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Exercı́cio 1
Sejam U um K-espaço vetorial e T : U → U uma transformação linear tal
que T ◦ T = T . Seja W = {x ∈ U : T (x) = x} e V = {x ∈ U : T (x) = 0}. Prove
que:
a. U = W ⊕ V
Para mostrar que U = W ⊕ V temos que satisfazer duas coisas:
I. W ∩ V = {0}.
II. ∀u ∈ U, ∃ w ∈ W, v ∈ V : u = w + v.
b. T (U ) = W
Seja u ∈ U , temos do item anterior que:
u=v+w
Com v ∈ V e w ∈ W . Aplicando T dos dois lados:
T (u) = T (v + w) = T (v) + T (w) = 0 + T (w) = T (w)
Como u e w são genéricos, T (U ) = T (W ) e está provada a identidade.
c. T (V ) = {0}
Seja v ∈ V , por definição temos que T (v) = 0 e então T (V ) = 0.
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MAT0222- Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
8 de abril de 2003
Exercı́cio 2
1
c. O operator T é invertı́vel? Justifique.
Basta calcularmos det [T ]B .
0 0 1
det [T ]B = 1 0 −1 = 0.
−1 0 0
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MAT0222- Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
8 de abril de 2003
Exercı́cio 3
Considere C2 como R-espaço vetorial com a base canônica B = {(1, 0), (i, 0), (0, 1), (0, i)}.
Seja C a base canônica de R5 . Considere a transformação linear T : C2 → R5
dada pela matriz:
1 1 2 4
0 −1 0 −1
1 2 2 5
[T ]B,C =
0 0 0 0
1 1 3 5
a. Determine uma base de ImT e uma base de KerT . Para achar uma base
da imagem basta escalonarmos a transposta da matriz dada:
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
1 −1 2 0 1 1 −1 2 0 1 1 −1 2 0 1
2 0 2 0 3 ∼ 2 0 2 0 3 ∼ 2
∼
0 2 0 3
4 −1 5 0 5 0 −1 1 0 4 −1 0 −1 0 3
1 0 1 0 1 1 0 1 0 1
1 −1 2 0 1 1 −1 2 0 1 1 0 1 0 1
∼ ∼ 1 −1 2 0 1
2 0 2 0 3 0 0 0 0 1
0 0 0 0 1
0 0 0 0 4 0 0 0 0 4
Logo uma base da imagem é {(1, 0, 1, 0, 1), (0, −1, 1, 0, 0), (0, 0, 0, 0, 1)}.
De modo similar achemos uma base do kernel:
1 1 2 4
0 −1 0 −1 1 1 2 4 1 1 2 4
1 2 2 5 ∼ 0 −1 0 −1 ∼ 0 −1 0 −1
∼
1 2 2 5 0 0 1 1
0 0 0 0
0 0 1 1 0 1 0 1
1 1 3 5
1 1 2 4 x + y + 2z + 4w = 0
0 −1 0 −1 ⇒ y+w = 0 ⇒ x = y = z = −w
0 0 1 1 z+w = 0
Os vetores do núcleo serão da forma (−w, −w, −w, w) = w(−1, −1, −1, 1)
e logo {(−1, −1, −1, 1)} é uma base do núcleo.
1
b. Defina uma transformação linear S : R5 → C2 tal que S ◦ T tenha
dimR Im(S ◦ T ) = 3. Dê [S]C,B .
Queremos uma transformação S tal que a imagem da composta dela
com a T tenha dimensão 3. Mas já sabemos pelo item anterior que
dimR ImT = 3. Ora, se queremos manter essa dimensão 3 na saı́da da
S basta escolhermos S convenientemente de forma que S maximize a
dimensão de saı́da. Para defini-lá basta definirmos quanto ela vale nos
elementos da base C. Escolhemos esses valores conveninentemente:
S(e1 ) = (1, 2, 0, 1)
S(e2 ) = (0, 3, 2, 0)
S(e3 ) = (0, 0, 4, 1)
S(e4 ) = (0, 0, 1, 0)
S(e5 ) = (0, 0, 2, 0)
Notando que os 4 primeiros vetores escolhidos são li entre si o que vai nos
garantir que estamos maximizando a dimensão de saı́da. Baseados nos
valores acima, tomemos então a matriz de S:
1 0 0 0 0
2 3 0 0 0
[S]C,B = 0 2 4 1 2
1 0 1 0 0
2 3 4 9
Logo {(1, 2, 6, 2), (0, −3, 0, 1), (0, 0, 2, 0)} é uma base de Im(S ◦ T ) e por-
tanto dimIm(S ◦ T ) = 3, conforme pedido no enunciado.
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MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
29 de abril de 2003
Exercı́cio 4
Encontre a base {p1 (t), p2 (t), p3 (t)} de V cuja base dual é {φ1 , φ2 , φ3 }.
Daı́, temos:
b
a+ + 3c = 1
2 3
b + 2c = 0 ⇒ a = 0, b = 3, c = −
2
a = 0
3t2
Portanto p1 (t) = 3t − 2 .
Daı́, temos:
1
+ f3 = 0
e
d+ 2 1 3
e + 2f = 1 ⇒ d = 0, e = − , f =
2 4
d = 0
3t2
Portanto p2 (t) = − 2t + 4 . Por fim, fazemos o mesmo para p3 (t):
1 1
ht2 it3
Z
h i
φ1 (p3 (t)) = g + ht + it2 dt = gt + + =g+ + =0
0 2 3 0 2 3
φ2 (p3 (t)) = p03 (1) = h + 2ti|t=1 = h + 2i = 0
φ3 (p3 (t)) = p3 (0) = g = 1
Daı́, temos:
h i
g+ 2 + 3 = 0
3
h + 2i = 0 ⇒ g = 1, h = −3, i =
2
g = 1
3t2
Portanto p3 (t) = 1 − 3t + 2 e a base de V procurada é:
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MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
7 de maio de 2003
Exercı́cio 5
T ◦ S(v) = 0 ⇔ v = 0
w = T 2 (u) = T (T (u))
w = T (w0 ), w0 ∈ U ⇒ w ∈ Im(T )
Como isso vale para qualquer w ∈ Im(T 2 ) temos que ImT 2 ⊂ ImT .
1
3. Dê um exemplo de espaços vetorais U e V e transformações lineares S :
U → V e T : V → U tais que:
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MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
14 de maio de 2003
Exercı́cio 6
Sejam W1 e W2 subespaços de um K-espaço vetorial V de dimensão finita.
a. Demonstre que (W1 + W2 )0 = W10 ∩ W20 .
Temos uma igualdade entre conjuntos. Precisamos mostrar que (W1 +
W2 )0 ⊂ W10 ∩ W20 e W10 ∩ W20 ⊂ (W1 + W2 )0 .
Seja φ ∈ (W1 + W2 )0 . Então, dado v ∈ W1 + W2 , φ(v) = 0. Notemos que
W1 ⊂ W1 + W2 , e portanto, dado w ∈ W1 ⇒ w ∈ W1 + W2 ⇒ φ(w) =
0 ⇒ φ ∈ W10 .
De modo análogo, w ∈ W2 ⇒ w ∈ W1 + W2 ⇒ φ(w) = 0 ⇒ φ ∈ W20 .
Mas se φ ∈ W10 e φ ∈ W20 então φ ∈ W10 ∩ W20 e portanto (W1 + W2 )0 ⊂
W10 ∩ W20 .
Mostremos agora a outra parte. Seja σ ∈ W10 ∩W20 . Então, dado w1 ∈ W1 ,
σ(w1 ) = 0. Analogamente, dado w2 ∈ W2 , σ(w2 ) = 0. Seja então w ∈
W1 + W2 . Então w pode ser escrito como w1 + w2 , para algum w1 ∈ W1
e w2 ∈ W2 . Temos então que:
σ(w) = σ(w1 + w2 ) = σ(w1 ) + σ(w2 ) = 0 + 0 = 0.
Mas então σ ∈ (W1 + W2 )0 e portanto W10 ∩ W20 ⊂ (W1 + W2 )0 . Logo fica
provada a igualdade.
b. Demonstre que (W1 ∩ W2 )0 = W10 + W20 .
Novamente temos uma igualdade entre conjuntos, vamos proceder da
mesma forma. Seja σ ∈ W10 + W20 . Então podemos encontrar ω1 ∈ W10 e
ω2 ∈ W20 tais que σ = ω1 + ω2 . Seja então u ∈ W1 ∩ W2 . Temos:
σ(u) = (ω1 + ω2 )(u) = ω1 (u) + ω2 (u).
Mas como u ∈ W1 e u ∈ W2 , ω1 (u) = ω2 (u) = 0. Logo σ(u) = 0, para
qualquer u ∈ W1 ∩ W2 e portanto σ ∈ (W1 ∩ W2 )0 . Logo W10 + W20 ⊂
(W1 ∩ W2 )0 .
Resta mostrar o outro lado. Seja σ ∈ (W1 ∩ W2 )0 . Dado u ∈ W1 ∩ W2 ,
σ(u) = 0. Dai decorre que σ ∈ W10 e σ ∈ W20 . Mas então podemos
podemos escrever σ(u) = ω1 (u)+ω2 (u) ⇒ σ = ω1 +ω2 . Logo σ ∈ W10 +W20
e portanto (W1 ∩ W2 )0 ⊂ W10 + W20 . Fica assim demonstrada a igualdade.
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MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
14 de maio de 2003
Exercı́cio 7
G ∈ Ker(Φ) ⇔ Φ(G) = 0 ⇒ GT = 0 ⇔ G = 0.
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MAT0222 - Álgebra Linear II
Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa
4 de junho de 2003
Exercı́cio 8
Em F(R, R), considere o subespaço S = [e2x sin x, e2x cos x, e2x ] e o operador
linear D : S → S definido por D(f ) = f 0 . Considere ainda as funções f1 (x) =
e2x sin x, f2 (x) = e2x cos x e f3 (x) = e2x em F(R, R). Determine:
Como 2 é a única raiz real desse polinômio, implica que é o único autovalor
em R. Temos que AutD (2) = Ker([2Id − D]B ):
0 1 0
[2Id − D]B = −1 0 0
0 0 0
1
Achando uma base do kernel dessa transformação:
−x = 0
∀z ∈ R ⇒ x = y = 0
y = 0
αe2x , α ∈ R
é um autovetor de S associado a 2.
Se consideramos C como o corpo sobre o qual estamos trabalhando, tere-
mos mais dois autovalores, que seriam raı́zes do polinômio caracterı́stico,
a dizer 2 + i e 2 − i.
Para achar AutD (2 + i) basta encontrarmos o kernel de [(2 + i)Id − D]B:
i 1 0
i 1 0
[(2 + i)Id − D]B = −1 i 0 ∼
0 0 i
0 0 i
xi + y = 0
z = 0, x = −yi−1
zi = 0
Dessa forma um elemento do kernel será dado por (−yi−1 , y, 0)B e portanto
[(−i−1 , 1, 0)] é um gerador de AutD (2 + i).
Por, fim por raciocı́nio análogo encontramos uma base para AutD (2 − i):
−i 1 0
−i 1 0
[(2 − i)Id − D]B = −1 −i 0 ∼
0 0 −i
0 0 −i
−xi + y = 0
z = 0, x = yi−1
−zi = 0
Dessa forma um elemento do kernel será dado por (yi−1 , y, 0)B e portanto
[(i−1 , 1, 0)] é um gerador de AutD (2 − i).
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