23/01/2018

A PROVA DO NEGÓCIO
JURÍDICO NO CC/2002.
DIREITO CIVIL I
Prof. Dr. Carlos Eduardo Silva e Souza

Introdução.
A necessidade do CC trazer um
capítulo específico quanto à
prova.

Conceito de prova

Via de regra, encontra-se

Conjunto de meios
no plano da eficácia do
empregados para
NJ, pois mantém relação
demonstrar, legalmente,
com as consequências do
a existência de NJ
ato ou negócio

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Tratamento jurídico de prova

Matéria de concepção
CC, arts. 212/232  Não há no CC uma
híbrida
prova do NJ Teoria Geral da Prova
(CC/CPC)

A utilidade de um
Na dúvida, não
direito mede-se pela
Matéria para CC ou existindo normas no
possibilidade do que se
CPC? CC, deve se socorrer ao
dispõe para se realizar a
Opinião de Alexandre Freitas CPC
Câmara e Silvio de Salvo Venosa prova de um fato

Meios de prova previstos

no CC de 2002

Meios de prova
(CC, art. 212)
Rol meramente exemplificativo
(CPC, art. 369  reforça (meios legais e moralmente legítimos)

Confissão Documento Testemunha

Presunção Perícia

Processualistas criticam, porque testemunhos e documentos são fontes de prova; 6

confissões e perícias seriam meios de prova e presunção serão meras conclusões de
dedução, de raciocínio (Fredie Didier Jr)

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Documento eletrônico
como meio de prova

Documento eletrônico, Os documentos eletrônicos

captada literalmente pela
internet, no meio digital
(En. 297/298, CJF –
aplicação analógica do CC,
art. 225 – CPC, art. 422, § 1º)
dependerá de sua
conversão à forma
impressa e de verificação
de sua autenticidade
(CPC, art. 439)

Sites de relacionamentos e
de redes sociais WhatsApp
(TJRS, Ag. Inst. 210386- (ata notarial)
13.2014.8.21.7000)
7

Confissão

Confissão

Declaração feita por

uma pessoa, contra Pode ser judicial ou
quem se procura provar extrajudicial
um fato, ato ou NJ (CPC, art. 389)
(CC, art. 212)

Contrário ao seu Pode ser espontânea

interesse e favorável ao (lavrada a termo) ou
adversário provada (depoimento)
(CPC, art. 389) (CPC, art. 349)

3

Confissão
Confissão extrajudicial, quando feita
oralmente, só terá eficácia quando a
lei não exigir prova literal
(CPC, art. 394)
Presunção de veracidade, se não
impugnada, as questões inerentes em
petição inicial
(CPC, art. 341 – confissão tácita)
Confissão
Abarca, no CC, art. 212, I
depoimento pessoal
O termo confissão deve
abarcar o conceito lato de
depoimento pessoal, já que
este é meio de prova de
maior abrangência
(En. 157, CJF)
Confissão
Não tem qualquer eficácia se
feita por quem não pode
dispor do direito à que se
referem os fatos confessados
(CC, art. 213 – CPC, art. 392, §
1º)
Não é eficaz se feita por
absolutamente incapaz
(menor de 16 anos)
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Pode ser expressa ou tácita
(CPC, art. 341)
Não se admite confissão tácita nos
casos de: a) não ser admissível a
confissão; b) a petição inicial não
estiver acompanhada de instrumento
que a lie considerar substância do ato;
c) estiverem em contradição com a
defesa, considerada em seu conjunto
10
(CPC, art. 341)
Mas depoimento pessoal
tem tratamento separado no
CPC (arts. 385/388)
Cabe à parte requerer
depoimento pessoal em
audiência de instrução em
julgamento, sem prejuízo do
juiz ordenar de ofício
(CPC, art. 385
11
Logo, inválida a confissão
sobre direitos indisponíveis
(ex.: direitos da
personalidade)
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Confissão

Quando feita por representante

somente é eficaz nos limites em
que pode vincular o
representado*
(CC, art. 213 – confissão: ato não
personalíssimo ou impessoal)
É ato irrevogável e irretratável,
não sendo possível qualquer
modalidade de arrependimento
(CC, art. 214 e CPC, art. 393)

Poderes especiais (TJSP, Ap. 0076744-32.2006.8.26.0000)

Irrevogabilidade e
irretratabilidade decorre do
Pode ser anulada se houver erro
nemo potest venire contra
de fato* ou coação
factum propium
(CC, art. 214)
(veda comportamento
contraditório)  boa-fé *Não alcança o erro de direito (conhecimento de 13

informação jurícia)

Confissão
Ação anulatória é o único Legitimidade é exclusiva do
meio para anular confissão confitente e pode ser
(CPC, art. 393) transferida a herdeiros se ele
falecer após propositura da
Processualistascriticam alteração, porque agora ação
não seria mais possível rescindir sentença
baseada em confissão eivada de vício
(CPc, art. 393, p.u.)

Além da anulabilidade,
Nos casos de nulidade
também seria possível a
absoluta, a ação é
nulidade absoluta da
imprescritível
confissão* – CC, arts.
(CC, art. 169)
166/167 (ex.: simulação)
14

Documento

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Escritura pública

Documento com fé Prova plena importa

pública e constitui presunção relativa
prova plena* (En. 158, CJF – Inf.
(CC, art. 215) 541, STJ)
*expressão não mais usual, dada a relativização de Ou seja, ocorre a inversão do ônus da prova
direitos e princípios (STJ, Resp 1.438.432)

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Escritura pública

Elementos da escritura pública (CC, art. 215, § 1º)

§ 1o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
I - data e local de sua realização;
II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam
comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas;
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e
demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do
casamento, nome do outro cônjuge e filiação;
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;
V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do
ato;
VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que
todos a leram;
VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu
substituto legal, encerrando o ato.

17

Escritura pública

A falta de algum requisito Pode ser lavrada em

da escritura pública qualquer Tabelionato de
acarreta nulidade absoluta Notas
(CC, art. 166, IV e V) (Lei 6.015/73)

Se algum comparecente
Escritura pública de
não puder ou não souber
confissão que versa sobre
escrever, outra pessoa
imóveis é dispensável em
capaz assinará por ele, a
casos de até 30 salários
seu rogo
mínimos
(CC, art. 215, § 2º) 18

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Escritura pública

Linguagem acessível às
Deve ser redigida na partes, evitando-se
língua nacional expressões superadas,
(CC, art. 215, § 3º) ininteligíveis ou de
difícil compreensão

Escritura mal
elaborada, com graves
defeitos de linguagem,
pode ser declarada nula
(CC, art. 166, IV e V) 19

Escritura pública

Se alguma dos comparecentes Não haver tradutor na

não souber a língua nacional e o
tabelião não souber o idioma
que esse expressa, pode se
servir de intérprete
(CC, art. 215, § 4º)
localidade, será nomeada outra
pessoa capaz que, a juízo do
tabelião, tenha idoneidade e
conhecimento bastantes
(CC, art. 215, § 4º)

20

Escritura pública

Se algum dos comparecentes não for

Regras em conformidade com CPC
conhecido do tabelião, nem puder
(lei exigir instrumento público – art.
identificar-se por documento,
406)
deverão participar do ato pelo menos
(se inobservar formalidades legais
duas testemunhas que o conheçam e
valerá como documento escrito – art.
atestem sua identidade
407
(CC, art. 215, § 5º)

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Certidões textuais
(CC, art. 216)

De qualquer peça
judicial, do protocolo
Tem fé pública e força
das audiências, ou de
probante
outro qualquer livro a
cargo do escrivão

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Certidões textuais

Deve ser extraído pelo Cópias transladas para

próprio escrivão ou por os autos terão validade
terceiro, sob sua quando concertadas
vigilância, devendo ser pelo escrivão (isto é,
subscrito pelo escrivão conferir como original)

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Documentos que fazem mesma

prova que os originais
(CPC, art. 425)
Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências ou de outro livro a cargo do escrivão
ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas;
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório com
os respectivos originais;
IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua
responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade;
V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da
lei, que as informações conferem com o que consta na origem;
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos
da justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas
procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada
de adulteração (essa é a única novidade do CPC/2015).
§ 1o Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI deverão ser preservados pelo seu detentor até
o final do prazo para propositura de ação rescisória.
§ 2o Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou de documento relevante à instrução do processo, o
juiz poderá determinar seu depósito em cartório ou secretaria.

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Documento traslados e certidões

extraídos por tabelião de notas ou
oficial deste (CC, art. 217)

Continuam
Dotados de fé
com força
pública
probante

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Traslados e certidões de originais

produzidos em juízo (CC, art. 218)

CPC, art. 405 –

Consideram-se
escrivão, chefe de
instrumentos
secretaria, tabelião
públicos
ou servidor

Prova da formação
do instrumento
público e do que
nele constar
26

Declarações constantes de
documentos assinados
(CC, art. 219)

Presumem-se Em relação aos

verdadeiros seus signatários

Essa regra deve

CPC, art. 408 ser aplicada à
Presunção relativa escritura pública
também
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Disposições documentais
(CPC, art. 408)

Principais ou
Enunciativas
Dispositivas
Relação direta com os elementos Não mantêm relação imediata com
essenciais do ato as regras principais do ato ou NJ

Muito menos com a legitimidade

Parte, objeto, vontade e forma
das partes

Plano da existência e da validade Ex.: qualificação das partes

28

Anuência ou autorização de outrem

em documento (CC, art. 220)

Prova-se do
Necessária à
mesmo modo que
validade de certos
o ato em si,
atos
sempre que possa

Ex.: outorga
conjugal

29

Obrigações convencionais de
qualquer valor (CC, art. 221)
Obrigatoriedade de
assinatura de duas
testemunhas para Prova-se por
Por em quem esteja na
ter força de título instrumento particular
executivo livre disposição de bens
Conflito entre CC,
feito e assinado
art. 221 e CPC/73,
art. 585, II e CPC/15,
art. 784, II
Os efeitos e a cessão só
O que não constar no
se operam em relação a
instrumento particular
terceiros, quando
pode ser provado de
levados a registro
outras formas
público

Antes do registro  inter partes 30

Depois do registro  erga omnes

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Telegrama
(CC, art. 222)

Quando lhe for

CPC, art. 413  Presume-se
contestada a
telegrama, radiograma relativamente de acordo
autenticidade, faz prova
ou qualquer outro meio com o original
mediante conferência
de transmissão (CC, art. 414)
com o original assinado

Faz prova da data da sua

expedição e do Não se faz menção ao fax
recebimento pelo e aos e-mails 
destinatário aplicação analógica
(CPC, art. 414)

Ex.: quitação dada por e-mail é

validade (En. 18, CJF) 31
Prova constituída pela internet
(En. 297/298, CJF)

Conferência de autenticidade de
documento pelo tabelião
(CC, art. 223)
Na hipótese de
impugnação, torna-se
Presunção relativa imprescindível a
apresentação do
original

Em alguns casos, a lei

Visando certeza, exige a exibição do
segurança jurídica e documento original
verdade real (ex.: cheque, duplicata,
etc) 32

Documentos redigidos em língua

estrangeira
(CC, art. 224)

Devem ser traduzidos para o Para dar a eles o mesmo

português efeito em nosso País

Equivalência: art. 192, CPC

(tramitada por via
diplomática ou pela
Equivalência: art. 149, LRP
autoridade central ou
firmada por tradutor
juramentado

Projeto de Lei 699/2011 objeta que estes sejam levados a registro no Cartório de 33
Títulos e Documentos  Dificultará o trabalho dos interessados

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Reproduções fotográficas, cinematográficas,

registros fonográficos e quaisquer outras
reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos
e coisas (CC, art. 225)

Prova plena contra

quem forem Crítica à “prova
exibidos, não lhes plena”
impugnar a exatidão

Autenticidade
presumida

34

Reproduções fotográficas, cinematográficas,

registros fonográficos e quaisquer outras
reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos
e coisas (CC, art. 225)

CPC, art. 422 trata dos
documentos eletrônicos
obtidos pela internet
Fotografias digitais e
extraídas da internet fazem
prova das imagens que
reproduzem
(CPC, art. 422, § 1º)

Foto em jornal ou revista

será exigido um exemplar Regras também aplicáveis
original do periódico, caso ao e-mail
impugnada pela outra parte (CPC, art. 422, § 3º)
(CPC, art. 422, § 2º)
35

Livros e fichas de empresários e

sociedades (CC, art. 226)

Fazem prova contra quem Escrituração contábil é

E em seu favor, quando
pertencerem indivisível (devendo ser
escriturados sem vício
(equivalência: CPC, art. 418 – compreendida em seus pontos
extrínseco ou intrínseco
presunção relativa – CC, art. 226, favoráveis e contrários)
(equivalência: CPC, art. 419)
p.un.) [CPC, art. 419]

Juiz pode ordenar exibição dos Juiz pode ordenar de ofício a

documentos: 1. na liquidação da
sociedade; 2. na sucessão por
morte do sócio; 3. quando e
como determinar a lei
(CPC, art. 420)
exibição parcial dos livros e dos
documentos, extraindo-se deles
o que interessar ao litígio, bem
como reproduções autenticas
(CPC, art. 421)

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Testemunha

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Espécies de testemunha

Instrumentária Judiciária
Pessoas chamadas
a depor sobre
Pronunciam sobre
fatos, visando
documentos
atestar sobre fato
e NJ

38

Prova exclusivamente testemunhal

(CC, art. 227)

Só se admite em NJ cujo valor

não ultrapasse o décuplo do
maior salário mínimo do país
(CC, ART. 227, caput
REVOGADO PELO CPC, ART.
1.072)
Em qualquer valor, a prova
testemunhal será
complementar, subsidiária
(CC, art. 227, p. un.)

Crítica à subsidiária  prova

testemunhal também deve Desparece a ideia de prova
ser compreendido como meio tarifada
principal de prova 39

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Vedação de atuação como

testemunhas (CC, art. 228)

I - os menores de dezesseis anos (maiores de 16 e menores de 18

poderão ser testemunhas, se tiverem discernimento para tanto);
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não
tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil
(REVOGADO - a mesma alteração não foi feita pelo CPC);
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar
dependa dos sentidos que lhes faltam (REVOGADO – a mesma
alteração não foi feita pelo CPC);
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das
partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais,
até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou 40
afinidade (companheiros – CPC cita, CC não).

Vedação de atuação como

testemunhas (CC, art. 228)

A pessoa com deficiência poderá

testemunhar em igualdade de
Para provas que só elas
condições com as demais
conhecerem, o juiz pode colher o
pessoas, sendo-lhe assegurados
depoimento
todos os recursos de tecnologia
(CC, art. 228, § 1º)
assistiva*.
(CC, art. 228, § 2º)

*Sistemas computadorizados, roupas especiais,

implantação de dispositivos para adequação de
postura, etc.
41

Testemunhas, quem pode ser

segundo o CPC, art. 447

Exceto as
incapazes, as
Todas as pessoas
impedidas e as
suspeitas

42

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Pessoas incapazes, nos termos do

CPC, art. 447

I - o interdito por enfermidade ou deficiência

mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou
retardamento mental, ao tempo em que ocorreram
os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em
que deve depor, não está habilitado a transmitir as
percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato
depender dos sentidos que lhes faltam. 43

Pessoas impedidas,
segundo o CPC, art. 447

I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o

descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro
grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou
afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-
se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder
obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária
ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e
outros que assistam ou tenham assistido as partes.
44

Pessoas suspeitas, nos termos do

CPC, art. 447

I - o inimigo da parte
ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse
no litígio.
Não se prevê mais o condenado por crime de falso testemunho, 45
nem aquele que, por seus costumes, não for digno de fé (CPC/73)

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Depoimento de pessoas menores,

impedidas e suspeitas (CPC, art.
447)
Podem ser colhidos,
se necessário* Mas não prestaram
o compromisso
Ex.: Testemunha de descendente em
causa de família –TJ/SP, Ap. 224760

O Juiz atribuirá o Isto é, não serão

valor que possam testemunhas, mas
merecer sim informantes
46

Ninguém pode ser obrigado a

depor sobre fato (CPC, art. 229)

I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva

guardar segredo;
II - a que não possa responder sem desonra
própria, de seu cônjuge, parente em grau
sucessível, ou amigo íntimo;
III - que o exponha, ou às pessoas referidas no
inciso antecedente, a perigo de vida, de
demanda, ou de dano patrimonial imediato.
Revogados pelo CPC, art. 1.072, I
Crítica: havia necessidade de revogação? 47

 Equivalente no CPC, art. 448

Não pode ser obrigado a depor
sobre fatos

I - que lhe acarretem grave dano,

bem como ao seu cônjuge ou
companheiro e aos seus parentes
consanguíneos ou afins, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou
profissão, deva guardar sigilo.
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Presunções

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Presunções

Deduções feitas pela lei, ou

Pode ser legal [lei] ou
pelo aplicador do direito,
simples/hominis [juiz, na
que partem de um fato
aplicação, guiado pela
conhecido para chegar a
equidade e razoabilidade]
algo desconhecido

Podem ser absolutas (ex.:

vulnerabilidade do
CC, art. 229 revogado consumidor) ou relativas
(ex.: CC, art. 332 –
presunção de pagamento)

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Perícia

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Perícia
Aquele que nega a
submeter-se a exame, não
Não houve alteração pelo
Ninguém pode pode aproveitar-se de sua
CPC/2015
se valer da
própria
recusa
torpeza (CC, art. 231)

Segurança jurídica, verdade real

A recusa à perícia médica

ordenada pelo juiz poderá
Ex.: exame de DNA em ação
suprir a prova que se
de investigação de
pretendia obter com o
paternidade
Induz presunção “iuris tantum” da paternidade exame
(Sum. 301, STJ – Lei 8.560/92, art. 2º-A) (CC, art. 232)
Direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade x direito à integridade física e intimidade 52
Direito à verdade biológica x Direito à intimidade biológica
 Ponderação (CPC, art. 489, § 2º)  STF, HC 71.373 (pai)  presunção

Adendos necessários.
Ata Notarial.
Carga dinâmica da prova.

53

Ata Notarial
(CPC, art. 384)

Existência e modo de existir Passou a ser admitida para

Dados representados por
de algum fato pode ser prova de posse ad
imagem ou som gravados
atestado ou documentado, a usucapionem, visando a
em arquivos eletrônicos
requerimento do usucapião extrajudicial ou
poderão constar da ata
interessado, mediante ata administrativa (LRP, art. 216-
notarial
lavrada por escrivão A)

Prova de abusos cometidos

Documentos extraídos da por pais e para demonstrar a
internet alienação parental
(mensagens eletrônicas)

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Carga dinâmica da prova

(CPC, art. 373)

Nos casos previstos em lei,

Isso não pode significar
juiz pode atribuir ônus da
Provas incumbidas ao desincumbência de prova
prova de forma diversa, no
autor e ao réu pela parte dela
caso de impossibilidade ou
encarregada
excessiva dificuldade

Possibilidade de sua
Também pode ocorrer por
aplicação nos contratos de
convenção das partes
adesão

55

19