VINICIUS SILVA PEREIRA – Número de matrícula: 2016010567
RESUMO – DISTRIBUIÇÃO FÍSICA: CONCEITOS E CONDICIONANTES
Atividade de resumo apresentada como
requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Logística e Cadeia de Suprimentos no curso de Engenharia de Produção, na Universidade Federal do Oeste da Bahia.
Prof. Lana Vinhares
Data de Entrega: 22/12/2018.
LUÍS EDUARDO MAGALHÃES
2018 A conceituação de distribuição física se dá primeiramente pela cadeia de distribuição física, a mesma que, é formada por um canal de um nível, ou seja, entre o fabricante e o consumidor existe um único intermediário, o varejista. Têm-se que o objetivo geral da distribuição física, como principal meta, é o de levar os produtos certos, para os lugares certos, no momento certo, com o nível de serviço desejado, e pelo menor custo possível. A distribuição física cobre os segmentos que vão desde a saída do produto na fábrica, até sua entrega final ao consumidor. Na Europa e nos Estados Unidos, a distribuição de produtos desde as fábricas até os centros atacadistas ou varejistas pode ser realizada através de modalidades de transportes diversas: rodovia, ferrovia, transporte aquaviário, aéreo, e dutos para casos especiais (gás, gasolina, óleo diesel, álcool). A melhor opção será aquela que corresponder ao menor custo total de transporte de porta-a-porta, respeitados, no entanto, os limites mínimo e máximo de tempo. Existem alguns tipos de flexibilidade, a flexibilidade modal, que pode ser utilizada sempre que houver um elenco de alternativas possíveis, flexibilidade temporal, sendo mais rápida e dinâmica, têm-se também os modelos de transporte, o transporte intermodal, tem a capacidade de designar a conjugação de duas ou mais modalidades, sem maiores preocupações, além da simples integração física e operacional, e há o transporte multimodal, onde designa muito mais do que uma simples inter-relação físico/operacional: envolve a integração de responsabilidades, de conhecimento, de programação, de cobrança do frete e demais despesas. No Brasil, não existe um leque amplo de opções modais. Na distribuição interna, a maior parte dos produtos manufaturados é constituída pelo transporte rodoviário. A distribuição física de produtos é realizada com a participação de alguns componentes, físicos ou informacionais, dados por: instalações fixas, fornecem os espaços destinados a abrigar as mercadorias até que sejam transferidas para as lojas ou entregue aos clientes; estoque de produtos, dado que a competição entre as empresas e os níveis de juros praticados no mercado financeiro, fizeram com que o custo do capital de giro influísse significativamente na disputa pelo mercado, como consequência, hoje se nota uma busca constante na redução de estoques, seja na manufatura, seja no varejo; veículos, utilizados para o descolamento parcial das mercadorias; informações variadas, são utilizadas para operar um sistema de distribuição; softwares, aplicativos que ajudam na preparação dos romaneios de entrega, roteirização dos veículos, controle dos pedidos, devoluções, monitoramento da frota, além de outros; hardware, são os computadores aos quais fazem os softwares funcionar; estrutura de custos, a determinação do custo de um sem- número e atividades novas passou a exigir um enforque específico, torna-se necessário adotar uma estrutura de custos mais eficaz para os serviços logísticos associados à distribuição física de produtos; pessoal, para que um sistema de distribuição física funcione a contento e de forma competitiva, é necessário dispor de pessoal devidamente capacitado e treinado. Na prática, um número razoável de situações diversas na distribuição física de produtos, podemos resumi-las em duas configurações básicas: distribuição um para um, em que o veículo é totalmente carregado no depósito da fábrica, ou num CD (Centro de Distribuição) do varejista e transporta a carga para um outro ponto de destino, podendo ser outro CD, uma loja, ou outra instalação qualquer; distribuição um para muitos, ou compartilhada, em que o veículo é carregado no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes, e executa um roteiro de entregas predeterminado. A distribuição um para um, ou transferência de produtos é influenciada por alguns fatores quando encarada sob o ponto de vista logístico, são 14: distância entre o ponto de origem e o ponto de destino; velocidade operacional; tempo de carga e descarga; tempo porta-a-porta; quantidade ou volume do carregamento; disponibilidade de carga de retorno; densidade da carga; dimensões e morfologia das unidades transportadas; valor unitário; acondicionamento. Por fim, a distribuição de produtos do tipo um para um apresenta, em custos, fortes economias de escala. No tipo de sistema de distribuição compartilhada, ou “um para muitos”, o veículo é carregado no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes, e executa um roteiro de entrega predeterminado. Os elementos básicos são 15: divisão da região a ser atendida em zonas ou distritos de entrega; distância entre o CD e o distrito de entrega; velocidades operacionais médias; tempo de parada em cada cliente; tempo de ciclo; frequência de visitas às lojas ou aos clientes; quantidade de mercadoria; densidade da carga; dimensões e morfologia das unidades transportadas; valor unitário; acondicionamento; grau de fragilidade; grau de periculosidade; compatibilidade entre produtos de natureza diversa; custo global. No caso da distribuição um para muitos, a escolha do tipo de veículo mais apropriado para um determinado serviço depende de vários fatores, destacando: distância do distrito, ou zona de entrega, até o depósito, ou CD; densidade espacial; tempo médio de parada; quantidade média de mercadoria entregue em cada visita; velocidade média de percurso. Por fim, observa-se que nos custos da distribuição compartilhada, aumentado o quadro de veículos a serem analisados, é possível que o tipo de veículo escolhido seja outro, com configuração diversa da apontada. Um problema real de roteirização é definido por três fatores fundamentais: decisões, objetivos e restrições. As decisões dizem respeito à alocação de um grupo de clientes, que devem ser visitados, a um conjunto de veículos e respectivas tripulações, envolvendo também a programação e o sequenciamento das visitas. Como objetivos principais, o processo de roteirização visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mas, ao mesmo tempo mantendo os custos operacionais e de capital tão baixos quanto possível. Por outro lado, deve obedecer a certas restrições (deve completar as rotas com os recursos disponíveis, respeitar os limites de tempo impostos pela jornada de trabalho dos motoristas e ajudantes). Se dá a roteirização sem restrições quando a separação dos clientes, pelos diversos roteiros, já foi realizada previamente, assume-se que a questão da restrição de tempo e de capacidade já foi respeitada. Os métodos de construção do roteiro partem de um ou dois pontos e vão formando o roteiro através do acréscimo paulatino de novos pontos. A sistemática mais simples é ir ligando cada ponto ao seu vizinho mais próximo. Tratando-se da roteirização com restrições, a roteirização ocorre simultaneamente com o processo de divisão da área em distritos ou zonas de carga. Em prol disso, há a existência do Método de Clark e Wright, o qual tem sido muito utilizado na resolução de problemas isolados, como também aparece embutido dentro de muitos softwares de roteirização. Ele baseia-se no conceito de ganho. Partimos da pior situação, em que, hipoteticamente, um veículo sai do CD somente com a mercadoria destinada a um único cliente.