O poema descreve a relação da autora com o mar, que é metade da sua alma e causa sua inquietação e nostalgia, como as ondas do mar. O mar é retratado como revoltado e teatral, com ondas puras que refletem a dor da autora. Outro poema descreve o mar sonoro e fundo, cuja beleza aumenta quando a autora está sozinha, e cuja voz acompanha seu sonho secreto. Um terceiro poema retrata o alto mar com luz escorrendo sobre a água plana e infinita
O poema descreve a relação da autora com o mar, que é metade da sua alma e causa sua inquietação e nostalgia, como as ondas do mar. O mar é retratado como revoltado e teatral, com ondas puras que refletem a dor da autora. Outro poema descreve o mar sonoro e fundo, cuja beleza aumenta quando a autora está sozinha, e cuja voz acompanha seu sonho secreto. Um terceiro poema retrata o alto mar com luz escorrendo sobre a água plana e infinita
O poema descreve a relação da autora com o mar, que é metade da sua alma e causa sua inquietação e nostalgia, como as ondas do mar. O mar é retratado como revoltado e teatral, com ondas puras que refletem a dor da autora. Outro poema descreve o mar sonoro e fundo, cuja beleza aumenta quando a autora está sozinha, e cuja voz acompanha seu sonho secreto. Um terceiro poema retrata o alto mar com luz escorrendo sobre a água plana e infinita
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia, Que há no vasto clamor da maré cheia, Que nunca nenhum bem me satisfez. E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia Mais fortes se levantam outra vez, Que após cada queda caminho para a vida, Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral Fazes soar a tua dor pelas alturas. E se antes de tudo odeio e fujo O que é impuro, profano e sujo, É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia de Mello Breyner
MAR SONORO
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós E tão fundo intimamente a tua voz Segue o mais secreto bailar do meu sonho. Que momentos há em que eu suponho Seres um milagre criado só para mim. NO ALTO MAR
No alto mar A luz escorre Lisa sobre a água. Planície infinita Que ninguém habita.
O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme Gestos na sua luz.
Livre e verde a água ondula
Graça que não modula O sonho de ninguém.
São claros e vastos os espaços
Onde baloiça o vento E ninguém nunca de delícia ou de tormento Abre neles os seus braços.
Sophia de Mello Breyner Andresen | "Poesia", 1944
AS ONDAS
As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma Do mar que cantava só para mim.