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A MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
UBERABA – MG
2020
A MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
UBERABA – MG
2020
A sociedade em geral, assim como os mercados diversos estão cada vez mais
globalizados, dinâmicos, evoluídos e principalmente competitivos. Tal situação obriga as
organizações a aumentarem sua competitividade agregando valor em seus produtos e
serviços através da qualidade e gestão de ativos, destacando-se a manutenção com
parte essencial na tomada de decisão e nos desafios com a concorrência. Sobre
manutenção, CABRITA (2002) destaca “uma combinação de ações de gestão, técnicas
e económicas, aplicadas aos bens de uma empresa para otimização do seu ciclo de
vida”, contribuindo em conjunto com produção e qualidade, para que dentro da
coletividade equacionar os problemas.
Com o avanço da tecnologia e ciência, a manutenção desenvolveu estratégias dentro de
sua área, proporcionando uma melhor qualidade de seus produtos ou serviços, mais
segurança operacional, menor impacto do meio ambiente e baixo custo. Destaca-se
atualmente entre os vários modelos e ferramentas atuais na gestão da manutenção a
Total Productive Maintenance TPM (Manutenção produtiva total) e a Reliability Centered
Maintenance RCM (Manutenção centrada na confiabilidade), seguindo as novas
tendências da gestão de manutenção, sendo o TPM incidindo diretamente na função
manutenção com maior produtividade e redução de custos, e o RCM na minimização das
dificuldades com ativos, cada vez mais complexos através da manutenção preventiva.
“A atividade de manutenção precisa deixar de ser apenas
eficiente para se tornar eficaz; ou seja, não basta, apenas,
reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto
possível, mas, principalmente, é preciso manter a função
do equipamento disponível para a operação, evitar a falha
do equipamento e reduzir os riscos de uma parada de
produção não planejada”
KARDEC & NASCIF (2009)
Vamos mostrar no decorrer deste artigo a história e evolução da manutenção dentro das
organizações, suas implicações e sua verdadeira importância tanto na parte operacional
quanto produtiva, e seus desafio no cenário atual.
Existem diversos tipos definições da manutenção, sendo quase todos cautelosos ao nível
de prevenção, conservação e correção dos ativos, porém notamos a mudança de visão
nas definições mais atuais que nos mostram o planejamento, a predição, o
aprovisionamento entre outros. Em 1975, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT, pela norma TB-116, definiu o termo manutenção como sendo o conjunto de
todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado de modo
a poder permanecer de acordo com uma condição desejada. Anos mais tarde, em 1994,
a NBR-5462 trazia uma revisão do termo como sendo a combinação de todas as ações
técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar
um item em um estado no qual possa desempenhar uma função requerida (ABNT, 1994).
De acordo com MONCHY (1987, p. 3), “o termo manutenção tem sua origem no vocábulo
militar, cujo sentido era manter nas unidades de combate o efetivo e o material num nível
constante de aceitação”. KARDEC & NASCIF (2009, p. 23) define o ato de manter ou a
manutenção industrial como “garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e
instalações de modo a atender a um processo de produção e a preservação do meio
ambiente, com confiabilidade, segurança e custos adequados”.
Desde os primórdios, o simples fato de conservarmos uma ferramenta ou um simples
reparo em algum equipamento já era considerado um tipo de manutenção, mas foi no
século 18 impulsionado pelos avanços tecnológicos da época, que a manutenção foi
projetada na indústria de forma a garantir a continuidade dos trabalhos, sendo no caso,
o próprio operador o responsável pela conservação e manutenção do equipamento
(WIREBSK, 2007). Já durante a primeira grande guerra a metodologia mudou, iniciando
demandas por manutenções direcionadas, mais ágeis e eficazes se tornando o que hoje
chamamos de corretiva, e apesar de haverem pessoas responsáveis pela manutenção,
os mesmos respondiam ao setor de operações realizando apenas reparos emergenciais
corretivos, ou seja, execução pós falhas e equipamento indisponível. Somente na
segunda grande guerra que começaram o acompanhamento dos equipamentos baseado
no tempo de operação devido as necessidades de grandes produções, fazendo assim
que a manutenção assumisse posição hierárquica similar à da produção devido as suas
novas funções: corretivas e preventivas (FILHO, 2008).