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A meus pais,
Lúcio e Neusa
NOTA DO AUTOR À TERCEIRA
EDIÇÃO
INTRODUÇÃO
O INDIVÍDUO MODERNO
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
INTRODUÇÃO
L’archéologie du savoir est moins une explication conceptuelle de ce qui a déjà été
réalisé que l’instauration de nouvelles bases pour des recherches ultérieures de
l’histoire archéologique, alors même que celle-ci cédera vite la place à un nouveau type
d’analyse historique du savoir que Michel Foucault nommera généalogie.2
[...] o material original da análise histórica e social não é outro que uma população de
atos e de acontecimentos. Esses acontecimentos são, por assim dizer, colocados
sobre a mesa, sob uma forma bruta, sem que se tenha tido conta das formas sob as
quais os observadores, procurando estabelecer uma continuidade irrefletida, os
estruturaram.
A noção de sujeito preexistente faz parte das chamadas
continuidades irrefletidas que o método arqueológico vem superar.
Nossa pretensão é mostrar como a temática do sujeito aparece em
L’archéologie du savoir, não de forma exaustiva, mas destacando
apenas alguns pontos do texto, e delimitar o que se julga suficiente para
denotar aquilo que superficialmente foi dito: já na arqueologia Foucault
realiza, ou promove, a desconstituição da noção de sujeito como um
dado preexistente, como uma essência perene e portadora de um
sentido, presente indefinidamente na história.
É certo que essa temática integra o conjunto das questões tratadas
na Arqueologia do saber. Logo na Introdução, ao resumir o projeto do
livro, Foucault esclarece:
D’un mot, cet ouvrage, comme ceux qui l’ont précédé, ne s’inscrit pas – du moins
directement ni en première instance – dans le débat de la structure (confrontée à la
genèse, à l’histoire, au devenir); mais dans ce champ où se manifestent, se croisent,
s’enchevêtrent, et se spécifient les questions de l’être humain, de la conscience, de
l’origine, et du sujet.8
Tout à l’heure, on a montré que ce n’était ni par les “mots” ni par les “choses” qu’il fallait
définir le régime des objets propres à une formation discursive; de la même façon, il
faut reconnaitre maintenant que ce n’est ni par le recours à un sujet transcendantal ni
par le recours à une subjectivité psychologique qu’il faut définir le régime de ses
énonciations.12
[...] où nous sommes engagés depuis longtemps et dont l’ampleur ne fait que croître:
crise où il y va de cette réflexion transcendantale à laquelle la philosophie depuis Kant
s’est identifiée; où il y va de cette thématique de l’origine, de cette promesse du retour
par quoi nous esquivons la différence de notre présente; où il y va d’une pensée
anthropologique qui ordenne toutes ces interrogations à la question de l’être de
l’homme, et permet d’éviter l’analyse de la pratique; où il y va de toutes les idéologies
humanistes; où il y va – enfin et surtout – du statut du sujet”.18
[...] estar pronto para acolher cada momento do discurso em sua irrupção de
acontecimento, nessa pontualidade em que aparece e nessa dispersão temporal que
lhe permite ser repetido, sabido, esquecido, transformado, apagado até nos menores
traços, escondido bem longe de todo olhar, na poeira dos livros.4
[...] nas sociedades modernas, a partir do século XIX até hoje, por um lado, uma
legislação, um discurso e uma organização do direito público articulados em torno do
princípio do corpo social e da delegação do poder; e, por outro, um sistema minucioso
de coerções disciplinares que garante efetivamente a coesão desse mesmo corpo
social.25
INSTRUMENTOS
Para uma melhor apreensão dos mecanismos da tecnologia
disciplinar e para a identificação do principal efeito por ela conseguido,
abordar-se-á aquilo a que Foucault chama de instrumentos da
disciplina, para, depois, serem compreendidas as funções fundamentais
que ela realiza a partir da utilização desses instrumentos.
Sanção normalizadora
Exame
[...] o indivíduo tal como pode ser descrito, mensurado, medido, comparado a outros e
isso em sua própria individualidade; e é também o indivíduo que tem de ser treinado
ou retreinado, tem de ser classificado, normalizado, excluído, etc.23
AS FUNÇÕES DISCIPLINARES
Distribuição espacial
Capitalização do tempo
Composição de forças
[...] o nome que se poderia dar a um dispositivo histórico: não à realidade subterrânea
que se apreende com dificuldade, mas à grande rede da superfície em que a
estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a
formação dos conhecimentos, o reforço dos controles e das resistências encadeiam-
se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder.26
[...] o casamento passaria a ser mais geral enquanto prática, mais público enquanto
instituição, mais privado enquanto meio de existência, mais forte para ligar os
cônjuges e, portanto, mais eficaz para isolar o casal no campo das relações sociais.26
[...] refletir sobre um novo tipo de conduta de vida, sobre o uso que se faz dos
prazeres e sobre o cuidado que se tem de si mesmo, longe de toda norma e controle
social, com o único cuidado de conduzir uma bela vida...4