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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA


Centro Multidisciplinar do Campus de Luís Eduardo Magalhães - CMLEM
Colegiado do Curso de Engenharia de Produção - CCEP

Atividade Assíncrona

Nome do Aluno: Vinícius Silva Pereira Matrícula: 2016010567


Curso: Engenharia de Produção Data: 21/03/2021
Docente: Peterson Silva da Silva Disciplina: Manutenção Industrial

TEMA 1 - INTRODUÇÃO

1. Durante as atividades de manutenção ocorrem algumas alterações decorrentes de


algumas consequências, quais são elas?

Aumento do número e da diversidade dos itens físicos que têm que ser mantidos, projetos mais
complexos, novas técnicas de manutenção, novos enfoques sobre a organização da manutenção e
suas responsabilidades, importância da manutenção como função estratégica para melhoria dos
resultados do negócio e aumento da competitividade das organizações.

2. A partir dos anos 30, a evolução da manutenção pôde ser dividida em 5 gerações,
explique-as e resuma cada uma delas.

▪ Primeira Geração: Ocorrida entre o período de 1940-1950, durante a Segunda Guerra


Mundial, trouxe o enfoque da Manutenção Corretiva, ou seja, o conserto após avaria,
também chamado de quebrou-consertou;

▪ Segunda Geração: Indo desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60, expôs a ideia da
Manutenção Preventiva, onde abrangia o conceito de maior disponibilidade das instalações,
a proposta de maior vida útil dos equipamentos e consequentemente custos menores;

▪ Terceira Geração: Surgindo a partir da década de 70 e acelerando o processo de mudança


nas indústrias, trouxe o conceito da Manutenção Preditiva, a qual certificava-se da maior
disponibilidade e confiabilidade das instalações, maior segurança, melhor qualidade dos
produtos, ausência de danos ao meio-ambiente, maior vida útil dos equipamentos, maior
efetividade de custo;

Rua Itabuna, n° 1278 | Santa Cruz | CEP: 47.850-000 | Luís Eduardo Magalhães | Bahia| Brasil.
Tel. +55 (77) 3639-5611 | E-mail: engproducao.lem@ufob.edu.br | Site: http://www.lem.ufob.edu.br

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▪ Quarta Geração: Surgindo a partir do século XXI e ainda contendo algumas expectativas
em relação à Manutenção existentes na Terceira Geração, trouxe o conceito de Manutenção
Produtiva, onde avaliava a Gestão do Risco aplicada aos Ativos, a confiabilidade humana,
novos métodos preditivos, acuracidade na medição e demonstração de resultados, maior
disponibilidade e confiabilidade das instalações, maior segurança, melhor qualidade dos
produtos, ausência de danos ao meio-ambiente, maior vida útil dos equipamentos e maior
efetividade de custo.

▪ Quinta Geração: Vem desde o ano de 2011 até os dias atuais, trás a concepção de
Manutenção Confiabilidade, onde as principais características são gerenciar os ativos,
otimizar os ciclos de vida dos ativos e influir nos resultados do negócio. A fundo, temos o
planejamento do ciclo de vida desde o projeto para reduzir falhas, aumento da manutenção
preditiva e monitoramento on e off-line, garantir que os ativos operem dentro de sua
máxima eficiência e por fim, excelência em engenharia de manutenção.

3. De que dependem a confiabilidade e a disponibilidade do sistema? O que acontece em


cada fase?

Da correta realização de cada fase: projeto, fabricação, instalação, operação e manutenção.

▪ Projeto: O levantamento de necessidades, inclusive o envolvimento dos usuários (operação


e manutenção), além dos dados específicos para sua elaboração, nível de detalhamento,
dentre outros, são de fundamental importância, pois irão impactar diretamente nas demais
fases, com consequências no desempenho e na economia.

▪ Equipamentos: A escolha dos equipamentos deverá considerar a sua adequação ao projeto


(correto dimensionamento), a capacidade inerente esperada (através de dados técnicos,
TMEF – Tempo Médio Entre Falhas), qualidade, manutenibilidade, além do custo-
eficiência).

▪ Fabricação: Deve ser devidamente acompanhada e incorporar os requisitos de


modernidade e aumento da confiabilidade dos equipamentos, além das sugestões oriundas
da prática de manutenção.

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▪ Instalação: Deve prever cuidados com a qualidade da implantação do projeto e as técnicas


utilizadas para esta finalidade. Quando a qualidade não é apurada, muitas vezes são
inseridos pontos potenciais de falhas que se mantêm ocultos por vários períodos e vêm as
se manifestar muitas vezes quando o sistema é fortemente solicitado, ou seja, quando o
processo produtivo assim o exige e quando normalmente se necessita de maior
confiabilidade.

▪ Manutenção e Operação: Terão por objetivo garantir a função dos equipamentos, sistemas
e instalações no decorrer de sua vida útil e a não-degeneração do desempenho. Nesta fase
da existência, normalmente são detectadas as deficiências geradas no projeto, seleção de
equipamentos e instalação.

4. O que acontece com a não-interação entre as fases da questão anterior?

Pode-se perceber que a Manutenção encontrará dificuldades de desempenho de suas atividades,


mesmo que se apliquem nelas as mais modernas técnicas. A confiabilidade estará num patamar
inferior ao inicialmente previsto.

5. Cite qualitativamente a Unidade de Alta Performance de acordo com suas variáveis.

Alto nível de confiabilidade, baixo custo de manutenção, automatizadas e com controle avançado,
ecologicamente equacionadas, intrinsecamente seguras, baixa necessidade de intervenções,
atendimento à qualidade futura dos produtos, flexibilidade operacional para atendimento das
demandas do mercado, com máxima utilização das instalações, baixo consumo energético, uso
otimizado de água, com a utilização de circuito fechado, alto nível de desempenho, com resultados
otimizados.

6. Quais ações são fundamenteis para uma bem-sucedida implementação de uma Unidade
de Alta Performance?

Uso de referências de excelência, traduzidos por benchmarks do segmento do negócio; ter um


plano de ação, padrões e procedimentos que permitam atingir os referenciais estabelecidos, nas
diversas fases; a aplicação do conceito, de forma integrada e abrangente, desde a fase do projeto

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conceitual até a plena operação da Unidade, inclusive com a necessária retroalimentação para os
novos projetos.

TEMA 2 – GESTÃO DA MANUTENÇÃO

7. Não mais se pagam “serviços”, mas “soluções”, no contexto da Manutenção, o que a frase
quer dizer?

Essa frase tem impacto na mudança estratégica da manutenção no reflexo direto nos resultados
empresariais. Sendo eles: aumento da disponibilidade; aumento do faturamento e do lucro;
aumento da segurança pessoal e das instalações; redução da demanda de serviços; redução de
custos; redução de lucros cessantes; preservação ambiental.
Em outras palavras, ao invés de se falar em “mudança de cultura”, que é um processo lento, não
condizente com as necessidades atuais, é preciso que a gestão implemente uma “cultura de
mudanças”, onde o inconformismo com a perpetuação de paradigmas e de práticas seja uma
constate.

8. Quais são os principais instrumentos gerenciais da Manutenção?

CCQ, TPM, Reengenharia, Gerência da Rotina, Gerência pelas Diretrizes, Seis Sigma (6𝜎), Gestão
de Ativos, dentre outros. É importante ter em mente que são, simplesmente, ferramentas e, como
tal, a sua simples utilização não é sinônimo de bons resultados. Muitos gerentes têm transformado
estas ferramentas em objetivos da manutenção, e os resultados são desastrosos. Por outro lado, o
uso correto destas ferramentas tem levado a excelentes resultados.

9. O que são Benchmarking e Benchmark? Quais são os principais indicadores do


Benchmark?

Benchmarking pode ser definido como sendo o “processo de identificação, conhecimento e


adaptação de práticas e processos excelentes de organizações, de qualquer lugar do mundo, para
ajudar uma organização a melhorar sua performance. Resumindo: é um processo que proporciona
melhoria na performance.

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Já o Benchmark é uma medida, uma referência, um nível de performance, reconhecido como


padrão de excelência para um processo de negócio específico. Resumindo: são fatos ou
indicadores.
Os principais indicadores do Benchmark são disponibilidade e confiabilidade; redução da demanda
de serviços; faturamento; otimização de custo; segurança pessoal e das instalações; preservação
ambiental; moral e motivação dos colaboradores.

10. Quais são as melhores práticas de gestão da manutenção?

▪ Os gerentes e supervisores, nos diversos níveis, devem liderar o processo de sensibilização,


treinamento, implantação e auditoria das melhores práticas de SMS – Saúde, Meio
Ambiente e Segurança;
▪ A gestão deve ser baseada em itens de controle empresariais: disponibilidade,
confiabilidade, meio ambiente, custos, qualidade, segurança e outros específicos, com
análise crítica periódica;
▪ Gestão integrada do orçamento (manutenção e operação) buscando, sempre, o resultado do
negócio através da análise criteriosa das receitas e dos custos;
▪ Análise crítica e priorização das intervenções com base na disponibilidade, confiabilidade
operacional e resultado empresarial;
▪ Utilização de pessoal qualificado e certificado;
▪ Contratação, sempre que possível, por resultado/parceria com indicadores de desempenho
focados nas metas da organização;
▪ Os aspectos de SMS devem ser considerados como valores básicos na contratação de
serviços;
▪ Eliminação das falhas, ocorridas e potenciais, através da análise da causa básica, acoplada
ao esforço do reparo com qualidade, atuando de forma integrada com a operação e a
engenharia na busca das soluções
▪ Ênfase na manutenção preditiva acoplada aos softwares de diagnóstico;
▪ Adoção de programa de Manutenção Produtiva Total – TPM;
▪ Adoção da ferramenta MCC – Manutenção Centrada em Confiabilidade;
▪ Aplicação da técnica APR – Análise Preliminar de Riscos;
▪ Prática da multifuncionalidade ou da polivalência;
▪ Procedimentos escritos para os principais trabalhos;
▪ Aplicação dos programas de auditorias, internas e externas, como ferramenta de
divulgação, verificação da aplicação das melhores práticas e a tendência dos resultados.

11. Existem três doenças graves nas organizações e que constituem uma das vulnerabilidades
mais importantes na gestão empresarial, quais são elas?

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▪ Perda de conhecimento: a perda de conhecimento, ou mesmo a não aquisição de


conhecimentos que suportem o futuro, tem leva à perda de competitividade. Fala-se muito
em depreciação do “Hard”, mas muito pouco sobre a depreciação do conhecimento;

▪ Satisfação dos colaboradores: se a “Saúde” dos colaboradores não está bem, pode-se
esperar que haverá perda grave de competitividade;

▪ Visão crítica da comunidade: a maneira como a sociedade vê as empresas e sua


contribuição para a “Saúde” do planeta é, hoje, outro fator crítico de sucesso empresarial.
Não vai existir empresa excelente empresarialmente se não for, também, excelente em
questões de SMS – Saúde, Meio Ambiente e Segurança.

12. Qual a diferença do paradigma do passado e paradigma moderno?

Existe a frase “Não é mais aceitável que o equipamento ou sistema pare de maneira não prevista”,
ou seja, o gerenciamento estratégico da atividade de manutenção consiste em ter a equipe atuando
para evitar que ocorram falhas, e não manter esta equipe atuando, apenas, na correção rápida destas
falhas.
O paradigma do passado “O(A) profissional de manutenção sente-se bem quando executa um bom
reparo”, o paradigma moderno “O(A) profissional de manutenção sente-se bem quando ele
consegue evitar todas as falhas não previstas”.

𝒇𝒂𝒕𝒖𝒓𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐
13. Dada a equação da competitividade: 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = , quais manobras se
𝒄𝒖𝒔𝒕𝒐𝒔
deve realizar para otimizar o Faturamento e o Custo?

Para se otimizar o Faturamento é preciso, na linguagem da manutenção, otimizar a Confiabilidade


e a Disponibilidade. Isto pode ser traduzido no aumento da campanha das unidades produtivas, na
minimização dos prazos de parada dos sistemas, na minimização do tempo médio para reparo
(TMPR), nas perdas de produção tendendo a zero e na maximização do tempo médio entre falhas
(TMEF).
Para se otimizar o Custo é preciso adotar as melhores práticas de manutenção, com destaque para
a Engenharia de Manutenção aplicada aos novos projetos, na busca da alta performance, e nas
instalações existentes, na busca da causa fundamental da falha, na qualidade dos serviços que se

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traduz na redução do retrabalho, na qualidade dos materiais e sobressalentes e na utilização de


técnicas modernas para avaliação e diagnóstico.

14. Quais as principais vantagens de estabelecer a Gestão de Ativos?

Satisfazer aspectos legais e de requisitos para minimização de apólice de seguros; otimização de


custos Capex e Opex; minimizar riscos de impactos ambientais e prejuízos econômicos; alta
dependência dos ativos físicos, para honrarem o negócio; melhorar a eficiência produtiva;
vantagem competitiva promovida pelo incentivo a melhoria contínua; assegurar a qualidade e
satisfação dos clientes, preservando a imagem; eliminar o conflito de objetivos internos, com
inovação do estilo de gestão.

15. Qual o conceito antigo e atualmente qual é a missão da Manutenção?

O conceito predominante de que a Missão da Manutenção é de restabelecer as condições originais


dos equipamentos/sistemas é passado para algumas empresas, mas, ainda realidade para outras.
Atualmente, a Missão da Manutenção é garantir a confiabilidade e a disponibilidade da função dos
equipamentos e instalações de modo a atender a um processo de produção ou de serviço, com
segurança, preservação do meio ambiente e custo adequados.

REFERENCIAL TEÓRICO:

NASCIF, J., KARDEC, A. (2009). Manutenção: função estratégica. Rio de Janeiro:


Qualitymark.

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