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Leis Administrativas| Luciano Franco

Lei 8.112 – Estágio Probatório e Estabilidade

Lei 8.112 – Estágio Probatório e Estabilidade

Do Estágio Probatório
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
ficará sujeito a ESTÁGIO PROBATÓRIO por período de 24 meses, durante o qual a
sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
observados os SEGUINTE FATORES:

I. Assiduidade;
II. Disciplina;
III. Capacidade de iniciativa;
IV. Produtividade;
V. Responsabilidade.

§1º 4 meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à


homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor,
realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser
a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade
de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.

Comentários: Segundo o art. 41 da CF/88 “Como condição para a aquisição da


estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.”

§2º O servidor não aprovado no estágio probatório será EXONERADO ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo
único do art. 29.

Comentários: O servidor reprovado no estágio probatório será exonerado quando ele


não tinha estabilidade no cargo anterior ou quando a pessoa nunca ocupou cargo
público, não tendo então cargo para reconduzir, com exoneração de ofício. O servidor
será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, quando existia estabilidade no
cargo anterior, mas foi reprovada no estágio probatório atual.

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§3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de


provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão
ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para
ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
§4º Ao servidor em estágio probatório SOMENTE poderão ser concedidas as licenças
e os afastamentos previstos nos artigos 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
§5º O estágio probatório ficará SUSPENSO durante as licenças e os afastamentos
previstos nos artigos 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em
curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento

Comentários: O servidor, para ser cedido para outro órgão ou outra entidade só será
possível se assumir um cargo de natureza especial ou um cargo em comissão do grupo
DAS 4,5,6 ou equivalente, DAS, refere-se a Direção de Assessoramento Superiores,
quanto maior for o nível de DAS, maior será o salário do servidor. Durante o estágio
probatório, os servidores somente terão direito as seguintes LICENÇAS ou
AFASTAMENTOS:

• Licença por motivo de doença em pessoa da família;


• Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
• Licença para o serviço militar;
• Licença para atividade política;
• Afastamento para o exercício de mandato eletivo;
• Afastamento para estudo ou missão no exterior;
• Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou
com o qual coopere;
• Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

Fique atento a um ponto importante: quem ocupa cargo em comissão


não se submete a estágio probatório. O estágio probatório é para
ocupantes de cargos efetivos, com período de duração do de 36 meses
(EC. N°19), com critério de avaliação com o método mnemônico
ACADIPRORE (Assiduidade; CApacidade de iniciativa; DIsciplina;
PROdutividade; Responsabilidade).

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As formas de avaliação do estágio probatório são categorizadas em:

✓ Avaliação periódica de desempenho;


✓ Avaliação especial de desempenho, nos 4 meses finais do estágio probatório.

O estágio probatório ficará SUSPENSO, sendo retomado após o término do


impedimento, durante o gozo das licenças e afastamentos abaixo listados:

• Licença por motivo de saúde em pessoa da família;


• Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
• Licença para atividade política;
• Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe
ou coopere, bem como na hipótese de participação em curso de formação;
• Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
outro concurso.

Da Estabilidade
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 anos de
efetivo exercício. (prazo de 3 anos – vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estável somente PERDERÁ O CARGO em virtude de sentença


judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual
lhe seja assegurada ampla defesa.

Comentários: na Lei 8.112/90, o prazo de estabilidade é de 2 anos, porém, o EC


N°19/98 afirma que a pessoa adquire estabilidade com 3 anos em exercício,
portanto, DESCONSIDERA-SE o prazo de 2 anos requerido na lei 8.112/90. O STF e o
STJ se manifestaram em várias ações judiciais em casos práticos solicitando que o
prazo do estágio probatório seja o mesmo do prazo de estabilidade, diante disso, o
prazo de estágio probatório passa a ser de 36 meses.

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Art. 41 da CF/88. São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores


nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§1º O servidor público estável só perderá o cargo:


I. Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II. Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III. Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa (ocorre uma exoneração de ofício).
§4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

O art. 169, §4º da CF/88, prevê a perda da estabilidade por excesso de despesa com
pessoal, tendo uma exoneração de ofício para o servidor.

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