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ORGANIZAÇÃO

JUDICIÁRIA

disposta na
Constituição
Federal /88

Prof. Lucas
Cardinali Pacheco
Do Poder Judiciário

A organização judiciária brasileira


é estabelecida pela Constituição
da República Federativa do
Brasil/88, no Título IV - Da
Organização dos Poderes, Capítulo
III - Do Poder Judiciário, artigos 92
a 126.
Do Poder Judiciário
1. jurisdição: JURIS (Direito) + DIÇÃO (dizer). É o poder
incontestável do Estado de aplicar o direito em cada caso
concreto, definindo a norma jurídica adequada, aplicável à
situação concreta.
2. lide: É o conflito de interesses qualificado pela pretensão de um
dos interessados e pela resistência do outro a este interesse.
3. Processo: Processo é um meio ou instrumento da composição
da lide, ou seja, é uma operação por meio da qual se obtém a
composição da lide. Compor a lide é resolver o conflito segundo a
ordem jurídica, restabelecendo a ordem inicial.
4. Sanções: São medidas estabelecidas pelo direito como
conseqüência a um imperativo legal, classificam-se em penais e
civis. Se se trata de inobservância de um imperativo da lei penal,
qualifica-se como crime, fala-se em sanção penal, ou pena.
FUNÇÕES

1. função jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-


se da obrigação e da prerrogativa do Estado em compor os
conflitos de interesses em cada caso concreto, através de
um processo judicial.

2. controle de constitucionalidade, tendo em vista que as


normas jurídicas só são válidas se se conformarem à
Constituição Federal, a ordem jurídica brasileira estabeleceu
um método para evitar que atos legislativos e
administrativos contrariem regras ou princípios
constitucionais. Sendo híbrido, pode ser Difuso ou
Concentrado.
Classificação
1. quanto aos julgadores
1.1. Numero: órgãos singulares e colegiados;
1.1. Grau de Jurisdição: primeiro grau (a quo) ou segundo grau (ad
quem)
2. quanto à matéria
2.1. Justiça Federal Especializada
2.1.1. Justiça do Trabalho
2.1.2.. Justiça Eleitoral
2.1.3. Justiça Penal Militar da União
2.2. Justiça Comum
2.2.1. Justiça Federal Comum é competente para julgar todas
demandas em que seja parte, ou no pólo passivo ou no ativo, a
União ou ente Federal;
2.2.2. Justiça Estadual possui uma competência residual, isto é,
toda e qualquer matéria que não for de competência da Justiça
Federal Especializada ou Justiça Federal Comum, será competente a
Justiça Comum Estadual
Matéria
1. Matéria Cível
Federal (CF, art. 109, I)
Justiça ordinária Estadual (CF, art. 125)

Justiça extraordinária Trabalhista (CF, art. 114)


Eleitoral (CF, art. 118)
2. Matéria Penal
Federal (CF, art. 109, I)
Justiça ordinária
Estadual (CF, art. 125)

Justiça extraordinária Penal Militar (CF, art. 122)


Eleitoral (CF, art. 118)
Onde ajuizar uma ação?

1. Qual a Justiça competente? Comum ou Especial?


Todas as causas não previstas expressamente na Constituição Federal como
de competência das Justiças especializadas cabem à Justiça comum,
exercida pelos Tribunais e Juízes estaduais.
2. Comum Federal ou Estadual?
Após saber que a competência é da Justiça Comum, verifica-se se a matéria
é da competência da esfera Federal ou Estadual.
3. Em que nível se situa?
Deve-se verificar se a demanda é de competência originária da 1ª ou da 2ª
instância.
4. Qual espaço geográfico se situa? Qual foro/ comarca?
Na Justiça comum buscamos a comarca; na Justiça Eleitoral, a zona eleitoral
e na Justiça Federal, a seção judiciária e a circunscrição ou subseção; na
Justiça do Trabalho, a cidade.
5. Qual o juízo competente?
Após determinar a competência territorial, deve-se determinar o juízo, pois
numa comarca/zona/seção/cidade podem estar sediadas Varas Cíveis
Comuns e Varas especializadas em razão da matéria: Varas de Família e
Sucessões, Vara de Acidentes de Trabalho etc.
Órgãos judiciários

 Supremo Tribunal Federal


 Conselho Nacional de Justiça(sem função
jurisdicional, apenas funções administrativas)
 Superior Tribunal de Justiça
 Tribunais Regionais Federais e juízes federais
 Tribunais e juízes do Trabalho
 Tribunais e juízes eleitorais
 Tribunais e juízes militares
 Tribunais e juízes dos estados, do Distrito
Federal e dos Territórios
Composição

A) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – Onze


Ministros, escolhidos dentre cidadãos com
mais de trinta e cinco, e menos de sessenta e
cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada (art.101, da CF), e são
nomeadas pelo Presidente da República,
depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal. Tem as suas
atribuições definidas no art.102, incisos I, II, III
e 103-A.
Composição

B) SUPERIOR TRIBUNAL DA JUSTIÇA –


S.T.J.: formado de, no mínimo, trinta e três
Ministros, nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta
e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada,
depois de aprovada a escolha pelo Senado
Federal, e são recrutados nos termos dos
incisos I e II, do artigo 104, da CF. Tem suas
atribuições definidas no artigo 105, incisos I, II
e III, e suas alíneas e parágrafos respectivos.
Composição

C) CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA: uma


inovação trazida na EC 45/2004, e compõe-se de
15 (quinze) membros com mais de 35 e menos de
66 anos de idade, com mandato de dois anos,
admitida uma recondução, conforme art. 103-B da
CF. Presidido pelo Ministro do STF, que votará em
caso de empate, sendo que todos os membros do
Conselho serão nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela
maioria absoluta do Senado Federal. Compete o
controle da atuação administrativa e financeira do
Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres
funcionais dos juízes
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA
ESPECIAL

1) JUSTIÇA DO TRABALHO, formada pelo Tribunal Superior


do Trabalho - T.S.T., os Tribunais Regionais do Trabalho -
T.R.Ts. e Varas do Trabalho, sendo organizada conforme o
artigo 111, 111-A, CF (T.S.T.), artigo 115, parágrafo único,
incisos I, II e III (T.R.Ts.), e artigo 116, (Varas), cuja
competência é prevista no artigo 114, e parágrafos, da
mesma Constituição Federal.
2) JUSTIÇA ELEITORAL, formada pelo Tribunal Superior
Eleitoral - T.S.E., os Tribunais Regionais Eleitorais -T.R.E.,
pelos Juizes Eleitorais e as Juntas Eleitorais, sendo
organizada e com a competência definida conforme os artigos
119 ao 121, incisos, alíneas e parágrafos respectivos da CF.
3) JUSTIÇA MILITAR, formada pelo Superior Tribunal Militar
- S.T.M., e os Tribunais e Juizes Militares instituídos por lei,
organizada nos termos dos artigos 123 e 124 da CF, quando
da Justiça Federal, e artigo 125, § 3º a 5º, da CF, quando se
tratar da Justiça Estadual.
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA
COMUM

1. JUSTIÇA FEDERAL, formada pelos Tribunais


Federais Regionais -T.R.F. e os Juizes Federais, sendo
organizada conforme o artigo 107, incisos I e II, da CF,
cuja competência vem disciplinada nos artigos 108 (dos
TRFs.) e 109 (dos Juizes Federais), incisos, alíneas e
parágrafos respectivos.
2. JUSTIÇA ESTADUAL, formada pelos Tribunais de
Justiça - T.J., existentes em todos os estados da
federação, cuja organização e funcionamento é
disciplinado pelas Constituições Estaduais e por Leis
Especiais, conforme faculta a própria Constituição
Federal, em seu artigo 125, parágrafo primeiro; e Juizes
de Direito que exercem a sua jurisdição na primeira
instância.
ORGANOGRAMA
DO JUDICIÁRIO
Supremo Tribunal Federal - STF

STJ TST TSE STM

Turma TJM
TJ TRF’S TRT TRE
Recursal ou TJ

Juízes Auditorias
Juizados Estaduais Militares/ Juízes Juízes Juízes Auditoria
Especiais e DF; Federais Trabalho Eleitorais Militar
Juízes
Tribunal Estaduais União
do Júri e do
DF
Estrutura jurisdicional

1º GRAU TRIBUNAL TRIBUNAL SUPERIOR


Justiça Estadual TJ STJ
(Juízes estaduais acumulam varas Tribunal de Justiça Superior Tribunal de Justiça
eleitorais)

Justiça Federal TRF 5ªR(5 regiões) STJ


(juízes federais) Tribunal Regional Federal Superior Tribunal de Justiça

Justiça do Trabalho (juízes do TRT 20ªR TST


trabalho) Tribunal Regional do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

Justiça Eleitoral TRE TSE


(juízes estaduais acumulam varas Tribunal Regional Eleitoral Tribunal Superior Eleitoral
eleitorais)

Justiça Militar TJM STM


(do Estado e da União) Tribunal de Justiça Militar Superior Tribunal Militar
Juízes auditores e conselhos de Justiça (só SP, MG e RS)
Estrutura jurisdicional

 Ministério Público (MP) – instituição permanente e


essencial à função jurisdicional, sendo responsável pela
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais (art. 127, CF).
 Divisão – MPU (Ministério Público da União) e MPE
(Ministério Público Estadual).

 Atuação – MPU – Ministério Público Federal (no STF, STJ e


JF) – Ministério Público do Trabalho (JT) – Ministério Público
Militar (JMU) – Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios
Estrutura jurisdicional

 Defensoria Pública – instituição pública que presta


serviços de assistência jurídica à população carente (CF, art.
134).

 Procuradoria – exercício de postulação em juízo:


Procurador Federal (órgãos federais) – Procurador da Fazenda
Nacional (débitos tributários/execução de dívida ativa) –
Procurador do Estado (PGE) – Procurador do Município (PGM)
 Advogado da União (AGU) – exercício de postulação da
União (CF, art. 131)
Estrutura jurisdicional

 Advogado - indispensável à administração da justiça (CF,


art. 133) – exercício de postulação em juízo (representante
das partes)
 Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – EC nº 45/2004 –
art. 103-B, CF – controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres
funcionais dos juízes.
 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – EC
nº 45/2004 – art. 130-A, CF – idênticas atribuições do CNJ, em
relação ao Ministério Público.
Poder
Judiciário do
Estado de
Sergipe
Tribunal de Justiça de Sergipe

Câmara
Cível
Tribunal de
Justiça
Câmara
Criminal
Turma
Recursal

Juizados Juízes de Justiça Tribunal do


Especiais Direito Militar Júri
Composição TJSE

O Tribunal de Justiça é o Órgão máximo do Poder Judiciário Estadual e


compõe-se de treze (13) Desembargadores nomeados na forma da
Constituição e das Leis, ocupantes de quatro Órgãos Julgadores distintos:
Tribunal Pleno, Conselho da Magistratura, Câmara Cível e Câmara Criminal.
Na composição do Tribunal de Justiça, um quinto dos lugares é preenchido
por advogados, em efetivo exercício da profissão e Membros do Ministério
Público. O Tribunal é presidido por um de seus Membros, eleito por dois
(02) anos, e dois (02) outros Desembargadores, eleitos na mesma
oportunidade, e por igual período, exercem as funções de Vice-Presidente
e de Corregedor-Geral da Justiça. O Presidente do Tribunal é substituído
pelo Vice-Presidente, e este e o Corregedor pelos demais Membros, na
ordem decrescente de antiguidade.
É composto de duas Câmaras: uma Cível, com oito (08) Desembargadores,
distribuídos em dois Grupos; e uma Criminal, composta de três
Desembargadores.

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