i)}.
Seja C a base canônica de R5 . Considere a transformação linear T : C2 → R5
dada pela matriz:
 
1 1 2 4
 0 −1 0 −1 
 
 1 2 2 5 
[T ]B,C =  
 0 0 0 0 
1 1 3 5
a. Determine uma base de ImT e uma base de KerT . Para achar uma base
da imagem basta escalonarmos a transposta da matriz dada:
     
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
 1 −1 2 0 1   1 −1 2 0 1   1 −1 2 0 1 
 2 0 2 0 3  ∼  2 0 2 0 3 ∼ 2
     ∼
0 2 0 3 
4 −1 5 0 5 0 −1 1 0 4 −1 0 −1 0 3
   
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1  
 1 −1 2 0 1   1 −1 2 0 1  1 0 1 0 1
  ∼   ∼  1 −1 2 0 1 
 2 0 2 0 3   0 0 0 0 1 
0 0 0 0 1
0 0 0 0 4 0 0 0 0 4
Logo uma base da imagem é {(1, 0, 1, 0, 1), (0, −1, 1, 0, 0), (0, 0, 0, 0, 1)}.
De modo similar achemos uma base do kernel:
 
1 1 2 4    
 0 −1 0 −1  1 1 2 4 1 1 2 4
 1 2 2 5  ∼  0 −1 0 −1  ∼  0 −1 0 −1 
    
∼
   1 2 2 5   0 0 1 1 
 0 0 0 0 
0 0 1 1 0 1 0 1
1 1 3 5
  
1 1 2 4  x + y + 2z + 4w = 0
 0 −1 0 −1  ⇒ y+w = 0 ⇒ x = y = z = −w
0 0 1 1 z+w = 0

Os vetores do núcleo serão da forma (−w, −w, −w, w) = w(−1, −1, −1, 1)
e logo {(−1, −1, −1, 1)} é uma base do núcleo.

1
b. Defina uma transformação linear S : R5 → C2 tal que S ◦ T tenha
dimR Im(S ◦ T ) = 3. Dê [S]C,B .
Queremos uma transformação S tal que a imagem da composta dela
com a T tenha dimensão 3. Mas já sabemos pelo item anterior que
dimR ImT = 3. Ora, se queremos manter essa dimensão 3 na saı́da da
S basta escolhermos S convenientemente de forma que S maximize a
dimensão de saı́da. Para defini-lá basta definirmos quanto ela vale nos
elementos da base C. Escolhemos esses valores conveninentemente:

S(e1 ) = (1, 2, 0, 1)
S(e2 ) = (0, 3, 2, 0)
S(e3 ) = (0, 0, 4, 1)
S(e4 ) = (0, 0, 1, 0)
S(e5 ) = (0, 0, 2, 0)

Notando que os 4 primeiros vetores escolhidos são li entre si o que vai nos
garantir que estamos maximizando a dimensão de saı́da. Baseados nos
valores acima, tomemos então a matriz de S:
 
1 0 0 0 0
 2 3 0 0 0 
[S]C,B =  0 2 4 1 2 

1 0 1 0 0

Para verificamos que a dimensão da composta é 3 mesmo, façamos as


contas:
 
1 1 2 4
 2 −1 4 5 
[S ◦ T ]B,B = [S]C,B · [T ]B,C = 
 6 8 14 28 

2 3 4 9

Escalonando a transposta para acharmos uma base da imagem:


     
1 2 6 2 1 2 6 2 1 2 6 2
 1 −1 8 3   0 −3 2 1   0 −3 2 1 
 ∼
 2 4 14 4  ∼  2 4 14
    ∼
 2 4 14 4  4 
4 5 28 9 4 5 28 9 0 −3 0 1
   
1 2 6 2 1 2 6 2  
 0 0 1 2 6 2
 2 0 
 ∼
 0 −3 0 1 
  ∼  0 −3 0 1 
 2 4 14 4   0 0 2 0 
0 0 2 0
0 −3 0 1 0 0 2 0

Logo {(1, 2, 6, 2), (0, −3, 0, 1), (0, 0, 2, 0)} é uma base de Im(S ◦ T ) e por-
tanto dimIm(S ◦ T ) = 3, conforme pedido no enunciado.

2
Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

3
MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
29 de abril de 2003

Exercı́cio 4

Seja V = P2 (R) e sejam φ1 , φ2 , φ3 ∈ V ∗ definidos por:


Z 1
φ1 (p(t)) = p(t)dt, φ2 (p(t)) = p0 (1) e φ3 (p(t)) = p(0).
0

Encontre a base {p1 (t), p2 (t), p3 (t)} de V cuja base dual é {φ1 , φ2 , φ3 }.

Sejam p1 (t) = a + bt + ct2 , p2 (t) = d + et + f t2 e p3 (t) = g + ht + it2 .


Nos concentremos por hora em p1 (t). Pela definição de base dual, temos:
φ1 (p1 (t)) = 1, φ2 (p1 (t)) = 0 e φ3 (p1 (t)) = 0. O que aplicando as definições
das funcionais linares, nos dá:
1 1
bt2 ct3
Z 
2 b c
φ1 (p1 (t)) = a + bt + ct dt = at + + =a+ + =1
0 2 3 0 2 3
φ2 (p1 (t)) = p01 (1) = b + 2tc|t=1 = b + 2c = 0
φ3 (p1 (t)) = p1 (0) = a = 0

Daı́, temos:
 b
 a+ + 3c = 1
2 3
b + 2c = 0 ⇒ a = 0, b = 3, c = −
2
a = 0

3t2
Portanto p1 (t) = 3t − 2 .

Extendendo o raciocı́nio análogo para p2 (t):


1 1
et2 f t3
Z 
e f
φ1 (p2 (t)) = d + et + f t2 dt = dt + + =d+ + =0
0 2 3 0 2 3
0
φ2 (p2 (t)) = p2 (1)
= e + 2tf |t=1 = e + 2f = 1
φ3 (p2 (t)) = p2 (0) = d = 0

Daı́, temos:

1
+ f3 = 0
 e
 d+ 2 1 3
e + 2f = 1 ⇒ d = 0, e = − , f =
2 4
d = 0

3t2
Portanto p2 (t) = − 2t + 4 . Por fim, fazemos o mesmo para p3 (t):

1 1
ht2 it3
Z 
h i
φ1 (p3 (t)) = g + ht + it2 dt = gt + + =g+ + =0
0 2 3 0 2 3
φ2 (p3 (t)) = p03 (1) = h + 2ti|t=1 = h + 2i = 0
φ3 (p3 (t)) = p3 (0) = g = 1

Daı́, temos:
 h i
 g+ 2 + 3 = 0
3
h + 2i = 0 ⇒ g = 1, h = −3, i =
2
g = 1

3t2
Portanto p3 (t) = 1 − 3t + 2 e a base de V procurada é:

3t2 3t2 3t2


 
t
3t − ,− + , 1 − 3t +
2 2 4 2

Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

2
MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
7 de maio de 2003

Exercı́cio 5

1. Sejam U e V espaços vetorias de dimensão finita e sejam T : U → V e


S : V → U transformações lineares.
a. Mostre que se T ◦S é isomorfismo então T é sobrejetora e S é injetora.
Se T ◦ S é isomorfismo temos que T ◦ S é injetora e sobrejetora. Se
T ◦ S injetora, temos:
Ker(T ◦ S) = 0
Ou seja, dado v ∈ V :

T ◦ S(v) = 0 ⇔ v = 0

Suponhamos agora que S não é injetora, então para algum v 0 ∈


V, v 0 6= 0:
S(v 0 ) = 0
Mas como T ◦ S(v 0 ) = T (S(v 0 )) = T (0) = 0 temos que T ◦ S(v) com
v 6= 0, o que implica em Ker(T ◦ S) 6= 0 o que é um absurdo, pois
sabemos que a composta é um isomorfismo. Logo a S é injetora.
Temos ainda que se T ◦ S é sobrejetora Im(T ◦ S) = V , o que implica
que dado v em V , existe v 0 ∈ V tal que T ◦ S(v 0 ) = T (S(v 0 )) = v. O
que implica na sobrejetividade da T , pois caso contrário Im(T ) 6= V ,
o que é um absurdo pois a composta é um isomorfismo.
2. Determine se a afirmação é falsa ou verdadeira e prove.
a. Seja T : U → U transformação linear, então ImT 2 ⊂ ImT .
A afirmação é verdadeira.
Seja w ∈ Im(T 2 ), então para algum u ∈ U :

w = T 2 (u) = T (T (u))

Seja T (u) = w0 . Como T vai de U em U , w 0 ∈ U . Mas então:

w = T (w0 ), w0 ∈ U ⇒ w ∈ Im(T )

Como isso vale para qualquer w ∈ Im(T 2 ) temos que ImT 2 ⊂ ImT .

1
3. Dê um exemplo de espaços vetorais U e V e transformações lineares S :
U → V e T : V → U tais que:

b. Im(S ◦T ) = Im(S) e S não injetora nem sobrejetora e T sobrejetora.

Seja V = R3 e U = R2 . Tomemos [T ], referida às respectivas bases


canônicas dada por:
 
1 0 1
[T ] =
2 1 0

Claramente, T é sobrejetora, pois Im(T ) = [(0, 1), (1, 0)] = R2 . Tomemos


agora [S], também referida às respectivas bases canônicas:
 
1 2
[S] =  0 0 
0 0

Claramente S não é injetora, pois Ker(S) 6= 0, nem sobrejetora por de-


finição (pois necessariamente dimIm(S) < dimR3 . Temos ainda que a
Im(S) = [(1, 0, 0]). Fazendo a composta:
 
5 2 1
[S ◦ T ] =  0 0 0 
0 0 0

Escalonando a transposta dessa matriz temos que Im(S ◦T ) = [(1, 0, 0)] =


Im(S), satisfazendo o enunciado.

Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

2
MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
14 de maio de 2003

Exercı́cio 6
Sejam W1 e W2 subespaços de um K-espaço vetorial V de dimensão finita.
a. Demonstre que (W1 + W2 )0 = W10 ∩ W20 .
Temos uma igualdade entre conjuntos. Precisamos mostrar que (W1 +
W2 )0 ⊂ W10 ∩ W20 e W10 ∩ W20 ⊂ (W1 + W2 )0 .
Seja φ ∈ (W1 + W2 )0 . Então, dado v ∈ W1 + W2 , φ(v) = 0. Notemos que
W1 ⊂ W1 + W2 , e portanto, dado w ∈ W1 ⇒ w ∈ W1 + W2 ⇒ φ(w) =
0 ⇒ φ ∈ W10 .
De modo análogo, w ∈ W2 ⇒ w ∈ W1 + W2 ⇒ φ(w) = 0 ⇒ φ ∈ W20 .
Mas se φ ∈ W10 e φ ∈ W20 então φ ∈ W10 ∩ W20 e portanto (W1 + W2 )0 ⊂
W10 ∩ W20 .
Mostremos agora a outra parte. Seja σ ∈ W10 ∩W20 . Então, dado w1 ∈ W1 ,
σ(w1 ) = 0. Analogamente, dado w2 ∈ W2 , σ(w2 ) = 0. Seja então w ∈
W1 + W2 . Então w pode ser escrito como w1 + w2 , para algum w1 ∈ W1
e w2 ∈ W2 . Temos então que:
σ(w) = σ(w1 + w2 ) = σ(w1 ) + σ(w2 ) = 0 + 0 = 0.
Mas então σ ∈ (W1 + W2 )0 e portanto W10 ∩ W20 ⊂ (W1 + W2 )0 . Logo fica
provada a igualdade.
b. Demonstre que (W1 ∩ W2 )0 = W10 + W20 .
Novamente temos uma igualdade entre conjuntos, vamos proceder da
mesma forma. Seja σ ∈ W10 + W20 . Então podemos encontrar ω1 ∈ W10 e
ω2 ∈ W20 tais que σ = ω1 + ω2 . Seja então u ∈ W1 ∩ W2 . Temos:
σ(u) = (ω1 + ω2 )(u) = ω1 (u) + ω2 (u).
Mas como u ∈ W1 e u ∈ W2 , ω1 (u) = ω2 (u) = 0. Logo σ(u) = 0, para
qualquer u ∈ W1 ∩ W2 e portanto σ ∈ (W1 ∩ W2 )0 . Logo W10 + W20 ⊂
(W1 ∩ W2 )0 .
Resta mostrar o outro lado. Seja σ ∈ (W1 ∩ W2 )0 . Dado u ∈ W1 ∩ W2 ,
σ(u) = 0. Dai decorre que σ ∈ W10 e σ ∈ W20 . Mas então podemos
podemos escrever σ(u) = ω1 (u)+ω2 (u) ⇒ σ = ω1 +ω2 . Logo σ ∈ W10 +W20
e portanto (W1 ∩ W2 )0 ⊂ W10 + W20 . Fica assim demonstrada a igualdade.

1
Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

2
MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
14 de maio de 2003

Exercı́cio 7

Seja V um espaço vetorial sobre K de dimensão finita e seja Φ a aplicação


de L(V, V ) em L(V ∗ , V ∗ ) dada por Φ(T ) = T T . Mostre que Φ é um isomorfismo.

Tomemos dim K V = n. Claramente, dim K L(V, V ) = n · n = n2 . Também


temos que dim K V ∗ = dim K V = n e portanto dim K L(V ∗ , V ∗ ) = n · n = n2 .
Logo:
dim K L(V, V ) = dim K L(V ∗ , V ∗ )
Temos então que a dimensão do espaço de chegada é igual a dimensão do espaço
de saı́da. Isso nos garante que mostrar que Φ é um isomorfismo, é eqüivalente
a mostrar que Φ é injetora ou sobrejetora ou bijetora. Vamos mostrar que Φ é
injetora. Seja G ∈ Ker(Φ):

G ∈ Ker(Φ) ⇔ Φ(G) = 0 ⇒ GT = 0 ⇔ G = 0.

Logo Ker(Φ) = 0 e Φ é injetora, e logo um isomorfismo.

Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.


É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

1
MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
4 de junho de 2003

Exercı́cio 8

Em F(R, R), considere o subespaço S = [e2x sin x, e2x cos x, e2x ] e o operador
linear D : S → S definido por D(f ) = f 0 . Considere ainda as funções f1 (x) =
e2x sin x, f2 (x) = e2x cos x e f3 (x) = e2x em F(R, R). Determine:

a. a matriz de D em relação à base B = {f1 , f2 , f3 } de S.


Basta calcularmos D em cada elemento da base e montar a matriz:

D(f1 (x)) = 2e2x sin x + e2x cos x = (2, 1, 0)B


D(f2 (x)) = 2e2x cos x − e2x sin x = (−1, 2, 0)B
D(f3 (x)) = 2e2x = (0, 0, 2)B
 
2 −1 0
[D]B =  1 2 0 
0 0 2

b. os autovalores de D e as funções de S que são autovetores de D.


Começamos achando o polinômio caracterı́stico, dado por pD (x) = det([xId−
D]B ).
     
1 0 0 2 −1 0 x−2 1 0
[xId−D]B = x  0 1 0 − 1 2 0  =  −1 x − 2 0 
0 0 1 0 0 2 0 0 x−2

⇒ det([xId − D]B ) = (x − 2)3 + (x − 2)

Como 2 é a única raiz real desse polinômio, implica que é o único autovalor
em R. Temos que AutD (2) = Ker([2Id − D]B ):
 
0 1 0
[2Id − D]B =  −1 0 0 
0 0 0

1
Achando uma base do kernel dessa transformação:

−x = 0
∀z ∈ R ⇒ x = y = 0
y = 0

O que implica que um elemento do kernel é da forma (0, 0, z), ou ainda,


que [(0, 0, 1)] gera o kernel. Logo AutD (2) = [(0, 0, 1)]. Resultado que é
fácilmente verifı́cavel tomando qualquer vetor da forma αe2x e derivando.
Dessa forma toda função de S que pode ser escrita na forma:

αe2x , α ∈ R

é um autovetor de S associado a 2.
Se consideramos C como o corpo sobre o qual estamos trabalhando, tere-
mos mais dois autovalores, que seriam raı́zes do polinômio caracterı́stico,
a dizer 2 + i e 2 − i.
Para achar AutD (2 + i) basta encontrarmos o kernel de [(2 + i)Id − D]B:
 
i 1 0  
i 1 0
[(2 + i)Id − D]B =  −1 i 0  ∼
0 0 i
0 0 i

xi + y = 0
z = 0, x = −yi−1
zi = 0
Dessa forma um elemento do kernel será dado por (−yi−1 , y, 0)B e portanto
[(−i−1 , 1, 0)] é um gerador de AutD (2 + i).
Por, fim por raciocı́nio análogo encontramos uma base para AutD (2 − i):
 
−i 1 0  
−i 1 0
[(2 − i)Id − D]B =  −1 −i 0  ∼
0 0 −i
0 0 −i

−xi + y = 0
z = 0, x = yi−1
−zi = 0
Dessa forma um elemento do kernel será dado por (yi−1 , y, 0)B e portanto
[(i−1 , 1, 0)] é um gerador de AutD (2 − i).

Sobre
A versão eletrônica desse arquivo pode ser obtida em http://www.feferraz.
net

2
Copyright (c) 1999-2005 Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa.
É dada permiss~
ao para copiar, distribuir e/ou modificar este documento
sob os termos da Licença de Documentaç~ao Livre GNU (GFDL), vers~
ao 1.2,
publicada pela Free Software Foundation;
Uma cópia da licença em está inclusa na seç~
ao intitulada
"Sobre / Licença de Uso".

Você também pode gostar