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Modelista
2
emprego
vestuário
M o d e lis ta
2
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Denise Pollini, Fernanda Binotti, Gabryelle T. Feresin, José Luis Hernández Alonso, Luís André do Prado,
Maria Isabel Branco Ribeiro e SENAC São Paulo
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos bastante felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa
Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional
para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio
negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo
desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou
quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência
e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-
sional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para
facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores
experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho
e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação
profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a
realização de sonhos ainda maiores.
CDD: 371.425
646.4072
FICHA CATALOGRÁFICA
Tatiane Silva Massucato Arias - CRB-8/7262
Unidade 5
Do que e como são feitos
os tecidos
Fibras naturais
Fibras de origem animal
As fibras de origem animal são consideradas as mais ricas e valorizadas da indústria
têxtil. No entanto, apesar de servirem de base para a fabricação de alguns tecidos,
não são utilizadas na maioria deles.
Elas podem ser divididas em dois grupos:
Casulos de bichos-da-seda.
© Peter Chadwick/SPL/Latinstock
© Splash News/Corbis/Latinstock
Aranha produzindo a teia. Roupa feita com a seda de Madagascar.
© Massimo Listri/Corbis/Latinstock
Atividade 1
Tecelagens de ontem e de hoje
Tecelagem atual.
b) Nas duas imagens, vemos operários no ambiente de trabalho. O que cada uma
delas diz sobre o trabalho que eles fazem?
Estrutura sarja
Nessa estrutura, também considerada básica, o fio da trama, em vez de passar por
um fio do urdume, passa por dois na primeira carreira. Na segunda, vai repetir o
processo, começando, porém, um fio da trama depois de onde começou na primei-
ra. Esse processo se repete sucessivamente, avançando, a cada carreira, um ponto do
urdume, o que, ao final, dará a impressão de uma estria em diagonal.
Estrutura jacquard
Na estrutura jacquard, o modo de entrelaçamento dos
fios do urdume e da trama forma desenhos. Estes são
realizados na própria composição do tecido, por meio do
controle dos fios.
Atividade 2
Faça seu mostruário de tecidos
Amostra
Composição: Fabricante:
Fibras de origem:
( ) animal
( ) vegetal
( ) mineral
( ) artificial ou sintética
Tecidos básicos
A seguir, você verá uma relação de tecidos básicos – os mais conhecidos na in-
dústria de moda e de confecção – com seus respectivos nomes e características.
• Adamascado – tipo de jacquard, brilhante e resistente, semelhante ao brocado.
• Algodão ou algodãozinho – tecido de origem hebraica, fabricado em inúme-
ras espécies e tipos.
Faille Fáie
Guipure Guipir
Herringbone Rerínbon
Pied-de-poule Piedepúle
Tweed Tuídi
Atividade 1
O que é medir?
A necessidade de medir
Esse conjunto de situações vistas na Atividade 1 apresenta uma ampla diversidade,
mas em todas elas há algo em comum. Para resolvê-las, é preciso medir ou contar
alguma coisa:
• em um cômodo de casa, medimos o comprimento e a altura de uma parede;
• em um livro qualquer, podemos medir o comprimento, a largura e a altura; mas
também contamos o número de páginas;
• em uma caixa de ovos, contamos quantos têm; mas também podemos medir o
comprimento da caixa, sua largura e sua altura.
Contar e medir são atividades que estão presentes em quase todas as áreas de tra-
balho e situações da vida: na construção, no comércio, na confecção, na indústria
etc. Medir é um ato tão comum em nosso cotidiano, que fica difícil imaginar um
tempo ou um lugar em que não se meça algo. Se olharmos para o passado da hu-
manidade, perceberemos que contar e medir fazem parte da vida do ser humano
desde as épocas mais remotas.
Quando o homem primitivo deixou de viver como nômade e passou a se fixar,
dedicou-se às atividades agrícolas. Com o passar do tempo e o aumento da
produção, ele notou que poderia trocar com o vizinho o que não conseguia
consumir. Foi quando surgiu a necessidade de haver um sistema de medidas
que fosse aceito entre as partes para facilitar as trocas. Tomaram-se, então, como
referência de medida, as partes do corpo humano, como palmos, polegadas etc.
A partir daí, e ao longo da evolução da história, esses parâmetros foram sendo
substituídos por outros, como metro, quilo etc. Depois de alguns acordos entre
países sobre a adoção de um padrão comum de medida, desde 1960 está em
vigor o Sistema Internacional de Unidades (SI), que vale para inúmeros países,
entre eles o Brasil.
Homem Vitruviano
Você já ouviu falar em medidas ideais para o corpo humano? No século XV (15), Leonardo da Vinci
(1452-1519), considerado um gênio até hoje, construiu o homem com medidas perfeitas, tendo como base
os trabalhos de um estudioso: Marcos Vitrúvio Polião. Por essa razão, o desenho leva o nome de Homem
Vitruviano.
O desenho traz uma série de medidas consideradas ideais para o corpo humano. Conheça algumas delas:
© Diomedia
Tomando medidas
Tomar medidas é uma atividade muito importante para
o desenvolvimento da modelagem, pois é a partir do
No momento de tomar as
medidas, atentar para que a cuidado com que elas são tomadas que a qualidade do
pessoa a ser medida:
• esteja com uma roupa de tecido molde é garantida.
fino, sem volume, a fim de
evidenciar as formas e permitir
medidas fiéis ao corpo; Nessa etapa da aprendizagem, vamos entender como
• tenha uma fita ou cordão atado
à cintura, de modo a servir tomar as medidas fundamentais, as mais importantes na
como ponto de referência
para outras medidas; confecção dos moldes. Mais adiante, veremos também
• mantenha uma posição ereta, para
evitar erros nas medidas. como tomar as medidas complementares.
© Hudson Calasans
Circunferência de colarinho
Largura do ombro
Largura das costas
Altura do quadril
Circunferência da cintura
Manga 3/4
metade do antebraço Circunferência do quadril
Manga 7/8
1/4 do antebraço, do Comprimento da manga +
punho para cima comprimento do punho
Medida do gancho
Comprimento da minissaia
metade da coxa
Circunferência do quadril
Para tomar essa medida, peça para o cliente manter as pernas fechadas e os pés
juntos. Circule, com a fita métrica, a parte mais saliente do quadril, que fica abaixo
da cintura, mais ou menos 20 cm nas mulheres e 14 cm nos homens.
Comprimento do ombro
Apoie a fita métrica na base do pescoço e estique até o final do ombro na direção
do início do braço.
Comprimento da frente
Essa medida é tomada apoiando-se a ponta da fita métrica na base do pescoço e
descendo-a até a cintura. Deve-se tomar o cuidado de passar a fita métrica por cima
do busto.
Altura do quadril
Após determinar a parte mais saliente do quadril, verifique a sua distância até a
cintura pela lateral do corpo.
© Paulo Savala
Atividade 3
Tomando medidas fundamentais
A ideia nesta atividade é que você e seus colegas pratiquem o ato de tomar medidas
fundamentais do corpo e percebam a importância disso.
1. Com uma fita métrica, tome as medidas fundamentais de um colega; depois, ele
tomará as suas.
2. Simule que está tomando as medidas para construir um modelo de uma peça
que escolher, por exemplo, uma saia ou outra peça qualquer.
3. Construa uma ficha técnica com as medidas da peça que escolheu. A tabela a
seguir contempla as medidas de diferentes peças, portanto, preencha apenas as
necessárias para a peça escolhida.
Tecido:
Medidas
Circunferência da cintura
Circunferência do quadril
Circunferência de colarinho
Comprimento do ombro
Comprimento da frente
Altura do quadril
Altura do gancho
Medidas complementares
Além das medidas fundamentais, na modelagem são
necessárias também as chamadas medidas complemen-
tares, usadas para fazer alterações no molde-base a fim
de transformá-lo em outros modelos, como, por exem-
plo, quando se quer fazer o molde de um vestido ou
blusa no modelo tomara que caia. A variação, nesse caso,
A altura e a distância do busto
será a medida da altura do tomara que caia. Outros definem a localização da pence de
busto. As pences estão presentes em
exemplos de variação: profundidade de um decote, com- saias e blusas e são utilizadas para
modelos ajustados ao corpo. Por essa
primento ou largura de uma manga, comprimento de razão, nem sempre são obrigatórias
nos moldes que você vai
uma saia etc. confeccionar.
Altura do busto
Posicione a fita métrica junto à base do pescoço até a
altura do busto e tome a medida.
© Paulo Savala
© Paulo Savala
Medidas individuais
Vimos até aqui como tomar medidas individuais, im-
portantes para construir peças sob medida, que são aque-
O trabalho do modelista é de
las feitas para um único corpo. A seguir, veremos como grande responsabilidade, pois
com seus moldes milhares de
essas medidas também podem dar origem a uma tabela peças serão cortadas.
Integrante
Medida 1 2 3 4 Média
Circunferência da cintura
Circunferência do quadril
Circunferência de colarinho
Comprimento do ombro
Comprimento da frente
Altura do quadril
Altura do gancho
3. Discuta com a turma sobre as opiniões e medidas que obtiveram no seu grupo.
Medidas padronizadas
A medida padronizada é estabelecida por meio da média de uma medida, designan-
do, assim, diferentes numerações de manequim conhecidas, por exemplo: manequim
42, 44 etc. O objetivo da medida padronizada é vestir o maior número de pessoas,
dispensando a tomada de medidas diretamente em cada corpo.
O profissional que trabalha com modelagem industrial segue uma tabela de medi-
das padronizadas, que varia de acordo com cada indústria e com o público-alvo, ou
seja, se é masculino ou feminino, infantil etc. As tabelas são referências para a
construção de bases e para a composição de peças, que poderão ser confeccionadas
em grande escala.
Tamanhos – manequins
Medidas (em cm) 38 40 42 44 46
Circunferência da cintura 66 70 74 78 82
Comprimento da frente 37 38 39 40 41
Tabelas de medidas
As tabelas de medidas foram criadas com a intenção de
padronizar medidas e tamanhos de peças, porém existe
grande diversidade de tabelas, que variam de confecção
para confecção. Para que você possa conhecer alguns mo-
delos, apresentaremos aqui três exemplos de tabela de
medidas femininas, masculinas e infantis.
Já foi ressaltada a importância na precisão das medidas,
As medidas das tabelas são
exatas e não incluem folgas ou pois um erro nessa etapa poderá comprometer a peça-
margens de costuras.
-piloto e toda a coleção.
Tamanhos 38 40 42 44 46
Medidas fundamentais
Circunferência da cintura 66 70 74 78 82
Corpo – frente
Comprimento ombro-cintura 37 38 39 40 41
Corpo – costas
Manga
Punho 16 17 18 19 20
Calça e saia
Altura do quadril 18 18 20 20 20
Tabela de medidas
Padrão industrial para modelagem plana masculina
Calça (tamanho/cintura) 36 38 40 42 44 46
Circunferência da cintura 72 76 80 84 88 92
Pescoço (colarinho) 36 38 40 42 44 46
Punho 21 22 23 24 25 26
Costado 39 40 41 42 43 44
HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o
empresário precisa saber. Porto Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em: <http://201.2.114.147/bds/
BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/NT0003798A.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2013.
Tabela de medidas
Padrão industrial para modelagem plana infantil
Idade/tamanho 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Medidas
Circunferência
52 54 56 58 60 62 64 68 70 72 74 78 80
do busto
Circunferência
52 52 54 56 58 58 60 60 60 62 63 63 65
da cintura
Circunferência
56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 78 82 86
do quadril
Frente
Comprimento
20 22 23 24 25 26 28 30 31 32 33 34 36
da frente
Queda
2 2 2,3 2,5 2,5 2,5 2,8 3 3 3,2 3,2 3,5 3,7
do ombro
Pescoço 24 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 34
Costas
Comprimento
19 21 22 23 24 25 27 29 30 31 32 33 35
das costas
Costado 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 35
Manga
Comprimento
26 28 30 32 34 36 38 40 42 46 48 50 52
da manga
Comprimento 21 22 23 23 24 25 25 26 26 27 28 29 30
da saia
Gancho 42 44 45 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64
Comprimento 42 48 52 56 58 59 60 62 64 68 72 76 80
da calça
HEINRICH, Daiane. Modelagem e técnicas de interpretação para confecção industrial. Coleção O que o
empresário precisa saber. Porto Alegre: SEBRAE/RS: Feevale, 2007. Disponível em:
<http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/9AFBA8F1EE63475983257457004FA761/$File/NT0003798A.pdf>.
Acesso em: 9 jan. 2013.
Materiais do modelista
O principal instrumento utilizado pelo modelista é a fita métrica: um pedaço de
plástico ou de tecido plastificado, estreito, chato e delgado, graduado com medidas
do sistema métrico decimal (metro, decímetro, centímetro ou milímetro).
© Jakub Krechowicz/123RF
© Paulo Savala
Lápis e borracha
O lápis comum serve para traçar o risco do molde no papel. A borracha deve ser
utilizada para apagar erros, traços ou linhas incorretas e indesejáveis dos moldes.
© Jill Fromer/Photodisc/Getty Images
© Paulo Savala
Régua
A régua deve ser utilizada para traçar linhas e medir os traços do molde. Na mode-
lagem industrial, utilizamos dois tipos de réguas: a milimetrada e a curva.
• Régua milimetrada – de madeira ou de material plástico, graduada em centí-
metros e milímetros.
© Paulo Savala
© Paulo Savala
Esquadro
Em modelagem industrial, utilizam-se dois tipos de esquadro: o convencional e o
de alfaiate.
• Esquadro convencional – formado por um ângulo reto, é utilizado para traçar
linhas perpendiculares.
Descosturador
Usado para desmanchar costuras. A ponta fina, ao ser inserida no ponto que se quer
eliminar, leva a linha até a lâmina, que fica em sua curva central. É muito útil
também para abrir casas de botão.
Punção
Serve para perfurar ou marcar um ponto em uma peça.
É muito útil para transferir a localização de furos em
gabaritos. Costuma ser feito de metal, com uma ponta
moldada em uma das extremidades.
Você sabia?
Grande parte das confec-
ções já atua com sistemas
de modelagem feitos no
computador. Há casos,
inclusive, em que ela é
totalmente computadori-
zada. Por exemplo, digi-
© Paulo Savala
taliza-se no computador
uma modelagem de saia
e, a partir dela, podem-se
criar diversos moldes. Ou,
então, faz-se primeiro o
moulage (fala-se “mulage”)
em tecido e depois ele é di-
gitalizado no computador.
Isso é possível utilizando-
-se um software para ela-
boração de moldes. O
CAD (Computer Aided
Design, que pode ser tra-
duzido livremente como
“desenho auxiliado por
computador”) é uma fer-
ramenta que tende a ser
cada vez mais utilizada na
indústria de confecção.
Esse poderá ser um curso
a ser feito posteriormen-
Também são importantes para uso do modelista: te, quando você estiver
computador, calculadora, mesa para desenho, fita ade- mais familiarizado com a
modelagem.
siva e grampeador.
Você sabia? 1. Imagine a peça do vestuário que você vai criar e que
Draping (fala-se “drá- possa ser modelada em um manequim. Solte a ima-
pim”) ou moulage é uma
técnica de modelagem ginação e pense no caimento, na cor e na estação do
tridimensional feita dire- ano em que ela será usada.
tamente no manequim
ou no corpo do modelo. 2. Em uma folha avulsa, esboce um desenho do modelo
Essa técnica dá ao mode-
lista uma visão mais com- que você imaginou.
pleta do caimento da
peça, o que lhe permite 3. Tente montar seu modelo no manequim.
verificar, modificar ou
criar novos efeitos antes 4. Apresente à turma sua produção e, se possível, foto-
mesmo de terminar o
modelo.
grafe-a para seu futuro portfólio.
© Paulo Savala
Modelo desenhado pelo estilista. Molde elaborado com base no modelo idealizado pelo estilista.
Ficha técnica
Descrição do produto:
Observações:
Ficha técnica
Coleção: Código:
Estilista: Modelista:
Cores: Tamanhos:
FICHA TÉCNICA
Modelo:
Regata de malha Denise
Coleção:
Primavera-verão 2013
Designer:
Vanessa
Modelista:
Sílvia
Descrição do produto:
Regata de malha
com Hot Fix
Grade:
P-M-G
Tamanho da piloto:
P
Data:
20/12/2012
Tecido:
Viscolycra
Fornecedor:
Sintotex
Composição:
95% viscose, 5% elastano
Consumo:
0,83 m
Rendimento:
2,70 m/kg
Variantes:
Cor 1: preto
Cor 2: branco
Aviamentos:
Cartela Hot Fix
Fornecedor:
Ornare Aviamentos
Consumo:
1
Código:
3255
Cor 1:
Preto
Cor 2:
...............
1. Escolha um modelo de peça (vestido, saia, blusa etc.) e faça um esboço no quadro
a seguir.
2. Como seria a ficha técnica necessária para o modelo elaborado? Você incluiria
outros detalhes na ficha? Quais? Por quê?
Ficha técnica
A geometria na modelagem
Após uma análise minuciosa do modelo com a respec-
tiva ficha técnica, é o momento de traçar o molde.
Para saber mais sobre como elaborar
planilhas, recorra ao Caderno do
Trabalhador 3 − Conteúdos Gerais – Mas, antes disso, você precisará recorrer a alguns ele-
“ABC da informática”. Você poderá
consultá-lo no site do Programa mentos matemáticos, mais especificamente de cálculos
Via Rápida Emprego.
Disponível em: <http://www.viarapida. e da geometria. Vamos começar pela geometria. Ela é
sp.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.
de extrema utilidade na realização dos moldes.
Vejamos: O que é um ponto? O que é uma reta? E um
segmento de reta?
Em geometria, o ponto não tem partes, podendo ser
representado, por exemplo, pelo sinal feito com a pon-
ta do lápis no papel. Uma reta é uma linha infinita, sem
início nem fim, formada por pontos alinhados. Um
segmento de reta tem início e fim delimitados, como
mostra a imagem a seguir.
Ilustrações: © Hudson Calasans
A B
A C B
© Hudson Calasans
A C B
2 cm 2 cm
Segmento AB = 4 cm
Segmento AC = 2 cm
Segmento CB = 2 cm
Ponto médio = ponto C
© Oksana Trachuk/123RF
© Hudson Calasans
de costura
Margem
Margem de costura
Margem de costura
Margem de costura
de costura
Margem
FICHA TÉCNICA
Modelo:
Saia godê
Código:
XPTO
Tamanho:
42
Descrição do produto:
Modelo com 60 cm
de comprimento,
4 cm de barra
Coleção:
Primavera-verão
Cor:
Estampada
Tecido:
Algodão
Para finalizar esta Unidade, a turma poderá realizar uma exposição com o tema
Meu primeiro molde.
Modelagem de saia
Esta Unidade tem como objetivo apresentar a modelagem de
saia, peça básica do vestuário feminino, também base para
vestidos.
Vamos aprender, em primeiro lugar, a fazer um molde-base para
saia reta – frente e costas –, pois, a partir dele, você poderá
confeccionar outros moldes com as medidas do modelo que será
criado.
Atividade 1
C onstruindo o molde - base
de saia reta
Frente
© Hudson Calasans
Cintura
Bainha
A E B
D F C
4. Com a régua na linha AD, marque o ponto G, a partir do ponto A, com a me-
dida do quadril. Faça o mesmo na linha BC, e marque, a partir de B, o ponto
H. Trace uma linha unindo G e H. No cruzamento entre as linhas EF e GH,
marque o ponto I. Observe que a medida AG é igual à medida BH, ou seja, essa
é a altura do quadril.
G H
I
D F C
3 cm 3 cm
A E B
E1 E2
G H
I
D F C
Meça a reta AE1 e a reta E2B, some essas medidas e anote o resultado, pois você
o usará a seguir.
G H
I
D F C
Frente Costas
Saia evasê
A saia evasê – também conhecida como saia A, pois tem o formato dessa letra – pode
ser criada a partir do molde-base de saia reta, com algumas variações.
Atividade 2
C onstruindo um molde de saia evasê
Pence
fechada
A A
D
F D F
Linha do quadril
Meio da frente (dobra)
E
B
B E B
Pence
fechada
M M
P
S S
Linha do quadril P
l
Latera
Meio das costas
N
R N
Perpendicular
• Fio enviesado – a linha perpendicular traçada no molde deverá formar, com a ourela do tecido, um
ângulo de 45°. Isso se torna mais fácil com o uso de um esquadro.
Fio enviesado
450
Ourela
Atividade 3
C onstruindo uma saia godê simples
1. Em dupla, tracem o molde da saia godê a seguir para o manequim 40 (ver tabe-
la de medidas na Unidade 6).
O molde desse tipo de saia parte de duas linhas retas perpendiculares, formando
um ângulo reto:
A D B
© Hudson Calasans
E
H
C
A D B
H
C
Frente
1,40 m de largura
Costas
Ourela
Meio
Meiodas
dascostas
costas Meio
Meiodas
dascostas
costas
de largura
largura
da frente
Meio da frente
m de
Meio
1,40 m
1,40
Ourela
Ourela
Atividade 4
C rie uma saia
1. Tome as medidas de uma colega e escolha o modelo da saia cujo molde vai preparar.
2. Faça uma saia de papel e verifique os aspectos mais fáceis e os difíceis de executar.
3. Converse com a turma, verifique as soluções encontradas e acompanhe as orien-
tações do monitor para cada situação.
Modelagem de blusa
Nesta Unidade, conheceremos o molde de blusa. A partir dele
e do molde de saia, você poderá compor também vestidos.
Molde-base de blusa
Para a execução da modelagem básica da blusa, você precisará
do material completo e da mesa organizada.
Assim como para as saias, as bases para blusas com os dois lados
iguais são, normalmente, traçadas pela metade: basta você do-
brar o tecido ao meio para ter o molde completo.
Para o método a seguir, será necessária uma folha de papel kraft
de aproximadamente 1 m x 1 m.
© Paulo Savala
6. Para fazer o ponto da cava, marque 5 cm acima do fim da linha do busto. Para
desenhar a cava, você deverá utilizar a régua curva francesa, unindo o final da
linha do comprimento do ombro até o ponto da cava.
Atividade 1
M odelando blusas
0,5 cm
1 cm
0,5 cm
Saia
Parta do molde-base:
Meio das costas
Meio da frente
Frente Costas
Frente Costas
Calça
Para ampliar o molde de uma calça, trace no molde-base uma linha vertical, onde
cairia o vinco da calça, e duas horizontais, uma na altura do joelho e outra no meio
do gancho.
Meio Meio
do do
gancho gancho
Joelho Joelho
Vinco
Vinco
1 cm 1 cm
1 cm 1 cm
1 cm 1 cm
Para reduzir, faça as mesmas marcações, só que, ao invés de cortar, faça preguinhas
no molde, diminuindo 1 cm no sentido vertical, 1 cm no joelho e 0,8 cm no gancho.
0,5 cm
Atividade 2
A mpliando e reduzindo um molde - base
Atividade 1
Avaliando os conhecimentos sobre o trabalho
por conta própria
Atividade 3
Disponível em: <http://www.viarapida.
sp.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.
Atividade 1
E u, modelista
Trabalhar em equipe
Atividade 3
C onstruindo seu currículo
www.viarapida.sp.gov.br