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2 – Vigas

• As vigas consistem basicamente de barras, contínuas


ou não, com eixo reto ou curvo, equilibradas por um
sistema de apoios, de modo a garantir que essas
barras sejam, no mínimo, isostáticas. Estão aptas a
suportar ações aplicadas ao longo do seu
comprimento;
• Inicialmente em madeira e rocha, posteriormente em
ferro fundido e, atualmente, em concreto, madeira,
alumínio e em aço.

Exercício: apresentar vários tipos de vigas (seções


e materiais)

2.1 O Comportamento Estrutural

• Resistência à flexão adequada para resistir


aos momentos fletores;
• Não apresentar perigo de ruptura devido à
força cortante;
• Não apresentar perigo de perder
estabilidade lateralmente;
• Não apresentar deslocamento excessivo.
Para o momento fletor tem-se:
• Fibras superiores comprimidas;
• Fibras inferiores tracionadas;
• Fibras no meio, praticamente sem esforços;
• Mesas nas extremidades.
Cisalhamento vertical Cisalhamento horizontal

Para a força cortante tem-se:


• Tensões de cisalhamento nos planos vertical e
horizontal;
• Alma posicionada entre as mesas
2.2 Seções transversais usuais

• Seções retangulares maciças ou vazadas;


• Seções circulares maciças ou vazadas;
• Seção I, H ou T;
• Seção caixão.

Seções

Resistência
2.3 Capacidade de carga de vigas com seção
retangular

Possibilidades de falha:
• Ruptura da seção;
• Perda da estabilidade lateral.

2.3.1 Falha por ruptura da seção

M
y
I
Sendo:
M = Momento fletor atuante na seção;
y = distância em relação ao CG;
I = Momento de inércia da seção.
Adotando:

3
I bh y ymáx h
12 2

Módulo
6M bh
2
elástico de
Como: W
máx 2 6 resistência à
bh flexão
M
máx
W
Análise:
__

máx

Elasto-frágil (madeira, concreto): ruptura do material;


Elasto-plástico (aço, alumínio): tensão de escoamento
Diagramas de tensão e deformação (elasto-plástico)

Pode-se idealizar um material elásto-plástico perfeito

Escoamento

fy

tg( ) E

y
Plastificação da seção:
Momento de plastificação

2
fy b h
M pl
fy Z
4

Z = módulo plástico de resistência à flexão:


Seções retangulares: Z/W=1,5;
Seções circulares: Z/W=1,7;
Seções I (dupla simetria) Z/W~1,12.

2.3.2 Falha por perda de estabilidade lateral

Estruturas esbeltas: b<<h;


Mcr = Momento crítico:
M < Mcr (ok)

Sendo:
I = momento de inércia;
M cr
Cb EI y GI t E = módulo de elasticidade L;
l
G = módulo de elasticidade T;
I = inércia a torção.
Cb = Coeficiente em função do tipo de carregamento:
Cb=1,0 para momento nos apoios;
Cb=1,13 para carga distribuída;
Cb=1,35 para força concentrada no meio do vão.

2.4 Vigas de concreto armado

Flexão: Tração; Compressão e cisalhamento.

• Resistência da viga depende da relação entre a área de


concreto e aço na seção transversal;
Armadura longitudinal:
• Distribuição de armadura segue o diagrama de
momentos fletores, com maior quantidade de aço nas
regiões tracionadas.
Armadura de cisalhamento
Ancoragem das armaduras:
Comprimentos maiores para garantir a transmissão de
esforços até os vínculos.

2.5 Lajes de concreto armado

• Laje: semelhante a uma viga com base maior que


altura;
• Classificadas como armada em uma ou duas direções,
em função das dimensões em planta;
Laje maciça x laje nervurada

Nervuras com
armaduras na tração e
mesas na compressão

Exemplo: sistema x custo


Painel de laje com 8x24 metros.

Espessura de 23 cm Espessura de 12,5 cm


2.6 Pré-dimensionamento de lajes e vigas de CA

Vigas

b = escolha
l l
d h = Tramos internos: a
h 13 11
l l
c+ t + l/2
Externos: a
11 9

Lajes

d
h

c+ l/2

l
d est ( 2 ,5 0 ,1n )
100

lx lx = menor vão;
l
0,7 ly ly = maior vão;
n = no de bordas engastadas
2.7 Dimensões mínimas

Vigas
b 12cm
Mínimo absoluto: 10 cm (Atenção: alojamento das
barras e lançamento do concreto)

Lajes
Cobertura: 5 cm;
Piso: 7 cm;
Veículos com P ≤ 30 kN: 10 cm;
Veículos com P > 30 kN : 12 cm;
Com protensão: 15 cm;
Cogumelo: 14 cm.

Lajes Nervuradas
emesa ≥ 3 cm ou 1/15 da distância entre nervuras;
≥ 4 cm com tubulação;
enervura ≥ 5 cm;
Distância entre nervuras ≤ 110 cm.
2.8 Dimensões econômicas

Lajes
lx lx
2D h 2
50 40 Área 15 a 20 m
lx lx Vãos 4m
1D h
45 30

Vigas
2
Área inf lajes
3 ,5 a 4 , 2 m

Pilares
2
Área inf
15 a 20 m
2.9 Pré-dimensionamento de pilares

Determina-se a área de influência para cada pilar:


•0,45L para pilar de extremidade e de canto, na direção de sua
menor dimensão;
•0,55L como complemento dos vãos do caso anterior;
•0,50L para pilar de extremidade e de canto, na direção da sua
maior dimensão.

0,55L

0,45L

0,5L

0,5L

COEFICIENTES DE MAJORAÇÃO DAS FORÇAS


= 1,3 para pilares internos ou de extremidade, na direção da maior
dimensão;
= 1,5 para pilares de extremidade, na direção da menor direção;
= 1,8 pilares de canto

Conhecidos:
Nd = Força normal de cálculo
fcd = Resistência de cálculo do concreto
fsd = Resistência do aço na compressão ( sd 0,2%)

Ac b h
Acc Ac As
A condição de segurança a ser verificada é a seguinte:

Acc Ac As
Nd 0 ,85 f cd Acc f sd A s f sd s
p/ s
0,2 %

As
Sendo: s (Taxa geométrica de armadura) Adotando: s
1,0%
Ac

f ck
Considerando: f cd f sd 42 , 0 kN 2
1, 4 cm

30 Ainf ( n 0 ,7 )
Ac
f ck 0 , 01 ( 69 , 2 f ck )

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