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Para que serve o Sistema Digestivo?

O organismo humano recebe nutrientes (substância de grande importância, indispensável à


manutenção das funções vitais do organismo). Para tal, os alimentos – substâncias utilizadas na
nutrição - tem de ser transformados em substâncias utilizáveis. Assim, ocorrem vários fenómenos
mecânicos e químicos. Tais fenómenos ocorrem ao longo do tubo digestivo, onde vários órgãos
auxiliam o processo, libertando os seus produtos.

A estas ocorrências chama-se digestão.

Com a digestão, as grandes moléculas orgânicas dos alimentos são desdobradas, ou seja, são
transformadas em constituintes mais simples, que são absorvidos para o sangue e linfa.

As proteínas, lipidos e glícidos complexos são digeridos, a água, minerais e vitaminas são
absorvidos sem digestão.

Como é constituído o Sistema Digestivo?


O Sistema Digestivo é constituído por:
Órgãos do Tubo Digestivo
Boca  órgão inicial do tubo digestivo. Na boca situam-se os dentes e a língua;

Faringe  parte do tubo digestivo que faz a ligação entre a boca e o esófago;

Esófago  conduz os alimentos ao estômago;

Estômago  órgão em forma de bolsa. As paredes são musculosas e os alimentos permanecem lá


entre duas a três horas.

Intestino Delgado  parte mais longa do tubo digestivo. Mede entre seis e sete metros. É
formado por:

. Duodeno  localizado no inicio do estômago, recebe os sucos produzidos pelo fígado e pelo
pâncreas;

. Jejuno-íleo  zona de absorção digestiva.


Intestino Grosso  mais grosso que o intestino delgado. Porém, mede apenas um metro e meio. É
formado por:

. Cólon Ascendente;

. Cólon Transverso;

. Cólon Descendente.

Que tipos de digestão existem?


Existem dois tipos de digestão:

. Digestão Mecânica  os alimentos são mastigados e misturados – exercida pelos dentes, língua
e movimentos peristálticos;

. Digestão Química  realizada pelas enzimas digestivas, produzidas por


vários órgãos do corpo.

Inicio da digestão – Digestão na Boca


Quando os alimentos entram na boca, os dentes mastigam-nos. Os alimentos,
já triturados, são misturados com saliva (segregada pelas glândulas salivares).
A saliva possui amílase salivar - enzima digestiva que inicia a decomposição dos
glícidos).
Depois de os alimentos serem mastigados e ensalivados, forma-se o bolo alimentar (produto da
digestão na boca).

O bolo alimentar é, em seguida deglutido, ou seja, é, através de movimentos peristálticos,


empurrado em direcção ao estômago.

Digestão no Estômago
O bolo alimentar chega ao estômago graças à cárdia (esfíncter que estabelece a ligação entre o
esófago e o estômago).

As paredes do estômago estão repletas de glândulas gástricas que libertam o suco gástrico
(enzimas digestivas e ácido clorídrico).

Os movimentos peristálticos do estômago misturam o bolo alimentar


com as secreções gástricas. Durante a digestão gástrica, a pepsina
(pag 119 – explicar agora ou depois?!) transforma o bolo alimentar
em quimo - o produto final da digestão no estômago.

Por fim, para chegar ao intestino delgado, o quimo passa pouco a


pouco para o duodeno, que é a parte inicial do intestino delgado.

Digestão no Intestino Delgado


No intestino delgado ocorre uma das últimas fases da digestão, mas também uma das mais
importantes.

O quimo, ao passar no duodeno estimula a secreção do suco intestinal, que contém várias enzimas.
Mas, antes disso, duas glândulas anexas libertam no quimo os seus produtos: são o fígado e o
pâncreas.

O fígado, que produz a bílis, armazena-a na vesícula biliar. Sempre que o quimo passa pelo
duodeno, a bílis é nele lançada. Apesar de não contem enzimas digestivas, a importância da bílis é
enorme, neutralizando a acidez do quimo e emulsionando os lípidos (separando os lípidos em
gotículas de gordura) para que as lipases intestinais possam actuar.

O pâncreas produz suco pancreático que possui enzimas digestivas (lípase, amílase e
tripsina), lançadas no duodeno, sobre o quimo. Elas iniciam a transformação do quimo
no duodeno.

No intestino delgado, os movimentos peristálticos misturam o quimo, que é submetido à ação de


várias enzimas produzidas pelas superfícies internas do intestino – maltase e peptidases -, assim
como secreções lubrificantes (protegem o interior do intestino da acidez do quimo e da ação das
suas enzimas digestivas)
Como ocorre a absorção de nutrientes?
O intestino delgado é a principal área de absorção de nutrientes.

Os nutrientes, após a digestão química e mecânica a que foram submetidos, encontram-se agora na
sua forma mais simples.

A superfície interna do intestino delgado está repleta de pregas, vilosidades e microvilosidades.

Estas modificações da superfície do intestino delgado aumentam a área disponível. Permitem uma
maior absorção (passagem das pequenas moléculas dos alimentos para os capilares sanguíneos e
quilíferos).

Após esta absorção, o que resta do quimo vai para o intestino grosso. Lá, são absorvidas água e
minerais.

Fim da digestão – Eliminação de


Fezes
No intestino grosso é absorvida a maior quantidade possível de
água. O mesmo acontece aos minerais.

Quando nada mais vai ser absorvido, os resíduos da digestão


formam as fezes. Estas são armazenadas para depois serem
defecadas – expulsão dos resíduos de digestão do organismo.

Enzimas – Acção sobre os Nutrientes


Existem várias enzimas que actuam durante a digestão.

Elas são:

. Amílase Pancreática  decompõe os glícidos em maltose;

. Maltase Intestinal  decompõe a maltose em glícose;

. Tripsina Pancreática  decompõe os polipeptídeos em peptídeos;

. Peptídiase  decompõe os peptídeos em aminoácidos;


. Lípase Intestinal/Pancreática  decompõe os glicerídeos em ácidos gordos e glicerol;

. Amílase Salivar  inicia a decomposição dos glícidos;

. Pepsina  decompõe as proteínas em meio ácido.

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