NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
JOÃO PESSOA-PB
Novembro/2018
LUANE DE ALBUQUERQUE VASCONCELOS
JOÃO PESSOA-PB
Novembro/2018
TERMO DE APROVAÇÃO
Artigo científico aprovado, como requisito parcial à obtenção do grau de bacharelado (a) em
Psicologia – Faculdade UNINASSAU, pela seguinte banca:
BANCA EXAMINADORA
– Examinador I
(Faculdade UNINASSAU)
– Examinador II
(Faculdade UNINASSAU)
JOÃO PESSOA-PB
2018.2
Este trabalho é dedicado a Deus e aos meus pais,
onde sempre me encorajaram e apoiaram, por
toda a minha trajetória acadêmica. Recebam todo
o meu carinho.
“Não fui eu que ordenei a você? Seja
forte e corajoso! Não se apavore nem
desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará
com você por onde você andar”.
Josué 1:9
ATUAÇÃO DO PSICOLOGO DIANTE DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO
ÂMBITO ESCOLAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
ABSTRACT: The present article aims to present the psychologist's action in the face
of a learning difficulty in the school environment, raising Piaget's theories by bringing
his process of intellectual development, Vygotsky's theories with the centered
understanding of the human psyche, and Wallon's theory who seeks to understand the
person completely. It also presents a reading on the interface of school psychology
and educational psychology showing that the psychology of education is an area
committed to development. Making a selection of the most common learning disorders
like: Dyslexia, Dyscalculia and Dysshia, where they are observed from the 3 years of
age, because it is when the child attends school. From the work developed with
concepts and theorists about learning and development, it is extremely important to
have a school psychologist so that these difficulties with the school psychologist can
increasingly contribute to the disabled student, making him understand the your ability
and your moment to act in each disorder.
Key words: Disorders, difficulty, psychology of education, development
Sabe-se que cada pessoa é única, com a subjetividade própria, por isso, cada
indivíduo reage de diferentes maneiras a mesma situação. O comportamento humano
recebe influência das personalidades, os diferentes padrões do meio físico e social,
que são levemente estáveis que fazem com que o indivíduo se diferencie do outro. O
comportamento genético do indivíduo, às aprendizagens, a cultura, a sociedade, a
hereditariedade e a interação do meio físico e social influenciam o desenvolvimento
da personalidade da criança. Portanto, desde tenras idades o ser humano vai se
transformando com o crescimento físico, com as interações, nos relacionamentos
sociais e nas ligações afetivas (DROUET, 2006, p 163).
As perspectivas teorias de Jean Piaget e Lev Vygotsky são os destaques do
desenvolvimento e aprendizagem. Piaget explica que o desenvolvimento cognitivo e
afetivo, diante de uma ação impulsionada por algo demonstrando uma necessidade
de desequilíbrio. As noções de esquema, assimilação, acomodação e equilibração,
são conceitos de Piaget que fazem parte do processo de adaptação, que ocorre de
acordo com preparo que organismo discrimina entre a quantidade de estímulos e
sensações que é atacado e os coloca em uma forma de estrutura (CORRÊA, 2017).
Segundo Vygotsky (2006), desenvolvimento e a aprendizagem são diferentes.
O desenvolvimento deve atingir uma etapa, com maturação de algumas funções antes
que a escola faça a criança se adequar a determinados conhecimentos e hábitos. O
desenvolvimento antecede a aprendizagem, sendo esta última uma reformulação do
desenvolvimento. Vygotsky atribui um valor de primeiro lugar no desenvolvimento da
criança, levando em consideração as leis naturais do desenvolvimento em detrimento
ao ensino. Mesmo entendendo esta diferença, o desenvolvimento e a aprendizagem
estão interligados, sincronizadas, mesmo sem saber o que antecede e o que procede.
As dificuldades de aprendizagem, por sua vez, são apresentadas ou
percebidas no ingresso da criança na escola, vistas como uma condição de
vulnerabilidade psicossocial, a criança com dificuldade de aprendizagem pode
apresentar sentimentos de baixa autoestima e inferioridade como também são
acompanhadas de déficits em habilidades sociais e problemas emocionais ou de
comportamento. São quase sempre apresentadas ou associadas a problema de outra
natureza, principalmente comportamentais ou emocionais. As dificuldades
comportamentais e emocionais influenciam nos problemas escolares, e estes afetam
os sentimentos e os comportamentos das crianças que podem ser expressas de forma
interna ou externa (MAZER, et al 2009).
A inclusão da psicologia nas escolas foi exposta por ser adaptacionistas, que
predominava a necessidade de um aluno portador de um problema de aprendizagem
ser corrigido e que adapte a escola. Desse modo, diante do contexto de adaptação e
de correção foi surgida a figura do psicólogo escolar ou psicólogo educacional para
que passassem a resolver problemas que assim fossem surgindo no espaço de
formação. Por ser atribuída ao aluno a culpa por suas dificuldades de aprendizagem
a escola conduziu à patologização e psicologização do espaço escolar. Alguns
teóricos relatam que existe uma diferença entre a psicologia educacional e a
psicologia escolar, que a primeira fica a cargo de teorias e pesquisas e a segundo
pela parte prática (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2009).
O presente estudo foi resultado de uma pesquisa bibliográfica narrativa, que
segundo GIL (2010), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para este estudo
foram realizadas buscas por meio de acesso a publicações científicas, nas bases de
dados: Scielo e PePsic, utilizando-se como descritores atuação do psicólogo escolar,
distúrbios e dificuldades de aprendizagens e seus respectivos unitermos na língua
inglesa. Como critérios de inclusão, foram selecionados artigos contendo informações
sobre distúrbios e dificuldades de aprendizagem, bem como artigos sobre a psicologia
escolar e educacional. Como critérios de exclusão, foram retirados os artigos que
abordasses outros tipos de os distúrbios e outras formas de atuação do psicólogo.
Diante de tais pressupostos, o presente trabalho tem por objetivo discutir a
atuação do psicólogo escolar frente às dificuldades de aprendizagem, demonstrando
as contribuições para a psicologia escolar e a intervenção junto aos transtornos de
aprendizagem.
1.1 Piaget
1.2 Wallon
O teórico Henri Wallon dedicou uma grande parte de sua vida ao estudo das
emoções e da afetividade. Desse modo, justifica o seu ponto de vista do
desenvolvimento integral da criança, investigando os campos funcionais, tais como o
motor, afetivo e cognitivo em união, se contradizendo ao raciocínio dividindo-se o
sujeito, demonstrando suas dimensões separadamente motoras, afetivas e cognitivas
(DIAS, ROSIN, 2012).
Wallon investiga os motivos da inteligência da criança, pois apresenta duas
características do pensamento infantil: a carência do pensamento reflexivo que
caracteriza a competência de pensar o próprio pensamento, como também a carência
da tomada de posição, que caracteriza a competência de expor seu ponto de vista. A
segunda característica é a que ampara relações com uma própria forma do
pensamento infantil: o revezamento entre as afirmações opostas. Ele ainda declara
que o pensamento infantil é natural pelo menos sob dois fatos: a interferência mutua
entre linguagem verbal e imagem, e a oscilação entre pressupostos em
contraposições (PEREIRA, 2012).
A teoria do desenvolvimento de Henri Wallon são métodos em duas
percepções: a integração organismo-meio e a integração dos conjuntos funcionais,
assim como as concepções de afetividade: emoções, sentimentos e paixão, e a
evolução da efetividade: o papel da afetividade nos diferentes estágios. As opiniões
privilegiadas diante das considerações iniciais sobre a teoria de desenvolvimento de
Henri Wallon é difícil englobar em uma só teoria, tem toda a complexidade dos
fenômenos vistos (MAHONEY, ALMEIDA, 2005).
A teoria walloniana traz aportes para entender que as relações entre
educando e educador, colocam como um meio fundamental do desenvolvimento dos
sujeitos da escola dos sujeitos. Que ajudando na compreensão dos processos de
desenvolvimento e são indicados como condutores dos processos
ensino/aprendizagem. São domínios funcionais “entre os quais vai se distribuir o
estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato
motor, do conhecimento e da pessoa” (WALLON, 1995, p. 117).
No campo educacional, Wallon se importava pelo estudo da afetividade que é
um fenômeno um pouco recente, sendo uma das contribuições centrais sobre a
emoção, sentimentos e paixão, contendo as manifestações do desenvolvimento de
um domínio funcional abrangente, sem diminuir uns aos outros. Definimos afetividade
como competência funcional que expressa diferentes sintomas que ao decorrer do
desenvolvimento que se manifestam em uma base orgânica até que chegue às
relações dinâmicas junto com a cognição que é tida nos sentimentos (FERREIRA,
RÉGNIER, 2010).
1.3 Vygotsky
PATIAS, N. D., Monte Blanco, M. H., & Abaid, J. L. W. (2009). Psicologia Escolar:
proposta de intervenção com professores. Cadernos de Psicopedagogia (UNISA)
7(13), 42-60.