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ATOS ADMINISTRATIVOS

INVALIDAÇÃO
CONVALIDAÇÃO
TEORIA DAS NULIDADES NO
DIREITO ADMINISTRATIVO


Teoria Monista: o ato é nulo ou válido.

Teoria Dualista: os atos podem ser nulos ou
anuláveis, de acordo com a menor ou maior
gravidade do vício.


Regra Geral: Nulidade (sobretudo nos casos
em que produziu efeitos para terceiros).
José dos Santos Carvalho Filho
INVALIDAÇÃO anulabilidade e nulidade

Forma de desfazimento do ato administrativo em


virtude da existência de vício de legalidade.
O vício pode incidir:
a) competência
b) finalidade
c) forma
d) motivo ilícito
impossível
indeterminável
e) objeto
O ATO PODE SER INVALIDADO

pela própria pelo Judiciário


Administração (MS, ACP, AP,
(Autotutela) RECL)
Súmula 346: A Administração Pública pode
declarar a nulidade dos seus próprios atos.

Súmula 473: A Administração pode anular seus


próprios atos quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os
direito adquiridos e ressalvada, em todos os
casos, a apreciação judicial.
DEVER DE INVALIDAR O ATO VICIADO

Regra Geral: anular


Manutenção do ato inválido: circunstâncias
especiais

LIMITAÇÕES AO DEVER DE INVALIDAÇÃO DOS


ATOS
1) decurso do tempo
2) consolidação dos efeitos produzidos – teoria do
fato consumado
Prevalência do princípio do interesse público
sobre o da legalidade estrita.

prescrição
Princípio da estabilidade
das relações jurídicas decadência
LIMITAÇÕES AO PODER DE AUTOTUTELA DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Interesses de pessoas contrários ao desfazimento


do ato contraditório casos excepcionais,
pois prevalece o poder de auto-executoriedade
administrativa.
Invalidação efeito ex tunc. A declaração de
nulidade retroage ao momento da edição,
ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé.

Lei nº 9784/99 – Decorridos cinco anos, a


Administração não poderá anular atos
administrativos que tenham produzido efeitos
favoráveis para os destinatários (ressalvada a
má-fé).
CONVALIDAÇÃO – sanáveis os vícios e não
sobrevier prejuízo ao interesse público ou a
terceiros.

Efeito ex tunc

Formas:
1- ratificação
2- reforma
3- conversão
VÍCIOS SANÁVEIS: competência, forma e
objeto (plúrimo).

VÍCIOS INSANÁVEIS: motivo, objeto (único),


finalidade e incongruências entre o motivo e
resultado do ato.
Julgado STJ: RMS 25652/PB
Rel. Napoleão Nunes Maia Filho
Quinta Turma. 16/09/2008
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS
QUE ASSUMIRAM CARGOS EFETIVOS SEM
PRÉVIO CONCURSO PÚBLICO, APÓS A CF
DE 1988. ATOS NULOS. TRANSCURSO DE
QUASE 20 ANOS. PRAZO DECADENCIAL DE
CINCO ANOS CUMPRIDO, MESMO
CONTADO APÓS A LEI 9.784/99, ART. 55.
PREPONDERÂNCIA DO PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA JURÍDICA. RECURSO
ORDINÁRIO PROVIDO.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. MAGISTÉRIO. ACUMULAÇÃO DE
PROVENTOS DE UMA APOSENTADORIA COM DUAS
REMUNERAÇÕES. RETORNO AO SERVIÇO PÚBLICO
POR CONCURSO PÚBLICO ANTES DO ADVENTO DA
EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98. POSSIBILIDADE. 1.
É possível a acumulação de proventos oriundos de uma
aposentadoria com duas remunerações quando o servidor foi
aprovado em concurso público antes do advento da Emenda
Constitucional n. 20. 2. O artigo 11 da EC n. 20 convalidou o
reingresso --- até a data da sua publicação --- do inativo no
serviço público, por meio de concurso. 3. A convalidação
alcança os vencimentos em duplicidade se os cargos são
acumuláveis na forma do disposto no artigo 37, XVI, da
Constituição do Brasil, vedada, todavia, a percepção de mais
de uma aposentadoria. Agravo regimental a que se nega
provimento. (STF- RE 489776 AgR / MG- j.17/06/08)

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