Este poema descreve o pôr do sol como um funeral, com o céu se enchendo de sangue e estrelas como lágrimas após "um grande deus se suicidar". O enterro do sol sai pelo horizonte, levado por um morro e acompanhado pelos rios em silêncio, enquanto nuvens passeiam pelo céu e a cidade se prepara com tochas para participar da procissão fúnebre das montanhas que leva o sol adiante.
Este poema descreve o pôr do sol como um funeral, com o céu se enchendo de sangue e estrelas como lágrimas após "um grande deus se suicidar". O enterro do sol sai pelo horizonte, levado por um morro e acompanhado pelos rios em silêncio, enquanto nuvens passeiam pelo céu e a cidade se prepara com tochas para participar da procissão fúnebre das montanhas que leva o sol adiante.
Este poema descreve o pôr do sol como um funeral, com o céu se enchendo de sangue e estrelas como lágrimas após "um grande deus se suicidar". O enterro do sol sai pelo horizonte, levado por um morro e acompanhado pelos rios em silêncio, enquanto nuvens passeiam pelo céu e a cidade se prepara com tochas para participar da procissão fúnebre das montanhas que leva o sol adiante.
Puseram-lhe nas mãos o Cruzeiro do Sul E o céu todo se encheu de sangue constelado, como se um grande deus se houvesse suicidado!
E a tarde viúva lhe caíu de bruços sobre o corpo
ainda quente e lhe fechou os olhos longamente e chorou tanto que ficou pingando estrelas... Pingos brancos de lágrimas no espaço.
O enterro vai sair por um vão do horizonte...
Um morro - de cabeça enorme pensativa - vai à frente, levando o féretro, passo a passo. Todos os rios o acompanham em silêncio.
Passeiam nuvens pelo céu parado e absorto.
Vista de longe na amplidão da noite que começa, a cidade organiza uma imensa corrida de tochas rubras e entra a tomar parte na grande marcha que acompanha o grande morto!
Horrivelmente branca uma lua selvagem
do lado espia a saída do enterro. No resmungo do vento andam vozes estranhas...
E vagarosa em marcha fúnebre que assombra,
como vultos de dor desfilando na sombra caminha a procissão silente das montanhas...
E diante de tamanha pompa, ao fim de cada dia,
fico a pensar, não sei por quê, nos enterros anônimos, sem marcha fúnebre, sem corrida de tochas... Tarde! Sensação do meu último dia!