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Introdução às

Equações Diferencias Parciais

Problemas com Valor de Fronteira e com


Valores Iniciais
Conteúdo

1. Operadores Diferenciais
2. Condições iniciais e de fronteira
3. Equações Diferenciais Parciais
4. Sistemas de coordenadas. Princípio da superposição
5. Exemplos
6. Séries de Fourier
7. A equação de calor
8. A equação da corda
Derivadas Parciais
Considere uma função de duas ou mais variáveis, por exemplo f(x,y). Podemos
calcular as derivadas em relação a cada uma dessas variáveis:

∂f ( x , y ) f ( x + δ , y) − f ( x − δ , y)
fx = ≡ lim
∂x δ →0 2δ
(1)
∂f ( x , y ) f ( x, y + δ ) − f ( x, y − δ )
fy = ≡ lim
∂y δ →0 2δ

As derivadas parciais de maior ordem podem ser definidas recursivamente e


incluem derivadas cruzadas:

∂f x ∂f y f x ( x, y + δ ) − f x ( x, y − δ )
f xy ≡ = ≡ lim
∂y ∂x δ → 0 2δ
Considere a função: z = f(x,y) a derivada parcial de f em relação a
y no ponto (x0,y0) é denotada por fy (x0,y0). O número fy (x0,y0) é a
inclinação da reta tangente no ponto (x0,y0,z0) á curva situada na
superfície z=f(x,y). Esta curva é obtida pela intersecção do plano
x=x0 com a superfície z=f(x,y)

Inclinação fy (x0,y0)

Plano x=x0
Equações Diferencias Parciais
Uma equação diferencial parcial (EDP) é uma equação que contém derivadas
parciais de uma função incógnita de duas ou mais variáveis.
O estudo das EDP por Newton e Leibniz no século 17th marcaram o começo de
uma nova ciência.

•Mecânica dos fluidos


•Transferência de calor
•Modelos em águas rasas
•Modelos atmosféricos
•Modelos oceanografia
•Modelos populacionais
•Modelos em crescimentos de tecidos
•…..
Exemplos de quantidades dependentes do
espaço e do tempo
• c(x,y,t) = densidade populacional em um
ponto (x,y,t) em um instante de tempo
• S(x,t) = concentração de uma substancia
química em um ponto x e em um instante t
• T(x,y,t) = temperatura na posição (x,y) e
no
instante t
• v(x,y,z, t) = velocidade na posição (x,y,z) e
no
instante t
• O gráfico de c(x,y)
pode ser visualizado
como sendo a altura
correspondente a
cada ponto do plano
(x,y) pela função, c.
• O gráfico de é uma
superfície
tridimensional

1 (x −1) 2 + (y − 2) 2
c(x, y) = log
4π (x −1) 2 + (y + 2) 2
• Como
poderíamos
visualizar
T(x,y,t)?
• Fazendo o
gráfico da
superfície T(x,y)
para diferentes
valores de t.

T(x, y,t) = cos(ae−bt − c(x + y)e−c(x +y ) )


• Graficar
c(x,y) = k
• Curvas de
nível que
representam
pontos de igual
densidade.

1 (x −1) 2 + (y − 2) 2
c(x, y) = log =k
4π (x −1) + (y + 2)
2 2
O que é uma EDP?

- Uma equação contendo uma o mais derivadas


parciais de uma função (incógnita) de duas ou
mais variáveis independentes

Qual é a ordem de uma EDP?

- A ordem de maior derivada

Homogênea vs. Não homogênea

- Se cada um das parcelas de uma EDP contém a


variável dependente da equação ou alguma de
suas derivadas a equação é homogênea ; senão é
não homogênea.
∂ 2v ∂ 2v ∂ 2v
+ 2 + 2 =0 Homogênea
∂a 2
∂b ∂c

∂ v ∂ v
2 2
+ 2 = f ( a, b) Não Homogênea
∂a 2
∂b

∂ a
2
2 ∂ a
2
=k Homogênea
∂t 2
∂x 2
EDP´s (lineares) :

∂ 2u ∂ 2
u
= c 2
One-dimensional
Onda 1-Dwave equation
∂t 2 ∂x 2
∂u 2 ∂ u
2
=c
∂t ∂x 2 Calor 1-D
One-dimensional heat equation
∂ 2u ∂ 2u
+ 2 =0
∂x 2
∂y Two-dimensional Laplace equation
Laplace
∂ 2u ∂ 2u
+ 2 = f ( x, y )
∂x 2
∂y Two-dimensional Poisson equation
Poisson
∂ 2u 2⎛ ∂ u ∂ 2u ⎞
2
= c ⎜⎜ 2 + 2 ⎟⎟
∂t 2 ⎝ ∂x ∂y ⎠ Two-dimensional
Onda wave
2-D equation
∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u
+ + =0 Three-dimensional
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 LaplaceLaplace
3-D equation
Clasificação de EDPs de 2a Ordem
• Classificamos as cônicas ax2+bxy+cy2+dx+ey+f=0 como
sendo elipses/parábolas/hipérboles segundo o sinal do
discriminante: b2-4ac.
• Analogamente classificamos as EDPs de 2a ordem

auxx+buxy+cuyy+dux+euy+fu+g=0:

b2-4ac < 0 – elíptica ( equilíbrio)


b2-4ac = 0 – parabólica (difusão)
b2-4ac > 0 – hiperbólicas (ondas)

Em geral EDPs podem mudar de ponto a ponto


Para um problema determinado uma
solução única pode ser obtida pela
aplicação de :
condições de fronteira
condições iniciais

Princípio de Superposição ( linearidade ):

Se u1 e u2 são soluções de uma EDP linear e


homogênea em uma região R, então

u = c1u1 + c2u2
também é solução.
Problema com valor de Fronteira
∂u ∂u
2 2

+ 2 =0
∂x ∂y
2

e b for thepara
Determine a and a equação
solution to the de
2-DLaplace
Laplace 2-D
Equation. The
Solução:
given solution is u(x, y) = a ln(x2 + y2 ) + b .
The solution must satisfy the given boundary conditions :
u = 0 on the circle x 2 + y2 = 1
AND
u = 3 on the circle x2 + y2 = 4 .

Solution:
a ln(1) + b = 0 b=0
a ln(4) + b = 3 so
a = 3 / ln(4) = 2.1640
Solução:
Operadores Diferenciais
Um vetor que contém as primeiras derivas ou o gradiente de uma função:

⎛ ∂ f ∂ f ∂f ⎞
∇f ≡ ⎜⎜ , , ⎟⎟
⎝ ∂ x ∂y ∂z ⎠

Assim, nabla define o gradiente:

⎛ ∂ ∂ ∂ ⎞
∇ ≡ ⎜⎜ , , ⎟⎟
⎝ ∂x ∂ y ∂ z ⎠

A soma das segundas derivadas de uma função f(x,y,z), formalmente obtida como o
produto escalar de dois gradientes é chamado de Laplaciano:

⎛⎛ ∂ ∂ ∂ ⎞ ⎛ ∂ ∂ ∂ ⎞⎞ ⎛ ∂2 ∂2 ∂2 ⎞
Δ ≡ ∇ = ⎜⎜ ⎜⎜ , , ⎟⎟, ⎜⎜ , , ⎟⎟ ⎟⎟ = ⎜⎜ 2 + 2 + 2 ⎟⎟
2

⎝ ⎝ ∂ x ∂y ∂ z ⎠ ⎝ ∂ x ∂ y ∂ z ⎠ ⎠ ⎝ ∂ x ∂y ∂z ⎠
•A divergência de uma função vetorial f(x,y,z)=[(f1(x,y,z), f2(x,y,z), f3(x,y,z))]
é a soma das primeira derivadas ou, equivalentemente o produto escalar de
∂ f 1 ∂ f 2 ∂f 3
f com nabla: div f ≡ (∇ , f ) = + +
∂x ∂y ∂z

•O rotor de uma função vetorial é o produto vetorial com nabla:


⎡ i j k ⎤
⎢ ⎥
∂ ∂ ∂ ⎥ ⎛ ∂f 3 ∂ f 2 ∂ f 3 ∂ f 1 ∂ f 2 ∂ f 1 ⎞
rot f ≡ [∇ × f ] = ⎢ =⎜ − ,− + , − ⎟
⎢ ∂x ∂y ∂z ⎥ ⎜⎝ ∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y ⎟⎠
⎢ ⎥
⎣ f1 ( x ) f2 ( x) f 3 ( x )⎦

Várias igualdades podem ser derivadas a partir dos operadores gradiente,


divergência, rotor e Laplaciano.
Exemplos: Dinâmica dos Fluidos
A Equação de Navier-Stokes

• Equação de Navier-Stokes :

onde u: campo de velocidades, p: pressão; v


:Viscosidade, d : densidade; f: forças externas

• Conservação de Massa :
Exemplo – fluxo alrededor de um corpo sólido

A imagem mostra o fluxo em volta dos dois obstáculos


Uma asa - 0,6 Mach
Exemplos: Eletromagnetismo
As Equações de Maxwell.
G
G G G G ∂B
∇⋅E = ρ /ε ∇× E = −
∂t
G
G G G G ∂E
∇⋅B = 0 ∇ × B = με
∂t
G G
onde E : campo elétrico, B : campo magnético, ρ:
densidade de carga, ε: permissividade, e μ :
permeabilidade do médio.
Outros Sistemas de
Coordenadas
Definimos os operadores diferenciais nas
coordenadas Euclidianas. Entretanto, as vezes é
mais conveniente ao uso de outros sistemas,
como o sistema de coordenadas esférico (r,φ,θ)
para problemas com simetrias esféricas ou
coordenadas cilíndricas (ρ,φ,z) para problemas
com simetrias cilíndricas.
Usando as identidades:

∂f ∂f ∂r ∂f ∂ϕ ∂f ∂θ
fx ≡ = + +
∂x ∂r ∂x ∂ϕ ∂x ∂θ ∂x
...
∂ 2 f ∂f x ∂f x ∂r ∂f x ∂ϕ ∂f x ∂θ
= = + +
∂x 2
∂x ∂ r ∂ x ∂ ϕ ∂ x ∂θ ∂ x
... Coordenadas cilíndricas
Em coordenadas cilíndricas obtemos
∂f 1 ∂f coordenadas esféricas
fx = cos ϕ − sin ϕ
∂ρ ρ ∂ϕ
∂f 1 ∂f
fy = sin ϕ + cos ϕ
∂ρ ρ ∂ϕ
∂f
fz =
∂z
E em esféricasl:
∂f ∂f cos θ cos ϕ ∂f sin ϕ
fx = cos ϕ sin θ + −
∂r ∂θ r ∂ϕ r sin θ
∂f ∂f cos θ sin ϕ ∂f cos ϕ
fy = sin ϕ sin θ + −
∂r ∂θ r ∂ϕ r sin θ
∂f sin θ ∂f
fz = cos θ −
∂r r ∂θ
O Laplaciano em coordenadas cilíndricas e
esféricas

cilíndricas

∂ 2 f 1 ∂f 1 ∂2 f ∂2 f
Δf = + + 2 + 2
∂ρ 2
ρ ∂ρ ρ ∂ϕ 2
∂z

esféricas:

1 ∂ ⎛ 2 ∂f ⎞ 1 ∂ ⎛ ∂f ⎞ 1 ∂2 f
Δf = 2 ⎜r ⎟+ 2 ⎜ sin θ ⎟+ 2 2
r ∂r ⎝ ∂r ⎠ r sin θ ∂θ ⎝ ∂θ ⎠ r sin θ ∂ϕ 2

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