Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caderno Do Aluno 7S 8avol1
Caderno Do Aluno 7S 8avol1
7 SÉRIE 8 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
LÍNGUA
PORTUGUESA
Linguagens
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-
tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume 5
Situações de Aprendizagem 9
Situação de Aprendizagem 1 – Produzindo um diálogo 9
Situação de Aprendizagem 2 – Criando uma “receita lúdica” 21
Situação de Aprendizagem 3 – Tudo depende da maneira como pedimos 32
Situação de Aprendizagem 4 – Produção de anúncios publicitários 38
Situação de Aprendizagem 5 – Sistematização 47
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 55
Situação de Aprendizagem 6 – Produzindo um texto prescritivo 56
Situação de Aprendizagem 7 – Criando uma campanha publicitária 63
Situação de Aprendizagem 8 – Os anúncios publicitários e suas intenções 74
Situação de Aprendizagem 9 – Analisando a linguagem verbal de anúncios
publicitários e de textos prescritivos e injuntivos 82
Situação de Aprendizagem 10 – Sistematização dos conteúdos vistos nas situações
anteriores 90
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão
do tema 96
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 97
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
6
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
7
quadro com informações, um comentário Distribuição de conteúdos e habilidades
sobre uma imagem ou um simples bilhete) nos volumes
feitas em todas as aulas, anotadas em fo-
lhas avulsas (as que forem anotadas ou Para este volume, há dez Situações de
desenvolvidas no caderno também podem Aprendizagem desenvolvidas mediante se-
servir como instrumento de avaliação). quências de atividades.
Por exemplo, a escrita elaborada em pas-
sos pode ser colocada nesse portfólio a
fim de que você e os próprios alunos pos-
sam avaliar seu desempenho ao longo de
todo o processo de escrita. Você pode uti-
lizar esse instrumento para avaliar seu
trabalho, identificar o desenvolvimento
de algumas habilidades em seus alunos e
refletir sobre as melhores intervenções em
cada situação didática.
8
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
PRODUZINDO UM DIÁLOGO
O objetivo central desta Situação de Apren- senvolvendo habilidades diversas – para entrar
dizagem é produzir um diálogo com traços em contato com as características estruturais
injuntivos ou prescritivos. Para tanto, no decor- da tipologia “descrever ações”, identificando-
rer das aulas, os alunos farão atividades – de- -as em diferentes gêneros textuais e contextos.
Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; coerência textual; entonação na leitura de textos nessa
tipologia; conceito de verbo; Modo Imperativo nas variedades padrão e coloquial.
Sugestão de estratégias: aula a partir de conhecimentos prévios, com direcionamento do professor; apro-
ximação dos conteúdos com a realidade do aluno; uso de recursos audiovisuais; busca de material para
estudo nos objetos domésticos.
Sugestão de recursos: receitas médicas e culinárias; livro didático; gravação de anúncio de rádio e televi-
são; Caderno do Professor.
Sugestão de avaliação: produção de quadros-síntese; leitura em voz alta e expressiva; análise de diálogo;
reescrita de diálogo; compreensão de enunciados.
9
2. Leia este outro texto:
Brigadeirão
Para Débora de Angelo
(feito no micro-ondas)
Uso interno
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite Vertizol ___________________________ 1 cx
1 xícara (chá) de chocolate
1 xícara (chá) de açúcar Tome um comprimido ao deitar.
1 colher (sopa) de margarina
3 ovos inteiros Pasalixe ___________________________ 1 cx
1 pacote de chocolate granulado
Tome um comprimido após o almoço e ou-
Modo de fazer tro ao deitar.
10
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
pelos alunos, perceptível pelo uso de mecanis- enfatizar que essa regulação, dependendo do
mos linguísticos próprios dessa tipologia (ver- gênero do texto, pode estar a serviço de objeti-
bos no Imperativo e no Infinitivo, expressões vos muito diferentes, como um tratamento de
que chamam a atenção do interlocutor etc.). saúde, o preparo de um alimento ou o apelo à
venda de produtos ou serviços.
Outra forma de fazer esse estudo é solicitar
aos estudantes que tragam de casa receitas culi-
nárias e médicas. Depois, divididos em grupos, Para você, professor!
eles podem analisar o que há em comum entre
os dois tipos de texto. Para reforçar, pode-se A tipologia “descrever ações” engloba
pedir que analisem se há orientação ao com- diferentes gêneros, que se subdividem em
portamento em algum anúncio publicitário do dois grupos principais: os prescritivos e os
livro didático que você previamente selecionou. injuntivos. Em ambos, observa-se, de algu-
ma forma, a tentativa de orientação ao com-
Na sequência, você pode fazer a correção portamento do outro. Quando isso se dá de
oral das análises desse anúncio. Nessa inter- forma mais explícita e enfática, temos um
venção, lembre-se de destacar que gêneros gênero prescritivo; quando, por sua vez, essa
textuais tão diferentes, como anúncios e recei- orientação é mais implícita e sutil, o gênero
tas, compartilham algumas características co- é injuntivo.
muns, como a regulação de comportamentos,
observada por meio dos mecanismos linguís-
ticos. É possível também, já nesse momento, Observe o quadro.
O objetivo dessa distinção é chamar a aten- da situação comunicativa, esse uso pode ser
ção para as diferentes possibilidades da tipolo- bastante variado.
gia “descrever ações”. Desse modo, um verbo
no Imperativo, marca linguística desse modo Esse é um segundo ponto fundamental a ser
de organizar os textos, pode, em dado gênero, compreendido (pelos alunos) e avaliado (pelo
ser usado de forma bastante impositiva; já em professor) na aprendizagem: o aluno reconhece
outro, pode ser empregado de forma a sugerir, os traços da tipologia “descrever ações” na inte-
mais que ordenar. É evidente que, nos dois ca- rioridade do texto pelo uso de certos mecanismos
sos, a orientação ao comportamento do outro linguísticos? É capaz de perceber que esses traços
está presente; mas, dependendo do gênero e aparecem em textos de diferentes naturezas?
11
As próximas atividades propõem aos alu- Aqui, os alunos vão circular os usos no Imperativo dos verbos
nos que reflitam a respeito. olhar (olha), ouvir (ouve), dar (dá), falar (fala), parar (para),
explicar (explica), para verificação da aprendizagem do con-
4. Leia este outro texto, levando em conta o ceito. O professor deve retomar a explicação, se necessário,
seguinte contexto: trata-se de uma conver- e fazer outras atividades.
sa entre um casal de namorados:
c) O diálogo pareceu mostrar a maneira
como as pessoas realmente falam no dia
– Olha aqui, Marcelo, eu quero uma boa a dia, quando são íntimas? Como?
explicação para isso!!! Sim. Observar a pertinência das respostas dos alunos. Desta-
camos o uso do Imperativo na variedade coloquial, mas pode
– Mas, meu amor, essas coisas aconte- ser que o estudante destaque outros aspectos pertinentes.
cem! Você chega ao escritório, cumprimenta
as pessoas e aí, às vezes, alguém esbarra o d) Circule as palavras que demonstram o
batom na sua camisa... uso do Imperativo nessa situação in-
formal. Se o diálogo fosse mais formal,
– Marcelo, olha bem pra mim... Eu não como no caso de um chefe que dá uma
vou repetir, então ouve o que eu digo e dá ordem a um funcionário, esse modo de
uma resposta muito rápida e muito boa para usar o verbo no Imperativo seria corre-
eu não te dar um safanão aqui e agora! to? Justifique sua resposta.
Não seria correto, visto que, como se trata de uma conversa
– Fala, minha amada... íntima, estão na variedade coloquial. A situação profissional
exige o uso formal, mesmo sendo uma conversa.
– Para de me chamar de “minha amada”
e me explica, pelo amor de Deus, como é que e) Em um contexto mais informal de co-
uma mancha de batom veio aparecer DO municação, você considera coerente
LADO DE DENTRO DO SEU COLARI- usar o Imperativo dessa forma? Expli-
NHO, Marcelo Oliveira!!!!!! que sua opinião.
Em uma conversa informal, o uso do Imperativo coloquial é
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. adequado ao contexto.
12
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
do. Neste caso, espera-se que o aluno escreva que esses tex- a) Qual será a saudação inicial de cada
tos envolvem ordens, pedidos, prescrições ou súplicas. Todas uma das personagens?
essas ações exigem o uso do Modo Imperativo. O aluno deve escolher uma forma de saudação adequada à
situação (relativamente informal).
6. Tendo como base o resumo do que com-
preendeu, dê cinco exemplos de gêneros b) Qual é o pedido e de que sabores serão
que você encaixaria no grupo de textos in- as pizzas?
juntivos ou prescritivos. O aluno deverá optar pelos sabores de pizzas, tendo em vista
Regras de jogos, artigos de leis, manuais, diálogo prescritivo, a quantidade de pessoas.
receitas, entre outras possibilidades. Todo texto que orienta
alguém a fazer algo pode ser considerado prescritivo ou in- c) Quantos serão os refrigerantes para
juntivo. Nesse momento, não consideramos oportuno insistir oito pessoas? De quais sabores?
muito nessa distinção, que será desenvolvida no decorrer O aluno deverá optar pela quantidade de garrafas, tendo em
deste Caderno. vista a quantidade de pessoas.
A “Produção escrita” que virá na sequên- d) Qual será o pedido de sobremesas va-
cia dará continuidade à apresentação da in- riadas para oito pessoas?
junção ou prescrição. Os alunos devem indicar a quantidade e os sabores que de-
sejam.
Dado o enunciado da proposta, foi passa-
da ao aluno a opção de escrever seu texto com e) Como será o pedido de nota fiscal para
tom mais injuntivo ou prescritivo. Qualquer que a cliente seja reembolsada por sua
uma das possibilidades é viável no contexto. empresa?
Mesmo que em linguagem informal, o aluno vai dizer que ne-
Produção escrita cessita de um documento oficial para depois ser reembolsado.
1. Agora, é a sua vez de produzir um diálogo, f) Qual é o valor total informado pelo
organizado de forma prescritiva ou injunti- atendente?
va, com base no texto a seguir. Para come- A definir. Sugerimos que o aluno se informe em uma pizzaria
çar, leia-o. ou em outra fonte.
13
Você pode pensar em outras perguntas. Oralidade
Essas são apenas sugestões para ajudar a or-
ganizar o seu diálogo. 1. Há muitos momentos em que recebemos
ordens ou pedidos de outras pessoas. Após
O objetivo deste exercício é fazer o aluno discussão em classe, organize um quadro
colocar em funcionamento as características coletivo com traços comuns de textos desse
da tipologia “descrever ações”. Assim, após tipo.
a produção dos textos, você poderá analisá- Se na discussão os alunos não se lembrarem de todos, você
-los com os alunos, solicitando que apontem pode estimulá-los a levar em conta os aspectos não consi-
as marcas prescritivas ou injuntivas presentes. derados.
tOFTTFUJQPEFUFYUP
IÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFOUPT
Compare essas marcas com as de outros tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFTTPB
textos vistos nesta Situação de Aprendizagem, deve fazer se quiser chegar a um dado resultado. Atrás desse
destacando que essa tipologia está presente discurso parece haver alguém que conhece uma dada rea-
em escritos de diferentes naturezas. É possí- lidade e sabe como um sujeito deve se conduzir se quiser
vel, ainda, fazer algumas leituras dos diálo- BUJOHJSPRVFGPJQSPQPTUP
gos, discutindo a entonação mais adequada t B QSFTDSJÎÍP PV JOKVOÎÍP FN VN UFYUP OÍP TF EÈ BQFOBT
para a situação, reforçando o tom prescritivo DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFYUPT
ou injuntivo do texto. que incentivam o leitor a ter certo comportamento.
14
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
3. Você acha que a maneira como fazemos um 4. A maneira como falamos qualquer tex-
pedido ou damos uma ordem (se falamos to, mesmo que não expresse uma ordem
alto, baixo, se parecemos irritados etc.) in- ou um pedido, interfere na forma como
terfere no modo como a outra pessoa rece- ele será compreendido? Qual a sua opi-
berá o que estamos dizendo? Explique. nião?
A resposta deve ser afirmativa, pois implica que o aluno tenha Espera-se que o aluno responda que a entoação é uma for-
compreendido que a maneira como falamos carrega tam- ma de linguagem, associada ao verbal, mas com carga pró-
bém intenções, manifestas de forma não verbal: tom da voz, pria de sentido.
expressão do olhar, gestos etc.
Verão
15
2. Você e seus colegas devem realizar inú- 3. Depois dessas discussões, realizem no-
meras leituras públicas coletivas e indivi- vas leituras públicas coletivas e indivi-
duais (de forma emocionada, combativa, duais.
exaltada, intimista) até que a turma con-
corde sobre qual delas é a mais adequa- Atividade adaptada de: GONÇALVES, Jeosafá Fernan-
da, representativa ou expressiva. dez. Textos para leitura. In: Livro do professor.
São Paulo: Plêiade, 1997. Venda proibida.
16
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
© Conexão Editorial
a) Complete as palavras que estão faltan- As palavras que faltam no texto são o centro das informações.
do no texto. Sem os verbos, temos uma compreensão parcial de toda a
Estudei (1) muito para a prova! Acho (2) que vou arrasar (3). situação.
Não sei (4) não...
Ah, sabia (5)! Acertei (6) sobre aquele assunto de células... c) O que cada uma delas indica? O esta-
E agora? O que eu vou fazer (7)? do em que alguém está? Sua ação? Ou
Cara, eu sabia (8) tudo, acho (9) que fui superbem! um fenômeno da natureza? Complete o
Pois eu fui (10) muito mal... quadro.
Aqui é preciso levar em conta todas as possibilidades dadas
b) Qual é a importância das palavras que pelos alunos e observar a pertinência delas. A seguir segue
faltam para a compreensão do texto? sugestão de preenchimento.
17
d) Nessas palavras, há marcas de tempo O verbo indica o tipo de ação praticada pelo sujeito e o
(por meio delas, sabemos se o que estão modo como ele a realiza, ou o estado em que se encontra.
conversando ocorreu no passado, pre-
sente ou futuro)? Exemplifique. b) O que um verbo pode indicar? Essas in-
Espera-se que o aluno localize um dos tempos e consiga dicações relacionam-se com o quê?
exemplificá-lo. Este exercício pode ser compreendido como No contexto do que vem sendo explicado e construído na
uma atividade de retomada de séries/anos anteriores, mas, se sequência, destaca-se que o verbo pode indicar a ação, o
necessário, reapresente os tempos verbais do Modo Indicativo. tempo e o estado (intenção) de uma sentença. Essas indi-
cações se relacionam com o sujeito e eventuais objetos de
e) Por meio delas, sabemos quem praticou uma sentença.
a ação ou viveu o estado? Exemplifique.
Depende. Você deve destacar que, pelo contexto, é possível Dando continuidade ao estudo de verbos,
compreender muita coisa. Além disso, conforme a pessoa cabe destacar o Modo Imperativo. Recapitu-
gramatical que praticou a ação, o verbo vai distinguir essa le com os alunos as formas verbais que vêm
marca em um de seus sufixos. É preciso destacar ainda que sendo estudadas no decorrer da semana, rela-
essa marca de concordância não aparece em muitas varie- cionadas aos textos injuntivos e prescritivos.
dades linguísticas. Descreva então o conceito do Modo Impera-
tivo, levando-os a compreender que textos da
f) Que tipo de palavras são essas? tipologia “descrever ações” são comumente
Essas palavras são verbos. compostos com verbos no Imperativo.
2. A partir dessas atividades iniciais, discuta Nesse sentido, ressalte que a forma Impe-
com seus colegas o que sabe sobre verbos (o rativa, ao contrário do que o nome sugere, não
que são, como funcionam etc.). Anote suas se limita a ordens. Toda forma de orientação,
conclusões no caderno. seja suave ou delicada, explícita ou implícita,
Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o obje- costuma estar dentro dos usos imperativos
tivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, traduzindo de dos verbos. Daí decorre a diferença proposta
forma que o conceito estudado lhe pareça claro. Espera-se entre injunção e prescrição.
que os alunos escrevam uma definição semelhante àquelas
contempladas nas gramáticas. Nesse momento, portanto, estamos apro-
Nessa retomada da 7ª série/8º ano, espera-se que o aluno já fundando o estudo de mecanismos linguís-
tenha interiorizado esses conceitos e seja capaz de explicá-los. ticos ligados à tipologia “descrever ações”.
Caso isso não ocorra, apresente novas explicações e solicite Reforce essa ideia com os alunos.
aos alunos que a parafraseiem. Consideramos essa metodo-
logia adequada ao aprendizado, pois, para redigir uma defini- Feita a explicação inicial, faça a sistemati-
ção, o aluno precisa compreendê-la de alguma forma. Assim, zação do Imperativo. Para isso, consideramos
em algum momento, mesmo que depois você indique uma fundamental que você exponha, lado a lado,
definição, é importante haver um espaço para que eles es- a norma-padrão e a norma coloquial, expli-
crevam o que compreendem do conceito. cando a pertinência de cada uma. Coloque a
norma-padrão e deixe que os alunos digam
3. De posse de suas anotações e das explica- como falam aquilo no dia a dia.
ções do professor sobre verbos, responda
às questões a seguir: Analise com eles a receita de brigadeirão,
observando os usos do Imperativo. Compare
a) O que significa dizer que o verbo é o com o diálogo da página 6, destacando que,
centro da informação de uma sentença? em certas situações, quando se deseja repro-
18
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
duzir o modo como as pessoas falam, o uso ações”. Sugerimos que, para o desenvolvimento da atividade
coloquial acaba prevalecendo ao padrão. em sala de aula, você reforce com os alunos que ambos os
textos empregam verbos destinados a orientar alguém a fa-
zer determinada coisa.
Para você, professor!
Este é um momento oportuno para siste- 6. Por que, segundo sua opinião, esses tex-
matizar com os alunos as características da ti- tos tão diferentes usam o mesmo modo
pologia “descrever ações”. Retome as explica- verbal?
ções feitas sobre os três aspectos destacados: Os dois estão, de alguma forma, orientando seus leitores.
f regulação mútua de comportamentos;
f a regulação mútua pode estar presente 7. Registre, no caderno, as conclusões que
em textos de diferentes naturezas, poden-
você pode tirar de suas respostas anterio-
do variar de uma ordem a uma súplica;
res no que diz respeito ao modo como os
f presença de elementos não verbais (como
entonação, trilha sonora etc.). verbos se apresentam quando pedimos
Todas essas características apresentam-se algo ou damos ordens.
no texto por meio de marcas, tais como Modo Nesta questão, são inúmeras as possibilidades de resposta. A
Verbal Imperativo, Infinitivo, pontuação etc. seguir, algumas sugestões de itens a destacar, de acordo com
o que foi orientado nas atividades anteriores:
tP.PEP*NQFSBUJWPÏBGPSNBNBJTDPNVNEFBQSFTFOUB-
Passemos às atividades sobre Modo Impe- ÎÍPEPTWFSCPTOFTTFDPOUFYUP
rativo. tQPEFNPTFYQSFTTBSPSEFOTPVQFEJEPTFNPVUSBTGPSNBT
WFSCBJT
4. O professor recapitulou os três grandes tP.PEP*NQFSBUJWPQPEFFYQSFTTBSEFTEFVNBPSEFNBUÏ
modos verbais de nossa língua. Escreva VNQFEJEPCBTUBOUFHFOUJM
o que entendeu sobre o uso de cada um tEJGFSFOUFTHÐOFSPTUFYUVBJTQPEFNUFSDPNPPCKFUJWPMFWBS
deles: alguém a fazer algo.
5. Observe novamente a receita culinária e a 10. Como funciona o Modo Imperativo Nega-
receita médica lidas no início desta Situa- tivo, na língua portuguesa, de acordo com
ção de Aprendizagem. Nos dois textos, os a norma-padrão?
verbos apresentam-se de forma semelhan- 9 e 10. Quando se solicita ao aluno que crie uma definição,
te. Que modo verbal é esse? Exemplifique o objetivo é fazer que ele desenvolva uma paráfrase, tradu-
com passagens dos textos. zindo de forma que lhe pareça claro o conceito estudado.
Os alunos vão registrar que o modo dos verbos apresenta- Essa também é uma excelente forma de você observar como
dos na receita médica e na receita culinária é o Imperativo, está sendo a compreensão dos alunos, para que possa fazer
já que ambos os textos fazem parte da tipologia “descrever as intervenções necessárias.
19
11. Compare os dois usos de Imperativo do verbo sair nas situações a seguir:
Situação 1 Situação 2
Dois jovens conversando em uma lanchonete: Dois jovens conversando em uma lanchonete:
– Sai daí, cara, que eu quero sentar! – Saia daí, cara, que eu quero sentar!
– Sai você! Ou senta em outro lugar! – Saia você! Ou sente em outro lugar!
– Você é um folgado mesmo... – Você é um folgado mesmo...
– Eu, né? – Eu, né?
20
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
2. O professor indicou um anúncio publici- Escolha um anúncio com usos do Modo Imperativo, para o
tário do livro didático ou de outra fonte aluno refletir sobre essa escolha.
como base para esta atividade. Observe-o
e responda às questões: e) O Imperativo foi usado na variedade-pa-
drão ou coloquial? Justifique sua resposta.
a) Qual parece ser o objetivo do anúncio?
Cada texto deve ter um objetivo específico, mas, de forma f) Esse uso está adequado dentro do anún-
geral, o anúncio televisivo ou de rádio deve apresentar um cio? Explique por que, segundo sua aná-
produto ou serviço. Você pode discutir o objetivo específico lise, o Modo Imperativo foi usado dessa
de cada texto e deve insistir na comprovação que precisa ser forma no texto.
feita por parte do aluno. e) e f). Respostas pessoais, de acordo com o anúncio esco-
lhido.
b) Como as imagens contribuem para que
o texto atinja esse objetivo? 3. Faça os exercícios sobre Modo Imperativo,
É importante o aluno perceber que as imagens contribuem do livro didático, indicados pelo professor.
para a formação do sentido e, portanto, estão atreladas aos Não se esqueça de registrar o número da
objetivos do anúncio. página.
c) Como as palavras contribuem para que Sugerimos que, ao final desta Situação de
o texto atinja esse objetivo? Aprendizagem, você faça uma recapitulação
É preciso destacar que a escolha verbal de um anúncio pu- das habilidades trabalhadas durante esse pe-
blicitário tem por objetivo contribuir para despertar o desejo ríodo, de acordo com o quadro apresentado
no consumidor de comprar o produto ou adquirir o serviço, no início. Dê atenção, prioritariamente, àque-
de forma mais ou menos explícita. las que apresentaram maior dificuldade para
os estudantes. Caso isso não tenha ocorrido,
d) Há usos do Modo Imperativo no texto? reforce algumas das habilidades estudadas, de
Quais? acordo com seus critérios.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CRIANDO UMA “RECEITA LÚDICA”
Nesta Situação de Aprendizagem, des- de. Ao final do processo, os alunos produ-
taca-se a variedade de contextos nos quais zirão uma “receita lúdica”: um texto que
a tipologia “descrever ações” pode apa- apresente traços prescritivos ou injuntivos
recer. Nesse processo de ampliação, será e seja composto com base em um diálogo
introduzido o conceito de intertextualida- com outro texto.
Conteúdos e temas: tipologia “descrever ações”; intertextualidade explícita; uso da gramática normati-
va; Imperativo Negativo; pesquisa no dicionário; discurso citado.
21
naturezas; compreender a amplitude de uso da estrutura prescritiva ou injuntiva; analisar a norma-
-padrão em funcionamento no texto.
Sugestão de estratégias: leitura vista de forma expressiva, não apenas como modo de compreensão
cognitiva do texto; escuta de textos injuntivos de diferentes gêneros.
Do it
Composição: Lenine/Ivan Santos
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Tá cansada, senta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Se acredita, tenta Hê Hô, Hum! Nanananã!
Se tá frio, esquenta Hê Hô, Hum!...
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta Se tá [...], quebre
Se pediu, aguenta... Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se sujou, cai fora Se tá velho, alquebre
Se dá pé, namora Corra atrás da lebre
Tá doendo, chora Corra atrás da lebre...
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora Se perdeu, procure
Não tá bom, melhora... Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se aperta, grite Se é verdade, jure
Se tá chato, agite Quer saber, apure
Se não tem, credite Quer saber, apure...
Se foi falta, apite
Se não é, imite... Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é do mato, amanse Se é inocente, apele
Trabalhou, descanse Escravo, se rebele
Se tem festa, dance Nunca se atropele...
Se tá longe, alcance
Use sua chance Se escreveu, remeta
Use sua chance... Engrossou, se meta
22
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Estimule os alunos a relacionar a letra da 1. Você considera que na letra dessa canção
música com o assunto “textos injuntivos e pres- há traços de gêneros que pertencem ao
critivos”. O objetivo, nesse momento, é fazê-los grupo de textos injuntivos ou prescriti-
prestar atenção no uso frequente do Modo Impe- vos? Analise-a, preenchendo o quadro a
rativo no texto, como sugere a atividade a seguir. seguir.
Como se trata de uma canção, a presença A entonação é incisiva e o ritmo é forte, dando mais vigor à
de elementos não verbais (entonação, trilha interpretação da ordem. Mas é possível que os alunos façam
sonora) reforça o sentido do texto verbal? outros comentários. Observe a pertinência. Para tanto, é ne-
cessário que a música seja ouvida em sala.
Explique.
23
junção é que alguém está regulando, de forma Estabeleça uma comparação entre a letra
mais sutil, o comportamento do outro. Essa da música Do it e o fragmento do Estatuto da
regulação pode ser feita em tons bastante di- Criança e do Adolescente, destacando, entre
versos. Esse é o ponto que deve ser enfatizado outros aspectos:
na análise de canção.
f o tom de conselho da música (devido às
Na sequência, apresentaremos um texto suas construções linguísticas);
em que o caráter prescritivo prevalece. f o caráter indiscutível do estatuto (devido
às suas construções linguísticas).
3. Leia o texto a seguir.
4. Responda às questões a seguir:
24
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Outro exercício que pode ser proposto aos usos imperativos funcionam como uma forma de punição a
alunos é pegar mais um trecho prescritivo do ela mesma, constituindo-se, portanto, como uma expressão
livro didático (algum gênero em que a coerção contraditória de sentimentos.
é clara, como a Constituição Federal).
b) Há usos no Modo Imperativo? Se hou-
5. Pela análise feita nas atividades anteriores, ver, circule-os.
é possível perceber que textos que regulam Deves; queixas; concedas; trata-me; aches; sê; ordena-me;
(ou procuram regular) o comportamen- socorras. A ideia é que esses casos, apesar de não serem im-
to das pessoas a quem se dirigem podem perativos, estão sendo usados com esse efeito. Ou, então, co-
fazer isso de diferentes formas. Veja mais loque um parêntese (apesar de as formas “deves”, “queixas”,
um exemplo dessas diferenças no texto a “conjuro-te”, “socorras” e “acabe” não serem imperativas, es-
seguir: tão sendo usadas como tal).
25
1. O professor dará informações sobre como fazer pesquisa em uma gramática.
Usando os mesmos critérios, pesquise agora o tema intertextualidade nas fontes in-
dicadas por ele.
Definição do termo
intertextualidade
2. Depois da pesquisa individual, a classe vai 3. Tendo por base uma notícia de jornal in-
discutir o significado de intertextualidade. O dicada pelo professor (do livro didático ou
professor vai participar da discussão, expli- outra fonte), grife, no texto, todos os tre-
cando o que não estiver claro. Após a discus- chos que demonstram a ocorrência de in-
são, anote o que compreendeu sobre o tema. tertextualidade.
Todas as conclusões podem, a princípio, ser consideradas vá- Espera-se que o aluno consiga relacionar trechos da notícia
lidas. No entanto, as que o grupo considerar corretas darão publicada no jornal com outros textos, por exemplo, notícias
base a uma formulação coletiva final que deve ser anotada. da TV, crônicas ou charges presentes no próprio jornal.
26
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
27
percebam o quanto o conjunto de referências c) Compare essa definição com outra, do
de cada um é fundamental para entender os livro didático ou de uma fonte diferen-
intertextos e seus efeitos. te, indicada pelo professor. Quais são as
semelhanças?
Na continuação, passaremos aos estudos
linguísticos. d) Há diferenças? Quais?
28
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Trecho A
As recentes chuvas em Santa Catarina deixaram milhares de desabrigados. De acordo com uma
autoridade do município, todos os que perderam suas casas serão acomodados em prédios públicos ou
na igreja local até que a situação se normalize.
Trecho B
O número de animais abandonados está aumentando. Muitos compram filhotes e, quando os ani-
mais crescem, desistem de cuidar deles. A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que agir dessa
maneira é uma irresponsabilidade:
“Além do sofrimento do animal, é preciso considerar que bichos abandonados tendem a contrair
doenças mais facilmente, podendo transmiti-las para outros.”
Jornal O Grito, 12 jan. 2008.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
29
c) Se você constatou a existência de inter- Com o grupo, separe todas as falas do autor e
textualidade, indique como ela é marca- as falas das fontes.
da no Trecho A e no Trecho B.
No Trecho A: “[...] De acordo com uma autoridade do mu- Na sequência, destaque as marcas linguís-
nicípio [...].” ticas que separam a fala do autor das outras:
No Trecho B: “A veterinária Maria da Conceição Verges afirma que presença de aspas, frases ou períodos introduzi-
agir dessa maneira é uma irresponsabilidade: ‘Além do sofrimento dos por verbos dicendi (“afirmar”, “dizer” etc.).
do animal, é preciso [...] podendo transmiti-las para outros.’ ” Observe se há outras marcas desse tipo no texto
e assinale-as para o grupo. Depois, você pode
Estudo da língua selecionar outros pequenos textos informativos
e pedir aos alunos que identifiquem:
Discurso citado
f informações que podem ser atribuídas ao
Com a definição de intertextualidade ex- autor do texto ou a outras vozes;
plícita, vamos sugerir o estudo do discurso f marcas explícitas da introdução da fala de
citado. Como primeiro passo, você pode es- outras fontes.
colher um texto informativo do livro didáti-
co ou outra fonte (uma notícia publicada em Leia os textos e veja as análises, observan-
jornal, por exemplo). Leia o texto com os do a pertinência e a adequação de cada uma.
alunos e discuta o assunto. Depois, destaque:
Outra possibilidade é ler, com os alunos,
f o autor do texto; dois ou mais textos de opinião e informação
f outras vozes presentes. sobre um tema do interesse deles. Promova
uma discussão e, se possível, faça um levan-
É muito importante que os alunos apren- tamento de opiniões na lousa, observando os
dam a distinguir vozes presentes em um texto, diferentes argumentos.
sabendo separar a voz do autor das vozes de
outras fontes citadas. No caso das notícias de Em seguida, peça a cada aluno que escre-
jornal, por exemplo, as frases mais provocati- va um pequeno parágrafo, com um único ar-
vas ou críticas virão, muitas vezes, expressas gumento sobre o assunto. Por exemplo, se o
por meio de outras vozes presentes no texto, tema é Será que os pais de hoje são diferentes
citadas pelo autor principal. dos de antigamente?, cada aluno define o que
pensa e escolhe um só argumento.
Nesse momento, pode-se discutir por que
razão alguns textos citam suas fontes de forma A partir daí, ao escrever esse parágrafo, o
clara. Veja o que os alunos dizem e anote na lou- aluno deve selecionar, em seguida, um trecho
sa. Muitos comentários são possíveis com essa de um dos textos que vão ao encontro de sua
estratégia, mas o importante é ajudá-los a perce- opinião. Destaque que a maneira como essa
ber que, quando um autor faz isso em seu texto, outra voz será introduzida é muito importan-
em geral, ele tem determinada intenção: seja de te, pois é preciso ficar claro para o leitor quan-
parecer objetivo, erudito, franco, honesto, de- do a fala é do autor do texto ou da fonte.
mocrático etc. Enfim, há um ou mais objetivos
em produzir um texto citando fontes explícitas. Termine discutindo que há muitos textos,
de diferentes naturezas, que usam esse tipo de
Após a discussão, voltem ao texto da notícia citação de fonte. Normalmente, eles têm em
de jornal (ou outro que tenha sido selecionado). comum o caráter informativo, objetivo, ou
30
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
procuram usar de outras vozes para adquirir A atividade a seguir procura materializar
credibilidade, entre outras possibilidades. essa discussão.
1. Depois das explicações e orientações dadas pelo professor, leia os conceitos de dis-
curso direto, indireto e indireto livre no livro didático ou em outra fonte de consulta:
a) discuta com seus colegas o que cada um entendeu sobre os três conceitos;
b) depois da discussão, você e seu grupo devem criar uma definição para cada um dos
conceitos. Em seguida, anote a definição do seu grupo para cada item e dê um exemplo.
Discurso direto
Discurso indireto
Quando se solicita ao aluno que crie uma definição, o objetivo é fazê-lo desenvolver uma paráfrase, traduzindo de forma que
lhe pareça claro o conceito estudado. Essa também é uma excelente forma de se perceber qual o grau de compreensão dos
alunos, para as intervenções necessárias.
Finalizando esta Situação, propomos retomar Com base na nova versão da carta
a página 23 (“Estudo da língua”) do Caderno do de Mariana Alcoforado, apresenta-
Aluno para realizar as atividades que seguem. da no “Estudo da língua”, responda:
31
1. Os usos do Modo Imperativo estão de Por tratar-se de conversa, pode haver mais de um tema
acordo com a norma-padrão da língua como referência. De certa forma, pede-se ao aluno que sin-
portuguesa? Explique. tetize os temas, realizando uma espécie de resumo dos as-
Não, estão na variedade coloquial. Na reescrita, adaptou-se suntos abordados.
o texto a uma situação de comunicação moderna, em que
uma jovem está escrevendo uma carta para seu amado, uma b) Nessa conversa, você observou a pre-
situação pessoal e bastante informal. sença de intertextualidade? Quando ela
ocorreu?
2. Grife as intertextualidades presentes no Acreditamos que tenha ocorrido, pois nas conversas é muito
texto indicado pelo professor para a rea- comum as pessoas referirem-se a outras. É preciso observar
lização deste exercício e circule todas as como eles marcaram a intertextualidade, pois ela pode estar
marcas linguísticas que indicam a citação mais ou menos explícita.
de alguém dentro do texto.
É preciso, previamente, selecionar um texto em que haja in- c) Quais foram as fontes citadas?
tertextualidades reconhecíveis para o aluno, para que a ativi- Os alunos devem registrar todas as fontes citadas (fatos,
dade possa fazer sentido. pessoas, ideias etc.).
3. Observe uma conversa entre pessoas de sua d) Foram usadas marcas para introduzir
família por dez minutos: as referências intertextuais? Quais?
Provavelmente, a citação dos nomes das pessoas ou ou-
a) Qual(is) foi(foram) o(s) assunto(s) tras fontes e verbos dicendi.
principal(is)?
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
TUDO DEPENDE DA MANEIRA COMO PEDIMOS
Um texto que ressaltará seu caráter prescri- se procurará mostrar que um texto pode estar
tivo ou injuntivo, dependendo de como é uti- muito bem organizado do ponto de vista tipo-
lizado, será estudado a partir de sua inserção lógico, mas inadequado ao contexto, não con-
em uma situação comunicativa. O objetivo é seguindo, talvez, atingir seu objetivo de forma
desenvolver a competência crítica, pois a análi- plenamente satisfatória para os interlocutores.
Conteúdos e temas: leitura dramática; reescrita de diálogo a partir de situação de comunicação; Modo
Indicativo (verbos regulares); “tu”, “vós” e variedades linguísticas; frase, oração e período.
Sugestão de avaliação: leitura dramática; reescrita de diálogo; produção de texto prescritivo; análise de
aspecto específico da norma-padrão dentro de um texto.
32
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
(Um chefe precisa pedir à sua secretária para acelerar a finalização de um relatório. Ela está
em sua mesa e ele vai cobrar o andamento dos trabalhos. Ele pensa que ela deve cumprir as
ordens, pois essa é sua função. Ela considera-se ótima funcionária e gostaria de ver seu
trabalho mais valorizado, dada sua dedicação.)
Secretária – Estou fazendo o melhor que posso... Veja, aqui estão as planilhas e a primeira versão...
Chefe – Como assim, primeira versão? Faça a versão definitiva, não há tempo para isso. Depois
envie para eu apenas analisar, não posso esperar por segundas versões...
Secretária – Disse primeira versão porque, justamente, o senhor dá a última palavra. Eu apenas
faço o meu trabalho e procuro cumprir os prazos...
Chefe – “Procurar cumprir” é pouco, Carla. Você tem de cumprir, mesmo que precise ficar até mais
tarde. Esse é um contrato importante, todo mundo vai dar o sangue por isso. A diretoria está me co-
brando, cobrando todo mundo. Faça o impossível e o mais rápido possível.
Secretária – Vou fazer. Pode esperar que lhe envio, no máximo, até o começo da tarde. Não vou
almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas.
Secretária – Sim.
33
não se sente reconhecida, apesar do esforço. Todas as falas saio, esse grupo discuta os critérios comuns de
a seguir indicam que ela não se sente valorizada: “Estou fa- avaliação das apresentações.
[FOEPPNFMIPSRVFQPTTPwi%JTTFQSJNFJSBWFSTÍPQPSRVF
KVTUBNFOUF
PTFOIPSEÈBÞMUJNBQBMBWSBwi&VBQFOBTGBÎPP As atividades a seguir procuram organizar
NFV USBCBMIP F QSPDVSP DVNQSJS PT QSB[PTw i1PEF FTQFSBS esse trabalho.
RVFMIFFOWJP
OPNÈYJNP
BUÏPDPNFÎPEBUBSEFwi/ÍPWPV
almoçar e consigo terminar lá pelas duas horas”. 1. Você e um grupo de colegas vão dramati-
zar o texto da seção “Leitura e análise de
5. O texto pode ser compreendido como in- texto”. Não é preciso decorar as falas, ape-
juntivo ou prescritivo? Explique sua res- nas entender a sequência de ideias que o
posta a partir da situação proposta no tex- texto propõe:
to e da situação em que está inserido.
Pode ser compreendido como prescritivo, pois o chefe diz a) A partir da dramatização, vamos re-
como as coisas devem ser feitas e a secretária reage com tomar o caráter injuntivo ou prescriti-
base no que ele diz. Sua forma de falar é muito impositiva. vo do texto. A maneira como falamos
interfere na recepção da pessoa com
A ideia é verificar se os usos prescritivos do quem falamos?
texto têm chances de atingir seus objetivos e
por quê. É preciso que os alunos tenham cla- b) Qual das dramatizações apresentou
reza de que o “chefe” pede o que quer, mas mais êxito do ponto de vista da ade-
utilizando um tom impositivo demais, não são da secretária?
levando em conta todo o esforço da colabo-
radora. c) Em qual delas a maneira de falar do
chefe dificultou a adesão da secretária?
Em um exercício de releitura, peça que Neste exercício, propõe-se aos alunos que dramatizem o tex-
reescrevam o diálogo da situação, de forma a to da seção “Leitura e análise de texto”. O objetivo é interpre-
se tornar um texto com tom mais injuntivo e tar o texto em outros tons, ao mesmo tempo que as questões
com maiores chances de atingir êxito, tanto propostas procuram orientar a reflexão sobre o que foi feito.
do ponto de vista do chefe como da colabora-
dora. Isso significa que ele pede o que deseja, 2. Dramatize novamente o texto, reformulan-
mas estimula o esforço da funcionária. Façam do o diálogo. Torne-o mais eficiente, tendo
leituras dramáticas ou apenas socializadas em vista que o chefe quer a adesão da se-
dos resultados. cretária e, portanto, a partir das expectati-
vas dela, precisa valorizar seu trabalho.
Oralidade
Produção escrita
No desenvolvimento da competência de
comunicação oral, propomos a dramatização No desenvolvimento da competência escri-
da situação do chefe com sua secretária. ta, sugerimos uma situação em que o caráter
prescritivo do texto deve prevalecer.
Cada grupo então deve apresentar sua
maneira de dramatizar a situação. Um grupo
pode ficar à parte, para julgar, observa cada Um médico está diante de seu paciente
apresentação e escolhe a melhor. É importan- no consultório. Foram feitos vários exames
te que, enquanto os outros grupos fazem o en- e será preciso um tratamento longo, cheio
34
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
35
Estudo da língua Talvez esse seja um momento oportuno
para apresentar os conceitos de frase e oração.
Frase e oração Você pode apresentar algum texto sem verbos
do livro didático (normalmente eles estão no
Aproveitando a sistematização de mo- capítulo sobre os estudos de frase e oração) e
dos e tempos verbais, você pode introduzir observar que é possível, sim, criar textos com-
o conceito de frase e oração. Dizemos isso, preensíveis mesmo sem a presença verbal. Já
pois nos parece que os dois últimos conceitos é pertinente, então, apresentar o conceito de
são os mais fundamentais para a introdução frase a partir dos exemplos do livro.
da sintaxe, e o verbo, como centro do pre-
dicado, pode ser um bom início para esses Por outro lado, como o exercício com as
estudos. orações demonstrou, se uma sentença organi-
za-se em torno de um verbo, ele torna-se ali
Você pode começar apresentando um um centro importante de organização do tex-
pequeno texto sem verbos. Peça aos alunos to. Para reforçar, projete em transparência a
que o preencham, mas, antes, discutam a fal- primeira página de um jornal ou revista e peça
ta que os verbos fazem para a compreensão aos alunos que circulem todos os verbos pre-
mais global das sentenças. sentes. Nesses casos, é provável que a maior
parte das sentenças contenha ao menos um
É possível, inclusive, fazer comparações a verbo. Mais do que isso: de todas as palavras
partir de algumas orações. Retire, por exem- presentes nessas sentenças, o verbo parece ser
plo, um termo de cada uma delas e compare a mais importante, pois sua ausência dificul-
o novo sentido à versão sem verbos. taria muito a compreensão de tais enunciados.
1. Pesquise, no livro didático ou em outra fonte indicada pelo professor, os pronomes tu e vós.
Relacione todas as informações que considerar relevantes:
a) De acordo com as informações que pesquisou, em que contextos são usados os prono-
mes tu e vós?
Usar como forma de avaliação formativa, para verificar o que compreenderam. Nesse sentido, não espere por respostas to-
talmente corretas, mas deixe que o aluno registre o que compreendeu. De qualquer forma, você tem acesso à fonte citada,
portanto, terá base para observar como foi compreendida a explicação pelos alunos e fazer as intervenções necessárias.
2. Pesquise também os conceitos de frase e oração em duas fontes diferentes, indicadas pelo
professor:
36
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
c) Quais as diferenças?
O aluno deve destacar as diferenças.
d) De acordo com as explicações dadas, é possível escrever ou falar um texto só com frases
nominais? Exemplifique.
Acreditamos que a resposta será positiva. Observe se a explicação e o exemplo são adequados.
e) Em nossa fala e escrita, é mais comum usarmos frases ou orações? Por que você acha
que isso ocorre?
Usamos mais orações, pois estamos o tempo todo procurando esclarecer nossa comunicação, e o verbo, em nossa língua, é o
núcleo da informação.
3. O professor indicará alguns textos do livro didático para localização de frases e orações.
Transcreva-as para o caderno e responda a que tipo pertencem.
37
2. Leia o Texto B e faça as atividades: No Modo Indicativo, porque a garota afirma suas opiniões
sobre como as pessoas devem agir.
Apresentadora – Andreia, o que você d) Você considera que esse texto apresenta
acha que as meninas de sua idade precisam? tom prescritivo? Por quê?
Sim, pois a argumentação da menina é enfática em apontar o
Garota – Difícil responder... (risos). Acho que os pais devem proporcionar e quais são os direitos dos filhos.
que as meninas precisam de atenção dos pais,
mas sem exagero, né? É dever dos pais serem e) Pela análise feita nas atividades anterio-
companheiros, preocupados, mas sem neu- res, podemos afirmar que o presente do
ras... (risos). Precisam também de estudo, Modo Indicativo:
porque sem estudo não dá, e têm também
direito à diversão, de tempo pra sair, ir pras ( ) é um tempo verbal que não indica o
baladas, enfim, direitos e deveres, entendeu? que fazemos, pensamos ou sentimos
de modo habitual.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
( X ) é um tempo verbal que, inserido em um
texto organizado pela tipologia “des-
a) Circule os verbos do texto. crever ações”, pode ser usado para ex-
"DIBQSFDJTBNSFTQPOEFSBDIPQSFDJTBNÏTFSFNQSFDJTBN pressar o que deve ou não ser feito.
EÈUÐNTBJSJSFOUFOEFV
3. No caderno, faça os exercícios sobre mo-
b) Em que modo estão, predominantemen- dos e tempos verbais do livro didático ou
te, os verbos do texto? Indicativo, Subjun- de outra fonte indicados pelo professor.
tivo ou Imperativo? Explique sua opinião. Não se esqueça de anotar a página.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
PRODUÇÃO DE ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS
38
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
prévio; analisar produção cinematográfica adequada à faixa etária com alto teor intertextual; produzir
nova versão de anúncio publicitário, após sistematização de suas características.
Sugestão de estratégias: sondagem inicial do repertório prévio dos alunos; comparação entre anúncios
publicitários produzidos por eles e os que aparecem no mundo ao redor, no que diz respeito à boa or-
ganização das características do gênero; produção textual motivada por análise de texto.
Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário em primeira e segunda versões; jogo com uso
de verbos irregulares.
39
Os quadros apresentados devem ser vistos como um esquema f direcionamento a um público-alvo;
de orientação para a produção dos grupos. A partir deles, oriente f seleção de elementos (cores, palavras, dia-
a realização da atividade, de acordo com os objetivos propostos. gramação, imagens etc.) voltados a esse
público;
3. Feita a análise da atividade anterior, refor- f seleção de elementos orientada para desper-
mule, com seu grupo, o anúncio publicitário tar os sentidos ou desejos do público; por-
criado, alterando alguns aspectos aponta- tanto, há mais sugestão do que informação.
dos no quadro.
1. O professor dividirá a sala em
Depois, você pode escolher alguns anúncios grupos e escolherá anúncios publi-
publicitários do livro didático e fazer análises citários para análise. Observe o
semelhantes. Pode-se então fazer um comen- texto selecionado e analise-o, com seus co-
tário preliminar, indicando que os textos desse legas, a partir dos três elementos indicados
gênero têm, entre outras características: no quadro a seguir.
Os mesmos critérios devem ser usados para os demais ele- f uso de elementos verbais e não verbais;
mentos de análise. f uso de elementos voltados para determina-
do público-alvo;
Vale propor que, depois de todas as aná- f predomínio da sugestão sobre a informação.
lises feitas, eles refaçam os anúncios, procu-
rando pensar nas questões sistematizadas 2. Com base nas explicações dadas pelo profes-
no quadro. Com os trabalhos prontos, faça sor sobre os traços característicos de anún-
nova análise (como a que foi feita com a pri- cios publicitários, escreva o que entendeu.
meira proposta de anúncio), para ver se Observar como os alunos explicam os traços indicados:
houve maior compreensão dos traços carac- tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP
terísticos do gênero. tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPT DPSFT
QBMBWSBT
EJBHSBNBÎÍP
JNB-
HFOTFUD
WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP
Nesse momento, você já pode fazer uma tBTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTÏPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFO-
primeira sistematização das características UJEPTPVEFTFKPTEPQÞCMJDPBMWPQPSUBOUP
IÈNBJTTVHFTUÍP
dos textos publicitários, destacando: do que informação.
40
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
3. Selecione, em casa, dois anúncios publici- Feitas as análises, você pode pedir que eles
tários (I, com poucas palavras, e II, com tragam de casa anúncios dos dois estilos, ou
muitas palavras) e leve-os para a classe. propor a análise de algum exemplo de anún-
Responda às questões a seguir: cio que esteja no livro didático. É possível,
inclusive, estabelecer uma discussão sobre o
a) Qual parece ser o objetivo central do público-alvo dos dois tipos de anúncio e sobre
anúncio? a capacidade persuasiva de um e outro.
O aluno deve destacar o produto ou serviço veiculado em
cada anúncio. Oralidade
b) Esse anúncio é voltado para qual públi- 1. Levando em conta as características de
co? Justifique com elementos do texto. anúncios publicitários sistematizadas na Ati-
Nesta questão, o aluno vai indicar, com base em elementos vidade 1 da seção “Leitura e análise de tex-
retirados do anúncio, qual o público-alvo de cada um. to” desta Situação de Aprendizagem, analise
41
os anúncios publicitários do livro didático f o uso da linguagem verbal nas três situa-
que o professor indicar, comentando como ções: semelhanças e diferenças.
essas características aparecem em cada um.
Dando continuidade aos estudos do gê-
Para a análise, apoie-se nos pontos indica- nero, destaque que os anúncios publicitários
dos no próprio enunciado da atividade: são dirigidos a um público-alvo preferencial,
o que não significa que outros públicos não
f a questão da imagem parada (impressa), possam ser atingidos por esses textos. Muitas
do movimento (televisão) e da ausência de vezes, aliás, uma imagem negativa, que gera
imagem (rádio); polêmica, pode ser o bastante para que al-
f o trabalho sonoro do rádio em contraste com guém que não compartilha daquela forma de
o trabalho sonoro da televisão (escolha de ver o mundo “fixe” a mensagem e, portanto, o
trilhas sonoras, maneiras de falar do locutor produto e a marca que o vende.
ou de personagens). Fazer uma comparação
com o trabalho tipográfico do impresso; 2. Leia o texto e responda às questões:
Uma agência publicitária tem como objetivo fazer uma campanha para o público feminino, na
faixa dos 15 anos, com poder aquisitivo médio. O produto é um novo cosmético indicado para o tra-
tamento da acne.
A primeira proposta de texto verbal para o produto foi a seguinte: “Arrase as concorrentes!”. O
texto viria ao lado da imagem de uma garota de aproximadamente 15 anos, vestida com roupas de
marcas caras, fotografada na entrada de um colégio aparentemente bastante caro e tradicional, com
outras meninas em volta olhando, admiradas com a beleza da pele dela.
O cliente, em um primeiro momento, havia pedido uma campanha que mostrasse a menina de acordo
com a atualidade, mas, ao mesmo tempo, usando o produto, que a ajudaria a passar por essa fase difícil da
adolescência, especialmente no que diz respeito à aparência.
a) A proposta apresentada pela agência ser vista como uma mudança em sua atitude, o que vai além
está adequada ou não ao que foi pedido do problema com acne.
pelo cliente?
Com base na situação exposta, discuta com os alunos se a c) Que elementos do texto permitem dizer
proposta apresentada pela agência está adequada ou não ao que a proposta foi incoerente?
que foi pedido pelo cliente. Acreditamos que haverá respos- Ela está passando por uma fase difícil, então essa mudança
tas afirmativas e negativas. A questão não é chegar a um ve- repentina de postura pode ser vista como incoerente, pois,
redito final, mas, sim, encontrar no texto elementos capazes como uma menina insegura com a pele, de repente, já se
de sustentar a opinião. sente segura diante dos garotos?
b) Que elementos do texto permitem dizer Solicite que façam uma análise escrita da
que a proposta foi coerente? situação, organizados em grupos. Cada grupo
Se pensarmos em uma análise de que a garota do contex- deverá chegar a um consenso e decidir se con-
to quer uma reviravolta em sua postura, é possível enxergar sidera a proposta feita coerente ou não com o
coerência, pois a expressão “arrase as concorrentes!” pode pedido, e por quê.
42
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
43
vo (e solicitar que você estude também em jogo, conjugue cada um deles. Se preferir,
casa, no livro didático ou outro material de peça que tragam gramáticas e, divididos em
consulta). Os verbos em destaque são: re- grupos, encontrem as conjugações de dois
cear, fugir, fazer, poder, haver, ver, querer, ou três verbos por grupo. Depois, socialize
dizer, trazer e ir. as descobertas.
Foram selecionados, propositadamente, verbos irregulares
ou de difícil prefixo de uso corrente. O game implica pedir a eles que estudem
em casa essas conjugações. Em sala, organi-
7. Também para esses verbos, circule os mo- zados em grupos, terão de conjugar esses ver-
mentos em que você teve problemas para bos no tempo do Indicativo solicitado. Cada
conjugar de acordo com o que prevê a nor- grupo solicita uma conjugação a outro grupo,
ma-padrão da língua portuguesa. no tempo do Indicativo que quiser. Se houver
Professor, veja esse momento como “pistas” sobre as dificul- erro, quem perguntou deve saber a resposta;
dades dos estudantes e um ótimo exercício de metacognição. caso contrário, ninguém ganha o ponto.
Esse quadro também pode auxiliá-los a Com relação aos verbos defectivos, sugeri-
visualizar que os verbos das demais conjuga- mos que você solicite aos alunos uma pesquisa
ções são menos numerosos, mas, muitas vezes, na gramática a partir das questões apresenta-
bastante usuais. das a seguir.
44
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Consideramos que todos esses estudos Pergunte aos alunos o que lembram sobre
verbais venham acompanhados de uma dis- o assunto, destacando:
cussão sobre variedades linguísticas. É impor-
tante que o estudante compreenda que esses a) Que textos, preferencialmente, usam a
usos dizem respeito à norma-padrão da lín- citação clara de outras fontes? (Espera-
gua, um conjunto de normas convencionadas -se que respondam “textos objetivos”,
pela sociedade. Você pode, inclusive, discutir “informativos”, “que buscam credibili-
com seus alunos o caráter prescritivo desse dade”. Se responderem “jornalísticos”,
tipo de obra denominada “gramática nor- também já é pertinente.)
mativa”. E fazê-los perceber que os falantes,
muitas vezes, não usam a norma-padrão da b) Como esse tipo de citação é feita? (Es-
língua, mas conseguem se comunicar com pera-se que respondam que é feita por
muita eficiência. meio de mecanismos como aspas, ver-
bos dicendi etc.)
Ou seja: é preciso entender que todos os
usos seguem lógicas, não são desvios da nor- Ampliando o estudo, diga que o discurso
ma-padrão. A questão é que a norma oficial citado pode aparecer em qualquer texto, sen-
é a mais aceita e valorizada socialmente, daí do explicitado por outros mecanismos (como
precisarmos dominá-la. travessão, dois-pontos, marcas gráficas etc.),
ou que às vezes não apresenta nenhuma mar-
Esses estudos linguísticos foram feitos de ca explícita de mudança de voz.
forma isolada do estudo do gênero “anúncio
publicitário” por duas razões: Para estudar um exemplo de texto em que
há outras marcas da introdução de outras vo-
1. Consideramos que esses estudos inde- zes, você pode escolher um trecho de narrativa
pendem de qualquer produção textual com diálogos (de preferência em que o nar-
(oral ou escrita) específica, mas formam rador não seja personagem).
um conjunto de problemas frequentes
no uso da norma-padrão da língua. Separe com os alunos as vozes do trecho,
deixando claro quem diz cada coisa e se há ou
2. Eles foram colocados na Situação de não algum indicador linguístico para a mu-
Aprendizagem 4 como sequência da Si- dança de voz (travessões, dois-pontos, letras
tuação de Aprendizagem 3, em que foi em itálico ou outro tipo de diferença gráfica).
mencionado o Modo Indicativo. Observem ainda se nesse texto também ocor-
rem as formas de introdução do discurso do
Estudo da língua outro já anteriormente vistas.
Discursos direto, indireto e indireto livre Para sistematizar, você pode, nesse momen-
to, fazer a distinção entre os discursos direto e
Avançando nos estudos de intertextualida- indireto, explicando que o primeiro introduz a
de, vamos estudar novamente o discurso cita- fala literal de uma fonte (real ou ficcional) no
do. Mas agora vamos aprofundar conceitos de texto de um dado autor ou narrador; já o se-
discurso direto, indireto e indireto livre. gundo introduz a fala de outro por meio das
palavras do autor ou narrador (mesmo que o
Para iniciar, retome os mecanismos de discur- leitor saiba que aquelas palavras estejam sendo
so citado vistos na Situação de Aprendizagem 2. atribuídas a outra pessoa, real ou personagem).
45
Como exercício, oriente-os a transformar tam. Se possível, mostre uma cena clássica de
discursos diretos em indiretos e vice-versa; cinema (como a sequência do chuveiro do fil-
mas coloque as transformações feitas dentro me Psicose, de Alfred Hitchcock) e pergunte
de seus contextos originais. Ou seja, se é um aos alunos em que outros filmes já viram refe-
trecho de texto ficcional, proponha a reescri- rências àquela cena.
ta nesse contexto e leia uma ou outra versão,
para discutir a diferença. Faça o mesmo com Para finalizar a Situação, propomos algumas
textos não ficcionais e discuta a pertinência atividades com os principais temas estudados.
maior de uma ou outra opção.
A partir das análises e produções de
Avançando um pouco mais, selecione al- anúncios publicitários, escreva quais
gum trecho de discurso indireto livre, em que a são as características do gênero.
fusão de vozes é tão intensa que não sabemos Este é um momento de sistematização. As características vis-
mais quem está dizendo aquilo. Nesse caso, tas foram:
discuta com eles qual pode ser a intenção de tEJSFDJPOBNFOUPBVNQÞCMJDPBMWP
um autor ao fazer essa escolha. Destaque, in- tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPT DPSFT
QBMBWSBT
EJBHSBNBÎÍP
JNB-
dependentemente das análises que farão, que HFOTFUD
WPMUBEPTQBSBFTTFQÞCMJDP
esse mecanismo desperta o imaginário do lei- tTFMFÎÍPEFFMFNFOUPTPSJFOUBEBQBSBEFTQFSUBSPTTFOUJEPT
tor e que é bastante pertinente usá-lo quando PV EFTFKPT EP QÞCMJDP QPSUBOUP
IÈ NBJT TVHFTUÍP EP RVF
o objetivo do texto é esse. informação.
É interessante verificar se o estudo foi feito, para depois com-
Você pode, ainda, selecionar algum exem- provar a necessidade da sistematização da aprendizagem re-
plo de discurso citado em que não reconhece- alizada. Isso pode ser feito, por exemplo, repetindo-se o tipo
mos imediatamente a fonte, salvo se tivermos de jogo das conjugações propostas nas Atividades 6 a 8 de
consciência das fontes originais que o susten- “Estudo da língua”.
d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos?
Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos?
Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la.
46
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
d) Segundo sua opinião, qual seria o melhor caminho para saber conjugar esses verbos?
Decorá-los? Saber onde consultá-los se tiver dúvida de uso? Usar sinônimos?
Deixe que construam seus caminhos, mostrando a diversidade de possibilidades, caso eles não consigam formulá-la.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
SISTEMATIZAÇÃO
Nesta Situação de Aprendizagem será reali- dos nas semanas anteriores, para avaliar o nível
zada a sistematização dos conteúdos trabalha- de aprendizagem apresentado pelos alunos.
47
Roteiro para aplicação da Situação Apresente, então, um novo texto, em gênero
de Aprendizagem 5 de tipologia injuntiva que ainda não tenha sido
trabalhado (“regras de jogos”, por exemplo). Co-
Para fazer uma sistematização dos traços loque esse texto ao lado de outro, do livro didáti-
da tipologia “descrever ações”, peça aos alu- co, desenvolvido em outra tipologia (dissertativa,
nos que, em grupos, consultem seus cadernos por exemplo). Peça que analisem os dois e indi-
e façam um quadro com todas as característi- quem qual deles é organizado prescritivamente
cas dos textos injuntivos. Depois, promova a ou de forma injuntiva e por quê. As atividades a
socialização dos resultados. seguir procuram materializar essa proposta.
Toquinho O internetês
Em uma quadra com uma linha no meio, O internetês vem ocorrendo desde a difusão
dividem-se dois times com a mesma quanti- dos meios digitais de comunicação. Esse
dade de participantes. termo corresponde ao uso de expressões
Cada time escolhe um coveiro que fica atrás abreviadas, com grafias diferentes da oficial,
da linha da quadra do time adversário. gerando palavras novas, ou os ditos emoti-
Cada jogador deve posicionar um “toqui- cons, que geralmente aparecem associados a
nho” (um cilindro de aproximadamente 20 formas verbais, entre outras inovações.
cm) de madeira na sua frente e posicionar-se Muitas pessoas na sociedade são contra
em um lugar de seu campo. essa forma de manipulação do idioma: se-
Tiram a sorte para ver quem fica com a bola. gundo várias opiniões, o uso indiscriminado
O time que começa a partida arremessa a de palavras abreviadas e de outras inovações
bola e tenta derrubar um toquinho do time presentes no meio digital deforma a língua
oposto. Os jogadores atacantes podem se portuguesa, criando um estilo próprio de
movimentar em sua quadra; os defensores, comunicação, muito usado pelos jovens,
por sua vez, podem defender seu toquinho mas inadequado para muitos dos contextos
com qualquer parte do corpo. de uso.
Quando o primeiro toquinho de cada time Já outras pessoas acreditam que o inter-
for derrubado, seu dono troca de lugar com netês mostra um uso criativo do idioma,
o coveiro. Para os demais toquinhos derru- em uma associação entre formas usuais e
bados, não haverá mais troca de coveiro. formas novas derivadas, criando efeitos de
Ganha o jogo o time que derrubar todos os comunicação mais rápidos, econômicos e
toquinhos do time adversário. eficientes.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola
48
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
1. Qual dos dois textos pode ser classificado No caso das regras de jogos, é interessante
como um exemplo de texto injuntivo ou destacar que sua forma de prescrição, muitas
prescritivo? vezes, não vem expressa pelo Imperativo Di-
O texto que se refere ao jogo denominado Toquinho é pres- reto. Há uma descrição de situações previstas
critivo, pois indica as regras que devem ser seguidas ao se que, implicitamente, pressupõe-se que devam
jogar “toquinho”. ser seguidas. Muitas de suas frases, no en-
tanto, estabelecem uma verdade indiscutível:
2. Volte às características dos textos injun- “cada jogador deve...”, “os jogadores atacan-
tivos e prescritivos, organizadas na Ati- tes podem...”, “não haverá trocas de covei-
vidade 5 da seção “Leitura e análise de ros”, “ganha o jogo...”.
texto” da Situação de Aprendizagem 1.
Quais delas estão presentes no texto que Professor, para as atividades de produção
você escolheu? Dê exemplos do texto para escrita, leve em conta o seguinte:
comprovar sua resposta.
Observe como os alunos desenvolvem as características a) na Atividade 1, será preciso escolher um
apresentadas: texto que os alunos transformarão, de
tOFTTFTUJQPTEFUFYUPT
IÈSFHVMBÎÍPEFDPNQPSUBNFO- modo a torná-lo injuntivo ou prescriti-
UPT vo. Você pode, por exemplo, pegar uma
tVNUFYUPQSFTDSJUJWPPVJOKVOUJWPJOEJDBPRVFVNBQFT- notícia, reportagem ou outro texto infor-
soa deve fazer quando quer chegar a um dado resultado. mativo e pedir que os alunos escrevam
Atrás desse discurso parece haver alguém que conhece um “manual de leitura” ou um conjunto
uma dada realidade e sabe como um sujeito deve se con- de “sugestões para leitura”. No primeiro
EV[JSTFRVJTFSBUJOHJSPNFTNPSFTVMUBEP caso, o foco será prescritivo e no segundo,
t OP DBTP EPT UFYUPT JOKVOUJWPT
B PSJFOUBÎÍP B VN EBEP injuntivo. É importante que você discuta
DPNQPSUBNFOUPÏNBJTJNQMÓDJUBKÈOPTQSFTDSJUJWPT
IÈB com eles o que será escrito, em linhas ge-
UFOUBUJWBFYQMÓDJUBEFDPOUSPMFEPDPNQPSUBNFOUP rais, em um caso e no outro. Além disso,
tBQSFTDSJÎÍPPVJOKVOÎÍPFNVNUFYUPOÍPTFEÈBQFOBT dê atenção especial às marcas linguísti-
DPNFMFNFOUPTWFSCBJTIÈPVUSPTDPNQPOFOUFTOPTUFY- cas da produção de injunções;
tos que incentivam o leitor a ter certo comportamento.
Toda essa análise e discussão deve ser construída oralmente. b) e c) as duas propostas são de produção
de textos de opinião, a serem desenvolvi-
3. Onde há marcas de injunção ou prescrição das aqui apenas de forma introdutória.
no texto escolhido? Circule-as.
Dividem-se; escolhe; fica; deve; tiram; começa; tenta; Produção escrita
podem; troca; ganha. Verificar a pertinência de outras
respostas. 1. O professor indicará um texto do livro di-
dático para leitura. Após lê-lo, você deve:
4. Qual parece ser o objetivo central do tex-
to que você classificou como injuntivo ou f tirar suas dúvidas de vocabulário;
prescritivo? f discutir outras questões que possam ter
O objetivo é orientar, de forma prescritiva, como os jogado- dificultado seu entendimento;
res do “Toquinho” devem proceder. f escrever, no caderno, um pequeno texto
prescritivo ou injuntivo de acordo com
5. Qual parece ser o objetivo do outro texto? as orientações do professor. Lembre-se:
O objetivo é dar uma opinião sobre o chamado “internetês”. se tiver a intenção de orientar o com-
49
portamento de forma explícita, seu tex- tudo do Indicativo, você pode pedir duas
to será prescritivo. Se preferir escrever produções escritas. Uma que comece com
um texto em que a orientação é mais a pergunta: O que você acha da escolha do
sutil, será injuntivo; Brasil para sediar a Copa de 2014?, e outra,
f em seu texto, é fundamental que você que parta da seguinte sentença: O que pode
retome, de forma explícita, o texto ori- ser feito para aumentar o número de crianças
ginal, realizando um trabalho de inter- na escola?. Peça respostas curtas, de até cin-
textualidade com ele. co linhas cada uma. Depois, analise os usos
Os bullets 1 e 2 orientam o aluno a apresentar e discutir suas difi- do Indicativo, fazendo correções quanto à
culdades de entendimento do texto. Pode-se escolher qualquer norma-padrão que julgar necessárias. Então,
texto do livro didático que for atraente para estimular os alunos. analise com eles o caráter informativo do pri-
Além disso, o objetivo central é citar o texto na produção do meiro texto, em comparação com o segundo,
estudante, de forma explícita. No bullet 3, solicita-se a escrita de mais prescritivo. Destaque ainda que os dois
outro texto injuntivo ou prescritivo, com o objetivo de colocar usam o Modo Indicativo, mas com funções
em funcionamento as características tipológicas concomitan- diferentes.
temente ao desenvolvimento de habilidades de escrita. Outro
objetivo é manter a intertextualidade com um texto que será Para o estudo do Imperativo, proponha
apresentado aos alunos para a realização da escrita. uma análise com músicas. Selecione o reper-
tório ou peça aos alunos que tragam músicas
2. Escreva, no caderno, um texto com aproxi- gravadas, em que considerem haver usos do
madamente cinco linhas, com base no tema: Imperativo. A cada música tocada, um grupo
O que você acha da escolha do Brasil para se- faz uma análise, levando em conta o uso pa-
diar a Copa de 2014? drão e o uso coloquial.
A produção é opinativa e o objetivo é realizar um exercício
argumentativo. Não foram sistematizadas essas características, 1. Tendo como base o texto que você produ-
mas consideramos que essas habilidades devam ser contempla- ziu na Atividade 2 da seção “Produção es-
das em diferentes séries/anos. crita”, responda:
3. Escreva, no caderno, um texto com aproxi- a) Você classifica sua produção como um
madamente cinco linhas, a partir do tema: O exemplo de injunção ou prescrição? Por
que pode ser feito para aumentar o número de quê?
crianças nas escolas? Não, pois ela é feita de opinião.
A proposta é injuntiva e não está ligada a nenhum texto, a
princípio, mas pode ser muito enriquecedora a apresentação b) Qual é o objetivo principal desse texto?
de textos sobre o tema para leitura. O objetivo é que os alu- O objetivo desse texto é opinar sobre o tema dado.
nos façam um texto de orientação sobre o que deve ser feito
com base no tema proposto. c) Quanto à sua escolha verbal, você usou
verbos no Modo Indicativo? Circule-os.
Estudo da língua É preciso observar o texto, mas acreditamos que sim. O obje-
tivo é fazer uma retomada do uso desse modo verbal.
Sistematização dos Modos Indicativo e
Imperativo d) Quais deles expressam ações no presente,
no passado ou no futuro? Sublinhe-os.
Nos aspectos gramaticais, sistematize os Tendo como pressuposto que haja usos do Modo Indicativo, o
Modos Indicativo e Imperativo. Para o es- objetivo é fazer uma retomada dos tempos desse modo verbal.
50
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
e) No contexto dessa produção, você Observar as respostas, mas acreditamos que sim, pois é uma
deve ou não usar a norma-padrão da resposta escolar formal.
língua portuguesa? Explique sua opi-
nião. As atividades de competência de comuni-
Sim, pois é uma resposta escolar formal. cação oral retomarão as características da ti-
pologia “descrever ações” e alguns elementos
2. Tendo como base o texto que você produ- dos anúncios publicitários.
ziu na Atividade 3 da seção “Produção es-
crita”, responda:
Oralidade
a) Você classifica sua produção como um
exemplo de injunção ou prescrição? Por 1. Reúnam-se em pequenos grupos. Vocês de-
quê? vem discutir, sem consultar o Caderno do
Sim, pois diz o que deve ser feito, de forma explícita ou sugerida. Aluno ou outras anotações, e recapitular
todas as características que aprenderam
b) Há usos de Modo Imperativo em seu sobre os textos usados para orientar com-
texto? Circule-os. portamentos. Para tanto, tomem como re-
Acreditamos que sim, pois a proposta induz, situacionalmen- ferência a seguinte pergunta: O que há em
te, a esse uso. comum entre todos os textos prescritivos e
injuntivos?
c) Há outros usos verbais que também
exercem a função de orientar o compor- 2. Ainda em grupos, vocês devem discutir,
tamento de alguém? Circule-os. sem consultar o Caderno do Aluno ou ou-
É preciso observar o texto. O objetivo é perceber que não tras anotações, e recapitular todas as ca-
apenas as formas imperativas indicam orientação de com- racterísticas que aprenderam sobre anún-
portamento. Os outros modos também podem funcionar cios publicitários. Para tanto, tomem como
DPNFTTFmNUVEPEFQFOEFEBJOUFOÎÍPDPNVOJDBUJWB referência a seguinte pergunta: O que há
em comum entre todos os anúncios publi-
d) Há usos de outras expressões, não ver- citários?
bais, que exercem a mesma função? Su- É solicitado aos alunos que recapitulem e sistematizem o
blinhe-as. que aprenderam sobre textos injuntivos e prescritivos e o
Novamente, é preciso observar o texto. O objetivo é destacar gênero “anúncio publicitário”. Use a atividade como for-
que outros termos podem auxiliar na construção dessa inten- ma de observação da aprendizagem e para fazer as inter-
cionalidade prescritiva ou injuntiva. venções necessárias.
e) Se você usou o Modo Imperativo, ele Para finalizar, apresentamos uma série
está de acordo com as regras da gramá- de atividades que retomam temas estuda-
tica normativa? Explique. dos desde a Situação de Aprendizagem 1 até
Deve-se observar a variedade empregada e se ela foi usada agora.
de forma regular do início ao fim do texto. Discutir ainda se o
contexto permite as opções coloquial e padrão. 1. A partir das discussões estabele-
cidas por seu grupo sobre o gênero
f) No contexto dessa produção, você deve “anúncio publicitário” explique,
ou não usar a norma-padrão da língua com suas palavras, as características discu-
portuguesa? Explique sua opinião. tidas. Use o quadro a seguir.
51
Primeira característica Direcionamento a um público-alvo.
52
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
3. No caderno, faça os exercícios sobre 2. Esse texto pode ser considerado injuntivo,
Modo Imperativo e Modo Subjuntivo, do pois:
livro didático ou de outra fonte, indicados
pelo professor. a) faz uma série de pedidos ao satélite.
Indique atividades sobre Modo Imperativo e Modo Subjunti-
vo, do livro didático ou de outra fonte, que julgar necessárias b) informa que a conexão pode cair.
para complementação do estudo.
c) relaciona trabalho com internet.
O texto a seguir serve como base
para a avaliação dos conteúdos e d) faz uma brincadeira com um texto bíblico.
habilidades enunciados neste volu-
me. São três questões de múltipla escolha e e) usa termos da língua inglesa.
duas dissertativas.
3. Esse texto pode ser considerado intertex-
tual, pois:
53
5. Esse texto realiza uma intertextualidade tendo sua estrutura em cada verso, mas mudando as palavras.
com qual texto? Justifique sua resposta.
Espera-se que o aluno indique a oração do “Pai-nosso” e seja Exercícios complementares
capaz de explicar, com pelo menos um exemplo do texto,
que a oração do internauta reescreve a oração cristã, man- 1. Observe a imagem e leia o texto a seguir.
© Salomon Cytrynowicz/Pulsar Imagens
A menina Verônica de Jesus Brandão, 12, é a mais velha de uma família de cinco filhos. Mora com
os pais a 12 quilômetros de Serrinha, mas vai à escola todos os dias graças a um ônibus da prefeitura
da cidade. Ela está na quarta série.
Nem sempre sua vida foi assim. Aos nove anos, Verônica trabalhava para ajudar a família. Tecia
tranças de sisal ou de palha para fazer chapéus. Às vezes, ela voltava para casa com as mãos cortadas
e com apenas R$ 3,00 no bolso a cada semana.
Nem por isso deixou de gostar de brincar. É fã de Sandy & Junior, que vê de vez em quando na TV,
e gosta de matemática. Seu sonho: ser professora ou gerente de banco.
54
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Se for conveniente, o professor pode usar não aguenta mais sua forma um pouco “ir-
os seguintes recursos para aprofundar o as- responsável” de ser. Eles se separam e Daniel,
sunto da aula. para não deixar de ver os filhos, acaba tornan-
do-se babá das crianças.
Filme
Seria interessante discutir com os alunos
Uma babá quase perfeita (Mrs. Doubtfire) como o protagonista faz para unir “lúdico” e
Direção: Chris Columbus. EUA, 1993. 126 min. “trabalho” no filme. Eles poderiam produzir
Daniel Hillard (Robin Williams) é um homem um texto prescritivo a partir dessa análise. Por
sonhador; sua esposa, Miranda (Sally Field), exemplo: “Como unir diversão e trabalho?”.
55
Livros PLACCO, Vera; SOUZA, Vera. Aprendiza-
gem do adulto professor. São Paulo: Loyola,
BALTAR, Marcos. Competência discursiva e 2006.
gêneros textuais. São Paulo: Edusc, 2006.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
PRODUZINDO UM TEXTO PRESCRITIVO
Conteúdos e temas: interpretação de texto prescritivo; análise da coerência de texto prescritivo em si-
tuação de comunicação; coerência textual em texto prescritivo; retomada de características da tipologia
“descrever ações”; Modo Imperativo e variedades linguísticas.
Sugestão de estratégias: aula baseada nos conhecimentos prévios do aluno, com direcionamento do
professor; aproximação dos conteúdos com a realidade do aluno.
56
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Discussão oral
1. Converse com um colega a respeito do que vocês já aprenderam sobre textos prescritivos,
sem consultar os materiais:
Folheto distribuído em ato público na calourada 2002 das turmas de medicina, enfermagem e fonoaudio-
logia da Unicamp.
2. Coloque a área queimada sob a água corrente (torneira, mangueira). Isso irá resfriar o local, limpar
e aliviar a dor.
4. Não coloque gelo, pasta de dente, clara de ovo ou qualquer outra coisa sobre a queimadura. Isso
pode prejudicar muito a vítima, além de dificultar o trabalho médico.
ABAURRE, Maria Luíza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 116.
57
Vamos sugerir um quadro de características ticas prescritivas; presença de marcas prescritivas
da tipologia “descrever ações”, com a análise do não verbais.
folheto que acabaram de ler: de caráter prescriti-
vo e regulação de comportamentos; prescrição 1. Analise o texto, encontrando nele caracte-
(da ordem à súplica); presença de marcas linguís- rísticas prescritivas, e anote-as a seguir.
Situação A
A questão é que muitas pessoas passam por ali todos os dias; muitas são simples, com pouca esco-
laridade, e sentem dificuldade em orientar-se dentro do espaço.
58
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Uma proposta de solução do problema foi a seguinte: criar, ao final de cada corredor, um grande
cartaz em que estivessem escritas instruções como “Atendimento XX, salas 12, 13, 14 ou 15”.
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.
a) Onde, normalmente, encontramos esse d) Por que algumas partes do texto estão
tipo de texto? com letra maiúscula?
São textos que aparecem, normalmente, no verso das emba- É importante que os alunos percebam que os recursos grá-
lagens de produtos tóxicos, como os de limpeza. ficos também possuem sentido. As partes escritas com letra
maiúscula significam que aquelas orientações são ainda mais
b) Há algum termo (ou palavra) cujo signi- importantes do que as outras, merecendo destaque maior.
ficado você não conhece? Qual?
Talvez os alunos não saibam o significado do termo “mucosa”. Na sequência, a partir da discussão temá-
Em caso de dúvida, oriente-os a procurar a palavra no dicionário. tica, será solicitada a produção de um texto
prescritivo.
c) Você considera o texto prescritivo? Por
quê? Oralidade
Sim, pois o texto apresenta, basicamente, orientações
sobre como as pessoas devem se comportar para prever Proponha aos alunos uma discussão do se-
acidentes com o uso do produto. Ressalte a presença dos guinte tema: A convivência escolar. Para tan-
verbos imperativos. to, deverão responder, oralmente, a algumas
59
perguntas: Pense, com os alunos, em algum aspecto da
convivência escolar que exige regras para seu
f Qual aspecto da convivência escolar, neste bom andamento. Depois, definam que proce-
momento, está causando problemas para a dimentos devem ser seguidos por todos para
aprendizagem? que haja mais harmonia.
Os alunos deverão discutir sobre alguns problemas relacio-
nados à convivência escolar, apontando situações que po- Em seguida, peça que façam uma segunda
dem atrapalhar a aprendizagem. Como exemplo, os alunos versão dos textos, se necessário.
podem citar: conversas durante explicações, discussões entre
colegas, falta de respeito entre os colegas no momento de Produção escrita
entrar na sala de aula ou dela sair etc.
1. Tendo como base a discussão sobre convivên-
f Quais são os problemas? cia escolar, você deverá escrever um pequeno
Devem ser definidos os tipos de problema, de forma clara. texto prescritivo, registrando os procedimen-
Você deve evitar que os alunos façam acusações pessoais e tos necessários para melhorar a situação.
propor que se concentrem nas formas que as situações que
atrapalham a aprendizagem assumem. O texto deverá ter a seguinte estrutura:
60
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
61
........................ as folhas, para que pos- f) Lembrando o que já aprenderam sobre
sam organizá-las; textos prescritivos, que palavras seriam
........................ com eles os pontos que essas que estão faltando no texto?
devem ser analisados; Verbos no Modo Imperativo.
........................ um tempo, para que pos-
sam observar as planilhas; g) O que essas palavras acrescentariam ao
........................ a discussão, para que to- sentido geral do texto?
dos possam colocar suas observações. O que deve ser feito pelos colaboradores.
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar Conforme os alunos forem levantando hi-
especialmente para o São Paulo faz escola. póteses, acolha-as e oriente-os dizendo que as
palavras ausentes sinalizam procedimentos que
cada pessoa presente na reunião e que coman-
Em seguida, peça aos alunos que reflitam da um grupo de trabalho deve passar para seus
sobre a situação de comunicação em que o subordinados. As lacunas sinalizam os verbos
texto foi produzido. Em um primeiro momen- que devem orientar as ações das pessoas. Além
to, é importante que eles levantem hipóteses disso, pela situação, entende-se que os verbos
para a resolução do problema apresentado. em questão estejam no Modo Imperativo.
Para isso, faça perguntas como:
3. Preencha as lacunas do texto. Opte pela
a) O que está acontecendo? norma-padrão ou coloquial da língua e
Alguém está dando instruções para um grupo de trabalho. justifique sua escolha.
1. Bom dia, pessoal!
b) Quem está falando com quem? 2. Inicialmente, vamos recapitular os passos para a execução
Provavelmente, um chefe com seus colaboradores. dos trabalhos.
3. Coloquem as planilhas sobre a mesa.
c) Como você sabe? 4. Orientem seus grupos para a ordem das folhas de cada
Pela natureza do texto percebe-se que uma pessoa está no planilha.
comando e indica para as demais o que deve ser feito. 5. Distribuam as folhas, para que possam organizá-las.
6. Recapitulem com eles os pontos que devem ser analisados.
d) Do que essa pessoa parece estar falando? 7. Deem um tempo, para que possam observar as planilhas.
Etapas que devem ser cumpridas para a realização de um 8. Iniciem a discussão, para que todos possam colocar suas
trabalho. As pessoas que estão ouvindo vão repassar orienta- observações.
ções para seus grupos. É possível, em uma situação de comunicação oral, o falante
optar pela variedade não padrão no uso do Imperativo. Obser-
e) Por que ela precisa se comunicar dessa ve, no entanto, se o aluno não oscila entre as duas variedades.
maneira?
"JEFJBÏQBTTBSJOTUSVÎÜFTFOUÍPBQFTTPBRVFGBMBEJ[
JUFN
por item, o que deve ser feito.
Para você, professor!
O objetivo dessas atividades de coesão é
Oriente os alunos na discussão, analisando promover uma reflexão sobre os efeitos de
a situação de comunicação prevista pelo tex- sentido de nossas escolhas linguísticas. Des-
to. Faça-os perceber que há uma fala inicial, se modo, oriente os alunos a prestar atenção
na qual se identifica que alguém dá instruções na relação que existe entre cada termo e seu
de trabalho para um grupo. contexto de uso.
62
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar 4. Anote os exercícios sobre Modo Imperati-
especialmente para o São Paulo faz escola. vo, do livro didático ou de outra fonte, indi-
cados pelo professor. Faça-os no caderno.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
CRIANDO UMA CAMPANHA PUBLICITÁRIA
63
Competências e habilidades: produzir uma campanha publicitária; inferir características de anúncios publici-
tários; comparar anúncios publicitários; analisar anúncios publicitários produzidos em diferentes suportes.
Sugestão de recursos: televisão e projeção audiovisual; livro didático; rádio; Caderno do Professor.
64
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Texto A
ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice
(Coord.). Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12.
65
3. Observe este outro anúncio:
Texto B
ABAURRE, Maria Luiza Marques. A vida em uma sociedade letrada. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 117.
66
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Do segundo anúncio, você pode destacar: Feitas as análises, pergunte aos alunos
sobre a função dos dois anúncios. É a mes-
f o público-alvo: qualquer pessoa que possa ma? Estimule-os a perceber que não. O pri-
doar órgãos ou tecidos; meiro anúncio quer vender uma marca e
f a presença de elementos voltados ao públi- seus produtos. Já o segundo deseja conven-
co: mãos, modo verbal que inclui o leitor cer o público da importância de uma cam-
(forma verbal “doe”, pronome “você”); panha de interesse social, ligada à doação
f o caráter sugestivo: a imagem das mãos de órgãos.
duplas como placa de trânsito, reforçada
pelo trecho “Transplante de órgãos. Essa 5. Os dois textos são anúncios publicitários.
via tem duas mãos.”; Podemos dizer, no entanto, que apresen-
f os usos verbais típicos do gênero: uso do tam a mesma função? Justifique sua res-
Modo Imperativo. posta.
Não. Um busca convencer um público consumidor, desper-
Em seguida, solicite que apontem di- UBOEPPEFTFKPQFMPQSPEVUPPPVUSPCVTDBDPOWFODFSEPB-
ferenças entre os dois anúncios. De forma dores, apelando para a solidariedade humana.
imediata, devem destacar a quantidade de
palavras muito maior no segundo. Tendo 6. Qual é a função do Texto A?
essa observação como referência, peça que Divulgar uma marca e estimular a venda de seus produtos.
formulem uma hipótese que explique a ra-
zão dessa quantidade maior de palavras no 7. Qual é a função do Texto B?
segundo anúncio. Divulgar uma campanha de doação de órgãos.
O primeiro anúncio, de caráter mais suges- Como complementação, você pode apre-
tivo, estimula o leitor a querer comer as sobre- sentar mais anúncios ou pedir aos alunos que
mesas. Seu estímulo concentra-se na imagem da pesquisem outros para levar para a sala de
maçã, na tipologia mais arredondada do nome aula. Nesse caso, o critério de seleção será en-
da marca e do próprio termo “Docemel”, fu- contrar anúncios que funcionem com um dos
são de dois vocábulos associados a doces. seguintes objetivos:
67
f divulgar uma campanha de interesse público.
É possível concluir que a publicidade pode
estar a serviço de diferentes fins: ser usada Novamente, observando os dois anúncios
para a venda de um produto ou de um servi- que serviram de base para a reflexão anterior,
ço, para a divulgação de uma marca ou como destaque agora apenas a persuasão presente
campanha de interesse público. nas palavras. Primeiro, peça aos alunos que
encontrem os verbos no Modo Imperativo.
É importante que os alunos observem que Eles os encontrarão apenas no segundo texto,
os traços característicos típicos dos anúncios em “Doe seus órgãos”.
publicitários estão presentes em todos esses
textos, mas eles podem ser organizados para Depois, solicite que, separando os trechos
cumprir diferentes funções sociais. verbais dos textos, analisem como eles procu-
ram convencer o leitor a fazer alguma coisa.
9. Com base nos exercícios feitos e nas explicações do professor, sintetize os novos traços do gêne-
ro “anúncio publicitário” apresentados nesta Situação de Aprendizagem.
Traços Comentários
68
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
69
mais detalhamentos. Todos esses elementos devem ser ob- publicitário. Para tanto, sigam os passos
servados em funcionamento no texto. indicados.
Passo 4 Passo 5
Produzir um esboço do anúncio a partir das Analisar os esboços: tendo em vista as ca-
opções feitas: após todas as discussões, cada gru- racterísticas do gênero “anúncio publicitário”
po deverá produzir um esboço de seu anúncio. (as que foram revistas e as novas, apresentadas
Comente com os alunos que não se trata ainda nesta Situação de Aprendizagem), solicite a to-
do resultado final, mas, sim, de uma base para dos os grupos que exponham seus esboços para
um comentário do que está adequado ou não. que a classe possa comentar os trabalhos.
70
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Questionário
71
3. O que é voz ativa? Dê um exemplo.
Expressa-se quando o sujeito pratica a ação. Exemplo: Ela salvou a vida do colega.
5. A voz passiva pode se apresentar de dois jeitos. Diga quais são e dê um exemplo de cada um.
Na forma sintética ou analítica. Exemplo da forma sintética: Alugam-se casas (neste caso, o pronome “se” é partícula apassiva-
dora e o sujeito é “casas”, por isso o verbo está no plural). Exemplo de forma analítica: Casas são alugadas por banhistas (neste
caso, o sujeito está, normalmente, antes do verbo e a concordância não costuma apresentar dúvidas. Temos também, em geral,
a presença do agente da passiva, o que não ocorre na forma sintética).
7. Observe um parágrafo que você tenha escrito e retire um exemplo de voz ativa, passiva e reflexiva.
O aluno deverá refletir sobre seus próprios usos de vozes verbais.
72
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
“De um lado, pessoas que necessitam de um transplan- O texto divide as pessoas em dois grupos: as que preci-
te para ter a chance de continuar a viver. Do outro, sam de ajuda e as que podem ajudar. Essa ideia é refor-
pessoas que podiam colaborar com o fim desta agonia çada pelos termos “chance”, de um lado, e “agonia”,
de outro.
deixando clara sua intenção em doar seus órgãos.”
“Doe seus órgãos. Você Persuasão direta pelo Imperativo. Procura convencer
também por afirmar que o leitor pode estar em qual-
nunca sabe de que lado quer dos lados. A dúvida é a grande estratégia, reforça-
pode estar.” da pelo advérbio “nunca”.
“Transplante de órgãos. Essa Novamente o texto reitera que o leitor pode estar do
via tem duas mãos.” lado de quem precisa ou de quem ajuda.
2. Conforme orientações do seu professor, O aluno deve selecionar um anúncio que divulgue uma mar-
procure em jornais, revistas, na internet ca, sem a preocupação de vender um produto ou um anún-
ou no livro didático anúncios publicitários cio de campanha de interesse público.
para levar para a classe:
b) Indique uma semelhança entre os três
a) Selecione: anúncios.
Qualquer característica do gênero “anúncio publicitário” em
f Um anúncio de venda de produto (indi- funcionamento nos textos.
que o produto anunciado).
O aluno deve selecionar um anúncio de venda de produto. c) Escolha dois e aponte uma diferença.
3FTQPTUBQFTTPBMQPSUBOUP
EFQFOEFEPTBOÞODJPTRVFPBMV-
f Um anúncio de prestação de serviço (in- no selecionar. Ele organizará palavras ou imagens de acordo
dique o serviço anunciado). com o público-alvo e o que o anúncio propõe (vender pro-
O aluno deve selecionar um anúncio de prestação de duto, divulgar marca etc.). Se o anúncio for de venda, o léxico
serviço. será o da área mercadológica. Se for de campanha, as pala-
vras e imagens apelarão para o senso de ética, solidariedade.
f Um anúncio para divulgar uma mar-
ca (indique a marca divulgada) ou um d) Escolha um e explique um uso conotati-
anúncio para divulgar uma campanha vo da linguagem presente no texto.
de interesse público (indique o interes- Observar a pertinência da resposta, a partir do conceito de “lin-
se público divulgado). guagem conotativa”. Se necessário, revise-o antes da atividade.
73
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
OS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E SUAS INTENÇÕES
Esta Situação de Aprendizagem desenvol- aplicar o conceito de intencionalidade; e, por
verá três objetivos principais: reforçar a com- fim, fazer que os alunos produzam um anún-
preensão do caráter persuasivo dos anúncios cio publicitário com base no conceito de in-
publicitários; levar os alunos a compreender e tencionalidade.
Sugestão de recursos: livro didático; Caderno do Professor; rádio; multimídia para exibição de anún-
cios publicitários televisivos e radiofônicos.
Sugestão de avaliação: produção de anúncio publicitário com base em uma intencionalidade prede-
terminada; análise do caráter persuasivo do texto publicitário; comparação do nível de persuasão em
narrativa e em texto publicitário.
Texto A
No dia em que, vestida como um garoto, ela apareceu na frente de Pedro Bala, o menino começou
a rir. Chegou a rolar no chão de tanto rir. Por fim, conseguiu dizer:
– Tu tá gozada...
Ela ficou triste e Pedro Bala parou de rir.
74
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
– Não tá direito que vocês me dê de comer todo dia. Agora eu tomo parte no que vocês fizer.
O assombro dele não teve limites.
– Tu quer dizer...
Ela olhava calma, esperando que ele concluísse a frase.
– ... que vai andar com a gente pela rua, batendo coisas...
– Isso mesmo – sua voz estava cheia de resolução.
– Tu endoidou...
– Não sei por quê.
– Tu não tá vendo que tu não pode? Que isso não é coisa pra menina? Isso é coisa pra homem.
– Como se vocês fosse tudo uns homão. É tudo uns menino.
AMADO, Jorge. Capitães da areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Grapiúna Produções/Copyrights Consultoria. Rio
de Janeiro.
Texto B
LOUZADA, Maria Silvia Olivi. Defendendo ideias e pontos de vista. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 130.
75
a) Qual dos dois textos pode ser classificado f esse texto publicitário conversa diretamente
como anúncio publicitário? Explique. com o leitor, procurando convencê-lo a parti-
O Texto B. É preciso indicar ao menos uma característica do cipar, da forma mais cooperativa possível, do
gênero. cadastramento que será feito pela Prefeitura
de Araraquara e pelo governo federal;
Nesse momento, espera-se que eles sejam ca- f a cooperação é estimulada, pois, da parte dos
pazes de recuperar algumas características dos órgãos públicos, que demonstram interesse
anúncios e analisá-las dentro do texto. Não acre- pela saúde do cidadão; indicam, ainda, de
ditamos que seja necessário reconhecer todas as forma explícita, que, se o cidadão colaborar
características nesta atividade. com o cadastramento, seu atendimento pelo
SUS será melhor e mais ágil.
A atividade a seguir permitirá esse resgate de
características, por meio da análise de textos. e) A que tipologia o Texto A pertence: In-
formativa ou narrativa? Explique sua
b) Qual deles parece querer convencer o resposta.
leitor? Por quê? Do que quer convencer? Tipologia narrativa. O aluno deve extrair do texto ao menos uma
O Texto B, pois se dirige diretamente ao leitor. Procura conven- característica desse agrupamento tipológico (é uma narrativa,
cê-lo a participar, da forma mais cooperativa possível, do ca- portanto o texto conta uma história de ficção por meio da com-
dastramento que será feito pela Prefeitura de Araraquara e pelo binação de cinco elementos: foco narrativo, enredo, persona-
governo federal. gens, tempo e espaço). Nesse sentido, embora as personagens
procurem convencer uma à outra, não dialogam de forma dire-
c) Como podemos observar essa persua- UBDPNPMFJUPSUSBUBTFEFVNBIJTUØSJBmDDJPOBM
DPOUBEBQFMP
são na parte verbal? narrador, uma voz também construída.
Essa persuasão explícita está marcada linguisticamente por
meio do uso de verbos no Imperativo (“receba”, “tenha”, “facili- f) Após os comentários sobre a forma de
te”), advérbios que reforçam as ações (“receba bem”, “também persuadir do Texto A, explique o que
pode precisar”) e pronomes (“sua saúde”, “em sua casa”, “seu compreendeu.
cadastramento” e “você”). O fragmento analisado apresenta um diálogo entre dois seres
inventados que procuram convencer um ao outro de seus pon-
d) Como podemos observar essa persua- tos de vista. Como a história é inventada, bem como suas perso-
são nas imagens? nagens e demais elementos envolvidos, não podemos falar que
Um sol “sorrindo”, indicando uma ideia positiva associada ao essa persuasão é dirigida de forma explícita ao leitor.
QSPHSBNB i.PSBEB EB $JEBEBOJBw iNÍPw TFHVSBOEP P DBSUÍP A maneira de falar das personagens, usando uma variedade lin-
EP464PSFTVMUBEPRVFBQFTTPBWBJPCUFSTFSFBMJ[BSBTVBQBSUF guística coloquial, e seus atos e outras marcas narrativas podem
no cadastramento. O cartão assemelha-se aos cartões de crédi- ser compreendidos como uma forma de construir uma história
to ou de banco, instrumentos associados à ideia de agilidade e inventada que pareça coerente. Nesse sentido, pode-se dizer
segurança para o usuário. que essas escolhas revelam certo nível de persuasão, uma tenta-
tiva de apresentar ao leitor um texto que lhe pareça crível. Mas
Eles devem reconhecer essa intenção no Tex- é um tipo de persuasão bem diferente da apresentada no tex-
to B. Esse reconhecimento deverá ser feito por to publicitário. No caso da narrativa analisada, as personagens,
eles e com a sua ajuda, pela análise de elemen- como vimos, estão discutindo pontos de vista, uma tentando
tos do anúncio que comprovam esse raciocínio. fazer a outra mudar de opinião. No entanto, diferentemente da
propaganda, esse texto não procura persuadir o leitor, de forma
Nesse sentido, você pode destacar em rela- direta, de nenhum dos pontos de vista apresentados. O leitor, no
ção a esse texto: decorrer da leitura, pensará no que foi dito, observará a sequên-
76
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
cia dos fatos e, se quiser, poderá comparar o que as personagens se constrói apenas com palavras, mas, sim,
vivem com situações que vivemos no mundo real. com todo tipo de escolha feita dentro do
texto (palavras, imagens, cores etc.).
g) Após as correções do professor, corrija
suas anotações, se necessário.
O aluno deve rever as anotações e reformular explicações que O caráter persuasivo de um texto terá estrei-
considerar erradas ou pouco claras. O objetivo é rever as pró- ta relação com as intencionalidades de seu au-
prias anotações. tor, o que será apresentado e aprofundado nas
próximas atividades.
ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 12.
77
a) Qual parece ser a intenção do anúncio fontes, como o livro didático, jornais, revistas,
Docemel? televisão, rádio etc.
Despertar no consumidor a vontade de comer as sobremesas
produzidas pela marca. Se considerar pertinente, reforce essa análise
com outras. Recorde outras análises feitas, com-
b) Como essa intenção aparece na parte pare outros anúncios, compare ainda anúncios
verbal? e textos produzidos em outros gêneros.
Pelo processo explícito (na sequência de palavras e na
pontuação) de associação entre doce, mel e a marca Do- Você pode, também, desenvolvendo habili-
cemel. Observar a pertinência de outras análises feitas pe- dades de oralidade e escuta, gravar alguns anún-
los alunos. cios de rádio ou de televisão e analisar com os
alunos o poder de persuasão de cada um.
c) Como essa intenção aparece no traba-
lho visual? Na sequência, a questão da intencionali-
Pela imagem atrativa da maçã e pelo trabalho gráfico com a dade será abordada em anúncios produzidos
letra, também sugerindo uma forma mais “suculenta”. Ob- para rádio e TV.
servar a pertinência de outras análises feitas pelos alunos.
78
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
a) Qual parece ser a intenção do anúncio? Nesse sentido, sua experiência, os materiais
que produz, as aulas que prepara e também o
b) Em sua opinião, quais são as caracterís- livro didático servem como base para orientar
ticas próprias de um anúncio televisivo? seu trabalho. O que vamos sugerir são ativida-
des produzidas a partir dos textos vistos nesta
c) Qual dessas características mais se des- Situação de Aprendizagem, introduzindo es-
taca? ses temas gramaticais de forma articulada ao
b) e c). Para a televisão, destaque: que já está sendo estudado.
tBUSJMIBTPOPSB
tBFTDPMIBEBTJNBHFOT 1. Tendo como base o anúncio publicitário
tPUFYUPWFSCBM Docemel, responda:
tPUSBCBMIPDPNBTDPSFT
tBGVTÍPEFTTFTFMFNFOUPTFNDBEBDFOB a) Há algum trabalho de sonoridade no
tBQSFTFOÎBPVOÍPEFMPDVUPS texto? Qual?
A combinação de doce, mel (sonoridades apoiada na vogal
Produção escrita “e”) e a criação sonora docemel.
79
Professor, sugerimos: são recursos linguísticos que tornam as rem. Depois, analise, coletivamente, a perti-
mensagens mais expressivas, apresentando-se como um tra- nência das respostas dadas.
balho mais criativo com a linguagem.
8. O professor indicará alguns textos para
5. Entre as figuras de linguagem, há uma que estudo, entre eles anúncios publicitários.
se chama metáfora. O professor dará expli- Aponte a presença de metáforas em cada
cações sobre ela. Anote o que compreendeu. um. Faça essa atividade no caderno.
Você pode destacar que metáfora é um tipo de uso figu-
rado da linguagem, que consiste em usar um termo ou Se achar pertinente, destaque outras figu-
expressão em um sentido que não lhe é comum. Além dis- ras de linguagem encontradas nos anúncios.
so, o novo sentido adquirido foi o resultado da relação de Para tanto, você pode solicitar que localizem
semelhança que se criou entre esse termo e outro, de tal todos os usos diferentes de linguagem nos
forma que as características do segundo passam a ser incor- anúncios analisados. Depois, faça um qua-
poradas, total ou parcialmente, ao primeiro termo. dro, como o que será sugerido a seguir. Nele,
indique qual é o termo, a estranheza do uso
6. Confira com o professor e veja se é preciso e que tipo de figura deve ser essa, de acordo
alterar suas anotações. com as explicações do livro didático ou de
A definir, de acordo com a resposta de cada um dos alunos. uma gramática.
7. Você considera que o uso conotativo indi- Para tanto, será necessário que, no mo-
cado no Exercício 1, item b, desta seção, é mento de realização da atividade, os alunos
uma metáfora? Explique. estejam com o livro ou a gramática normativa
Depende da análise. Se considerarmos que o termo criado em mãos.
assumiu as características das duas palavras que lhe dão base,
podemos dizer que sim. Se, por outro lado, pensarmos que 9. Para a ampliação dos estudos de figuras
os termos foram usados em seu sentido comum, não. de linguagem, o professor construirá um
quadro com algumas figuras. Copie-o no
Selecione outros anúncios ou peça aos caderno.
alunos que os pesquisem em casa, em revis-
tas, e os tragam para a aula. Você pode divi- 10. O professor indicará quatro textos para
di-los, inicialmente, em grupos, e pedir que análise das figuras de linguagem. Com base
encontrem metáforas nos anúncios, se existi- nos textos, preencha o quadro a seguir.
O aluno deve apenas copiar o termo O aluno deve propor uma interpretação
ou a expressão conotativa nesta coluna. para o uso conotativo, levando em conta Você pode ver esta coluna como uma forma
Espera-se que o texto seja de gênero di- o sentido do texto e seu gênero. Você de observar o momento da aprendizagem do
ferente dos outros três. É um bom mo- pode selecionar gêneros já vistos, nesta aluno e, a partir do que ele devolver, fazer as
mento para a inclusão de textos literários. série/ano ou nas anteriores. intervenções necessárias.
80
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
É importante que os alunos não fiquem com riamente, nos textos que têm como função co-
a ideia de que as metáforas, como outras figuras, municativa mexer com o imaginário do leitor.
estão presentes apenas em anúncios publicitários.
Para tanto, selecione outros textos do livro didáti- Finalizando esta Situação de Aprendiza-
co, de outros gêneros, que apresentem metáforas. gem, propomos mais uma atividade de estu-
do de intertextualidade e sugerimos que você
Antes de analisar, separe os textos por selecione os conteúdos de figuras de lingua-
gêneros para que os alunos já comecem a per- gem que achar relevantes.
ceber que as figuras podem estar presentes
em diversos textos. Analise cada uma delas e, 1. Observe o anúncio publicitário a
então, sistematize que elas aparecem, priorita- seguir:
ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16.
a) Qual parece ser a intenção do anúncio imperativa associa-se a ideia de “boa viagem”, composta, em
da empresa Lane? conjunto, com os conceitos de velocidade e amplitude, de-
A intenção do anúncio é despertar no consumidor a vontade senvolvidos pelas imagens.
de viajar de avião, por meio da empresa de aviação.
c) Como essa intenção aparece no traba-
b) Como essa intenção aparece na parte lho visual?
verbal? Para construir esse desejo, o texto mostra a imagem de um
Do ponto de vista verbal, a intenção se expressa no trecho globo terrestre, sugerindo que o leitor pode conhecer o
“Voe Lane e boa viagem”. Há o Imperativo, explicitando a mundo por meio da empresa. Há ainda a ideia de velocidade,
intenção de convencer o consumidor a voar. A essa forma sugerida pela sobreposição das sombras de aviões.
81
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9
ANALISANDO A LINGUAGEM VERBAL DE ANÚNCIOS
PUBLICITÁRIOS E DE TEXTOS PRESCRITIVOS E INJUNTIVOS
Nesta Situação de Aprendizagem, o foco que os alunos entendam este estudo como uma
serão alguns conceitos sintáticos estudados, continuidade natural do que já foi estudado nas
prioritariamente, em textos prescritivos, injunti- Situações anteriores, sendo apenas uma aborda-
vos e anúncios publicitários. O objetivo é fazer gem mais voltada para os aspectos linguísticos.
Conteúdos e temas: conceitos de frase, oração e período; análise de frases e orações em textos prescri-
tivos e injuntivos, bem como construídos em outras tipologias; períodos simples e composto; conceito
de sujeito; tipos de sujeito e seus efeitos dentro dos textos.
Competências e habilidades: inferir os conceitos de frase, oração e período e sujeito partindo do conhe-
cimento prévio do aluno; analisar construções oracionais e frasais em diferentes anúncios publicitários
e em manchetes jornalísticas; refletir sobre suas produções textuais, a partir de seus usos linguísticos
(especificamente, nessa situação, suas construções frasais, oracionais e de períodos).
Sugestão de estratégias: sondagem inicial a partir do repertório prévio do aluno; comparação entre
anúncios publicitários; análise de conteúdos linguísticos com base nos efeitos que podem gerar nos
textos.
Sugestão de avaliação: análise de anúncios publicitários sob o ponto de vista dos usos de frases e ora-
ções; pesquisa sobre o conceito de período em gramática normativa da língua portuguesa.
Roteiro para aplicação da Situação sim, você observará o que eles já sabem sobre “frase, oração
de Aprendizagem 9 e período” e poderá definir como deve conduzir a sequência
da aprendizagem.
Se você considerar oportuno, pode explicar os conceitos,
Esta Situação de Aprendizagem se con- solicitar uma pesquisa em uma gramática normativa, fazer
centrará em alguns conceitos sintáticos. Para exercícios de revisão etc. Tudo depende desse levantamen-
iniciar, você pode solicitar aos alunos que to prévio.
recordem o que sabem em relação à frase, à
oração e ao período. Em seguida, escreva na Em seguida, mostre dois anúncios publici-
lousa as informações que forem indicadas. tários. Um deles, o Texto A, deverá ser selecio-
nado por você de revistas ou outros suportes.
Estudo da língua Será necessário que você opte por alguma for-
ma que permita que os alunos o visualizem. O
1. Defina, por meio de seus conhecimentos importante, na seleção desse texto, é que ele
prévios, o que é uma frase, uma oração e não apresente nenhum verbo. Normalmente,
um período. anúncios de perfumes e de grifes famosas
O objetivo é partir do conhecimento prévio dos alunos. As- constroem-se com essa característica.
82
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Texto B
ANGELO, Débora Mallet Pezarim de. Publicidade, entretenimento e outros sistemas. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.).
Linguagens, códigos e suas tecnologias: livro do estudante: Ensino Médio. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 16.
2. O professor indicará um anúncio publici- cação não verbal. E tudo isso será associado pelo consumidor
tário para estudo, que será denominado de a uma marca, sempre presente em anúncios.
“A”. Observe-o e o compare com o anúncio
Voe Lane, apresentado anteriormente, que
denominaremos de “B”: Professor, uma sugestão!
83
Peça aos alunos que façam uma análise respectivos títulos. Nesses casos, aparecerão
semelhante a partir dos ingredientes de uma ocorrências com frases nominais ou orações.
receita culinária. Se observarem a lista dos Discuta com eles os títulos encontrados, ob-
ingredientes, perceberão que também não há servando o diferente nível de sugestão em
verbos. Além disso, é possível compreender cada um.
perfeitamente quais são os alimentos que de-
vem ser selecionados, bem como em que quan- Para reforçar o estudo da oração, você
tidade. Ou seja, cada uma das linhas da receita pode fazer análises de manchetes de jornal,
é uma frase, um enunciado com sentido com- mostrando como elas são os centros de or-
pleto para quem lê a receita. ganização da informação nesse tipo de frase.
Destaque que, nessas sentenças de caráter
Já no caso do “modo de fazer”, temos ora- informativo ligado a acontecimentos, a pre-
ções, organizadas a partir de verbos. Esses sença do verbo é fundamental, constituindo-
termos dão o sentido principal do “modo de -se como o centro da informação que se quer
fazer”, pois cada um deles indica um procedi- transmitir.
mento que deve ser feito na sequência indicada.
3. Analise os títulos de notícias apresentados
Outra proposta de atividade é solicitar aos a seguir, de acordo com o modelo, e res-
alunos que analisem capas de livros e seus ponda ao que se pede. Exemplo:
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “parcelar”.
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “identificar”.
84
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “causar”.
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da primeira oração?
O verbo “ter”.
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “prender”.
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração
sublinhada?
O verbo “aumentar”.
f Que termo, se for retirado, faz que não compreendamos o sentido principal da oração?
O verbo “declarar”.
85
Reforce a ideia de que, no caso das orações, a) Grife todas as frases nominais do Texto A.
construções que utilizamos em grande quanti- Bem, Xi, Ah, Uma cacetada só.
dade, o núcleo de organização é o verbo. Isso
significa dizer que, uma vez dentro de uma b) Tendo a situação descrita como pressu-
oração, o verbo funciona como uma espécie posto (um casal de namorados em um
de “centro de atração” (mas não o único), tra- momento de crise), o que você entendeu
zendo outras palavras para dentro dela. do texto?
Dá para entender que um está terminando a relação amo-
Essa discussão será aprofundada nos pró- rosa com o outro.
ximos exercícios.
c) Complete as lacunas do Texto B com
4. Leia os textos a seguir: os verbos que faltam. Explique por que
eles são importantes para a compreen-
são do texto.
Texto A É, estuda, trabalha, namora, é, sente, conheceu, começa-
Um casal de namorados em um momento ram, se apaixonou, continuaram, desapareceu, sabe, fez,
de crise: arrumou, diz, fica.
– Bem... Nesse texto, os verbos são essenciais para a compreensão das
– Xi... informações que se pretende transmitir. Sem eles, sabemos al-
– Ah...
gumas coisas sobre “Paula”, mas ficamos com dúvidas impor-
– De uma vez, vai... Uma cacetada só...
UBOUFTBMÏNEJTTP
BBVTÐODJBEPTWFSCPTTFSJBVNBDPOTUSVÎÍP
– Não, não, não é bem assim...
estranha para uma história que se pretende contar, o que é
– Sei... E então? Tudo igual? Nada muda?
– Bom... Acabou. totalmente diferente no Texto A, cheio de verbos implícitos.
– Eu sabia...
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar
5. O professor indicará pelo menos duas fon-
especialmente para o São Paulo faz escola.
tes de pesquisa para o estudo de período
simples e período composto. Anote a de-
finição que lhe parecer mais clara de cada
um dos conceitos.
Texto B Você pode ver essa resposta como uma forma de observar o
Paula ........... uma moça como todas momento da aprendizagem do aluno e, a partir do que ele
as outras do mundo de hoje: ..................., devolver, fazer as intervenções necessárias.
...................... e .............................., pois nin-
guém................ de ferro. Mas ela .................. 6. O professor explicará os conceitos. Anote
falta de alguma coisa diferente, especial. com suas palavras o que compreendeu so-
Um dia Paula ...................................
bre o assunto.
Joaquim, um rapaz inteligente e bonitão. Eles
................ um namoro e ela ....................... Esse é outro momento, com outra forma de aprendizagem do
logo. ...................... desse jeito por uns dois mesmo tema (períodos simples e composto). Observar se o alu-
meses, até que um dia, sem mais nem menos, no mostrou mais compreensão de um momento para o outro.
Joaquim ..................... misteriosamente.
..................... o que Paula ...................? No primeiro texto, apesar de ser formado
........................... outro namorado, porque, quase exclusivamente por frases nominais,
como............. o Zé Simão, “quem.................
parado ........... poste!” conseguimos compreender a mensagem. Além
disso, as frases nominais criam um efeito de
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar sugestão, deixando o leitor imaginar o que
especialmente para o São Paulo faz escola. fica subentendido.
86
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Primeiro, abra a porta do armário do Após a análise dos textos, indique que o
lado da pia e procure uma panela grande, de primeiro apresenta uma organização de ora-
aço. Ela é a única panela de aço ali, as outras ção que recebe o nome de período simples,
são de outros materiais. Em seguida, pegue pois existe apenas um verbo em cada período.
a tampa e coloque tudo em uma sacola. O
moço do conserto vai passar aí em 20 minu- O segundo, por sua vez, recebe o nome de
tos, não se atrase! período composto. Destaque que a mudança
na pontuação e o acréscimo ou retirada de al-
Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar gum conectivo promoveram a transformação.
especialmente para o São Paulo faz escola. O resultado é que dois ou mais verbos apre-
sentam-se juntos, agora, no mesmo período.
87
Em seguida, sugira que, organizados em 9. A que gênero esses textos pertencem?
duplas, os alunos pesquisem a definição de Se forem os que sugerimos, regras de jogos e manuais de
período em uma gramática normativa da lín- instrução.
gua portuguesa. Peça que anotem e expliquem
a definição, com base no que entenderam pela 10. Em cada texto, quem está praticando a
explicação oral e pela gramática. ação ou vivendo o estado dos verbos neles
presentes?
Outro ponto a ser destacado é a relação Você deve selecionar um pequeno texto, com poucos ver-
entre período e pontuação. É importante que bos, para facilitar a observação e análise dos alunos.
os alunos saibam que certos sinais de pontu-
ação indicam fim de período. Peça que sepa- 11. O professor explicará o conceito sintático
rem os períodos do Texto 2, indicando qual denominado sujeito. Anote-o com suas
sinal de pontuação serve para encerrar cada palavras.
um (interrogação, ponto-final, exclamação ou
reticências). 12. Releia o que você escreveu e compare sua
definição com a de outra fonte indicada
Sistematize, em seguida, que a maioria pelo professor. Faça correções na sua, se
dos períodos termina com um desses quatro necessário.
sinais. Por isso, depois deles, se iniciarmos É importante que o aluno elabore o conceito de acordo
um novo período, empregamos normalmente com seu entendimento.
letra maiúscula.
Sistematize que “sujeito” é quem pratica
Solicite que voltem a algum texto pro- a ação ou vive o estado indicado pelo verbo.
duzido por eles e observem os períodos que Depois, explique que ele pode aparecer nos
criaram, localizando os seguintes sinais de textos de algumas maneiras.
pontuação: ponto-final, ponto de interroga-
ção, ponto de exclamação e reticências. Em Você pode iniciar apontando os tipos de
seguida, solicite que vejam quantas orações sujeito:
produziram em cada um dos períodos.
f simples;
Na sequência, selecione um texto e peça f composto;
aos alunos que circulem os verbos. Sugeri- f desinencial;
mos gêneros prescritivos, como manuais de f indeterminado;
instrução e regras de jogos. Após terem circu- f inexistente.
lado os verbos, diga-lhes para encontrar uma
palavra ou expressão que indique, dentro do A seguir, sugerimos modos de apresenta-
texto, quem está praticando aquela ação ou ção de cada um deles.
vivendo aquele estado.
88
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
89
16. A escolha do tipo de sujeito contribui d) É possível compreender a parte da re-
para a intenção geral de cada texto. Expli- ceita que não contém verbos? Como
que como isso acontece. denominamos, sintaticamente, esse tipo
Esse é um momento para o aluno elaborar a compreensão de construção?
desse fenômeno linguístico na construção dos textos estu- É possível, pois o falante conhece o gênero e sabe que se
dados. trata da lista de ingredientes. Esse tipo de construção é a frase
nominal.
Fechando a Situação, apresentamos algu-
mas atividades que relacionam o conceito sin- 2. Tendo como base as explicações de frase,
tático “sujeito” e o gênero “receita culinária”, oração e período, responda:
bem como sugerimos que selecione outras ati-
vidades para o estudo dos tipos de sujeito, da a) Uma oração é um tipo de frase?
distinção de frase, oração, período e período Sim.
simples e composto.
b) Qual é a diferença entre a oração e os
O aluno anotará as páginas de exercícios demais tipos de frase?
orientados por você sobre período simples e A oração é um tipo de frase organizada em torno de um ver-
composto. bo. Há frases sem verbo, chamadas frases nominais.
1. Peça a alguém de sua família uma c) Qual é a relação entre oração e período?
receita culinária ou busque uma na Os períodos são classificados pelo número de orações que
internet ou em outra fonte. No ca- BQSFTFOUBN /P QFSÓPEP TJNQMFT
IÈ VNB ÞOJDB PSBÎÍP OP
derno, responda: composto, duas ou mais.
a) Em que parte da receita há presença de d) A construção “Não sei o que fazer. Pre-
verbos? ciso de sua orientação urgente” pode ser
No “Modo de fazer”. considerada um período? Por quê?
Há dois períodos no trecho. O primeiro é composto de duas
b) E em que parte eles não estão presentes? PSBÎÜFT iTFJwFiGB[FSw
PTFHVOEPÏTJNQMFT
PSHBOJ[BEPFN
Nos “Ingredientes”. torno do verbo “precisar”.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10
SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS VISTOS
NAS SITUAÇÕES ANTERIORES
A seguir, apresentaremos algumas sugestões de Nesta nova Situação, os assuntos são os mesmos (e
atividades que visam retomar alguns conteúdos estão indicados no quadro de apresentação), mas
vistos nas Situações de Aprendizagem anteriores. as habilidades e as competências são outras.
90
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
Competências e habilidades: pesquisar textos publicitários; analisar texto de caráter prescritivo em situ-
ação de comunicação; apresentar análises orais de anúncios publicitários; analisar efeitos de conteúdos
sintáticos em diferentes textos; analisar efeitos de conteúdos sintáticos nas produções textuais dos
alunos.
Sugestão de avaliação: pesquisa de anúncios publicitários; apresentação oral; produção de diálogo com
intenção prescritiva.
91
Produção escrita nura em jovens como os de sua classe. Ex-
plique por que o texto causaria essa reação
1. A partir do contexto a seguir, produza no no grupo.
caderno um diálogo de caráter prescritivo.
2. Selecione seis títulos nominais de livros e
analise se são compostos por frases nomi-
Um rapaz está ao telefone e precisa ex- nais ou orações. Para os que forem frases,
plicar à sua mãe onde estão três papéis guar- transforme em orações e comente o efeito
dados em seu quarto. Ele deve orientá-la provocado pela forma original e pela que
dizendo o que precisa fazer para localizar você criou.
cada um. Deve orientá-la ainda a recolher Analisar frases e orações e discutir as diferenças de sentido
os papéis e colocá-los em um envelope para que cada uma das formas de escrever acarreta.
enviá-los pelo correio o mais breve possível,
pois o rapaz está prestando vestibular em 3. Faça o mesmo com os títulos compostos
outra cidade e necessita dos documentos por orações.
O mesmo objetivo do exercício anterior, mas agora tomando
com urgência.
as orações como centro para seleção dos títulos.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Faça esse tipo de análise com textos de ou-
tros autores como manchetes de jornal e títu-
los de livros, ou outros gêneros. O objetivo é
Para sistematizar os conteúdos sintáticos analisar os diferentes efeitos que as escolhas
vistos neste Caderno, você pode selecionar sintáticas provocam nos textos.
alguns textos produzidos pelos alunos e pe-
dir que, baseados em um trecho, encontrem Expectativas de aprendizagem e
os sujeitos. Então, devem analisar se, tendo grade de avaliação
como base o que o exercício exigia, a escolha
dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se Ao final deste Caderno, os alunos precisam
esperava da produção textual. ter ampliado seu repertório e seu conhecimen-
to com base no desenvolvimento das compe-
Você pode fazer uma análise semelhan- tências e habilidades descritas nos quadros
te tendo como referências frases nominais e das Situações de Aprendizagem.
orações. Peça a eles que separem, em um frag-
mento de texto produzido, as frases nominais Por isso, é importante que você observe
e as orações que encontrarem (no caso, refor- o percurso feito até aqui, levando em con-
ce as de período simples, para facilitar). Em sideração todas as avaliações realizadas
seguida, solicite que analisem se, tendo como durante as sequências de atividades e de
pressuposto o que o exercício exigia, a escolha sistematização.
dos sujeitos favoreceu ou não o efeito que se
esperava da produção textual. O texto a seguir servirá como
base para a avaliação dos conteú-
1. Procure algum texto, de qualquer dos e habilidades desenvolvidos.
gênero, que, segundo sua opinião, São três questões de múltipla escolha e duas
possa causar um sentimento de ter- dissertativas.
92
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
1. Esse texto pode ser classificado como anún- 2. Observando os elementos não verbais pre-
cio publicitário, pois: sentes nesse anúncio publicitário, é possí-
vel afirmar que:
a) discute somente aspectos ligados ao pa-
pel das pessoas que trabalham com reci- a) a imagem da casca da banana auxilia o
clagem. usuário do Metrô a compreender que
não reciclável é o lixo orgânico, priori-
b) narra os efeitos do lixo orgânico e não tariamente.
reciclável, prejudiciais à população.
b) o símbolo da reciclagem recoberto com
c) argumenta sobre a diminuição da emis- o símbolo de “proibido” tem função de-
são de gases poluentes, auxiliando o corativa no anúncio.
meio ambiente.
c) a imagem da casca da banana restringe
d) incentiva os usuários a utilizarem as lixei- o uso das lixeiras para materiais não re-
ras adequadas para o lixo não reciclável. cicláveis apenas a esse alimento.
e) prescreve como manusear o lixo orgâ- d) as imagens das lixeiras mostram que os
nico e estimula a reciclagem apenas de usuários tem várias opções para jogar
garrafinhas de alumínio. seu lixo orgânico.
93
e) o símbolo da reciclagem coberto pelo É preciso ver a pertinência das respostas. Sugerimos, no en-
símbolo de proibido não pode ser com- tanto, a presença de marcas linguísticas do texto que mostram
preendido como um sinônimo de lixo o direcionamento do texto para o usuário: sua, você, faça sua
não reciclável. parte, seu, colabore.
Há, ainda, o uso de trechos em que o usuário é indiretamente
3. No trecho “Material não reciclável também chamado a participar, já que, agindo dessa forma, fica inserido
tem a sua lixeira”, o sujeito gramatical é: em um contexto admirável: “um dos metrôs mais limpos do
mundo agora também transforma atitudes”.
a) composto, pois “material” e “não reci-
clável” são dois agentes distintos. 5. Indique e analise uma característica do
gênero “anúncio publicitário” presente no
b) inexistente, pois “ter” é considerado texto.
verbo impessoal. Espera-se que os alunos analisem uma das características do
gênero desenvolvidas na Situação de Aprendizagem 7.
c) desinencial, pois “tem” refere-se a um
agente (“você”) que está implícito. Exercícios complementares
d) simples, pois o único núcleo (termo cen- Para os exercícios complementares, serão
tral) do sujeito “material não reciclável” destacados dois pontos:
é a palavra “material”.
f características do gênero “anúncio publici-
e) indeterminado, pois não se sabe se as tário”;
pessoas seguirão a sugestão dada pelo f análise de sujeito desinencial em anúncio
Metrô de jogar o lixo no local adequado. publicitário.
94
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
2. Após os comentários do professor, comple- Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas ano-
te ou corrija seu quadro, se necessário. tações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns
Professor, dê um tempo para que o aluno observe suas ano- alunos leiam suas respostas.
tações e as corrija. Se julgar oportuno, solicite que alguns
alunos leiam suas respostas. 6. Observe o anúncio que você selecionou e
indique quem pratica as ações indicadas
3. Selecione um anúncio publicitário do livro pelos verbos.
didático, de um jornal ou de uma revista. Observação do conceito de sujeito dentro da materialidade
Deve haver nele usos do Modo Imperativo. textual.
Observe as características de anúncio publi-
citário sistematizadas na atividade anterior. 7. Responda no caderno: No caso dos usos
Escolha duas delas e explique no caderno Imperativos, podemos saber quem deve
como aparecem no anúncio selecionado. praticar aquela ação prevista?
O aluno deve mostrar duas das sete características indicadas Análise do conceito de sujeito com usos verbais imperativos.
em funcionamento no texto.
8. Reescreva a parte verbal do anúncio,
4. Também com um colega, recapitule o con- explicitando os sujeitos ocultos ou desi-
ceito de sujeito e defina-o no caderno, com nenciais. Depois, comente se o efeito per-
suas palavras. suasivo é maior com ou sem a presença
Retomada do conceito de sujeito, mas agora construído na dos sujeitos.
interação entre pares. Comentar se a persuasão é maior com sujeitos evidentes
ou não. Não há uma resposta certa, pois ambas as opções
5. Após os comentários do professor, comple- são defensáveis. É importante observar a coerência da
te ou corrija sua definição, se necessário. argumentação.
95
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Se for conveniente, o professor pode usar da persuasão. São Paulo: Ática, 2002.
os seguintes recursos para aprofundar o as-
sunto da aula: CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão.
São Paulo: Ática, 2004.
Filmes
DOLZ, J.; SCHNEUWLY B. Gêneros orais e
Do que as mulheres gostam (What women want) escritos na escola. Campinas: Mercado de Le-
Direção: Nancy Meyers. EUA, 2000. 120 tras, 2004.
min. 12 anos.
Mel Gibson é um publicitário que precisa des- KOCH, Ingedore V.; TRAVAGLIA, Luiz C.
cobrir do que as mulheres gostam, para poder Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 2000.
fazer campanhas publicitárias que atinjam o Fonte para o estudo do conceito de intencio-
público-alvo. Em certo momento do filme, ele nalidade.
desenvolve o dom de “ler os pensamentos das
mulheres” e passa a compreender um pouco NASCIMENTO, G. A intertextualidade em
mais sobre a alma feminina. atos de comunicação. São Paulo: Annablume,
2007.
Se eu fosse você
Direção: Daniel Filho. Brasil, 2006, 104 min, Sites
10 anos.
Tony Ramos é Cláudio, um publicitário em Cultura Acadêmica
crise no casamento. Certa noite, ele e a mu- Aqui você encontra diversos livros para download
lher, Helena, interpretada pela atriz Glória gratuito, associados à Fundação Editora da
Pires, trocam de corpos, e cada um poderá en- Unesp. Disponível em: <http://culturaacademica.
tender um pouco mais do universo feminino com.br/>. Acesso em: 14 out. 2013.
e do masculino. A visão feminina de Helena,
no corpo de Cláudio, será fundamental para Periódicos Capes
a elaboração de uma campanha publicitária. Site que reúne o enorme acervo de periódicos
da Capes, para acesso a textos acadêmicos
Livros que poderão aprofundar sua formação. Dis-
ponível em: <http://www.periodicos.capes.
CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem gov.br/>. Acesso em: 14 out. 2013.
96
Língua Portuguesa – 7ª série/8º ano – Volume 1
palavras etc.)
r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r'JHVSBTEFMJOHVBHFN Leitura, produção e escuta de argumentativos
r1SPOPNFTQFTTPBJT
textos prescritivos e injuntivos r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT
Leitura, escrita e oralidade possessivos, de tratamento em diferentes situações de
Leitura, produção e escuta de r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP comunicação Leitura, escrita e oralidade
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r'SVJÉÈP Leitura, produção e escuta
textos narrativos em diferentes r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT de textos argumentativos
situações de comunicação literários e não literários e expositivos em diferentes
r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT Leitura, escrita e oralidade r*OUFSUFYUVBMJEBEF situações de comunicação
literários e não literários Leitura, produção e escuta r$PFSËODJB Interpretação de textos literários
r'SVJÉÈP de textos organizados nas r$PFTÈP e não literários
r4JUVBDJPOBMJEBEF tipologias narrar e relatar r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP r-FJUVSBFNWP[BMUB
r$PFSËODJB em diferentes situações de da escrita r*OGFSËODJB
r$PFTÈP comunicação r1BSBHSBGBÉÈP r$PFSËODJB
r"JNQPSUÄODJBEPFOVODJBEP r*OGFSËODJB Leitura oral: ritmo, entonação, r1BSBHSBGBÉÈP
r1SPEVÉÈPEFTÎOUFTF r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF respiração, qualidade de voz, r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
r1SPEVÉÈPEFJMVTUSBÉÈP r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT elocução e pausa da escrita
Leitura, produção e escuta literários e não literários Leitura dramática r&MBCPSBÉÈPEFàDIBT
de crônica narrativa, letra r-FJUVSBFNWP[BMUB Roda de conversa Leitura, produção e escuta de
de música e outros gêneros r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB Leitura, produção e escuta de artigo de opinião, carta do leitor
escrita anúncios publicitários, regras de e outros gêneros em diferentes
em diferentes situações de r1BSBHSBGBÉÈP jogos e outros gêneros em situações de comunicação
comunicação Leitura, produção e escuta de diferentes situações de r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTF
r'PSNVMBÉÈPEFIJQÓUFTFT notícia, relato de experiência comunicação r*OGPSNBUJWJEBEF
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPF e outros gêneros em diferentes r*OGFSËODJB r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPFSFWJTÈP
revisão da escrita situações de comunicação r*OUFODJPOBMJEBEF da escrita
r1BSBHSBGBÉÈP r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT r*OGPSNBUJWJEBEF Apresentação oral
Roda de leitura oral literários e não literários Roda de conversa Roda de conversa
Roda de conversa r*OUFSUFYUVBMJEBEF
r&UBQBTEFFMBCPSBÉÈPEB
escrita
r*NQPSUÄODJBEPFOVODJBEP
r$PFTÈP
r$PFSËODJB
r-FJUVSBPSBMSJUNP
FOUPOBÉÈP
respiração, qualidade da voz,
elocução e pausa
Roda de leitura oral
Roda de conversa
97
5a série/6o ano 6a série/7o ano 7a série/8o ano 8a série/9o ano
Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais Conteúdos gerais
Discurso artístico: diferentes Discurso da esfera do Discurso da esfera da Discurso político: diferentes
formas de representação jornalismo: diferentes formas de publicidade: diferentes formas formas de representação
Estudo de tipologia e gêneros representação de representação Estudo de tipologia e gêneros
narrativos articulados por Estudo de tipologia e gêneros do Estudo de tipologia e gêneros argumentativos articulados por
projetos agrupamento tipológico relatar prescritivos articulados por projetos
Construção de projeto articulados por projetos projetos Construção de projeto político
artístico Construção de projeto Construção de projeto
jornalístico publicitário Estudos linguísticos
Estudos linguísticos r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM
r4VCTUBOUJWP
BEKFUJWP
BSUJHP
Estudos linguísticos Estudos linguísticos r1FSÎPEPDPNQPTUPQPS
numeral r7FSCP ËOGBTFOPTWFSCPTEP r$PNQMFNFOUPTEBPSBÉÈP subordinação
r1POUVBÉÈP dizer) (objetos direto e indireto, r$POKVOÉÈP
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r'VOÉ×FTEBMJOHVBHFN agente da passiva, complemento r1SFQPTJÉÈP
r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r1POUVBÉÈP nominal) r"OBGÓSJDPT
r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1POUVBÉÈP
r"DFOUVBÉÈP r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r1FSÎPEPDPNQPTUP
r1SPOPNFT r$POFDUJWPT r%JTDVSTPDJUBEP r$SBTF
r5FNQPTFNPEPTWFSCBJT r2VFTU×FTPSUPHSÃàDBT r'VOÉ×FTBDFTTÓSJBTBEKVOUP r$PODPSEÄODJBTWFSCBMFOPNJOBM
r%JTDVSTPTEJSFUPFJOEJSFUP r$PODPSEÄODJBTOPNJOBMFWFSCBM adnominal, aposto, adjunto r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT
r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r4VKFJUPFQSFEJDBEP adverbial, vocativo
r"EKFUJWPTFMPDVÉ×FT r'JHVSBTEFMJOHVBHFN r1POUVBÉÈP Leitura, escrita e oralidade
adjetivas r1SFQPTJÉÈP r$PODPSEÄODJBTWFSCBMF Leitura, escrita e escuta
r"EWÊSCJPFMPDVÉ×FT r6TPEPTiQPSRVËTu nominal intertextual e interdiscursiva
adverbiais r'PSNBFHSBàBEFBMHVNBT r3FHËODJBTWFSCBMFOPNJOBM de gêneros argumentativos e
r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT palavras e expressões r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT expositivos articulados por
r.BSDBEPSFTEFUFNQPFMVHBS projeto político
r&MFNFOUPTDPFTJWPT Leitura, escrita e oralidade r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPTMJUFSÃSJPT
Leitura, escrita e oralidade r1SPOPNFQFTTPBM
QPTTFTTJWP Leitura, escrita e escuta e não literários
Leitura, escrita e escuta r7FSCPTEPEJ[FS intertextual e interdiscursiva de r*OGFSËODJB
intertextual e interdiscursiva r7BSJFEBEFTMJOHVÎTUJDBT gêneros prescritivos articulados r'SVJÉÈP
de tipologias e gêneros por projeto publicitário r4JUVBDJPOBMJEBEF
narrativos articulados por Leitura, escrita e oralidade r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT r-FJUVSBESBNÃUJDB
projeto artístico Leitura, escrita e escuta literários e não literários r-FJUVSBFNWP[BMUB
r*OUFSQSFUBÉÈPEFUFYUPT intertextual e interdiscursiva r*OGFSËODJB r$PFSËODJB
literários e não literários de gêneros do agrupamento r'SVJÉÈP r$PFTÈP
r*OGFSËODJB tipológico relatar articulados por r4JUVBDJPOBMJEBEF r*OGPSNBUJWJEBEF
Volume 2
98
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Suely Cristina de Albuquerque BomÅm e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Log Print GráÅca e Logística S. A.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
EDITORIAL 2014-2017 CONTEÚDOS ORIGINAIS Martins e Renê José Trentin Silveira.
* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são S239m São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.
indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-
tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; língua portuguesa,
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços ensino fundamental – anos finais, 7a série/8o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é Inês Fini; equipe, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, João Henrique Nogueira
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da
Mateos, José Luís Marques López Landeira. - São Paulo : SE, 2014. v. 1, 104 p.
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos ISBN 978-85-7849-553-4
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
1. Ensino fundamental anos finais 2. Língua portuguesa 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês.
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no II. Angelo, Débora Mallet Pezarim de. III. Aguiar, Eliane Aparecida de. IV. Mateos, João Henrique Nogueira.
Caderno do Professor para apoiar na identificação das V. Landeira, José Luís Marques Lópes. VI. Título.
atividades. CDU: 371.3:806.90
Validade: 2014 – 2017