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SITUAÇÃO DE USO
Conhecimento sobre a lenda do crocodilo.
MARCADORES
História; Literatura; Cultura.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
- Identificar as ideias principais do texto.
- Saber usar a linguagem para reelaborar o texto.
- Conhecer o espaço, tempo e personagens da história.
- Analisar as caraterísticas do personagem principal.
- Explorar a mensagem do texto sobre valor moral.
- Adquirir conhecimentos sobre identidade de Timor-Leste.
ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO
BLOCO DE ATIVIDADES
Em tempos idos, lá para terras de Macaçar, um desolado crocodilo saiu do seu coito,
com a mira de se alimentar. Era Verão, pelo que os campos feneciam de aridez.
Perto dum coilão, onde o crocodilo vivia alapardado, ficava uma pequena e humilde
povoação. Para ali se dirigiu, indo colocar-se à sombra duma grande e velha árvore,
à coca dum rafeiro vadio, dum porco, ou de qualquer cabrito descuidado.
Mas, por mais que se tivesse aproximado daquela desolada povoação, nada
conseguiu lograr. Regressou, pois, amargurado e faminto.
Arrastava-se penosamente, atormentado pela fome e por um calor infernal, sem que
o refrigério duma nuvem passageira viesse reconfortá-lo.
Dali em diante, sempre que desejasse fazer-se ao mar, bastava-lhe chamar pelo
amigo crocodilo, para que este aparecesse como por encanto. Foi assim durante
muito tempo.
Mas um dia o crocodilo deslizou com o amigo para o alto mar, e aí o seu instinto
sentiu grande tentação. Teve ganas de tragar o seu amigo.
Mas resistiu a tão feia tentação. Resolveu aconselhar-se francamente com os peixes
do mar e, por fim, também com um cachalote: «A uma pessoa que nos valeu,
devemos fazer bem ou mal ?» Todos responderam que devemos fazer bem. Mas
esta resposta não lhe satisfez os instintos, e a saliva começava a crescer-lhe na
boca, embora no fundo do seu íntimo ele se esforçasse por resistir. Consulta, então,
todos os animais da terra, e todos respondem como os peixes.
Finalmente, deseja saber a opinião do macaco. Este, pulando dum lugar pala outro e
arregalando muito os olhos, indaga estupefacto: «Que dizes tu?»
E o crocodilo repete o que dissera já aos outros animais.
Aqui o macaco pára, sentado num ramo, ao lado do crocodilo, e prega-lhe esta
reprimenda mestra: «Tu não tens vergonha?! Tu, a quem, um dia, estando prestes a
morrer, à torreira do sol, este jovem desconhecido ergueu e transportou para o mar;
tu queres agora, em paga, devorá-lo ?!» E, vituperando-o ainda mais por tão feio
pensamento, aviltou-o quanto pôde e afastou-se para o cume da árvore. O crocodilo,
confuso e transido de vergonha, não pensou mais em devorar o seu grande amigo.
Se qualquer crocodilo devora alguém, é porque, dizem, este lhe fez ou disse algo de
mal. Ou quando uma pessoa é apanhada por aquele, costuma gritar: Antepassado
ou avô! Maldição! Maldição! Quando entram ou passam numa ribeira onde haja
crocodilos, costumam atar uma fita verde de folha de palmeira na cabeça, numa
perna e, algumas vezes, também na mão e chamam para junto de si o cão. Assim, o
crocodilo sabe, e não os morde.
Disponível em: http://contosdeadormecer.wordpress.com/2010/08/07/a-lenda-do-crocodilo-versao-2-
timor-leste/ Acedido em fevereiro de 2014.
V F
1. O crocodilo saiu do seu coito e dirigiu-se a uma cidade à espera
algum ser vivo descuidado.
2. Encontrou-se com um rapazito que o ajudou regressar à água.
3. Um dia o crocodilo deslizou-se com o amigo para o alto mar e
acabou por comê-lo.
4. Os outros animais aconselharam-no para não fazer mal o seu
amigo.
5. No fim da sua jornada, o crocodilo transformou-se em terra.
EXTENSÃO DA UNIDADE
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO