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TEXTO A
Conta-se que uma vez um rato que morava na cidade foi visitar outro rato seu amigo, que vivia no campo.
Quando o rato da cidade chegou à aldeia onde morava este rato seu amigo, divertiu-se muito com ele. Ao
jantar, o rato do campo deu-lhe a comer favas, trigo e ervas, entre outros manjares.
Depois do jantar, o rato da cidade agradeceu ao rato da aldeia a sua amabilidade e rogou-lhe que fosse com
ele à casa onde morava, na cidade, pois lá lhe serviria muitas e delicadas iguarias. Tanto rogou que o rato do campo o
acompanhou até à cidade.
Aí, o rato da cidade levou-o a uma cozinha na casa onde morava. Havia muitas galinhas e carne de porco,
para além de outros bons manjares. O rato da cidade disse ao seu amigo que comesse à sua vontade.
Estando eles assim comendo, seguros, chegou o cozinheiro, abrindo de repente a porta da cozinha; o rato da
cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo, enquanto o outro rato, porque não sabia o costume, ficou paralisado
de surpresa. O cozinheiro correu atrás dele com um pau, para o matar, chegando a feri-lo ligeiramente; por pouco, no
entanto, o rato conseguiu escapar.
O rato da cidade, vendo-o salvo, chamou-o, dizendo-lhe que se juntasse outra vez a ele e fosse comer, sem
medo; contudo, o rato do campo respondeu-lhe:
– Meu amigo, nem que estivesse em jejum! Prefiro comer trigo, favas e ervas em paz a comer galinhas e
capões com medo e perigo de morte. A paz, que eu sempre tenho comigo, torna os meus comeres delicados. Os teus
comeres, guarda-os para ti, que eu contento-me com o que tenho.
E, estas palavras ditas, assim se separaram.
Fábulas de Esopo (adaptado)
Vocabulário:
manjares / iguarias: comidas delicadas e deliciosas. amabilidade: simpatia,
jejum: sem comer desde que se levantou. capões: galos.
1.2 “Ao jantar, o rato do campo deu-lhe a comer favas, trigo e ervas, entre outros manjares.”
A frase acima transcrita significa que:
a) o rato do campo ofereceu ao amigo os pratos que mais apreciava.
b) o rato da cidade gostava muito de favas, trigo e ervas.
c) o gato não gostava de favas, nem de trigo, nem de ervas.
d) o gato do campo pensava estar a oferecer comida deliciosa ao amigo.
1.3 O rato do campo e o rato da cidade falam sobre o melhor local para viverem:
a) o do campo gostaria de viver na cidade e o da cidade de viver no campo.
b) o da cidade gosta de viver na cidade, mas o do campo detestaria viver ali.
c) o do campo prefere viver no campo; o da cidade também.
d) ambos preferiam viver na cidade.
1.4. O recurso de retórica que permite criar amimais que falam chama-se:
a) pessoalização. b) comparação. c) personificação. d) metáfora.
1.5. Por ser um texto narrativo em que as personagens falam e agem como pessoas, este texto é:
a) uma fábula. b) uma lenda. c) um poema. d) uma cantiga.
4. Imagina como se sentiria o rato da cidade, após a resposta final do amigo, e escreve duas palavras
que descrevam o seu estado de espírito.
II - Responde, agora, ao que te é pedido sobre o CEL (conhecimento explícito da língua).