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Teste de avaliação 1

NOME _______________________________________________ Ano ______ Turma _____ Número ______

Unidade de diagnóstico – Ponto de partida

Grupo I

Lê o texto. Se necessário, consulta a nota.

Tubarão-baleia fotografado nos Açores


Martin Wilke, mergulhador alemão, tinha acabado
de saltar para a água, quando de repente se deparou
com milhares de atuns a nadar rapidamente à sua
volta. Passados poucos segundos, viu um tubarão-
5 -baleia vir na sua direção em movimentos lentos,
parando depois a observá-lo, a menos de dois metros.
Martin decidiu agarrar-se à barbatana do tubarão e
deslizar.
O fotógrafo português Nuno Sá, especialista em vida marinha, capturou este momento
10 inédito, mas já tinha encarado este gigante do oceano outras vezes.
Rhincodon typus (nome científico) é o maior peixe que se conhece e a maior espécie, entre
todos os tipos de tubarões. Chega a atingir os 20 metros de comprimento e pode pesar mais de
12 000 kg.
Pode ser avistado nas águas tropicais ou subtropicais no mundo inteiro. Em alguns países,
15 como na Austrália, os tubarões-baleia estão protegidos por lei, mas noutros são caçados,
principalmente em Taiwan e nas Filipinas.
Mais de 100 tubarões são caçados anualmente nessas localidades, o que causa sérias
preocupações quanto ao seu futuro, pois esta espécie cresce lentamente e demora muito tempo
a atingir a maturidade.
20 Os tubarões-baleia alimentam-se principalmente de plâncton1, embora também comam
regularmente cardumes de pequenos peixes e lulas.
http://visao.sapo.pt, 01/04/2014, consultado em 26/01/2016 (texto adaptado)
1
Plâncton: Conjunto de seres minúsculos, que vivem nos oceanos.

Responde às questões seguintes de acordo com o sentido do texto.

1. Assinala com X, de 1.1 a 1.4, a opção correta que completa cada frase. (12 pontos)

1.1 O principal objetivo do texto que leste é


a) apresentar uma notícia c) narrar aventuras.
b) expor informações d) descrever personagens.
1.2 Logo que saltou para a água, o mergulhador alemão viu
a) um tubarão-baleia ao longe. c) um tubarão-baleia muito perto.
b) o fotógrafo português. d) um conjunto de atuns.

1.3 O pronome sublinhado em «observá-lo» (linha 6) refere-se ao


a) mergulhador alemão. c) tubarão-baleia.
b) fotógrafo português. d) conjunto de atuns.

1.4 Quando o tubarão se aproximou, o mergulhador


a) voltou para a superfície rapidamente. c) vigiou-o com atenção.
b) escondeu-se numa gruta. d) segurou-se à barbatana do animal.

2. Após a leitura do texto, a Ana fez o comentário seguinte: (4 pontos)


O tubarão-baleia está protegido por lei e, por isso, é uma espécie que não está ameaçada.
Na tua opinião, o comentário da Ana é adequado ao sentido do texto? Justifica a tua resposta.
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3. O texto fornece diversas informações sobre características e hábitos dos tubarões-baleia.
Associa cada elemento (coluna A) à passagem do texto que com ele se relaciona (coluna B), de
acordo com a informação do texto. (4 pontos)
Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B.

Coluna A Coluna B

a) «milhares de atuns» (linha 3)


b) «parando depois a observá-lo, a menos de dois
metros» (linha 6)
Localização ..............
c) «Chega a atingir os 20 metros de comprimento»
Tamanho ................. (linha 12)

Alimentação ............ d) «águas tropicais ou subtropicais no mundo inteiro»


(linha 14)
e) «Os tubarões-baleia alimentam-se principalmente de
plâncton» (linha 20)

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 127


Grupo II

Lê o texto seguinte.

Tubarão na banheira
No dia seguinte voltámos à praia. Mais uma vez deitámos os anzóis às ondas, mais uma vez
o meu avô dormiu a sua sesta na areia e mais uma vez eu fiquei calado a olhar para o mar que
nesse dia estava tão calmo que parecia o céu. De repente, senti a minha cana vibrar e vi a linha
agitar‐se no espelho da água. Segurei a cana e percebi de imediato que o peixe que puxava do
5 outro lado tinha muito mais força do que o Osvaldo. Travei com o peixe uma batalha feroz, até
que percebi que sozinho nunca iria vencer, e então acordei o meu avô. Puxámos os dois ao
mesmo tempo, segurando a cana com as nossas quatro mãos e com os pés bem cravados na
areia, e quase uma hora depois, conseguimos arrastar o peixe até à beira‐mar.
Foi então que percebi que se tratava de um tubarão. O meu avô franziu os olhos e
10 aproximou‐se um pouco para tentar ver melhor.
− Este peixe parece‐me muito grande – exclamou. – Não sei se podemos levá‐lo para casa.
Pela minha parte, eu achava que seria o companheiro ideal para o Osvaldo. Por isso disse-
-lhe:
− Avô, tu estás sem óculos e assim não consegues ver bem o peixe. É verdade que é maior
15 do que o Osvaldo, mas também não é assim tão grande.
O meu avô ainda fez uma cara esquisita, mas acabou por se convencer. Chamámos um táxi.
O taxista viu o tubarão e imediatamente nos explicou que não levava animais maiores do que
um gato siamês a não ser no porta‐bagagens. Fora de água, o tubarão começou a ficar
impaciente. Usei um balde para encher o porta‐bagagens com água do mar. Depois, eu e o meu
20 avô pegámos no tubarão, com muito cuidado, e enfiámo‐lo como conseguimos no porta-
-bagagens. Ficou a chapinhar, com a cabeça e as barbatanas de fora. O meu avô foi o caminho
todo a dizer que se calhar era grande demais. Eu só pensava na felicidade do Osvaldo quando
visse o tubarão.
Meia hora depois, o táxi estacionou à porta do prédio onde vivemos. O tubarão estava com
25 um ar estranho. Nós carregámo‐lo pelas escadas até ao quarto andar, que é onde fica a nossa
casa.
A minha mãe viu‐nos entrar e imediatamente a cara dela ficou sem qualquer expressão.
− O que é isso? – perguntou ela.
É um amigo para o Osvaldo – respondi.
30 − Mas é muito grande – disse ela.
− Foi o que eu disse – acrescentou o meu avô.
Mas não havia tempo para conversas: o tubarão, como todos os peixes, não aguentava muito
mais tempo fora de água. Mais uns minutos e começaria a sufocar.
De modo que o levámos pelo corredor até ao meu quarto. Através do vidro do aquário, o
35 Osvaldo viu o tubarão aproximar‐se e fez uma cara que mais tarde eu traduzi por: TERROR.
Depois deitámo‐lo para dentro do aquário e ficámos a olhar para os dois peixes. Como não via
nada sem os óculos, o meu avô perguntou‐me.
− Que tal?
Eu tive de dar o braço a torcer.
40 − É muito grande.
Era muito grande. Muito grande para um aquário tão pequeno, que ainda por cima tinha
outro peixe lá dentro. Eu conseguia ver o Osvaldo esborrachado contra o vidro, com os olhos
trocados e com o verde e o azul das suas escamas a transformarem‐se em vermelho.
128 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano
Precisávamos de um aquário maior. Mas enquanto não arranjávamos um, levámos o tubarão
45 para a casa de banho, enchemos a banheira com a água que havia no porta‐bagagens do táxi e
deixámo‐lo mergulhar lá para dentro. Por fim colocámos o aquário com o Osvaldo numa
prateleira ao lado da banheira, para que eles pudessem conhecer‐se à vontade. Tinha a certeza
que em breve seriam bons amigos.

David Machado, Tubarão na banheira,


Lisboa, Editorial Presença, 3.ª edição, 2009, pp. 13-20
(texto com supressões)

Responde às questões seguintes, de acordo com o sentido do texto.

1. Relê as linhas 1 a 15. (5 pontos)


Ordena, de 1 a 5, os momentos da história.
O menino e o avô retiraram o peixe da água.
O avô concordou com o menino.
O menino sentiu a cana tremer.
O menino pediu ajuda ao avô.
O menino viu que tinha pescado um tubarão.

2. Assinala com X, de 2.1 a 2.3, a opção correta. (5 pontos)

2.1 O menino insistiu em levar o tubarão para casa porque


a) era a prova da sua pescaria.
b) fora muito difícil tirá-lo da água.
c) faria companhia ao seu outro peixe.
d) queria fazer uma surpresa à mãe.

2.2 «Eu só pensava na felicidade do Osvaldo quando visse o tubarão.» (linhas 22 e 23).
Com este pensamento, o menino revela
a) aborrecimento.
b) entusiasmo.
c) indiferença.
d) preocupação.

2.3 «Mas não havia tempo para conversas» (linha 32), pois o menino queria
a) mostrar o tubarão ao Osvaldo.
b) desviar a atenção do avô.
c) fugir à conversa com a mãe.
d) colocar o tubarão na água.

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 129


3. Relê a passagem seguinte. (4 pontos)

«No dia seguinte voltámos à praia. Mais uma vez deitámos os anzóis às ondas, mais uma
vez o meu avô dormiu a sua sesta na areia.» (linhas 1 e 2)

Transcreve uma expressão relativa ao tempo e uma expressão relativa ao espaço onde decorre
a ação.
Tempo: ______________________________________________________________________________________
Espaço: ______________________________________________________________________________________

4. Já junto do táxi, o avô e o menino colaboraram um com o outro. Transcreve a passagem do


texto que confirma esta afirmação. (4 pontos)

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5. Explica por palavras tuas a reação do Osvaldo quando viu o tubarão. (4 pontos)

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6. «Por fim colocámos o aquário com o Osvaldo numa prateleira ao lado da banheira para que eles
pudessem conhecer‐se à vontade.» (linhas 46 e 47) (7 pontos)

Esta atitude comprova por que razão o menino tinha trazido o tubarão para casa.
Concordas com esta afirmação?
Justifica a tua resposta, com base no sentido do texto.
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130 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


Grupo III

1. Preenche os espaços com os sinais de pontuação adequados. (5 pontos)

Na praia o menino disse ao avô


Pesquei um peixe Ajudas-me a retirá-lo da água
Claro que sim exclamou o avô

2. Reescreve a frase seguinte, colocando no plural todas as palavras que estão no singular. (3 pontos)

O menino fez a mais admirável descoberta.

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3. Identifica o intruso na família de palavras. (2 pontos)

mar marina marítimo marinheiro maravilha maré

4. Assinala com X a classe de palavras a que pertence cada palavra sublinhada. (4 pontos)

Nome Adjetivo
a) O colorido do mar encantava o menino.

b) Este peixe é muito colorido.

c) O pequeno queria fazer uma surpresa ao Osvaldo.

d) O aquário parecia muito pequeno.

5. Das palavras sublinhadas no texto seguinte, seleciona apenas as que são pronomes e regista-as,
na tabela abaixo, na coluna correspondente. (4 pontos)

O menino olhou para o peixe. Aquele era um enorme exemplar! Não podia acreditar na sua
sorte. Aquele peixe seria seu e faria companhia ao Osvaldo.
− Nós vamos levá-lo para casa, avô! – exclamou o menino.

Pronome demonstrativo Pronome pessoal Pronome possessivo

6. Sublinha o sujeito na frase A e sublinha o predicado na frase B. (3 pontos)

A. Os dois peixes observaram-se atentamente.


B. O menino colocou o tubarão na banheira.

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 131


Grupo IV

No texto que leste, o menino desejava que o seu peixe Osvaldo e o tubarão se tornassem amigos.
Escreve uma história, relatando o que aconteceu depois da chegada do tubarão a casa do menino.
O teu texto, com um mínimo de 90 palavras, deve incluir: (30 pontos)

• um momento de diálogo;

• um título adequado.

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FIM

132 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


Teste de avaliação 2
NOME _______________________________________________ Ano _______ Turma ______ Número ______

Unidade de diagnóstico – Ponto de partida

Grupo I

Lê o texto seguinte.

Há mamíferos que voam por cima de nós…


Há mamíferos terrestres que, na verdade,
quase não andam em terra e passam muito
tempo a voar: os morcegos!

Em Portugal há morcegos?
5 Sim, muitos! À noite, principalmente em noites
mais quentes, podemos ver morcegos à volta
dos candeeiros nas ruas de qualquer aldeia ou
cidade. Se calhar até já viste algum, mas nem percebeste que era um morcego. É que os
morcegos em Portugal são pequeninos e rápidos!

10 Como é que eles conseguem voar sem chocar contra as coisas?


Embora os morcegos tenham olhos e vejam bem, utilizam também os ouvidos para
encontrarem o caminho e evitarem os obstáculos quando voam. Os morcegos fazem vários
sons que não conseguimos ouvir. Estes sons percorrem o espaço como uma onda e, quando
encontram um objeto, voltam para trás.

15 Porque é que os morcegos dormem de pernas para o ar?


Os antepassados dos morcegos andavam em quatro patas. À medida que foram evoluindo, as
patas da frente transformaram-se em asas e os joelhos das patas de trás passaram a dobrar para
trás. Por causa deste pormenor, estas pernas são um pouco fracas e, por isso, os morcegos não
conseguem ficar de pé sobre elas (ao contrário do que acontece, por exemplo, com as aves que
20 têm as pernas mais fortes). Além disso, se ficarem pendurados, os morcegos conseguem pôr-se
a voar mais rapidamente.

Então e porque é que não caem quando adormecem?


Quando nos penduramos no ramo de uma árvore, temos de fazer muita força com as mãos.
Quando relaxamos os músculos, as mãos abrem e caímos no chão. Com os morcegos é ao
25 contrário: quando os músculos estão relaxados, as patas fecham; e, quando querem abrir as
patas, os morcegos têm de fazer força. Assim, está explicado: enquanto dormem relaxados, as
suas patas nunca irão abrir!
Maria Ana Peixe Dias, Inês Teixeira do Rosário, Bernardo Carvalho,
Lá fora – guia para descobrir a natureza, Carcavelos,
Planeta Tangerina, 2014, pp. 250-251 (texto adaptado)

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 133


Responde às questões seguintes, de acordo com o sentido do texto.

1. Assinala com X, de 1.1 a 1.3, a opção correta que completa cada frase. (9 pontos)

1.1 Por vezes, não nos apercebemos da presença dos morcegos porque

a) vivem de noite. c) vivem escondidos.


b) voam muito alto. d) voam muito rápido.

1.2 Atualmente, os morcegos têm

a) duas pernas frágeis. c) duas asas fortes.


b) quatro asas fortes. d) quatro pernas frágeis.

1.3 O sentido de orientação dos morcegos é regulado pela


a) visão e pelo olfato. c) visão e pela audição.
b) audição e pelo tacto. d) audição e pelo olfato.

2. Completa o quadro seguinte para identificares alguns aspetos relacionados com os morcegos.
(6 pontos)

Aspetos Morcego
Período de maior atividade a) ___________________________________________
Características particulares dos morcegos em – Pequenos;
Portugal b) ___________________________________________
Posição em que dormem – De pernas para o ar.
Particularidade do som que emitem c) ___________________________________________

3. Completa a frase, de acordo com o sentido do texto. (2 pontos)

Ao contrário dos morcegos, quando um ser humano se pendura numa árvore tem de fazer
muita força porque ______________________________________________________________________
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4. Enquanto os morcegos dormem, as suas patas nunca abrem.


Apresenta uma causa para este facto, de acordo com a informação do último parágrafo do
texto. (3 pontos)

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134 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


Grupo II

Lê o texto seguinte.

A vassoura mágica
A bruxa Rabucha ia, nas noites de sexta-feira, aos bailes das bruxas, montava na vassoura,
pronunciando as palavras mágicas:
Varre, varre, abracadabra,
a poeira que há no ar.
5 Rasga no céu uma estrada
sempre, sempre a vassourar.
E a vassoura voava, como um cavalo de asas.
Naquele ano, o inverno ia longo e frio. A bruxa Rabucha tiritava no seu fato de farrapos, na
gruta coberta de teias de aranha e ninhos de morcegos.
10 Com a vassoura arrumada atrás da porta, o gato preto aos pés, a fazer de botija, dormitava,
quando bateram à porta.
– Quem é?
– Não adivinhas? É a tua prima, a bruxa Capucha.
– Entra, entra, que tenho uma ratazana cozida para o jantar, com esparregado de urtigas…
15 vais gostar… E um docinho de baba de sapo…
– Não me apetece. Sabes, habituei-me a comer nos restaurantes ou a comprar comida feita
nos supermercados. Já não me caem bem os pratos tradicionais.
– Também tu! Deixaste de ser bruxa?
– Hoje sou, com muito orgulho, limpa-chaminés!
20 – E usas a vassoura voadora para limpar chaminés?
– Pois claro!
– Isto realmente vai de mal a pior.
– A prima Guedelhuda, que antes fazia vassouras mágicas, é operária de uma fábrica de
aspiradores. Ganha ordenado certo, férias pagas e até subsídio de Natal.
25 A prima Malvina, que era a rainha das curas milagrosas, tirou o curso de enfermagem e
trabalha num hospital.
– E a Verruguinha, a filha dela, que ainda andava a estudar? – Ah, essa trabalha num circo a
fazer magias. Parece que até está para casar com um palhaço.
– Que vergonha…
30 – São os novos tempos. A razão da minha visita é mesmo informar-te de que és a última
bruxa a exercer a profissão.
A bruxa Rabucha mal podia acreditar nas palavras que ouvia. Tomou um duche gelado
numa nuvem escura para refrescar as ideias e sentou-se à porta de casa a deitar contas à vida.
Perdera família, amigos, clientes (quem é que ainda acredita nas bruxas?). Tinham-se
35 acabado os bailes de sexta-feira, com as fogueiras crepitantes, à roda das quais tanto gostava de
dançar. Restava-lhe um gato velho, um mocho zarolho, uma vassoura despenteada.
Olhou para o calendário espetado com um dente de cobra na parede e exclamou:
– Carnaval! É a melhor altura para eu descer à cidade sem ninguém estranhar.
Montou na vassoura até à paragem da camioneta. Nem cinco minutos esperou. Sentou-se
40 comodamente e deixou-se levar.
Luísa Ducla Soares, A vassoura mágica, Porto, Edições ASA, 1986, pp. 8-13
(texto com supressões)

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 135


Responde às questões seguintes, de acordo com o sentido do texto.

1. A bruxa Capucha fez uma visita à sua prima bruxa Rabucha. (5 pontos)
Ordena, de 1 a 5, as informações trazidas por Capucha, de acordo com a ordem do texto.

Confirmou que atualmente usava a vassoura para limpar chaminés.


Anunciou que Rabucha era a única bruxa a exercer a profissão.
Garantiu que havia uma bruxa que até recebia subsídio de Natal.
Disse que também tinha abandonado o ofício de bruxa.
Informou que já não comia os pratos tradicionais das bruxas.

2. Relê os três primeiros parágrafos do texto. (3 pontos)


Por que razão a bruxa Rabucha pronunciava as palavras mágicas?
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3. «Naquele ano, o inverno ia longo e frio.» (linha 8) (3 pontos)


Refere um comportamento da bruxa Rabucha que comprove este facto.
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4. «Também tu! Deixaste de ser bruxa?» (linha 18) (5 pontos)


Explica por palavras tuas os sentimentos da bruxa Rabucha neste momento. Justifica a tua
resposta, de acordo com o sentido do texto.
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5. Assinala com X todos os sentimentos revelados pela bruxa Rabucha, após a saída da prima.
(linhas 32 e 33) (3 pontos)

a) Espanto.
b) Inveja.
c) Nervosismo.
d) Preocupação.

136 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


6. A profissão de bruxa era representada por vários objetos. (5 pontos)
No final do texto, esses objetos são observados de uma forma pessimista pela bruxa Rabucha.
Identifica os objetos e os adjetivos que os caracterizam.
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7. Entre as linhas 32 a 36, a bruxa Rabucha revela-se um pouco desanimada. (6 pontos)


Na tua opinião, a bruxa Rabucha tinha motivos para se sentir desta forma?
Justifica as tuas afirmações com base no texto.
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Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 137


Grupo III

1. Preenche os espaços com os sinais de pontuação adequados. (5 pontos)

Naquele dia a bruxa Rabucha exclamou


Tenho de reagir E se eu convocasse um conselho com as antigas bruxas

2. Reescreve a frase seguinte, colocando no singular todas as palavras que estão no plural. (3 pontos)

As bruxas faziam as mais admiráveis feitiçarias.

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3. Rodeia todas as palavras que pertencem à mesma família. (2 pontos)

bruxa encanto bruxaria feitiço

bruxedo brusco embruxado

4. Assinala com X a classe de palavras a que pertence cada palavra sublinhada. (4 pontos)

Determinante Pronome

a) O meu disfarce de carnaval é espetacular.

b) Qual é o teu?

c) Esta máscara é para o Pedro.

d) Essa é para a Rita.

5. Completa os espaços em branco com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no


pretérito perfeito do indicativo. (3 pontos)

Ontem, os meus amigos _________________ (vir) cá a casa e nós _________________ (preparar)


uma festa de carnaval: _________________ (fazer) bolos, _________________ (enfeitar) a sala e
_________________ (ir) comprar serpentinas.

6. Sublinha o sujeito na frase seguinte. (3 pontos)

A história da bruxa Rabucha parece muito divertida.

138 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


Grupo IV

No texto que leste, a bruxa Rabucha ficou muito desiludida, porque todas as outras bruxas tinham
abandonado a profissão. Mas como era Carnaval, resolveu sair à cidade, pois ninguém estranharia
ver uma bruxa pelas ruas.
Escreve uma história, contando o que aconteceu a partir desse momento.
O teu texto, com um mínimo de 90 palavras, deve incluir: (30 pontos)

• um momento de diálogo;

• um título adequado.

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FIM

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 139


Soluções
Testes

TESTES DE DIAGNÓSTICO

Teste 1 (pág. 127)


Grupo I
1. 1.1 a); 1.2 d); 1.3 a); 1.4 d).
2. Exemplo: O tubarão-baleia está protegido por lei apenas em alguns países, mas noutros estes peixes são caçados. Por isso, o
comentário da Ana não se adequa totalmente ao sentido do texto, pois há «sérias preocupações quanto ao futuro» desta
espécie.
3. Chave: d); c); e).

Grupo II
1. Chave: 3, 5, 1, 2, 4.
2. 2.1 c); 2.2 b); 2.3 d).
3. Exemplos: Tempo – «No dia seguinte»;
Espaço – «praia», «ondas», «areia».
4. «Depois, eu e o meu avô pegámos no tubarão, com muito cuidado, e enfiámo‐lo como conseguimos no porta‐
bagagens» (linhas 19 a 21).
5. O Osvaldo ficou muito assustado quando viu o tubarão, pois a sua expressão era de «TERROR».
6. A afirmação é verdadeira, porque, quando pescou o tubarão, o menino pensou logo que ele seria o companheiro
ideal para o seu peixe Osvaldo. Assim, quando chegou a casa, tentou logo encontrar uma forma de os colocar um
junto ao outro, para que se pudessem conhecer e tornar-se amigos.

Grupo III
1. ,/:/–/!/?/–/!/–/.
2. Os meninos fizeram as mais admiráveis descobertas.
3. «maravilha».
4. a) nome; b) adjetivo; c) nome; d) adjetivo.
5.
Pronome demonstrativo Pronome pessoal Pronome possessivo
Aquele Nós seu
6. A – Os dois peixes observaram-se atentamente.
B – O menino colocou o tubarão na banheira.

Grupo IV
Resposta pessoal.

Teste 2 (pág. 134)


Grupo I
1. 1.1 d); 1.2 a); 1.3 c).
2. a) noite; b) rápidos; c) não são audíveis pelo ouvido humano.
3. […] ao relaxar os músculos, as mãos abrem e pode cair.
4. As patas dos morcegos não abrem, porque quando os músculos estão relaxados as patas fecham.

140 Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano


Grupo II
1. Chave: 3, 5, 4, 2, 1.
2. A bruxa Rabucha dizia as palavras mágicas para que a vassoura voasse.
3. Estava muito frio, pois a bruxa Rabucha, antes de a prima chegar, estava deitada com o gato preto a fazer de botija
para lhe aquecer os pés.
4. A bruxa Rabucha mostra-se muito espantada e surpreendida porque também a sua prima tinha abandonado a
profissão, assim como as outras bruxas.
5. a); c); d).
6. Os objetos são o gato, o mocho e a vassoura e caracterizam-se, respetivamente, pelos adjetivos, velho, zarolho e
despenteada.
7. Exemplo: Sim, a bruxa tinha motivos para se sentir desanimada, porque a sua profissão parecia estar em risco, uma
vez que todas as bruxas que ela conhecia tinham abandonado a atividade.

Grupo III
1. , / : / – / ! / ?
2. A bruxa fazia a mais admirável feitiçaria.
3. Bruxa, bruxaria, bruxedo, embruxado.
4. a) determinante; b) pronome; c) determinante;
d) pronome.
5. vieram; preparámos; fizemos; enfeitámos; fomos.
6. A história da bruxa Rabucha parece muito divertida.

Grupo IV
Resposta pessoal.

Editável e fotocopiável © Texto | Palavra Mágica 5.o ano 141

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