METODOLOGIA ELABORAÇÃO PLANILHA DE QUANTIFICAÇÃO DE

RESÍDUOS

Com objetivo de organizar e uniformizar as informações necessárias para quantificação dos Resíduos
da Construção Civil (RCC), à Tabela de Custos de Insumos de Edificações da Paraná Edificações foram
acrescentadas informações sobre classe, massa e volume dos insumos. Inicialmente foram separados os itens
cuja medida seja feita em unidade (UN) ou peça (PÇ), pois, salvo exceções tratadas à parte, sobre estes não
incidem perdas. Em seguida cada insumo foi analisado e classificado, considerando o material mais
significativo em sua composição, em classes e macrogrupos.

CLASSE
MACROGRUPO
conforme Resolução CONAMA 307/02
SOLO/TERRA
ROCHA
CONCRETO
A CIMENTO
ARGAMASSA
MATERIAL ASFÁLTICO
AREIA
GESSO
METAIS
MADEIRAS
PAPEL/PAPELÃO
B
PLÁSTICOS
VIDROS
SACO DE CIMENTO
BORRACHA
C POLIURETANO
SOLVENTES
TINTAS
D ÓLEOS
AMIANTO
CONTAMINADOS

1 QUANTIDADE ENTULHO POR METRO QUADRADO

Para determinar a quantidade de entulho por metro quadrado de construção

foi necessário converter as unidades dos insumos da tabela da Paraná
Edificações em massa (kg) e volume (m³). Através de pesquisas foram
determinadas as densidades (kg/m³) dos insumos e então calculados coeficientes
de transformação para a conversão das unidades.
 Um orçamento de uma obra real, retirado do sistema da Paraná
Edificações, foi planilhado e, através do código SINAPI os insumos do orçamentos
foram enquadrados nos macrogrupos bem como tiveram suas unidades
transformadas para massa e volume. Depois disso os macrogrupos foram filtrados
para calcular a quantificação de massa e volume para cada um deles.

Essa quantidade de massa em kg foi colocada na planilha e nela constam

os seguintes dados:

Para cada macrogrupo foi pesquisada a taxa de perda global, isto é,

diferença entre a quantidade prevista no projeto e a efetivamente consumida, em
média. Desse total, considera-se que uma parte do material é incorporado na obra
e outra parte torna-se entulho. A porcentagem de entulho, considerada em relação
à taxa de perda global, é aplicada sobre a massa total de insumos e dessa forma
obtém-se a massa total em kg do macrogrupo, que dividida pela área da obra
resulta na quantidade de resíduo por metro quadrado. Também foi possível
determinar a participação (%) de cada macrogrupo no total de entulho da obra.

2 QUANTIDADE DE CAÇAMBAS
 A partir da densidade dos materiais, transforma-se a massa em kg para
volume em m³, obtendo-se o volume de cada macrogrupo. Porém esse volume
não considera os vazios que ocorrem na disposição dos materiais dentro da
caçamba, por isso foi considerada uma taxa de empolamento que é a razão entre
o volume ocupado pelo entulho e o volume do material sem considerar os vazios.

Através do volume da caçamba já estabelecido, divide-se o volume total

pelo volume da caçamba e obtendo-se a quantidade de caçambas necessárias
para o transporte. Lembrando que o número de caçambas é sempre arredondado
para cima, considera-se que será feita a triagem e cada macrogrupo será
transportado e destinado individualmente, mesmo que não possua volume para
ocupar uma caçamba inteira.

3 CUSTO DE TRANSPORTE E ARMAZENAGEM

A planilha também contempla os custos de transporte dos entulhos,

reciclagem dos resíduos e destinação final adequada dos rejeitos gerados na
obra.

Inicialmente foi considerado o aluguel da caçamba, incluindo seu transporte

para uma distância média de 20km sendo os valores obtidos por pesquisa de
mercado. Nos casos da necessidade de transporte para distâncias mais longas, foi
considerado um valor por km, determinado pela tabela SINAPI 74140/1.

O custo total é composto por:

 Custo de transporte - composto pelo custo inicial acrescentado do custo
de transporte por km multiplicado pela distância que ultrapassar os
20km iniciais;

 Custo de reciclagem - considerado para os macrogrupos que têm valor

de reciclagem estabelecido pelo mercado;

 Custo de destinação final – para materiais que não são reciclados , seja
por falta de tecnologia, seja por falta de mercado.