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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MARIOTTO, Bruno Barbosa; CÂMARA, Matheus Henrique Costa. Análise sobre a
Regulamentação de VANT no Brasil e em Diversos Países. 2016. 44f. Trabalho de Graduação
- FATEC de São José dos Campos: Professor Jessen Vidal.
CESSÃO DE DIREITOS
É concedida à FATEC de São José dos Campos: Professor Jessen Vidal permissão para
reproduzir cópias deste Trabalho e para emprestar ou vender cópias somente para propósitos
acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste
Trabalho pode ser reproduzida sem a autorização do autor.
_____________________________ __________________________________
Bruno Barbosa Mariotto Matheus Henrique Costa Câmara
40.307.268-2 41.754.105-3
iii
Diversos Países.
Composição da Banca
___________________________________________________________________
Felix Arlindo Strottmann, Eng. FATEC - SJC
__________________________________________________________________
Jose Jaétis Rosário, Msc. FATEC-SJC
__________________________________________________________________
Luiz Alberto Nolasco Fonseca, Msc. FATEC - SJC
_____/_____/_____
DATA DA APROVAÇÃO
iv
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por tudo que nos tem proporcionado, aos amigos
e familiares que nos motivaram a persistir e ajudaram diretamente ou indiretamente no
desenvolvimento deste trabalho e as pessoas que nos forneceram as informações necessárias.
Agradecemos ao Professor Orientador Mestre Luiz Alberto Nolasco Fonseca, a
Professora Doutora Rita C. M. Sales Contini e ao Professor Mestre Joares Lidovino dos Reis,
que souberam nos conduzir em cada etapa deste trabalho.
vi
RESUMO
Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) surgiram após a Segunda Guerra Mundial
com intuito de transportar bombas e atacar inimigos, sem a necessidade de pilotos a bordo.
Com o passar dos anos e com a evolução da sociedade, além do emprego militar, a
utilização de VANTs foi ampliada para monitoramento de fronteiras, atividades de
aerofotogrametria, apoio em operações de busca e salvamento, e em desastres ambientais
além de monitoramento da agricultura.
Atualmente a utilização de VANTs vem atingindo proporções inimagináveis tempos
atrás, revolucionando a logística de diversas atividades. Existem propostas até para entrega de
pizzas em residências.
Ainda em 2016, a luz do que existe para aeronaves convencionais, não há uma
regulamentação efetiva que estabeleça uma padronização reconhecida mundialmente. Porém
os órgãos reguladores da aviação civil de diversos países do mundo, incluindo o Brasil, têm
desenvolvido critérios específicos para o uso desta tecnologia.
Pretende-se com este trabalho, apresentar a situação atual, pontos relevantes e
tendências das regulamentações dos VANTs. Para melhor confiabilidade da pesquisa buscou-
se referências das principais publicações e regulamentos vigentes de cada órgão regulador.
No Brasil a criação de uma regulamentação de Veículo Aéreo Não Tripulado cabe à
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), nos Estados Unidos da América (EUA) à
Administração da Aviação Federal (Federal Aviation Administration - FAA), na Austrália
cabe à Autoridade de Segurança da Aviação Civil (Civil Aviation Safety Authority - CASA) e
no Canadá à Canadá Transporte (Transport Canada).
ABSTRACT
Unmanned Aerial Vehicles (UAVs) have emerged after the Second World War in
order to carry bombs and attack enemies, without the need for pilots on board.
Over the years and with the evolution of society, in addition to military use, the use of
UAVs has been extended to border surveillance, aerial photography activities, search and
rescue operations, environmental disasters support, as well as agriculture monitoring.
Currently, the use of UAVs has reached unimaginable proportions some time ago,
revolutionizing the logistics of several activities. As an example, in some countries there are
proposals for pizza delivery using UAVs.
Still in 2016, in light of what exists for conventional aircraft, there is not an effective
established and recognized worldwide regulation. However aviation civil authorities of
several countries, including Brazil, have developed specific criteria to use this technology.
The aim of this work is to present the current situation of relevant issues and trends of
the operational rules of UAVs. For better reliability, the survey sought references of existing
major publications and regulations of each regulatory agency.
In Brazil, the rulemaking for UAVs is concerned to the Agencia Nacional de Aviação
Civil (ANAC), in the United States of America (USA), the the Federal Aviation
Administration (FAA), in Australia, the Civil Aviation Safety Authority - CASA and in
Canada, Transport Canada (TCA).
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ANEXOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 15
1.1. Considerações Iniciais 15
1.2. Motivação 16
1.3. Objetivo 16
1.3.1 Objetivo Geral 16
1.3.2 Objetivo Especifico 16
1.4. Conteúdo do Trabalho 16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 18
2.1. Sistema de VANT 18
2.1.1. Histórico 18
2.1.2. Definições 19
2.1.3. Considerações Finais e Tendências 19
2.2. Brasil 20
2.2.1. Regulamentação 20
2.2.2. Projeto em Andamento 22
2.2.2.1. Cadastro de RPAS 23
2.2.2.2. Registro de RPAS 23
2.2.2.3. Aprovação de projetos de RPAS 24
2.2.2.4. Certificação 24
2.2.2.5. Certificado Médico 25
2.2.2.6. Licença e Habilitação 25
2.2.2.7. Registro de Voo 25
2.3. Administração da Aviação Federal (FAA) 26
2.3.1. Regulamentação 26
2.3.1.1. Operações Publicas Governamentais 26
2.3.1.2. Operações Civis Não-Governamentais 27
2.3.1.3. Operação de Aeromodelo (Hobby ou Recreação) 27
2.4. Austrália 29
2.4.1. Regulamentação 29
xv
1- INTRODUÇÃO
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) é uma aeronave projetada para operar sem
piloto a bordo, com carga útil embarcada e que não é utilizado para fins meramente
recreativos. Nesta definição incluem-se todos os aviões, helicópteros e dirigíveis controláveis
nos três eixos, excluindo-se, portanto, os balões tradicionais e aeromodelos. (BRASIL, 2015
A).
VANT é uma categoria de aeronave e como tal, deve ser pilotado ou programado de
alguma forma, o controle desse tipo de aeronave pode ser exercido diretamente por um piloto
em uma Estação Remota de Pilotagem (ERP) para VANTs designados como Aeronaves
Remotamente Pilotadas (ARP) ou indiretamente através de programação para VANTs
autônomos.
Tendo em vista o crescimento de VANT no mundo todo, os regulamentos tendem a
acompanhar as mudanças tecnológicas empregadas aos veículos aéreos, e neste sentido, este
trabalho apresentará as regulamentações que estão sendo aplicadas no Brasil e em outros
países de referência nesse tipo de operação, são eles: Austrália, Estados Unidos e Canadá.
Segundo estudos feitos pela United States Government Accountability Office (GAO)
desde o início de 1990, os Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (Unmanned Aerial System -
UAS) têm operado no sistema do espaço aéreo americano, sendo utilizado principalmente para
apoio de operações militares e de segurança de fronteira. A lista de usos potenciais está se
expandindo rapidamente para operações de UAS, tais como: assistência em operações de
busca e salvamento, inspeção de dutovias, fotografias áreas, assistência a desastres, e
filmagens para noticiários. (GAO, 2015).
A Administração da Aviação Federal (Federal Aviation Administration - FAA) tem
progredido em direção a sua meta de integrar os voos de UAS dentro do espaço aéreo
americano. A FAA emitiu seu plano de integração e roteirização para UAS, e embora ainda
sejam analisadas caso a caso, nos últimos anos houve um aumento de aprovações para as
operações, sendo no ano de 2014 aprovada a primeira operação destinada para fins
comerciais. A FAA autorizou o fabricante AeroVironment operar um AeroVironment Puma
AE para levantamentos aéreos no Alaska. (GAO, 2015).
17
1.2- Motivação
No Brasil o VANT está se tornando uma realidade cada vez maior, com aplicações
voltadas às áreas da agricultura, monitoramento e vigilância.
Muitas pesquisas, descoberta de novas tecnologias e desenvolvimentos podem ser
facilitados com o uso de um VANT, e essa é a motivação para o desenvolvimento deste
trabalho.
1.3- Objetivo
Este trabalho tem como objetivo geral, apresentar os regulamentos do Brasil, Estados
Unidos, Austrália e Canadá, alem de comparar e identificar os avanços na regulamentação a
respeito de VANT.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1- Histórico
2.1.2- Definições:
VANT ou UAV é definido como qualquer tipo de aeronave que não necessita de
pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados a distância por meios
eletrônicos e/ou computacionais, sob a supervisão humana, ou sem a sua intervenção, por
meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP). (NAKENE, 2015).
Existem duas subcategorias de VANT, que são divididas em: Aeronaves Autônomas,
que uma vez programada, não permitem interferências externas durante a realização do voo, e
cuja operação ainda é proibida por falta de uma regulamentação e questões legais de
segurança; e Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) que não possui tripulação ou
passageiros a bordo. (BRASIL, 2015 B).
2.2- BRASIL
2.2.1- Regulamentação
O uso de VANTs para fins recreativos ou competição são permitidos desde que sigam
as regras previstas na Portaria do Departamento de Aviação Civil (DAC) nº 207/STE, (Anexo
1) que garante a segurança da operação aplicável aos aeromodelos.
Nesta regra é definido que a operação deve ser feita em local não povoado, apesar de
não se ter um limite definido deve-se evitar ao máximo a emissão dos ruídos nas
proximidades de áreas urbanas, não operar antes dos testes finais de certificação, não
sobrevoar em altitude superior a 400 metros e não operar nas proximidades dos aeroportos,
além da exigência de uma distância mínima de 30 metros do público. (ANAC, 2015 A;
BRASIL, 2015 B).
Atualmente é permitido apenas voos de categoria experimental para os VANTs, a
Instrução Suplementar (IS) nº 21-002 Revisão “A”, tem como objetivo orientar operadores
para obtenção do CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) para Veículos
Aéreos Não Tripulados, que devem ter como propósito: pesquisa e desenvolvimento e
treinamento de tripulações. (ANAC, 2015 A).
É importante enfatizar que o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica
(RBHA) nº91 - “Regras Gerais de Operação para Aeronaves Civis” define que nenhuma
pessoa pode operar uma aeronave civil para outros propósitos que não seja os que são
declarados no CAVE. (ANAC, 2015 A).
Caso haja um requerimento, por parte do operador para uma operação de Aeronave
Remotamente Pilotada (ARP) do inglês (Remotely Piloted Aircraft - RPA) com fins
lucrativos, para a qual ainda não existe regulamentação específica, a solicitação será analisada
caso a caso pela área técnica da ANAC e será definida a liberação ou recusa da autorização
pela diretoria colegiada. Deve ser ressaltado que o requerimento deve ser devidamente
fundamentado com destaque das particularidades da operação pretendida e do projeto da
Aeronave, de maneira a comprovar para a ANAC que será garantido o nível de segurança da
operação de outras aeronaves em voo e de pessoas e bens no solo. (ANAC, 2015 A).
Junto dos documentos para liberação do voo, o operador deverá ter autorização da
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) que é responsável pela rádio frequência
utilizada no controle para a transmissão de comandos do VANT. Para a autorização deste
certificado, deverá ser feito um cadastro no programa de Sistema de Gestão de Certificação e
Homologação (SGCH), da qual um produto de telecomunicação é certificado. Vale destacar
que para cada solicitação é cobrado a taxa de R$200,00. (ANATEL, 2015).
23
Nesta classe as RPAs que operarem a 400 pés (122 metros) acima do nível do solo e
em linha de visão deverão ser cadastrados na ANAC. Já em áreas urbanas e aglomerados
rurais, as operações serão de no máximo 200 pés acima do nível do solo (aproximadamente
60 metros). Não será requerido o Certificado Médico Aeronáutico, nem será necessário
registrar os voos. Licenças e habilitações somente serão requeridas para quem pretender
operar acima de 400 pés. As operações de RPA até 25 kg só poderão ocorrer a uma distância
mínima de 30 metros das pessoas, porém, poderão ser mais próximos caso as pessoas
autorizem sendo de total responsabilidade delas. (ANAC, 2015 C).
e é exigido seguro obrigatório para operação a fim de cobrir eventuais danos a terceiros,
excluindo os órgãos de Defesa Civil e Segurança Pública. (ANAC, 2015 B).
A Tabela 1 apresenta um resumo para auxiliar no entendimento das exigências
propostas pela ANAC.
As RPAs da Classe 3 que operarem a 400 pés acima do nível do solo,devem ser
cadastradas junto à ANAC, o que substitui o registro da aeronave.O cadastro refere-se a
apresentação de informações sobre o operador e o equipamento. (ANAC, 2016 D)
De maneira geral, para aprovação de projeto de RPAs das classes 2 e 3 deverá ser
apresentado a ANAC os seguintes documentos:
1. Manual de voo da RPA que estabeleça as condições, as limitações e os
procedimentos para a operação segura.
2. Manual de manutenção da RPA que contenha as informações necessárias para a
aeronavegabilidade continuada.
3. Relatório de análise de segurança que demonstre que a RPA é segura quando
operada da maneira especificada no manual de voo.
O operador também deverá demonstrar que a operação do sistema de comando e
controle é adequada à distância máxima pretendida para a operação da RPA e demonstrações
em voo e/ou em solo poderão ser requeridas pela ANAC. (ANAC, 2016 D).
Quando o projeto for para operações “Além da Linha Visual” - (Beyond Visual Line of
Sight - BVLOS) deverão ser atendidas as informações e alertas relevantes sobre a condição da
aeronave para o piloto remoto e a RPA deverá possuir um sistema de navegação com
desempenho e confiabilidade suficientes para garantir a segurança da operação, ter
capacidade de recuperação de emergências, e existir um sistema adequado de iluminação da
aeronave. (ANAC, 2016 D).
Para as RPAs de classe 2 deverão ser atendidos requisitos adicionais onde a RPA deve
apresentar níveis mínimos de capacidade de subida e de manobra adequados à sua operação,
levando em conta as características físicas da RPA e a faixa de velocidades de operação.
(ANAC, 2016 D).
As RPAs Classe 1 devem obter um “Certificado de Tipo”, o qual, será emitido para a
RPA, porém deverá englobar todo os RPAS, incluindo as interdependências entre os seus
componentes conforme o RBAC 21. (ANAC, 2016 D).
2.2.2.4 Certificação
Todos os pilotos de RPAs de Classe 3 que atuarem em operações acima de 400 pés
acima do nível do solo, ou RPAs de Classe 1 ou 2, devem possuir licença e habilitação
emitida pela ANAC, que determinará para cada tipo de operação, a licença e habilitação
apropriada. (ANAC, 2016 D).
Os registros devem ser realizados para todos os voos, em formato aceitável pela
ANAC e são aplicáveis para as RPAs de classe 1 e 2. (ANAC, 2016 D).
É importante ressaltar que as futuras regras não serão as únicas para propiciar a
operação de VANT, já que serão mantidos os requisitos do DECEA e da ANATEL. (ANAC,
2015 B).
27
2.3.1 Regulamentação
permite que um operador use uma região definida no espaço aéreo e inclui disposições de
segurança especiais e exclusivas para a operação proposta, que são geralmente emitidas por
um período determinado de até dois anos em muitos casos. O objetivo é emitir um certificado
com parâmetros que garantam um nível de segurança equivalente a aeronaves tripuladas.
(FAA, 2015 B).
aeronaves tripuladas, não voar próximo a 8 quilômetros de um aeroporto a menos que entre
em contato com o aeroporto e a torre de controle antes de voar, não voar perto de pessoas ou
estádios, não voar aeronaves que pesam mais de 55 libras (25 kg), não ser negligente ou
imprudente com sua aeronave não tripulada pois poderá ser multado por colocar em perigo
pessoas ou outras aeronaves.(FAA, 2015 D)
30
2.4 AUSTRÁLIA
2.4.1 Regulamentação
O plano de voo do UAV deve incluir procedimentos a serem seguidos em caso de uma
falha de motor, perda de dados, perda de controle, falha da navegação e danos na fuselagem.
Também podem ser incluídos nos procedimentos de emergência a utilização de dispositivos
como “Paraquedas”, a fim de evitar danos a pessoas ou bens em uma possível falha do UAV.
(CASA, 2015).
Pequenos UAVs são operados em altitudes não superiores a 400 pés (120 metros)
devem permanecer visíveis no espaço aéreo, devem evitar aeródromos e áreas populosas. O
operador é responsável por assegurar que o UAV seja operado com segurança e que
permaneça visível e longe do tráfego aéreo de aeronaves tripuladas, estruturas e fios de alta
tensão, exceto se for autorizada para esse tipo de operação. (CASA, 2015).
Quando uma pessoa deseja operar um pequeno UAV acima de 400 pés (120 metros),
essa pessoa deve operar de acordo com as condições impostas pela CASA que são: indicar a
altitude máxima que será voada, seguir os requisitos de comunicação que são os de manter a
comunicação nos dois sentidos com a Autoridade apropriada e a Torre de Controle, informar
o tempo da operação e limites da área operacional. (CASA, 2015).
Apesar dos pequenos UAVs serem isentos da obrigação do Certificado de Registro,
cada UAV deve ter uma placa de identificação durável escritas com marcas adequadas para
identificar a finalidade da operação do voo e a identidade do avião particular. (CASA, 2015).
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Diferente de pequenos UAVs que não se faz necessário o Certificado de Registro, fica
definido que grandes UAVs só poderão ser operados se tiver sido emitido pela CASA o
“Certificado de Registro”, o qual descreve toda a aeronave, desde a estrutura, motores,
comunicação, sistema elétrico e até as taxas de falhas nos testes de voo, testes estes
necessários para obter uma melhor confiabilidade da aeronave antes de emitir este certificado.
Devem também possuir um Certificado Experimental ou um Certificado de
Aeronavegabilidade na categoria restrita e só poderá operar com a aprovação emitida pela
CASA. (CASA, 2015).
2.5 CANADÁ
2.5.1 Regulamentação
A primeira possibilidade de isenção é para UAVs que pesam até 2 kg. Esta isenção
alivia operadores que conduzem operações de UAV não-recreativas, da obrigação de obter o
Certificado Especial de Operações de Voo conforme exigido pela seção 602.41.
(TRANSPORT CANADA, 2016 B).
Utilizando uma Aeronave não Tripulada com um peso máximo de decolagem não
superior a 2 kg, operando dentro da Linha de Voo Visual, a isenção permite operações de
UAVs não-recreativas que devem ser operadas longe de áreas urbanizadas, espaço aéreo
controlado, aeródromos, e outros locais restritos. A isenção inclui condições que abordam a
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A segunda possibilidade de isenção é para UAVs que pesam entre 2 kg e 25 kg. Esta
isenção alivia operadores que conduzem operações de UAV não-recreativas, da obrigação
de obter um Certificado Especial de Operações de Voo conforme exigido pela seção
602.41.
Utilizando uma Aeronave não Tripulada com um peso superior de decolagem de 2
kg, mas não superior a 25 kg, com velocidade máxima de 87 nós ou menos e operando
dentro da Linha de Voo Visual, a isenção permite operações de UAVs não-recreativos, que
devem ser operadas longe de construções, espaço aéreo controlado, aeródromos, e outros
locais restritos. A isenção inclui condições que abordam a necessidade de uma utilização
segura e responsável de certos sistemas de UAV.(TRANSPORT CANADA, 2016 B).
A Figura 2 explica as regras de voo de UAV no Canadá. O fluxograma mostrará os
passos para se voar UAV de pesos entre 2 à 35 kg e se há a necessidade de ter um
Certificado Especial de Operação de Voo ou se o UAV atende aos Requisitos de Isenção.
35
3 - MATERIAIS E METODOS
3.2 - Entrevista
1- Quanto a proposta de homologação, sabe-se que haverá algum custo para registrar o
VANT na ANAC. Haverá diferença de acordo com a categoria pretendida? Qual a média em
reais (R$)? Existe a possibilidade da criação de um programa para isenção desta taxa, seja
para o uso acadêmico ou com algum outro foco?
4-RESULTADOS E DISCUSSÃO
5- CONCLUSÃO
Neste trabalho é notável que o Brasil caminha em prol de melhorias na estruturação de
regras de voo de VANTs, visto que a ANAC tem uma proposta para desenvolver uma nova
regulamentação que busca implementar regras abrangentes a todos os tipos de voos não
tripulados. Entretanto, frente aos países pesquisados, o Brasil ainda tem muita oportunidade
de desenvolvimento na elaboração e implementação de regulamentos.
O intuito de todas as organizações pesquisadas é garantir um voo seguro sem
interferência em voos tripulados e evitar que levem riscos para a população, contudo, como
visto em Resultados e Discussão, as regulamentações aplicadas hoje no Brasil quando
comparados com outros países diferem em alguns aspectos, como por exemplo, a
regulamentação da Austrália onde é possível operações de aeronaves não tripuladas em áreas
povoadas desde que as regras do regulamento sejam seguidas, e, no Brasil o que existe de
regulamento vigente não permite voos em áreas povoadas.
Além de regras para áreas povoadas, a regulamentação brasileira permite que os
VANTs sejam apenas de uso experimental, com finalidade de estudo e pesquisa. É perceptível
uma defasagem dos regulamentos do Brasil em comparação aos de outros países, seja com a
Austrália que já permite voos comerciais ou por parte do Canadá que tem procedimentos para
voos de UAVs de diferentes pesos e isenções de certificados em alguns casos. A
implementação de uma regulamentação brasileira efetiva está em processo através da ANAC
por uma ordem de consulta pública, onde opiniões de operadores de VANTs devem ajudar a
estruturar uma nova proposta, processos estes que já existem em países como Canadá,
Austrália e Estados Unidos há anos.
A pesquisa identificou que não existe um modelo padrão de regulamentação de
VANTs no mundo, e isso tende a ser favorável ao Brasil, pois além das consultas públicas
feitas pela ANAC, as regulamentações aplicadas em outros países, quando cabíveis, podem
ser aproveitadas e implantadas no Brasil. Algumas delas, por exemplo como no Canadá, onde
há uma Lei onde veículos pequenos podem ser isentos de certificados para voar, ou na
Austrália, onde veículos aéreos não tripulados sobrevoam áreas povoadas e despovoadas e
onde há uma regulamentação para voos comerciais, regulamentação que deixa a Austrália a
frente de muitos países.
De modo geral não há nenhum documento que permita voos comerciais no Brasil sem
que seja analisado caso a caso pela ANAC, tendo em vista um grande crescimento deste
41
mercado para utilização dos veículos, a ANAC deve basear-se na regulamentação da Austrália
que é vigente desde 2002 e aprimorar essa regulamentação para utilização no Brasil.
42
REFERÊNCIAS
AEROMAGAZINE. A Origem dos VANT. Disponível em:
http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/origem-dos-vant_1907.html. Acesso em: 13/10/2015 A.
BRASIL. Força Aérea esclarece normas para voos de drones no Brasil. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2015/03/forca-aerea-esclarece-normas-para-
voos-de-drones-no-brasil. Acesso em: 12/10/2015 B.
FC529182F9BAF640D25.proposicoesWeb1?codteor=1299565&filename=Avulso+-
PL+16/2015. Acesso em: 20/11/2015 A.
GAO. FAA Continues Progress toward Integration into the National Airspace.
Disponível em http://www.gao.gov/products/GAO-15-610. Acesso em: 25/09/2015.
TRANSPORT CANADA. Flying a drone or an unmanned air vehicle (UAV) for work or
research. Disponível em: http://www.tc.gc.ca/eng/civilaviation/standards/general-recavi-uav-
2265.htm?WT.mc_id=21zwihtml. Acesso em: 15/01/2016 B.
ANEXOS