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DIURÉTICOS

Clas
se Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
INIBIDORES ANIDRASE CARBÓNICA
DIURÉTICOS DE ANÇA
AGENTES OSMÓTICOS ANTI-CALIURÉTICOS TIAZÍDICOS
VAPTANOS

FARMACOLOGIA CLÍNICA DIURÉTICOS


ESTADOS EDEMATOSOS
ESTADOS NÃO
EDEMATOSO

RESISTÊ
NCIA

NOTAS:  Alteração de comportamento de um segmento do nefrónio modifica


actividade segmentos posteriores (não excreção de Na,  absorção no
 Água = 60% do ser humano (território intracelular  + quantidade, TCP com saída de K)
território intersticial, território vascular  + mobilizável, - quantidade)  Com diurético a volémia diminui inicialmente e depois estabiliza 
 Natriurético – provoca balanço negativo entre a água que entra e a que controlar o peso. O nível de Na tambem diminui e depois estabiliza 
sai, não é apenas algo que  excreção H2O, como acontece se mecanismos regulatórios:
ingerirmos maiores quantidades. o  volémia   PA   excreção Na (pelo sistema renina-
angiotensina-aldosterona, por influência do simpático)
o Hipertrofia das células dos segmentos a jusante   Patologias associadas: SIADH ( secreção ADH pela hipófise), CNDI (diabetes
reabsorção (se se der FUROSEMIDA as cél TCD hipertrofiam) insipida nefrogénica congénita. Há ADH mas rim não responde), NSIAD (sindrome
 Todos os diuréticos excretam K, excepto anti-caliuréticos. Hipercaliémia nefrogénico antidiurese inapropriada)
dá paragem cardíaca em diástole
 Diuréticos mais eficazes são os de ansa, porque este segmento tem uma Na IC  ADH  sobrecarga volume e pressão (por vasoconstrição e retenção
grande capacidade de absorção de NaCl e a sua acção não é limitada água), remodeling ventricular, hiponatrémia diluição
pelo desenvolvimento de acidose (como os inibidores AC)
 Glicose (diabetes) e ureia (insuf renal) são diuréticos osmóticos
fisiológicos pois arrastam água para lúmen nefrónio. Outros diuréticos PERGUNTAS:
glicerina (PO) e isosorido (PO)
 Diuréticos acedem ao lumen tubular por filtração glomerular (não é 1. Tiazidas inibem o co-transporte de sódio no ramo ascendente da ansa de
possivel se se ligarem proteinas plasmáticas) ou por secreção TCP Henle: Falso - é no TCD;
(sulfonamidas e ácidos orgânicos) 2. Tiazidas diminui a excreção renal de cálcio por acção directa no TCD:
 Hipopotassémia ocorre porque no TC há troca de Na com K, logo se Verdadeiro
houver muito Na há muita saída de K. 3. Tiazidas aumenta a reabsorção proximal de ácido úrico secundária à
 Sódio reabsorvido TCP, 10% TCD e TC dependente ADH (pouco contracção de volume: Falso – diminui
relevante) 4. Tiazidas efeitos secundários – diabetogénica e aumenta as HDL:
Verdadeiro quanto a ser diabetogénica, falso quanto a aumentar as HDL;
Inibidores secreção ADH: etanol, fenitoina, morfina (baixa dose), CS, haloperidol, 5. Tiazidas - aplicação terapêutica: hipercalcémia: Falso
prometazina 6. O manitol diminui a tonicidade medular renal: Verdadeiro
7. Um dos riscos do manitol é poder provocar insuficiência cardíaca:
Estimuladores secreção ADH: NA, morfina (alta dose), litio, nicotina, ADT, Verdadeiro
ciclofosfamida, vinvristina 8. A acidose metabólica provocada pela acetazolamida aumenta o risco
convulsionante: Falso
Efeitos ADH: vasoconstrição sistémica ( pressão pulmonar,  RVP,  VS e DC, 
9. A associação de clorotiazida e clorotalidona é sinérgica na acção
PA em doses muito altas), potenciação neuro-hormonal (NA, Angiotensina II),
diurética: Falso - actuam no mesmo sítio
sede, expressão AQ2 e outros efeitos renais para conservação água
10. No edema traumático, o diurético indicado é a furosemida: Falso; não
vamos estar a dar diurético nenhum, que vai aumentar a
permeabilidade capilar e diminuir a volémia, não vai ter efeito nenhum;
11. A furosemida aumenta a excreção renal de prostaglandinas: Verdadeiro;
12. A administração de grandes doses pode ser ototóxica: Verdadeiro;
13. Pode provocar alcalose metabólica: Verdadeiro
14. Pode provar hipercaliémia: Falso - provoca hipocaliémia;
15. A epleronona tem actividade antagonista dos receptores da aldosterona
igual à espironalactona: Falso - parece ter menos actividade
16. A espironalactona tem maior acção diurética que a clorotalidona: Falso –
tem menor acção diurética. Particularmente em indíviduos que não
 Antagonistas V1a – RELCOVAPTAN  dismenorreia, parto pré-termo
tenham aumento da aldosterona;
 Agonistas ADH: VASOPRESSINA, DESMOPRESSINA
17. O amiloido pode provocar hipercaliémia: Verdadeiro - é uma
anticaliurético
18. A associação de epleronona e enalapril não tem riscos de provocar 22. O tolvaptan induz alterações electrolíticas, por exemplo hipocaliémia,
hipercaliémia: Falso; mais graves que a furosemida. F
19. A redução da libido é frequente com a iperonona: Falso - é com a 23. Na IC, o tolvaptano reduz a mortalidade a longo prazo e a
espironalactona. sintomatologia a curto prazo. F
20. O tolvaptan é um antagonista dos receptores V2. V 24. 5. A sede e a boca seca são efeitos adversos dos vaptanos. V
21. O conivaptan tem acção antagonista dos receptores V1a e V2. V
ANTI-HIPERTENSORES
Clas
se Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precaução
DIURÉTICOS
AGONISTAS  2 AÇÃO CENTRAL
GANGLIOP
LÉGICOS
BLOQUEADORES ADRENÉRGICOS
-BLOQ 1-BLOQ  e  - BLOQ ANTAGONISTAS ADRENORECEPTORES 
 CANAIS CÁLCIO VASODILAT ART + VEN VASODILATADORES ARTERIAIS
iECA
ARA II
INIBIDORES
RENINA

FARMACOLOGIA CLÍNICA HTA

TERAPIA
AMBULATORIAL

TERAPIA
EMERGÊNCIA
NOTAS:  Os que bloqueiam os gânglios também bloqueiam o sistema nervoso
parassimpático Os que actuam centralmente causam sedação e
 Stephen Halles mediu pela primeira vez a pressão num cavalo, depressão
colocando um cateter na artéria crural conectado a um tubo de vidro e  Inibidores libertação de NA causahipotensão e inibição ejaculação
viu até onde a coluna de sangue se sangue subiu.
 Pode ocorrer mecanismos compensatórios não dependentes dos nervos
 Riva Roccci inventou esfigmomanómetro que media indirectamente
adrenérgicos (retenção renal de Na,  vol sanguíneo)  usar com
pressão sistólica
diurético
 Korotkofff utilizou método auscultatório para medir pressão sistólica e
 IOIMBINA é bloqueador 2 – era utilizado na disfunção eréctil
diastólica
 Richard Bright relaciona a doença hipertensiva com o rim
 20% dos pacientes com HTA têm renina plasmática muito aumentada e
PA = RVP x DC (VS x FC). Controlada pelo coração, arteríolas, vénulas pós- 20% têm-na muito baixa.
capilares e rim através dos barorreflexos, (mecanismo autónomo), sistema  Libertação de renina estimulada:
renina-angiotensina e substâncias vasoactivas do endotélio – endotelina e o  PA
monóxido de azoto - (mecanismo humoral). o Mudança posição supina para ortostática
o Estimulação simpática ()
 Normal 120 – 80 mmHg o  aporte de sódio e  [Na] no TCD
 Hipertensão > 139 - > 89 mmHg. Na insuficiência renal crónica ou o Prostaglandinas
diabete >129 - > 79 mmHg  Libertação renina inibida:
o  PA
Para diagnóstico de HTA basta valor sistólico ou diastólico elevado. PA aumenta
o Mudança posição ortostática para supina
até aos 18 A, por aumento RVP. No tratamento da HTA o principal objectivo é
o Excesso sal
evitar morbilidade e mortalidade, não é apenas diminuir a PA.
o 2 e -bloqueadores (CLONIDINA -  actividade simpática renal
 Barorreflexo – Área vasomotora do bulbo. Se os barorreceptores e PROPANOLOL)
estiverem estimulados não há descarga simpática, quando deixa de o Inibidores Pg
o Potássio
haver estímulo há descarga que  RVP e DC
o Vasopressina
 Controlo renal da PA – quando  pressão nas arteríolas renais 
o Angiotensina II
absorção de sódio e há estimulação dos recep  que estimulam
 Renina produzida no aparelho justa-glomerular da arteríola aferente.
produção de renina que  angiotensina que  vasoconstrição e estimula
Provêm prorenina que é secretada no ovário durante gravidez (se  
síntese aldosterona.
síndrome ovário poliquístico), testículo, placenta (se   preeclampsia),
 Diagnóstico de HTA feito após 3 medições
retina (se   retinopatia diabética). Renina cliva angiotensinogenio
 Factores de risco: indivíduos de raça negra, tabagismo, hiperlipidemia,
produzido no fígado a angiotensina I, que é convertida pelos ECA
diabetes, história familiar, lesão em órgãos alvo
endotelial, pulmão e plasma em angiotensina II. ECA também catalisa
 Causa só encontrada em 10-15% dos casos, nos restantes hipertensão
transformação bradicinina (vasodilatador em péptidos inactivos). Existe
essencial. Causas hipertensão secundária: Aldosteronismo primário
ECA 2 no coração e rim e transforma angiotensina em péptidos com
(síndrome conn), síndrome cushing, feocromocitoma, constrição artéria
acção vasodilatador  acção oposta ECA. Angiotensina II convertida em
renal, coarctação aorta
angiotensina III na glândula supra-renal.
 Hipertensão lábil – muito sensível à ingestão de sal
Existem mais fontes de conversão angiotensina II para além da QUESTÕES:
conversão pela ECA
 Efeitos Angiotensina II:  Os bloqueadores β:
o  RVP – Vasoconstrição,  NA periférica ( libertação,  a. A selectividade do atenolol é uma garantia da sua inocuidade em doentes
asmáticos. F (temos que ter cuidado na mesma, porque depende da dose;
recaptação),  resposta simpática central,  catecolaminas
devemos começar sempre por doses baixas porque com doses altas correm-
supra-renal  resposta pressora rápida
se riscos);
o Alteração função renal   reabs Na,  aldosterona,
b. São 1 dos grupos farmacológicos mas eficazes na terapêutica da HTA nos
Alterações hemodinêmicas ( NA renal, vasoconstrição directa,
jovens. V
 tónus simpático renal)  resposta pressora lenta
c. Melhoram a isquémia arterial periférica. F
o Alteração estrutura cardiovascular – Ef não-hemodinâmicos (
d. Estão contra-indicados mo bloqueio aurículo-ventricular. V (porque pode
proto-oncgenes,  factores crescimento,  matriz proteica
causar bloqueio completo)
extracelular) e ef. hemodinâmicos ( pós-carga,  PA) 
e. Devem ser administrados em associação com diuréticos devido a retenção
hipertrofia e remodeling vascular e cardíaco
hídrica que provocam. F (isso acontece nos bloqueadores α e nos
 Receptores angiotensina: vasodilatadores)
o AT1 – acoplados fosfolipase C   Ca intracelular e fosforilação
proteíca  vasoconstrição, retenção Na,  PA. Vasos,  A utilização de ARA II na HTA:
miocárdio, rim, cérebro, células glomerulares supra-renais a. Diminui a mortalidade cardiovascular V
o AT2 - acoplados proteínas G, activam fosfatases  b. Está contra-indicada a associação de ARA II e iECA F
antagonizam efeitos crecimento e abertura canais K,  c. Pode ser considerado como uma terapêutica de 1º linha V
produção NO e GMPc  vasodilatação,  PA,  excreção Na. d. Não aumenta o risco de hipercaliémia F
Medula supra-renal, rim, SNC. Existem no feto e. Aumenta a Angiotensina (1-7) e bradicinina F
 Estimulos libertação aldsterona: K, Angiotensina, ATCH. Aldosterona
também é produzida por cel. m. liso vascular e cél endoteliais  Qual ou quais os efeitos secundários destes anti-hipertensores:
 Efeitos angiotensina: necrose fibrinóide, inflamação, fibrose e formação a. Minoxidil / Hipertricose V
colagénio b. Captopril /Disgeusia V
c. Hidralazina / S. lúpus-like V
 Prostaglandinas actuam na arteríola aferente  vasodilatação d. Terazosina / Hipotensão ostostática V
 Angiotensina actua artiola eferente  vasoconstrição e. Labetalol / Asma F
 AINE   GFR porque  Pg  vasoconstrição AA
 iECA   GFR porque  aldosterona  vasodilatação AE e há ligeira  Quais as verdadeiras:
vasodilatação AA a. Os β-bloqueadores reduzem a actividade da renina plasmática V
  perfusão  GFR mantido se vasoconstrição AE e vasodilatação AA. b. Os antagonistas da Ca2+ diminuem a pós-carga V
c. A administração de guanetidina iv pode desencadear aumento da TA V
d. A administração de Labetalol iv na crise hipertensiva está associada a um
efeito bloqueante α F
e. A hidralazina é administrada na HTA da grávida V
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo acção Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precaução/Interacção
EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO
DIGITÁLICOS -  Na intracelular
INODILATADORES
VASODILATADO
AQUARÉTICOS DIURÉTICOS AGONISTAS 
RES

SEM EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO


iECA e ARA II -BLOQUEADORES
FARMACOLOGIA CLÍNICA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

IC
AGUDA

IC
CRÓNICA

fibrose miocárdica, Pericardite constritiva, Amiloidose. Não responde a


fármacos inotrópicos positivos. Fármacos alvos não-cardíacos.
NOTAS: 3. Insuficiência de alto débito – por hipertiroidismo, anemia, beribéri, shunts
arteriovenosos. Não responde a fármacos típicos. Deve ser corrigida a causa.
Segundo estudo EPICA IC  com idade, sendo que aos 80 anos prevalência = 16%.
Prevalência média = 4,36%. Existem mais mulheres afectadas pois têm maior Consequências:  DC (IC anterograda – com hipoperfusão) e acumulação de
longevidade. Nas mulheres é mais comum IC com função sistólica preservada. sangue a montante (IC retrograda – com edemas, dispneia, ortopneia).
80% têm história HTA, 39% doena arterial coronária, 15% FA.
Classificação IC: I – sintomas ocorrem apenas com exercício mais intenso que o
Insuficiência cardíaca – quando DC é insuficiente para fornecer oxigénio a um normal, II – sintomas com actividades normais, III – fadiga para actividades pouco
ritmo adequado às necessidades dos vários tecidos. intensas, IV – sintomas em repouso
Causa precipitante: infecção, EAM ou FA. A causa mais comum é a doença Sintomas: taquicardia, redução tolerância a esforços, dispneia, edema periférico
coronária   incidência em pacientes com EAM tratados. Pode ser IC direita, e pulmonar, cardiomegalia, extremidades frias, tonturas.
esquerda ou ambas.
Compensação neuro-hormonal: SNSimpático (ver esquema) e eixo renina-
1. Insuficiência sistólica –  contratibilidade,  fracção de ejecção (deve ser
angiotensina-aldosterona ( retenção de Na e pós-carga), libertação ANP,
superior a 40%),  DC. Causas: isquémia, sobrecarga de volume ou pressão,
libertação vasopressina.
cardiomiopatia dilatada. Típica da IC aguda e em homens. Fármacos
Compensação hemodinâmica: Lei Frank-Starling (quanto maior comprimento
inotrópicos positivos
fibra, maior força de contracção). Hipertrofia miocárdica (há remodelação com 
2. Insuficiência diastólica – perda de relaxamento adequado, logo  DC e
células TC). Inicialmente aumenta DC, mas como há aumento do tónus arterial
fracção ejecção pode ser normal. Causas: hipertrofia ventricular maciça,
simultaneamente, não há melhoria. Após algum tempo receptores 1 são down-
regulados, mas os 2 não são. Os receptores 3 também podem mediar efeitos negativo que interfere libertação de Ca do RS)  libertação para o citoplasma 
inotrópicos negativos. interacção com sistema actina-troponina-tropomiosina  liberta interacção
actina-miosina  Permutador Na/Ca retira Ca do citoplasma para espaço
Terapêutica: DIGITÁLICOS + DIURÉTICOS + DILATADORES. extracelular dependente da ATPase Na/K. Quantidade de cálcio depende da
Mecanismos hemodinâmicos – sintomatologia imediata quantidade armazenada no RS (existe Ca-ATPase que mantem Ca intracelular
baixo durante diástole) e do potencial de acção.
  [Na] – digitálicos. Maior redução sintomas
  síntese AMPc – Agonistas -adrenérgicos.  resposta neuro-hormonal
Péptidos Natriuréricos -  RVP,  eixo RAA e  natriurese
  catabolismo AMPc – inibidores PDE.  resposta neuro-hormonal
 Vasodilatadores – PNA (auricular), PNB (ventricular), PNC (endotélio  PNA - auricula
 Diuréticos  PNB – ventrículo. Correlaciona-se com a gravidade da IC  quanto
maior [] + gravidade OC
Mecanismos neuro-hormonais – tratamento longo prazo. Se não se actuar neste
 PNC – vascular
mecanismo a mortalidade amntem-se. Estes bloqueiam sobreactivação simpática
e outros mecanismos compensatórios

 iECA – aldosterona libertada quando  DC   perfusão renal   Terapia de ressincronização cardíaca – remodeling  arritmias.  mortalidade
renina   angiotensina   RVP e libertação aldosterona. Aldosterona em 36%
 RVP,  absorção de água e sódio   PA e pré-carga
 ARA II
 Antagonistas da aldosterona PERGUNTAS:
 -bloqueadores
 Possível alvo: TNF - causa disfunção miocárdica e  transporte de Na
1. Na insuficiência cardíaca, os inibidores da PDE aumentam a actividade
neurohormonal. – Verdadeiro
Tratamento IC deve incidir em: 2. A dobutamina tem uma acção renal vasodilatadora sobreponível à da
 Pré-carga – está  devido acréscimo do volume. Reduzida por dopamina. - Falso. A dopamina só tem esse efeito em doses baixas e a
vasodilatadores, diuréticos, aquaréticos. Pré-carga deve ser inferior a dobutamina não tem esse efeito sobre a vasculatura renal.
20 a 25 mmHg (se não há congestão pulmonar) 3. Os fármacos que melhoram os parâmetros hemodinâmicos, como a
 Pós-carga – representada pela RVP. Quando  DC   reflexo amrinona, aumentam a sobrevivência nos doentes com IC – Falso.
simpático, endotelina, sistema renina-angiotensina   RVP e pós- 4. A dobutamina tem actividade agonista β-adrenérgica e administra-se per os.
carga. Usar -bloqueadores, IECA, ARAs. Não usar vasodilatadores para - Falso. β-agonista administrado por via intravenosa.
este propósito porque induzem respostas compensatórias. 5. A milrinona aumenta a concentração de AMPc, tal como os agonistas β-
adrenérgicos – Verdadeiro
 Contractibilidade –  velocidade de encurtamento do músculo, débito
6. A dobutamina administrada em altas concentrações activa os receptoresα1-
sistólico. Usar fármacos inotrópicos.
adrenérgicos – Verdadeiro
 Frequência cardíaca – principal determinante do DC. Quando  DC  
7. O levosimendan é um inodilatador – Verdadeiro
FC por activação de receptores . Usar fármacos -bloqueadores.
8. Num doente com insuficiência renal, digitálico mais indicado é a digitoxina.
Falso. Na insuficiência renal ajusta-se a dose.
Contracção – Potencial de acção  influxo de Ca para citoplasma 9. A anorexia, a náusea e os vómitos podem ser sintomas precoces de
(SIMPATICOMIMÉTICOS  influxo e BBC  influxo)  abertura canais cálcio tipo intoxicação digitálica – Verdadeiro
L do retículo sarcoplasmático (sensíveis RIANODINA – alcalóide inotrópico
10. Em condições de equilíbrio, as concentrações de digoxina no miocárdio são particularmente se o doente já estiver a fazer diuréticos! Devido à
15-30x as do plasma e o 2x as do músculo esquelético. – Verdadeiro hipovolémia, originada pelos diuréticos, a perfusão renal está compensada
11. Os digitálicos aumentam a sobrevivência dos doentes com IC – Falso, apenas pela angiotensina II que existe no organismo que, ao ser bloqueada
diminuem as hospitalizações. repentinamente, provoca insuficiência renal. Portanto deve-se começar com
12. A digoxina é utilizada na FA para a conversão desta arritmia a ritmo sinusal. – doses baixas.
Falso. Previne a taquicardia ventricular reflexa. 26. A associação da eplerenona a um iECA tem risco de induzir hipercaliémia.
13. O Bloqueio AV induzido pela digoxina pode ser revertido pela atropina Verdadeiro (e com β-bloqueante ainda mais e com um AINE ainda mais que
Verdadeiro os anteriores)
14. A administração de potássio na intoxicação digitálica como normocaliémia 27. A administração de um β-bloqueante num doente com insuficiência cardíaca
justifica-se pelo efeito inibidor daquele ião na ligação da digoxina à Na+-K+- e edema maleolar não apresenta riscos de agravamento da insuficiência
ATPase. – Verdadeiro cardíaca. Falso, o edema maleolar traduz sobrecarga hemodinâmica de
15. A digoxina é rapidamente excretada pelo rim e tem uma semivida de 6h. volume, logo, não se deve administrar β-bloqueantes.
Falso, a semi-vida é de 48 horas. 28. O tolvaptano é um antagonista dos receptores V2. Verdadeiro
16. A administração simultânea de β-bloqueantes e digoxina pode provocar 29. O conivaptano tem acção antagonista dos receptores V1a e V2. Verdadeiro
fibrilhação auricular. Falso. Vão reduzir a frequência cardíaca, não 30. O tolvaptano induz alterações electrolíticas, por exemplo, hipocaliémia mais
provocando FA. graves que a furosemida. Falso, a sua vantagem reside precisamente no facto
17. O verapamil potencia a redução de condução provocada pela digoxina. – de não induzir tantas alterações electrolíticas como os diuréticos, por ser um
Verdadeiro aquarético.
18. Os iECAs são os únicos fármacos usados na terapêutica da insuficiência 31. Na insuficiência cardíaca o tolvaptano reduz a mortalidade a longo prazo e a
cardíaca crónica que reduzem a mortalidade. Falso, os ARAS II, os β- sintomatologia a curto prazo. Falso, reduz a sintomatologia a curto prazo
bloqueantes e os antagonistas da aldosterona também. mas não reduz a mortalidade. Quanto aos diuréticos também não há estudos
19. A administração a longo prazo de digoxina pode provocar ginecomastiapor em relação à mortalidade.
aumentar a síntese de estrogénio. Falso, pode provocar mas não é por 32. A sede e a boca seca são efeitos adversos descritos com os vaptanos.
aumentar a síntese mas por ter uma estrutura semelhante – núcleo Verdadeiro
esteróide.
20. A eplerenona reduz mais a mortalidade associada à insuficiência cardíaca
crónica que e espironolactona. Falso, a espironolactona reduz mais mas
apresenta ginecomastia como efeito adverso.
21. A eplerenona tem menor risco de provocar impotência sexual que a
espironolactona. Verdadeiro
22. O carvedilol tem acção antagonista α1, β1 e β2 tal como o bucindolol e o
metoprolol. Falso, carvedilol- α1, β1 e β2; bucindolol- β1 e β2; Metoprolol-
β1
23. Qualquer bloqueador β é eficaz na terapêutica da insuficiência cardíaca.
Falso, tem de ter acção β1.
24. A associação de iECAs e ARAs II é contra-indicada na insuficiência cardíaca.
Falso, têm efeito cumulativo a redução de angiotensina II circulante.
25. A dose dos iECAs na terapêutica da insuficiência cardíaca crónica é igual à
utilizada na terapêutica da hipertensão arterial. Falso, porque se deve
começar com doses baixas que depois se vão subindo lentamente,
ANTI-ARRITMICOS
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção / Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
CLASSE Ia -  CANAIS Na
CLASSE I C CLASSE I B
CLASSE III CLASSE II
CLASSE IV
NOTAS: de canais Na e de canais de outward de K  FASE 2/plateau: correntes de
despolarização de Ca compensadas com correntes de repolarização de K –
O funcionamento dos canais iónicos pode ser perturbado por isquémia aguda, delayed rectifier ou IK que aumentam à medida que correntes de Ca se inactivam
estimulação simpática, cicatrizes, hipoxia, alcalose, acidose, toxicidade  FASE 3: repolarização.
farmacolófica criando arritmias Muitos fármacos provocam arritmias por inibição de uma corrente rectificador
Antiarritmico - Supressão mecanismo iniciador (actividade pacemaker ectópica) IKr específica, que é codificada pelo gene HERG  novos anti-arritmicos não
ou supressão circuitos reentrada: devem bloquear este canal.
 Alteram função autonómica
 Bloqueiam condução de iões por certos canais iónicos (Na e Ca) Intervalo diastólico depende de potencial diastólico máximo, velocidade de
 Prolongamento período refractário despolarização e limiar de disparo/descarga
Anti-arritmicos também podem causar arritmias, logo é preciso excluir os
factores precipitantes antes de se prescrever As diferentes células cardíacas têm diferentes potenciais de acção, devido aos
Classificação de Vaughan Williams de acordo com mecanismo de acção diferentes canais iónicos.
predominante.  Aurículas e Ventrículos – há potenciais rápidos, à custa do Na, para
permitir contracção síncrona. ITO é maior e existe corrente repolarizante
Potencial de repouso célula cardíaca – 80-90 mV, calculado pela equação de adicional activada por ACh  estimulação vagal ainda  mais potencial
Nerst. Principalmente estabelecido pela ATPase Na/K (troca 3 Na por 2 K). Em acção
repouso a célula é permeável a K e este é o principal determinante do potencial  Nódulo sinusal e AV – há predomínio de potenciais lentos, à custo do Ca,
de repouso. Célula tem nível baixo de Ca, e só é libertado do reticulo tem poucas correntes de Na. Têm fase 4 – despolarização espontânea 
sarcoplasmático quando há activação de correntes de Ca. Ca é removido por é mais rápida no nodulo sinusal  pacemaker do coração.
ATPase no reticulo sarcoplasmático e uma trocador Na/Ca (3 Na por 2 Ca) na
membrana celular ECG: nodulo sinusal  propagação aurícula (onda P)  propagação abranda no
nodulo AV (corrente entrada Ca é menor que a corrente de Na no resto do
FASE 0: Despolarização  abetura canais Na  entrada Na até se estabelecer coração) e permite contracção auricular desfasada da contracção ventricular para
potencial de equilíbrio para o Na  canais Na inactivados (não conduzem). enchimento final dos ventrículos Feixe de His com condução rápida (tem as
Durante entrada de Na há uma série de activação de outro canais (movimento maiores correntes de Na).  Repolarização ventricular (onda T)
outward de K) FASE 1: corrente de K de repolarização (ITO) Inactivação total
 After despolarization e Triggered Automaticity – se há estímulo
Período refractário: se célula é estimulada muito cedo no estado de plateau, não (trigger) e se se atinge o limiar de despolarização, origina-se potencial de
há canais de Na disponíveis e não se gera potencial de acção. acção secundário.
Periodo refractário efectivo: é o mínimo período de tempo no qual um estímulo o Quando há muito Ca intracelular, um potencial de acção normal
prematuro resulta na propagação de uma respota. Aplica-se em células fast pode ser seguido por uma pós-despolarização tardia “delayed
response: auriculares, ventriculares e feixe de His. Se estímulo ocorre na fase 3 a afterdespolarization - DAD”  se esta atingir limiar ocorre um
magnitude da corrente de Na depende do número de canais de Na que batimento extra.
recuperaram, o que depende da voltagem do estímulo extra. Estratégia terapêutica: verapamil (bloqueia DAD) ou quinidina
Em células slow response, como o nodulo AV e outros tecidos isquemados, que (bloqueia canais Na  threshlod para novo potencial de acção)
depende de correntes de Ca, mesmo que um canal de Ca tenha repolarizado,
nem todos estão disponíveis para nova despolarização, logo um estímulo vai o Prolongamento potencial de acção, pode causar interrupção da
originar corrente de Ca reduzida que se propaga para células adjacentes. Se o fase 3 por “early after despolarization - EAD” (inward
estímulo extra for aplicado depois resulta numa corrente de Ca maior e movement Na e Ca ou trocador Na/Ca)  são mais comuns
propagação mais rápida. Esta condução lenta é um factor determinante para quando a Fc é baixa, K extracelular baixo e estão presentes
arritmias de reentrada (também pdem ocorrer quando as correntes de Na estão fármacos que prolonga potencial de acção. Pode ocorrer
diminuídas por doença ou despolarização. torsades de points – taquicardia ventricular com QT longo
Estratégia terapêutica: encurtando potencial de acção com
Tipos de arritmias isoproterenol ou pacing. Mg é eficaz a inibir batimento mas não
 Bradiarritmias - dificuldade no início dos impulsos normaliza repolarização ou intervalo QT. Em caso de torsades
 Bloqueio – quando não há propagação das aurículas para os ventrículos. de points ocorre em situações de stress adrenérgico, logo pode
Pode reflectir deficiência no nódulo AV ou no feixe de His. Causa: drogas dar-se -bloqueantes (não  intervalo QT) ou pacing.
ou defeitos estruturais
 Taquiarritmias – ritmos rápidos. Podem ser tratados com anti-  Dístúrbios de condução
arritmícios o Bloqueio
 Extrasístistoles/ arritmia isolada o Reentrada anatómica – quando impulsos se propagam por
 Ventriculares mais de uma via (normal e acessória) com diferentes
 Auriculares propriedades electrofisiológicas entre dois pontos no coração.
Vias acessórias são rápidas enquanto o nódulo AV é via lenta.
Mecanismos de arritmias e mecanismo acção fármacos. Assim, contracção auricular prematura a condução pode falhar
 Alteração automaticidade – células com despolarização diastólica na via acessória, mas vai pela via AV e pelo feixe de His e ai
espontânea (Fase 4): Nódulo AV e feixe de His. Estimulação - encontrar a via acessória quando já não estiver refractária 
adrenérgica, hipocalemia e estiramento mecânico de cardiomiócitos  esta probabilidade  à medida que a condução AV abranda 
Fase 4 e podem  pacemaker. Ach  pacemaker e provoca quando o impulso reentra na aurícula pode passar pelo
hiperpolarização. Automaticidade pode ocorrer em tecidos em isquémia. ventrículo pelo nódulo AV e assim sucessivamente 
Estratégia farmacológica: potencial diastólico (adenosina e Ach),  taquicardia AV reentrante. Pacientes com Wolf-Parkinson-
threshold fase 4 (-bloqueantes),  limiar para despolarizaçãi (bloqueio White têm conecções acessórias entre aurícula e ventrículos.
Na e Ca), prolongamento potencial de acção (bloqueio K) Taquicardia reentrante nódulo AV ou flutter auricular 
reentrada anatómica que ocorre na proximidade destes locais.
Taquicardia supraventricular paroxismal engloba tanto a
reentrada AV e a reentrada nódulo AV.
Estratégia: bloqueio propagação do potencial de acção. Em
WPW usar que prolonga tempo refractário do nódulo AV e  a
sua condução com BCC,  -bloqueantes, digoxina)

o Reentrada funcional (sem via anatómica) - Ex: zonas de


isquémia são zonas de condução lenta (não há energia para
Na/K ATPase, logo os potenciais de acção são à custa de Ca) 
impulsos que saem dessas áreas podem encontrar outras zonas
do miocárdio reexcitáceis  se existir apenas um foco de
reentrada ocorre taquicardia, se existirem vários ocorre
fibrilação
Estratégias farmacológicas: não se pode  a condução pois
promove arritmia, logo deve-se prolongar período refractário.
Em locais de condução rápida com bloqueadores canais de Na
ou com fármacos que  duração do potencial de acção sem
interferirem nos canais Na , bloqueando correntes
rectificadoras tardias. Em locais condução lentacom bloqueio
canais Ca.

A afinidade dos fármacos que bloqueiam canais iónicos, deve alterar-se conform
a conformação do canal. Ex.: fármacos mais efectivos que bloqueiam canais Na
bloqueiam a forma aberta ou inactivada, e têm pouca afinidade para a
conformação em repouso  bloqueio selectivo canais células despolarizadas 
suprimem automatismo ectópico e condução anormal e afectam pouco células
normas. Com cada potencial de acção ligam-se e na diástole dissociam-se. Se FC
 o tempo para dissociação  há bloqueio contínuo de canais de Na. O tempo de
recuperação do bloqueio também  quando as células estão despolarizadas,
como na isquémia  logo bloqueadores canais Na diminuem mais a corrente em
tecidos em isquémia
 duração potencial de acção  tempo que o canal está inactivado   bloqueio
por fármacos que se ligam a canais inactivados LIDOCAÍNA e AMIODARONA.
O tempo de recuperação do bloqueio, é muito rápido no caso da LIDOCAÍNA e só
ocorre bloqueio significativo em tecidos de despolarização rápida,
particularmente em isquémia. Fármacos como FLECAINIDE têm longo tempo de
recuperação que praticamente o mesmo número de canais está bloqueado na
sístole e na diástole  abrandamento da condução ocorre também em tecidos
com velocidade de cndução normal
VASODILATADORES & TRATAMENTO ANGINA DE PEITO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
NITRITOS e NITRATOS
ANTI-ANGINOSOS
-BLOQ BLOQUEADORES CANAIS CÁLCIO (BBC)
RECENTES
ANGINA
ESFORÇO

ANGINA
VASOESPÁSTICA

ANGINA
INSTÁVEL

Tx não
farmacológica

NOTAS  Suprimento sanguíneo – relacionado com a pressão de perfusão


(pressão aórtica diastólica – pressão telediastólica do VE na diástole) e a
Angina – dor torácica por acumulação de metabolitos devido a isquémia do
duração da diástole  na taquicardia diástole é reduzida. Fluxo
miocárdio, por desequilíbrio entre necessidades de oxigénio do coração e o
sanguíneo influenciado pela resistência vascular, determinada por
suprido pelos vasos. Causa mais comum é aterosclerose – angina
metabolitos, actividade autónoma  lesão endotélio altera capacidade
aterosclerótica/clássica, frequente em durante esforços mais intensos. Também
de dilatação e  RV
pode haver espasmo de vasos com placas de ateroma – angina
 Tónus vascular – tónus arterial determina o stress sistólico (pós-carga) e
vasosespástica/variante/Prinzmetal, que diminui o aporte de oxigénio. Isquémia
tónus venoso determina o stress diastólico (pré-carga). Mecanismos de
silenciosa/deambulatória – não é acompanhada de dor. Angina instável –
actuação de vasodilatadores:
quando surge angina em repouso, e alteração na frequência e duração da dor,
o  cGMP: impede interacção da miosina com actina, por
causada por  tónus artéria coronária epicárdica, pequenos coágulos
desfosforilação das cadeias leves de miosina  NO,
plaquetários na proximidade de placas de ateroma  grande risco EAM.
NITROPRUSSETO e NITRATOS ORGÂNICOS
Fisiopatologia angina o  Ca intracelular: BLOQUEADORES CANAIS DE CÁLCIO e -
BLOQUEADORES
 Demanda oxigénio -  consome 75% oxigénio,  com taquicardia,  o  permeabilidade K: impede despolarização do m.liso vascular
contratibilidade,  PA ou  volume ventricular durante exercício físico e  SULFATO DE MINOXIDIL, NICORANDIL (em teste)
descarga simpática.  utiliza lípidos como substrato, mas estes o  cAMP do m.liso vascular: eleva a taxa de inactivação da
necessitam de mais oxigénio para serem oxidados do que HC  utilizar cinase de cadeias leves da miosina, que desencadeia interacção
inibidores da oxidação de lípidos
da actina com miosina  mecanismo de acção de 2-agonistas 5. O diltiazem pode potenciar o inotropismo negativo da nitroglicerina.
(não utilizados na angina) Não. (A nitroglicerina não tem efeito inotrópico negativo.)

Quando há doença vascular em um território é provável que também exista em A nitroglicerina administrada por via transdérmica apresenta a seguinte
outros territórios. actividade:
6. Não interfere com os efeitos hemodinâmicos do sildenafil. Falso.
Roubo coronário – vaso coronário dá origem a dois ramos, um pacialmente
7. Pode provocar cefaleias. Sim.
obstruído e outro permeável. Vaso permeável tem capacidade dilatação, o outro
8. Potencia a bradicardia associada ao propanolol. Não.
já se encontra muito dilatado por acumulação metabolitos miocárdio isquémico.
9. É desnitrada no fígado. Sim.
O vaso parcialmente obstruído tem resistência que permite fluxo, se se usar
10. A sua administração deve ser suspensa diariamente durante 8 horas.
vasodilatador como DIPIRIDAMOL, diminui resistência e diminui pressão perfusão
Sim.
o que diminui fluxo no vaso obstruído
O atenolol...
 Furchgott, Ignarro e Murad descobriram NO como molécula de 11. É utilizado na terapêutica anti-anginosa? Sim.
sinalização no sistema CV (prémio Nobel 1998) 12. Terá acção vasodilatadora das coronárias? Não.
 Mecanismo acção NO: ACh estimula entrada Ca  activa NOsintase  13. Reduz a pré-carga? Não. Reduz a pós-carga.
NO  entra cel m. liso e estimula guanilatociclase  converte GTP em 14. Reduz o consumo de O2? Sim.
cGMP   Ca intracelular  relaxamento 15. Reduz o cronotropismo, particularmente durante o exercício? Sim.
16. Reduz a P.A.? Sim.
Terapeutica prevenção secundária ( risco total 75%): Relativamente à nitroglicerina sub-lingual:
17. Tem uma acção rápida e duradoura (>4 horas). Não (< 7 minutos).
 --bloqueadores -  risco 25% 18. Tem acção venodilatadora. Sim.
 Aspirina -  risco 25% 19. Tem potente acção dilatadora arterial sistémica. Não. Só em altas doses.
 Estatinas  risco 30% 20. É contra-indicada na insuficiência cardíaca. Não. Pode ser administrada
 iECA -  risco 25% I.V.
 Não fumar -  risco EAM 50% 21. É contra-indicada a administração reiterada (continuada) na crise
  PAs 10 mmHg -  risco 25% anginosa pelo risco de habituação. Não. (Respeitando o intervalo para
evitar o efeito de habituação, ela poderá continuar a ser administrada
para controlo e prevenção dos sintomas.)

PERGUNTAS:

1. O verapamil potencia o bloqueio auriculoventricular associado ao


metoprolol. Sim
2. A nifedipina potencia a bradicardia associada ao atenolol. Não.
3. A nitroglicerina aumenta os riscos de broncoconstrição associados ao
propanolol. Não
4. A taquicardia induzida pelo nitrato de isosorbido pode ser controlada
pelo propanolol. Sim
DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Contra-indicação
ANTI-COAGULANTES
INIBIDORES INDIRECTOS FACTOR Xa
INIBIDORES DIRECTOS FACTOR Xa
INIBIDORES DIRECTOS TROMBINA
ANTAGON RECEP ADP BLOQUEIO IRREVERSÌVEL COX-1 AGENTES FIBRINOLÍTICOS FIBRINOLÍTICOS

ANTI-AGREGANTES PLAQUETÁRIOS
INIBIDORES
 AMPc ANÁLOGOS ATP
RECEP IIb/IIIa

DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS
FARMACOLOGIA CLÍNICA PREVENÇÃO COAGULAÇÃO

TROMBOSE
VENOSA

TROMBOSE
ARTERIAL
NOTAS:

Hemostasia – manutenção da fluidez do sangue, reparo da lesão vascular e coagulação  proteólise zimogénio de factor de coagulação (factor VII – é) em
restrição da perda de sangue, evitando trombose perfusão inadequada de protéase activa (factor VIIa)  Factor VIIa forma complexo VIIa-FT  Activação
órgãos vitais. IX em IXa (por inibidor da via do factor tecidual – TFPI)  Factor Xa + Va forma
complexo protrombinase  conversão protrombina (factor II) e trombina (factor
Endotélio tem fenótipo anticoagulante, mas em caso de lesão adquire fenótipo
IIa)  clivagem péptidos de fibrinogénio + activação factores de coagulação
pró-coagulante porque expõe proteínas de matriz subendotelial (colagénio e
proximal, factor V, VIII, XI, com geração mais trombina + activação factor XIII que
factor de von Willebrand) e secreta vasoconstritores e moléculas de
estabelece ligações cruzadas com a fibrina e estabiliza coágulo  formação
recrutamento e activação de plaquetas.
coágulo de fibrina que estabiliza tampão plaquetário. Trombina também activa
 Trombos brancos – Arteriais. Ricos em plaquetas. Formam-se em via da proteína C que atenua resposta da coagulação.
ambientes de alto fluxo e grande força de cisalhamento. Produzem
 Defeito no mecanismo de coagulação: sangramento dos tecidos
isquémia. Pode dar-se ASPIRINA (actua factor Xa) +
profundos sem evento desencadeante. Ocorre quando actividade do
CLOPIDOGREL/TICLOPIDINA (actua ADP) e inibidores Glicoporteina
factor é inferior a 5-10% do normal. Hemofilia A (def, factor VIII).
IIA/IIIB (ABCIXIMAB)
Hemofilia B/ de Christmas (def. factor IX).
 Trombos vermelhos – Venosos. Ricos em fibrina com grande número de
eritrócitos. Podem causar edema, dor no membro afectado, embolia Coagulação ocorre na superfície das células com fosfolípidos aniónicos
pulmonar com insuficiência cardíaca direita. Dar fibrinolíticos e (fosfatidilserina) e é mediado por pontes de cálcio entre os fosfolípidos e
VARFARINA resíduos de ácido-carboxiglutâmico dos factores coagulação  usar quelantes de
cálcio (EDTA ou citrato) para impedir coagulação na base do tubo de ensaio.
Hemostasia primária: Activação plaquetas  alteração receptor IIb/IIIa 
ligação ao fibrinogénio  ligação cruzada com plaquetas adjacentes  tampão Antitrombina – anticoagulante endógeno que inactiva protéases IIa, IXa, Xa, XIa,
plaquetário. Em caso de defeitos na função plaquetária ou doença de von XIIa. Proteína C e proteína S – inactiva Va e VIIIa. Doença: Factor V de Leiden que
Willebrand há sangramento de mucosa com lesão. o torna mais resistente a ser inactivado pela proteína C e S.

Complexo IIb/IIIa está na superfície da plaqueta. Receptor para fibrinogénio e Fibrinólise – Plasmina circula na forma inactiva plasminogénio  em resposta à
vitronectina, mas também fibronectina factor de von Willebrand. Via comum lesão e à estase o endotélio sintetiza activador de plasminogénio tecidual (t-PA)
final da agregação plaquetária. Carência desde complexo  trombastenia de  conversão plasminogénio em plasmina  Plasmina tem kringles que se ligam
Glanzmann. a lisinas expostas sobre o coágulo (especificidade para o coagulo, o não acontece
na hipocoagulação)  digestão fibrina. Produtos de degradação fibrina activam
Hemostasia secundária: Factor tecidual (FT - expresso ubiquamente fora dos
plasminogénio
vasos, mas não está expresso activamente no seu interior) activa cascata
 Inibição fibrinólise: Células endoteliais produzem inibidor do t-PA I, o Anticoagulantes parentéricos
IAP. 2-Antiplasmina circula no sangue e inactiva plasmina que não
esteja ligada ao coágulo. Liga-se ao mesmo sítio na plasmina que os  Inibidores indirectos factor Xa, antitrombina dependentes – Heparina
fibrinolíticos não fraccionada, heparina baixo peso molecular, FONDAPARINUX,
 Terapêutica útil na doença trombótica  activador do plasminogénio IDRAPARINUX
tecidual, urocinase e estreptocinase.  Inbidores directos trombina (novos) – ARGABATRAN, DABIGATRAN,
 Terapêutica útil na insuficiência hemostática  acido aminocapróico LEPIRUDINA/DESIRUDINA/BIVALIRUDINA
(inibidor da fibrinólise)
Anticoagulantes orais
Regulação função plaquetas:
 Varfarina
 Agentes produzidos fora das plaquetas que interagem com recep  Inibidores directos trombina – DABIGATRAN, XIMELAGATRAN (não
membrana: catecolaminas, colagénio, trombina, prostaciclina. disponível mercado)
 Agentes produzidos dentro das plaquetas que interagem com recep  Inibidores directos factor Xa (novos) – RIVAROXABAN, APIXABAN
membrana: ADP (indutor agregação plaquetária). Prostaglandina D2.
Prostaglandina E2. Serotonina – estimula agregação e vasoconstrição HEPARINA - descoberta por Jay Mclean no fígado do porco. Também existe nos
 Agentes produzidos dentro da plaqueta que actuam dentro da mastócitos (mastocitose sistémica provoca  aPTT). É um GAG com ácido
plaqueta: Tromboxano A2 (sintetizado a partir do ácido araquidónico. glicurónico e idurónico onde se ligam grupos sulfato que se ligam anti-trombina.
2+
Vacoconstritor e activador plaquetário). cAMP. cGMP, Ca . Unidade de heparina corresponde à quantidade necessária para sangue não
 Activada por factores as plaquetas juntam-se por moléculas de adesão, coagular durante 1h.
gp IIb/IIIa e cada uma delas contem no meio o fibrinogénio ou o factor
von Wilbrand Enfarte agudo miocárdio e AVC
 Plaquetas não aderem normalmente por NO (que produz GMPc),
 Fibrinólise
prostaciclina PgI2 (produzida no endotélio e produz AMPc)
 Terapêutica mecânica = Angioplastia – injectar contraste para
Coagulação intravascular disseminada - após lesão tecidual, cancro, emergências localização do trombo  desobstrução do trombo com aspiração 
obstétricas, sepsis bacteriana insufla-se balão  colocação stent. É o mais usado. Nas primerias 3h30
angioplastia tem = resultados terapêutica trombolítica.
( ISI serve para padronizar em função  No caso de AVC, como não se pode colocar stent faz ALTEPLASE 3-4h
dos diferentes reagentes utilizados. É aproximadamente 1. após

Anti-coagulação em cirurgia ortopédica, FA. Gravidas têm mais risco fenómenos PERGUNTAS
tromboembolismo (estrogénio, compressão veias ilíacas)  não de dá anti-
1. A semi-vida da heparina está diminuída na cirrose hepática e na Insuf.
coagulantes. A paciente deverá movimentar-se
renal. F. A semi-vida está aumentada, por isso temos de reduzir a dose.
Terapeutica anti-coagulante 2. A monitorização da HBPM faz-se pela determinação do TP. F. A
monitorização da HBPM faz-se pela determinação do factor Xa, da
1. Varfarina – ou anti-agregantes se paciente não conseguir cumprir heparina não fraccionada faz-se pelo aPTT e da varfarina pelo IRN.
medicação
2. Heparina LMW 3. A acção anticoagulante da HBPM deve-se à inibição do factor Xa
3. Anti-agregantes mediada pela antitrombina III. V
4. A teratogenicidade é um dos efeitos secundários da heparina. F (a 21. A Aspirina aumenta a absorção da vitamina K. (F)
heparina não passa a barreira placentária). O efeito é da varfarina. 22. A Aspirina inibe o metabolismo da Heparina. (F)
5. O sulfato de protamina antagoniza o efeito anticoagulante da heparina. 23. A Aspirina inibe a agregação plaquetária. (V)
V 24. Ambos os fármacos activam o plasminogénio. (F)
6. A condrodisplasia punctata é um dos efeitos adversos da heparina. F. É 25. O seu metabolito, Ácido Salicílico, tem efeito trombolítico e
da varfarina. antiagregante. (F)
7. O antídoto da heparina é a vit. K. F. Esse é o antídoto da varfarina. 26. O t-PA tem menor ligação à fibrina que o Tenecteplase. (V) (O
8. A colestiramina interfere com a absorção da heparina F. A colestiramina Tenecteplase é o mais selectivo e especifico)
(sequestrador de ácidos biliares – resina – utilizado na 27. A Estreptocinase pode induzir um estado lítico sistémico por provocar
hipercolesterolémia) interfere com a absorção da varfarina. uma massiva activação do plasminogénio. (V)
9. Na trombocitopénia induzida pela heparina, a varfarina é o 28. A Urocinase também se liga à fibrina tal como a t-PA. (F) (Liga-se ao
anticoagulante alternativo. F. Nessa situação, a varfarina é contra- plasminogénio)
indicada uma vez que leva ao seu agravamento. Como alternativa deve 29. O Ácido Aminocapróico bloqueia a ligação da plasmina à fibrina. (V)
administrar-se lepirudina. 30. O Reteplase não tem riscos de provocar hemorragia intracraniana. (F)
10. O fondaparinux e o idraparinux têm o mesmo tempo de semi-vida. F. O (Todos os fibrinolíticos têm esse risco.)
tempo de semi-vida do fondaparinux é entre 15 a 20h e do idraparinux é 31. O Dipiridamol bloqueia a captação celular da Adenosina. (V) (Fica mais
de 80h. livre a adenosina.)
11. O antídoto do fondaparinux é o mesmo da enoxaparina (HBPM).F. Neste 32. O Iloprost é um bloqueador da GP IIb/IIIa. (F) (Iloprost é um análogo da
momento, o fondaparinux não tem antídoto e o da heparina é o sulfato prostaciclina)
de protamina. 33. Os bloqueadores da GP IIb/IIIa inibem a agregação plaquetar e a COX-1.
12. O Fondaparinux é um inibidor indirecto da Trombina. F. O fondaparinux (F) (Inibem a agregação plaquetar mas não a COX-1)
é inibidor indirecto do Factor Xa e precisa da antitrombina. 34. Os bloqueadores da GP IIb/IIIa inibem a ligação do fibrinogénio às
13. A acção do Dabigatran é mediada pela antitrombina III. F. É um inibidor plaquetas. (V)
directo da trombina, logo a sua acção não é mediada pela antitrombina 35. Os AINES e a Aspirina inibem irreversivelmente a COX-1 plaquetar. (F).
III. (Os AINES não, pois não acetilam a COX. Há só um AINE que poderá ter
14. O Rivaroxaban é um inibidor directo do Factor Xa. V. um efeito bastante prolongado e que talvez seja importante em termos
15. A lepirudina e um inibidor directo da trombina para prescrição oral. F. É de anti-agregação plaquetar, que é o Naproxeno; os outros
um inibidor directo e irreversível da trombina, mas é parentérico. possivelmente até agravam.)
16. A Lepirudina requer co-factores plasmáticos para provocar 36. A Aspirina provoca neutropénia grave. (F) (Ticlopidina)
anticoagulação. F. 37. A Ticlopidina e o Clopidogrel inibem a ligação do ATP aos receptores
17. O Rivaroxaban e o Dabigatran são indicados no trombo-embolismo na plaquetares. (F)
grávida. F. na grávida só se administra heparina. 38. A administração de Ibuprofeno associado à aspirina inibe a acção
18. A administração do Rivaroxaban e associada com a Eritromicina tem antiplaquetar desta. (V)
relevância clínica pelo que a dose anti-coagulante deve ser reduzida. F. 39. O Ticagrelor é um análogo do ATP com acção antagonista do receptor
Apesar de existir interacção medicamentosa do Rivaroxaban com a P2Y12. (V)
Eritromicina, os estudos só demonstram relevância clínica com o 40. Os doentes portadores do polimorfismo do gene …. têm menor
Ritonavir e o Cetoconazol. concentração do metabolito efectivo do Clopidogrel.
19. Não existe evidência do benefício do Dabigatran ou do Rivaroxabanna 41. A actividade anti-coagulante do Fondaparinux e das Heparinas de baixo
prevenção do trombo-embolismo na Fibrilhação Auricular. F peso molecular é monitorizada pela aPTT. (F)
20. A Aspirina pode potenciar a anti-coagulação da Heparina. (F)
ANTI-HIPERLIPIDÉMICOS E ATEROSCLEROSE
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precaução/Interacção
ESTATINAS
INIBIDORES ABS ESTEROL
ÁCIDO NICOTÍNICO =
NIACINA = Vit B3 =
FACTOR PP
RESINAS LIGAÇÃO ÁCIDOS BILIARES
FIBRATOS
AG OMEGA 3, 6

FITOESTERÓIS

TORCETRAPIB
DALCETRABIP
ANACETRAPIB
EVACETARPIB

Ac Anti-PCSK9
OXIDANTES
ANTI-

FARMACOLOGIA CLÍNICA HIPERLIPIDEMIA


(1) Usar associações quando VLDL muito elevado mesmo usando resina. (2) níveis de LDL e VLDL estão inicial/ elevados. (3) niveis de LDL ou VLDL não se normalizam só com um
fármaco. (4) Lp(a) ou deficiência HDL coexiste com hiperlipidemias
Hipercolestrolemia
HiperTAGemia
HDL
NOTAS: VLDL, IDL e LDL pela proteína transferência de esteres de colesteril
(CETP) e vão até ao fígado por endocitose de lipoproteínas.
Lipoproteínas têm regiões centrais hidrofóbicas com TAG e esteres de colesteril,
circundadas por fosfolípidos, colesterol não esterificado e apolipoprotéinas. Hiperlipidemia / hiperlipoproteinemia  elevação de qualquer umas das
Apolipoproteinas promovem estabilidade estrutural, são ligandos de receptores, espécies de lipoproteínas. Causas: estilo de vida (dieta rica em lípidos,
são co-facotes em processos enzimáticos que regulam metabolismo de sedentarismo), genética (hipercolestrolémia familiar), secundária a doenças.
lipoproteínas. B-48 formada no intestino e encontrada na quilomicra e B-100
formada no hepatócito e encontrada nas VLDL, IDL, LDL, lipoproteína Lp(a) Diabetes mellitus  VLDL,  HDL
Insuficiência renal crónica  VLDL,  HDL
 Quilomicra – TAG e lípidos da dieta absorvidos no intestino formam Alcoolismo  VLDL,  quilomicra
quilomicra e vão para vasos linfáticos. TAG removidos no sistema extra- Síndrome nefrótico  LDL,  VLDL
hepático pela hidrólise pela lipoproteína lípase (LPL) do endotélio   Hipotiroidismo  LDL,  VLDL
diâmetro das partículas. Glicerol fica na corrente sanguínea e AG são Progesterona  LDL,  HDL
depositados no tecido adiposo ou são oxidados no m. esquelético e m- Anabolizantes  LDL,  HDL
cardíaco. Quilomicra remanescentes são capturados pelos hepatócitos Corticosteróides  LDL,  HDL
pelo receptor LFT. Lípidos de superfície e apoprotéinas são transferidas
para HDL. Hipertrigliceridemia primária – Se nível de TAG > 700 mg/dl há risco de
 VLDL – Produzidas nos hepatócitos. Adquirem ApoE das HDL e ApoC pancreatite aguda
Transportam TAG para tecidos periféricos, onde são hidrolisados pela
LPL produzindo AG para armazenamento e para oxidação no m. cardíaco  Quilomicronemia e elevação de VLDL em jejum – normalmente
e m. esquelético. Sobram VLDL remanescentes (IDL) que são quilomicra está ausente no plasma se jejum > 10h. Pode ser causada
endocitados pelo fígado ou convertidos em LDL pela lípase hepática, por deficiência de lipoproteína lípase e está associada a lipemia
pela remoção de TAG e perda de ApoE. Quando a hipertrigliceridemia acentuada. Sinais: xantomas, hepatoesplenomegalia,
regride  LDL. hiperesplenismo, células espumosas na medula óssea, fígado e
 LDL – Produzidas principalmente nos hepatócitos. Esteres de colesteril baço. Lipemia agravada pelo estrogénio porque  VLDL, gravidez.
hidrolisados produzindo-se colesterol para síntese de membranas Dx: diagnosticar deficiência de LPL administrar heparina para avaliar
celulares. Produção endógena de colesterol envolve a HMG-CoA actividade lipolítica. Tx: restrição dietética, niancina ou fibrato
redutase e é regulada pelos níveis de colesterol intracelular. 70% das  Hipertrigliceridemia familiar – Causa: remoção diminuída das
LDL removidas do plasma por endocitose mediada por receptor ApoB- lipoproteínas ricas em TAG,  VLDL agravado por obesidade,
100, nos hepatócitos. Hepatócitos eliminam colesterol na bilis consumo álcool, diabetes e estrogénios. Pacientes têm obesidade
 Lipoproteína Lp (a) – formada a partir das LDL e proteína (a), homologa central com resistência à insulina. Sinais: xanotmas, lipemia
ao plasminogénio, mas que não é activada pelo activador do retiniana, dor epigástrica e pancreatite. Tx: restrição dietética,
plasminogénio tecidual. Pode provocar inibição da trombólise. Níveis são abstinência álcool e estrogénios exógenos, redução massa corporal
elevados na presença de nefrose. e exercício, fibratos ou niancina e AG ómega 3
 HDL – Possuem ApoE. Secretadas pelo fígado e intestino. Lípidos provem  Hiperlipoproteinemia combinada famliar – níveis elevados de VLDL,
das camadas superficiais dos quilomicra e das VLDL durante a lipólise. LDL ou ambas. Tx: dieta não é suficiente. Administrar estatina
Adquirem colesterol dos tecidos periféricos pelo transportador ABCA1 e isoladamente ou em associação com niancina ou fenofibrato. Neste
esterificado pela LCAT ou dos macrófagos pelo transportador ABCG1 casousar rosuvastatina e pravastatina porque não são
para partículas de HDL. Esteres de colesteril são transportados para metabolizadas pelo CYP3A4.
 Disbetalipoproteinemia familiar – acumulação de IDL e VLDL com   Redução ponderal (4,5 kg)  LDL 5-8%.
LDL. Os remanescentes são ricos em esteres de colesteril logo os
níveis de colesterol podem estar tão elevados como os de TAG. D.:  Gordura total, alcool, calorias em excesso  TAG por  secreção
ausência de ApoE. Sinais: xantomas, obesidade, intolerância glicose, hepática de VLDL.
aterosclerose. Tx: perda de peso, redução consumo gordura,  Primazia a glícidos complexos e fibras, gorduas monosaturadas. AG
fibratos ou niancina, estatina. ómega 3 proveniente de peixe  TAG e AG ómega 6 causam  TAG.

Hipercolestrolemia primária Medidas farmacológicas

 Hipercolestrolemia familiar – transmissão AD, se heterozigótico  Fármacos devem ser evitados em grávidas, e mulheres em lactação.
colesterol 260-500 mg/dl se homozigótico colesterol > 1000 mg/dl.  Podem exigir ajusta da dose de varfarina e de anticoagulantes derivados
Causa: Defeitos nos recep de LDL Dx: níveis elevados de colesterol no da indandiona.
sangue do cordão umbilical. Sinais: xantomas, xantelasmas, arco  Crianças com hipercolestrolemia familiar só podem ser tratadas depois
corneano, coronariopatia. Níveis de TAG estão normais. Tx: dos 7/8 anos, altura em que a meilinização do SNS está concluída
Homozigóticos respondem parcialmente à niancina, ezetmiba, estatinas
Heterozigóticos os níveis de LDL podem ser regularizados com esquemas  Hiperlipemia  níveis aumentados de TAG. Pode culminar em
combinados pancreatite aguda
 Defeito do receptor da ApoB – Apo B-100 liga-se a recep LDL e permite
endocitose. Não é tao grave como lipercolestrolémia familiar. Tx: Aterosclerose e doença coronária
Resposta a estatinas é variável. Supra-regulaçao dos receptores de LDL
não aumenta a captação de LDL com ligantes defeituosos. Usar niancina  Estimativa de risco CV: risco muito elevado se DCV conhecida, DM I ou
pois  VLDL. DM II com microalbuminuria, doença renal crónica. Risco elevado HTA
 Hiperlipoproteinémia familiar – normalmente apenas há elevação de ou dislipidemia familiar e SCORE entre 5-10%. Risco intermédio
LDL. Tx: inibição dietética, estatina, niancina ou fenofibrato. obesidade, SCORE entre 1-5%. Risco baixo SCORE < 1%. Para avaliar risco
poulação geral sem sianis de dença clínica ou pré-clínica utilizar tabelas
 Hiperlipoproteinemia Lp (a) – produção aumentada de proteína (a). Tx:
SCORE.
niancina diminui os níveis de Lp (a).
 Deficiência de colesterol 7-hidroxilase – aumenta LDL
 Placas de ateroma constituídas por células espumosas (macrófagos e cél.
 Deficiência HDL – Doença de Tangier e deficiência de LCAT. Tx: usar
m. liso) que endocitam lipoproteínas oxidadas por ligação a receptores
niancina pois aumenta HDL.
scavanger, colagénio, fibrina, cálcio.
Medidas dietéticas  Quando há placas de ateroma a dilatação das artérias coronárias em
resposta a uma maior demanda é afectado
 Pacientes com hipercolestrolémia familiar ou com hiperlipidemia
combinada familiar necessitam sempre de terapia farmacológica.  Factores de risco: Tabagismo (diminui HDL, tem efeitos citotóxicos no
endotélio, aumenta oxidação de lipoproteínas e estimulação
Medidas dietéticas permitem redução de 25-30% LDL:
trombogénese=, HTA, HDL < 40 mg/dL, , história familiar doença
 Redução gorduras saturadas e transsaturadas  LDL 8-10%. coronária, idade.
 Redução colesterol (<200 mg/dia)  LDL 3-5%.  HDL tem efeitos protectores pois removem colesterol da parece arterial
 Fito esteróis (até 2g/dia)  LDL 6-10%. conduzindo até aos hepatócitos e inibem oxidação de lipoproteínas.
 Fibra (5-10g)  LDL 3-5%.   1% HDL   3% risco doença coronária
  1% LDL   1% risco doença coronária
 O tratamento da hiperlipidemia não deve a sua eficácia à redução das
placas de ateroma, mas sim à redução dos eventos coronários agudos,
por diminuição da actividade inflamatória dos macrófagos.

PERGUNTAS

1. A niacina é indicada para o tratamento da Hiperglicémia e do aumento


das LDL. Falso
2. Os Fibratos aumentam as HDL e reduzem a trigliceridémia. Verdadeiro
3. As estatinas são contraindicadas na hipertrigliceridémia. Falso Não são
contraindicadas, mas não baixam os triglicéridos significativamente. Os
fibratos são mais indicados.
4. O Colesevelam (que é uma resina ligadora dos ácidos biliares) deve ser
utilizado com precaução na hipertrigliceridémia. Verdadeiro.
5. O Ezetimibe associado às Estatinas tem acção sinérgica na redução das
LDL. Verdadeiro.
6. A rabdomiólise, associada à niacina pode ser evitada pela administração
de aspirina. Falso. A rabdomiólise não está associada à niacina, mas sim
às estatinas.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
SIMPATICOMIMÉTICOS
ANTI-MUSCARÍNICOS
INIBIDOR VIA LEUCOTRIENOS INIBIDORES FOSFODIESTRASE
ESTRATÉGIAS
ANTITÚSSICO ANTICORPOS ANTI IgE CORTICOSTERÓIDES
FUTURAS

TRATAMENTO TOSSE
MUCOLÍTICO

FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO ASMA


Não farmacológica
Crises esporádicas

Crises + frequentes

Crises ++ frequentes
Se não responsividade
Casos mais graves

Asma aguda

Asma criança

Asma grávida

FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO DPOC

FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO RINITE ALÉRGICA

FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO REACÇÕES ANAFILÁTICAS


NOTAS: Alergia a AAS: AAS inibe a COX, desviando a via da fosfolipase A2 para a síntese
de leucotrienos o que leva a sintomas típicos da crise asmática com
ASMA – Doença inflamatória, associada a contagens mais altas de linfócitos e broncoconstrição e sintomas de uma libertação sistémica de histamina como
eosinófilos. Episódios recidivantes de tosse, dispneia, constrição torácica e sibilos flushing.
devido hiper-reactividade estímulos inalatórios que causa estreitamento
reversível e generalizado das vias respiratórias brônquicas. A longo prazo causa TOSSE:
perda da função pulmonar. Pode ser intermitente ou persistente.
 Util = Produtiva (c/ secreções, exsudados, eliminação corpos
 Causas obstrução via aérea: 1) contracção da musculatura lisa da via estranhos)
área (broncospasmo, por activação terminações nervosas sensitivas por  Seca = Não produtiva (por iECA, infecções virais, neoplasia
acção Pg, leucotrienos, histamina), 2) espessamento dos tampões de bronquica)
muco, 3) espessamento da mucosa devido a edema, infiltração celular,  Reflexa (mecanismo protector)
hiperplasia celular.
Num fumador com bronquite crónica a tosse é o ultimo mecanismo de defesa da
Doença mediada por IgE. Após o contacto com uma substância inócua dá-se uma via aérea porque os cílios estão disfuncionais e existem muitas secreções que
grande produção de IgE  IgE liga-se aos mastócitos da mucosa da via necessitam de ser excretadas. Inibir a tosse favorece aparecimento de infecções.
respiratória  Resposta asmática inicial: exposição subsequente ao antigénio
provoca desgranulação dos mastócitos  Libertação histamina, triptase, APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO – paragens respiratórias duração superior a 10
seg durante a noite, devido relaxamento muscular. Factores de risco: excesso de
leucotrienos C4, D4 e prostaglandina D2  Broncoconstrição  Resposta
peso, HTA, constrição via aérea, idade, consumo álcool e substancias depressoras
asmática tardia: (após 4-6h) por entrada células inflamatórias que produzem
do SNC, consumo miorrelaxantes (BENZODIAZEPINAS e OPIÁCEOS), consumo
citocinas. Mais grave que resposta inicial. Linfócitos Th2 produzem IL-4, IL-5, IL-9,
tabaco. Manifestações: ressonar, hipersonolência Tratamento: perda de peso,
IL-13 que activam eosinófilos  a longo prazo causa hipertrofia muscular que é
terapia posicional (evitar dormir em decúbito dorsal), evitar consumo de álcool e
difícil de reverter
outros depressores do SNC, cirurgia, Continuos Positive Airway Pressure (CPAP)
 Acontecimentos predisponentes – exposição alergénio (ácaros, poeira,
Terapêutica inalatória
baratas, pelo animais, mofo, pólen), dióxido de enxofre, manobras
respiratórias rápidas, infecção viral, ar frio, esforço, emoções (explica Teoricamente permite altas concentrações locais e poucas concentrações
interrelação entre sistema nervoso e sistema imunológico  actuação sistémicas. Eficácia depende tamanho partículas, padrão respiratório (inspiração
da substância P nas terminações sensitivas desencadeia reacção lenta e profunda e depois suster por 5-10 seg), tipologia vias aéreas. Partículas
inflamatória). Exposição a alergénio não é fundamental para com > 10 m depositam-se na boca e < 0,5 m são inaladas e exaladas sem haver
desencadear crise e a exposição não se correlaciona com a gravidade da deposição. Partículas ideais entre 1 e 5 m.  80-90% depositados na boca e
crise faringe. Para produzir poucos efeitos sistémicos devem ser pouco absorvidos
 Indicadores de risco: variações VEF1 (paciente pode usar diariamente pelo TGI e rapidamente desactivados pelo metabolismo hepático.
Peak Flow meter), contagem alta de eosinófilos, níveis altos NO no ar
expirado. Reactividade brônquica avaliada por redução de FEV1 após  Aerossóis: MDI – “bombinhas tradicionais” contendo
inalação de METACOLINA. clorofluorocarbonatos. Spacer – acoplar MDI ao spacer. Fármaco
acumula-se no espaço morto e quando inspirado a administração de
Via Fosfolipase A2 (inibida pelos CORTICOSTERÓIDES) metaboliza fosfolípidos moléculas ocorre através de fluxo laminar que distribui eficazmente o
membrana em ácido araquidónico. Pode seguir via da ciclooxigenase (inibida produto pela via aérea. Diminui efeitos adversos que advém da absorção
pelos AINE) e dar prostaciclina, prostaglandina D2 e E2, tromboxano ou a via da do fármaco pela mucosa oral e faríngea. Inaladores de pó seco
lipooxigenase e dar leucotrienos e lipoxinas.
utilizando lactose e glicose em pó para transportar fármaco. Necessitam  Nebulizador – Usar em pacientes não controlam inalação ou em
grande fluxo ar e pode causar irritação exacerbações graves da asma quando capacidade inspiratória diminuida.
Diluir em soro fisiológico. Usar doses maiores de fármaco
TABAGISMO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
TABACO
ANTI-TABÁGICOS
NOTAS:

 Planta: Nicotiana tabacum  Acroleina: produto de decomposição do glicerol


 Portugueses trouxeram o tabaco para a Europa. Durante muitos séculos  Formaldeído: derivado açúcar e celulose
atribuíram-se propriedades terapêuticas (cefaleias, dores de dentes,  Hidrocarbonatos aromáticos policíclicos: são carcinogénicos. Ex:
artralgias, obstrução gástrica, feridas, nefrolitíase) Benzopireno
 1950 – primeira associação entre fumo de tabaco e cancro do pumão
 1962 – Primeira medidas anti-tabágicas Fases cessação tabágica:

Constituintes tabaco: 1. Pré-contemplação – “fumo, não necessito deixar de fumar”


2. Contemplação – “fumo, mas estou a pensar parar”
 Aerossol constituído por porção volátil e porção sólida (deposita-se 3. Preparação - “fumo, mas vou deixar de fumar brevemente”
árvore traqueo-bronquica) 4. Acção – “parei de fumar mas ainda não passou muito tempo”
 Acetaldeído: devido combustão de celulose e açucares adicionados 5. Recaída
HORMONAS PANCREÁTICAS E FÁRMACOS ANTIDIABÉTICOS
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
INSULINA
INSULINA
Cla
sse Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
SEGRETAGOGOS
TIAZOLIDINEDIONAS ou GLITAZONAS BIGUANIDA
GLICAGINA INIBIDORES SGLT-2 INIBIDORES -GLICOSIDASE

OUTRAS HORMONAS PANCREÁTICAS


AMILINA, IAPP

FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO DIABETES TIPO II

Combinação com
EXENATIDA

Combinação com
PRANLINTIDA

Combinação com
INSULINA
Grávida
FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO DIABETES TIPO I
Combinação com
PRANLINTIDA
Combinação
medicamentos orais
NOTAS: moléculas insulina ou análogos. Insulina em concentração habitual de 100U/ml
(U100). Em casos raros de resistência há U500.
 Paul LAngerhans descreveu ilhéus pancreáticos
 Minkowski e von Mering reproduziram Diabetes fazendo pancreatomias Absorção maior no abdómen, coxa, no braço é menor. Massagem, banho quente
a cães. Administraram extracto de pâncreas  insulina destruída por  absorção, exercício físico e ficar de pé  absorção. Quanto mais profunda (IM)
enzimas hepáticas  não eficaz  + absorção
 Bantig, Best e Macleod descobriu insulina
Insulina injectada entra em circulação, não vai logo para o fígado com a insulina
Ilhéus de Langerhans contêm 4 tipos de células que produzem: insulina endógena. Logo para obter efeitos hepáticos tem que se dar doses maiores do
(Produzida células beta – 75%. Hormona anabólica de armazenamento), amilina que as que seriam fisiológicas. Administrar sempre dose menor possível. Insulina
(Produzida células beta – 75%. Modulador do apetite, esvaziamento gástrico, a mais  hipoglicémia. Há diferenças entre a secreção de insulina quando se dá
secreção glucagina e insulina), glucagina (Produzida células alfa – 20%. glicose oral ou IV. Via IV há mais libertação insulina devido ao efeito das
Hiperglicemiante que mobiliza reservas de glicogénio), somatostatina (Produzida incretinas intestinais
células delta – 3 a 5 %. Inibidor células secretoras), péptido pancreático
(Produzida células PP – 2%, apenas na porção posterior da cabeça do pâncreas. Deve fazer-se uma terapia intensiva da diabetes vs terapia convencional 
proteína que facilita processos digestivos). comprovado estudo DCCT (DM I) e KPDS (DM II)  há +  HbA1c,  risco
retinopatia (prevenção primária = 76%) ou progressão retinopatia (prevenção
 Diabetes Mellitus tipo I: Destruição selectiva das células B com secundária = 54%),  neuropatia (60%),  albuminúria (prevenção primária = 
deficiência grave ou absolta de insulina. Necessita administração de 34%, prevenção secundária =  56%), há menos incidência de diminuição da GFR.
insulina. Pode ter etiologia auto-imune (mais comum) ou idiopática. HbA1c associada risco de retinopatia.  risco evento DCV (42%), principalmente
Pacientes manifestam doença antes dos 30 anos. Pode haver EAM ( 57%) na DM I. Há mais risco de hipoglicémia.
susceptibilidade genética
 Diabetes Mellitus tipo II: Resistência tecidual à acção da insulina com Quando se detecta diabético 50% células  já não estão funcionantes e a cada 6 A
deficiência relativa da secreção da hormona  hiperinsulinismo.  50% das restantes Apoptose acelerada devido a glicotoxicidade, lipotoxicidade,
Comprometimento da acção da insulina altera o metabolismo lipídico, citocinas pró-inflamatórias, leptin, islet cell amyloid.
com  fluxo de AG e  TAG e  HDL. 30% necessitam de insulinoterapia
Aldoreductase transforma glicose em sorbitol. Sorbitol entra cristalino  
para controlar glicemia. Alguns pacientes podem manifestar DM I e II.
osmolaridade  lesão tecidual. No nervo  inositol  neuropatia. Poderia usar-
Pode ocorrer cetoacidose em situações de stress (infecção,
se inibidores aldoredutase na tx DM numa fase adiantada (antes de ocorrer
corticosteróides -  resistência à insulina). Em indivíduos desidratados
lesão) mas são hepatotóxicos
poderá ocorrer coma hiperosmolar não-cetótico.
 Diabetes Mellitus tipo III: causas específicas da elevação da glicémia Indicações terapêuticas insulina:
como doenças não-pancreáticas, terapia farmacológica.
 Diabetes Mellitus tipo IV: diabetes gestacional. Na gravidez a placenta e  Diabetes Mellitus I
as hormonas placentárias criam resistência à insulina, mais  Diabetes Mellitus II não respondem dieta e anti-diabéticos orais
acentuadamente no último trimestre. Efectuar triagem entre as 24-28  Diabetes gestacional (METFORMINA é dada off-label)
semanas.  Complicações diabetes (cetoacidose, coma hiperosmolar)
 Pós-pancreaomia
Insulina – no passado obtinha-se do boi (risco encefalopatia espongiforme) e  Situações peri-operatórias pacientes DM I e II
porco. Actualmente produzida por técnicas de DNA recombinante onde se insere
gene da pró-insulina em E.coli ou levedura. Pró-insulina tratada para formar Sistemas de administração:
 Injectores tipo caneta – injecção SC. Incluem insulina REGULAR, LISPRO,  GLP-1 – no ileon distal e colon.  glicagina   gliconeogénese. 
ASPART, GLULISINA, DETEMIR e misturas NPH com insulina regular, esvaziamento gástrico.  peso corporal
LISPRO e ASPART. Eliminam necessidade transportar seringas e frascos  GIP – no duodeno e jejuno
insulina
 Dispositivos infusão subcutânea contínua (ISCI, bombas de insulina) – PERGUNTAS:
programável com base resultados de automonitorização insulina.
1. A pró-insulina tem actividade hipoglicemiante igual à insulina. FALSO
Permite manter níveis basais de insulina, aquando da insulina deve
2. A insulina humana exógena não é imunogénica. FALSO, apenas é menos
fazer-se bólus. Colocado no cinto, a insulina é infundida através tubo de
do que a animal, mas existe sempre esse risco
plástico por agulha subcutânea colocada no abdómen ou coxa. Trocar
3. A secreção de insulina é inibida durante a cirurgia devido à estimulação
agulha a cada 2-3 dias. Utilizado em indivíduos incapazes seguir
vagal. FALSO, é inibida devido à acção dos α-2
esquemas injecção múltipla, gravidez para controlo apertado glicémia,
4. A insulina semi-lenta reproduz a actividade da insulina endógena. FALSO,
hipoglicémia imprevisível ou hiperglicemia at dawn. Muitos caras. Usar
não há nenhuma que reproduza.
apenas insulina acção curta REGULAR, LISPRO, GLULISINA e ASPART. Se
5. A insulina activa a lipoproteína lipase do endotélio, aumentando as
não funcionar bem (problemas mecânicos, abcesso subcutâneo) pode
VLDL. FALSO, as lipoproteínas no diabético estão aumentadas, e quando
ocorrer cetoacidose.
se administra insulina activa a lipoproteína lipase mas reduz as VLDL, ou
 Insulina inalada – Usar insulina humana em pó fino com propriedades
seja, os triglicéridos.
das insulinas início acção rápida e curta. Cara. Não adoptada por
6. O início de acção da Insulina Lispro é semelhante ao da Insulina Aspart e
possibilidade de problemas respiratórios por  permeabilidade vascular
da Insulina regular. FALSO, a Lispro é semelhante à Aspart mas aRegular
Fenómeno Dawn – hiperglicemia nocturna entre 4—8h manhã por libertação não, a regular é mais tardia.
fisiológica hormonas contra-reguladoras (glicagina, Gh, cortisol e adrenalina) 7. A insulina é contra-indicada na Diabetes Gestacional. FALSO.
8. A tolbutamida (uma sulfonilureia) não apresenta interacção com a
Fenómeno Somogyi – fenómeno rebound devido sobredosagem insulina que Aspirina porque não se liga às proteínas plasmáticas. FALSO, porque liga.
provoca hipoglicémia  libertação adrenalina, ACTH, glicagina, GH  estimular 9. A progressão da retinopatia diabética está associada directamente à
lipólise e neoglicogénese  hiperglicémia e cetose. Teoria não completamente hemoglobina glicosilada. VERDADEIRO.
aceite porque nem todos os pacientes que acordam com hiperglicémia têm 10. O pramlintide reduz o esvaziamento gástrico e a produção pósprandial
hipoglicémia nocturna e outros com hipoglicémia nocturna não têm de glicagina. VERDADEIRO.
hiperglicemia de manhã. 11. A sitagliptina aumenta o GPL-1 para valores supra-fisiológicos. FALSO.
Apenas os análogos do GLP-1 têm esse aumento, no caso dos inibidores
Hemoglobina glicada - Durante tempo médio vida GV (120 dias), hemoglobina do DPP-4 temos efeitos semelhantes aos fisiológicos.
exposta a glucose plasmática  dependendo da sua concentração (fenómeno 12. A pioglitazona aumenta o risco de doença coronária. FALSO, a
mais marcante diabetes não controlados), a glucose vai reagir com a rosiglitazona é que aumenta.
hemoglobina de forma espontânea e não enzimática  hemoglobina glicada. 13. As glitazonas têm risco aumentado de insuficiência cardíaca.
Esta reacção é irreversível. Deve estar abaixo dos 7% em diabéticos e e indivíduos VERDADEIRO, por isso são contra-indicadas nesse contexto.
saudáveis entre 4-6%.

Incretinas – provem de pro-glucagina. Quando há ingestão de alimentos ricos em


glicose há libertação de incretinas que estimulam libertação insulina: GIP
(glucose-dependen insulinotropic polypeptyde) e GLP-1 (glucagon-like peptide 1).
SISTEMA DIGESTIVO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
DOENÇAS ACIDOPÉPTIDICAS
REDUZEM ACIDEZ
PROTECTORES MUCOSA REDUZEM ACIDEZ
CANAL ANTAGONISTAS RECEP COLINOMIMÉTIC
AGONISTAS 5-HT4 MACRÓLIDOS
CL-2 DOPAMINA OS
ESTIMULANTES MOTILIDADE INTESTINAL – AGENTES PRÓ-CINÉTICOS
SURFACTANTE
ESTIMULANTES/IRRITANTES OSMÓTICOS DE MASSA
FECAIS

TEGASERODE
LAXANTES
RESINAS
AGONISTAS OPIÓIDES
LIGAçÃO BILIS

BISMUTO
ANTIDIARRÉICOS
SÍNDROME INTESTINO IRRITÁVEL
ANTI-ACh
ANTAGONISTA
5HT3

AD TRICÍCLICOS

CLONIDINA

OCTREOTIIDE
ANTAGONISTA 5HT4
TEGASERODE
LUBIPROSTONA
CANABINÓIDE BZ ANTI-H1 e ANTI- BENZAMID
ANTI-PSICÓTICOS ANTAGONISTA NK1 CS ANTAGONISTA 5HT3
S D ACh AS
ANTI-NÁUSEA e ANTIEMÉTICOS
ANÁLOGOS PURINA CORTICOSTERÓIDES AMINOSALICILATOS

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS


ANTI-
ANTI-TNF
INTEGRINA
SUPLEMENTO ENZIMAS PANCREÁTICAS
PANCREÁTICAS
ENZIMAS

COLELITIASE
SAIS BILIARES

HEMORRAGIA VARIZES

SOMATOSTATINA
OCTREOTIDE

VASOPRESSINA
TERLIPRESSINA
ANTAGONIS
TAS 
NOTAS:  Úlcera peptídica – 60% associadas a infecção por H.pylori   produção
somatostatina   inibição gastrina. Pode ser também causada por
DOENÇAS ACIDOPÉPTIDICAS – reflexo gastro esofágico, úlcera peptídica (gástrica
AINE   PgE2 e PgI2. PPI são mais eficazes e com efeitos + rápidos
e duodenal), lesão da mucosa por stress. Desequilíbrio entre factores de defesa
GI (estimulados pela secreção de Pg ou NO: muco, bicarbonato, Pg, fluxo
sanguíneo) e factores agressivos (ácido, pepsina  células principais e só actua
após activação em meio ácido, bilis).

 Mecanismos secreção ácido: célula parietal no fundo e corpo estômago


tem recep gastrina (CCK2), histamina (H2) e acetilcolina (M3)  Ligação
ligando   Ca intracelular e AMPc (no caso da histamina)  activação
proteinacinase  secreção ácido por bomba de protões (ATPase H/K ) +
Células entero-endócrinas têm recep gastrina e Ach  libertação No tratamento H. pylori fazer antibiótico durante 7-14 dias e PPI durante 6 meses
para cicatrixar úlcera. (tetraciclina também se dá na diarreia do viajante,
histamina  ligação recep H2 da cel parietal  activação adenilciclase
Mentronidazol – colite psudo-membranosa
  cAMP  activação proteinacinase  secreção ácido por bomba
de protões (ATPase H/K )  Efeito mais significativo 2-4% pacientes que tomam AINE desenvolvem úlceras. Se possível deve para o
Gastrina produzida por células G em resposta estimulo SNC, distensão, AINE, caso não seja, deve usar PPI em doses maiores que normal e durante
conteúdo gástrico. Induz libertação de histamina (efeito indirecto) e período mais longo. Antagonistas H2 e misoprostol não são tão eficazes na cura
pode ter efeito directo nas células parietais ou prevenção
Somatostatina inibe secreção de ácido e gastrina. Produzida células D.
 Mecanismos defesa: esfincter esofágico inferior, muco (estimulado PgE2  Úlceras stress – causadas por produção de corticóides endógenos em
e PgI2. Estas também inibem secreção de ácido), junções células situações de infecção ou por corticóides exógenos. Usava-se
epiteliais, bicarbonato permite pH de 7 na superfície da mucosa. Zonas antagonistas H2 IV, mas como já existem PPI IV, devem ser tão eficazes
lesadas são substituídas por células do colo da glândula. Prostaglandinas Administração oral pode não ser possível
estimulam secreção muco e bicarbonato
Os fármacos podem dificultar a digestão pela ausência de ácido e consequente
Estratégias terapêuticas: não activação pepsina, mas as enzimas pancreáticas compesam.

 Refluxo Gastro Esofágico – Sintomas: soluções, axia, sialorreia, dór Aspirina é o AINE com mais perigoso em caso de úlcera pois inibe COX-1 e é anti-
retroesternal. Pode causar esofagite erosiva, metaplasia de Barrett, agregante.
tosse e rouquidão (se afectar laringe). Tx não farmacológica: evitar
 COX-1 – estômago, rim, plaquetas, endotélio
alcool, café, tabaco,  peso ( pressão intra-abdominal), evitar decúbito
 COX-2 – macrófagos, leucócitos, fibroblastos, endotélio  inflamação
dorsal durante noite  elevar cabeceira, refeições ligeiras. Tx
farmacológica: PPi (90% pacientes curados após 8 semanas) são mais MOTILIDADE GASTRO-INTESTINAL – Agentes pró-cineticos: não actuam
eficazes que antagonistas H2 (75% pacientes curados após 8 semanas). directamente na Ach, actuam em neurónios que controlam neurónios
Metaplasia não tem regressão fácil. Antiácidos só usar se paciente tiver colinérgicos, aumentando libertação de NT sem interferirem com o ritmo da
episódios pouco frequentes de dispepsia. Na gravidez dar antiácidos e motilidade. Úteis em DRGE ( pressão esfincter esofágico inferior), gastroparesia
sucralfato, se necessário dar RANITIDINA. PPI só em casos graves. Pode ou pós cirurgico ( esvaziamento gástrico), ileo pós-operatório, obstipação
haver dispositivo colocado no esfincter esofágico inferior.
Sistema nervoso entérico – constituído células ganglionares e fibras nervosas  Alteração motilidade por inibição contracções segmentares (não
localizadas na submucosa (plexo submucoso – Missner  regula secreção) e propulsivas) ou estimulação contracções propulsivas
entre as camadas m. liso (plexo mioentérico – Auerbach  controlo motor).
Regula independentemente a motilidada e secreção GI, embora possa ser Catartico – evacuação matéria não formada de todo o colon. Há agentes
influenciado pelo SNA. catárticos que são laxantes em doses baixas.

 Serotonina – 90% 5HT encontra-se TGI, produzida células Uso crónico laxantes: Pode ocorrer esteatorreia, hipocaliémia ( contracção
enteroendócrinas face estimulação química e mecânica. 5HT despoleta síncrona celulas),  absorção cálcio e  secreção nas fezes (osteomalácia),
reflexo peristáltico por stimulação neurónios no plexo mioentérico via enteropatia c/ perda de proteínas (hipoalbuminémia com laxantes irritativos
recep 5HT1p (libertação NO e  tónus) e 5HT4 (contêm péptido mucosa), aldosteronismo secundário, dependência (como há esvaziamento total
relacionado gene calcitonina e liberta ACh). Também estimula neurónios não chega a haver distensão que é estimulo para se desencadear onda
extrínsecos vagais e sensitivos espinhais via 5HT3 (vómitos, náuseas e peristáltica), espasmos, intestino irritável. Vários laxantes  actividade NO sintase
dor abdominal). Também estimula neurónios intrínsecos activando (estimula secreção e inibe contracção segmentar) e sintese factor activador
reflexos secretomotores. 5HT1a é receptor inibitório no SNE. plaquetas no intestino (mediador pró-inflamatório  estimula motilidade e
Inibidores selectivos reuptake 5HT tem como efeito adverso diarreia. secreção no TGI).
 Dopamina é NT inibitório no TGI   intensidade contracções
Laxantes uteis para  esforço defecção após EAM, cirúrgia, que induz uma
esofágicas.
manobra Vassalva   retorno venoso.
 Motilina estimula recep excitatórios e células musculares.
DIARREIA – Pode ser causada por  carga osmótica no lumen, secreção excessiva
Agentes que suprimem motilidade: nitratos e bloqueadores canais Ca. Úteis em
de electrólitos e água no lumen, alteração motilidade intestinal, medicamentos
acalasia (não há relaxamento esfincter esofágico inferior, nem peristaltismo  (contendo Mg). Em diarreia benigna fazer solução de reidratação oral (água +
disfagia e regurgitação), também se pode injectar toxina botulinica (inibe NaCl + Glicose) porque a absorção no intestino delgado é preservada em caso de
libertação ACh e induz paralisia) através endoscópio, efeito dissipa após alguns diarreia aguda e a absorção de glicose ligada à absroção de NaCl. Muito útil em
meses. idosos e crianças.
OBSTIPAÇÃO – pode ser causada por falta dietética de fibras, fármacos Só se deve fazer terapia farmacológica em diarreia leve ou moderada e deve ser
(bloqueadores canais cálcio, opióides  por recep . METILNALTREXONA não evitada em diarreia aguda sanguinolenta, com febre alta e toxicidade sistémica,
causa, antidepressivos, anti-parkinsónicos), distúrbios hormonais ou porque retarda eliminação agente, e  risco invasão sistémica e megacolon
neurogénicos (Parkinson, ), doença sistémica (DM II), gravidez. É difícil perceber a tóxico. Se for o caso fazer antibioterapia.
causa por isso a terapeutica é empírica.
Chá preto é util na diarreia por conter tanino
Tratamento: medidas não farmacologica (ingestão água, fibras, substituição
fármacos que causam obstipação). SÍNDROME INTESTINO IRRITÁVEL – desconforto abdominal (dor, distenção,
cólica) c/ alteração hábitos intestinais (diarreia, prisão de ventre ou ambas).
Laxante – evacuação matéria fecal formada do recto. Laxante de massa, laxante Tratamento para aliviar a dor, diminuir desconforto e melhorar função intestinal:
osmótico, laxante esimulante. Acções:
 Diarreia (predominante): loperamida
 Retenção intra-luminal de flúidos por mecanismos osmóticos ou  Prisão de ventre: fibras, laxante osmótico (leite magnésio)
hidrofílicos
 Dor: AD tricíclicos (AMITRIPTILINA) em baixas doses têm propriedades
 Diminuição absorção por alteração no transporte electrólicos e água analgésicas, têm actividade anti-colinérgica e alteram NT entéricos
(5HT). CLONIDINA  dor induzida pela distensão. SOMATOSTATINA
 Antibióticos: RIFAXIMIB  Doença pouco severa: 5-aminosalicilatos (doença dr Chron e colite
ulcersa), CS tópicos (colite ulcerosa), antibióticos (doença de Chron),
budesonida (doença de Chron)
NAUSEA e VÓMITO – podem ser manifestações de efeitos adversos de  Doença mais severa: corticosteróides orais, imunomoduladores
medicamentos (opiáceos, tramadol, digitálicos), doenças sistémicas, gravidez, (azatioprina, mercaptopurina, metotrexato), anticorpos anti-TNF.
disfunção vestibular, radiação ou quimioterapia, obstrução ou infecção GI,
 Doença muito grave: corticosteróides IV, cirurgia, natalizumab (doença
peritonite, doença hepatobiliar, infecção SNC .
Chron se imunomoduladores e antagonistas TNF não eficazes),
Constituido por fase pre-ejecção (retroperistaltismo), contracção músculos
ciclosporina (colite ulcerosa se CS IV não efizes)
abdominais, diafragma e intercostais contra epiglote fechada, e ejecção
(relaxamento esfingter esofágico superior, contracção intensa músculos LITÍASE BILIAR – afecta mais as mulheres
abdominais). Acompanhado salivação, calafrios…
Centro vómito localizado formação reticular lateral adjacente à chemoreceptor HEMORRAGIA VARIZES – varizes ocorrem em casos de hipertensão portal,.
trigger zone na área postrema, no final do 4º ventrículo e o núlceo do trato Consequência: ascite,encefalopatia hepática, colaterais porosistémicos  varizes
solitário (que controla centro respiratório, salivatório, vasomotor. Tem receptor esofágicas.
encefalina, histamina , M1 e 5-HT3). Vias aferentes para centro vómito:
Simeticona – anti flatulência
 Area postrema/ Chemoreceptor trigger zone – parte caudal do 4º
PATOLOGIA HEPÁTICA
ventrículo. Fora da BHE, mas é acessível a estímulos ematogénicos no
sangue o LCR. Receptores D2, opióides, neurocinina NK1 e serotonina 5-  Alterações farmacodinâmicas – encefalopatia hepática ( sensibilidade
HT-3. opióides, sedativos e anti-epilépticos. Preferir LORAZEPAM, OXAZEPAM,
 Sistema vestibular – via par VIII. Receptores M1 e H1 Evitar FENOBARBITAL e inibidores MAO). Balanço hidroéctrico alterado
 Vago e nervos aferentes espinhais TGI – irritação da mucosa por (principal/ se síndrome hepato-renal. Pode ocorrer hipocaliémia -  BCC
quimioterapia, radioterapia, distenção, infecções  libertação 5-HT. e -bloqueantes, retenção sódio  CS e AINE).
Receptores 5-HT3.  Alterações farmacocinéticas: altera biodisponibilidade de fármacos 
 SNC – disturbios psiquiátricos, stress, vómito antecipatório a capacidade metabolica, os fármacos que sofrem metabolismo 1ª
quimioterapia passagem   biodisponibilidade, hipoproteinémia.
 Elevada taxa extracção: propanolol, labetalol, pentazocina,
Histamina e Ach  enjoo movimento
petidina  dose inicial pequena, intervalo maior entre doses
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS – inclui doença de Chron e colite  Baixa taxa extracção: orazepam, diazepam, fenobarbital,
ulcerosa. A etiologia e patogenese é desconhecida. O tratamento utilizado teofilina
depende de gravidade e resposta do paciente.
Alterações hepáticas:
 Doença Chron – transmural, todo intestini, fibroestenótica, fistulizante,
 Tipo A – dependente dose. necrose centrolobular (PARACETAMOL),
dor abdominal, perda peso, doença peri-anal, massa abdominal.
necrose hepatocelular (SALICILATOS > 2g), Insuf hepática com esteatose
Linfócitos Th1 induzidos por Il-12 e IL-18
(TETRACICLINAS > 2g), Heptatite (alcool, amiodarona > 600mg), Bloqueio
 Colite ulcerosa – mucosa e submucosa, só colon, rectorragia, diarreia,
secreção biliar (RIFAMPICINAS; ANDROGÉNEOS; ANABOLIZANTES)
passagem muco, tenesmo, or abdominal. Linfócitos Th2 induzidos por IL-
 Tipo B – ndependnete dose. Têm componente alérgico. Hepatite por
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halotano
 Tipo C e D -
OBESIDADE
Contra-
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica
indicação
 APETITE
 ABS
GASTO

NOTAS: Distribuição de gordura influencia susceptobilidade a morbilidade – gordura intra


abdominal + riscos. Adipócitos podem ter maior actividade lipolítica (?)
Obesidade – IMC > 25
Apetite a nível hipotalâmico controlado por:
Obesidade pode estar associada com maior incidência de cancro. Hipóteses
podem ser o  de insulina quando há excesso de peso e  IGF livre no plasma que  Impulsos nervosos – provenientes vago (distensão visceras)
tem propriedades mitogénicas, proangiogenicas,  migração celular OU leptina e  Hormonais – leptina, insulina, cortisol, GLP-1 e peptido YY – libertados
adiponectina OU  esteróides sexuais por  aromatase ileon, colon, CCK – em resposta gordura ou protéina é libertada no
duodeno, grelina - estômago
Adipócitos libertam leptina, TNF , factores complemento, factor D, agentes pró-
trombóticos (i-a-TP), adiponectina, angiotensinogénio

Num estudo, um ano após dieta os mediadores do apetite que levam ao  peso
não revertem para os níveis antes da perda de peso, são sempre menores

Com restrição calórica deve perder-se 10% peso em 6 meses

 Dieta hipocalórica equilibrada – 1000-1200 kcal/dia


 Dieta hipocalórica severa - <800kcal/dia
 Dietas hipoglicidicas têm resultados mais favoráveis no HDL, TAG e PA.
No inicio tem eprda maior de peso, mas depois é igual
 Dieta com alto teor protéico e lipidico e baixo teor hidratos carbono
pode predispor a aterosclerose, porque  células progenitoras
endoteliais

Tratamento obesidade

 Dieta
 Exercício físico
 Tratamento farmacológico
 Banda gástrica
 Bypass – retira porção do estômago   grelina. É a opção cirurgica
mais eficaz, com o qual os pacientes perdem mais peso.  risco eventos
CV. Riscos: embolia pulmonar, paragem respiratória, obstrução ou
estenose gástrica, hemorragia, deficiência minerais e vitaminas  os
pacientes que mais beneficiam são também os que têm mais risco.
Efeitos adversos: deficiência Fe, Ca, vit D Mortalidade pós-operatório 0,1
– 2%. IMC alto pode não ser um bom indicador para realização
cirúrgica bariática, é melhor o nível insulina alto.

Pode haver remissão diabetes tipo II. A cirurgia (principal/


biliopancreatic diversion é mais eficaz que terapia convencional para DM II na
redução da HbA1c.

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