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se Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
INIBIDORES ANIDRASE CARBÓNICA
DIURÉTICOS DE ANÇA
AGENTES OSMÓTICOS ANTI-CALIURÉTICOS TIAZÍDICOS
VAPTANOS
RESISTÊ
NCIA
TERAPIA
AMBULATORIAL
TERAPIA
EMERGÊNCIA
NOTAS: Os que bloqueiam os gânglios também bloqueiam o sistema nervoso
parassimpático Os que actuam centralmente causam sedação e
Stephen Halles mediu pela primeira vez a pressão num cavalo, depressão
colocando um cateter na artéria crural conectado a um tubo de vidro e Inibidores libertação de NA causahipotensão e inibição ejaculação
viu até onde a coluna de sangue se sangue subiu.
Pode ocorrer mecanismos compensatórios não dependentes dos nervos
Riva Roccci inventou esfigmomanómetro que media indirectamente
adrenérgicos (retenção renal de Na, vol sanguíneo) usar com
pressão sistólica
diurético
Korotkofff utilizou método auscultatório para medir pressão sistólica e
IOIMBINA é bloqueador 2 – era utilizado na disfunção eréctil
diastólica
Richard Bright relaciona a doença hipertensiva com o rim
20% dos pacientes com HTA têm renina plasmática muito aumentada e
PA = RVP x DC (VS x FC). Controlada pelo coração, arteríolas, vénulas pós- 20% têm-na muito baixa.
capilares e rim através dos barorreflexos, (mecanismo autónomo), sistema Libertação de renina estimulada:
renina-angiotensina e substâncias vasoactivas do endotélio – endotelina e o PA
monóxido de azoto - (mecanismo humoral). o Mudança posição supina para ortostática
o Estimulação simpática ()
Normal 120 – 80 mmHg o aporte de sódio e [Na] no TCD
Hipertensão > 139 - > 89 mmHg. Na insuficiência renal crónica ou o Prostaglandinas
diabete >129 - > 79 mmHg Libertação renina inibida:
o PA
Para diagnóstico de HTA basta valor sistólico ou diastólico elevado. PA aumenta
o Mudança posição ortostática para supina
até aos 18 A, por aumento RVP. No tratamento da HTA o principal objectivo é
o Excesso sal
evitar morbilidade e mortalidade, não é apenas diminuir a PA.
o 2 e -bloqueadores (CLONIDINA - actividade simpática renal
Barorreflexo – Área vasomotora do bulbo. Se os barorreceptores e PROPANOLOL)
estiverem estimulados não há descarga simpática, quando deixa de o Inibidores Pg
o Potássio
haver estímulo há descarga que RVP e DC
o Vasopressina
Controlo renal da PA – quando pressão nas arteríolas renais
o Angiotensina II
absorção de sódio e há estimulação dos recep que estimulam
Renina produzida no aparelho justa-glomerular da arteríola aferente.
produção de renina que angiotensina que vasoconstrição e estimula
Provêm prorenina que é secretada no ovário durante gravidez (se
síntese aldosterona.
síndrome ovário poliquístico), testículo, placenta (se preeclampsia),
Diagnóstico de HTA feito após 3 medições
retina (se retinopatia diabética). Renina cliva angiotensinogenio
Factores de risco: indivíduos de raça negra, tabagismo, hiperlipidemia,
produzido no fígado a angiotensina I, que é convertida pelos ECA
diabetes, história familiar, lesão em órgãos alvo
endotelial, pulmão e plasma em angiotensina II. ECA também catalisa
Causa só encontrada em 10-15% dos casos, nos restantes hipertensão
transformação bradicinina (vasodilatador em péptidos inactivos). Existe
essencial. Causas hipertensão secundária: Aldosteronismo primário
ECA 2 no coração e rim e transforma angiotensina em péptidos com
(síndrome conn), síndrome cushing, feocromocitoma, constrição artéria
acção vasodilatador acção oposta ECA. Angiotensina II convertida em
renal, coarctação aorta
angiotensina III na glândula supra-renal.
Hipertensão lábil – muito sensível à ingestão de sal
Existem mais fontes de conversão angiotensina II para além da QUESTÕES:
conversão pela ECA
Efeitos Angiotensina II: Os bloqueadores β:
o RVP – Vasoconstrição, NA periférica ( libertação, a. A selectividade do atenolol é uma garantia da sua inocuidade em doentes
asmáticos. F (temos que ter cuidado na mesma, porque depende da dose;
recaptação), resposta simpática central, catecolaminas
devemos começar sempre por doses baixas porque com doses altas correm-
supra-renal resposta pressora rápida
se riscos);
o Alteração função renal reabs Na, aldosterona,
b. São 1 dos grupos farmacológicos mas eficazes na terapêutica da HTA nos
Alterações hemodinêmicas ( NA renal, vasoconstrição directa,
jovens. V
tónus simpático renal) resposta pressora lenta
c. Melhoram a isquémia arterial periférica. F
o Alteração estrutura cardiovascular – Ef não-hemodinâmicos (
d. Estão contra-indicados mo bloqueio aurículo-ventricular. V (porque pode
proto-oncgenes, factores crescimento, matriz proteica
causar bloqueio completo)
extracelular) e ef. hemodinâmicos ( pós-carga, PA)
e. Devem ser administrados em associação com diuréticos devido a retenção
hipertrofia e remodeling vascular e cardíaco
hídrica que provocam. F (isso acontece nos bloqueadores α e nos
Receptores angiotensina: vasodilatadores)
o AT1 – acoplados fosfolipase C Ca intracelular e fosforilação
proteíca vasoconstrição, retenção Na, PA. Vasos, A utilização de ARA II na HTA:
miocárdio, rim, cérebro, células glomerulares supra-renais a. Diminui a mortalidade cardiovascular V
o AT2 - acoplados proteínas G, activam fosfatases b. Está contra-indicada a associação de ARA II e iECA F
antagonizam efeitos crecimento e abertura canais K, c. Pode ser considerado como uma terapêutica de 1º linha V
produção NO e GMPc vasodilatação, PA, excreção Na. d. Não aumenta o risco de hipercaliémia F
Medula supra-renal, rim, SNC. Existem no feto e. Aumenta a Angiotensina (1-7) e bradicinina F
Estimulos libertação aldsterona: K, Angiotensina, ATCH. Aldosterona
também é produzida por cel. m. liso vascular e cél endoteliais Qual ou quais os efeitos secundários destes anti-hipertensores:
Efeitos angiotensina: necrose fibrinóide, inflamação, fibrose e formação a. Minoxidil / Hipertricose V
colagénio b. Captopril /Disgeusia V
c. Hidralazina / S. lúpus-like V
Prostaglandinas actuam na arteríola aferente vasodilatação d. Terazosina / Hipotensão ostostática V
Angiotensina actua artiola eferente vasoconstrição e. Labetalol / Asma F
AINE GFR porque Pg vasoconstrição AA
iECA GFR porque aldosterona vasodilatação AE e há ligeira Quais as verdadeiras:
vasodilatação AA a. Os β-bloqueadores reduzem a actividade da renina plasmática V
perfusão GFR mantido se vasoconstrição AE e vasodilatação AA. b. Os antagonistas da Ca2+ diminuem a pós-carga V
c. A administração de guanetidina iv pode desencadear aumento da TA V
d. A administração de Labetalol iv na crise hipertensiva está associada a um
efeito bloqueante α F
e. A hidralazina é administrada na HTA da grávida V
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo acção Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precaução/Interacção
EFEITO INOTRÓPICO POSITIVO
DIGITÁLICOS - Na intracelular
INODILATADORES
VASODILATADO
AQUARÉTICOS DIURÉTICOS AGONISTAS
RES
IC
AGUDA
IC
CRÓNICA
iECA – aldosterona libertada quando DC perfusão renal Terapia de ressincronização cardíaca – remodeling arritmias. mortalidade
renina angiotensina RVP e libertação aldosterona. Aldosterona em 36%
RVP, absorção de água e sódio PA e pré-carga
ARA II
Antagonistas da aldosterona PERGUNTAS:
-bloqueadores
Possível alvo: TNF - causa disfunção miocárdica e transporte de Na
1. Na insuficiência cardíaca, os inibidores da PDE aumentam a actividade
neurohormonal. – Verdadeiro
Tratamento IC deve incidir em: 2. A dobutamina tem uma acção renal vasodilatadora sobreponível à da
Pré-carga – está devido acréscimo do volume. Reduzida por dopamina. - Falso. A dopamina só tem esse efeito em doses baixas e a
vasodilatadores, diuréticos, aquaréticos. Pré-carga deve ser inferior a dobutamina não tem esse efeito sobre a vasculatura renal.
20 a 25 mmHg (se não há congestão pulmonar) 3. Os fármacos que melhoram os parâmetros hemodinâmicos, como a
Pós-carga – representada pela RVP. Quando DC reflexo amrinona, aumentam a sobrevivência nos doentes com IC – Falso.
simpático, endotelina, sistema renina-angiotensina RVP e pós- 4. A dobutamina tem actividade agonista β-adrenérgica e administra-se per os.
carga. Usar -bloqueadores, IECA, ARAs. Não usar vasodilatadores para - Falso. β-agonista administrado por via intravenosa.
este propósito porque induzem respostas compensatórias. 5. A milrinona aumenta a concentração de AMPc, tal como os agonistas β-
adrenérgicos – Verdadeiro
Contractibilidade – velocidade de encurtamento do músculo, débito
6. A dobutamina administrada em altas concentrações activa os receptoresα1-
sistólico. Usar fármacos inotrópicos.
adrenérgicos – Verdadeiro
Frequência cardíaca – principal determinante do DC. Quando DC
7. O levosimendan é um inodilatador – Verdadeiro
FC por activação de receptores . Usar fármacos -bloqueadores.
8. Num doente com insuficiência renal, digitálico mais indicado é a digitoxina.
Falso. Na insuficiência renal ajusta-se a dose.
Contracção – Potencial de acção influxo de Ca para citoplasma 9. A anorexia, a náusea e os vómitos podem ser sintomas precoces de
(SIMPATICOMIMÉTICOS influxo e BBC influxo) abertura canais cálcio tipo intoxicação digitálica – Verdadeiro
L do retículo sarcoplasmático (sensíveis RIANODINA – alcalóide inotrópico
10. Em condições de equilíbrio, as concentrações de digoxina no miocárdio são particularmente se o doente já estiver a fazer diuréticos! Devido à
15-30x as do plasma e o 2x as do músculo esquelético. – Verdadeiro hipovolémia, originada pelos diuréticos, a perfusão renal está compensada
11. Os digitálicos aumentam a sobrevivência dos doentes com IC – Falso, apenas pela angiotensina II que existe no organismo que, ao ser bloqueada
diminuem as hospitalizações. repentinamente, provoca insuficiência renal. Portanto deve-se começar com
12. A digoxina é utilizada na FA para a conversão desta arritmia a ritmo sinusal. – doses baixas.
Falso. Previne a taquicardia ventricular reflexa. 26. A associação da eplerenona a um iECA tem risco de induzir hipercaliémia.
13. O Bloqueio AV induzido pela digoxina pode ser revertido pela atropina Verdadeiro (e com β-bloqueante ainda mais e com um AINE ainda mais que
Verdadeiro os anteriores)
14. A administração de potássio na intoxicação digitálica como normocaliémia 27. A administração de um β-bloqueante num doente com insuficiência cardíaca
justifica-se pelo efeito inibidor daquele ião na ligação da digoxina à Na+-K+- e edema maleolar não apresenta riscos de agravamento da insuficiência
ATPase. – Verdadeiro cardíaca. Falso, o edema maleolar traduz sobrecarga hemodinâmica de
15. A digoxina é rapidamente excretada pelo rim e tem uma semivida de 6h. volume, logo, não se deve administrar β-bloqueantes.
Falso, a semi-vida é de 48 horas. 28. O tolvaptano é um antagonista dos receptores V2. Verdadeiro
16. A administração simultânea de β-bloqueantes e digoxina pode provocar 29. O conivaptano tem acção antagonista dos receptores V1a e V2. Verdadeiro
fibrilhação auricular. Falso. Vão reduzir a frequência cardíaca, não 30. O tolvaptano induz alterações electrolíticas, por exemplo, hipocaliémia mais
provocando FA. graves que a furosemida. Falso, a sua vantagem reside precisamente no facto
17. O verapamil potencia a redução de condução provocada pela digoxina. – de não induzir tantas alterações electrolíticas como os diuréticos, por ser um
Verdadeiro aquarético.
18. Os iECAs são os únicos fármacos usados na terapêutica da insuficiência 31. Na insuficiência cardíaca o tolvaptano reduz a mortalidade a longo prazo e a
cardíaca crónica que reduzem a mortalidade. Falso, os ARAS II, os β- sintomatologia a curto prazo. Falso, reduz a sintomatologia a curto prazo
bloqueantes e os antagonistas da aldosterona também. mas não reduz a mortalidade. Quanto aos diuréticos também não há estudos
19. A administração a longo prazo de digoxina pode provocar ginecomastiapor em relação à mortalidade.
aumentar a síntese de estrogénio. Falso, pode provocar mas não é por 32. A sede e a boca seca são efeitos adversos descritos com os vaptanos.
aumentar a síntese mas por ter uma estrutura semelhante – núcleo Verdadeiro
esteróide.
20. A eplerenona reduz mais a mortalidade associada à insuficiência cardíaca
crónica que e espironolactona. Falso, a espironolactona reduz mais mas
apresenta ginecomastia como efeito adverso.
21. A eplerenona tem menor risco de provocar impotência sexual que a
espironolactona. Verdadeiro
22. O carvedilol tem acção antagonista α1, β1 e β2 tal como o bucindolol e o
metoprolol. Falso, carvedilol- α1, β1 e β2; bucindolol- β1 e β2; Metoprolol-
β1
23. Qualquer bloqueador β é eficaz na terapêutica da insuficiência cardíaca.
Falso, tem de ter acção β1.
24. A associação de iECAs e ARAs II é contra-indicada na insuficiência cardíaca.
Falso, têm efeito cumulativo a redução de angiotensina II circulante.
25. A dose dos iECAs na terapêutica da insuficiência cardíaca crónica é igual à
utilizada na terapêutica da hipertensão arterial. Falso, porque se deve
começar com doses baixas que depois se vão subindo lentamente,
ANTI-ARRITMICOS
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção / Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
CLASSE Ia - CANAIS Na
CLASSE I C CLASSE I B
CLASSE III CLASSE II
CLASSE IV
NOTAS: de canais Na e de canais de outward de K FASE 2/plateau: correntes de
despolarização de Ca compensadas com correntes de repolarização de K –
O funcionamento dos canais iónicos pode ser perturbado por isquémia aguda, delayed rectifier ou IK que aumentam à medida que correntes de Ca se inactivam
estimulação simpática, cicatrizes, hipoxia, alcalose, acidose, toxicidade FASE 3: repolarização.
farmacolófica criando arritmias Muitos fármacos provocam arritmias por inibição de uma corrente rectificador
Antiarritmico - Supressão mecanismo iniciador (actividade pacemaker ectópica) IKr específica, que é codificada pelo gene HERG novos anti-arritmicos não
ou supressão circuitos reentrada: devem bloquear este canal.
Alteram função autonómica
Bloqueiam condução de iões por certos canais iónicos (Na e Ca) Intervalo diastólico depende de potencial diastólico máximo, velocidade de
Prolongamento período refractário despolarização e limiar de disparo/descarga
Anti-arritmicos também podem causar arritmias, logo é preciso excluir os
factores precipitantes antes de se prescrever As diferentes células cardíacas têm diferentes potenciais de acção, devido aos
Classificação de Vaughan Williams de acordo com mecanismo de acção diferentes canais iónicos.
predominante. Aurículas e Ventrículos – há potenciais rápidos, à custa do Na, para
permitir contracção síncrona. ITO é maior e existe corrente repolarizante
Potencial de repouso célula cardíaca – 80-90 mV, calculado pela equação de adicional activada por ACh estimulação vagal ainda mais potencial
Nerst. Principalmente estabelecido pela ATPase Na/K (troca 3 Na por 2 K). Em acção
repouso a célula é permeável a K e este é o principal determinante do potencial Nódulo sinusal e AV – há predomínio de potenciais lentos, à custo do Ca,
de repouso. Célula tem nível baixo de Ca, e só é libertado do reticulo tem poucas correntes de Na. Têm fase 4 – despolarização espontânea
sarcoplasmático quando há activação de correntes de Ca. Ca é removido por é mais rápida no nodulo sinusal pacemaker do coração.
ATPase no reticulo sarcoplasmático e uma trocador Na/Ca (3 Na por 2 Ca) na
membrana celular ECG: nodulo sinusal propagação aurícula (onda P) propagação abranda no
nodulo AV (corrente entrada Ca é menor que a corrente de Na no resto do
FASE 0: Despolarização abetura canais Na entrada Na até se estabelecer coração) e permite contracção auricular desfasada da contracção ventricular para
potencial de equilíbrio para o Na canais Na inactivados (não conduzem). enchimento final dos ventrículos Feixe de His com condução rápida (tem as
Durante entrada de Na há uma série de activação de outro canais (movimento maiores correntes de Na). Repolarização ventricular (onda T)
outward de K) FASE 1: corrente de K de repolarização (ITO) Inactivação total
After despolarization e Triggered Automaticity – se há estímulo
Período refractário: se célula é estimulada muito cedo no estado de plateau, não (trigger) e se se atinge o limiar de despolarização, origina-se potencial de
há canais de Na disponíveis e não se gera potencial de acção. acção secundário.
Periodo refractário efectivo: é o mínimo período de tempo no qual um estímulo o Quando há muito Ca intracelular, um potencial de acção normal
prematuro resulta na propagação de uma respota. Aplica-se em células fast pode ser seguido por uma pós-despolarização tardia “delayed
response: auriculares, ventriculares e feixe de His. Se estímulo ocorre na fase 3 a afterdespolarization - DAD” se esta atingir limiar ocorre um
magnitude da corrente de Na depende do número de canais de Na que batimento extra.
recuperaram, o que depende da voltagem do estímulo extra. Estratégia terapêutica: verapamil (bloqueia DAD) ou quinidina
Em células slow response, como o nodulo AV e outros tecidos isquemados, que (bloqueia canais Na threshlod para novo potencial de acção)
depende de correntes de Ca, mesmo que um canal de Ca tenha repolarizado,
nem todos estão disponíveis para nova despolarização, logo um estímulo vai o Prolongamento potencial de acção, pode causar interrupção da
originar corrente de Ca reduzida que se propaga para células adjacentes. Se o fase 3 por “early after despolarization - EAD” (inward
estímulo extra for aplicado depois resulta numa corrente de Ca maior e movement Na e Ca ou trocador Na/Ca) são mais comuns
propagação mais rápida. Esta condução lenta é um factor determinante para quando a Fc é baixa, K extracelular baixo e estão presentes
arritmias de reentrada (também pdem ocorrer quando as correntes de Na estão fármacos que prolonga potencial de acção. Pode ocorrer
diminuídas por doença ou despolarização. torsades de points – taquicardia ventricular com QT longo
Estratégia terapêutica: encurtando potencial de acção com
Tipos de arritmias isoproterenol ou pacing. Mg é eficaz a inibir batimento mas não
Bradiarritmias - dificuldade no início dos impulsos normaliza repolarização ou intervalo QT. Em caso de torsades
Bloqueio – quando não há propagação das aurículas para os ventrículos. de points ocorre em situações de stress adrenérgico, logo pode
Pode reflectir deficiência no nódulo AV ou no feixe de His. Causa: drogas dar-se -bloqueantes (não intervalo QT) ou pacing.
ou defeitos estruturais
Taquiarritmias – ritmos rápidos. Podem ser tratados com anti- Dístúrbios de condução
arritmícios o Bloqueio
Extrasístistoles/ arritmia isolada o Reentrada anatómica – quando impulsos se propagam por
Ventriculares mais de uma via (normal e acessória) com diferentes
Auriculares propriedades electrofisiológicas entre dois pontos no coração.
Vias acessórias são rápidas enquanto o nódulo AV é via lenta.
Mecanismos de arritmias e mecanismo acção fármacos. Assim, contracção auricular prematura a condução pode falhar
Alteração automaticidade – células com despolarização diastólica na via acessória, mas vai pela via AV e pelo feixe de His e ai
espontânea (Fase 4): Nódulo AV e feixe de His. Estimulação - encontrar a via acessória quando já não estiver refractária
adrenérgica, hipocalemia e estiramento mecânico de cardiomiócitos esta probabilidade à medida que a condução AV abranda
Fase 4 e podem pacemaker. Ach pacemaker e provoca quando o impulso reentra na aurícula pode passar pelo
hiperpolarização. Automaticidade pode ocorrer em tecidos em isquémia. ventrículo pelo nódulo AV e assim sucessivamente
Estratégia farmacológica: potencial diastólico (adenosina e Ach), taquicardia AV reentrante. Pacientes com Wolf-Parkinson-
threshold fase 4 (-bloqueantes), limiar para despolarizaçãi (bloqueio White têm conecções acessórias entre aurícula e ventrículos.
Na e Ca), prolongamento potencial de acção (bloqueio K) Taquicardia reentrante nódulo AV ou flutter auricular
reentrada anatómica que ocorre na proximidade destes locais.
Taquicardia supraventricular paroxismal engloba tanto a
reentrada AV e a reentrada nódulo AV.
Estratégia: bloqueio propagação do potencial de acção. Em
WPW usar que prolonga tempo refractário do nódulo AV e a
sua condução com BCC, -bloqueantes, digoxina)
A afinidade dos fármacos que bloqueiam canais iónicos, deve alterar-se conform
a conformação do canal. Ex.: fármacos mais efectivos que bloqueiam canais Na
bloqueiam a forma aberta ou inactivada, e têm pouca afinidade para a
conformação em repouso bloqueio selectivo canais células despolarizadas
suprimem automatismo ectópico e condução anormal e afectam pouco células
normas. Com cada potencial de acção ligam-se e na diástole dissociam-se. Se FC
o tempo para dissociação há bloqueio contínuo de canais de Na. O tempo de
recuperação do bloqueio também quando as células estão despolarizadas,
como na isquémia logo bloqueadores canais Na diminuem mais a corrente em
tecidos em isquémia
duração potencial de acção tempo que o canal está inactivado bloqueio
por fármacos que se ligam a canais inactivados LIDOCAÍNA e AMIODARONA.
O tempo de recuperação do bloqueio, é muito rápido no caso da LIDOCAÍNA e só
ocorre bloqueio significativo em tecidos de despolarização rápida,
particularmente em isquémia. Fármacos como FLECAINIDE têm longo tempo de
recuperação que praticamente o mesmo número de canais está bloqueado na
sístole e na diástole abrandamento da condução ocorre também em tecidos
com velocidade de cndução normal
VASODILATADORES & TRATAMENTO ANGINA DE PEITO
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precauções
NITRITOS e NITRATOS
ANTI-ANGINOSOS
-BLOQ BLOQUEADORES CANAIS CÁLCIO (BBC)
RECENTES
ANGINA
ESFORÇO
ANGINA
VASOESPÁSTICA
ANGINA
INSTÁVEL
Tx não
farmacológica
Quando há doença vascular em um território é provável que também exista em A nitroglicerina administrada por via transdérmica apresenta a seguinte
outros territórios. actividade:
6. Não interfere com os efeitos hemodinâmicos do sildenafil. Falso.
Roubo coronário – vaso coronário dá origem a dois ramos, um pacialmente
7. Pode provocar cefaleias. Sim.
obstruído e outro permeável. Vaso permeável tem capacidade dilatação, o outro
8. Potencia a bradicardia associada ao propanolol. Não.
já se encontra muito dilatado por acumulação metabolitos miocárdio isquémico.
9. É desnitrada no fígado. Sim.
O vaso parcialmente obstruído tem resistência que permite fluxo, se se usar
10. A sua administração deve ser suspensa diariamente durante 8 horas.
vasodilatador como DIPIRIDAMOL, diminui resistência e diminui pressão perfusão
Sim.
o que diminui fluxo no vaso obstruído
O atenolol...
Furchgott, Ignarro e Murad descobriram NO como molécula de 11. É utilizado na terapêutica anti-anginosa? Sim.
sinalização no sistema CV (prémio Nobel 1998) 12. Terá acção vasodilatadora das coronárias? Não.
Mecanismo acção NO: ACh estimula entrada Ca activa NOsintase 13. Reduz a pré-carga? Não. Reduz a pós-carga.
NO entra cel m. liso e estimula guanilatociclase converte GTP em 14. Reduz o consumo de O2? Sim.
cGMP Ca intracelular relaxamento 15. Reduz o cronotropismo, particularmente durante o exercício? Sim.
16. Reduz a P.A.? Sim.
Terapeutica prevenção secundária ( risco total 75%): Relativamente à nitroglicerina sub-lingual:
17. Tem uma acção rápida e duradoura (>4 horas). Não (< 7 minutos).
--bloqueadores - risco 25% 18. Tem acção venodilatadora. Sim.
Aspirina - risco 25% 19. Tem potente acção dilatadora arterial sistémica. Não. Só em altas doses.
Estatinas risco 30% 20. É contra-indicada na insuficiência cardíaca. Não. Pode ser administrada
iECA - risco 25% I.V.
Não fumar - risco EAM 50% 21. É contra-indicada a administração reiterada (continuada) na crise
PAs 10 mmHg - risco 25% anginosa pelo risco de habituação. Não. (Respeitando o intervalo para
evitar o efeito de habituação, ela poderá continuar a ser administrada
para controlo e prevenção dos sintomas.)
PERGUNTAS:
ANTI-AGREGANTES PLAQUETÁRIOS
INIBIDORES
AMPc ANÁLOGOS ATP
RECEP IIb/IIIa
DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS
FARMACOLOGIA CLÍNICA PREVENÇÃO COAGULAÇÃO
TROMBOSE
VENOSA
TROMBOSE
ARTERIAL
NOTAS:
Hemostasia – manutenção da fluidez do sangue, reparo da lesão vascular e coagulação proteólise zimogénio de factor de coagulação (factor VII – é) em
restrição da perda de sangue, evitando trombose perfusão inadequada de protéase activa (factor VIIa) Factor VIIa forma complexo VIIa-FT Activação
órgãos vitais. IX em IXa (por inibidor da via do factor tecidual – TFPI) Factor Xa + Va forma
complexo protrombinase conversão protrombina (factor II) e trombina (factor
Endotélio tem fenótipo anticoagulante, mas em caso de lesão adquire fenótipo
IIa) clivagem péptidos de fibrinogénio + activação factores de coagulação
pró-coagulante porque expõe proteínas de matriz subendotelial (colagénio e
proximal, factor V, VIII, XI, com geração mais trombina + activação factor XIII que
factor de von Willebrand) e secreta vasoconstritores e moléculas de
estabelece ligações cruzadas com a fibrina e estabiliza coágulo formação
recrutamento e activação de plaquetas.
coágulo de fibrina que estabiliza tampão plaquetário. Trombina também activa
Trombos brancos – Arteriais. Ricos em plaquetas. Formam-se em via da proteína C que atenua resposta da coagulação.
ambientes de alto fluxo e grande força de cisalhamento. Produzem
Defeito no mecanismo de coagulação: sangramento dos tecidos
isquémia. Pode dar-se ASPIRINA (actua factor Xa) +
profundos sem evento desencadeante. Ocorre quando actividade do
CLOPIDOGREL/TICLOPIDINA (actua ADP) e inibidores Glicoporteina
factor é inferior a 5-10% do normal. Hemofilia A (def, factor VIII).
IIA/IIIB (ABCIXIMAB)
Hemofilia B/ de Christmas (def. factor IX).
Trombos vermelhos – Venosos. Ricos em fibrina com grande número de
eritrócitos. Podem causar edema, dor no membro afectado, embolia Coagulação ocorre na superfície das células com fosfolípidos aniónicos
pulmonar com insuficiência cardíaca direita. Dar fibrinolíticos e (fosfatidilserina) e é mediado por pontes de cálcio entre os fosfolípidos e
VARFARINA resíduos de ácido-carboxiglutâmico dos factores coagulação usar quelantes de
cálcio (EDTA ou citrato) para impedir coagulação na base do tubo de ensaio.
Hemostasia primária: Activação plaquetas alteração receptor IIb/IIIa
ligação ao fibrinogénio ligação cruzada com plaquetas adjacentes tampão Antitrombina – anticoagulante endógeno que inactiva protéases IIa, IXa, Xa, XIa,
plaquetário. Em caso de defeitos na função plaquetária ou doença de von XIIa. Proteína C e proteína S – inactiva Va e VIIIa. Doença: Factor V de Leiden que
Willebrand há sangramento de mucosa com lesão. o torna mais resistente a ser inactivado pela proteína C e S.
Complexo IIb/IIIa está na superfície da plaqueta. Receptor para fibrinogénio e Fibrinólise – Plasmina circula na forma inactiva plasminogénio em resposta à
vitronectina, mas também fibronectina factor de von Willebrand. Via comum lesão e à estase o endotélio sintetiza activador de plasminogénio tecidual (t-PA)
final da agregação plaquetária. Carência desde complexo trombastenia de conversão plasminogénio em plasmina Plasmina tem kringles que se ligam
Glanzmann. a lisinas expostas sobre o coágulo (especificidade para o coagulo, o não acontece
na hipocoagulação) digestão fibrina. Produtos de degradação fibrina activam
Hemostasia secundária: Factor tecidual (FT - expresso ubiquamente fora dos
plasminogénio
vasos, mas não está expresso activamente no seu interior) activa cascata
Inibição fibrinólise: Células endoteliais produzem inibidor do t-PA I, o Anticoagulantes parentéricos
IAP. 2-Antiplasmina circula no sangue e inactiva plasmina que não
esteja ligada ao coágulo. Liga-se ao mesmo sítio na plasmina que os Inibidores indirectos factor Xa, antitrombina dependentes – Heparina
fibrinolíticos não fraccionada, heparina baixo peso molecular, FONDAPARINUX,
Terapêutica útil na doença trombótica activador do plasminogénio IDRAPARINUX
tecidual, urocinase e estreptocinase. Inbidores directos trombina (novos) – ARGABATRAN, DABIGATRAN,
Terapêutica útil na insuficiência hemostática acido aminocapróico LEPIRUDINA/DESIRUDINA/BIVALIRUDINA
(inibidor da fibrinólise)
Anticoagulantes orais
Regulação função plaquetas:
Varfarina
Agentes produzidos fora das plaquetas que interagem com recep Inibidores directos trombina – DABIGATRAN, XIMELAGATRAN (não
membrana: catecolaminas, colagénio, trombina, prostaciclina. disponível mercado)
Agentes produzidos dentro das plaquetas que interagem com recep Inibidores directos factor Xa (novos) – RIVAROXABAN, APIXABAN
membrana: ADP (indutor agregação plaquetária). Prostaglandina D2.
Prostaglandina E2. Serotonina – estimula agregação e vasoconstrição HEPARINA - descoberta por Jay Mclean no fígado do porco. Também existe nos
Agentes produzidos dentro da plaqueta que actuam dentro da mastócitos (mastocitose sistémica provoca aPTT). É um GAG com ácido
plaqueta: Tromboxano A2 (sintetizado a partir do ácido araquidónico. glicurónico e idurónico onde se ligam grupos sulfato que se ligam anti-trombina.
2+
Vacoconstritor e activador plaquetário). cAMP. cGMP, Ca . Unidade de heparina corresponde à quantidade necessária para sangue não
Activada por factores as plaquetas juntam-se por moléculas de adesão, coagular durante 1h.
gp IIb/IIIa e cada uma delas contem no meio o fibrinogénio ou o factor
von Wilbrand Enfarte agudo miocárdio e AVC
Plaquetas não aderem normalmente por NO (que produz GMPc),
Fibrinólise
prostaciclina PgI2 (produzida no endotélio e produz AMPc)
Terapêutica mecânica = Angioplastia – injectar contraste para
Coagulação intravascular disseminada - após lesão tecidual, cancro, emergências localização do trombo desobstrução do trombo com aspiração
obstétricas, sepsis bacteriana insufla-se balão colocação stent. É o mais usado. Nas primerias 3h30
angioplastia tem = resultados terapêutica trombolítica.
( ISI serve para padronizar em função No caso de AVC, como não se pode colocar stent faz ALTEPLASE 3-4h
dos diferentes reagentes utilizados. É aproximadamente 1. após
Anti-coagulação em cirurgia ortopédica, FA. Gravidas têm mais risco fenómenos PERGUNTAS
tromboembolismo (estrogénio, compressão veias ilíacas) não de dá anti-
1. A semi-vida da heparina está diminuída na cirrose hepática e na Insuf.
coagulantes. A paciente deverá movimentar-se
renal. F. A semi-vida está aumentada, por isso temos de reduzir a dose.
Terapeutica anti-coagulante 2. A monitorização da HBPM faz-se pela determinação do TP. F. A
monitorização da HBPM faz-se pela determinação do factor Xa, da
1. Varfarina – ou anti-agregantes se paciente não conseguir cumprir heparina não fraccionada faz-se pelo aPTT e da varfarina pelo IRN.
medicação
2. Heparina LMW 3. A acção anticoagulante da HBPM deve-se à inibição do factor Xa
3. Anti-agregantes mediada pela antitrombina III. V
4. A teratogenicidade é um dos efeitos secundários da heparina. F (a 21. A Aspirina aumenta a absorção da vitamina K. (F)
heparina não passa a barreira placentária). O efeito é da varfarina. 22. A Aspirina inibe o metabolismo da Heparina. (F)
5. O sulfato de protamina antagoniza o efeito anticoagulante da heparina. 23. A Aspirina inibe a agregação plaquetária. (V)
V 24. Ambos os fármacos activam o plasminogénio. (F)
6. A condrodisplasia punctata é um dos efeitos adversos da heparina. F. É 25. O seu metabolito, Ácido Salicílico, tem efeito trombolítico e
da varfarina. antiagregante. (F)
7. O antídoto da heparina é a vit. K. F. Esse é o antídoto da varfarina. 26. O t-PA tem menor ligação à fibrina que o Tenecteplase. (V) (O
8. A colestiramina interfere com a absorção da heparina F. A colestiramina Tenecteplase é o mais selectivo e especifico)
(sequestrador de ácidos biliares – resina – utilizado na 27. A Estreptocinase pode induzir um estado lítico sistémico por provocar
hipercolesterolémia) interfere com a absorção da varfarina. uma massiva activação do plasminogénio. (V)
9. Na trombocitopénia induzida pela heparina, a varfarina é o 28. A Urocinase também se liga à fibrina tal como a t-PA. (F) (Liga-se ao
anticoagulante alternativo. F. Nessa situação, a varfarina é contra- plasminogénio)
indicada uma vez que leva ao seu agravamento. Como alternativa deve 29. O Ácido Aminocapróico bloqueia a ligação da plasmina à fibrina. (V)
administrar-se lepirudina. 30. O Reteplase não tem riscos de provocar hemorragia intracraniana. (F)
10. O fondaparinux e o idraparinux têm o mesmo tempo de semi-vida. F. O (Todos os fibrinolíticos têm esse risco.)
tempo de semi-vida do fondaparinux é entre 15 a 20h e do idraparinux é 31. O Dipiridamol bloqueia a captação celular da Adenosina. (V) (Fica mais
de 80h. livre a adenosina.)
11. O antídoto do fondaparinux é o mesmo da enoxaparina (HBPM).F. Neste 32. O Iloprost é um bloqueador da GP IIb/IIIa. (F) (Iloprost é um análogo da
momento, o fondaparinux não tem antídoto e o da heparina é o sulfato prostaciclina)
de protamina. 33. Os bloqueadores da GP IIb/IIIa inibem a agregação plaquetar e a COX-1.
12. O Fondaparinux é um inibidor indirecto da Trombina. F. O fondaparinux (F) (Inibem a agregação plaquetar mas não a COX-1)
é inibidor indirecto do Factor Xa e precisa da antitrombina. 34. Os bloqueadores da GP IIb/IIIa inibem a ligação do fibrinogénio às
13. A acção do Dabigatran é mediada pela antitrombina III. F. É um inibidor plaquetas. (V)
directo da trombina, logo a sua acção não é mediada pela antitrombina 35. Os AINES e a Aspirina inibem irreversivelmente a COX-1 plaquetar. (F).
III. (Os AINES não, pois não acetilam a COX. Há só um AINE que poderá ter
14. O Rivaroxaban é um inibidor directo do Factor Xa. V. um efeito bastante prolongado e que talvez seja importante em termos
15. A lepirudina e um inibidor directo da trombina para prescrição oral. F. É de anti-agregação plaquetar, que é o Naproxeno; os outros
um inibidor directo e irreversível da trombina, mas é parentérico. possivelmente até agravam.)
16. A Lepirudina requer co-factores plasmáticos para provocar 36. A Aspirina provoca neutropénia grave. (F) (Ticlopidina)
anticoagulação. F. 37. A Ticlopidina e o Clopidogrel inibem a ligação do ATP aos receptores
17. O Rivaroxaban e o Dabigatran são indicados no trombo-embolismo na plaquetares. (F)
grávida. F. na grávida só se administra heparina. 38. A administração de Ibuprofeno associado à aspirina inibe a acção
18. A administração do Rivaroxaban e associada com a Eritromicina tem antiplaquetar desta. (V)
relevância clínica pelo que a dose anti-coagulante deve ser reduzida. F. 39. O Ticagrelor é um análogo do ATP com acção antagonista do receptor
Apesar de existir interacção medicamentosa do Rivaroxaban com a P2Y12. (V)
Eritromicina, os estudos só demonstram relevância clínica com o 40. Os doentes portadores do polimorfismo do gene …. têm menor
Ritonavir e o Cetoconazol. concentração do metabolito efectivo do Clopidogrel.
19. Não existe evidência do benefício do Dabigatran ou do Rivaroxabanna 41. A actividade anti-coagulante do Fondaparinux e das Heparinas de baixo
prevenção do trombo-embolismo na Fibrilhação Auricular. F peso molecular é monitorizada pela aPTT. (F)
20. A Aspirina pode potenciar a anti-coagulação da Heparina. (F)
ANTI-HIPERLIPIDÉMICOS E ATEROSCLEROSE
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica Precaução/Interacção
ESTATINAS
INIBIDORES ABS ESTEROL
ÁCIDO NICOTÍNICO =
NIACINA = Vit B3 =
FACTOR PP
RESINAS LIGAÇÃO ÁCIDOS BILIARES
FIBRATOS
AG OMEGA 3, 6
FITOESTERÓIS
TORCETRAPIB
DALCETRABIP
ANACETRAPIB
EVACETARPIB
Ac Anti-PCSK9
OXIDANTES
ANTI-
Hipercolestrolemia familiar – transmissão AD, se heterozigótico Fármacos devem ser evitados em grávidas, e mulheres em lactação.
colesterol 260-500 mg/dl se homozigótico colesterol > 1000 mg/dl. Podem exigir ajusta da dose de varfarina e de anticoagulantes derivados
Causa: Defeitos nos recep de LDL Dx: níveis elevados de colesterol no da indandiona.
sangue do cordão umbilical. Sinais: xantomas, xantelasmas, arco Crianças com hipercolestrolemia familiar só podem ser tratadas depois
corneano, coronariopatia. Níveis de TAG estão normais. Tx: dos 7/8 anos, altura em que a meilinização do SNS está concluída
Homozigóticos respondem parcialmente à niancina, ezetmiba, estatinas
Heterozigóticos os níveis de LDL podem ser regularizados com esquemas Hiperlipemia níveis aumentados de TAG. Pode culminar em
combinados pancreatite aguda
Defeito do receptor da ApoB – Apo B-100 liga-se a recep LDL e permite
endocitose. Não é tao grave como lipercolestrolémia familiar. Tx: Aterosclerose e doença coronária
Resposta a estatinas é variável. Supra-regulaçao dos receptores de LDL
não aumenta a captação de LDL com ligantes defeituosos. Usar niancina Estimativa de risco CV: risco muito elevado se DCV conhecida, DM I ou
pois VLDL. DM II com microalbuminuria, doença renal crónica. Risco elevado HTA
Hiperlipoproteinémia familiar – normalmente apenas há elevação de ou dislipidemia familiar e SCORE entre 5-10%. Risco intermédio
LDL. Tx: inibição dietética, estatina, niancina ou fenofibrato. obesidade, SCORE entre 1-5%. Risco baixo SCORE < 1%. Para avaliar risco
poulação geral sem sianis de dença clínica ou pré-clínica utilizar tabelas
Hiperlipoproteinemia Lp (a) – produção aumentada de proteína (a). Tx:
SCORE.
niancina diminui os níveis de Lp (a).
Deficiência de colesterol 7-hidroxilase – aumenta LDL
Placas de ateroma constituídas por células espumosas (macrófagos e cél.
Deficiência HDL – Doença de Tangier e deficiência de LCAT. Tx: usar
m. liso) que endocitam lipoproteínas oxidadas por ligação a receptores
niancina pois aumenta HDL.
scavanger, colagénio, fibrina, cálcio.
Medidas dietéticas Quando há placas de ateroma a dilatação das artérias coronárias em
resposta a uma maior demanda é afectado
Pacientes com hipercolestrolémia familiar ou com hiperlipidemia
combinada familiar necessitam sempre de terapia farmacológica. Factores de risco: Tabagismo (diminui HDL, tem efeitos citotóxicos no
endotélio, aumenta oxidação de lipoproteínas e estimulação
Medidas dietéticas permitem redução de 25-30% LDL:
trombogénese=, HTA, HDL < 40 mg/dL, , história familiar doença
Redução gorduras saturadas e transsaturadas LDL 8-10%. coronária, idade.
Redução colesterol (<200 mg/dia) LDL 3-5%. HDL tem efeitos protectores pois removem colesterol da parece arterial
Fito esteróis (até 2g/dia) LDL 6-10%. conduzindo até aos hepatócitos e inibem oxidação de lipoproteínas.
Fibra (5-10g) LDL 3-5%. 1% HDL 3% risco doença coronária
1% LDL 1% risco doença coronária
O tratamento da hiperlipidemia não deve a sua eficácia à redução das
placas de ateroma, mas sim à redução dos eventos coronários agudos,
por diminuição da actividade inflamatória dos macrófagos.
PERGUNTAS
TRATAMENTO TOSSE
MUCOLÍTICO
Crises + frequentes
Crises ++ frequentes
Se não responsividade
Casos mais graves
Asma aguda
Asma criança
Asma grávida
Combinação com
EXENATIDA
Combinação com
PRANLINTIDA
Combinação com
INSULINA
Grávida
FARMACOLOGIA CLÍNICA TRATAMENTO DIABETES TIPO I
Combinação com
PRANLINTIDA
Combinação
medicamentos orais
NOTAS: moléculas insulina ou análogos. Insulina em concentração habitual de 100U/ml
(U100). Em casos raros de resistência há U500.
Paul LAngerhans descreveu ilhéus pancreáticos
Minkowski e von Mering reproduziram Diabetes fazendo pancreatomias Absorção maior no abdómen, coxa, no braço é menor. Massagem, banho quente
a cães. Administraram extracto de pâncreas insulina destruída por absorção, exercício físico e ficar de pé absorção. Quanto mais profunda (IM)
enzimas hepáticas não eficaz + absorção
Bantig, Best e Macleod descobriu insulina
Insulina injectada entra em circulação, não vai logo para o fígado com a insulina
Ilhéus de Langerhans contêm 4 tipos de células que produzem: insulina endógena. Logo para obter efeitos hepáticos tem que se dar doses maiores do
(Produzida células beta – 75%. Hormona anabólica de armazenamento), amilina que as que seriam fisiológicas. Administrar sempre dose menor possível. Insulina
(Produzida células beta – 75%. Modulador do apetite, esvaziamento gástrico, a mais hipoglicémia. Há diferenças entre a secreção de insulina quando se dá
secreção glucagina e insulina), glucagina (Produzida células alfa – 20%. glicose oral ou IV. Via IV há mais libertação insulina devido ao efeito das
Hiperglicemiante que mobiliza reservas de glicogénio), somatostatina (Produzida incretinas intestinais
células delta – 3 a 5 %. Inibidor células secretoras), péptido pancreático
(Produzida células PP – 2%, apenas na porção posterior da cabeça do pâncreas. Deve fazer-se uma terapia intensiva da diabetes vs terapia convencional
proteína que facilita processos digestivos). comprovado estudo DCCT (DM I) e KPDS (DM II) há + HbA1c, risco
retinopatia (prevenção primária = 76%) ou progressão retinopatia (prevenção
Diabetes Mellitus tipo I: Destruição selectiva das células B com secundária = 54%), neuropatia (60%), albuminúria (prevenção primária =
deficiência grave ou absolta de insulina. Necessita administração de 34%, prevenção secundária = 56%), há menos incidência de diminuição da GFR.
insulina. Pode ter etiologia auto-imune (mais comum) ou idiopática. HbA1c associada risco de retinopatia. risco evento DCV (42%), principalmente
Pacientes manifestam doença antes dos 30 anos. Pode haver EAM ( 57%) na DM I. Há mais risco de hipoglicémia.
susceptibilidade genética
Diabetes Mellitus tipo II: Resistência tecidual à acção da insulina com Quando se detecta diabético 50% células já não estão funcionantes e a cada 6 A
deficiência relativa da secreção da hormona hiperinsulinismo. 50% das restantes Apoptose acelerada devido a glicotoxicidade, lipotoxicidade,
Comprometimento da acção da insulina altera o metabolismo lipídico, citocinas pró-inflamatórias, leptin, islet cell amyloid.
com fluxo de AG e TAG e HDL. 30% necessitam de insulinoterapia
Aldoreductase transforma glicose em sorbitol. Sorbitol entra cristalino
para controlar glicemia. Alguns pacientes podem manifestar DM I e II.
osmolaridade lesão tecidual. No nervo inositol neuropatia. Poderia usar-
Pode ocorrer cetoacidose em situações de stress (infecção,
se inibidores aldoredutase na tx DM numa fase adiantada (antes de ocorrer
corticosteróides - resistência à insulina). Em indivíduos desidratados
lesão) mas são hepatotóxicos
poderá ocorrer coma hiperosmolar não-cetótico.
Diabetes Mellitus tipo III: causas específicas da elevação da glicémia Indicações terapêuticas insulina:
como doenças não-pancreáticas, terapia farmacológica.
Diabetes Mellitus tipo IV: diabetes gestacional. Na gravidez a placenta e Diabetes Mellitus I
as hormonas placentárias criam resistência à insulina, mais Diabetes Mellitus II não respondem dieta e anti-diabéticos orais
acentuadamente no último trimestre. Efectuar triagem entre as 24-28 Diabetes gestacional (METFORMINA é dada off-label)
semanas. Complicações diabetes (cetoacidose, coma hiperosmolar)
Pós-pancreaomia
Insulina – no passado obtinha-se do boi (risco encefalopatia espongiforme) e Situações peri-operatórias pacientes DM I e II
porco. Actualmente produzida por técnicas de DNA recombinante onde se insere
gene da pró-insulina em E.coli ou levedura. Pró-insulina tratada para formar Sistemas de administração:
Injectores tipo caneta – injecção SC. Incluem insulina REGULAR, LISPRO, GLP-1 – no ileon distal e colon. glicagina gliconeogénese.
ASPART, GLULISINA, DETEMIR e misturas NPH com insulina regular, esvaziamento gástrico. peso corporal
LISPRO e ASPART. Eliminam necessidade transportar seringas e frascos GIP – no duodeno e jejuno
insulina
Dispositivos infusão subcutânea contínua (ISCI, bombas de insulina) – PERGUNTAS:
programável com base resultados de automonitorização insulina.
1. A pró-insulina tem actividade hipoglicemiante igual à insulina. FALSO
Permite manter níveis basais de insulina, aquando da insulina deve
2. A insulina humana exógena não é imunogénica. FALSO, apenas é menos
fazer-se bólus. Colocado no cinto, a insulina é infundida através tubo de
do que a animal, mas existe sempre esse risco
plástico por agulha subcutânea colocada no abdómen ou coxa. Trocar
3. A secreção de insulina é inibida durante a cirurgia devido à estimulação
agulha a cada 2-3 dias. Utilizado em indivíduos incapazes seguir
vagal. FALSO, é inibida devido à acção dos α-2
esquemas injecção múltipla, gravidez para controlo apertado glicémia,
4. A insulina semi-lenta reproduz a actividade da insulina endógena. FALSO,
hipoglicémia imprevisível ou hiperglicemia at dawn. Muitos caras. Usar
não há nenhuma que reproduza.
apenas insulina acção curta REGULAR, LISPRO, GLULISINA e ASPART. Se
5. A insulina activa a lipoproteína lipase do endotélio, aumentando as
não funcionar bem (problemas mecânicos, abcesso subcutâneo) pode
VLDL. FALSO, as lipoproteínas no diabético estão aumentadas, e quando
ocorrer cetoacidose.
se administra insulina activa a lipoproteína lipase mas reduz as VLDL, ou
Insulina inalada – Usar insulina humana em pó fino com propriedades
seja, os triglicéridos.
das insulinas início acção rápida e curta. Cara. Não adoptada por
6. O início de acção da Insulina Lispro é semelhante ao da Insulina Aspart e
possibilidade de problemas respiratórios por permeabilidade vascular
da Insulina regular. FALSO, a Lispro é semelhante à Aspart mas aRegular
Fenómeno Dawn – hiperglicemia nocturna entre 4—8h manhã por libertação não, a regular é mais tardia.
fisiológica hormonas contra-reguladoras (glicagina, Gh, cortisol e adrenalina) 7. A insulina é contra-indicada na Diabetes Gestacional. FALSO.
8. A tolbutamida (uma sulfonilureia) não apresenta interacção com a
Fenómeno Somogyi – fenómeno rebound devido sobredosagem insulina que Aspirina porque não se liga às proteínas plasmáticas. FALSO, porque liga.
provoca hipoglicémia libertação adrenalina, ACTH, glicagina, GH estimular 9. A progressão da retinopatia diabética está associada directamente à
lipólise e neoglicogénese hiperglicémia e cetose. Teoria não completamente hemoglobina glicosilada. VERDADEIRO.
aceite porque nem todos os pacientes que acordam com hiperglicémia têm 10. O pramlintide reduz o esvaziamento gástrico e a produção pósprandial
hipoglicémia nocturna e outros com hipoglicémia nocturna não têm de glicagina. VERDADEIRO.
hiperglicemia de manhã. 11. A sitagliptina aumenta o GPL-1 para valores supra-fisiológicos. FALSO.
Apenas os análogos do GLP-1 têm esse aumento, no caso dos inibidores
Hemoglobina glicada - Durante tempo médio vida GV (120 dias), hemoglobina do DPP-4 temos efeitos semelhantes aos fisiológicos.
exposta a glucose plasmática dependendo da sua concentração (fenómeno 12. A pioglitazona aumenta o risco de doença coronária. FALSO, a
mais marcante diabetes não controlados), a glucose vai reagir com a rosiglitazona é que aumenta.
hemoglobina de forma espontânea e não enzimática hemoglobina glicada. 13. As glitazonas têm risco aumentado de insuficiência cardíaca.
Esta reacção é irreversível. Deve estar abaixo dos 7% em diabéticos e e indivíduos VERDADEIRO, por isso são contra-indicadas nesse contexto.
saudáveis entre 4-6%.
TEGASERODE
LAXANTES
RESINAS
AGONISTAS OPIÓIDES
LIGAçÃO BILIS
BISMUTO
ANTIDIARRÉICOS
SÍNDROME INTESTINO IRRITÁVEL
ANTI-ACh
ANTAGONISTA
5HT3
AD TRICÍCLICOS
CLONIDINA
OCTREOTIIDE
ANTAGONISTA 5HT4
TEGASERODE
LUBIPROSTONA
CANABINÓIDE BZ ANTI-H1 e ANTI- BENZAMID
ANTI-PSICÓTICOS ANTAGONISTA NK1 CS ANTAGONISTA 5HT3
S D ACh AS
ANTI-NÁUSEA e ANTIEMÉTICOS
ANÁLOGOS PURINA CORTICOSTERÓIDES AMINOSALICILATOS
COLELITIASE
SAIS BILIARES
HEMORRAGIA VARIZES
SOMATOSTATINA
OCTREOTIDE
VASOPRESSINA
TERLIPRESSINA
ANTAGONIS
TAS
NOTAS: Úlcera peptídica – 60% associadas a infecção por H.pylori produção
somatostatina inibição gastrina. Pode ser também causada por
DOENÇAS ACIDOPÉPTIDICAS – reflexo gastro esofágico, úlcera peptídica (gástrica
AINE PgE2 e PgI2. PPI são mais eficazes e com efeitos + rápidos
e duodenal), lesão da mucosa por stress. Desequilíbrio entre factores de defesa
GI (estimulados pela secreção de Pg ou NO: muco, bicarbonato, Pg, fluxo
sanguíneo) e factores agressivos (ácido, pepsina células principais e só actua
após activação em meio ácido, bilis).
Refluxo Gastro Esofágico – Sintomas: soluções, axia, sialorreia, dór Aspirina é o AINE com mais perigoso em caso de úlcera pois inibe COX-1 e é anti-
retroesternal. Pode causar esofagite erosiva, metaplasia de Barrett, agregante.
tosse e rouquidão (se afectar laringe). Tx não farmacológica: evitar
COX-1 – estômago, rim, plaquetas, endotélio
alcool, café, tabaco, peso ( pressão intra-abdominal), evitar decúbito
COX-2 – macrófagos, leucócitos, fibroblastos, endotélio inflamação
dorsal durante noite elevar cabeceira, refeições ligeiras. Tx
farmacológica: PPi (90% pacientes curados após 8 semanas) são mais MOTILIDADE GASTRO-INTESTINAL – Agentes pró-cineticos: não actuam
eficazes que antagonistas H2 (75% pacientes curados após 8 semanas). directamente na Ach, actuam em neurónios que controlam neurónios
Metaplasia não tem regressão fácil. Antiácidos só usar se paciente tiver colinérgicos, aumentando libertação de NT sem interferirem com o ritmo da
episódios pouco frequentes de dispepsia. Na gravidez dar antiácidos e motilidade. Úteis em DRGE ( pressão esfincter esofágico inferior), gastroparesia
sucralfato, se necessário dar RANITIDINA. PPI só em casos graves. Pode ou pós cirurgico ( esvaziamento gástrico), ileo pós-operatório, obstipação
haver dispositivo colocado no esfincter esofágico inferior.
Sistema nervoso entérico – constituído células ganglionares e fibras nervosas Alteração motilidade por inibição contracções segmentares (não
localizadas na submucosa (plexo submucoso – Missner regula secreção) e propulsivas) ou estimulação contracções propulsivas
entre as camadas m. liso (plexo mioentérico – Auerbach controlo motor).
Regula independentemente a motilidada e secreção GI, embora possa ser Catartico – evacuação matéria não formada de todo o colon. Há agentes
influenciado pelo SNA. catárticos que são laxantes em doses baixas.
Serotonina – 90% 5HT encontra-se TGI, produzida células Uso crónico laxantes: Pode ocorrer esteatorreia, hipocaliémia ( contracção
enteroendócrinas face estimulação química e mecânica. 5HT despoleta síncrona celulas), absorção cálcio e secreção nas fezes (osteomalácia),
reflexo peristáltico por stimulação neurónios no plexo mioentérico via enteropatia c/ perda de proteínas (hipoalbuminémia com laxantes irritativos
recep 5HT1p (libertação NO e tónus) e 5HT4 (contêm péptido mucosa), aldosteronismo secundário, dependência (como há esvaziamento total
relacionado gene calcitonina e liberta ACh). Também estimula neurónios não chega a haver distensão que é estimulo para se desencadear onda
extrínsecos vagais e sensitivos espinhais via 5HT3 (vómitos, náuseas e peristáltica), espasmos, intestino irritável. Vários laxantes actividade NO sintase
dor abdominal). Também estimula neurónios intrínsecos activando (estimula secreção e inibe contracção segmentar) e sintese factor activador
reflexos secretomotores. 5HT1a é receptor inibitório no SNE. plaquetas no intestino (mediador pró-inflamatório estimula motilidade e
Inibidores selectivos reuptake 5HT tem como efeito adverso diarreia. secreção no TGI).
Dopamina é NT inibitório no TGI intensidade contracções
Laxantes uteis para esforço defecção após EAM, cirúrgia, que induz uma
esofágicas.
manobra Vassalva retorno venoso.
Motilina estimula recep excitatórios e células musculares.
DIARREIA – Pode ser causada por carga osmótica no lumen, secreção excessiva
Agentes que suprimem motilidade: nitratos e bloqueadores canais Ca. Úteis em
de electrólitos e água no lumen, alteração motilidade intestinal, medicamentos
acalasia (não há relaxamento esfincter esofágico inferior, nem peristaltismo (contendo Mg). Em diarreia benigna fazer solução de reidratação oral (água +
disfagia e regurgitação), também se pode injectar toxina botulinica (inibe NaCl + Glicose) porque a absorção no intestino delgado é preservada em caso de
libertação ACh e induz paralisia) através endoscópio, efeito dissipa após alguns diarreia aguda e a absorção de glicose ligada à absroção de NaCl. Muito útil em
meses. idosos e crianças.
OBSTIPAÇÃO – pode ser causada por falta dietética de fibras, fármacos Só se deve fazer terapia farmacológica em diarreia leve ou moderada e deve ser
(bloqueadores canais cálcio, opióides por recep . METILNALTREXONA não evitada em diarreia aguda sanguinolenta, com febre alta e toxicidade sistémica,
causa, antidepressivos, anti-parkinsónicos), distúrbios hormonais ou porque retarda eliminação agente, e risco invasão sistémica e megacolon
neurogénicos (Parkinson, ), doença sistémica (DM II), gravidez. É difícil perceber a tóxico. Se for o caso fazer antibioterapia.
causa por isso a terapeutica é empírica.
Chá preto é util na diarreia por conter tanino
Tratamento: medidas não farmacologica (ingestão água, fibras, substituição
fármacos que causam obstipação). SÍNDROME INTESTINO IRRITÁVEL – desconforto abdominal (dor, distenção,
cólica) c/ alteração hábitos intestinais (diarreia, prisão de ventre ou ambas).
Laxante – evacuação matéria fecal formada do recto. Laxante de massa, laxante Tratamento para aliviar a dor, diminuir desconforto e melhorar função intestinal:
osmótico, laxante esimulante. Acções:
Diarreia (predominante): loperamida
Retenção intra-luminal de flúidos por mecanismos osmóticos ou Prisão de ventre: fibras, laxante osmótico (leite magnésio)
hidrofílicos
Dor: AD tricíclicos (AMITRIPTILINA) em baixas doses têm propriedades
Diminuição absorção por alteração no transporte electrólicos e água analgésicas, têm actividade anti-colinérgica e alteram NT entéricos
(5HT). CLONIDINA dor induzida pela distensão. SOMATOSTATINA
Antibióticos: RIFAXIMIB Doença pouco severa: 5-aminosalicilatos (doença dr Chron e colite
ulcersa), CS tópicos (colite ulcerosa), antibióticos (doença de Chron),
budesonida (doença de Chron)
NAUSEA e VÓMITO – podem ser manifestações de efeitos adversos de Doença mais severa: corticosteróides orais, imunomoduladores
medicamentos (opiáceos, tramadol, digitálicos), doenças sistémicas, gravidez, (azatioprina, mercaptopurina, metotrexato), anticorpos anti-TNF.
disfunção vestibular, radiação ou quimioterapia, obstrução ou infecção GI,
Doença muito grave: corticosteróides IV, cirurgia, natalizumab (doença
peritonite, doença hepatobiliar, infecção SNC .
Chron se imunomoduladores e antagonistas TNF não eficazes),
Constituido por fase pre-ejecção (retroperistaltismo), contracção músculos
ciclosporina (colite ulcerosa se CS IV não efizes)
abdominais, diafragma e intercostais contra epiglote fechada, e ejecção
(relaxamento esfingter esofágico superior, contracção intensa músculos LITÍASE BILIAR – afecta mais as mulheres
abdominais). Acompanhado salivação, calafrios…
Centro vómito localizado formação reticular lateral adjacente à chemoreceptor HEMORRAGIA VARIZES – varizes ocorrem em casos de hipertensão portal,.
trigger zone na área postrema, no final do 4º ventrículo e o núlceo do trato Consequência: ascite,encefalopatia hepática, colaterais porosistémicos varizes
solitário (que controla centro respiratório, salivatório, vasomotor. Tem receptor esofágicas.
encefalina, histamina , M1 e 5-HT3). Vias aferentes para centro vómito:
Simeticona – anti flatulência
Area postrema/ Chemoreceptor trigger zone – parte caudal do 4º
PATOLOGIA HEPÁTICA
ventrículo. Fora da BHE, mas é acessível a estímulos ematogénicos no
sangue o LCR. Receptores D2, opióides, neurocinina NK1 e serotonina 5- Alterações farmacodinâmicas – encefalopatia hepática ( sensibilidade
HT-3. opióides, sedativos e anti-epilépticos. Preferir LORAZEPAM, OXAZEPAM,
Sistema vestibular – via par VIII. Receptores M1 e H1 Evitar FENOBARBITAL e inibidores MAO). Balanço hidroéctrico alterado
Vago e nervos aferentes espinhais TGI – irritação da mucosa por (principal/ se síndrome hepato-renal. Pode ocorrer hipocaliémia - BCC
quimioterapia, radioterapia, distenção, infecções libertação 5-HT. e -bloqueantes, retenção sódio CS e AINE).
Receptores 5-HT3. Alterações farmacocinéticas: altera biodisponibilidade de fármacos
SNC – disturbios psiquiátricos, stress, vómito antecipatório a capacidade metabolica, os fármacos que sofrem metabolismo 1ª
quimioterapia passagem biodisponibilidade, hipoproteinémia.
Elevada taxa extracção: propanolol, labetalol, pentazocina,
Histamina e Ach enjoo movimento
petidina dose inicial pequena, intervalo maior entre doses
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS – inclui doença de Chron e colite Baixa taxa extracção: orazepam, diazepam, fenobarbital,
ulcerosa. A etiologia e patogenese é desconhecida. O tratamento utilizado teofilina
depende de gravidade e resposta do paciente.
Alterações hepáticas:
Doença Chron – transmural, todo intestini, fibroestenótica, fistulizante,
Tipo A – dependente dose. necrose centrolobular (PARACETAMOL),
dor abdominal, perda peso, doença peri-anal, massa abdominal.
necrose hepatocelular (SALICILATOS > 2g), Insuf hepática com esteatose
Linfócitos Th1 induzidos por Il-12 e IL-18
(TETRACICLINAS > 2g), Heptatite (alcool, amiodarona > 600mg), Bloqueio
Colite ulcerosa – mucosa e submucosa, só colon, rectorragia, diarreia,
secreção biliar (RIFAMPICINAS; ANDROGÉNEOS; ANABOLIZANTES)
passagem muco, tenesmo, or abdominal. Linfócitos Th2 induzidos por IL-
Tipo B – ndependnete dose. Têm componente alérgico. Hepatite por
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halotano
Tipo C e D -
OBESIDADE
Contra-
Classe Fármaco Farmacocinética Mecanismo de acção/ Efeitos Efeitos Adversos Clínica
indicação
APETITE
ABS
GASTO
Num estudo, um ano após dieta os mediadores do apetite que levam ao peso
não revertem para os níveis antes da perda de peso, são sempre menores
Tratamento obesidade
Dieta
Exercício físico
Tratamento farmacológico
Banda gástrica
Bypass – retira porção do estômago grelina. É a opção cirurgica
mais eficaz, com o qual os pacientes perdem mais peso. risco eventos
CV. Riscos: embolia pulmonar, paragem respiratória, obstrução ou
estenose gástrica, hemorragia, deficiência minerais e vitaminas os
pacientes que mais beneficiam são também os que têm mais risco.
Efeitos adversos: deficiência Fe, Ca, vit D Mortalidade pós-operatório 0,1
– 2%. IMC alto pode não ser um bom indicador para realização
cirúrgica bariática, é melhor o nível insulina alto.