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Sem folhas não podemos compreender a possibilidade da

vida se manter e ter continuidade, seu sangue também é o


nosso, sobre elas pisam nossos ancestrais e os Orixás
sobre elas vem saudar e visitar seus filhos, sem elas não há
festa, não há axé, não há vida ou força, sem elas não há
nada.

Esta música foi feita em saudação a um senhor de muitos


nomes, sendo que pelo qual ele é o mais amado é o de
“Senhor das folhas sagradas”, Ossaim para algumas
nações de Candomblé, Agué ou Katendê em outras, senhor
dos mistérios das ervas, que conhece seus segredos e
encantamentos.

Ewê-ô! Salve as folhas!JAMBÚ - awùrépépé, éurépepe ou


ainda oripépe.
Folha muito importante dentro do culto aos orixás, o jambú.
Nas casas de Candomblé Ketú recebe os nomes de
awùrépépé, éurépepe ou ainda oripépe. Pela sua
importância é tida como uma planta de oro, ou seja, de
fundamento. Folha ligada aos mistérios da Deusa da
Fertilidade, Oxum. Às vezes é confundida com o bánjókó
(Acmella brasiliensis), erva também consagrada a Senhora
dos Rios. Suas flores são consagradas a Exú, orixá da
procriação, aquele que promove as uniões. O jambú
costuma crescer em regiões úmidas, estando também, de
certa forma, associado a Oxalá, o Senhor da Criação.
Quando observamos esses três aspectos ligados a essa
planta (Fertilidade/Procriação/Criação) conseguimos
entender porque ela é tão importante no processo de
iniciação de um iyawo. Oxum é o grande útero que povoa o
mundo. Exú é aquele que faz o possível (e o impossível)
para que esse útero seja fecundado, cabendo a Oxalá
permitir que possamos ser criados no mundo espiritual
(orun) e assumir o nosso papel no ayé (mundo dos vivos).
Podemos dizer que essa folha carrega em si essa força,
que permitirá o nascimento do iyawo dentro do culto aos
orixás. Embora muitos considerem essa folha como eró
(que apazigua) o awùrépépé também pode ser considerada
uma folha gún (que acorda, desperta). fonte:frases e
pensamentos 0.F12 oba fayolá
FOLHA DE MUCUNA - OLHO DE BOI

Denominadas popularmente de "co-oronha",“queima


queima”,
“olho de boi”,”pó-de-mico” e “feijão do mar”.

Cientificamente, pelos lados da botânica, elas são


denominadas de Mucuna Urens e existem várias espécies
espalhadas pelo mundo e com sementes distintas, usadas
medicinalmente como tonificante alimentar ou na culinária
para dar um toque de sabor ao feijão.
Mas o seu uso é feito em pó, em quantidades muito
pequenas.

Não se aconselha seu uso sem que se esteja devidamente


orientado por quem conhece tudo a seu respeito.
Estas sementes vistosas são mais utilizadas mundo afora
nas produções de artesanato porque oferecem inúmeras
possibilidades de utilização.
O interessante mesmo é a planta, um vigoroso cipó
enrolador e de crescimento rápido que proporciona lindas
flores, geralmente em tons arroxeados ou violetas. Os
frutos são vagens aveludadas de coloração marrom quando
maduros. Nestas vagens pode-se encontrar de 2 a 5
sementes na coloração marrom caramelado. Não se deve
tocar nas vagens porque os pelos nela encontrados são
urticantes.

Iremos encontrar muitas referências sobre esta interessante


semente, mas a maioria dessas informações é muito
técnica, até porque a ciência vem estudando suas
propriedades e já há quem diga que o pó da Mucuna é um
ótimo remédio para evitar acidentes vasculares ou
recuperar quem já o sofreu bem como sua eficaz utilização
para tratar a doença de Parkinson ou ainda, para resolver
problemas de disfunção erétil.
Claro que são especulações e ninguém deve fazer uso da
semente sem ter pleno conhecimento a respeito.

O melhor é procurar pessoas que saibam muito bem como


lidar com esta relíquia da natureza.

No Candomblé a folha de mucuna costuma ser atribuída ao


orixá Osaiyn, sendo utilizada para banho dos seus filhos e
de seus objetos.

Já na Umbanda se usa muito a semente da mucuna


(chamada olho-de-boi) para a confecção de colares que são
utilizados pelos caboclos e pretos-velhos.
É muito comum uma dessas entidades, chamadas
carinhosamente de guias, receitarem o uso do olho-de-boi
dentro de um copo com água e uma pedra de carvão para
ser posto atrás da porta com o objetivo de cortar olho
grande e mau olhado.
FOLHA DENTE DE CÃO - AVELOZ

Aveloz é o Dente de Cão!

Nome científico: Euphorbia tirucalli L


Nomes populares: almeidinha, cachorro-pelado, árvore-de-
são-sebastião, árvoredo-coral-de-são-sebastião, árvore-do-
lápis, avelós, cassoneira, cega-olho, coral-desão-sebastião,
coral-verde, coroa-de-cristo, dedinho, dedo-de-diabo, dente-
de-cão, espinho-de-Cristo, espinho-de-judeu, espinho-
italiano, graveto-do-diabo, labirinto, mata-verrugas, pau-
pelado, pinheirinho, pau-liso, pau-sobre-pau.

Origem: Sul da África, propagando-se por todas as regiões


tropicais.

Parte usual: Látex, extraído dos ramos.


Mecanismo de ação: Ainda em elucidação.
Estudos em fase inicial sugerem possíveis atividades
imunomoduladora e anti-tumoral.

Precauções:
O látex, por ser potencialmente irritante da pele e das
mucosas, pode causar inflamações, eritemas e, até mesmo,
queimaduras.
Em contato com os olhos pode destruir a córnea levando a
cegueira.

Pacientes com distúrbios do trato gastrintestinal.


Pacientes com distúrbios de coagulação do sangue.
Pacientes em quimioterapia.

AVELÓS OU FIGUEIRA DO DIABO OU GAIOLINHA

Trazida da África por um missionário e plantada em


Caruaru, estado de Pernambuco, em 1892.
Usa-se socada para purificaçâo dos instrumentos mágicos
e altares.
Seu uso se restringe a purificação das pedras do orixá
antes de serem levadas ao assentamento; é usada socada.
A medicina caseira indica esta erva para combater úlceras e
resolver tumores.

É uma planta tóxica,não é aconselhada para banhos,seu


uso deve ser moderado e supervisionado por alguem que
tenha o conhecimento da mesma.

Folha consagrada a Exú e Obaluaiê.


Tradicionalmente usa-se pra trabalhos com Exú, apesar de
alguns a utilizarem para Obaluaiê em algumas situações.

Muito utilizada como cerca viva em países de clima tropical.


Alguns estudos feitos no campo fitoterápico deram a esse
vegetal o status de medicmaneto eficaz no combate a
diversos tipos de câncer.
Sua seiva é indicada para debelar verrugas.
Obs.: O LEITE DESTA ÁRVORE , CASO CAIA NOS
OLHOS, "CEGA".
A ENERGIA OCULTA DAS PLANTAS
É possível ter em casa, na horta, no jardim ou em um
simples vaso uma fonte pura de energia, capaz de emanar
bons fluidos. Para isso, basta plantar uma folhagem, uma
erva, uma flor. Algumas espécies são mágicas!

O fascínio pelas plantas e sua energia benéfica está na


ordem do dia. Hoje, ninguém mais é considerado lunático
se for surpreendido conversando com seu vasinho de flores
preferido. Ou mesmo se, passeando por um parque, tiver o
impulso irresistível de abraçar uma árvore centenária, só
para lhe "roubar" um pouquinho de energia.

Há quem diga que são os ventos da Nova Era, com a


chegada do terceiro milênio, que trazem essa nova
consciência, menos racional e mais intuitiva, em sintonia
com as vibrações da natureza. O fato é que, na roda do
tempo, a magia que envolve o verde não tem idade.

Por transmitirem sensação de bem-estar e conforto, as


plantas sempre foram companhia obrigatória nos diferentes
momentos da vida. Seja num simples jantar, na
comemoração de nascimento, em casamentos, ou na
morte.
Muitas espécies estão carregadas de simbolismos desde a
Antiguidade, quando eram oferecidas aos deuses como
prova de adoração. Um exemplo é o alecrim (Rosmarinus
officinalis), que pela facilidade de reprodução de seus
galhos, era usado pêlos egípcios para confeccionar coroas,
ofertadas para Ísis. Reconhecia-se, assim, a fertilidade que
a deusa e a planta simbolizavam.

Algumas, por outro lado, têm justamente na beleza exótica


de suas flores a explicação de como essa força energética
atua positivamente no homem. O lírio (Lilium candídum),
símbolo da pureza da alma, sempre é lembrado na
proteção contra bruxarias e encantamentos. O lírio-da
Espanha (Íris xiphium) tem no nome uma alusão à deusa
íris, divindade do arco-íris e mensageira dos deuses. O
lótus (Nelumbo nucifera) era planta sagrada do alto Egito e
atributo dos deuses nas religiões orientais evocando a vida
eterna. O maracujá (Passiflora wacrocarpa) já foi muito
plantado nos cemitérios, à volta do túmulos. Acreditava-se
que sua flor de formas inusitadas, era um sinal divino: as
pétalas circulares e de pontas afiadas lembram uma coroa
de espinhos; os três estigmas do centro evocam os cravos
usados na crucificação de Cristo, daí o nome "flor da
paixão". Já a recatada malícia da dormideira (Mimosa
pudica) apresenta um comportamento incomum para quem
acredita que as plantas não têm movimento: a um leve
toque, suas folhas se recolhem, como se estivessem
murchas.
A MAGIA DAS FLORES E FOLHAS
As flores expressam a harmonia divina e proporcionam paz
e serenidade mental aos que sabem aprecia-las.
A arte dos arranjos florais, estimula a criatividade e
proporciona a paz interior, e a Umbanda como síntese, vela
pela preservação da tradição dessa arte sublime.

A magia com flores é milenar e se preservou na arte do


Ikebana que, até o final do século 19 era uma prática
restrita apenas aos homens.

Assim como as flores, as ervas também são de


fundamental importância para a restituição e a
reconstituição do equilíbrio nos médiuns de Umbanda pois,
a natureza preserva a harmonia divina e os elementos
naturais carreiam o Axé ( força ) da natureza.

As importantes correlações referentes aos sete Orixás,


inclusive as essências que podem ser adquiridas em casas
especializadas na comercialização de materiais para
formulação de perfumes. Essas essências podem ser
utilizadas na forma de banhos para restabelecimento do
equilíbrio psico-aurânico bem como para a conservação do
mesmo. No banho de essência utilizamos apenas três gotas
para um litro de água pois, o excesso pode ser prejudicial, e
no primeiro mês de uso fazemos o banho somente uma vez
por quinzena e posteriormente uma vez por semana. Esse
banho deve passar por todo o corpo, e para isso deve ser
despejado por cima da cabeça ( ori ) passando por todo o
corpo, após o banho normal de higienização.

O banho de ervas não deve ser usado a qualquer momento


e se presta mais a desimpregnações e fixações mediúnicas
e não deve ser despejado sobre a cabeça mas, sim a partir
dos ombros. E para quem queira se banhar com as ervas,
deve seguir a uma série de observações importantes
principalmente na origem e no que tange a colheita das
ervas que, deve ser executada em uma lua positiva ( nova
ou crescente) pois, nessa época a seiva da planta se
localiza nas folhas e na quinzena lunar negativa ( cheia e
minguante ), a seiva se encontra próxima a raiz, ficando as
ervas portanto, energeticamente defasadas .

Esse banho deve ser feito por infusão, ou seja, fervemos a


água, a retiramos do fogo, colocamos as ervas e
esperamos até que a mistura esfrie o suficiente para aplicá-
la no corpo após o banho normal de higienização. Outra
orientação é que se coloque um pedaço de carvão sob
cada pé no momento do banho que deve ser despejado no
corpo, no sentido do pescoço para baixo, ou seja, não deve
ser despejado na cabeça. E basicamente é muito positivo
utilizar nesse banho apenas uma erva da vibração de Oxalá
ou uma erva da vibração original ( relacionada ao signo ) do
médium que usará o banho.
As entidades de Umbanda, também utilizam a energia
vegetal na forma de defumação, a fim de amortizar energias
de choque oriundas do baixo astral e no intuito de
aproveitar o equilíbrio natural dos vegetais para re-
harmonizar nosso organismo por meio da absorção, via
respiração, da energia emitida por essa aroma-terapia que
é decodificada por nosso organismo por meio do
rinoencéfalo.

Para melhor projeção das energias provenientes da


defumação, a mesma deve ser feita em um turíbulo de
barro e deve obedecer a critérios específicos que qualificam
e quantificam as ervas ou essências utilizadas para esse
fim.

Uma defumação positiva utilizada para desagregar energias


negativas pode ser composta de três porções de erva-doce,
com uma porção de cravo e uma porção de canela. Para
defumar pessoas o importante é que a fumaça seja inalada
ou seja, não é necessário 'fulmigar" a pessoa com
excessiva fumaça pois, uma emanação sutil que possa ser
sentida pela respiração já produz efeitos notáveis.
A nível superior podemos utilizar o incenso puro na forma
de pequenas pedras utilizadas no turíbulo ou mesmo de
varetas especialmente preparadas que podem ser
adquiridas no comércio. A fumaça do incenso assim como a
do sândalo e de outros elementos, veicula pedidos
superiores e eleva nosso tônus vibratório

Para defumarmos ambientes como casas ou


estabelecimentos comerciais, devemos fazer a defumação
dos fundos do estabelecimento para a entrada ou seja,
direcionaremos os fluídos negativos para fora da casa em
questão. E para potencializar esse processo podemos
deixar uma cumbuca de água com sal atrás da porta de
entrada que deve ser substituída semanalmente, e
podemos utilizar certos pontos cantados ou mantras que
possuem o poder de direcionar as energias da natureza
aumentando a eficácia do trabalho magístico.
Com essa mesma filosofia, as entidades ditas como
caboclos e Pais-velhos, fazem uso do fumo nas sessões de
caridade dos terreiros de Umbanda.

Portanto, não é correta a exortação de leigos que atribuem


que o uso do fumo em forma de charutos e cachimbos
pelas entidades de Umbanda seja decorrente de uma
pseudo-inferioridade ou um suposto vício que esses seres
astralizados trazem de vidas anteriores.

Existe portanto, um véu entre a aparência e a essência da


Umbanda que raras pessoas podem conceber e mais raras
ainda são as pessoas que se desprendem dos aspectos
místicos e míticos e adentram o nível cósmico da Umbanda
e da vida.

Como disse Shakespeare:

" Existem muito mais mistérios entre o céu e a terra do que


supõem nossa vã filosofia..."

Alguns exemplos de flores:

lírio branco – Oxalá ;


rosa Branca – Yemanjá ;
crisantemo branco – Yori ( Ibeji );
cravo branco - Xangô ;
violeta – Yorimá ( Obaluaye ) ;
palmas vermelhas – Oxossi ;
cravos vermelhos – Ogum ;
AJOBÍ FUNFUN - AROEIRA BRANCA

Nome Yorubá-Ajobi Funfun, Ajobi jinjin


Nome Científico- Lithaea molleoides
Nome Popular-Aroeira branca, aroeira de fruto do mangue,
aroeirinha.

Considerações:

Encontradas nos estados do nordeste ao sul


principalmente, usada em sacudimentos, sendo
considerada uma folha gún( quente), utilizadas em banho
de descarrego porém seu uso é muito restrito pois não se
deve levar esta folha a cabeça para banho.

Em algumas casas é proibido seu uso pois dizem as


crenças, que está folha desprende emanações perigosas a
quem dela se aproxima necessitando uma cautela
significativa para colhê-la, reações, como perturbações na
pele e nos olhos,

Uso na medicina:

Excitante e diurética , o cozimento da casca serve para


combater diarréias infecções das vias urinarias.....
AJOBÍ PUPÁ - AROEIRA VERMELHA

Nome Yorubá-Ajobi,Ajobi Pupá, Ajobi oilé


Nome científico- Schinus therebenthifolius
Nome popular- Aroeira-comum, aroeira vermelha, pimenta
do Peru

Considerações:

Encontradas em regiões nordeste sudeste e Sul, nos


candomblés jeje-nagôs são usadas nos sacrifícios de
animais quadrúpedes forrando-se o chão com ela, agrada
muito o Orisa para o sacrifício. As Crenças enraizadas
dizem que pela manha esta Ewé pertença a Ogun a tarde
pertença a Esu e ainda sirva para vestir Ossanyin. Seus
galhos são utilizados para ebós e sacudimentos.

uso na medicina:
Anti-Reumático,sua resina serve para combater bronquites
crônicas casca quando cozida, indicada contra feridas,
tumores , inflamações em geral, corrimentos e diarréias.

ALECRIM

Nomes Populares
Alecrim, rosmarino, erva da recordação.

Nome Científico

Rosmarinus Officinalis / família Labiadas

Planeta

Sol

Origem

Sua origem remonta às praias do Mediterrâneo ( o nome


rosmarinus vem do latino que significa "o orvalho que vem
do mar", devido ao cheiro das flores vegetando à beira
mar). . Carlos Magno obrigava os camponeses a cultivá-lo.
Foi companheiro dos portugueses nas Entradas e
Bandeiras. Antigamente queimava-se caules de alecrim
para purificar o ar do quarto de doentes em hospitais.

Partes usadas
Folhas e flores

Lendas e Mitos
Conta-se que numa viagem Nossa Senhora sentou-se à
sombra de um alecrim para dar de mamar ao menino
Jesus: por isso acredita-se que a planta nunca atinja altura
superior à de Jesus adulto.Outro conto diz que a Bela
Adormecida foi acordada pelo príncipe com um ramo de
alecrim.Os gregos usavam coroas de alecrim em festas,
como símbolo da imortalidade.A crendice popular usa o
alecrim para afastar olho gordo, erva da juventude eterna,
do amor, amizade e alegria de viver. Erva colocada debaixo
do travesseiro afasta maus sonhos. Tocar com alecrim na
pessoa amada faz ter seu amor para sempre.

Características e Cultivo

Arbusto rústico e persistente, atinge até 2 metros de altura,


com folhas resinosas, coriáceas, lineares e verde-escuras.
O caule, quadrado, torna-se lenhoso à partir do segundo
ano. Locais ensolarados, companheira da sálvia, brócoli e
couve, atrai abelhas e repele moscas da cenoura. Solo
drenado e permeável, vai bem mesmo nos pedregosos

Medicinal

Bom para os rins e vesícula e equilíbrio da pressão arterial,


auxiliando a boa circulação; auxilia nos estados de
depressão, dores reumáticas, digestão, facilita
menstruação, combate gota, icterícia é anti-séptico,
sedativo, fortalece a memória. Bochechos de infusão são
recomendados para aliviar aftas, estomatites e gengivites.

Para asma:
fumo de alecrim ( reduzir a pedaços pequenos as folhas
secas. Fazer cigarro e fumar quando ameaçar ataque de
asma).
Para reumatismo, eczemas e contusões: folhas cozidas no
vinho usadas externamente.

Anti-séptico bucal:
infusão comum.
Para sarna:
infusão bem forte aplicada externamente.
Cicatrizante de feridas e tumores: folhas secas reduzidas a
pó ou suco.
Cosmética

Vinagre de alecrim ou chá bem forte no cabelo depois de


lavado estimula a saúde dos folículos capilares e evita a
calvície; xampú para fortificar.

Na pele, restabelece o ph natural (é ligeiramente


adstringente).

Óleo de alecrim é bom para passar no corpo pós banho.

Creme para lábios sensíveis:


1 col café de manteiga de cacau, 1/3 de col de café de
glicerina, essência de alecrim. Derreta a manteiga, misture
a glicerina e o alecrim. Impede rachadura dos lábios ou
irritação.

Tônico facial de alecrim:


1,5 xíc de água, 1 maço de alecrim, 1/2 dose de conhaque.
Ferver o alecrim na mistura de água e conhaque por 15
minutos. Filtre e conserve em vidro escuro. Para pele
precocemente envelhecida: 50 gs de alecrim em infuso em
1 litro de água por 10 minutos. Coe e faça compressa no
rosto após a limpeza.

Utilização

Uso caseiro:
-Inseticida natural, plantado na horta protege as outras
plantas.
-Ramos de alecrim frescos, colocados entre as roupas
defendem-nas de ataque de traças.
-Desinfetante de alecrim:
ferver folhas e pequenos caules de alecrim por meia hora.
Quanto menos água mais concentrado. Espremer e usar
para limpar louças e casas de banho. Para desengordurar
melhor, misturar um pouco de detergente. Guardar na
geladeira, dura uma semana.
-Galhos floridos secando num vaso na casa estimula a
memória.

Uso culinário:
Aves e carnes brancas, carneiros, peixes, batatas, omeletes
e molhos. Carnes de caça, frutos do mar, pães. o famoso
"néctar dos deuses"parece que é o mel de alecrim

Uso mágico:
Afasta olho gordo, erva da juventude eterna, do amor,
amizade e alegria de viver. Erva colocada debaixo do
travesseiro afasta maus sonhos. Tocar com alecrim na
pessoa amada faz ter seu amor para sempre.Poção de
amizade leva alecrim.

Aromaterapia:
O óleo essencial de alecrim é utilizado para dores
musculares, reumatismo,artrite, prisão de ventre, tosse,
sinusite, resfriado, bronquite, enxaqueca, deficiência de
memória, cansaço.
Efeitos colaterais:
Não é indicado durante a gravidez e nem para epiléticos;
em caso de overdose pode causar gastroenterites e/ou
nefrites.
ALFAZEMA

Lavandula Officinalis Lamiaceae


Sub-arbusto vivaz de ramos retos acinzentados.
As flores são azuladas em forma de espiga, de cheiro
suave e inesquecível.

Utilizada desde a Antiguidade em medicina e perfumaria, é


cultivada na França, Itália, Espanha, Bulgária e Marrocos.
Os Romanos utilizavam-na para perfumar a água dos
banhos e em massagens, sob a forma de óleo.
O seu nome quer dizer desafio ou desconfiança, porque
nos terrenos mais áridos e secos, algumas cobras se
costumam esconder entre ela.

Nos rituais de Umbanda é consagrada ao Orixá Yansã e


aos Ibejís, sendo utilizada (em forma de óleo ou perfume)
pelos baianos também.
A alfazema é erva de todas os santos, e de Ossãe também
.
chamada de lavanda ,serve para todos os tipos de banho e
que pode ser usada em quase todas as obrigações e
defumações
Regida por Mercúrio, purifica e devolve a alegria. Queimada
no Solstício de Verão desde a Antiguidade para aumentar a
concentração e a consciência. O seu óleo purifica e
desenvolve poderes psíquicos e o incenso harmoniza o
ambiente.

As suas flores contêm óleo essencial e muitos outros


componentes entre os quais acetato de linalilo, linadol e
terpineno-4-ol. Tem propriedades sedativas e calmantes. O
seu óleo essencial possui propriedades bactericidas
ligeiras, anti-sépticas e cicatrizantes, podendo utilizar-se no
tratamento de ataques de tosse e constipações. Utiliza-se
também para tratar queimaduras ligeiras, picadas de
insetos e em gargarejos para a higiene bucal.

A Infusão das suas flores reduz a ansiedade e a dor de


cabeça provocada por excesso de tensão. Em banhos,
ajuda a combater problemas circulatórios e a aliviar dores
reumáticas e a febre.

Mulheres grávidas ou amamentando, não devem utilizá-la.

Na Cozinha utiliza-se na confecção de Geleias e confere


um toque exótico a pratos de peixes brancos, como por
exemplo a receita a baixo:

Pescada no forno aromatizada com Alfazema


1 Pescada média
2 Cebolas grandes
Azeite à gosto, generozamente.
3 dentes de Alho
7 flores de Alfazema
Sal e Pimenta a gosto
0,5 Litro de vinho branco2 folhas de Louro
500 gr de legumes variados cozidos ao vapor
Arranje o peixe deixando-o inteiro e introduza 3 flores em
seu interior.
Coloque a Cebola em meias luas no fundo de um tabuleiro,
os Alhos esmagados e o Louro.
Disponha o peixe sobre a Cebola. Desfaça as restantes
flores com as mãos e salpique o peixe com elas. Regue
com o Azeite e o vinho e salpique com o Sal e a Pimenta.
Leve ao forno (180º). Retire quando o peixe estiver assado
mas suculento e sirva com os legumes ao vapor.
AMOREIRA

CIÊNCIA:
Amora é o nome popular dado a diversas frutas de formato
semelhante mas pertencentes a gêneros e mesmo famílias
botânicas diferentes.

São elas:

amora-branca:

Maclura tinctoria, Moraceae, árvore dióica, nativa do Brasil.


Também chamada taiúva.
Morus alba, Moraceae, árvore mono ou dióica, nativa da
China.
Rubus erythrocladus Rosaceae, arbusto, nativa do Brasil.
Também chamada amora-verde e amora-do-mato.

amora-preta:

Morus nigra, Moraceae, árvore geralmente dióica, nativa da


China e Japão.
Rubus sellowii, Rosaceae, arbusto, nativa do Brasil.
Tambám chamada amora-do-mato.
Rubus ulmifolius Rosaceae, arbusto, nativa da Europa e
América do Norte.

amora-vermelha:

Rubus rosifolius, Rosaceae, arbusto ou sub-arbusto, nativa


do Brasil. Também chamada moranguinho-silvestre.

...Folha de amora:

O chá dessa folha que pode servir como um tratamento


alternativo para as mulheres que fazem reposição
hormonal. Ele ajudar a aliviar os sintomas da menopausa,
mas não substitui o tratamento indicado pelo ginecologista
à base de hormônios.

Não se toma banhos com folhas de amoras, evitar passar


embaixo do pé de amora ( pertence a Babá Egun )

Isan - Amoreira

PErtence a Oya, Egum (Ilè Ibo aku) e Egungun estritamente


Desta folha se faz o Ixan, bastão ritualistico que tem o
poder de controlar os ancestrais quando presentes no Aiye,
bastão este que só pode ser retirado e tratado ou pelo
Olossanyin, ou pelos Sacerdotes do culto de Egungun e
semelhantes.

Podem ser adminitradas em gargarejos, com cautela,


contra aftas e inflamações nas amigdalas. Ochá é bastante
utilizado no combate a diabetes.
as flores no tratamento de infecções renais, e os frutos
contra o reumatismo, artrite, gota e estados febris.

É uma planta muito negativa, não falo de seus frutos.


Se ficar por muito tempo debaixo de uma arvore voce
acaba se sentindo pesado.
Sim é uma arvore ligada direto a egun!
-contam que os eguns se reunem ao entardecer em suas
sombras
ANIS ESTRELADO

Anis-Estrelado – Illicium verum

Seus frutos têm a forma de estrela de 8 a 12 pontas e é de


cor castanha.

A essência do anis-estrelado, por conter anetol, tem efeitos


tóxicos sobre o sistema nervoso, causando delírios e
convulsões, quando tomado em doses elevadas. O anis-
estrelado (Illicium verum ), não deve ser confundido com o
anis (pimpinella anisum L.) apesar de conter o mesmo
princípio ativo (anetol) tendo propriedades semelhantes
àquela planta. É digestivo como o anis, porem é mais
concentrado.

É carminativo e muito útil nos casos de digestões difíceis,


fermentação intestinal e flatulência. Alivia os espasmos das
visceras ocas (estômago, vesícula biliar, intestino, útero).

O anis-estrelado é também conhecido como anis-da-China,


anis-do-Japão, anis-da-Sibéria, funcho-da-China.
Em portugual: badiana, anis-estrelado; Espanha: anis
estreliado, anis de estrella, anis de China; França: badiane,
anis de la Chine; Inglaterra: star anise, Chinese anis.

ANIZ "Pimpinella anisum" A semente de aniz favorece as


secreções salivares, gástricas e a lactação. É indicado em
dispepsias nervosas, enxaquecas de origem digestiva,
cólicas infantis, deficiências cardiovasculares (palpitações e
angina), asma, espasmos brônquicos e aumenta o leite
materno.
EVITE USO PROLONGADO, pode causar intoxicação e
confusão mental.

O Anis-Estrelado (Illicium verum) é também conhecido


como Anis-Doce, Erva-Doce-Chinesa, Anis-Verdadeiro,
Anis-da-Sibéria, Anis-Siberiano, Star Anisum (inglês) e Jiao
Hui Xian (chinês). Pertence a família Illiciaceae.

Usos Tradicionais: arrotos, bronquites, cãibras, cólica, dor


nas costas, gases intestinais, halitose (mau hálito), hérnia,
náuseas, reumatismo, tosse.
Propriedades Medicinais: analgésico, antibacteriano,
aromática, carminativo, diurético, estimulante circulatório,
expectorante, tônico estomacal.

O Anis-Estrelado é um expectorante moderado. O óleo


essencial é usado para dar cheiro a produtos para cabelo,
perfumes e sabões. É queimado como um incenso.

Na arte culinária asiática o Anis-Estrelado é usado como um


tempero para guisados de peixe, carne de porco e pato,
bens assados, chá e café. Usada como um substituto da
semente de Erva-Doce em condimentos, entretanto, possui
sabor é mais forte e mais pungente. Acrescentado a licores.
Um pedaço de Anis-Estrelado pode ser mastigado após a
refeição para refrescar a respiração.

A planta é composta de óleo essencial (anetol,


anisaldehyde, cariofileno, methycavicol, ácido anísico,
acetona de anis, felandreno, pineno, cineol, limoneno,
safrol), açúcar, resina e tanino. O Anis-Estrelado (Illicium
verum) não deve ser confundido com o Illicium religiosum
ou com o Illicium lanceolatum, que são potencialmente
tóxicos. A espécie Illicium anisatum também pode ser
nociva à saúde.

O nome de gênero, Illicium, é oriundo do latim e significa


“aquilo que atrai”, em referência ao cheiro agradável da
árvore. O nome de espécie, verum, significa “verdadeiro”.
As vagens das sementes do Anis são amoldados no
formato de seis ou estrela octagonal.

Apesar de possuir cheiro e sabor semelhante, não é


relacionada à popular Erva-Doce. O Anis-Estrelado é nativo
do sul da China, foi chamada de Cardamomo-Siberiano,
vez que era transportada para a Europa pelo rota
China/Rússia.

Anis – Pimpinella anisum Halitose: Tratamento do Mau


Hálito Com Ervas Alcaçuz – Glycyrrhiza glabra Endro –
Anethum graveolens Gataria – Nepeta cataria Categorias:
Ervas Aromáticas, Ervas Medicinais, Plantas Medicinais

................................................

USO RITUALÍSTICO

Planta de Oxalá. Não há restrição no uso desta planta


odorizante.
Poucas vezes presenciei sua aplicação, em folhas, nas
obrigações de cabeça referentes a Oxalá ou Lemba Di Lê
(Angola). Talvez se deve isso à dificuldade de encontrar a
planta, que é pouco cultivada em alguns Estados. Todavia,
é fora de dúvida sua aplicação em todas as obrigações
principais. Seu banho serve nos casos amorosos, e como
defumação aliada a outros componentes para abrir os
caminhos amorosos e propiciar boas amizades, bons
caminhos, paz e triunfo.
Em alguns Asés utilizadas também para Ode, Ossosi, Orisa
Oko

É utilizado contra a má digestão e no preparo de carnes a


serem servidas á Ode e orisa Oko, sabedores do poder
aromáticos utilizam somente um grão para o tempero de
peças de grande carnes, é utilizada de grande quantidade
para fazer as pembas de Osala.
ARNICA

Nome científico da Arnica:


Arnica montana L.

Família da Arnica montana:


Asteraceae.

Outros nomes populares da Arnica montana:


arnica-das-montanhas, arnica-verdadeira, panacéia-das-
quedas, quina-dos-pobres, tabaco-de-montanha, tabaco-
dos-saboianos; arnica-verdadeira; echte arnika (alemão),
arnica (espanhol, francês, inglês e italiano), arnicae (latim).
É uma planta herbácea, de caule pouco ramificado, que
pode medir entre 20 e 70 cm de altura. Suas raízes são
escuras e fibrosas, com folhas ovais que podem chegar a 7
cm de comprimento. Suas flores são amarelas ou
alaranjadas, com aspecto semelhante ao da margarida. As
partes da planta utilizadas para fins medicinais são as
folhas e flores. Entretanto deve ser usada com restrição,
pois é uma planta que, além do seu poder medicinal,
produz várias substâncias tóxicas. A utilização em jardins
aromáticos é interessante pelo suave perfume exalado das
suas folhas.

Constituintes químicos da Arnica montana:


ácido cinâmico, ácido fórmico, ácido fumárico, ácido
isobutírico, ácido isovalérico, ácido tânico, alcalóide,
arnicina, arnifolinas, astragadol, cadineno, carotenóides,
ceras, chammisonólidos, colina, cumarinas, escopoletina,
esteróis, faradiol, flavonóides (isoquercetina, luteolina,
astragalina), fitosterina, glicosídeos, helenalinas, heterósido
flavônico, humuleno, inulina, mirceno, óleo essencial (0,23 a
0,35%), óxido cariofilênico, resinas, taninos, timol,
triterpenos (arnidol, pradiol e arnisterina), umbelliferona,
xantofila.
Propriedades medicinais da Arnica montana:
analgésica, anticongestiva, antiinflamatória, antimicrobiana,
anti-seborréica, anti-séptica, cardiotônica, estimulante,
estimulante do crescimento capilar, hipotensora, tônica,
vulnerária.

Indicações da Arnica montana:


apoplexia, asma, arteriosclerose, cabelos (queda, caspa,
dermatite seborréica, oleosidade), catarro, contusões,
coqueluche, distensão muscular, dores (musculares,
articulares, reumáticas, de entorse, de contusões), entorse,
espasmo, ferimento, febre, furunculose, golpes, gota,
edema, hematoma, inflamação, inflamações na boca,
inchaço, nevralgia, hemorragia, machucaduras, músculos
doloridos, nevralgias, pressão alta, problemas ligados ao
joelho, reumatismo, sistema circulatório (estimulante),
traumatismo, úlcera do estômago.

Parte utilizada da Arnica montana:


flores, folhas, rizoma.

Contra-indicações/cuidados com a Arnica montana:


uso interno e externo na gestação, lactação e indivíduos
sensíveis à planta. Nunca usar internamente se há
distúrbios gastrintestinais, tais como úlcera duodenal,
gastrite, refluxo esofágico, colite, diverticulite… A arnica
montana não deve ser usada internamente, para qualquer
finalidade, sem supervisão médica.

ARRUDA

Apesar de ter aplicação na medicina natural e até na


preparação de bebidas, a arruda ficou famosa mesmo pelos
seus "poderes" contra o mau-olhado e outras vibrações
negativas.

Não é fácil determinar quando surgiu a fama da arruda


(Ruta graveolens) como erva protetora. O que se sabe é
que em culturas muito antigas, são encontradas referências
sobre seus poderes contra as "más vibrações" e seu uso na
magia e religião.

Na Grécia antiga, ela era usada para tratar diversas


enfermidades, mas seu ponto forte era mesmo contra as
forças do mal.

Já as experientes mulheres romanas costumavam andar


pelas ruas sempre carregando um ramo de arruda na mão -
diziam que era para se defenderem contra doenças
contagiosas mas, principalmente, para afastar todos os
males que iam além do corpo físico (e aí se incluíam as
feitiçarias, mau-olhado, sortilégios, etc.).

Na Idade Média - época em que acreditava-se que as


bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes
como o do fogo - a arruda reafirmou sua fama, pois seus
ramos eram usados como proteção contra as feiticeiras e,
ainda, serviam para aspergir água benta nos fiéis em
missas solenes.

O uso desta planta nas práticas mágicas do passado é


impressionante. Em todas as referências pesquisadas,
encontrei receitas que empregam a arruda como
ingrediente. William Shakespeare, na obra Hamlet, se
refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos
domingos".
Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos
rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-
se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era
ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados
pelos padres
.A fama atravessou séculos e fronteiras: no tempo do Brasil
Colonial a arruda podia ser vista com freqüência, repetindo
a performance dos tempos antigos, só que desta vez,
associada aos rituais africanos.Numa famosa pintura
intitulada "Viagem Histórica e Pitoresca ao Brasil, o artista
Jean Debret retrata o comércio da arruda realizado pelas
escravas africanas.

O galho de arruda era vendido como amuleto para trazer


sorte e proteção. E não eram apenas as escravas que
usavam os galhinhos da planta ocultos nas pregas de seus
turbantes - as mulheres brancas colocavam o galhinho
estrategicamente escondido nos seios.

Outro fator teria reforçado o valor da arruda naquela época:


a infusão feita com a planta era usada como uma espécie
de anticoncepcional e abortivo.Medicinal, com reservas
Também conhecida como arruda-dos-jardins, arruda-
fedorenta ou ruta-de-cheiro- forte, a arruda é uma
representante da Família das Rutáceas.

É uma planta considerada sub-arbustiva ou herbácea,


lenhosa, que apresenta caule ramificado, pequenas folhas
verde-acinzentadas e alternadas. As flores também são
pequenas e de coloração amarelo-esverdeada. Originária
da Europa, mais especificamente do Mediterrâneo, a arruda
se dá muito bem em solos levemente alcalinos, bem
drenados e ricos em matéria orgânica. A planta necessita
de sol pleno pelo menos algumas horas por dia. Sua
propagação se dá por meio de estacas ou sementes.
Trata- se de uma planta muito resistente que, se atendidas
suas necessidades básicas de cultivo, dificilmente
apresentará problemas. A colheita normalmente pode ser
feita cerca de 4 meses após o plantio.

Quanto às propriedades medicinais da arruda é


interessante, antes de prosseguir, fazer uma observação:
há séculos, divulga-se que a planta apresenta propriedades
muito ligadas ao desejo sexual masculino e feminino, mas
de formas diferentes: seria um anafrodisíaco (ou anti-
afrodisí aco) para os homens e um excitante para as
mulheres.

Ainda não foi possível comprovar a veracidade dessas


indicações, entretanto, nos escritos (datados de 1551) de
Hieronymus Bock, considerado um dos primeiros botânicos
da história, havia a recomendação para que monges e
religiosos ingerissem a arruda, misturada aos alimentos e
às bebidas, para garantir a pureza e castidade. A verdade é
que esta planta era realmente muito abundante nos jardins
dos mosteiros.

Uma substância chamada rutina é a responsável pelas


principais propriedades da arruda.

Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos


sangüíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no
tratamento contra varizes.
Popularmente, seu uso é indicado para restabelecer ou
aumentar o fluxo menstrual e, também, para combater
vermes.

Como uso tópico, o azeite de arruda, obtido com o


cozimento da planta, é aplicado para aliviar dores
reumáticas.
Seu aroma forte e característico, detestado por muita gente,
é considerado um ótimo repelente, por isso a arruda é
colocada em portas e janelas para espantar insetos.A
arruda é, ainda, muito usada na medicina popular para
aliviar dores de cabeça e, segundo os especiaistas, isso
pode ser explicado porque ela apresenta um óleo essencial
que contém undecanona, metilnonilketona e
metilheptilketona.

Todas essas substâncias de nomes complicados possuem


propriedades calmantes e, ao serem aspiradas, aliviam as
dores e diminuem a ansiedade.Apesar das propriedades
medicinais conhecidas há séculos, o uso interno desta
planta é desaconselhado pois, em grande quantidade, a
arruda pode causar hiperemia (abundância de sangue) dos
órgãos respiratórios, vômitos, sonolência e convulsões. O
efeito considerado "anticoncepcional" na verdade é
abortivo, pois provém da inibição da implantação do óvulo
no útero, sendo que a ingestão da infusão preparada com a
arruda para esta finalidade é muito perigosa e pode
provocar fortes hemorragias.
Por incrível que pareça, a arruda também teve muita
aplicação na culinária: suas sementes e folhas eram usadas
para enriquecer saladas e molhos, em virtude das boas
doses de vitamina C contidas na planta. Seu uso era
considerado uma defesa contra o escorbuto. Além disso, a
planta também servia para aromatizar vinhos.

No sul da Europa, as raízes da arruda eram adicionadas a


um tipo de bebida chamada "grappa", para funcionar como
um licor digestivo.Curiosida deExiste uma história muito
curiosa - não se sabe se é verdadeira - que relaciona a
arruda ao "Vinagre dos quatro ladrões". Conta-se que no
século XVII, a Europa padeceu com uma grande peste que
dizimava centenas de pessoas por semana. Ninguém
conhecia a causa da doença e muito menos a cura.

Grandes cruzes vermelhas eram pintadas nas paredes para


marcar as casas de pessoas atacadas pela praga. Alguns
ladrões, porém, pareciam completamente imunes: entravam
naquelas casas, roubavam os mortos e não adoeciam

. Muito tempo depois, descobriu-se como esses ladrões se


protegiam - era com uma espécie de vinagre, preparado
com arruda, sálvia, losna, menta, alecrim, lavanda, cânfora,
alho, noz-moscada, cravo e canela; tudo bem misturado em
um galão de vinagre de vinho.
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ARRUDA "Ruta Graveoleons" A RUTINA (principio ativo)


Mais uma erva bastante usada ritualisticamente, conhecida
por todos e ao mesmo tempo requer muitos cuidados, tanto
no sentido litúrgico como medicinal.

-uso medicinal
aumenta a resistência de vasos capilares sanguíneos, evita
a ruptura, provoca uma leve contração do útero, estimula as
fibras musculares. Indicado especialmente nos
reumatismos, nevralgias, verminoses e problemas
respiratórios, sua inalação abre os brônquios.
É emenagoga, antiespasmódica e estimulante.
Pó da folha seca: Seu uso medicinal é bastante moderado,
pois tem ação vermicida (ótimo contra pulgas e piolhos).

Durante a gravidez a arruda tem um efeito especial sobre o


útero, ocasionando hemorragia grave, levando ao aborto e
a morte. “Acrescentamos que o aborto é raro e que a
administração desta substancia com um fim criminoso
(aborto)”. Pode acarretar a morte da mãe sem que haja
parto”.

Repetimos a advertência que, tratando-se de uma planta


muito ativa, só deve ser administrada com muita prudência,
quando usada internamente.

O chá de arruda é bom calmante dos nervos e trata urina


presa.

-uso liturgico:
Seu uso litúrgico é bastante vasto, principalmente como
amuleto e banhos, porém este último não pode ser aplicado
na cabeça, salvo filhos de Ogum e Exu, os Orixás desta
erva.

Formas de uso: Amuleto, pó externamente e chá.


Orixás: Ogum e Exu.
Características: É um sub-arbusto com folhas pequenas
verdes claras fortemente aromáticas.

(Dictionnaire des Plantes Medicinales,


AS ERVAS E OS BANHOS NA UMBANDA E NO
CANDOMBLÉ

As ervas ,tanto na Umbanda como no Candomblé, são


fundamentais em determinados rituais.
Na Umbanda faz-se o amaci, que é um ritual de iniciação e
ao mesmo tempo de firmeza do anjo-da-guarda do médium.

Na Umbanda e no Candomblé, as ervas são usadas em


diversas cerimônias, tais como sacodimento, banho de
abô,e também nos trabalhos. Existem ervas que atraem
fortuna, amor, felicidade e saúde,entre outrs coisas; em
contrpartida, há aquelas que separam casais, expulsam
vizinhos ou afastam pessoas indesejáveis.

Na Umbanda as ervas também servem para o riyual de


defumação, de forma diversas e para diversos fins. Sendo o
pricipal fator afastar os maus fluidos e limpar o ambiente
para uma boa vibração ou harmonia.

Cada orixá ou guia protetor tem as suas ervas preferidas.


Essa preferência está ligada a diversos fatores, como
formato, espécie,cor.etc...

Há algo muito importante que deve ser observado. As ervas


são usadas de acordo com o anjo-de guarda, Orixá, de
cada pessoa. Mas nem sempre a erva que tem a finalidade
de sanar um determinado orgão pertence ao orixá que rege
aquele orgão.Uma erva que pode servir para curar uma dor
de cabeça pode não pertencer a Oxalá.

Os banhos de ervas são, de uma maneira geral, rituais


onde utilizamos elementos da natureza com o intuito de que
haja uma troca energética entre o indivíduo e esses
elementos naturais utilizados. Os banhos de ervas servem
principalmente para limpar as energias negativas,
reequilibrar, aumentar a capacidade receptiva do aparelho
mediúnico e desobstrução dos chacras.

Podem ser utilizados ervas secas ou frescas dando sempre


preferência para as folhas frescas.

Os banhos de ervas frescas devem ser preparados por


maceração, ou seja, as ervas devem ser colocadas em um
recipiente com água e maceradas por alguns minutos. Ele
deve ser preparado dentro de um ritual que consiste em:

1. Nunca ferver as folhas junto com a água.

2. As folhas devem ser maceradas ou quinadas e colocadas


em vasilhas de louça, ágata ou potes de barro.

3. Em alguns casos, quando não houver necessidade de


água quente, as ervas devem ser quinadas diretamente
sobre a água.

4. É conveniente usar sempre água de boa qualidade, como


por exemplo: água de mina, de poço ou água mineral.

Os banhos de ervas secas devem ser preparados por


infusão, ou seja, essas ervas devem ser colocadas em uma
vasilha com água fervente que será tampada e
permanecerá assim por pelo menos 15 minutos. Lembrando
que ervas secas não devem ser fervidas e que precisam ser
ativadas antes de serem utilizadas. A ativação se faz
amassando-as e apertando-as um pouquinho entre as
mãos.

Basicamente existem os seguintes tipos de banhos:

Banho de Descarrego:
Serve para livrar o indivíduo de cargas energéticas
negativas. Estamos o tempo todo em contato com diversas
pessoas e ambientes onde o mal e as energias negativas
são abundantes. Por mais que nos vigiemos ora ou outra
baixamos nosso nível vibratório e imediatamente estamos
entrando nessa egrégora de energia negativa. Se não nos
cuidarmos vamos adquirindo doenças, distúrbios e
podemos até ser obsediados, por isso o banho de
descarrego é fundamental.

Há dois tipos de banho de descarrego:


o banho de sal grosso, que lava toda a aura
desmagnetizando a pessoa (Este banho é muito eficiente
para descarrego, porém não deve ser jogado na
cabeça(usado somente em extrema necessidade que não
se tem outra saída) e após este banho deve se tomar
imediatamente um banho de ervas para equilibrar as
energias, uma vez que ele realmente é capaz de tirar toda a
energia da aura) e o banho de ervas de descarrego, que
tem efeito mais duradouro e consequências maiores que o
banho de sal grosso pois algumas ervas são naturalmente
descarregadoras e sacodem energeticamente a aura de
uma pessoa eliminando grande parte das larvas astrais e
miasmas. Para preparar este tipo de banho devemos utilizar
ervas quentes como arruda, guiné, aroeira, folhas de fumo,
entre outras.

Banho de Defesa:
Serve para a manutenção energética dos chacras
impedindo que eles se impregnem de energias nocivas em
determinados rituais como, por exemplo, em oferendas em
campo de força ou quando vamos conhecer um novo
terreiro. As ervas utilizadas para preparar este tipo de
banho são aquelas relacionadas ao Orixá regente da
pessoa ou aquelas que uma entidade receitar.

Banho de Energização:
Reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da
aura. É um banho que devemos utilizar regularmente e que
devemos tomar antes ou até mesmo depois de uma gira
espiritual. Para o preparo deste tipo de banho devem ser
utilizadas ervas mornas como pétalas de rosas brancas ou
amarelas, alecrim, alfazema, levante, entre outras.

Banho de Fixação:
É utilizado para trabalhos ritualísticos e deve ser tomado
apenas por médiuns que irão realizar um trabalho
aprofundado e entrar em contato com entidades elevadas.
Este banho abre todos os chacras aguçando a percepção
mediúnica e as ervas utilizadas nele devem ser as
indicadas pelo chefe de terreiro ou pela entidade.

O AMACI

Amaci é um banho de ervas que se faz no médium iniciante


na Umbanda. Este banho é dado inclusive na cabeça do
médium e tem a finalidade de limpar o campo astral e
preparar o médium para entrar na corrente mediúnica. É
uma preparação, uma espécie de primeira confirmação do
médium na corrente.
É um vinculo energético do médium com o seu Orixá, com a
casa e com o seu Babalorixá, porque somente ele pode dar
este banho e colocar a mão na cabeça do médium. A partir
deste ponto, o médium é um médium de Umbanda e está
energeticamente vinculado ao seu Orixá.
AS FOLHAS,OS ORIXÁS E SEUS SIGNIFICADOS

Trabalhar no sentido da preservação do meio ambiente é


dever de todos, pois osseres viventes precisam de água, ar
e ervas para a manutenção da vida. Todos os seres
racionais e irracionais são apegados a ela, todos têm o
dever e o direito de preservar a vida, por isso devemos
cuidar da natureza e tudo que a ela pertence.

Os orixás são representados pelas forças da natureza:


água, terra, fogo e ar. Sem esses elementos e sem as
folhas, não tem orixá; em conseqüência, os que cultuam
essas forças, têm o dever de preservar a natureza acima de
tudo. As folhas e as águas doces e salgadas representam a
natureza; não só para adeptos do candomblé, mas para
todos os seres viventes do reino animal e vegetal.

Os cultuadores dos orixás trabalham, celebram, vivem e


morrem manuseando folhas e águas. Por este motivo, a
natureza é de essencial importância para o funcionamento
da religião. Segundo Nanã, Ebami,(pessoa com mais de
sete anos no culto), do terreiro Opô Afonjá, localizado no
São Gonçalo do Retiro; “No culto aos orixás, a natureza é
força maior, e sua preservação se fez absolutamente
necessária. Todos os seres do mundo homem, animal ou
vegetal, precisam de água para todos os fins; com água e
folhas fazem-se remédios, mesmo nos produtos químicos,
alguma porcentagem mesmo que mínima de erva faz parte,
o que nos torna defensores da natureza”.
No terreiro visitado, Opô Afonjá, há como em todo terreiro
uma grande área de vegetação, composta de árvores e
plantas de várias espécies, destas são retiradas às ervas
para os cultos, remédios e trabalhos espirituais.
Não tem como falar de vegetação sem falar do orixá
responsável pelas matas e florestas, o detentor do poder de
cura através das ervas, Ossain, o chamado de o rei das
folhas. Este orixá é conhecido como o protetor dos
médicos, farmacêuticos e de todos que fazem remédios que
tratam da saúde.

O autor Reginaldo Prandi, em seu livro Mitologia dos orixás


nos conta uma pequena história sobre este Orixá:

Ossain dá uma folha para orixá - Um dia Xangô que era


deus da justiça, julgou que todos os orixás deveriam
compartilhar o poder de Ossain, conhecendo o segredo das
ervas e dom da cura. Xangô sentenciou que Ossain
dividisse suas folhas com os outros orixás, mas Ossain se
negou a dividir suas folhas. Logo Xangô ordenou que Iansã,
deusa da tempestade soltasse o vento e trouxesse ao seu
palácio todas as folhas das matas de Ossain para que
fossem distribuídas aos orixás. Iansã fez o que Xangô
determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das
plantas e as arrastou para o palácio de Xangô. Ossain
percebeu o que estava acontecendo e gritou: “Euê uassá! –
As folhas funcionam!”. Ossain ordenou as folhas que
voltassem as suas matas e as folhas obedeceram às
ordens de Ossain. Quase todas as folhas retornaram para
Ossain. As que estavam em poder de Xangô perderam o
axé, perderam o poder de cura.

O orixá rei, que era justo, admitiu a vitória de Ossain.


Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de
Ossain e que assim devia permanecer através dos séculos.
Ossain, contudo, deu uma folha para cada orixá, deu uma a
euê para cada um deles. Cada folha com seus axés e seus
ofós, que são cantigas de encantamento, sem as quais as
folhas não funcionam. 0ssain distribuiu as folhas aos orixás
para que eles não mais o invejassem. Eles podiam realizar
proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele
guardou para si. Ossain não conta seus segredos para
ninguém, Ossain nem mesmo fala. Os orixás ficaram gratos
a Ossain e sempre o reverenciam quando usam as folhas.

Apesar de Ossain ter uma grande importância no


candomblé o IroKo (orixá representado por uma árvore,
gameleira branca) também é muito importante. Pois no seu
pé é assentado após o termino das obrigações, todas as
oferendas de outros orixás, e o tronco é enfeitado com um
ÒJÁ FUNFUN - pano branco.

Edson Eder, ogãn da Casa Branca, conta a importância e a


história deste orixá. “Iroko representa o tempo. Foi a
primeira árvore da terra. Existe desde o princípio dos
tempos a tudo resistiu e a tudo resistirá... Este orixá traz
fertilidade para as mulheres. Tem uma lenda mesmo que diz
que uma mulher pediu um filho a Iroko e que ela daria a
criança como oferenda.

Iroko lhe deu o filho que tanto queria, mas a mulher por
amor ao seu filho não cumpriu com a promessa. Um dia
quando a criança brincava a mãe foi buscá-la e Iroko a
lembrou de sua promessa, Iroko pegou a criança para si. A
mãe desesperada consultou um adivinho, que mandou ela
fazer um boneco de madeira e colocar nos pés de Iroko,
quando ele estivesse dormindo. Feito isso, a mãe
recuperou seu filho e Iroko até hoje tem a seus pés o
boneco de madeira como se fosse sua criança”.

Uso das folhas - Pierre Verger, em seu livro Ewé, coloca


que se para a medicina ocidental o conhecimento do nome
científico das plantas usadas e suas características
farmacológicas é o principal, em uma sociedade tradicional
o conhecimento dos ofós, encantações transmitidas
oralmente é essencial. Neles encontramos a definição da
ação esperada de cada uma das folhas que entram na
receita.Conseqüentemente, entre os iorubás, a preparação
dos remédios e trabalhos mágicos, devem ser
acompanhados por encantações, (ofós), com o nome da
planta, sem as quais esses remédios e trabalhos não
agiram. Conforme já foi dito.

Entre os iorubás os ofós são frases curtas nos quais muito


freqüentemente o verbo que define a ação, o verbo atuante,
é uma das sílabas do nome da planta ou do ingrediente
empregado. Tal é o caso de uma receita para chamar boa
sorte (àwúre oríre): deve-se usar ajifá bi àlá (IPOMOEA
CAIRICA), às quais se adicionam afárá oyim (favo de mel),
queima-se tudo até obter um pó preto, que é misturado com
azeite de dendê e lambido por aquele que deseja obter boa
sorte. O verbo atuante é fó (rere) -para trazer boa sorte,
uma sílaba incluída em todos os nomes dados.

Existem várias plantas cuja presença, a primeira vista,


parece ter somente um caráter simbólico mais que, na
realidade, tem valor terapêutico. A exemplo de duas plantas
aquáticas, ojú oro (PISTIA STRATIOTES, Araceae, a alface
d’ água) e òsíbàtà (NYMPHEA LOTUS, Nymphaceae, o
lótus), que em seus ofós evocam a idéia de superioridade e
dominação as frases que seguem:

Ojú oró ni í lékè omi – Ojú oró está sobre a água.

Òsíbàtà ni í lékê odò – òsíbàtà está sobre o rio.

Nessas encantações, os nomes de folhas são


acompanhados de duas a três linhas descrevendo suas
qualidades naquele caso em particular. A uma certa folha
podem ser atribuídas virtudes diferentes segundo sua
associação com um ou outro conjunto de folhas, pois elas
entram na composição de diferentes preparações
medicinais.

Na terra em iorubá, a nomeação das plantas leva em conta


suas características: cheiro, cor, textura das folhas, reação
ao toque provocada pelo seu contato, entre outro. Como
cada orixá tem sua folha, ela tem uma característica
pessoal. Uma planta de Oxum será classificada como doce
independente do gosto; uma planta de Yemanjá será
salgada. Esses e outros fatores levam a atribuir uma planta
a Oxum ou Yemanjá.

Pode-se assim concluir que para o candomblé, é de grande


importância o entendimento e o conhecimento das folhas e
seus respectivos patronos, pois estes indicarão qual será a
sua finalidade. Para você leitor pode ser complicado ouvir e
falar sobre as plantas, porque é muito complexo, vai alem
da simples colheita. Envolve ritos que vão desde a consulta
e até a indicação, coleta, manipulação e a administração do
preparo.
O papel sagrado e terapêutico, aparentemente diferente,
dificilmente poderá ser dissociado um do outro como afirma
vários estudiosos sobre o assunto, a exemplo de Ordep
Serra, Pierre Verger e José Flávio Pessoa de Barros.

A sacralização das plantas usadas como remédio, acontece


quando estas passam a fazer parte dos rituais de cura,
guiadas por divindades ou entidades que administram
esses objetos sagradas que são as plantas.
AVENCA

A Avenca de nome científico Adiantum é um genero de


aproximadamente 200 espécies de fetos da família
Pteridaceae, embora alguns investigadores a coloquem no
seu próprio grupo com o nome de Adiantaceae.

O nome científico, Adiantum, deriva do grego 'adiantos' que


significa 'que não se molha', pois as gotas de chuva
deslizam sobre as folhas da avenca, sem molhá-las.

Muito conhecida como Cebola-de-Venus ou Cabelo-de-


Anjo, a Avenca é uma planta perene originária dos Estados
Unidos, Brasil e México.

A maior diversidade de espécies encontra-se nos Andes -


América do Sul. Também existe muita diversidade na Asia
com cerca de 40 espécies na China.
No Brasil é uma planta nativa.

Modo de cultivo:
Para cultivá-la, é preciso ter bastante cuidado com ela, pois
é muito frágil, e as suas folhas podem murchar com
facilidade.
Para que ela cresça é essencial que haja calor, umidade e
luminosidade indireta. A sua propagação é através das suas
sementes, esporos, que são arrancados pelo vento e
podem crescer em qualquer sítio.
As Avencas preferem geralmente locais ricos em humus,
úmidos, e com escoamento de àgua, variando de terrenos
planos a paredes de rocha. Muitas especies são
conhecidas por crescerem em falésias de rocha próximo de
cascatas e zonas com escoamento de àguas.
A avenca, apesar de crescer nas matas e ser cultivada em
interiores, necessita de muita luz, mas o sol direto sobre ela
não é recomendável.
A temperatura pode oscilar entre 10 e 30ºC, mas em dias
quentes é conveniente regas mais frequentes ou aspergir
água com o borrifador sobre ela, pois necessita de clima
úmido.
As regas devem ser feitas no substrato, mantendo a
umidade.

Na simbologia, a Avenca é conhecida por espantar as más


energias da casa e purificar o ar.

A SUA CONSTITUIÇÃO
Algumas variedades da planta são usadas na medicina
tradicional como calmante para a tosse e resolve problemas
do couro cabeludo. As folhas da Avenca são, em grande
quantidade, e as suas margens recortadas, onduladas ou
redilhadas. Não crescem mais do que 50cm de altura e são
bastante comuns em ambientes interiores.

USOS

Na Saúde:
usam-se as folhas para fins medicinais. Tem propriedades
adstringentes, astiasmática, antibasteriana, anti-
inflamatória, antioxidante, digestiva, hepática, expectorante.
É aconselhável para infecções respiratórias, asma, febre e
constipações, caspa e queda de cabelo, hepatite e para
regular a menstruação.

Na Beleza:
em forma de infusão, a Avenca ajuda a manter a higiene do
couro cabeludo.

Na Cozinha:
As folhas da Avenca podem ser usadas como tempero em
sobremesas e pratos salgados.

Contra-Indicações:
desconhecidas

PARA CURAR GRIPE OU TOSSE

Junte um colher de folhas de Avenca em um litro de água e


deixe ferver. Adoce com mel a gosto e tome 2 a 4 xícaras
de chá por dia.
AYAHUASCA OU YAGÉ

Ayahuasca ou Yagé (nome Tupi que se pronuncia Ya-hay) é


uma beberagem de origem Inca. Também é muito
conhecida e utilizada pelos índios e xamãs do noroeste do
Brasil. Várias tribos indígenas brasileiras como os Kampas
e os Kaxinawás usam até hoje a Ayahuasca em muitos de
seus rituais sagrados.

Atualmente a Ayahuasca já não é domínio exclusivo dos


índios e o uso da bebida é muito difundido em seitas
religiosas cristãs e espiritualistas.

No início do século, com a migração de seringueiros para o


território amazônico, a Ayahuasca começou a ser conhecida
fora das tribos e hoje o seu uso é liberado no Brasil
(oficialmente desde 2 de junho de 1992), embora muitos
setores conservadores da sociedade tenham resistido e
pressionado o Conselho Federal de Entorpecentes
(CONFEN) a proibir a existência das seitas religiosas que
utilizavam o chá de Ayahuasca, também conhecido no
Brasil como Santo Daime.

O Chá do Santo Daime é preparado do cipó do Jagube ou


Mariri (Banisteriopsis caapi) e da folha da Rainha ou
Chacrona (Psycotria viridis) - naturais da região amazônica.

A verdadeira Ayahuasca sempre contém, ambos os


alcalóides harmine e harmaline que podem criar
alucinações a partir de doses de 300 mg e que geralmente
são obtidos do cipó Banisteriopsis caapi.
A Ayahuasca ainda contém a DMT ou N-dimetill-triptamina
que é a substância ativa extraída das folhas.
Chacrona (Psycotria viridis).

Chacrona (Psycotria viridis).


Devemos notar que nenhuma dessas duas substancias,
essenciais para o preparo da Ayahuasca, são psicoativas
se ingeridas isoladamente.
O que faz a Ayahuasca efetiva é a mistura dos alcalóides,
harmine e harmaline, encontrados no cipó Banisteriopsis
Caapi e a DMT que é extraída das folhas da Chacrona.
É essa mistura da DMT com os alcalóides harmine e
harmaline que produzirão o que tem sido descrito como
uma das mais profundas de todas as experiências
psicodélicas.

Os alcalóides harmine e harmaline contém beta-carbolinas,


substâncias que são potentes inibidores da MAO
(monoamino-oxidase) e que ativam e aumentam a duração
e a intensidade de os efeitos da DMT. Logo o DMT é o
principio ativo enteógeno da Ayahuasca. Na realidade o
DMT é um neurotransmissor, que também é normalmente
encontrado no cérebro humano.

Preparação da Ayahuasca

Para se preparar o chá do Santo Daime, é necessário uma


boa quantidade de folhas Psycotria Viridis frescas e
recentemente colhidas.
Elas devem ser fervidas durante várias horas, até que o
liquido obtenha uma coloração mais escura. As tiras de cipó
são então maceradas e fervidas por mais horas num outro
recipiente. Depois são misturados e divididos em várias
porções. Diz-se que para conseguir obter os efeitos
necessários é preciso, no mínimo, de 75 a100 cm de cipó
por dose de chá.

Atualmente muitas seitas preparam uma bebida parecida


com a Ayahuasca combinando plantas que podem ser mais
facilmente encontradas.
A primeira delas é a "Peganun harmala", que possui quase
10 vezes mais beta-carbolinas que a famosa "Banisteriopsis
Caapi" .

A segunda planta usada para a elaboração da beberagem é


a Jurema (Mimosa hostilis) que substitui a Chacrona
(Psycotria viridis) chegando a ter quase 0,57% a mais de
DMT na casca de sua raiz..

A Jurema é a planta que tem maior concentração de DMT


descoberta até agora, enquanto que a semente de
"Peganun harmala" é a fonte vegetal com maior
concentração inibidores da MAO.
BABOSA - ALOE VERA

Uma das plantas curativas mais perfeitas que encontramos


na natureza (é uma farmácia completa).

Dos 22 aminoácidos que o nosso organismo precisa, ela


responde por 18. Mais que remédio, é um integrador
alimentar.

Ela fortalece o nosso sistema imunológico enfraquecido.


Noutras palavras, reforça as defesas naturais do nosso
organismo que ao longo dos anos, podem ir cedendo por
fatores físicos (alimentação errada, cigarro, bebida, etc.) ou
psíquicos (frustrações, fracassos, etc.). E cedendo as
resistências, abre-se o caminho à instalação de doenças.
Então, a Babosa começa fazendo uma varredura no
organismo, limpando o sangue. E, com o sangue limpo,
tudo começa a funcionar bem: é como um carro, quando
você lhe coloca um combustível de boa qualidade.

Toda a planta apresenta maior ou menor grau de toxicidade.


No caso específico da babosa, o FDA (órgão
governamental que controla os remédios e alimentos nos
Estados Unidos, antes de liberá-los para o consumo
público), declarou-a uma planta absolutamente segura.

A Babosa tem auxiliado no tratamento de vários tipos de


câncer: cérebro, pulmão, rins, pele, leucemia. É
antitetânica. Também é de grande ajuda nos tratamentos
de: alergias altas, asma, anemia, cólicas, câimbras, artrose,
queimaduras, insolação, doença de pele, gangrena ,
diabetes, hemorróidas, furúnculos, feridas venéreas,
infecção da bexiga e rins, reumatismo, insônia, icterícia,
lepra, dor de ouvidos, de cabeça, de fígado, de estômago,
picadas de insetos, próstata, úlceras gástricas, varizes,
verrugas e vermes.

Aids – não cura, mas freia, trava o processo do vírus de tal


forma que a pessoa, depois de 3 ou 4 doses, recupera seu
organismo, sobretudo o fígado, que é o primeiro órgão a
desmoronar.

Ação
Fungicida, bactericida, laxante, diurética.

Aloe Vera, a popular Babosa, é uma planta da família das


Liliáceas que possui inúmeras propriedades regeneradoras,
curativas, umectantes, lubrificantes, e nutritivas. A Babosa
(Aloe Vera), chamada de "a planta da saúde e da beleza"
tem seu uso documentado desde a época do antigo Egito,
com passagens na Bíblia e antigos documentos fenícios.

Inúmeras e renomadas instituições cientificas e docentes,


como o Instituto de Ciências e Medicina Linus Pauling, de
Palo Alto, Califórnia; Instituto Weisman de Israel;
Universidade de Oklahoma; e outro tem efetuado estudos
formais sobre a Aloe Vera. Apoiados por provas de
laboratório e experiências químicas mencionam as
seguintes propriedades:

- Inibidora da dor:
seus princípios ativos têm uma notável capacidade de
penetração até os planos mais profundos da pele, inibindo e
bloqueando as fibras nervosas periféricas - receptores da
dor - interrompendo de modo reversível a condução dos
impulsos. Além disso, reduz a dor por possuir uma
poderosa força antiinflamatória.
-Antiinflamatório:
Aloe Vera tem uma ação similar à dos esferóides, como a
cortisona, mas sem seus efeitos nocivos colaterais. Por isso
é útil em problemas como bursites, artrites, golpes,
mordidas de insetos e etc.

-Coagulante:
por conter cálcio, potássio e celulose, Aloe Vera provoca
nas Lesões a formação de uma rede de fibras que seguem
as plaquetas do sangue, ajudando na coagulação e
cicatrização. O cálcio é parte do sistema nervoso, o
potássio da atividade modular e a celulose da coagulação.

- Queratolática:
faz com que a pele danificada de lugar a um tecido de
células novas.

- Antibiótica:
Sua capacidade bacteriostática, bactericida e fungitastica
(antiviral), eliminam bactérias - inclusive Salmonela e
Estafilococos - que causam infecções inibindo sua ação
daninha.

- Regeneradora:
A Aloe Vera possui um hormônio que acelera a formação e
o crescimento de células novas. Graças ao cálcio que
contem, elemento vital na osmose celular - intercambio de
líquidos, ajuda as células manter seu frágil equilíbrio interno
e externo.

- Energética e Nutritiva:
uma das características de maior importância da Aloe Vera
é que contem 19 aminoácidos assenciais, necessárias para
a formação e estruturação das proteínas, que são a base
das células e tecidos e também minerais, como fósforo,
cobre, ferro, manganês, magnésio, potássio e sódio, todos
elementos indispensáveis para o metabolismo e atividade
celular

- Contém Vitaminas:
vitamina A, excelente para a visão cabelo e pele; vitamina
B1, B5, B6, B12, para o sistema nervoso central e periférico
e vitamina C, responsável pelo fortalecimento do sistema
imunológico e pela tonicidade dos capilares do sistema
cardiovascular e circulatório.

- Digestiva:
a Aloe Vera contem grandes quantidades de enzimas
necessárias para o processamento e aproveitamento dos
carboidratos, gorduras e proteínas no organismo.

- Desintoxicante:
contem acido uronico, elemento que facilita a eliminação de
toxinas a nível celular, e a nível geral estimula a função
hepática e renal, primordiais na desintoxicação do nosso
organismo.

- Rehidratante e Cicatrizante:
penetra profundamente nas três camadas da pele - derme,
epiderme e hipoderme - graças à presença de ligninas e
polissacarídeos restitui os líquidos perdidos, tanto
naturalmente como por deficiências de equilíbrio ou danos
externos, preparando os tecidos de dentro para fora nas
queimaduras - sol e fogo - fissuras, cortes, ralados,
esfolados, perda de tecidos, etc.Os muitos benefícios dos
princípios ativos da Aloe Vera, tanto são para uso tópico -
externo na pele, como para uso em tecidos, membrana e
mucosa - interno.
O gel da babosa tem sido usado para o tratamento tópico
de feridas, queimaduras leves e irritações da pele.
Consumidores americanos estão mais familiarizados com o
uso da babosa em produtos de beleza.

Benefícios:
-No tratamento de queimaduras (fogo ou raios solares);
-No combate a acne, coceiras, eczemas, ferimentos difíceis
de cicatrizar e picadas de insetos;
-É excelente desodorante, removedor de impurezas da
pele, fortalecedor do couro cabeludo.
- Ajuda a combater a caspa, previne contra as rugas
hidratando peles ressecadas e flácidas;

Você Sabia?
O nome Aloe vera seria originário do hebraico halal ou do
arábico
-alloeh (= substância amarga, brilhante) e do latim vera (=
verdadeira).

Ao que tudo indica, ela é considerada uma planta poderosa


há muito tempo. Antigos muçulmanos e judeus acreditavam
que a babosa representava uma proteção para todos os
males e, por isso, usavam as folhas até penduradas na
porta de entrada da casa.

Preparação

1- Na coleta das folhas, prefira as mais velhas; colha-as


antes do nascer do Sol e depois do Sol posto. Nunca em
pleno Sol, por causa das radiações ultra-violetas e,
geralmente, uma semana depois da chuva (Na
Universidade de Israel – onde chove pouco – as pesquisas
concluíram que as folhas, quanto menos água contém, mais
eficazes são). Não colher a Babosa em flor (toda a energia
da planta estará direcionada para a flor).

2-Escolha duas, três ou mais folhas de babosa, de maneira


que postas em fila somem um metro (300 a 400 gramas);
meio quilo de mel puro e 40 a 50ml de bebida destilada:
cachaça de alambique, gaspa, conhaque, uísque, tequila,
etc. Limpe as folhas do pó com um pano ou esponja; corte
os espinhos das folhas; e, depois picá-las (sem remover a
casca); colocar os pedaços no liquidificador juntamente com
os outros ingredientes e bater, não sendo necessário coar;

3- A mistura obtida deve ser guardada longe da luz e, de


preferência na geladeira (envolver o frasco em embrulho
escuro, folha de alumínio ou vidro de cor âmbar). Fora da
geladeira não azeda.

Posologia

Adultos
...Tomar 3 colheres de sopa no dia: manhã, meio dia e
noite, uns quinze minutos antes da refeição, quando as
pepsinas do organismo estão prontas para entrarem em
ação, e assim, levarem os alimentos até os confins do
corpo. O álcool ajuda a dilatar os vasos sanguíneos e
favorece esta viagem de limpeza. Agitar o frasco antes de
tomar. Iniciado o tratamento tomar todo o frasco.

Crianças
...se está doente, a dose é a mesma do adulto. Mas, se for
tomá-la como reforço ao seu sistema imunológico, deve-se
começar com uma colher de chá e ir aumentando até a
dose maior.

Duração do Tratamento

Iniciado o tratamento, ingerir o conteúdo todo do frasco. Se


o problema for câncer, terminada a primeira dose,
submeter-se a exames médicos. O resultado das análises
dirá a atitude cabível. Se não houver cura nem melhoras, é
preciso repetir a operação, observando-se curto intervalo de
tempo (três, cinco ou sete dias). Tal procedimento (de
repetir a dose) deve-se tê-lo tantas vezes quantas forem
necessárias para eliminar o mal. Somente após os
primeiros três a quatro frascos sem êxito desejado deve-se
recorrer a uma dose dupla, ou seja, duas colheres de sopa
antes das refeições. Há casos de pessoas que, mesmo em
fase terminal, com um frasco e uma colher antes de comer,
conseguiram livrar-se do mal.

Reações

As reações podem surgir devido ao organismo estar


eliminando as toxinas: desarranjo intestinal, coceiras,
pequenas manchas na pele (podem aparecer até bolhas),
fezes mais fétidas, urina mais escura, erupções nas pontas
dos dedos, etc. os portadores de câncer não devem
suspender o tratamento porque isso é um bom sinal; um
bom sintoma que significa que o preparado está produzindo
os seus efeitos.

Contra-Indicação

Desaconselha-se este preparo para gestantes e mães que


amamentam. A casca da planta possui uma substância
chamada Glicosídeo Barbalóide, que age sobre as células
do intestino grosso, podendo provocar parto prematuro por
causa do possível aumento das contrações internas.
BAMBU

Nome científico: Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl.

Família: Poaceae.

O Brasil é o país com maior número de tipos de bambu da


América Latina, com 134 espécies, o equivalente a 10% da
diversidade mundial.

Força, flexibilidade e leveza são algumas das


características da planta e a colocam como excelente
opção da alimentação à fabricação de inúmeros produtos

Sinônimos botânicos:
Arundarbor fera (Miq.) Kuntze, Arundarbor monogyna
(Blanco) Kuntze, Arundo fera Oken, Bambos arundinacea
Retz., Bambusa bambos (L.) Voss, Bambusa blancoi
Steud., Bambusa fera Miq., Bambusa humilis Rchb. ex
Rupr., Bambusa madagascariensis Hort. ex A. & C. Riviere,
Bambusa mitis Blanco, Bambusa monogyna Blanco,
Bambusa sieberi Griseb., Bambusa surinamensis Rupr.,
Bambusa thouarsii Kunth, Leleba vulgaris (Schrad. ex J.C.
Wendl.) Nakai, Nastus thouarsii Raspail, Nastus viviparus
Raspail.

Outros nomes populares:


bambu; bambus (alemão); bambú (espanhol, italiano);
bambou (francês); bamboo, common bamboo (inglês);
bans, kapura, magar (hindú), chuk-kwang-chukan, k’u-chu,
t’ien-chu-nuang, t’ien-chu-yuen (chinês), tacuará
(casteliano), tvak-kshira, vansa (sánscrito).

Constituintes químicos:

Propriedades medicinais:
- folhas: afrodisíaco, antiartrose, anti-helmíntico,
emenagogo, estimulante, peitoral, remineralizante, tônico;
- brotos: antidisentérico, depurativo, estomáquico;
- sucodos brotos: calmante (nas afecções nervosas);
- concreções entre os nós dos colmos: contra veneno (para
qualquer substãncia tóxica), antiparalisia, antiflatulência,
febrífugo, depurativo;
- água dos colmos: contra venenos (em geral), anti-
hemorrágica, antiafecções nervosas, anti-hemorroidária,
antidiarréica, digestiva;
Indicações: afecções nervosas, artrose, contra veneno
(substância tóxica), diarréia, doenças da pele (rizoma),
disenteria, febre, gases, hemorragias, hemorróidas,
intoxicações, osteoporose, paralisia, perturbações do
estômago; remineralizar unhas, cabelos e cartilagens.

Parte utilizada: folhas, brotos, água, nós.

USO RITUALÍSTICO:
É um poderoso defumador contra Kiumbas e seu banho é
excelente contra perseguidores.
limpeza de ambientes,descarrego,afasta energia negativa.
BARBATIMÃO
Nome popular: BARBATIMÃO
Nome científico: Stryphnodendron barbatimam Mart.
Sinonímia popular: uabatimô, casca da virgindade,
paricarana
Sinonímia científica: Acácia adstringens Mart
Parte usada: Cascas
Propriedades terapêuticas: Adstringente das gengivas,
hemostática, emética, depurativa, anti-séptica, antidiarréica,
vulnerária, tônica, antileucorréica, antiblenorrágica,
antiescorbútica, antiasmática
Indicações terapêuticas: Úlceras, leucorréia, catarro uretrais
e vaginais, blenorragia, diarréia, hemorragia

Uso medicinal:
As cascas de barbatimão têm grande poder adstringente.
Externamente, reduzidas a pó, empregam-se no tratamento
de úlceras e, em banhos e injeções, atuam contra a
leucorréia, catarro uretrais e vaginais. Internamente utiliza-
se seu decocto nas afecções escorbúticas, na blenorragia,
na diarréia, na hemorragia, nas hemoptises e também na
leucorréia.

Dosagens indicadas:
Pele oleosa: coloque 1 colher (sobremesa) de casca picada
em 1 xícara (chá) de água. Ferva por 5 minutos. Espere
esfriar, coe e acrescente o suco de meio limão e 1 colher
(chá) de mel. À noite, aplique na pele do rosto, com um
chumaço de algodão,deixando agir por 20 minutos. Após
lave com água morna.

Hemorragias uterinas: coloque 1 xícara ( chá ) de casca


picada, 1 xícara (chá) da raiz de algodoeiro e 1 xícara (chá )
de quiabo ainda não maduro, em 1 litro de água. Ferva
durante 15 minutos e coe em tecido fino. Faça 1 ou 2
lavagens ao dia com esse líquido. Não obtendo melhora
procure orientação médica.

Inflamação da garganta, corrimento vaginal, diarréias,


hemorragias: coloque 2 colheres (sopa) de casca picada
em 1 xícara (chá ) de álcool de cereais a 50%. Deixe em
maceração por 3 dias e coe em tecido fino. Tome 1 colher
(café), diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia.
Feridas ulceradas: coloque 1 colher (sopa) de casca picada
e 2 folhas fatiadas de confrei em 1/2 litro de água em
fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe. Aplique na
ferida, com um chumaço de algodão, 2x ao dia.

Corrimento vaginal: coloque 2 colheres (sopa) de casca


picada em 1/2 litro de água fervente. Espere amornar, coe e
acrescente 1 colher (sopa) de vinagre branco ou suco de
limão. Faça banhos locais, de 1 a 3x ao dia, até que o
sintoma desapareça.

Contra-indicações:
Não foram encontradas referências sobre efeitos tóxicos.

Curiosidades:
O nome deriva do termo indígena Iba Timo que significa a
árvore que aperta. É uma planta utilizada na indústria de
curtumes e outrora muito procurada por prostitutas, daí o
nome casca da virgindade, que até hoje lhe é aplicada.
A casca do barbatimão produz matéria tintorial vermelha
que, quando precipitada convenientemente, produz tinta de
escrever. Foi portanto muito utilizada na respectiva indústria
em tempos passados.

Fonte: http://ci-66.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp?f_cod=19

Uso litúrgico:

Conforme informações do pesquisador e mestrando


Ulysses Paulino de Albuquerque da Universidade Federal
do Pernambuco, o barbatimão, associado ao angico,
aroeira e mulungu é empregado no preparo de banhos de
"descarrego", com o propósito de trazer bem estar e
tranqüilidade ao usuário, acrescentando, ainda, seu uso em
garrafadas medicinais.

Fonte: http://www.aguaforte.com/herbarium/Erythrina.html

Também é considerada uma erva dedicada a Xangô,


utilizada nos banhos e abôs dos filhos desse Orixá.
DENDEZEIRO

Que outro vegetal pode ser mais importante para nosso


contexto religioso que o dendezeiro?

Creio que podem existir outros tão importantes quanto ele


mas nenhum mais importante do que ele.

Das suas folhas faz-se as franjas do mariwo, cortinas


sagradas que têm por finalidade resguardar e separar o
sagrado do profano.

De seus frutos extrai-se o óleo de palma, conhecido no


Brasil como “azeite de dendê”, no Caribe como “manteca de
corojo”, entre os nagô como “epo pupa” e entre todos os
iniciados como "sangue vegetal".

Retirada a polpa de seus frutos, de onde se obtém o azeite,


resta uma semente, pequeno caroço no interior do qual
encontra-se um coquinho do qual se extrai um óleo
finíssimo denominado “óleo de palmiche”, conhecido em
yorubá pelo nome de “adi”. Este óleo seria a maior
interdição de Exu e sua grande “kisila”.

Não bastassem os diferentes produtos que nos é fornecido


por esta árvore, devemos nos reportar aos seus
significados mais profundos.
O dendezeiro é a árvore sagrada de Ifá e é de seus frutos
que se obtém os negros caroços que, depois de
ritualisticamente consagrados, irão representar Orunmilá
em seus assentamentos, além de servirem para as
consultas ao oráculo de Ifá onde o próprio Orunmilá é
contatado por seus sacerdotes, os babalaôs. Aos caroços
assim consagrados dá-se o nome de “ikin”.

Somente os “coquinhos” que possuam quatro “olhos” ou


mais servem para esta finalidade, sendo que aqueles que
possuem apenas três olhos não devem ser usados para
este fim.

Sabemos da existência de escolas que utilizam


indiscriminadamente os caroços, independente da
quantidade de olhos que possuam, mas não é meu objetivo
questionar a validade deste fato na presente mensagem.

O que importa é deixar claro que, classificado


científicamente como "Elaeis Guineensis", pertencente a
familia das "palmáceas", este vegetal possui ainda duas
variações que são a "communis" e a "idolatrica".
A primeira, “comum”, é a mais utilizada na cultura deste
vegetal, por produzir, em maior quantidade, frutos maiores e
que atendem melhor ao objetivo da produção de mais óleo.

A variedade “idolátrica” produz frutos menores e, por este


motivo não é cultivada como sua irmã “comum”, mas é ela
que produz as sementes de quatro ou mais olhos o que não
ocorre em relação à espécie comum, que pode, ocasional e
muito raramente oferecer-nos um caroço de quatro olhos
entre milhares de três, e isto é uma exceção dificílima de
ocorrer.
Esta diferença sempre foi conhecida pelos africanos que
dão, ás duas espécies, nomes diferentes.

Segundo Verger, a variedade “communis” é conhecida


pelos nagô pelos seguintes nomes:
Opè pánkóró; ìpánkóró; Opè arùnfó; Opè érúwa; Opè
alárùn; Opè eléran; Opè òrùwá, etc.

A variedade “idolátrica” é conhecida como: Opè, Opè Ifá,


Opè olífà, Opè kin; Opè ikin; Opè yáaàyàla; Opè peku pe
ye; Opè kannakánná e Opè téméré erékè adó.

A questão é a que se segue:


será que existem, no Brasil, pés da variedade idolátrica?

Será que se consegue mudas da mesma?

Qualquer informação será de grande utilidade para todos


pois é nossa obrigação conservarmos a palmeira sagrada
do dendezeiro.
ERVAS DE EXU

Amendoeira:
Seus galhos são usados nos locais em que o homem
exerce suas atividades lucrativas. Na medicina caseira,
seus frutos são comestíveis, porém em grande quantidades
causam diarréia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo
de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter
efeitos emolientes, além de amaciar a pele.

Amoreira:
Planta que armazena fluidos negativos e os solta ao
entardecer; é usada pelos sacerdotes no culto a Eguns. Na
medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da
boca e garganta.

Angelim-amargoso:
Muito usado em marcenaria, por tratar-se de madeira de lei.
Nos rituais, suas folhas e flores são utilizadas nos abô dos
filhos de Nanã, e as cascas são utilizadas em banhos fortes
com a finalidade de destruir
os fluidos negativos que possam haver, realizando um
excelente descarrego nos filhos de Exu. A medicina caseira
indica o pó de suas sementes contra vermes.
Mas cuidado! Deve ser usada em doses pequenas.

Aroeira:
Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e
tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos
sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas
purificações de pedras. É usada como adstringente na
medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e
resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também
é de grande eficácia nas lavagensgenitais.

Arrebenta Cavalo:
No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes
do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado
em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina
caseira.

Arruda:
Planta aromática usada nos rituais porque Exu a indica
contra maus
fluidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas
nos ebori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil
de perceber, pois se o ambiente estiver realmente
carregado a arruda morre. Ela é também usada como
amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se
à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a
verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.

Avelós – Figueira-do-diabo:
Seu uso se restringe a purificação das pedras do orixá
antes de serem levadas ao assentamento; é usada socada.
A medicina caseira indica esta erva para combater úlceras e
resolver tumores.

Azevinho:
Muito utilizada na magia branca ou negra, ela é empregada
nos pactos com entidades. Não é usada na medicina
popular.

Bardana:
Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote das
ondas negativas e eguns. O povo utiliza sua raiz cozida no
tratamento de sarnas, tumores e doenças venéreas.

Beladona:
Nas cerimônias litúrgicas só tem emprego nos
sacudimentos domiciliares ou de locais onde o homem
exerça atividades lucrativas. Trabalhos
feitos com os galhos desta planta também provocam
grande poder de atração.
Pouco usada pelo povo devido ao alto princípio ativo que
nela existe. Este
princípio dilata a pupila e diminui as secreções sudorais,
salivares, pancreáticas e lácteas.

Beldroega:
Usada na purificação das pedras de Exu. O povo utiliza
suas folhas, socadas, para apressar cicatrizações de
feridas.

Brinco-de-princesa:
É planta sagrada de Exu. Seu uso se restringe a banhos
fortes para proteger os filhos deste orixá. Não possui uso
popular.

Cabeça-de-nego:
No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o
bulbo nos banhos fortes de descarrego. Esta batata
combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas
e inflamações vaginais e uterinas.

Cajueiro:
Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o sacrifício
ritual de
animais quadrúpedes. Em seu uso caseiro, ele combate
corrimentos e flores
brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar as cascas em um
litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer
gargarejos, põe fim ao mau hálito.

Cana-de-açúcar:
Suas folhas secas e bagaços são usadas em defumações
para purificar o ambiente antes dos trabalhos ritualísticos,
pois essa defumação destrói eguns. Não possui uso na
medicina caseira.

Cardo-santo:
Essa planta afugenta os males, propicia o aparecimento do
perdido e faz cair os vermes do corpo dos animais. Na
medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias
crônicas, enquanto as raízes e hastes são empregadas
contra inflamações da bexiga.

Catingueira:
É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo
serve para fazer a purificação das pedras. Entretanto, não
deve fazer parte do axé de Exu onde se depositam
pequenos pedaços dos axé das aves ou bichos de quatro
patas. Na medicina caseira ela é indicada para
menstruações difíceis.

Cebola-cencém:
Essa cebola é de Exu e nos rituais seu bulbo é usado para
os sacudimentos domiciliares. É empregada da seguinte
maneira : corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os
cânticos de Exu, espalha-se pelos cantos dos cômodos e
embaixo dos móveis; a seguir, entoe o canto de Ogum e
despache para Exu. Este trabalho auxilia na descoberta de
falsidades e objetos perdidos. O povo utiliza suas folhas
cozidas como emoliente.

Cunanã:
Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e limpeza.
Substituiu em parte, os sacrifícios a Exu. A medicina caseira
indica os galhos novos desta planta para curar úlceras.

Erva-preá:
Empregada nos banhos de limpeza, descarrego,
sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo usa o chá
desta erva como aromatizante e excitante.
Banhos quentes deste chá melhoram as dores nas
articulações,causadas pelo artritismo.

Facheiro-Preto:
Aplicada somente nos banhos fortes de limpeza e
descarrego. Na medicina caseira, ela é utilizada nas
afecções renais e nas diarréias.

Fedegoso Crista-de-galo:
Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois
é eficaz na destruição de Eguns e causadores de
enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de
defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o
qual é aplicado sobre as pessoas e em locais; é
denominado “o pó que faz bem”. Na medicina caseira atua
com excelente regulador feminino. Além de agir com grande
eficácia sobre erisipelas e males do fígado. É usada pelo
povo, fazendo o chá com toda erva e bebendo a cada duas
horas uma xícara.

Fedegoso:
Misturada a outras ervas pertencentes a Exu, o fedegoso
realiza
os sacudimentos domiciliares. É de grande utilidade para
limpar o solo onde
foram riscados os pontos de Exu e locais de despacho
pertencentes ao deus da liberdade.

Figo Benjamim:
Erva usada na purificação de pedras ou ferramentas e na
preparação do fetiche de Exu. É empregada também em
banhos fortes nas pessoas obsediadas No uso popular,
suas folhas são cozidas para tratar feridas rebeldes e
debelar o reumatismo.
Figo do Inferno:
Somente as folhas pertencentes a este vegetal são de Exu.
Na liturgia, ela é o ponto de concentração de Exu. Não
possui uso na medicina popular.

Folha da Fortuna:
É empregada em todas as obrigações de cabeça, em
banhos de limpeza ou descarrego e nos abôs de quaisquer
filhos-de-santo. Na medicina caseira é consagrada por sua
eficácia, curando cortes, acelerando a cura nas
cicatrizações, contusões e escoriações, usando as folhas
socadas
sobre os ferimentos. O suco desta erva, puro ou misturado
ao leite, ameniza as conseqüências de tombos e quedas.

Juá – Juazeiro:
É usada para complementar banhos fortes e raramente está
incluída nos banhos de limpeza e descarrego. Seus galhos
são usados para cobrir o ebó de defesa. A medicina caseira
a indica nas doenças do peito, nos
ferimentos e contusões, aplicando as cascas, por natureza,
amargas.

Jurema Preta:
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, a Jurema Preta
é usada nos banhos de descarrego e nos ebó de defesa. O
povo a indica no combate a úlceras e cancros, usando o
chá das cascas.

Jurubeba:
Utilizada em banhos preparatórios de filhos recolhidos ao
ariaxé.
Na medicina caseira, o chá de suas folhas e frutos
propiciam um melhor
funcionamento do baço e fígado. É poderoso desobstruente
e tônico, além de
prevenir e debelar hepatites. Banhos de assentos mornos
com essa erva
propiciam melhores às articulações das pernas.

Lanterna Chinesa:
Utilizada em banhos fortes para descarregar os filhos
atacados por eguns. Suas flores enfeitam a casa de Exu.
Popularmente, é usada como adstringente e a infusão das
flores é indicada para inflamação dos olhos.

Laranjeira do Mato:
Seu uso se restringe a banhos fortes, de limpeza e
descarrego. Na medicina caseira ela atua com grande
eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais.

Mamão Bravo:
Planta utilizada nos banhos de limpeza, descarrego e nos
banhos fortes. Além de ser muito empregada nos ebó de
defesa, sendo substituída de três em três dias, porque o
orixá exige que a erva esteja sempre nova. O povo a utiliza
para curar feridas.

Maminha de Porca:
Somente seus galhos são usados no ritual e em
sacudimentos domiciliares. O povo a indica como
restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca
cozida tem grande eficácia sobre as mordeduras de cobra.

Mamona:
Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de
Exu. Suas sementes socadas vão servir para purificar o otá
de Exu. Não tem uso na medicina popular.
Mangue Cebola:
No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos domiciliares.
Corte a cebola em pedaços miúdos e, entoando em voz alta
o canto de Exu, a
espalhe pela casa, nos cantos e sob os móveis. Na
medicina caseira, a cebola do mangue esmagada cura
feridas rebeldes.

Mangueira:
É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de ori,
misturada com aroeira, pinhão-roxo, cajueiro e vassourinha-
de-relógio, do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma
roupa limpa. As folhas servem para cobrir o terreiro em dias
de abaçá. Na medicina caseira é indicada para debelar
diarréias rebeldes e asma. O cozimento das folhas, em
lavagens vaginais, põe fim ao corrimento.

Manjerioba:
Utilizada nos banhos fortes, nos descarregos, nas limpezas
pessoais e domiciliares e nos sacudimentos pessoais,
sempre do pescoço para baixo. O povo a indica como
regulador menstrual, beneficiando os órgãos genitais.
Utiliza-se o chá em cozimento.

Maria Mole:
Aplicada nos banhos de limpeza e descarrego, muito
procurada para sacudimentos domiciliares. O povo a indica
em cozimento nas dispepsias e
como excelente adstringente.

Mata Cabras:
Muito utilizado para afugentar eguns e destruir larvas
astrais. As pessoas que a usam não devem tocá-la sem
cobrir as mãos com pano ou papel, para depois despachá-
la na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas
folhas e caules para tirar dores dos pés e pernas, com
banho morno.

Mata Pasto:
Seus galhos são muito utilizados nos banhos de limpeza,
descarrego, nos sacudimentos pessoais e domiciliares. O
povo a indica contra febres malignas e incômodos
digestivos.

Mussambê de Cinco Folhas:


Obs.: Sejam eles de sete, cinco, ou três folhas, todos
possuem o mesmo efeito, tanto nos trabalhos rituais,
quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus
efeitos positivos e por serem bem aceitas por Exu no ritual
de boas vindas. Na medicina caseira é excelente para curar
feridas.

Ora-pro-nobis:
É erva integrante do banho forte. Usada nos banhos de
descarrego e limpeza. É destruidora de eguns e larvas
negativas, além de entrar nos assentamentos dos
mensageiros Exus. No uso caseiro, suas folhas atuam
como emolientes.

Palmeira Africana:
Suas folhas são aplicadas nos banhos de descarrego ou de
limpeza. Não possui uso na medicina caseira.

Pau D’alho:
Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos
domiciliares e em banhos fortes, feitos nas encruzilhadas,
misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na
encruzilhada em que tomar o banho, arrie um mi-ami-ami,
oferecido a Exu, de preferência em uma encruzilhada
tranqüila.
Na medicina caseira ela é usada para exterminar
abscessos e tumores. Usa-se
socando bem as folhas e colocando-as sobre os tumores. O
cozimento de suas
folhas, em banhos quentes e demorados, é excelente para
o reumatismo e
hemorróidas.

Picão da Praia:
Não possui uso ritualístico. A medicina caseira o indica
como diurético e de grande eficácia nos males da bexiga.
Para isso utilize-o sob a
forma de chá.

Pimenta Darda:
“Aplicada em banhos fortes e nos assentamentos de Exu.
Na medicina caseira, suas sementes em infusão são anti-
helmínticas,
destruindo até ameba.

Pinhão Branco:
Aplicada em banhos fortes misturadas com aroeira. Esta
planta possui o grande valor de quebrar encantos e em
algumas ocasiões substitui o sacrifício de Exu. Suas
sementes são usadas pelo povo como purgativo. O leite
encontrado por dentro dos galhos é de grande eficácia
colocado sobre a erisipela. Porém, deve-se Ter cuidado,
pois esse leite contém
uma terrível nódoa que inutiliza as roupas.

Pinhão Coral:
Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos de limpeza
e descarrego e nos ebó de defesa. Na medicina caseira o
pinhão coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas.
Pinhão Roxo:
No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão
branco. É poderoso nos banhos de limpeza e descarrego, e
também nos sacudimentos domiciliares, usando-se os
galhos. Não possui uso na medicina popular.

Pixirica – Tapixirica:
No ritual faz parte do axé de Exu e Egun. Dela se faz um
excelente pó de mudança que propicia a solução de
problemas. O pó feito de suas folhas é usado na magia
maléfica. Na medicina caseira ela é indicada para as
palpitações do coração, para a melhoria do aparelho genital
feminino e nas doenças das vias urinárias.

Quixambeira:
É aplicada em banhos de descarrego e limpeza para a
destruição de eguns e ao pé desta planta são arriadas
obrigações a Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas
cascas em cozimento, atua como energético adstringente.
Lavando as feridas, ela apressa a cicatrização.

Tajujá – Tayuya:
É usada em banhos fortes, de limpeza ou descarrego. A
rama do tajujá é utilizada para circundar o ebó de defesa. O
povo a indica como forte purgativo.

Tamiaranga:
É destinada aos banhos fortes, banhos de descarrego e
limpeza. É usada nos ebó de defesa. O povo a indica para
tratar úlceras e feridas malignas.

Tintureira:
Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. Bem
próximo ao seu tronco são arriadas as obrigações
destinadas a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas folhas
como um energético desinflamatório.

Tiririca:
Esta plantinha de escasso crescimento apresenta umas
pequeninas batatas aromáticas. Estas são levadas ao fogo
e, em seguida, reduzida a pó, o qual funciona como pó de
mudança no ritual. Serve para desocupar casas e,
colocadas embaixo da língua, desodoriza o hálito e afasta
eguns.

Urtiga Branca:
É empregada nos banhos fortes, nos de descarrego e
limpeza e nos ebó de defesa. Faz parte nos
assentamentos. O povo a indica contra as hemorragias
pulmonares e brônquicas.

Urtiga Vermelha:
Participa em quase todas as preparações do ritual, pois
entra nos banhos fortes, de descarrego e limpeza. É axé
dos assentamentos de Exu e utilizada nos ebó de defesa.
Esta planta socada e reduzida a pó, produz
um pó benfazejo. O povo indica o cozimento das raízes e
folhas em chá como
diurético.

Vassourinha de Botão:
Muito empregada nos sacudimentos pessoais e
domiciliares. Não possui uso na medicina popular.

Vassourinha de Relógio:
Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não
possui uso na medicina caseira.

Xiquexique:
Participa nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. São
axé nos assentamentos de Exu e circundam os ebó de
defesa. O povo indica esta
erva para os males dos rins.

ERVAS DE OGUM

Açoita-cavalo – Ivitinga:
Erva de extraordinários efeitos nas obrigações, nos banhos
de descarrego e sacudimentos pessoais ou domiciliares.
Muito usada na medicina caseira para debelar diarréias ou
disenterias, e usada também no reumatismo, feridas e
úlceras.

Açucena-rajada – Cebola-cencém:
Sua aplicação nas obrigações é somente do bulbo.Esta
cebola somente é usada nos sacudimentos domiciliares.
A medicina caseira utiliza as folhas como emoliente.

Agrião:
excelente alimento. Sem uso ritualístico. Tem um enorme
prestígio no
tratamento das doenças respiratórias. Usado como xarope
põe fim às tosses e
bronquites, é expectorante de ação ligeira.
Arnica-erca lanceta:
É empregada em qualquer obrigação de cabeça, nos abô
de purificação dos filhos do orixá Ogum. Excelente remédio
na medicina caseira, tanto interna como externamente,
usado nas contusões, tombos, cortes e lesões, para
recomposição dos tecidos.

Aroeira:
É aplicada nas obrigações de cabeça, e nos sacudimentos,
nos
banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras.
Usada como
adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas
e úlceras, e
resolve casos de inflamações do aparelho genital.

Cabeluda-bacuica:
Tem aplicações em vários atos ritualísticos, tais como ebori,
simples ou completo, e é parte dos abô. Usado igualmente
nos banhos de purificação.

Cana-de-macaco:
Usada nos abô de filhos, que estão recolhidos para feitura
de santo. Esses filhos tomam duas doses diárias. Meio
copo sobre o almoço e meio sobre o jantar.

Cana-de Brejo – Ubacaia:


Seu uso se restringe nos abô e também nos banhos de
limpeza dos filhos do orixá do ferro e das artes manuais. Na
medicina caseira é usado para combater afecções renais
com bastante sucesso.
Combate a anuria, inflamações da uretra e na leucorréia.
Seu princípio ativo é oestrifno. Há bastante fama referente
ao seu emprego anti-sifilítico.
Canjerana – Pau-santo:
Em rituais é usada a casca, para constituir pó, que
funcionará como afugentador de eguns e para anular ondas
negativas. Seu chá atua como antifebril, contra as diarréias
e para debelar dispepsias. O cozimento das cascas
também é cicatrizador de feridas.

Carqueja:
Sem uso ritualísticos. A medicina caseira aponta esta erva
como
cura decisiva nos males do estômago e do fígado. Também
tem apresentado
resultado positivo no tratamento da diabetes e no
emagrecimento.

Crista-de-galo – Pluma-de-princípe:
Não tem emprego nas obrigações do ritual. A medicina
caseira a indica para curar diarréias.

Dragoeiro – Sangue-de-dragão:
Abrange aplicações nas obrigações de cabeça, abô geral e
banhos de purificação. Usa-se o suco como corante, e
todaa planta, pilada, como adstringente.

Erva-tostão:
Aplicada apenas em banhos de descarrego, usando-se as
folhas. A medicina popular a utiliza contra os males do
fígado, beneficiando o aparelho renal.

Grumixameira:
Aplicado em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e
nos banhos de purificação dos filhos do orixá. A arte de
curar usada pelo povo indica o cozimento das folhas em
banhos aromáticos e na cura do reumatismo.
Banhos demorados eliminam a fadiga nas pernas.

Guarabu – Pau-roxo:
Aplicado em todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de purificação dos filhos de Ogum. Usa-se somente
as folhas que são aromáticas. A medicina caseira indica o
chá das folhas, pois este possui
efeito balsâmico e fortificante.

Helicônia:
Utilizada nos banhos de limpeza e descarrego e nos abô de
ori, na
feitura de santo e nos banhos de purificação dos filhos do
orixá Ogum. A
medicina caseira a indica como debelador de reumatismo,
aplicando-se o
cozimento de todas a planta em banhos quentes. O
resultado é positivo.

Jabuticaba:
Usada nos banhos de limpeza e descarrego, os banhos
devem ser tomados pelo menos quinzenalmente, para
haurir forças para a luta indica o cozimento da entrecasca
na cura da asma e hemoptises.

Jambo-amarelo:
Usado em quaisquer as obrigações de cabeça e nos abô.
São aplicadas as folhas, nos banhos de purificação dos
filhos do orixá do ferro.
A medicina caseira usa como chá, para emagrecimento.

Jambo-encarnado:
Aplicam-se as folhas nos abô, nas obrigações de cabeça e
nos banhos de limpeza dos filhos do orixá do ferro. Tem uso
no ariaxé (banho lustral).
Japecanga:
Não tem aplicação nas obrigações de cabeça, nem nos abô
relacionados com o orixá. A medicina caseira aconselha seu
uso como depurativo do sangue, no reumatismo e moléstias
de pele.

Jatobá – Jataí:
Erva poderosa, porém sem aplicação nas cerimônias do
ritual. Somente é usada como remédio que se emprega aos
filhos recolhidos para obrigações de longo prazo. Ótimo
fortificante. Não possui uso na medicina popular.

Jucá:
Não tem emprego nas obrigações de ritual. No uso popular
há um
cozimento demorado, das cascas e sementes, coando e
reservando em uma
garrafa, quando houver ferimentos, talhos e feridas.

Limão-bravo:
Tem emprego nas obrigações de ori e nos abô e, ainda nos
banhos de limpeza dos filhos do orixá. O limão-bravo
juntamente com o xarope de bromofórmio, beneficia
brônquios e pulmões, pondo fim às tosses rebeldes e
crônicas.

Losna:
Emprega-se nos abô e nos banhos de descarrego ou
limpeza dos filhos
do orixá a que pertence. É usada pela medicina caseira
como poderoso
vermífugo, mais particularmente usada na destruição das
solitárias, usando-se o chá. É energético tônico e
debeladora de febres.
Óleo-pardo:
Planta utilizada apenas em banhos de descarrego. De
muito prestígio na medicina caseira. Cozimento da raiz é
indicado para curar úlceras e para matar bernes de animais.

Piri-piri:
A única aplicação litúrgica é nos banhos de descarrego. É
extraordinário anti- hemorrágico. Para tanto, os caules
secos e reduzidos a pó, depois de queimados, estancam
hemorragias. O mesmo pó, de mistura com água e açúcar
extermina a disenteria.

Poincétia:
Emprega-se em qualquer obrigação de ori, nos abô de uso
externo,da mesma sorte nos banhos de limpeza e
purificação dos filhos do orixá. A medicina caseira só o
aponta para exterminar dores nas pernas, usando em
banhos.

Porangaba:
Entra em quaisquer obrigações e, igualmente, nos abô. No
tratamento popular é usada como tônico e importante
diurético.

Sangue-de-dragão:
Tem aplicações de cabeça, nos banhos de descarrego e
nos abô. Não possui uso na medicina popular.

São-gonçalinho:
É uma erva santa, pelas múltiplas aplicações ritualísticas a
que está sujeita. Na medicina caseira usa-se como
antitérmico e para combater
febres malignas, em chá.
Tanchagem:
Participa de todas as obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de purificação de filhos recolhidos ao ariaxé. É axé
para os assentamentos do orixá do ferro e das guerras.
Muito aplicada no abô de ori. A medicina popular ou caseira
afirma que a raiz e as folhas são tônicas, antifebris e
adstringentes. Excelente na cura da angina e da cachumba.

Vassourinha-de-igreja:
Entra nos sacudimentos de domicílio, de local onde o
homem exerce atividades profissionais . não possui uso na
medicina popular.
ERVAS DE OXÓSSI

Acácia-jurema:
Usada em banhos de limpeza, principalmente dos filhos de
Oxóssi. É também utilizada em defumações. A medicina
popular a utiliza em banhos ou compressas sobre úlceras,
cancros, fleimão e nas erisipela.

Alecrim de Caboclo:
Erva de Oxalá, porém mais exigido nas obrigações de
Oxóssi. Não possui uso na medicina popular.
Alfavaca-do- campo:
Emprega-se nas obrigações de cabeça, nos banhos de
descarrego e nos abô dos filhos do orixá a que pertence. A
medicina caseira aplica esta planta para combater as
doenças do aparelho respiratório, combate principalmente
as tosses e o catarro dos brônquios; preparado como
xarope é eficaz contra a coqueluche. Usada em chá ou
cozimento das folhas.

Alfazema-de- caboclo:
Conhecida popularmente como jureminha, a Alfazema é
usada em todas as obrigações de cabeça, nos banhos de
limpeza ou abô e nas defumações pessoais ou de
ambientes. A medicina caseira usa os pendões florais,
contra as tosses e bronquites, aplicando o chá.

Araçá – Araçá-de-coroa:
Suas folhas são aplicadas em quaisquer obrigações de
cabeça, nos abô e banhos de purificação. A medicina
popular considera essa espécie como um energético
adstringente. Cura desarranjos intestinais e põe fim às
cólicas.

Araçá-da-praia:
Planta arbórea pertencente a Yemanjá e a Oxóssi. É
empregada nas obrigações de cabeça, nos abô e nos
banhos de purificação dos filhos dos orixás a que pertence.
No uso popular cura hemorragias, usando-se o cozimento.
Do mesmo modo também é utilizado para fazer lavagens
genitais.

Araçá-do-campo:
É utilizada em banhos de limpeza ou descarrego e em
defumações de locais de trabalho. A medicina popular
emprega o chá contra a diarréia ou disenteria e como
corretivo das vias urinárias.

Caapeba-pariparoba:
Muito usada nas obrigações de cabeça e nos abô para as
obrigações dos filhos recolhidos. Folha de muito prestígio
nos Candomblés Ketu, pois serve para tirar mão de zumbi.
A medicina popular utiliza seu chá para debelar males do
fígado, e o cozimento das raízes para extinguir as doenças
do útero. Surte efeito diurético.

Cabelo-de-milho:
Somente o pé do milho pertence a Oxóssi; as espigas de
milho em casa propicia despensa farta. Quando secar
troque-a por outra verdinha. O cabelo-de-milho é muito
usado pela medicina do povo como diurético e dissolvente
dos cálculos renais. É usado em chá.

Capim-limão :
Erva sagrada de uso constante nas defumações periódicas
que se fazem nos terreiros. Propicia a aproximação de
espíritos protetores. A medicina caseira a aplica em vários
casos: para resfriados, tosses, bronquites, também nas
perturbações da digestão, facilitando o trabalho do
estômago.

Cipó-caboclo:
Muito utilizada em banhos de descarrego. O povo lhe dá
grande prestígio ao linfantismo, por meio de banhos. Usada
do mesmo modo combate inflamações das pernas e dos
testículos.

Cipó-camarão:
Usada apenas em banhos de limpeza e defumações. O
povo indica que, em cozimento é de grande eficácia no trato
das feridas e contusões.

Cipó-cravo:
Não possui uso ritualístico. Na medicina caseira atua como
debelador das dispepsias e dificuldade de digestão. Usa-se
o chá ao deitar. É pacificador dos nervos e propicia um
sono tranqüilo. A dose a ser usada é uma xícara das de
café ao deitar.

Coco-de-iri:
Sua aplicação se restringe aos banhos de descarrego,
empregando-se as folhas. A medicina caseira indica as
suas raízes cozidas para por fim aos males do aparelho
genital feminino. É usado em banhos semicúpios e
lavagens.

Erva-curraleira:
Aplicada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos
filhos do orixá da caça. Na medicina popular é aplicada
como diurético e sudorífico, sendo muito prestigiada no
tratamento da sífilis. Usa-se o cozimento das folhas.

Goiaba – Goiabeira:
É utilizada em quaisquer obrigações de cabeça, nos abô e
nos banhos de purificação dos filhos de Oxóssi. A medicina
caseira usa a goiabeira como adstringente. Cura cólicas e
disenterias. Excelente nas diarréias infantis.

Groselha – Groselha-branca:
Suas folhas e frutos são utilizados nos banhos de limpeza e
purificação. A medicina popular diz que se fabrica com o
fruto um saboroso xarope que se aplica nas tosses rebeldes
que ameaçam os brônquios.

Guaco cheiroso:
Aplica-se nas obrigações de cabeça e em banhos de
limpeza. Popularmente, esta erva é conhecida como
coração-de-Jesus. Medicinalmente, combate as tosse
rebeldes e alivia bronquites agudas, usando-se o xarope.
Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as
folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.

Guaxima-cor- de rosa:
Usada em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô dos
filhos do orixá da caça. É de costume usar galhos de
guaxima em sacudimentos pessoais e domiciliares. Muito
útil o banho das pontas. A medicina popular usa as flores
contra a tosse; as folhas são emolientes; as pontas,
sementes e frutos são antifebris.

Guiné-caboclo:
Utilizado em todas as obrigações de cabeça, nos abô, para
quaisquer filhos, nos banhos de descarrego ou limpeza, etc.
Indispensável na Umbanda e no Candomblé. O povo usa
para debelar os males dos intestinos, beneficia o estômago
na má digestão. Usa-se o chá.

Hissopo – Alfazema-de caboclo:


Aplicada nos ebori e nas lavagens de contas, do mesmo
modo é empregado nos abô para limpeza dos iniciados. É
muito usado nas afecções respiratórias, elimina o catarro
dos brônquios. Usa-se o chá.

Incenso-de-caboclo – Capim-limão:
Usada nas defumações de ambientes e nos banhos de
descarrego. O povo a utiliza para exterminar resfriados,
minorar as bronquites e, também, nas perturbações da
digestão.

Jaborandi:
De grande aplicação nas várias obrigações. A medicina
popular adotou esta planta como essencial na lavagem dos
cabelos, tornando-os sedosos e brilhantes. Tem grande
eficácia nas pleurisias, nas bronquites e febres que tragam
erupções. Usa-se o chá internamente.

Jacatirão:
Pleno uso em quaisquer obrigações. O seu pé, e cepa são
lugares apropriados para arriar obrigações. Não possui uso
na medicina caseira.

Jurema branca:
Aplicada em todas as obrigações de ori, em banhos de
limpeza ou descarrego e entra nos abô. É de grande
importância nas defumações ambientais. A medicina
caseira indica as cascas em banhos e lavagens como
adstringente. Em chá tem efeito narcótico, corrigindo a
insônia.

Malva-do-campo – Malvarisco:
Seu uso se restringe aos banhos descarrego e limpeza. O
povo a indica como desinflamadora nas afecções da boca e
garganta. É emoliente, propiciando vir a furo os tumores da
gengiva. Usa-se em bochechos e gargarejos.

Piperegum-verde – Iperegum-verde:
Erva de extraordinários efeitos nas várias obrigações do
ritual. A medicina aponta-a como debeladora de
reumatismo, usando-se banhos e compressas.

Piperegum-verde- e-amarelo:
Tem o mesmo uso ritualístico prescrito para o piperegum de
Oxóssi. Na medicina popular é o mesmo que piperegum-
verde.
Pitangatuba:
Usado em quaisquer obrigações de ori, ebori, lavagem de
contas e dar de comer à cabeça. A farmácia do povo indica
em chá, nos casos de febres e também para desobstruir os
brônquios.
ERVAS NA UMBANDA

Na Umbanda, utiliza-se litúrgica e ritualisticamente, as


ervas de nossa flora para amacís, imantações, banhos de
descarga, etc.

As Plantas dos Orixás se dividem em 3 grupos primordiais,


à saber:
POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.

Elas são assim catalogadas, conforme a fase lunar da


colheita.

Positivas - deverão ser colhidas na fase Crescente ou


Cheia
Neutras - deverão ser colhidas na fase Nova
Negativas - deverão ser colhidas na fase Minguante
Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das
seguintes condições explícitas:

Vibração de quem vai usá-la


Vibração das demais ervas utilizadas
Vibração da intenção com que serão usadas

POSITIVAS: são ervas que, quando usadas, só positivam,


não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de
trabalho.

NEUTRAS: são todas as ervas que servem para, material


ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o
efeito de doenças, assim como o efeito de vibrações
negativas e/ou positivas.

NEGATIVAS: são ervas usadas explicitamente para


negativar.

A erva é sempre positiva quando colhida nos dois primeiros


dias da lunação respectiva; a dita erva torna-se neutra
quando colhida nos 3o , 4o e 5o dias da lunação, e negativa
quando colhida nos 6o e 7o dias da lunação.

Diz-se Dia de Lunação, porque as ervas devem ser colhidas


das 6hs às 18hs, portanto sob o efeito dos raios solares
(apesar de regidas pelas fases da lua).

Jamais deve-se colher uma erva antes das 6hs ou depois


das 18hs, como também, nunca se deve plantar qualquer
erva no mesmo período.

As ervas devem ser usadas de três formas diferentes:

Para efeito medicinal


Para efeito litúrgico
Para efeito ritualístico

A) Para efeito medicinal, as ervas podem ser usadas:


Como tratamento preventivo
Como tratamento normal da doença
Como abortivo rápido e definitivo da referida doença

I) Para uso preventivo, as plantas devem ser colhidas nos


1o e 2o dias da lunação respectiva.

II) Para uso no tratamento normal da doença as plantas


devem ser colhidas nos 3o ,4o e 5o dias da lunação
respectiva.

III) Para uso como abortivo as plantas devem ser colhidas


sempre no 6o e 7o dias da lunação respectiva.

B) Para efeito litúrgico, as ervas podem ser usadas:

Como imã, para atrair as vibrações do Orixá desejado.


Como neutralizante entre duas forças ou Orixás.
Como ação repulsiva ao Orixá não desejado.

I) Como imã, as ervas devem ser colhidas nos 1o, 2o e 3o


dias da lunação respectiva.

II) Como neutralizante, as ervas devem ser colhidas nos 3o,


4o e 5o dias da lunação respectiva.

III) Para efeito repulsivo, as ervas devem ser colhidas nos


6o e 7o dias da lunação respectiva.

C) Para efeito ritualístico, as ervas podem ser usadas:

Como afirmação ou concordância de efeito litúrgico.


Como equilíbrio entre as forças vibratórias implantadas
durante a ação litúrgica.
Como discordância com as forças imantadas.

Entende-se por força imantada, toda a vibração atuante no


Ser, mesmo que seja à revelia do mesmo.

I) Como afirmação, as ervas devem ser colhidas nos 1o e


2o dias da lunação respectiva.

II) Como equilíbrio, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o


e 5o dias da lunação respectivo.

III) Como discordância (descarga), as ervas devem ser


colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
ERÓ EWÈ - SEGREDO DAS FOLHAS

Eró ewè (segredo das folhas) ou ervas, são indispensáveis


no conteúdo nas “Obrigações ritualísticas”aos Òrìsàs.

A teoria da correspondência mística mostra-nos que cada


planta representa um Òrìsà, como várias delas representam
vários Òrìsàs.

Na vida ou existência das plantas entram fatores diversos a


mantê-las e, por está razão, elas crescem e se
desenvolvem sob a égide da proteção divina; recebendo os
fluídos positivos e benfazejos que emanam de “Olóòrun”
(Deus), as ervas (folhas) armazenam substâncias
relacionadas com cada Òrìsà, e essas substâncias se
denominam fluídos da energia astral.

“As ervas de Òrìsàs se dividem em 3 partes primordiais, a


saber:
POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.

Elas são catalogadas, conforme a fase lunar da colheita:

POSITIVAS = deverão ser colhidas na fase lunar Crescente


ou Cheia;
NEGATIVAS = deverão ser colhidas na fase lunar
Minguante;
NEUTRAS = deverão ser colhidas na fase lunar Nova.

Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das


seguintes condições explícitas:

- “Vibração de quem vai usá-las”


– “Vibração das demais ervas utilizadas”
– “Vibração da intenção com que serão usadas”.

POSITIVAS = São ervas que, quando usadas, só positivam,


não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de
trabalho.

NEGATIVAS = São ervas usadas explicitamente para


trabalhos negativos.

NEUTRAS = São todas as ervas que servem para, material


ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o
efeito de doenças, assim como, o efeito de vibrações
negativas e/ou positivas.
ESPECIARIAS AFRODISÍACAS

Cravo

É um dos mais potentes afrodisíacos naturais. Além disso, é


muito eficaz para combater o cansaço mental, como
também a perda de memória.

Coentro

As suas sementes secas tem efeitos eufóricos,


especialmente nas mulheres. É utilizado em infusões com
vinho. Todavia se recomenda aos homens para não
abusarem desta substância, pois neles, pode causar efeitos
opostos.

Jasmim

Essa deliciosa flor é cultivada no mundo inteiro, mas é


principalmente o jasmim espanhol a ser utilizado para
aromatizar licores. Atenção: as sementes de jasmim são
venenosas.

Ginger

É utilizado em bebidas destinadas a despertar a


sensibilidade. Ingerido com moderação, causa ímpeto
salutar; em dose excessiva, irrita o intestino.

Almíscar

Se trata de uma substância escura de odor muito ativo,


extraida de uma glândula sito sob a pele do abdome dos
cervos jovens que vivem no sudeste asiático. A respeito das
suas origens não certamente apetitosas, é considerada
uma panacéia para tratar epilepsia, coqueluche, febre
tifóide e pulmonite. Além disso, é apreciada pelas suas
virtudes afrodisíacas. É reduzido em pó e
parcimoniosamente espalhado sobre a comida (causa
vertigens se usado em excesso).

Noz-moscada

Não particularmente eficaz para as mulheres, mas para os


homens tem a reputação de ser a melhor aliada. Provém da
ilha de Banda, na Indonésia.

Orégano

Em infusão é um bom agente excitante.

Pimenta de Cayenna

Contém uma grande quantidade de vitamina C. É também


um agente excitante que estimula a circulação. O pequeno
chili vermelho ou verde mexicano, possui as mesmas
qualidades.

Rábano

Sua polpa tem propriedade afrodisíaca.

Aipo

O aipo contém as vitaminas A, B, C, P e minerais. É


excelente para os músculos e ajuda a liquefação do
sangue; também serve para reduzir o nível de colesterol e
ajuda a manter as artérias limpas. Os antigos Romanos
dedicavam o aipo ao deus Plutão, deus do sexo e do
inferno.

Mostarda

Estimula a ação das glândulas sexuais. Existem três


qualidades de mostarda: preta, branca e amarela,
proveniente da Índia. A mostarda conheceu um notável
sucesso na Idade Média.

Tomilho

Erva que fornece óleo de poder anti-séptico. Da mesma


erva igualmente se obtêm um tônico nervoso com efeitos
afrodisíacos. É ainda um bom purificador para o corpo.

Baunilha

Possui efeitos eufóricos e pode ser consumida a vontade.


Combate a astenia sexual, agindo no sistema nervoso
central e, por meio do seu odor, age indiretamente como
estimulante sexual.

Açafrão

Possui propriedades estimulantes das zonas eróticas. Os


estudos têm provado que ha efeitos similares aqueles dos
hormônios. Atenção ao seu consumo: doses excessivas
provocam risadas incontrolá
EWE DAN - JIBÓIA

A Jibóia (Epipremnum pinnatum) é uma planta semi-


herbácea e
de hábito trepador (epífita), pertence à família das Aráceas,
onde encontramos os antúrios, as costelas de adão e os
filodendros. Suas folhas nascem pequenas, brilhantes e
sem recortes, conforme a planta vai se alastrando e chega
próxima a um suporte em que possa se sustentar, suas
folhas crescem e tornam-se recortadas, lembrando muitas
vezes a costela-de adão (Monstera deliciosa).

Quando cultivadas dentro de casa, não chegam a atingir 2


metros, porém na natureza podem ultrapassar os 20 metros
de altura. Suas folhas nesse caso podem alcançar quase 1
metro de largura.

De acordo com o dicionário tupi, a palavra “mbóia” ou


“mboy” designa cobra, e “y” seria água, em uma pronúncia
gutural difícil de ser grafada.
O nome jibóia tem origem indígena e significa literalmente
“cobra d’água”.
Segundo uma lenda indígena, a Jibóia Branca guardava o
segredo do conhecimento, mistério e ciência da floresta
encantada. Conta-se que um guerreiro procurando por caça
acabou encontrando um encantado, a Jibóia Branca, que
morava no lago grande. e se transformava em mulher, ia
para aterra e depois voltava para o lago. A partir desse
encontro, o guerreiro se apaixonou e pediu ela em
casamento. O guerreiro e a Jibóia
tiveram uma vida muito boa, tendo acesso ao conhecimento
e aprendizado no mundo espiritual. Nesse lago grande, na
comunidade da Jibóia Branca, viviam muitos encantados.
Todos eles conheciam o segredo das plantas do poder,
entre elas o cipó ayahuasca (nixi pae) e a folha kawa. E foi
dessa maneira que a utilização dessas plantas ficou
conhecida entre os povos da mata.

A jibóia é considerada uma planta encantada,


principalmente entre os povos do Norte e Nordeste do país.
Dizem que ela seria uma excelente planta para proteção,
quando cultivada em casa protegeria os moradores contra
energias e pessoas negativas. Alguns acreditam que,
quando uma jibóia é cultivada onde há uma mulher solteira,
a planta é capaz de
atrasar ou atrapalhar um futuro casamento, pois afasta
possíveis pretendentes. Outra crença é que ela não deve
ser cultivada dentro d’água em casa, pois atrairia fofoca,
ejó, segunda a língua do povo de santo.
Segundo o Feng Shui, não se deve deixar que ela se enrole
dentro do vaso, e sim que ela suba pela parede. Nesse
caso sua indicação seria para harmonização dos ambientes
e favorecimento do crescimento profissional, utilizada nos
ambientes fechados como escritórios e salas
de reuniões.

A jibóia encontra-se na lista divulgada pela NASA das


plantas de interior campeãs na filtragem do ar. Essas
plantas agiriam não só reciclando o dióxido de carbono
(CO2) e liberando oxigênio, mas também retirando diversos
poluentes do ar, como os gases formaldeídos, utilizados na
fabricação de corantes e vidros.

Embora possua diversos aspectos positivos, devesse ter


atenção redobrada com relação a essa planta,
principalmente em ambientes com crianças e animais
domésticos, pois como
outros representantes de sua família (comigo-ninguém-
pode e o
filodendro, por exemplo) acumulam cristais de oxalato de
cálcio em seus tecidos, tornando-se tóxicas quando
mastigadas ou ingeridas. Esses cristais podem afetar a
orofaringe, causando irritação oral e inchaço das mucosas
do trato gastrointestinal. Talvez esse seja um dos motivos
pelo qual a jibóia também é conhecida como era-do-diabo..
Nas casas de Candomblé a jibóia é tida como uma ewé apa
òsí, estando ligada tanto ao elemento água como a terra,
embora também transite pelo ar. Em seu nome ioruba
também trás alusão a cobra mítica, ewé dan, folhada
serpente. Costuma ser empregada com certa freqüência em
alguma casasde Jeje, nos processos de iniciação e em
baixo das esteiras (enim/zocré) do vodunsi.

Essa folha é consagrada ao orixá Oxumare.


Oxumarê é o grande orixá da transformação, do movimento
e das
mudanças. Nas casas de tradição Jeje é conhecido pelo
nome de Bessem, Dambará ou simplesmente Dan, o que
justifica seus filhos serem chamados dansí. Dan é o vodun
senhor de tudo que é sinuoso e curvo. As trepadeiras estão
sob a sua guarda.
– cantiga durante a Sassaiyn:

Ewe dandan Dara ma da o

Ewe dandan Dara ma da

Ewe da orun Baba da orun

Ewe dandan Dara ma da ò

SALVE AGUÉ, SALVE OSSAYIN! SALVE DAN!

fonte:folhas sagradas
FOLHA DA COSTA - SAIÃO

Nome científico: Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers.


Sinonímia popular: Planta do Ar, Coirama, Coirama-Branca,
Coirama-Brava, Folha-da-Costa, Paochecara, Sayao, Saião

A infusão é utilizada para baixar febres e para curar


inflamações do trato urinário; o suco das folhas frescas
batidas no liquidificador com água é indicado para gastrites
e úlceras; suas folhas maceradas são utilizadas para
picadas de insetos, acelerar o processo de cicatrização em
ferimentos e queimaduras; a folha fresca aquecida serve
para abcessos, furúnculos e dor de cabeça.
(Fonte: http://www.raintree-health.co.uk/cgi-
bin/getpage.pl?/plants/coirama.html )

Uso litúrgico: A folha da costa é tida como sendo uma folha


consagrada a Oxalá, mas oferecida a todos os Orixás. Diz-
se que é a única folha que se pode utilizar para qualquer
pessoa, sem o risco de kizila com o seu Orixá, ainda que
este não seja conhecido. É utilizada nas obrigações de
cabeça, banhos de limpeza e defesa.
FOLHA DE AKÒKO

Nome Yorubá- Akòko


Nome científico- Newboldia laevis Seem
Nome popular-Acoco

Considerações: Origem África, considerada arvore


abundante, provedora de Propriedade, assim diz as
explicações no livro Ewé Orisa de José Flavio Pessoa de
Barros, Atribuída ao Orisa Ossanyin e Ogun, esta Arvore na
África acomoda em suas sombras assentamentos do Orisa
Ogun onde seu culto é Extenso ,na cidade de Iré .
Também usada no culto aos Ancestrais goza de muito
prestigio em nossa Religião.
SAGRADA: Tambem conhecida como uma Árvore de
Osoosi...

O Akòko é uma das folhas preferidas, sendo que costuma


ser associada sempre a prosperidade, tanto de dinheiro
(owo) como de filhos (omo). Essa árvore não é uma espécie
nativa do Brasil, sendo introduzida aqui pelos africanos,
onde se adaptou perfeitamente.

Entre os iorubas, é considerada um sinal de prosperidade,


pois seus troncos eram muito empregados nas feiras, locais
onde o comércio era intenso. Era comum que, após serem
utilizadas como estacas seus troncos brotassem, gerando
novas árvores. Dentro das casas de Candomblé Ketu
costuma estar associada principalmente a Ogun e Ossayin,
embora na verdade costume ser empregada para todos os
orixás.

Já no culto Egúngun, o akòko desempenha um papel


fundamental na união dos seres do Ayé (mundo dos vivos)
e Orun (mundo dos espíritos). Seu tronco, que geralmente
não é muito ramificado, lembra um grande opó ixé, que
ligaria o Céu a Terra. Nesse caso, sua principal relação se
dá com a iyagbá Oyá, Senhora dos Ventos e dos eguns,
que recebe o título de Alakòko, Senhora do Akòko.
Constatamos assim dois aspectos importantes dessa
árvore: sua ligação com a ancestralidade e com o elemento
ar.

Entre os Jeje, recebe o nome de Ahoho (pelos Mahí) e


Hunmatin (pelos Mina). O ahoho é um huntingomé/jassú
(árvore sagrada) consagrado ao vodún Gun (Togbo) que
costuma tê-la como seu principal atín sa. Segundo a
tradição Mahí os galhos do Ahoho devem ser levados junto
ao corpo, em viagens longas, ou que ofereçam algum tipo
de risco. Durante a execução de obrigações difíceis
também. Essa medida teria como finalidade atrair a
proteção de Togbô, que é um guerreiro terrível e que
sempre luta pelos seus filhos.

Dizem os antigos que esse ewé está ligado ao final do ciclo


da iniciação, quando uma nova etapa na vida do iniciado
começará. Por isso é uma folha muito empregada durante
cerimônias de festejo dos sete anos (Odu Ige) de iniciado,
principalmente quando ocorre entrega de oye (cargo).
Segundo alguns, nenhum rei é considerado rei se não tiver
levado no seu ori a folha do akòko.

Quem quiser plantar o akóko não precisa de muito espaço,


pois o seu tronco não é muito grosso, porém o seu porte é
majestoso, fica bem alta. Suas flores também são bem
bonitas, lembram bastante a de um ipê rosa, pois pertence
a mesma família botânica (Bignoniaceae). Só cuidado, pois
eu já vi gente vendendo akosí (Polyscias guilfoylei) como se
fosse akòko. Salve o novo Rei! Árvore forte e imponente,
esse é o akoko. Vamos cantar para ele:

Ewé ófé gbogbo akoko


Ewé ofé gbogbo akoko
Awá li li awá oro
Ewé ofé gbogbo akoko

Akoko,é a folha de todas as pessoas inteligentes


Akoko é a folhas de todas as pessoas inteligentes
Nós temos , nós somos, riquezas e saúde
Akoko é a folha de todas as pessoas inteligentes
FOLHAS DE EUCALIPTO
As folhas de eucalipto são magnetizadores de energias e
miasmas, de energias negativas tanto do ambiente, quanto
energias impregnadas no médium.

É usada para boas energias e boas vibraçoes do


médium,fazendo uma limpeza em sua aura e corpo
físico,para que se reestabeleça o equilibrio energético.

Usada também para defumação,serve para a sucção de


larvas atrais negativas que ficam no ambiente durante os
trabalhos espirituais.

Os Caboclos são os que mais conhecem a folha e que


sabem manipular da melhor maneira conforme a
necessidade.

Óleo essencial de eucalipto aumenta a circulação e ajuda


na vascularização.

A folha de eucalipto é excelente no tratamento de bronquite.

As folhas de eucalipto podem ser usadas no preparo de


chás e ajudam a melhorar diversos problemas de saúde.

A planta combate principalmente os sintomas de gripes e


resfriados, como febre e tosse com muco, pois é
expectorante.

Tambem ameniza outros problemas respiratórios, como


bronquite, rinite e sinusite. Por ter ação antisséptica, as
folhas de eucalipto combatem amidalite e problemas do
aparelho urinário, como cistite, uretrite e infecção urinária.
O chá de eucalipto ainda alivia dores, como as do
reumatismo, e auxilia no equilíbrio dos níveis de açúcar no
sangue.
Segundo nutricionistas e fitoterapeutas do Instituto
Brasileiro de Plantas Medicinais ( IBPM ), a planta se usada
em compressas, funciona como cicatrizante de feridas,
alivia inflamções da pele e contusões, pois possui ação
anti-inflamatória e anti-microbiana.
(ervasmedicinaiscuram.com)

Receitas Medicinais

Rinite
Ingredientes:
•1 colher (sopa) de folhas frescas de eucalipto picadas
•2 xícaras (chá ) de água
Modo de Preparo: Leve os ingredientes para ferver. Espere
amornar, coe e adoce com mel a gosto. Tome 1 xícara (chá)
em seguida, e a outra depois de 8 horas.

Aliviar Bronquite
Ingredientes:
•1/2 litro de água
•1 colher (sopa) de folhas frescas de eucalipto picadas
•1 colher (sopa) de folhas frescas de guaco
Modo de Preparo: Ferva todos os ingredientes. Espere
amornar, coe e adoce com mel a gosto. Beba 3 xícaras
(chá) por dia.
Contra Indicações: o guaco não é recomendado para
pessoas com problemas de hemorragias ou fígado.
(ervasmedicinaiscuram.com)
HORTELÃ

Estudo recente feito por pesquisadores da Universidade de


Newcastle, no Reino Unido, identificou que a hortelã
brasileira (Hyptis crenata), conhecida no Brasil como
hortelã-brava e salva-de-marajó , possui propriedades
analgésicas muito parecidas com a de medicamentos
vendidos comercialmente.

Muito utilizada para tratar febre, gripe, dor de cabeça e dor


de estômago, estimulante, carminativa, antiespasmódica e
um tônico poderoso para organismos depauperados.
Elimina cálculos biliares, icterícia, palpitações, tremedeiras,
vômitos, cólicas uterinas, dismenorréia, prostatite e tosse,
favorecendo a expectoração e eliminando das toxinas.
A planta ainda é ideal para insônia, flatulência, vermes e
problemas digestivos, sejam gases, prisão de ventre, dores
de barriga ou de estômago. Isso porque excita, estimulando
estes órgãos com a contração do estômago e movimentos
peristálticos do intestino. É muito usada para cólicas e
timpanite, principalmente se forem de origem nervosa. Seu
sumo, embebido em algodão, melhora as dores de dentes.
Na amamentação, aumenta a produção do leite. Antiséptico
bucal, elimina aftas, infecções da boca em geral
(bochechos) e garganta (gargarejos). A hortelã é também
analgésica, indicada nas cólicas intestinais, hepáticas e
nefríticas. É ótima para problemas circulatórios, depurando
o sangue. Além disso, ela acalma…

A erva teve seus poderes terapêuticos comprovados por


cientistas, que equipararam seus efeitos aos de uma
aspirina do tipo indometacina. A equipe fez uma pesquisa
no Brasil de como é preparado o chá e qual é a quantidade
ingerida para reproduzir de maneira fiel os efeitos do
tratamento.
Segundo os pesquisadores, o método tradicional é ferver a
folha seca da erva por 30 minutos e deixar esfriar antes de
beber.

Testes iniciais realizados com ratos obtiveram sucesso e,


segundo os pesquisadores, o próximo passo é planejar
testes clínicos para aliviar a dor nas pessoas utilizando a
hortelã brasileira como medicamento terapeutico durante
estudos futuros.

Com grande capacidade de adaptar-se a climas diferentes,


a hortelã é conhecida no mundo inteiro, não só pelo seu
sabor, mas também pelo gostoso aroma e valor terapêutico.

Dica de cultivo: é fundamental cultivá-la em solo úmido e


rico em matéria orgânica

RECEITAS PRÁTICAS DE HORTELÃ

Para vermes (Giardia e Ameba)


- 2 colheres (de sopa) de sumo de hortelã;
- 2 colheres (de sopa) de mel de abelhas.
Misturar os dois e tomar em jejum, durante 15 dias.
Descansar dez dias e repetir por mais 15.
2-) cha para giardia e ameba
ferva uma xíc. de agua e colque por cima de tres raminhos
macerados de hortelã. tome metade da xic. de manhã e
outra metade a noite( para crinças acima de 2 anos até 8
anos). adultos dobrar a quantindade.

Tintura de hortelã
Deixar em maceração no álcool absoluto que é mais puro,
durante 30 dias. Pode-se usar direto no local, sem diluir na
água, por ser de uso externo. Fazer fricções no local. A
tintura da hortelã é indicada para reumatismo, artrite,
artrose ou qualquer dor muscular. Se precisar ingerir,
colocar 21 gotas em meio copo d’água (para crianças,
metade da dose), tomando de três a quatro vezes ao dia.
Nos casos não indicados, usar chás, de preferência com
folhas verdes e frescas. Caso não seja possível, usar folhas
secas ou tinturas.
Receita de hortelã para coceira e picadas de insetos
Pilar (moer no pilão) bem as folhas e aplicar sobre a pele.
Se forem misturadas com argila, o efeito pode ser mais
rápido.

COMO FAZER O SUMO


Pilando bastante as folhas e depois coando num pano fino,
tipo gaze, apertando bem para aproveitar ao máximo.
Nunca se deve liquidificar.
COSMÉTICA

Em geral bom para o rejuvenescimento da pele e


refrescante. O hortelã pimenta é adstringente e clareia o
tom da pele; bom também para infusos para bochecho do
hálito.

Sauna facial antinevrálgica:


em uma tigela, adicione 1/2 litro de água fervente a 25
gramas de hortelà pimenta. Exponha o rosto aos vapores,
cobrindo a cabeça com um pano formando uma cabana
para o rosto.

Banho estimulante:
Ferver em fogo brando por 3 minutos 50 gramas de folhas
de hortelã em um litro de água. Misturar à água da banheira
(tomar pela manhã).

Uso caseiro:
Plantar perto das rosas para afastar os pulgões. Espalhar
folhas frescas ou secas nas despensas, para afastar os
ratos.
Uso culinário:
Bom para kibes, molhos, saladas, carnes. A geléia de
hortelã acompanha carne ou costeleta, carneiros assados.
Ervilhas condimentadas com hortelã. Curtida com vinagre
dá toque especial para saladas e assados. Pode ser
acrescentada em ovos mexidos e omeletes.

Uso mágico:
Atribui-se às mentas poder afrodisíaco. Seu uso está
associado aos feitiços de saúde, proteção, dinheiro e
exorcismo.

Aromaterapia:
Fortalece a auto-confiança, dissolve pensamentos
negativos, medo e egoísmo.

Efeitos colaterais:
Não deve ser consumida em grande quantidade por
crianças e lactantes, pois pode causar dispnéia e asfixia.As
mentas não devem ser consumidas em grandes
quantidades por longos períodos de tempo, pois a pulegona
contida na planta exerce ação paralisante sobre o bulbo
raquidiano. Pode causar insônia se tomado antes de deitar.
JUREMA (Mimosa hostilis)

O nome "Jurema" vem do tupi-guarani, onde Ju significa


"espinho" e Remá, "cheiro ruim".

A jurema é uma planta da família da leguminosas. Os frutos


das plantas leguminosas são vagens. Existem várias
espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema
Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.

A Jurema, também conhecida como Jurema-preta, também


é nome de uma Bebida Sagrada feita com a raiz da árvore
do mesmo nome (Mimosa hostilis).
Os pajés, sacerdotes tupis, também fazem outra Bebida
Sagrada da jurema-branca (Mimosa verrucosa), para
estimular sonhos afrodisíacos. É um tipo de Bebida
Sagrada servida em reuniões especiais.

Das raízes e raspas dos galhos, os feiticeiros e pajés,


babalorixás, os mestres do catimbó, os pais-de-terreiro do
candomblé de caboclo fazem uso abundante.
Sua substância ativa é o DMT (N-dimetiltriptamina).

É utiliza tradicionalmente para fins medicinais e religiosos.

Sua casca é usada para fins medicinais e a casca de sua


raiz é a parte da planta usada nas cerimônias religiosas,
pois possui maior parte dos alcalóides psicoativos.

Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos


caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto
que dá nome a um culto chamado de "Culto à Jurema".

A jurema é utilizada para tomar banho de descarga com


suas folhas.
Serve como defumador , cura de dor de dente, doenças
sexualmente transmissíveis, insônia, nervos, dores de
cabeça.
Faz ainda: figas, patuás, rosários. Utiliza-se para fazer
rezas com suas folhas contra mau-olhado e olho-grande.

Serve ainda para fazer um dos maiores fundamentos do


Culto à Jurema, que é uma bebida à base de infusão das
folhas da jurema, com casca do tronco e da raiz misturado
com mel de abelha, garapa de cana-de-açúcar e cachaça.
Essa é a bebida preferida dos Encantados que baixam no
Toré e no Culto à Jurema.

Arvore tipicamente paraibana, a jurema é venerada quase


como uma divindade. Frondosa e de beleza
impressionante, vive mais de 200 anos, é espinheira e sua
fama corre o Brasil e o mundo.
Segundo a crença indígena, possui poderes milagrosos,
emanando fluidos benéficos.

Em sua parte externa existe uma camada de lodo


empregada em defumações, para o banho de limpeza.

Da casca, flor, e folhas são extraídas emulsões para o


preparo de bebidas, banhos aromáticos para afastar
entidades maléficas e fortificar os mestres.
LOURO

O louro é uma planta muito comum utilizada em muitos


lares por seus importantes benefícios e propriedades, já
que pode ajudar a melhorar a digestão.
O louro é uma planta que foi considerada pelos gregos
como a árvore sagrada de Apolo. Não em vão, os romanos
a utilizavam como símbolo da vitória.

Entre seus componentes, destacam os ácidos fórmico,


pelargônio, ácido, cinámico, láurico, caproico, propiónico,
linoleico e oléico. Mas, além disso, contém canfeno,
terpineno, limoneno e sabineno.

Isso sim, no que se refere a sua composição alimentícia, o


louro contém hidratos de carbono, potássio, fibra, cálcio,
magnésio, fósforo, vitamina B6, ácido fólico e vitamina C,
entre outros.

Deve-se levar em conta que não convém ingerir louro em


excesso, já que pode ser prejudicial para aquelas pessoas
que tenham um estômago sensível.

Benefícios e propriedades do louro

*Estimula o sistema digestivo, aumentando as secreções e


ajudando aos movimentos peristálticos, o que facilita a
digestão.
*Em casos de gripe, bronquite e outras afecções do
aparelho respiratório, atua como expectorante.
*Favorece a eliminação de líquido, por isso ajuda aos rins.
Além disso, é boa em dietas de emagrecimento.
*Diminui as regras abundantes e favorece as que são
pobres, por isso podemos dizer que o louro regula a
menstruação.
*Tem bons resultados para combater a ausência da
menstruação (amenorréia) em forma de chá, ou no combate
da nevralgia e reumatismo fazendo fricções com o azeite
extraído das folhas. Sobre as partes doloridas.
*Ajuda igualmente contra a ansiedade e o stress, ao ser
uma planta relaxante.

Uso na Umbanda:
No ritual é muito utilizada em defumação e banho para
atrair prosperidade.

Forma de Uso: Defumação, banho e chá.


Orixás: Yasã / Oya
Características: Árvore de tronco liso.

Folhas semelhantes as da laranjeira, são mais duras que o


normal, como se estivessem secas.
MANJERICÃO (Ocimum basilicum)

Nome Científico: Ocimum basilicum


Nome Popular: Manjericão, alfavaca, alfavaca-de-jardim,
alfavaca-doce, basilicão, basílico, manjericão-de-molho,
manjericão-doce, manjericão-grande, erva-real, alfavaca-
cheirosa, alfavaca-d’américa, manjericão-branco,
manjericão-de-folha-larga
Família: Lamiaceae
Divisão: Angiospermae
Gênero: masculino
Associações astrológicas: Marte / Sol / Vênus
Elemento: Fogo
Origem: Índia
Ciclo de Vida: Perene

- é uma boa fonte de vitamina E, B3, B6 e zinco


Devido à presença do magnésio, o manjericão melhora a
saúde do sistema cardiovascular, pois estimula os músculos
e vasos sanguíneos a relaxar, melhorando o fluxo
sanguíneo e reduzindo o risco de arritmias cardíacas.

— Ele possui flavonóides, que protegem as estruturas


celulares e os cromossomas contra a radiação e contra os
efeitos dos radicais livres. O alimento também é
antiinflamatório, estimulante digestivo, calmante e previne
problemas digestivos e infecções no intestino.
Também chamado de alfavaca, o manjericão é conhecido
como símbolo do amor e da coragem e tem associação de
longa data com a bruxaria e a magia.

O manjericão é um arbusto pequeno, muito ramificado e


perfumado.

Pode ser usado para acalmar o temperamento entre os


amantes e em divinações com fins amorosos (por exemplo,
coloque duas folhas frescas de manjericão em carvão
ardente. Se elas permanecerem onde foram colocadas,
queimarem rapidamente e virarem cinzas, o casamento
será harmonioso. Se houver estalidos, a vida do casal será
cheia de discussões e, casos as folhas voem para longe
com estalidos fortes, o relacionamento não é aconselhável).

Para saber se uma pessoa é promíscua, coloque uma folha


de manjericão fresca em sua mão. Se ela murchar, já
sabe... (rs)

Traz riqueza para aqueles que o carregam em seus bolsos


e é utilizado em estabelecimentos comerciais (na soleira da
porta ou perto do caixa) para trazer fregueses.

Também é utilizado para que a pessoa se assegure de que


o companheiro permaneça verdadeiro no relacionamento.
Para isso, espalhe o pó de manjericão sobre o corpo da
pessoa enquanto ela dorme, especialmente sobre o
coração, e a fidelidade abençoará seu relacionamento (fica
aqui minha pergunta: isso não seria magia manipulativa?).

Se for espalhado pelo chão, nenhum mal fica onde ele está.
Pode ser utilizado para exorcismos e banhos de purificação.

Afasta bodes e cabras, mas atrai escorpiões. Usado para


invocar salamandras. Previne embriaguez.

Diz-se que as bruxas bebiam meia xícara de suco de


manjericão antes de voarem.

Para quem gosta de dietas: diz-se que se colocarmos


secretamente um pedaço de manjericão debaixo de uma
pessoa, ela não conseguirá comer nada.

O manjericão dado como presente traz boa sorte para uma


casa nova.

Age como pacificador e integrador na família, daí ser


chamado de erva da harmonia.

Ele transmuta a energia agressiva, transformando-a em


vontade e força para brigar por coisas mais importantes
como metas e ideais. Ajuda a brigar pela vida e pelas
coisas que nós queremos.

É ótima para os desorganizados e indisciplinados. Ajuda-


nos também a ver o brilho e o perfume da vida.

Na alimentação, atua como energizante. Por ser muito


delicado, deve ser usado na cozinha delicadamente.
Coloque-o sempre por último nos alimentos cozidos para
que ele não perca os princípios ativos.O manjericão, por ser
um poderoso energizante, deve entrar em toda a
alimentação de uma casa. Experimente trocar o alho, que
deflagra agressividade, pelo manjericão que traz suavidade.

Também é ótimo para dar banho em crianças agressivas e


que dormem mal.

O escalda-pés de manjericão é ótimo para quem está


agressivo, com raiva e pronto para explodir. Tira a raiva na
hora.

Já o chá de manjericão ajuda pessoas muito contidas a


liberarem o amor.

Bom para casos de confusão mental. Pode ser usado ainda


como tintura ou vinagre, queimado no aromatizador ou
aspergido. Galhos nos vasos funcionam bem.

Utilize em banhos de limpeza, saúde e cura, fertilidade.


Serve para cessar violência, abençoar, acalmar, divinação,
casamento, agradecimento, compreensão, entendimento,
sabedoria e cura do meio ambiente.

Protege contra todas as formas do mal e atrai boa sorte.

Cultivar manjericão, eu um vaso ou em uma horta, traz paz


e felicidade para a casa.

Esmague uma folha e inale o cheiro: ajuda a clarear a


mente e o caminho correto irá se revelar.

Usar como um sabonete ritual de autodedicação. Também é


altamente associado a iniciações.

Pode-se também utilizar o manjericão no cálice ritual,


bebendo o chá magicamente preparado a fim de meditar
com dragões e salamandras e para estabelecer uma
comunhão com esses seres ancestrais.

Para proteção, coma o manjericão nos pratos que preparar


com a devida visualização.
USO MEDICINAL

Indicações: Infecções da pele e vias respiratórias,


rachaduras nos mamilos, bronquite, cólicas, febres,
flatulência, insônia, problemas digestivos, reumatismo.
Propriedades: Analgésica, antitérmica, antiséptica,
digestiva, emenagoga, expectorante, sedativa.
Partes usadas: Folhas.

O Manjericão favorece aos que têm digestão difícil, gazes,


asia, dores de cabeça em conseqüência de alimentação
pesada ou inadequada. Facilita o funcionamento dos
intestinos, é diurético. Ë bom para tosses, vômitos, mau
hálito. Ajuda, junto com a Malva e a sálvia nas infecções de
boca.

Também é ótimo para cistite.

O manjericão age como pacificador e integrador na família..

Ele transmuta a nossa energia agressiva, transformando-a


em vontade e força para brigar por coisas mais importantes
como metas e ideais. Ajuda a brigar pela vida e pelas
coisas que nós queremos.

É ótima para os desorganizados e indisciplinados.


Ajuda-nos a ver o brilho e o perfume da vida.

- Podemos abusar do manjericão como os italianos,


usando-o em pizzas, pães, saladas e molhos.

- Para os convalescentes, um suco de manjericão é o


máximo: bata o manjericão no liqüidificador com pouca
água, coe o suco em coador fino e sirva com mel.

- por ser muito delicado ele deve ser usado na cozinha com
muito carinho. Coloque-o sempre por último nos alimentos
cozidos para que ele não perca os princípios ativos.

- é uma boa fonte de vitamina E, B3, B6 e zinco, cálcio,


vitamina A e B2

Devido à presença do magnésio, o manjericão melhora a


saúde do sistema cardiovascular, pois estimula os músculos
e vasos sanguíneos a relaxar, melhorando o fluxo
sanguíneo e reduzindo o risco de arritmias cardíacas.

— Ele possui flavonóides, que protegem as estruturas


celulares e os cromossomas contra a radiação e contra os
efeitos dos radicais livres. O alimento também é
antiinflamatório, estimulante digestivo, calmante e previne
problemas digestivos e infecções no intestino,contra gases.

- O escalda pés de Manjericão é ótimo para quem está


agressivo, com raiva e pronto para explodir. Tira a raiva na
hora.

- O chá de manjericão ajuda pessoas muito contidas a


liberarem o amor.

- Pode também ser colocado em vasos para evitar a


entrada de energias negativas.

- As compressas de manjericão ( uma pasta pilada com as


folhas ) ajuda as mães que ficam com os seios doloridas ou
com rachaduras depois da amamentação.

- os gargarejos com manjericão são ótimos para dor de


garganta, aftas ou mau hálito.

USO LITURGICO

Tem como principal característica litúrgica o poder de


elevação espiritual por isso é muito utilizado em banhos de
amací

- equilíbrio, renova as células do organismo


- oxalá,oxossi,oxum
-manjericão roxo pertence a xangô
-banhos,sacudimentos, limpezas
-afasta espíritos perturbados do ambiente

Deve-se cultivá-lo sob sol pleno, em solo fértil, bem


drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado
regularmente. Pode ser plantado em vasos, ou diretamente
em canteiros adubados. Suas pequenas flores atraem
abelhas e o lugar ideal para o plantio do manjericão é
próximo a cozinha, onde ficará disponível ao cozinheiro.
Não tolera frio, geadas ou calor excessivo. Aprecia o clima
subtropical, tropical e mediterrâneo. Não suporta muitas
colheitas subseqüentes, exigindo o replantio. Multiplica-se
facilmente por estacas de ponteiro, postas a enraizar na
primavera ou por sementes.
O BANHO É A RENOVAÇÃO DO CORPO E DA ALMA

Os banhos ritualísticos fazem parte da evolução humana,


como no principio religião, ciência e filosofia possuíam a
mesma espinha dorsal, é difícil dizer quando e onde
surgiram os banhos ritualísticos.

Podemos considerar que o banho é a renovação do corpo e


da alma, pois quando o corpo se sente bem e se acha
refeito do cansaço, a alma fica também apta a vibrar
harmoniosamente.
Em todas as religiões existem os seus banhos sagrados,
podemos usar como exemplo o batismo nas águas
ministrado por São João Batista, no Rio Jordão, era um
banho sagrado, pois o batismo nas águas senão o banho
mais natural (e porque não o primeiro banho purificador do
ser humano nos dias de hoje, afinal, se batizam crianças
ainda pequenos) que conhecemos, purificador do espírito,
mente e do corpo.

Para nós umbandistas o conceito é muito parecido, mas


utilizamos a nosso favor os conhecimentos científicos
disponíveis. Só para termos uma idéia rápida do que se
esta se falando, hoje é notório o conhecimento de que o
corpo humano possui chacras, eixo energo magnético,
pólos positivos e negativos e rotação magnética, etc.

Além disso, existem os simbolismos utilizados, que no seu


conteúdo também estão ligados a ciência, mas em muitos
casos ainda não estudados pela mesma.

A água é o principal elemento destes simbolismos quando o


assunto é banho, considerado a oferenda que deve ser
dada a todos e quaisquer Orixá, pois ela representa a água
sêmen, e é a água contida no sangue branco feminino, ou
seja, ela fecunda fertiliza, procria. Além de ser apaziguador,
trazendo tranqüilidade e torna as coisas possíveis. A erva é
outro elemento indispensável, o motivo de sua utilização
possui tantas variáveis, podemos citar algumas para melhor
compreensão:

· A química da sua composição;


· A aura da planta;
· Sua memória
· Momento da colheita;·
O Orixá regente;
· Solar ou lunar;
· Quente ou fria;
· Masculina ou feminina.
Estes elementos são determinantes na hora da composição
dos banhos, pois normalmente são utilizadas mais de um
tipo de erva.
A Umbanda possui 4 tipos de banhos:

· Banhos de Descarrego

Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas


energéticas negativas. O tempo todo passamos por
ambientes formados por pensamentos, ações, que vão
criando larvas astrais, miasmas e todo a sorte de vírus
espirituais que vão se aderindo ao aura das pessoas.
Provavelmente o banho de descarrego mais conhecido é o
de sal grosso, devido à eficiência comprovada e a sua
simplicidade no preparo. O sal grosso é o excelente
condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos
eletricamente carregados de carga negativa, que
chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte
etérica, a função do sal é também tirar energias negativas
aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é
eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal,
“lava” toda a aura, desmagnetizando-o negativamente. Os
banhos de descarrego que utilizam ervas tem o seu efeito
mais prolongado que os de sal grosso.

· Banhos de Defesa

Estes banhos estão envolvidos com a manutenção dos


chacras e a sua proteção em alguns rituais.

· Banhos de Energização

Estes banhos promovem o restabelecimento do equilíbrio


energético, reativando o chacras e o teor positivo da aura.

· Banhos de Fixação

Estes banhos são usados para trabalhos ritualísticos e


fechados ao público, onde se prestará a trabalhos de
iniciação ou consagração. São realizados apenas por quem
é médium, onde tomará contato mais direto com as
entidades elevadas. Este banho “abre” todos os chacras e a
percepção mediúnica fica aguçadíssima.

Além dos banhos preparados (que somente alguns podem


lavar a cabeça), os banhos em pontos sagrados (mar,
cachoeira, etc), não há está preocupação, pois a energia
abundante do local permite uma limpeza completa em todos
os pontos de energia em nosso corpo, conforme o Orixá
regente no local.
O FABULOSO PODER DAS ERVAS

Sempre se ouviu as maravilhas que as ervas podem fazer


ou também os malefícios que podem causar, mostrando
assim o seu fabuloso poder sobre nós.

Mas como isso se da nas ervas?

Em primeiro lugar, este texto não será achado em livros e


nem existe bibliografia, pois o que aqui escrevo vem dos
ensinamentos de meus Guias de Umbanda, sendo assim
sintam-se a vontade em contestar, criticar , observar ou
acrescentar alguma coisa.

As Ervas tem muitas coisas em comum, uma delas é que


sua vitalidade na parte fora da terra (folhas ou ramos
folhados) que não passam de um ano humano. Logo fácil
perceber que sua concentração de força deve ser densa
para produzir e efetuar seu papel na Natureza.
Esta concentração de força em suas partes aéreas é que
estão armazenados os segredos de muitas curas e
benefícios ao homem, como também a morte e malefícios;
uma vez que a natureza esta longe de sentimentalismo
humano e sua energia reinante é sempre dual.

Dentro de cada erva(sem exceção)existe uma substância


química capaz de produzir algo em alguma coisa(parece
redundância, mas não é!). os animais pelo instinto forte a
que são dotados as usam com limitações. No entanto o
homem com sua inteligência lógica, aprendeu a usá-las de
diversas formas.
A cicuta é um veneno poderoso, mas também é um remédio
excelente! Onde esta a diferença? Na dosagem e
manipulação da erva. E assim é com todas, dependendo da
manipulação, extraímos benefícios ou malefícios para
nossa vida.

Levando isso para a Umbanda.

Sempre ouvimos os Guias receitarem ervas para, banhos,


defumações, chás, inalações, emplastro, mastigação,
“batimento de folhas”, patuás..............
E o efeito curativo ou vibracional de cada uma destas ervas,
vem sendo passado em gerações do Divino plano para o
plano Humano, como também do Humano para o Humano.

Bem já sabemos agora que estas ervas tem cada uma sua
função dual e quando bem manipulada ajuda o filho de fé, e
também sabemos de sua capacidade de condensar suas
substancias em grande quantidade, mas por curto espaço
de tempo (diferentemente das plantas de tronco lenhoso).

Logo fácil de perceber que quando retiramos a erva de sua


raiz, sua substância tende a se perder mais rápido ainda e
se for desidratada, mais ainda e se for fervida, mais ainda.

Então se colhermos uma erva, secá-la e ferve-la, não


restará nada de sua substância benfazeja?
Eis a questão!
Dependerá de como se continuará sua manipulação.
A colheita da erva deverá obedecer uma fase lunar, se for
secá-la, sempre na sombra nunca no sol, e ao ferver para o
uso, sempre ferver a água e colocar a erva com algo a
tampar a evaporação por 30 minutos, isso evita que grande
parte das substâncias se perca na evaporação.

Esta “receita” ou “dica” é apenas para um referencia. Pois


vemos muita coisa sem propósito na utilização de ervas
para fins mágico-terapeuta. Tais como: “ervas” compradas
em caixinha, ervas sendo cozidas, quantidades
indiscriminadas, sendo usadas de forma aleatória, sendo
colhidas fora da lua “boa” etc...

Mas então as ervas compradas nos erveiros não servem?


Sim, servem. Mas primeiro deve-se fazer um vinculo de
confiança com o Erveiro a titulo de não comprar “erva de
bicho por erva daninha”, mesmo que ele não cultive e colha
de forma correta, ainda assim a Erva mantém boa parte de
seu principio ativo; podendo ser perfeitamente usada na
mágia-terapeutica.

E as ervar desidratadas(secas). Mantém suas


propriedades?
Sim, mas em escala muito menor(quanto mais frescas,
mais principio ativo).

Então porque usar ervas desidratadas(secas)?


Por vários motivos. Por questão de não ter acesso a ervas
frescas, por ser mais fácil acondicioná-las por mais tempo e
usá-las com mais “Urgência”, como também por fatores
culturais.

Por muito tempo a manipulação de ervas era tido como


sendo Bruxaria ou coisa do gênero, sempre remetendo ao
mal, com a desidratação da erva era mais fácil estocar e
corria menos risco na sua manipulação; hoje não tememos
por tais conceitos, mas a cultura fica impregnado por
centenas de anos no inconsciente humano.

Mas a erva seca tem o mesmo poder de cura que a erva


fresca? Obviamente que não. veja que o receituário dos
Guias para banho por exemplo. eles receitam um banho ou
dois com ervas frescas, quando receitado com ervas secas,
o mesmo banho para a mesma magia-terapêutica passa a
ser de 7 banhos ou mais.

Nota:
Também é bom observar que, a quantidade de banhos irá
variar para que e por que.

Como funciona o efeito mágico-terapêutico das Ervas em


nós?

Vamos simplificar para caber aqui. O corpo do ser humano


é de vasta complexidade, juntando ao “corpo espiritual”,
esta complexidade amplifica-se e muito. Mas com a
sabedoria de alguns e do intercambio do Divino plano com
o nosso plano, fomos entendendo que somos parte
integrante da natureza e não donos ou senhor da mesma
como alguns vivem e pensam.

Partindo deste principio, fácil perceber que toda a natureza


pode ser manipulada(adequadamente)para o beneficio ou
malefício de todo ser vivo, logicamente nós que somos
parte disso. Quando nosso corpo físico e/ou o “corpo
espiritual” se recente de falta ou excesso de alguma
substância no seu equilíbrio de seu complexo sistema,
podemos encontrar nas Ervas substâncias que irão
recompor este complexo sistema. Como também para
diversos outros fins.

Podemos usar ervas todos os dias e por qualquer motivo?


É de bom alvitre que, todo e qualquer exagero ou déficit de
coisas aplicada em nosso sistema físico/espiritual não é
prudente nem tampouco eficaz no que concerne a Mágia-
Terapêutica.

Bom, é sempre receber o receituário de um Guia de


Umbanda ou de um Zelador (a) abalizado, ou ainda de uma
rezadeira(que nos grandes centros é raríssimo).
O mesmo é usar Ervas na forma de: “me disseram que é
bom”.

Isso é o mesmo que usar remédio alopata sem receita


profissional, como também a Homeopatia, que muitos
dizem assim: “ah! É natural, se bem não fizer mal também
não faz”. Isso é um erro capital, Homeopatia em erro pode
levar ao aumento da enfermidade e até ao óbito.

Qual a finalidade deste texto?


Não é um receituário, mas é sempre bom o filho de pemba
ter subsídios para no futuro atestar se estão sendo
beneficiados ou se é mais uma vitima de
equívocos...Saravá a todos.
O PODER DAS ERVAS SEGUNDO O ESPÍRITO ANDRÉ
LUIZ

"Comecei o trabalho procurando esclarecer os espíritos


perturbados que se mantinham ligados ao doente. Mas
tinha muita dificuldade, pois estava muito abatido.
Lembrei o quanto seria bom ter a colaboração de Narcisa e
tentei.

Concentrei-me em profunda oração a Deus e,nas vibrações


da prece, me dirigi a ela pedindo socorro.
Contei-lhe, em pensamento, o que estava acontecendo
comigo, informando minhas intenções de ajudar, e insisti
para que não deixasse de me socorrer.
Foi então que aconteceu o que eu não esperava. Depois de
20 minutos, mais ou menos,quando eu ainda não havia
terminado minha prece, alguém me tocou de leve no ombro.

Era Narcisa, que me atendia sorrindo:


- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro. Fiquei
muito feliz.

A mensageira do bem olhou o quadro, compreendeu a


gravidade da situação e disse:
- Não temos tempo a perder.

Antes de qualquer coisa, aplicou passes de alívio ao


doente,isolando-o das formas escuras, que se afastaram
imediatamente.Em seguida, me chamou decidida:
- Vamos à natureza.

Acompanhei-a sem vacilar e ela, notando meu espanto,


disse:
- Não é só o homem que emite e recebe fluidos. As forças
naturais fazem o mesmo, nos vários reinos em que se
subdividem.
Para o caso do nosso doente, precisamos das árvores.Elas
vão nos ajudar com eficiência.
Admirado com a nova lição, segui com ela em silêncio.

Quando chegamos a um local onde havia árvores enormes,


Narcisa chamou alguém, com palavras que não pude
entender.
Logo em seguida, oito entidades espirituais atendiam ao
chamado. Muito surpreso, vi Narcisa perguntar onde
poderia encontrar mangueiras e eucaliptos.
De posse da informação dos amigos, que eram totalmente
estranhos para mim, a enfermeira explicou:
- Estes irmãos que nos atenderam são trabalhadores do
reino vegetal.
E, diante da minha surpresa, concluiu:
- Como você vê, não existe nada inútil na casa de Deus.
Em toda parte há quem ensine, se houver quem precise
aprender. E onde surge uma dificuldade, surge também a
solução. O único infeliz na obra divina é o espírito
irresponsável que se condenou às trevas da maldade.
Em alguns minutos, Narcisa preparou certa substância com
as emanações do eucalipto e da mangueira e, durante toda
a noite, aplicamos aquele remédio ao doente, pela
respiração comum e pelos poros.
Ele melhorou muito.
Pela manhã, logo cedo, o médico afirmou muito surpreso:
- Ele teve uma reação incrível esta noite! Um verdadeiro
milagre da natureza."
OBÍ

A cola (Cola acuminata ) é usada na região amazônica


como estimulante e digestivo, além de sua madeira ser
aproveitada na indústria naval.

Cola acuminata
A cola (Cola acuminata) é uma árvore nativa da faixa
equatorial africana. Pertence à família Malvaceae, a mesma
família do cacau.

São árvores de baixa estatura, tronco cinzento, folhagem


brilhante. As flores são unissexuais, brancas ou amarelo-
creme com as pontas das pétalas vermelho-escuro, e raios
da mesma cor próximo ao centro. Os frutos são cápsulas
secas, que se abrem ao secar liberando as sementes.

A substância cola, usada na forma de xaropes, em bebidas


e refrigerantes, é obtida do pó da noz desta árvore. Essas
nozes são muito ricas em cafeína.

A cola é produzida nos países da África central, Sudeste


Asiático e América do Sul, onde o clima quente e úmido
facilitam seu cultivo

Nós de Cola .......


A noz-de-cola é o fruto das plantas pertencentes ao género
Cole da subfamília Sterculioideae (Malvales). As variedades
mais comuns são obtidas de várias árvores do oeste da
África ou da Indonésia, como Cola nitida ou Cola vera e a
Cola acuminata. O grupo contém um total de 125 espécies.

Possuindo um gosto amargo e grande quantidade de


cafeína, a noz de cola é usada por muitas culturas do oeste
africano, tanto individualmente quanto em grupo. Muitas
vezes é usada cerimonialmente ou dada para convidados.

A noz era utilizada originalmente para produzir refrigerantes


de cola, apesar de que hoje em dia o sabor destas bebidas
produzidas em massa é artificial. Algumas exceções
incluem a Red Kola da A.G. Barr plc, Harboe Original Taste
Cola e Cricket Cola, a última feita de noz de cola e chá
verde.

As sementes tem ação estimulantes, regularizadora da


circulação. Atuam como um tônico revigorizante, excitante
do sistema nervoso e muscular. É também antidiarréica e
usada nos casos de anemia, convalescença de doenças
graves, problemas estomacais e certas enxaquecas e
sobretudo nas perturbações funcionais do coração. As
sementes contém teobromina e cafeína, usadas por muitas
pessoas como sucedâneo do cacau e do café.

Também é chamada pelos nomes de abajá, café-do-sudão,


cola, mukezu, obi, oribi, orobó e orobô.

SAGRADO OBÍ

Obi é um elemento muito importante no culto de Orisa. A


noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu.
É um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu
consumo é sempre precedido por preces.

Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada.


Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam
lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu
era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro
mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a
Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ),
para entrarem em acordo sobre a situação ....
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais
jovens não mais respeitarem os mais velhos, como
ordenado pelo Deus Supremo.

Todos começaram então a rezar pelo retorno da


unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela
restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua
mão direita apanhando o ar.

Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo


apanhando o ar.

pós isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e
plantou o conteúdo das duas mãos no chão.

Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as


plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no
lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele
apanhara no ar.

Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos.


Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram
a cair no solo.

Aiye pegou-as e as levou para Olodunmare, e Ele disse a


ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais
lhe agradasse, primeiro, ela tostou as frutas, e elas
mudaram sua textura, o que as deixou com gosto ruim.

No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas


mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso,
outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal
sucedidas.

Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de


descobrir como preparar as nozes era impossível.

Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a divindade do


Obstáculo, se apresentou como voluntária para guardar as
frutas, todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.

Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as


guardou com as folhas para que ficassem frescas por
catorze dias.

Depois, ela começou a comer as nozes cruas.

Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que


as nozes estavam vigorosas e frescas.

Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a


todos que o produto das preces, Obi, podia ser ingerido cru
sem nenhum perigo.

Deus então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais


velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o
segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser
dali por diante, não somente um alimento do céu, mas
também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre
oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do
grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por
preces.
Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da
prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as
pessoas respeitassem os mais velhos.

Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola


foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.

Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga


divindade presente.

A próxima noz de cola tinha três peças, as quais


representavam as três divindades masculinas que disseram
as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.

A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única


mulher que estava presente na cerimônia.

A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.

próxima tinha seis peças representando a harmonia, o


desejo das orações divinas.

A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída


entre todos no Conselho.

Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua


presença é marcada por preces e onde ela só germina e
floresce em comunidades humanas onde existe respeito
pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é
glorificada.

Noz de cola .....


Obi existem vários mas de palmeira africana eu não
conheço, o Obi que usamos em atos religiosos são:

Obì – Noz de cola. Obì e água (obì omi tùtu) são oferendas
primordiais nos cultos afro-descendentes.

Obì ifin – Obi branco - Oferenda exclusiva de Obatalá.

Obì pupa – Obi vermelho. Serve de oferenda para qualquer


ebora que não seja fun-fun, inclusive para orí e egun.

Obì edun = obì àáyá – (Cola Caricofolia– Sterculiáceae) –


Cola de macaco Possui o fruto vermelho e brilhante. É
comestível. - Desconhecido o uso ritualístico.

Obì àbàtà = obì gidi – (Cola Acuminata – Sterculiáceae) –


Este é um tipo de nóz de cola vermelha que pode possuir
de quatro a seis cotilenóides (awé).

Àjoòpa é uma nóz de kola doce e vermelha, grande e de


qualidade superior.

Obì ifin = O mesmo àjoòpa, só que de cor branca. -


Oferendado a Obatalá- Muitas vezes é dado como um
presente ou como parte de um presente a uma pessoa
importante.

Gbánjà = górò = awé méji. – (Cola Nitida – Sterculiáceae) –


É vermelho e possui apenas dois segmentos como indica
um de seus nomes (awé méji). Contém muita cafeína e por
este motivo, se comido à noite, provoca insônia. A cafeína
age como estimulante e excitante muscular. Combate a
depressão e a hipertensão e sua ação rápida é também de
curto efeito...

Abidún = abóbìdóòyò = akíí boto = kòlá = ORÓGBÓ.

RELIGIÃO – OBI O FRUTO SAGRADO DOS ORIXÁS

Segundo um antigo dizer da Bahia, “quem planta obi não


colhe”, esta era uma forma de expressar os longos anos
que uma árvore leva para frutificar. Então os velhos
sacerdotes da Bahia ensinaram que uma criança é que
deveria plantar o obi, e este ritual é rigorosamente
obedecido por todos aqueles que pretendem viver para
colher a fruta. (...)

Obi é um fruto sagrado e insubstituível, sem o qual não se


faz nenhuma obrigação, nenhuma confirmação de que os
Orixás aceitaram as oferendas. A resposta de afirmação do
obi é fundamental para que os ritos possam continuar. O obi
de quatro gomos, o único que deve ser ofertado aos Orixás,
chama-se obi abata.

Cada fruto é composto de dois casais, separam-se os


gomos excedentes e dividem-se em comunhão com todos
os presentes ou oferecem-nos a Exu.

Os gomos são delineados pela natureza, portanto não pode


haver nenhum tipo de intervenção, sobretudo de faca, para
dividir o obi. Apenas nos rituais de Xangô o obi dever ser
substituído pelo orobô. O obi deve ser jogado sobre a água,
em pratos brancos ou diretamente no chão.
Seus gomos devem ser jogados de uma só vez, ou seja,
simultaneamente.

Não se pode manipular os gomos, nem jogar os que caíram


fechados sozinhos. Se a caída não for favorável, deve-se
lançar todos os gomos novamente. Só uma caída autoriza
de imediato a continuidade dos ritos ou confirma a
aceitação. Quando todos os gomos do obi caem abertos,
isto é, com sua parte interna para cima, é o sinal de que os
Orixás abençoaram e/ou aceitaram o rito.
ORÉGANO

Há quem se pergunte: como uma erva aromática pode


facilitar a digestão dos alimentos se a usamos em tão
pouca quantidade, apenas como tempero?

Primeiro, apesar da pequena quantidade, as ervas atuam


realçando o sabor dos alimentos e ativando a ação das
glândulas salivares, que iniciam o processo digestivo. Além
disso, cada tipo de erva apresenta em sua composição
princípios ativos presentes principalmente no óleo
essencial, de forma que são capazes de agir no organismo
mesmo quando a planta é usada apenas como um tempero.
Mas, se a argumentação ainda não for convincente, é
possível responder à esta pergunta seguindo as reações do
nosso organismo quando exalamos o aroma de um prato
preparado com ervas aromáticas:

O aroma ativa as células nervosas das narinas que,


imediatamente, transmitem o estímulo ao nosso cérebro
com uma mensagem de que “o alimento está a caminho”. O
cérebro, por sua vez, passa a mensagem para as glândulas
salivares, avisando-as que devem elevar a produção de
saliva. O resultado é que aumenta a presença de uma
enzima que ajuda a digerir os carboidratos, como batatas e
massas em geral (pães, macarrão, pizzas, etc.). Outra
mensagem é enviada ao estômago, para que aumente a
quantidade de ácido clorídrico - principal elemento do suco
gástrico. Enquanto isso, no intestino é estimulada a
secreção de uma substância hormonal que ativa o pâncreas
e o figado, colocando-os em alerta para o início do
processo digestivo.

O orégano (Origanum vulgaris) é considerado um tônico


para o aparelho digestivo, pois seu forte e inconfundível
aroma, o sabor amarguinho e picante resultam do seu óleo
essencial, composto por cervacol, cimeno, linalol e tanino
que garantem as propriedades digestivas. A erva também é
usada em infusão para tratar problemas como tosse,
bronquite e cólicas intestinais.

Estas propriedades eram bem conhecidas pelo antigo povo


romano, que difundiu o uso do orégano por todo o seu
império. Tanto isso é verdade, que hoje ele é um dos
temperos mais adicionados em pratos típicos da cozinha
italiana, como molhos de tomate, berinjela à parmegiana,
massas e, é claro, pizzas.

Na Grécia Antiga, esta erva também era valorizada. A


palavra orégano (de Origanum) tem origem grega e
significa “alegria da montanha”. Para os gregos, a erva
tinha o poder mágico de trazer felicidade.

Orégano não é manjerona


Originária das regiões da Ásia e Europa mediterrânea, a
planta apresenta muitas espécies, sendo todas muito
aromáticas. Erva perene, cuja altura pode variar de 25 a 80
cm, pertence à família das Labiadas. O orégano é uma
planta herbácea, com raízes na forma de caules
subterrâneos (rizomas). Bastante ramificado, produz folhas
pequenas, ovais e pecioladas, medindo de 1 a 5 cm. As
flores são pequenas e apresentam cores como o púrpura,
rosa, branco ou uma mistura delas, surgindo do início do
verão até meados do outono. Há regiões no Brasil,
entretanto, onde a planta vive vários anos sem nunca
produzir flores.

O orégano se propaga pela divisão das touceiras, por


estaquia ou por sementes. O plantio deve ser feito em solo
leve e rico em matéria orgânica. A planta se desenvolve
bem sob sol pleno e precisa de proteção contra ventos
fortes e frios.

Como as folhas do orégano são muito parecidas com as da


manjerona (Origanum majorana ou Majorana hortensis
Moench.), as duas plantas são bastante confundidas.
Ambas pertencem ao mesmo gênero (as duas são
Origanum) e o orégano é inclusive conhecido como
manjerona-silvestre ou selvagem. Mas as duas ervas
diferem pelo tamanho, pela cor das flores (as da manjerona
são violáceas ou branco-esverdeadas), pelo aroma e pelas
folhas: a manjerona apresenta folhas mais ásperas, com
uma textura mais firme e uma leve penugem.

Fresco ou seco, o orégano exala um perfume intenso e


muito agradável, porém, depois de seco, deve ser usado de
preferência antes de completar um ano, pois começa a
perder suas propriedades aromáticas.
OSSÃE - O SENHOR DAS FOLHAS

Origem e História

Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá,


elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé.

Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim


(Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as
palavras (ofó) que despertam seu poder, sua força.

Ossaim desempenha uma função fundamental no


Candomblé, visto que sem folhas, sem sua presença,
nenhuma cerimônia pode se realizar, pois ele detém o axé
que desperta o poder do ‘sangue’ verde da folhas.
As folhas de Ossaim veiculam o axé oculto, pois o verde é
uma das qualidades do preto. As folhas e as plantas
constituem a emanação direta do poder da terra fertilizada
pela chuva. São como as escamas e as penas, que
representam o procriado. O sangue das folhas é uma das
forças mais poderosas, que traz em si o poder do que
nasce e do que advém.
É preciso esclarecer que o sangue (ejé) é um elemento
essencial no Candomblé.

Três são os tipos de sangue: o vermelho, dos animais, do


azeite-de-dendê, do mel; o preto (verde), do sumo das
folhas, e o branco, do sêmen, do vinho de palma, da água.

As folhas constituem o fundamento inicial do Candomblé.


Antes de passar por qualquer ritual, o neófito tomará o
banho de ervas (amassi) que o purificará e será sua
primeira consagração dentro do culto. É com o amassi que
se lavam os colares, os objetos rituais do ibá, a cabeça, a
alma e o corpo dos iniciados.

É sobre as folhas sagradas de ossaim que repousará o iaô


em sua consagração ao orixá. É com as folhas que os
animais consentem o sacrifício.

Ossaim é, portanto, a primeira consagração no Candomblé:


primeira e constante, pois a folha faz parte do dia-a-dia dos
adeptos do Candomblé; Ossaim é imprescindível à religião,
aos orixás e aos iniciados.

Todas as folhas possuem poder, mas algumas têm


finalidades específicas e não servem para o banho ritual.

Nem todas as folhas servem para os ritos do Candomblé.

Nos banhos de amassi, por exemplo, devem ser utilizadas


folha não-leitosas que não queimem; outras, como o Oju-
orô, devem passar por uma preparação especial antes de
ser utilizadas nos banhos.

Em outros termos, existem folhas que podem ser usadas


nos rituais e folhas que não podem; outras devem passar
por ritos especiais, algumas folhas não servem para o
banho. Enfim, as folhas possuem inúmeras utilidades
dentro e fora do Candomblé, mas é preciso que o sacerdote
saiba utilizá-las de maneira correta.

Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro,


que por meio das folhas pode realizar curas e milagres,
pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à
cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito.
Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que
conseqüências desastrosas não atinjam os seres humanos.

A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás


do mato, como Ogum e Oxóssi, seu território por
excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro,
selvagem, sem a interferência do homem; é também o
território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual
nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem
deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou
bebida.
Medo de que?
Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de
Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas
da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-
intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem,
talvez jamais encontrem o caminho de volta.

Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por


causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a
devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho
perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao
Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê
com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra
grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é
confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem,
também possui uma única perna. Não se pode por isso
confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um
personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de
grande fundamento, que possui uma só perna porque a
árvore, base de todas as folha possui um só tronco.

De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade


entre Ossaim e Orunmilá, que reflete, na verdade, a antiga
disputa entre os Oníìsegùn - mestres em medicina natural
que dominavam o poder das folhas - e os Babalawó -
sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e
do destino dos seres, os pais do segredo.

Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria,


muito próxima à fronteira com o antigo Daomé. Não faz
parte, como muitos pensam, do panteão jeje assimilado
pelos nagô, como Nana, Omolu, Oxumaré e Ewá. Ossaim é
um deus originário da etnia ioruba. Contudo, é evidente que
entre os jeje havia um deus responsável pelas folhas, e
Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató,
a exemplo dos deuses do antigo Daomé.Uma confusão
latente se refere ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer
que se trata de um orixá do sexo masculino.
Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não
teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi
parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com
Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é
o mais comentado.

Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras


afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da
floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e
conhecedores
PAU D`ALHO

Um pau d’alho centenário, medindo cerca de 25 metros de


altura, 8 de diâmetro e 20 metros de circunferência pode
ser visto na mata atlântica, em área pertencente à antiga
fazenda Mococa.

O engenheiro ambiental Ivan Suarez tem dúvida quanto à


identificação do espécime existente na Mococa.
Isto porque há duas espécies de árvores que apresentam
cheiro de alho: o pau d’alho e a árvore-de-alho.

Ambas são da família phytolaccaceae.


O “pau d’alho verdadeiro”, ou Gallesia integrifólia,
conhecido ainda por “guararema” e “Ibirama”, apresenta
tronco único e fruto branco.
Já o “pau d’alho falso”, ou Seguieria langsdorffii, conhecido
também por “agulheiro”, “espinho-de-fuvu”, “árvore-de-alho”
e “limão-bravo”, tem o fruto preto e seu tronco é composto
por uma reunião de troncos menores fundidos entre si.
Pelas fotos apresentadas, o engenheiro acredita que o
espécime da Mococa seja o pau d’alho falso ante o
aglomerado de troncos.
O Pau d'alho tem como principal característica seu forte
cheiro de alho. Sua floração ocorre entre Abril e Maio,
demorando a terminar. É uma arvore muito pouco usada em
paisagismo urbano, porém encontrada em matas da região
leste de Minas Gerais.

USO RITUALÍSTICO:
Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos
domiciliares e em banhos fortes, feitos nas encruzilhadas,
misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na
encruzilhada em que tomar o banho, arreie um mi-ami-ami,
oferecido a Exu, de preferência em uma encruzilhada
tranquila. Na medicina caseira ela é usada para exterminar
abcessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e
colocando-as sobre os tumores. O cozimento de suas
folhas, em banhos quentes e demorados, é excelente para
o reumatismo e hemorróidas.
PIMENTA MALAGUETA

Nome popular: Pimenta malagueta


Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.

A pimenta-malagueta é uma variedade de Capsicum


frutescens muito utilizada no Brasil, mas também em
Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Também é conhecido
pelos nomes de gindungo, maguita-tuá-tuá, ndongo,
nedungo e piri-piri. Em Portugal e Moçambique, são
chamados de piri-piri os frutos mais pequenos e malagueta
os maiores. Normalmente, são usados secos para
condimentar carnes. A malagueta, como todas as outras
espécies do gênero Capsicum, é nativa das regiões
tropicais das Américas.

A pimenta-malagueta silvestre, também conhecida no Brasil


como malaguetinha-caipira, destaca-se pela alta
concentração da capsaicina e baixíssimos teores de
piperina, o que faz com que seus efeitos no organismo
humano sejam predominantemente benéficos. Além disso,
seu sabor inconfundível e marcante e seu aroma agradável
fazem dela a variedade mais apreciada e mais apropriada à
maioria dos pratos. Contudo, é importante salientar que as
espécies de pimenta comercializadas como sendo
malagueta, via de regra, são espécies híbridas, resultantes
de cruzamentos realizados para desenvolver variedades
mais produtivas, mais resistentes a pragas e menos
atrativas aos pássaros e insetos, uma vez que a
malaguetinha original é altamente susceptível a todos esses
ataques.

Uso nos terreiros:

A folha pimenta (ata) é de vital importância para assentar


Esù, significa elevação, porém em vários terreiros e
comumente utilizada em trabalhos maléficos. Seus frutos
são utilizados nas comidas de Esù e de Sàngó. A planta
toda, inclusive os frutos são gún e participa do
compartimento Fogo.
Suas folhas são indispensáveis para assentar Èsù, pois
representa elevação.
Na santeria cubana, é uma planta associada a Èsù, Ògún e
Osányìn (Cabreira 1992:295) utilizada tanto em trabalhos
maléficos como em benéficos.

Embora geralmente associemos o seu uso com a finalidade


de proteção ou ataque (ela é muito usada em rituais de
"queimação") ela também pode ser empregada em diversos
outros rituais.

Dentro da bruxaria (ritual wicca) é muito utilizada uma


espécie de pimenta conhecida como pimenta da jamaica
(Pimenta dioica). Seu uso se faz em infusões e na
confecção de incensos, que juntamente com diversas
invocações tem o poder de atrair dinheiro, boa sorte e
afastar discussões dentro de casa. Suas folhas também
têm propriedades medicinais analgésicas e para curar
disfunções ginecológicas.

Dentro da magia cigana (aqui fundida com diversas práticas


umbandistas), podemos observar algumas entidades
(poucas) que utilizam a pimenta do reino (Piper nigrum) em
seus sortilégios.

Uma característica importantíssima que não podemos


esquecer é que a pimenta (malagueta- Capsicum
frutescens ou dedo de moça- Capsicum baccatum, entre
outras) tem o poder de nos dar força, confiança e vitalidade.

Uso em Ifá:
Planta usada em Ifá; principalmente, para assentar Esù..

Outros nomes yorùbá: ata olobenkàn e ata sísebé (Verger


1995:644)
Nome popular: Pimenta malagueta
Nome latino: Capsicum frutescens L., Solanaceae.

dica: pimenta não gosta de solo encharcado, na dúvida,


antes de regar de novo ponha o dedo na terra e sinta se
está muito úmido. Se ainda estiver não molhe. Outra coisa,
retire sempre as pimentas maduras e as folhas e galhos
secos. Ela vai ganhar muito mais força.

Por fim: embora a pimenta (Capsicum sp.) seja considerada


uma planta perene (ou seja, todo ano ela produz flores e
frutos), depois de alguns anos é bom guardar algumas
sementes e plantar novas mudas pois com o passar do
tempo ela vai perdendo a força.
PLANTAS MEDICINAIS

Plantas medicinais são aquelas capazes de curar doenç as


e promover o equilíbrio geral do organismo humano,
devolvendo-nos o bem-estar. Todos os vegetais produzem
uma série de substâncias químicas durante o seu
metabolismo. Entre esta, encontram-se substâncias
especiais que ajudam na adaptação das plantas ao meio
em que vivem, agindo contra predadores, impedindo o
desenvolvimento de outros vegetais ao seu redor ou ainda
protegendo a planta contra doenç as e pragas.

Essas substâncias, também chamadas de princípios ativos


naturais, têm a sua produção influenciada por diversas
condiç ões ambientais, como tipo de clima, solo, quantidade
de água, altitude e latitude.

O emprego de técnicas de cultivo adequadas, que levam


em conta todos os fatores que promovem o
desenvolvimento da planta, é essencial para a
obtenção de princípios ativos na proporção e concentração
desejadas.

Um grande número de princípios ativos naturais pode ser


aproveitado na forma medicinal para tratar diversas
enfermidades. Não podemos nos esquecer, no entanto,de
que o uso das plantas pode também trazer
conseqüências desastrosas.

Está mais do que comprovado pela ciência que as plantas


devem ser usadas com parcimônia e muito cuidado. Isso
porque, além de curar, elas também podem causar
intoxicações e envenenamentos.

Existem plantas extremamente tóxicas que, com uma


simples dose,
podem levar à morte. Por isso, é importante sempre
procurar um médico para que ele possa fazer a prescrição
adequada das plantas para o seu problema pessoal.

Evite a auto-medicação.
PREPARANDO AS FOLHAS

INFUSÃO
Para partes macias das plantas, folhas e flores, coloca-se a
erva triturada, em recipiente de porcelana, ou de barro, ou
ainda, de vidro, despejando água fervente, deixando em
repouso por 15 minutos, coberta por um pano branco.

DECOCÇÃO
Para madeiras, raízes, sementes, caules ou partes duras
das plantas. Pega-se um recipiente e coloca-se a planta
junto com a água fria e leve ao forno, dependendo da
planta, por 10, 20 ou 30 minutos. Existe um termo “decoto
de meio”, que significa deixar a água fervendo até que se
reduza a metade de seu volume, depende da indicação.

MACERAÇÃO
Principalmente para folhas e flores. Coloca-se uma erva
triturada em recipiente de porcelana, despejando água fria,
cobre-se o recipiente, deixando-o repousar em local fresco,
por um ou mais dias, dependendo da indicação. Este
preparo permite uma maior duração. A maceração também
é feita com vinho, álcool, óleo, azeite.

COAGEM
Deve ser feita sempre em filtro de algodão ou linho.
Também podem ser usados coadores descartáveis.

TINTURA
É preparada colocando as ervas em imersão no álcool,
principalmente o de cereais.
Coloque a erva triturada em vidros, de preferência âmbar,
até 30% do volume, adicione o álcool até completar 90% e
complemente os 10% restantes com água destilada.
Guarde o vidro em local escuro ou enterre-o por 20 ou 30
dias.

UNGUENTOS
Para uso externo. Três partes do sumo fresco da erva a ser
utilizada, para cada 10 partes de gordura vegetal. Cozinhar
em banho-maria durante uma hora.

COMPRESSAS
Para ferimentos, batidas. Lava-se bem a planta, antes de
aplicar nas feridas, espreme-se a planta diretamente sobre
a pele, coloca-se a planta sobre a pele e amarra-se com
uma faixa. Podem ser feitas compressas com chás e
tinturas, neste caso é recomendado utilizar um pano de
algodão dobrado três vezes, embebido no líquido e colocar
em cima com um pano seco.

PÓS
Cascas e rizomas podem ser reduzidos a pó. Neste caso
elas devem estar bem secas e serem piladas.

XAROPES
Erva seca ou verde triturada, adiciona-se uma xícara de
água fervente, deixando em repouso por 2 horas, filtrar,
colocando na proporção de um para um, mel ou açúcar
mascavo derretido. Pode ser adicionado extrato de própolis
para conservar.

BANHOS
Podem ser preparados por infusões e macerações à frio.

DEFUMAÇÕES

O efeito é sempre melhor se utilizarmos com o material


mágico apropriado. Conchas e turíbulos com carvão.
Observação: As plantas nascidas no seu próprio habitat,
possuem uma força maior do que as cultivadas. Como
orientam nossos mentores, a planta que cresce
naturalmente no seu próprio jardim é aquela que veio para
cura-lo. . Quando vamos colher as plantas, precisamos
estar atentos se não estamos muito próximos ao asfalto,
porque a erva pode estar afetada pelos gases dos
automóveis, verificar se na área existe o uso de
agrotóxicos.
PRINCIPIOS ATIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS

Os princípios ativos naturais são agrupados de acordo com


a sua estrutura química e função medicinal. Dentro de cada
um desses grupos, podemos encontrar um número
praticamente infinito de substâncias e derivados.

Os grupos mais importantes são:

Alcalóides:
São compostos orgânicos nitrogenados, geralmente de
estrutura química complexa. Por terem uma atividade
biológica muito grande, devem ser usados com muito
cuidado e com dosagens feitas em laboratório. Aparecem
principalmente nas famílias botânicas Buxacaceae (buxá
ceas), Amarilidaceae (amarilidá ceas),
Euphorbiaceae(euforbiá ceas), Liliaceae (liliá ceas),
Papaveraceae (papaverá ceas), Solanaceae
(solaná ceas), entre outras.
Eles têm ações diversas, tais como colagoga,
antiespasmódica
e antitumoral.
Antraquinonas:
São compostos derivados de metil-antraquinona e exercem
uma ação irritante sobre as mucosas do intestino grosso,
aumentando o peristaltismo intestinal.

Bálsamos e Resinas:
São compostos de natureza complexa originados da
mistura de ésteres de ácido cinâmico, benzóico e terpenos
diversos. Essas substâncias são exsudadas pelos caules e
raízes.
As resinas normalmente são sólidas e os bálsamos, líquido-
viscosos.
Têm aç ão anti-sé ptica, queratolítica, citostá tica e
protetora.

Flavonóides:
São compostos relacionados com o grupo químico flavona
e normalmente
dão cor amarela, rosa e azul aos vegetais. Estão
amplamente presentes principalmente nas flores e nos
frutos das famílias botânicas Rutaceae (rutá ceas),
Myrtaceae(mirtá ceas), Rosaceae (rosá ceas), Malvaceae
(malvá ceas) e Asteraceae (compostas).
Exercem ação protetora sobre os vasos sangüíneos e
capilares e antiinflamatória, entre outras.

Glicosídeos Cardiotônicos:
São compostos tóxicos e devem ser usados em doses
mínimas, controladas em laboratórios. Têm ação tônica
sobre a musculatura do coração.

Mucilagens e Gomas:
São polissacarídeos que, diluídos em á gua, formam
soluções
viscosas e adesivas. As mucilagens têm o poder de
absorver grande quantidade de água,aumentando assim de
volume. Elas exercem ação protetora do tubo
gastrintestinal,laxativa suave, antiinflamatória e sedativa da
tosse.

Óleos Essenciais:
São compostos aromá ticos, de composição complexa,
numa mistura de
álcoois, terpenos, aldeídos, cetonas e é steres. São voláteis
e não se misturam com água.
Têm ação anti-séptica e estimulante, entre outras.

Saponinas:
são compostos de natureza heterosídica que, quando
diluídos em á gua e
agitados, produzem espuma abundante, assim como os
sabões. As saponinas exercem ações variadas, incluindo a
hemolítica, a expectorante, a fluidificante do muco e a
tônica.

Taninos:
São compostos fenólicos com poder de precipitar proteínas.
Eles têm ação
adstringente, protetora das mucosas do tubo digestivo,
bactericida, anti-séptico e cicatrizante.
SEM ERVAS NÃO HÁ AXÉ
Sem erva não tem Axé. Se a mata possui uma alma além
do mistério esta é a folha, que a mantém viva pela
respiração, que a caracteriza pela cor e aparência, que
sombreia seu solo permitindo, através do frescor, a
propensão à semeadura. “Kosi Ewe, kosi Orisa”, diz um
velho provérbio nagô: “sem folha não há Orixá”, que pode
ser traduzida por “não se pode cultuar orixás sem usar as
folhas”, define bem o papel das plantas nos ritos.
O termo folha (Ewe) tem aqui um duplo sentido, o literal,
que se refere àquela parte dos vegetais que todos nós
conhecemos, e o figurado, que se refere aos mistérios e
encantamentos mais íntimos dos Orixás.

Mas o que isto tem a ver com o Orixá?


É que o culto aos deuses nagôs se ergue a partir de três
Ewes:
o conhecimento, o trabalho e o prazer, um amálgama de
concentração e descontração passível apenas de ser
vivido, jamais de ser entendido em sua largueza e
profundidade.

O Ewe do conhecimento é aquele que manipula os


vegetais, conhece suas propriedades e as reações que
produzem quando se juntam, é também aquele que
conhece os encantamentos, sem os quais as energias, para
além da química, não se desprendem dos vegetais. O Ewe
do trabalho é aquele que, na disciplina e aparente
banalidade do cotidiano da comunidade de terreiro, vai
“catando as folhas” lançadas aqui e ali, pela observação
silenciosa e astuciosa, com as quais vai construindo seu
próprio conhecimento; sem o mínimo de “folhas”
necessárias não se caminha sozinho. Só se dá “folha” a
quem é digno e sabe guardar, a quem trabalha, a quem é
presente. Só cata “folha” quem tem a sagacidade de
entender a linguagem dos olhares.

O Ewe do prazer é aquele que produz boa comida, boa


conversa, boa música e boa dança, todas quatro povoadas
de folhas e “folhas” para quem tem olhos de ver. O Orixá só
vive se for alimentado, só agradece pela comunhão, só se
mostra pela dança, só se apresenta pela alegria da música
e só fala por Ewe. Sem Ewe não se entende os Orixás.

NÃO EXISTE ORIXÁ SEM FORÇA DA NATUREZA.


Falar das folhas no culto afro-brasileiro é muito complexo,
pois nas diversas nações que existem dentro do culto, as
folhas recebem nomes e funções diferentes.

As folhas de determinado orixá entram também no culto de


outro, pois existem combinações de folhas de um orixá para
o outro.

A nomenclatura das folhas, tanto em português quanto em


yorubá, varia muito, mas vamos destacar os nomes mais
populares.

Os pajés utilizavam ervas medicinais e rezas para afastar


maus espíritos, esta prática tornou-se cada vez mais usual,
porém com o aumento da população, os Portugueses
começaram a enviar mais missionários e médicos para
interromper estas práticas, e a população começou a
procurar os pajés em menor freqüência e as escondidas.
Muitas mulheres desta época se interessaram pelas ervas
medicinais que os pajés utilizavam, e por não conhecer as
rezas que eles faziam misturavam rezas de santos
Católicos com estas ervas criando-se assim as famosas
rezadeiras e curandeiras do Brasil.

Por isso que a influência indígena é tão forte na Umbanda,


com seus Caboclos, entidades representantes destes índios
que aqui estavam quando os colonizadores chegaram.

Existem diversas folhas com diversas finalidades e


combinações, nomes e considerações dos nomes, fato que
muito impressiona a quem as manipulam dentro de Axé.

Temos que ter muita consciência de como usá-las para que


não sejamos pegos de surpresa por energias que são
invocadas quando a maceramos, quando colocamos o
sumo da erva em contato com nosso corpo, quando a
colhemos.

Porém folha é para trazer energias boas e positivadas, tirar


energias ruins e maléficas em muitos casos, trazer resposta
de algo se é necessário para o individuo que a usa.

As plantas são usadas para lavar e sacralizar os objetos


rituais, para purificar a cabeça e o corpo dos sacerdotes
nas etapas iniciáticas, para curar as doenças e afastar
males de todas as origens.

Mas a folha ritual não é simplesmente a que está na


natureza, mas aquela que sofre o poder transformador
operado pela intervenção de Ossãe, cujas rezas e
encantamentos proferidos pelo devoto propiciam a
liberação do axé nelas contido.

Há algumas décadas a floresta fazia parte do cenário e as


folhas estavam todas disponíveis para colheita e
sacralização.

Com a urbanização, o mato rareou nas cidades, obrigando


os devotos a manter pequenos jardins e hortas para o
cultivo das ervas sagradas ou então se deslocar para sítios
afastados, onde as plantas podem crescer livremente.

Com o passar do tempo, novas especializações foram


surgindo no âmbito da religião e hoje as plantas rituais
podem ser adquiridas em feiras comuns de abastecimento
e nos estabelecimentos que comercializam material de
culto. Exemplo maior, no Mercadão de Madureira, no
subúrbio do Rio de Janeiro, pródigo na oferta de objetos
rituais, vestimentas e ingredientes para o culto dos orixás,
mais de vinte estabelecimentos vendem, exclusivamente,
toda e qualquer folha necessária aos ritos. Bem longe da
natureza.

O elemento vegetal é muito importante para a manutenção


e equilíbrio dos seres vivos. Através de processos variados
os vegetais retiram o Prana da natureza, seja através do
Sol, da Lua, dos planetas, da terra, da água, etc. São,
portanto, grandes reservas de éter vital e que através dos
tempos, o ser humano, descobriu estas propriedades.
Usamos os vegetais, desde a alimentação até a magia,
sempre transformando a energia vital, através de processos
e rituais.

EFEITO DA LUA: Os vegetais são diretamente


influenciados pela natureza.

A lua e o sol são os astros que muito influenciam a


absorção do Prana e devemos conhecer estas influências.
Dentre as quatro fases lunares, que tem duração de sete
dias cada, temos duas fases que chamamos de quinzena
positiva, propícia para a colheita de ervas para rituais
diversos na Umbanda (banhos, defumações, etc.) e nas
outras duas temos a quinzena negativa, pois a
concentração de éter, nas folhas, frutos e flores, é muito
baixa.

Os vegetais são de maneira geral, condensadores das


energias solares e cósmicas.

Há ervas que recebem influxos mais diretos de certos


planetas ou luminares, sendo, portanto, ervas particulares
desses planetas Os corpos celestes são a concretização de
certas Linhas de Forças de um determinado Orixá, assim,
por extensão, temos ervas de determinado Orixá.
Lua Nova:

Esta fase lunar caracteriza-se pela “ausência” da lua. É a


primeira fase da quinzena positiva, pois o éter vital
concentra-se na parte superior do vegetal, isto é, nas
folhas, frutos, flores e caules superiores. Assim, é uma das
fases propícias para a colheita de elementos vegetais.

Lua Crescente:

É a fase complementar, ou segunda fase da quinzena


positiva. O éter vital, ou corrente Prânica, ainda está nas
folhas, flores e frutos. Está se dirigindo das extremidades
das plantas para o seu centro.

Lua Cheia:

É a fase que está na quinzena negativa, não sendo o


melhor ciclo para a colheita de ervas, para efeitos
ritualísticos, pois o Prana ou éter vital está no caule
principal e dirige-se às raízes, para completar o ciclo.

Lua Minguante:

Nesta fase lunar, o Prana concentra-se na raiz, vitalizando-


a, permitindo que ela extraia os nutrientes necessários do
solo. Não é uma fase propícia para a colheita de ervas, pois
está na quinzena negativa. COLETA: Se for possível coletar
pessoalmente as ervas, o melhor horário será logo ao
amanhecer. Pede-se licença ao Orixá Ossãe e Oxossi, pois
esses são, respectivamente, os Orixás das plantas e ervas
medicinais e ritualísticas e o Senhor das matas e florestas
em geral. É importante, que no instante em que forem
retirar as ervas, mentalizem e peçam para que, na
finalidade desejada, possam usufruir todas as energias, que
estão contidas nestes vegetais.

O BANHO DE ERVAS:

O banho de ervas, até como tratamento, não é de religião


alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o utilizam, é
porque os próprios espíritos desencarnados que se
apresentam como pretos-velhos, caboclos, crianças etc.,
conhecem esses princípios e os utilizam largamente. Seus
princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não
pode ser esse o motivo da não utilização correta e digna da
energia vegetal também pelos espíritas.

As ervas detêm grande quantidade de Axé (Energia


mágico-universal, sagrada) quem bem combinadas entre si,
detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia
positiva.

Um banho, com o Axé das ervas dos Orixás, age sobre a


aura eliminando energias negativas, produzindo energias
positivas.

Um banho de ervas reúne as ervas adequadas a cada


caso, agindo diretamente sobre esses distúrbios,
eliminando os sintomas provocados pelo acúmulo de
energias negativas. Medicinas como a Ayurvédica (hindu), a
chinesa, a tibetana, o xamanismo, a medicina alopática e a
homeopatia fazem uso desses recursos naturais há tempos.

O uso correto e ético opera verdadeiros “milagres da


natureza”.

Podemos usar a energia da natureza como auxílio no


tratamento de depressões, insônia, ansiedade, angústia e
uma série de doenças crônicas.

Com bom senso e é claro, com o acompanhamento médico


necessário, tratando o espírito e o corpo (já que as doenças
se propagam do perispírito para o corpo físico), nós todos
podemos crescer como médiuns e espíritos mais
conscientes, e por isso mesmo, mais abertos e livres.

A DEFUMAÇÃO:

No dicionário, defumar significa “queima, esp. sobre brasas,


de ervas, resinas e raízes aromáticas (alecrim, benjoim,
alfazema etc.) para perfumar ambientes; 2.1 essa mesma
queima usada para espantar malefícios e atrair boa sorte”.

O que o dicionário não diz é que a Ciência está em se


utilizar dos princípios ativos das plantas e de suas
correlações energéticas para transformar padrões e
registros densos em sutis, alterando toda a vibração do ar e
da energia do ambiente. O fogo também tem seu aspecto
eólico que fica impregnado pelos vegetais colocados sobre
a brasa. Esse conhecimento é muito antigo e até hoje é
utilizado pela Igreja, pelos umbandistas, rosa-cruzes,
taoístas, tibetanos etc. Na Grécia Antiga, os sacerdotes
tinham predileção pelas folhas de louro e no Antigo Egito
pela Artemísia, entre outras. As ervas utilizadas ordenam as
novas energias.

SACUDIMENTOS E DESCARREGOS:

As ervas também são usadas na forma de ramas e galhos


que são “batidos” nas pessoas, residências e até mesmo
objetos, com o objetivo de desprender as cargas negativas
e larvas astrais que possam estar aderidas a estes.
Quando feito numa residência deve ser feito batendo as
folhas nos cantos opostos de cada cômodo, fazendo um “X”
no cômodo. Começa-se do cômodo mais interno para o
mais externo do imóvel.

Quando feito em uma pessoa ou objeto, faz-se em cruz na


ordem: frente, costas, lado direito e lado esquerdo. As
folhas depois de usadas devem ser partidas e despachadas
junto a algum lugar de vibração da natureza, de preferência
direto sobre o solo.

ERVAS DOS ORIXÁS:

De uma forma geral, toda erva, toda folha, pertence à


Ossãe, Ossaniyn, Ossaim, Ossain (como se escreve
habitualmente), ou Ossanha! Segundo a mitologia africana,
Yansã achando isso injusto, usou seus ventos para
espalhar as ervas e desse modo cada Orixá poderia
apanhar as que lhe interessasse. Contudo o conhecimento
sobre o uso de cada uma delas pertence somente a Ossãe!

Ossãe é a folha em si mesma, seus mistérios, seus


ingredientes que podem salvar ou matar, acalmar ou
enlouquecer, elucidar ou alucinar. Ossãe é o movimento da
inteligência humana, é o âmago das ciências médicas com
suas “folhas” sintéticas, seus aparatos que vão muito além
das possibilidades dos sentidos. Por isso se canta ao se
colher folhas na mata, para propiciar nas folhas o que os
olhos não vêem, para lembrar que a mistura de folhas
escolhidas é fruto de um ato pensado.

A mata aos olhos do nagô é um convite à reflexão e a


purificação e não um objeto de manipulação. Não se entra
na mata sem antes pedir licença e presenteá-la, a mata é,
antes de tudo, um deus vivo e com vontade própria, aliado
com o resto da Natureza.

Só se encontra na mata aquilo que a mata mostra, portanto


é preciso conversar, dialogar, entrar num acordo. Não se
entra na mata em vão, não se pega mais folhas do que o
preciso, não se caça o desnecessário, não se acende vela,
não se usa vasilha que não seja feita de folha, não se
destrói, não se suja, não se maltrata.

A importância de Ossãe é tal que nenhuma cerimônia pode


ser realizada sem sua interferência.
SEM FOLHAS NÃO HÁ ORIXÁ

KO SI EWÉ KO SI ORISA

Desde os tempos antigos e remoto ouvimos dizeres,


sortilégios, bem feitos com nossas Ervas Sagradas, temos
referências de muitas em nossas vidas atribuídas em tudo
que passamos a Ingerir, digerir, sentir, tais sensações
despertam diversas sensações, como Bem-estar, vibrações
que passam por nossos músculos a cada sentido que se
choca com nosso corpo físico, sim a Energia da Natureza, a
Energia do Orisa, a energia do Mundo.
Existem diversas folhas com diversas finalidades e
combinações, nomes e considerações dos nomes, fato que
muito impressiona a quem as manipulam dentro de Asé.
Temos que ter muitas consciência de como usá-las para
que não sejamos pegos de surpresa por energias que são
invocadas quando a maceramos, quando colocamos o
sumo da Erva em contato com nosso corpo, quando a
colhemos.

Ewé, assunto este muito diversificado, muito delicado


porque cada nação traz seu ritual porém folha é para
mesma finalidade, trazer energias boas e positivadas, tirar
energias ruins e maléficas em muitos casos, trazer resposta
de algo se é necessário para o individuo que a usa.
TUDO SOBRE O MILHO (ÀGBÀDÓ)

Àgbàdó (milho)

Venerado companheiro, o àgbàdó (milho) é consagrado não


só ao orisá da caça (Odé), mas também está ligada ao culto
de Osalá, Ogún e Sangò, sendo fundamental ainda nos
rituais ao inkissi Dandalunda.

Nome Yorubá- Àgbàdó


Nome científico – Zea Mays L., Gramineae, Sinonímia:
Mays americana Baumg.; Mays vulgaris Ser.; Mays zea
Gaertn.; Talysia mays Kuntze; Zea alba Mill.; Zea altissima
C.C. Gmel.; Zea americana Mill.; Zea amylacea Sturtev.;
Zea amylacea saccharata Sturtev.; Zea cryptosperma
Bonaf.; Zea everta Sturtev.; Zea indentata Sturtev.; Zea
indurata Sturtev.; Zea maiz Vell.; Zea minor C.C. Gmel.; Zea
praecox Steud.; Zea saccharata Sturtev.; Zea segetalis
Salisb.; Zea tunicata Sturtev.; Zea vaginata Sturtev.; Zea
vulgaris Mill.

Nome popular- Milho, Português; Maïs, na Alemanha; Maíz,


Borona, Grano Turco, Mais, Maíz de Indias, Panizo de
Indias, em espanhol; Blé de Turquie, Gaude e Maïs, na
França; Corn e Silk, em inglês; Fromentone e Grano Turno,
na Itália.

Descrição :
Trata-se de uma planta herbácea de alto porte (até 2,5
metros de altura), pertencente à família das Pascias
(Gramíneas), caracterizada por apresentar caules eretos
com folhas alternadas, largas, lanceoladas, com bainhas,
de margem áspera e cortante; flores masculinas reunidas
em panículas terminais, e femininas séseis, reunidas em
espigas de tamanho grande rodeadas por brácteas
membranosas entre as que emergem numerosos estilos
filiformes.
O fruto aparece em cariópside, redondo, brilhante, de cor
amarelada, inserido no eixo engrossado da inflorescência.

Origem
O milho seria originário de América do Sul, ainda que
existam algumas dúvidas sobre seu real lugar primogênito
devido a que não foi conhecido em estado silvestre. Alguns
indicam que seria originário do Peru, outros indicam
Colômbia e um terceiro a América Central, tendo havido
historiadores que fizeram referência a origem asiática
(Birmânia ou as colinas de Naga), ainda que esta teoria
tenha pouca credibilidade.
O certo é que o milho é cultivado atualmente em todo o
mundo, sendo os Estados Unidos o principal produtor. Junto
ao arroz e o trigo constituem os principais alimentos
vegetais para a humanidade

Parte utilizada
Os estilos e estigmas (conhecidos popularmente como
"barba de choclo") e a fração insaponificável de óleo de
germe de milho. Os estilos e estigmas se colhem quando o
fruto está amadurecido.
A separação do gérmen a partir da trituração do grão
permite através do mecanismo de pressão e calor
(previamente lavado para eliminar restos de amidos e
glúten) obter o óleo de milho cru, o qual logo é clarificado
por filtração e decantação e posteriormente refinado para
eliminar os ácidos graxos por esfriamento e filtração.

História
O milho constituiu o cereal mais importante da América
devido a importância dos amidos na alimentação e a
indústria. Tem-se encontrado restos fósseis do pólen de
milho que datam de 6.000 - 6.500 anos de antigüidade. Na
América começaram a cultivar a partir do século XV,
existindo algumas referências de seu conhecimento pelos
astecas.

Os nativos peruanos extraíam desta planta alcalóides os


quais eram utilizados em cerimoniais religiosos. Cristóvão
Colombo levou em 1502 amostras deste cereal para a
Espanha, e dali ganhou uma rápida expansão até ao sul da
Europa, norte de África e Oeste de Ásia.
A partir de sua chegada à América do Norte, se expande
finalmente à China durante o século XVI.

Uso Ritualistico: Pertencem aos Orixás Ogun, Oxossi,


Xangô, Yemonjá e Oxalá.
As sementes são de uso básico nas casas de candomblé,
seja na culinária dos orixás, seja na alimentação cotidiana
da comunidade.

O milho branco - Àgbàdó Funfun - é empregado no preparo


de acaçá (manjar envolvido em folha de bananeira) e ebô
(milho cozido) para Oxalá, Iemanjá e outros Orixás.
O milho vermelho - Àgbàdó Pupa - serve para fazer o acaçá
vermelho (para Exú e Ogun), o Axoxó (milho cosido) para
Oxossi, Logum Edé e Ogun, e entra na composição do
aluá, bebida fermentada de origem africana, servida em
dias de festas nas casas de santo.

O milho alho - Àgbàdó kékeré, para Obaluaiyé, Nàná e


Oxún.

O milho verde em espiga é próprio de Oxossi, sendo


também oferecido a Ayirá, no ritual da fogueira. Serve,
também, para fazer uns bolinhos semelhantes ao acarajé,
que são apreciados por Yewá.

A planta toda é atribuída a Oxossi, e as folhas são usadas


em defumação de terreiros e para "lavar os assentamenos
de Exú" para atrair prosperidade e fartura.

A água do milho branco cozido é utilizada em banho


calmante.

Os grãos são utilizados nos terreiros, no preparo de varias


iguarias que são ofertadas aos òrìxà, tais como:
Ègbo, ègboyá, axoxo, àdun, guguru, akasá branco, akasá
de leite, egidi (akasá de milho amarelo), ekó etc.

Vegetal gún, utilizado para atrair prosperidade e boa sorte.

Elementos: Terra/Masculino

Uso em Ifá;
“As folhas (ewe àgbàdo) são usadas em um trabalho para
trazer boa sorte (àwúre oríre) que se classifica no odú ìwòrì
òfún, também chamado ìwòrì àgbàdo” e em “trabalho para
se obter favores das feiticeiras” (Verger 1995:41/42).
Do odu Èjìogbè em “receita para tratar vômito e diarréia”
(Verger 1995:185).

“A espiga de milho inteira, odidi àgbàdo, é usada em uma


receita para ajudar a mulher a ter um bom parto (awebí)
classificada no odu que trata do nascimento de crianças,
(...) ogbè òtúrúpon ou ogbè tún omo pon” (Verger 1995:43)

“O sabugo do milho (pòpórò àgbàdo) é usado em trabalho


para sair vitorioso de uma luta (ìsegun ìjàkadi), classificado
no odù ose méjì ou ose oníjà, “ose-que-gosta-de-briga”
(Verger 1995:43,351)

“A palha (háríhá) que envolve a espiga de milho é usada em


uma receita para ajudar a mulher grávida a sentir o corpo
leve (...), classificada no odu ogbè òtúrá ou ogbè aláso
funfun, “ogbè-dono-da-roupa-branca” (Verger 1995:44,277)
Por fim, com a palha do milho é feito um cigarro que é muito
apreciado por uma entidade pertencente à Umbanda e o
Catimbó, denominada Zé Pelintra.
O cabelo-de-milho é utilizado em “trabalho para conseguir
proteção contra Exu” do odu Ose òtúrá (Verger 1995:295).
Com relação ao cabelo de milho, ele costuma ser oferecido
para Ode, junto com a espiga, em trabalhos para obter
prosperidade e fartura. Já vi pessoas que o ofereciam para
Oyá, com o mesmo objetivo.
Outra forma interessante que eu já tive a oportunidade de
observar é a utilização de bonecos “voodoo”, feitos com a
palha e os cabelos de milho. Nesse caso o intuito era de
aproximar duas pessoas.
O cabelo de milho também é utilizado como um fitofármaco
que auxilia nas doenças dos rins, tendo efeito diurético e
ajudando a baixar a pressão arterial.

“... os grãos de milho torrados (àgbàdo súnsun) são usados


em trabalhos para fazer um processo judicial cair no
esquecimento (àwúre aforàn ou ìdáàbòbò l’owo ejo)
pertencendo ao odu ogbè òtùrá ou ogbè kòléjó, “ogbè-não-
tem-processo-na-justiça”.” (Verger 1995:44-45, 341), e em
“receita para tratar inchaço da barriga” do odu Ose ìká
(Verger 1995:193).
Do odu Ose òtúrá consta um curioso “trabalho para juntar
novamente partes cortadas de um corpo” (Verger 1995:385)

Sassanha:
Kini àgbàdo á mú bó? Igba omo.
Kini àgbàdo á mú bó? Igba asó.
Orí’re ni ti àgbàdo.
Àgbàdo rin hòhò l’óko.
O kó ‘re bó wá ‘lé.
Orí’re ni ti àgbàdo

O que o milho está trazendo de volta? Duzentas crianças.


O que o milho está trazendo de volta? Duzentas roupas.
O milho traz boa sorte.
O milho vai para o campo.
E retorna para casa com boa sorte.
O milho traz boa sorte

Outros nomes yorubá: Àgbàdó funfun, Àgbàdó pupa, okà,


yangan, erinigbado, erinkà, eginrin àgbado, elépèè, ìjèéré
(Verger 1995:737).

o àgbàdó (milho) é consagrado não só ao orisá da caça


(Odé), mas também está ligada ao culto de Osalá, Ogún e
Sangò, sendo fundamental ainda nos rituais ao inkissi
Dandalunda e em outros rituais.
CABELO DE MILHO
A aplicação na medicina caseira está no cabelo. Nasce das
espigas ao fruto e às sementes do milho.
As espigas são ligadas a Deusa Iansâ.
A espiga usada como Yteque (amuleto), dependura na
porta da cozinha ou copa, sem que lhe retire a palha,
fazendo-se uma alça de palha que capeia a espiga e
deixando-se a metade, no sentido do comprimento,
descoberta, ficando os gãos à vista. É um modo de atrair
fartura de alimentos.

Obs.: Quando estiver secando, trocar por outra verdinha.


Na medicina caseira é usado como diurético e para cálculos
renais (toma-se o chá)
VARIEDADES
AMENDOEIRA
Seus galhos são usados nos locais em que o homem
exerce suas atividades lucrativas. Na medicina caseira,
seus frutos são
comestíveis, porém em grande quantidades causam
diarréia de sangue. Das
sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para
fazer sabonetes por
ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.
AMOREIRA
Planta que armazena fluidos negativos e os solta
ao entardecer; é usada pelos sacerdotes no culto a Eguns.
Na medicina
caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e
garganta.

ANGELIM AMARGOSO
Muito usado em marcenaria, por tratar-se
de madeira de lei. Nos rituais, suas folhas e flores são
utilizadas nos abô
dos filhos de Nanã, e as cascas são utilizadas em banhos
fortes com a
finalidade de destruir os fluidos negativos que possam
haver, realizando um
excelente descarrego nos filhos de Exu. A medicina caseira
indica o pó de
suas sementes contra vermes. Mas cuidado! Deve ser
usada em doses pequenas.

AROEIRA
Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a
Exu e tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos
sacudimentos, nos banhos
fortes de descarrego e nas purificações de pedras. É usada
como adstringente
na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e
resolve casos de
inflamações do aparelho genital. Também é de grande
eficácia nas lavagens
genitais.

ARREBENTA CAVALO
No uso ritualístico esta erva é empregada
em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É
também usado em
magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina
caseira.

ARRUDA
Planta aromática usada nos rituais porque Exu a
indica contra maus fluidos e olho-grande. Suas folhas
miúdas são aplicadas
nos ebori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil
de perceber, pois
se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre.
Ela é também usada
como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso
restringe-se à Umbanda.
Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e
reumatismos, além de seu
sumo curar feridas.

AVELÓS - FIGEUIRA-DO-DIABO
Seu uso se restringe a
purificação das pedras do orixá antes de serem levadas ao
assentamento; é
usada socada. A medicina caseira indica esta erva para
combater úlceras e
resolver tumores.

AZEVINHO
Muito utilizada na magia branca ou negra, ela é
empregada nos pactos com entidades. Não é usada na
medicina popular.

BARDANA
Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote
das ondas negativas e eguns. O povo utiliza sua raiz cozida
no tratamento de
sarnas, tumores e doenças venéreas.

BELADONA
Nas cerimônias litúrgicas só tem emprego nos
sacudimentos domiciliares ou de locais onde o homem
exerça atividades
lucrativas. Trabalhos feitos com os galhos desta planta
também provocam
grande poder de atração. Pouco usada pelo povo devido ao
alto princípio
ativo que nela existe. Este princípio dilata a pupila e diminui
as secreções
sudorais, salivares, pancreáticas e lácteas.

BELDROEGA
Usada na purificação das pedras de Exu. O povo
utiliza suas folhas, socadas, para apressar cicatrizações de
feridas.

BRINCO DE PRINCESA
É planta sagrada de Exu. Seu uso se
restringe a banhos fortes para proteger os filhos deste orixá.
Não possui
uso popular.

CABEÇA DE NEGO
No ritual a rama é empregada nos banhos de
limpeza e o bulbo nos banhos fortes de descarrego. Esta
batata combate
reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e
inflamações vaginais e
uterinas.

CAJUEIRO
Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o
sacrifício ritual de animais quadrúpedes. Em seu uso
caseiro, ele combate
corrimentos e flores brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar
as cascas em um
litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer
gargarejos, põe fim ao
mau hálito.

CANA-DE-AÇUCAR
Suas folhas secas e bagaços são usadas em
defumações para purificar o ambiente antes dos trabalhos
ritualísticos, pois
essa defumação destrói eguns. Não possui uso na medicina
caseira.

CARDO -SANTO
Essa planta afugenta os males, propicia o
aparecimento do perdido e faz cair os vermes do corpo dos
animais. Na
medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias
crônicas, enquanto
as raízes e hastes são empregadas contra inflamações da
bexiga.

CATINGUEIRA
É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu
sumo serve para fazer a purificação das pedras. Entretanto,
não deve fazer
parte do axé de Exu onde se depositam pequenos pedaços
dos axé das aves ou
bichos de quatro patas. Na medicina caseira ela é indicada
para menstruações
difíceis.
CEBOLA -CENCÉM
Essa cebola é de Exu e nos rituais seu bulbo
é usado para os sacudimentos domiciliares. É empregada
da seguinte maneira :
corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de
Exu, espalha-se
pelos cantos dos cômodos e embaixo dos móveis; a seguir,
entoe o canto de
Ogum e despache para Exu. Este trabalho auxilia na
descoberta de falsidades
e objetos perdidos. O povo utiliza suas folhas cozidas como
emoliente.

CUNANÃ
Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e
limpeza. Substituiu em parte, os sacrifícios a Exu. A
medicina caseira
indica os galhos novos desta planta para curar úlceras.

ERVA-PREÁ
Empregada nos banhos de limpeza, descarrego,
sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo usa o chá
desta erva como
aromatizante e excitante. Banhos quentes deste chá
melhoram as dores nas
articulações, causadas pelo artritismo.

FACHEIRO-PRETO
Aplicada somente nos banhos fortes de
limpeza e descarrego. Na medicina caseira, ela é utilizada
nas afecções
renais e nas diarréias.

FEDEGOSO CRISTA-DE-GALO
Esta erva é utilizada em banhos
fortes, de descarrego, pois é eficaz na destruição de Eguns
e causadores de
enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de
defesa. Com flores e
sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado
sobre as pessoas e em
locais; é denominado "o pó que faz bem". Na medicina
caseira atua com
excelente regulador feminino. Além de agir com grande
eficácia sobre
erisipelas e males do fígado. É usada pelo povo, fazendo o
chá com toda erva
e bebendo a cada duas horas uma xícara.

FEDEGOSO
Misturada a outras ervas pertencentes a Exu, o
fedegoso realiza os sacudimentos domiciliares. É de grande
utilidade para
limpar o solo onde foram riscados os pontos de Exu e locais
de despacho
pertencentes ao deus da liberdade.

FIGO BENJAMIM
Erva usada na purificação de pedras ou
ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. É
empregada também em banhos
fortes nas pessoas obsediadas. No uso popular, suas folhas
são cozidas para
tratar feridas rebeldes e debelar o reumatismo.

FIGO DO INFERNO
Somente as folhas pertencentes a este
vegetal são de Exu. Na liturgia, ela é o ponto de
concentração de Exu.
Não possui uso na medicina popular.
FOLHA DA FORTUNA
É empregada em todas as obrigações de
cabeça, em banhos de limpeza ou descarrego e nos abôs
de quaisquer
filhos-de-santo. Na medicina caseira é consagrada por sua
eficácia, curando
cortes, acelerando a cura nas cicatrizações, contusões e
escoriações, usando
as folhas socadas sobre os ferimentos. O suco desta erva,
puro ou misturado
ao leite, ameniza as conseqüências de tombos e quedas.

JUÁ - JUAZEIRO
É usada para complementar banhos fortes e raramente está
incluída nos banhos de limpeza e descarrego. Seus galhos
são
usados para cobrir o ebó de defesa. A medicina caseira a
indica nas doenças
do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando as cascas,
por natureza,
amargas.

JUREMA-PRETA
Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, a Jurema
Preta é usada nos banhos de descarrego e nos ebó de
defesa. O povo a indica
no combate a úlceras e cancros, usando o chá das cascas.

JURUBEBA
Utilizada em banhos preparatórios de filhos
recolhidos ao ariaxé. Na medicina caseira, o chá de suas
folhas e frutos
propiciam um melhor funcionamento do baço e fígado. É
poderoso desobstruente
e tônico, além de prevenir e debelar hepatites. Banhos de
assentos mornos
com essa erva propiciam melhores às articulações das
pernas.

LANTERNA CHINESA
Utilizada em banhos fortes para
descarregar os filhos atacados por eguns. Suas flores
enfeitam a casa de
Exu. Popularmente, é usada como adstringente e a infusão
das flores é
indicada para inflamação dos olhos.

LARANJEIRA DO MATO
Seu uso se restringe a banhos fortes, de
limpeza e descarrego. Na medicina caseira ela atua com
grande eficácia sobre
as cólicas abdominais e também menstruais.

MAMÃO BRAVO
Planta utilizada nos banhos de limpeza,
descarrego e nos banhos fortes. Além de ser muito
empregada nos ebó de defesa, sendo substituída de três
em três dias, porque o orixá exige que a
erva esteja sempre nova. O povo a utiliza para curar
feridas.

MAMINHA DE PORCA
Somente seus galhos são usados no ritual e
em sacudimentos domiciliares. O povo a indica como
restaurador orgânico e
tonificador do organismo. Sua casca cozida tem grande
eficácia sobre as
mordeduras de cobra.
MAMONA
Suas folhas servem como recipiente para arriar o
ebó de Exu. Suas sementes socadas vão servir para
purificar o otá de Exu.
Não tem uso na medicina popular.

MANGUE CEBOLA
No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos
domiciliares. Corte a cebola em pedaços miúdos e,
entoando em voz alta o canto de Exu, a espalhe pela casa,
nos cantos e sob os móveis. Na medicina
caseira, a cebola do mangue esmagada cura feridas
rebeldes.

MANGUEIRA
É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de
ori, misturada com aroeira, pinhão-roxo, cajueiro e
vassourinha-de-relógio,
do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma roupa limpa.
As folhas servem
para cobrir o terreiro em dias de abaçá. Na medicina
caseira é indicada para
debelar diarréias rebeldes e asma. O cozimento das folhas,
em lavagens
vaginais, põe fim ao corrimento.

MANJERIOBA
Utilizada nos banhos fortes, nos descarregos,
nas limpezas pessoais e domiciliares e nos sacudimentos
pessoais, sempre do
pescoço para baixo. O povo a indica como regulador
menstrual, beneficiando
os órgãos genitais. Utiliza-se o chá em cozimento.

MARIA MOLE
Aplicada nos banhos de limpeza e descarrego,
muito procurada para sacudimentos domiciliares. O povo a
indica em cozimento
nas dispepsias e como excelente adstringente.

MATA CABRAS
Muito utilizado para afugentar eguns e destruir
larvas astrais. As pessoas que a usam não devem tocá-la
sem cobrir as mãos
com pano ou papel, para depois despachá-la na
encruzilhada. O povo indica o
cozimento de suas folhas e caules para tirar dores dos pés
e pernas, com
banho morno.

MATA PASTO
Seus galhos são muito utilizados nos banhos de
limpeza, descarrego, nos sacudimentos pessoais e
domiciliares. O povo a
indica contra febres malignas e incômodos digestivos.

MUSSAMBÊ DE CINCO FOLHAS


Obs.: Sejam eles de sete, cinco,
ou três folhas, todos possuem o mesmo efeito, tanto nos
trabalhos rituais,
quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus
efeitos positivos
e por serem bem aceitas por Exu no ritual de boas vindas.
Na medicina
caseira é excelente para curar feridas.

ORA-PRO-NOBIS
É erva integrante do banho forte. Usada nos
banhos de descarrego e limpeza. É destruidora de eguns e
larvas negativas,
além de entrar nos assentamentos dos mensageiros Exus.
No uso caseiro, suas
folhas atuam como emolientes.

PALMEIRA AFRICANA
Suas folhas são aplicadas nos banhos de
descarrego ou de limpeza. Não possui uso na medicina
caseira.

PAU D`ALHO
Os galhos dessa erva são utilizados nos
sacudimentos domiciliares e em banhos fortes, feitos nas
encruzilhadas,
misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na
encruzilhada em que tomar
o banho, arrie um mi-ami-ami, oferecido a Exu, de
preferência em uma
encruzilhada tranqüila. Na medicina caseira ela é usada
para exterminar
abscessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e
colocando-as sobre os
tumores. O cozimento de suas folhas, em banhos quentes e
demorados, é
excelente para o reumatismo e hemorróidas.

PICÃO DA PRAIA
Não possui uso ritualístico. A medicina
caseira o indica como diurético e de grande eficácia nos
males da bexiga.
Para isso utilize-o sob a forma de chá.

PIMENTA DARDA
"Aplicada em banhos fortes e nos
assentamentos de Exu. Na medicina caseira, suas
sementes em infusão são
anti-helmínticas, destruindo até ameba.

PINHÃO BRANCO
Aplicada em banhos fortes misturadas com
aroeira. Esta planta possui o grande valor de quebrar
encantos e em algumas
ocasiões substitui o sacrifício de Exu. Suas sementes são
usadas pelo povo
como purgativo. O leite encontrado por dentro dos galhos é
de grande
eficácia colocado sobre a erisipela. Porém, deve-se Ter
cuidado, pois esse
leite contém uma terrível nódoa que inutiliza as roupas.

PINHÃO CORAL
Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos
de limpeza e descarrego e nos ebó de defesa. Na medicina
caseira o pinhão
coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas.

PINHÃO ROXO
No ritual tem as mesmas aplicações descritas
para o pinhão branco. É poderoso nos banhos de limpeza e
descarrego, e
também nos sacudimentos domiciliares, usando-se os
galhos. Não possui uso na
medicina popular.

PIXIRICA- TAPIXIRICA
No ritual faz parte do axé de Exu e
Egun. Dela se faz um excelente pó de mudança que
propicia a solução de
problemas. O pó feito de suas folhas é usado na magia
maléfica. Na medicina
caseira ela é indicada para as palpitações do coração, para
a melhoria do
aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias.

QUIXAMBEIRA
É aplicada em banhos de descarrego e limpeza
para a destruição de eguns e ao pé desta planta são
arriadas obrigações a
Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas cascas em
cozimento, atua como
energético adstringente. Lavando as feridas, ela apressa a
cicatrização.

TAJUJÁ - TAYUYA
É usada em banhos fortes, de limpeza ou
descarrego. A rama do tajujá é utilizada para circundar o
ebó de defesa. O
povo a indica como forte purgativo.

TAMIARANGA
É destinada aos banhos fortes, banhos de
descarrego e limpeza. É usada nos ebó de defesa. O povo
a indica para tratar
úlceras e feridas malignas.

TINTUREIRA
Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou
descarrego. Bem próximo ao seu tronco são arriadas as
obrigações destinadas
a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas folhas como um
energético
desinflamatório.

TIRIRICA
Esta plantinha de escasso crescimento apresenta
umas pequeninas batatas aromáticas. Estas são levadas ao
fogo e, em seguida,
reduzida a pó, o qual funciona como pó de mudança no
ritual. Serve para
desocupar casas e, colocadas embaixo da língua,
desodoriza o hálito e afasta
eguns.

URTIGA BRANCA
É empregada nos banhos fortes, nos de
descarrego e limpeza e nos ebó de defesa. Faz parte nos
assentamentos. O
povo a indica contra as hemorragias pulmonares e
brônquicas.

URTIGA VERMELHA
Participa em quase todas as preparações do
ritual, pois entra nos banhos fortes, de descarrego e
limpeza. É axé dos
assentamentos de Exu e utilizada nos ebó de defesa. Esta
planta socada e
reduzida a pó, produz um pó benfazejo. O povo indica o
cozimento das raízes
e folhas em chá como diurético.

VASSOURINHA DE BOTÃO
Muito empregada nos sacudimentos
pessoais e domiciliares. Não possui uso na medicina
popular.

VASSOURINHA DE RELÓGIO
Ela somente participa nos
sacudimentos domiciliares. Não possui uso na medicina
caseira.

XIQUEXIQUE
Participa nos banhos fortes, de limpeza ou
descarrego. São axé nos assentamentos de Exu e
circundam os ebó de defesa. O
povo indica esta erva para os males dos rins.
ÀBÁMODÁ - FOLHA DA FORTUNA

Nome Yorubá- Àbámodá


Nome científico - Bryophillum calcinum/ Kalanchoe pinnata
Nome popular- Folha da Fortuna, folha grossa, Milagre de
São Joaquim

Considerações:
Usadas em Cerimônias em Ilè Ifé, Terra de Ifá, para Obatalá
e Yemowo conhecidas nas terras de Orisas como Erun
odundun, Kantí-Kantí, Kóropòn segundo Pierre Verger.

Alguns de seus nomes tem significado importante,


Àbámodá significa:
"o que vc deseja vc faz",mas caso necessária para outras
atribuições como substituta do Odundun (Folha-da-Costa),
deve ser chamada erú odundun cujo nome significa
"Escravo de Odundun", é uma folha muito positiva e
considerada de muito prestígios pelos adeptos, em suas
folhas nascem brotos nas bordas cujas este representam
sinal de prosperidade, fato esse de ser importante na
composição do Àgbo.

No Brasil considerada do Orisa Sango por muitos Zeladores


porém muitos a usam para os Orisas Funfun Como Osala e
Ifá.

Uso medicinal- Diurético e sedativa, combate nevralgias,


encefalias, dores de dente afecções das vias respiratórias,
externamente contra doenças de pele, feridas. furúnculos,
dermatoses em geral .
ÁRVORE SAGRADA - MANGUEIRA

Dangbe, Dangbe-Ahoho, Maga'tin, Amaga'tin

A conhecida árvore Mangueira, especialmente a da espécie


dangbe, é consagrada ao vodun Dangbe e considerado o
seu Ahoho, em alusão ao jassu, existem árvores de Dangbe
antiquíssimas em Ouidah, onde são realizados preceitos
em louvor a esta divindade.

Da mesma forma reverencia-se este ancestral mahi no


Brasil.

Na cidade baiana de Cachoeira é realizada no mês de


janeiro de cada ano uma festividade em honra deste vodun,
que é conhecida como “Boitá de Gbesen”.

Este atin é de extrema importância dentro dos preceitos


mahis, tanto no Benin, quanto na diáspora, costuma-se
evocar, colocar oferendas a Dangbe em volta de sua
árvore, suas festividades também são realizadas ali sob a
Mangueira.

No Benin uma das árvores sagradas do vodún Dangbé é o


Hun ou Hun'tin, termo fongbè, conhecida no Brasil por
Folha de Serra, Falsa Espinheira Santa, Cincho, etc.
ÁRVORE SAGRADA - AFZELIA

Afzelia africana (Afzelia)

Esta árvore é muito encontrada também nos conventos de


voduns, e além de possuir propriedades medicamentosas
em associação com outros vegetais, inclusive no tratamento
da trypanosomiasis, lhe é coneferido o poder mágico
repulsivo de maus espíritos, assim como conferem tais
poderes à Ceiba petandra (Sumaúma), "Gédéhunsu" em
Mahi, além de muitas outras, que também é encontrada na
Amazônia, sendo a maior árvore, e chegando a atingir 65
metros de altura.

Em Regla de Arará (Rito de vodun cubano e originário de


Alladá) a Ceiba petandra (Sumaúma) é atribuída ao vodun
Aremú (Obatala para os nagôs).
Os ritos de origem iorubá em Cuba denominam-a “Igi
Olorun” (Árvore de Deus), Igi Araba, Eluwere, Asaba, e até
de Iroko.

A Regla de Arará também relaciona este atin com as


seguintes divindades: Heviosso, Nanan, Loko, Awuru,
Magala, Yemu e o próprio vodun Loko.

Não existe um conhecimento litúrgico sequer que esteja


desassociado do conhecimento popular medicinal de
qualquer vegetal no vodún sinsen (culto aos voduns).

Os métodos científicos de hoje são aplicados na pesquisa


de reconhecimento das substâncias que curam e que estão
contidas nas plantas de uso no culto.

O vegetal de tal vodun é o mesmo que encerra tais poderes


mágicos para tal efeito, e possui tal aplicação
medicamentosa ou não, podendo ser medicamento ou
veneno, para seres humanos, animais, ou determinados
indivíduos de tal espécie.
ÁRVORE SAGRADA - AGNAN

Ayan; Anya'tin; Agnan

Trata-se de um arbusto muito exótico e que pode atingir


uma boa altura.

Conhecido em fon como Ayan; Anya'tin; Agnan /ainhã/, a


Dracena é muito utilizada nos conventos de vodún sinsen
geralmente decorando com suas folhas ritualísticas e
medicinais (Anyama), dividindo espaços, delimitando áreas
e servindo de local de adoração do vodún (vodum ou
vodun) Xebioso ou Hevioso (Heviosso) do trovão. Seu
aspecto decorativo chama muito a atenção do transeunte,
são ornamentais em residências, dentro em vasos, nos
jardins, ruas e praças, são muito comuns seus variados
tipos tanto na África, quanto na Europa e no Novo Mundo.

Uma das espécies de dracena, porquê são muitas,


conhecidas no Brasil e no Benin é o “Pelegun”(Peregum) a
Dracaena fragrans, ou Pepelegun, termos do nagô; Folha-
de-Nativo, Pau-d'água ou Pau-da-Sorte, ele é muito
utilizado nestes lugares e com uso similar ao Ayan. Ainda
no Brasil, atribui-se o arbusto de folhas listadas verde e
amarelo ao vodun Gbesen (Dangbe) e o de cor verde ao
òrisà Òsòsi dos nagôs.

As de folhas verdes (Anyama) no Benin são atribuidas à


divindade do trovão e envolvidas em preceitos e
festividades do vodún Age, pelo menos em Abomey. Seu
cacho florido possui um agradável odor exalado durante a
noite que pode ser identificado à distância.

Existem pessoas do culto que crêem firmemente eque este


perfume exalado é capaz de afastar coisas ruins, maus
presságios e maus espíritos.

As suas folhas são utilizadas em muitos rituais dentro do


Candomblé, desde a tradicional limpeza ritualística as
iniciações de vodún, de òrisà, e muitas outras obrigações.
ÁRVORE SAGRADA - AKOKO

Ahoho; Akoko; Hunmatin

O Ahoho é um arbusto, rico em proteínas, possui


propriedades sedativas, e é um dos “huntigomé”, ou seja:
Atin onde é, de uma forma geral, cultuado Gu, o vodún
guerreiro e dono do ferro e do gu-wui, seu sabre sagrado e
símbolo de um rei; o termo “huntigomé” se perdeu em
Cachoeira, Bahia, onde ficou substituído pela palavra
“jassu” em alguns candomblés de Jeje Mahi.

Este arbusto é muito conhecido no Brasil pelo nome de


Acocô, entre os mahis pelo o nome de Ahoho, entre os
minas por Hunmatin, e entre os iorubás e nagôs como
akoko, onde eles costumam cultar o òrisà Ogun (Gu entre
entre os Fons) à sua sombra, também utilizam-no como
cercas delimitando espaços, e como forragem, exceto para
cavalos, quando ainda pequenas e tenras mudas.

A tradição dos mahis no Brasil faz com que se coloque um


pequeno galho ou folhas de ahoho presas ao corpo, e quiçá
alusivamente à arruda dos portugueses, atrás da orelha, ao
se deslocar em viagem, de um lado para outro, e mesmo
para ir se entregar uma oferenda em local distante, este
comportamento é a certeza da proteção do vodun durante
os percursos de ida e de volta. Quando do retorno, retira-se
e despacha-se.

Suas folhas são sagradas e representam prosperidade para


a obrigação de sete anos de vodunsi, junto com a folha
conhecida por Oniferé, a folha do ahoho também
representa a proteção de Gu na trajetória de suas vidas
pelo mundo. São folhas também relacionadas com rituais
de purificação, principalmente no Benin.

As crenças africanas costumam mencionar que Gu


costumava descançar sob o Ahoho em suas longas
caminhadas. Este vodun é representado por qualquer peça
de ferro depositada sob o atin, e é ali que recebe suas
oferendas votivas.
ÁRVORE SAGRADA - BAOBÁ
avenida dos BAOBÁS em Madagascar

Baobá, Mutê, Akapassa'tin

Muito encontrada da África e conhecida como a “árvore da


longevidade”, de espesso tronco, o Baobá é muito utilizado
na alimentação e na medicina natural.

Os clans otamaris que o denominam de Mutê, Muto ou


Mutomu, consideram o aparecimento de um Baobá em
seus sítios um sinal de alerta que sugere uma consulta ao
oráculo de Fá, pois evidencia-se uma supeita de doença ou
de envenenamento de alguém daquela casa, tendo que
realizar preceitos rituais.
Estes clans também realizam cerimonias de iniciação de
seus jovens sob um Baobá.

Dentre os mahis o akapassa'tin é consagrado ao vodun


Sakpata.

São encontrados nos conventos de voduns (vodunkpame


ou hunkpame) na África muitos outros tipos de árvores que
também envolvem ritos de iniciação como a Gardênia
(Gardenia erubercens) e o Falso Ébano (Diospyros
mespiliformis), no Brasil muitas outras espécies de atin
foram relacionadas a cultura dos voduns pelo fato da flora
não ser idêntica à da terra-mãe, então tiveram que ser
substituidas algumas por outras aqui encontradas com
alguma similitude para que houvesse correspondência entre
aspecto-vodun ou vegetal-vodun, a Jaqueira ou Apaoká
(Artocarpus integrifolia; Artocarpus heteropyllus), muito
comum no Estado da Bahia, planta originária da Malásia e
trazida pelos portugueses no Brasil colonial, é sem dúvida
um exemplo disso aqui, nela se construiu uma relação
íntima com o vodun Sakpatá e o com òrisà nagô Omolu.
ÁRVORE SAGRADA - CABACEIRO
Cabaceiro

Cabaceiro ou Pé-de-Cabaça, como é popularmente


conhecido no Brasil, e Pé-de Coité, que é um deles, porém,
a subspécie africana, possuidora de uma parte longa em
sua cabaça, é que é muito utilizada como um dos atins de
Legba (vodun que corresponde ao Elegbara dos nagôs),
também utiliza-se da cabaça, seu fruto, para confecção de
utensílios rituais, domésticos e instrumentos musicais.

Possui propriedade medicamentosa, contudo não deve ser


confundida com outras espécies por possuir um nome tão
popular em terras brasileiras, na qual tem origem algumas
espécies de Cabaceiro.
ÁRVORE SAGRADA - DEHUAMA

Dehuama

Esta árvore é muito comum na África do Oeste e possui


lindas flores; é um atin de grande porte que chama atenção
pela imponenência e pela beleza.

Está associada com a remoção temporária da virilidade


masculina, reduzindo e controlando o desejo no homem,
inclusive nos períodos de reclusão religiosa. Tal formulação
é segredo do vodunnon.
É conhecida pelo nome de "dehuama" (derruamã) pelos
Mahi.
ÁRVORE SAGRADA - FLAMBOYANT

Flamboyant

O Flamboyant (Flor-do-Paraíso; Pau-Rosa; Acácia-Rubra) é


muito encontrado por todo o Brasil, é uma árvore originária
de Madagascar.

Sua flores são belíssimas e costumam ornamentar ruas e


praças. Este atin é muito consagrado a Oya e também ao
Sàngó (Heviosso).

É indissociável a figura do Sàngó da cultura nagô com o


vodun Hevisso, observado que o culto de Ayrá origina-se de
Savé Okpara, segundo Verger em sua obra “Orixás”, para
os mahis apenas o nome e a forma de reverenciar é que
muda um pouco, são ambos voduns do céu, do trovão e da
justiça.

Ao passo que Weleketi (Wleketi) dos ewes é consorte de


Heviosso, é a Oya dos nagôs quem cumpre este papel na
concepção Jeje Mahi, sendo Avlekete (Vlekete; Avelekete)
um vodun da família de Heviosso que também é cultuado
nas praias, daí a razão de “Afrekete”, como é conhecida em
Cuba, ser título de Iyémojà (Iyemanja).
ÁRVORE SAGRADA - IGI OKPE

Detin; Ede; Igi Okpe

Muito conhecido na Bahia como Dendezeiro.

No Benin é conhecido como Detin em Língua Fongbe e no


dialeto Gun (de Allada) que é uma variação do fongbe entre
outras, e por Ede em adja.

Os nagôs e iorubás denominam este coqueiro por Igi Okpe.

Do fervimento se sua polpa surge o azeite-de-dendê (zomi


ou ami-vovo dos fons; epò-pupa dos nagôs e iorubás).

E do coquinho, o okwe conhecido pelos mahis, é preparado


o adin (óleo de sòsò) e isto desagrada a Legba, sendo um
legbasu (proibição de Legba; de su- proibição) porquê
envolve a destruição do coquinho para seu preparo, e os
coquinhos são sagrados de Fá, divindade da advinhação
com a qual Legba colabora servindo de intermediário no Fá-
Titê (Jogo do Okpele-Ifá em yorùbá), trazendo as respostas
de Fá através da leitura dos dùs (destinos).

Por isto Legba não gosta do adin. Devido ao temor que se


tem da divindade, as indústrias não costumam utilizar do
coquinho de quatro orifícios, ou olhos, sagrados do Fá, e
procuram usar nos processos aqueles que não servem para
o jogo, com números de olhos distintos.

O azeite-de-dendê movimenta uma boa parte do mercado


de exportação e do mercado interno de muitos países do
oeste africano. Ele é o óleo natural mais rico em vitamina A
vegetal (b-carotenos) até então conhecido.

O dendezeiro, que dá frutos que servem ao ritual de


advinhação, é consagrado ao vodun Fá.
ÁRVORE SAGRADA - IROKO

Iroko, Loko'tin

Muito conhecida como Gameleira Branca, sempre presente


nos terreiros de candomblé e consagrada ao vodun Loko,
na Bahia e no Rio de Janeiro, (Iyoko em idioma yorùbá e
nagô).
Devido a sua ser sua morada os mahis consideram Loko o
vodun atinmé, ou seja: O vodun dentro da árvore; e o nagô
o visualiza em uma escultura confeccionada da própria
madeira do Iroko.

Na floresta do rei Kpassè, fundador de Ouidah, palavra fon


originada de xwéda /Kwê dan/- casa de Dan, que significa
reino, existe um antigo e espesso Iroko que lhe é dedicado,
pois segundo a crença local o rei teria certa vez se
transformado em uma destas árvores para escapar da
perseguição de seus inimigos.

A presença desta árvore sagrada sugere afastar infortúnios


diversos, principalmente acidentes, má sorte, pandemias e
epidemias, e é muito utilizada para conjuros deste tipo,
além de ser medicinal.

Os mahis do Benin cosagram a Gameleira branca como


morada dos seguintes voduns: Dan, Toxwyo, Loko, Òsò e
Iyami Aje, Sakpata, Hevioso (heviosso) ou Hebioso, Djigali,
Adadjogbé, e Gu.

Os Gen (Mina) a associam também a outras divindades. No


Brasil é principalmente consagrada a Loko.

Por se considerar uma árvore também consagrada a


divindades relacionadas com feitiços e perigosas de se
evocar como Òsò e Iyami Aje, não se passa e não se fica
exposto a este atin no cair da noite, considera-se que é a
hora dos feiticeiros chegarem.

Existem preceitos de confecção de talismãs com sua


madeira e com suas folhas que são pintadas com pontos
brancos e fixadas em entradas de residências para afastar
doenças e epidemias.
ÁRVORE SAGRADA - KARITÉ

Karité; Limu'tin, Wugo ou Kotoble; Akumolapa

Esta árvore é a sapotácea da qual se prepara a “manteiga


de karité” que serve como alimento e no preparo da
alimentação, tanto no Benin, quanto na Nigéria onde é
conhecida por Akumolapa.

O karité serve de tempero ritual claro e brando para certos


voduns, é nutritivo e medicamentoso, entrando no preparo
de ungëntos de uso tópico misturado com outras
substâncias, servindo de veículo, também é utilizado para o
alívio de queimaduras leves na pele.

Seu uso cosmético é muito apreciado no ocidente.

Os mahis no Brasil denominam-a limu'tin, e à sua manteiga


de karité: “Limu-da-costa”.
ÁRVORE SAGRADA - OBÍ ABATÁ
Avi; Vi; Obi Abàtà

Este atin dá um obi que possui quatro gomos, algumas


espécies dão de cinco, o qual é oferecido a Gu, os de
quatro além de serem oferecidos a certos voduns em certos
rituais, e de possuírem propriedades medicamentosas e
nutritivas, também servem para consultá-los e consultar os
antepassados, é o tipo mais consumido de cola no Benin e
na Nigéria, seu extrato segue a mesma utilização do extrato
de Kola nitida à nível industrial.

A denominação que os guns lhe conferem é Avi, os fons lhe


conhecem por simplesmente Vi e os nagôs e iorubas lhe
denominam por Obi Abàtà ou Awedi.
ÁRVORE SAGRADA - OBÍ GBANJÀ
Gbanja; Golo; Obi Gbanjà

Este atin dá frutos que possuem dois gomos, a cola ou


“obi”, é muito conhecido no Brasil como Obi Banjá, em Fon
é Golo, em Gun é Gbanja, e em Yorùbá seu nome é Obi
Gbanjà.

Possui propriedades medicamentosas e nutritivas, é um


alimento muito apreciado, e oferecido em rituais de voduns.

Da cola se obtém um extrato utilizado na fabricação de


certas bebidas que são muito apreciadas e ganharam o
mercado internacional.

A comunidade de Allada (Ayou), pronuncia-se Ayú, é uma


das comunidades que se baseiam comercialmente no
plantio de Gbanja.
ÁRVORE SAGRADA - OROGBO

Ahowe'tin; Orogbo
O ahowe'tin (Fon e Gun) ou Orogbo (Nagô e Yorùbá) é o
atin do fruto muito conhecido no Brasil como orogbo e em
Candomblé Jeje por ahowe.

Este fruto é consumido como alimento, e utilisado nos


rituais de voduns com muitas finalidades. Tem muitas
propriedades medicamentosas, como no tratamento natural
da diabetes, angina, icterícias, cefaléias, tipos de anemias,
etc.

Esta árvore é mencionada em Fá, no dù Di Medji como a


árvore dos que procuram pela fortuna, como descrito por
Verger na Trajetória de Iya mi Odù do céu à terra.
ÁRVORE SAGRADA - ZAN

Zan

Existem muitas variedades de palmeiras de ráfia no Benin,


e de uma forma geral, todas elas servem para a confecção
de objetos de culto e de utensílios domésticos, e também
na alimentação.
Da maioria delas se aproveita as folhas para um trançado
de cestos, cordas, esteiras, telhados de palha, etc.

Elas são em geral denominadas de Zan pelos fons.

Também se utiliza a Raphia para a alimentação com a


fabricação do “sodabi” (bebida alcólica tipo vinho; um vinho
de palma); para os ritos de zangbeto, de espíritos de
caçadores e guaridões da noite; os ritos de vodun, e de
iniciação ao vodun, no Benin e na diáspora, enfim que
envolvem a confecção de vestimentas e adornos
elaborados com as folhas desta palmeira que também é
conhecida pelos mahis, nagôs e iorubás sob a
denominação de Iko ou Igi Ogoro, em gun seu nome é
Apelle Kode ou Oba.

Durante período longo da iniciação os hun'sis (vodunsis;


iniciados), além de aprenderem outros trabalhos e estudos
religiosos aprendem a trabalhar artezanalmente a palha e a
tecê-la, produzindo trabalhos para uso interno do hunkpame
(vodunkpame; convento) e para serem vendidos fora dele
de modo a angariar fundos que serão anexados nas
despesas do mesmo.

O convento é o local de preparo do indivíduo para a


sociedade, e reintegração à sua família, tendo em vista a
obdiência a ancestralidade como principal fator de coesão
social.

Existem também a palmeira Hóxódé (Hohode) que é


consagrado a Hoho entre os fons, os voduns gêmeos que
representam a benção da duplicidade e prosperidade, muito
conhecidos entre os nagôs e iorubás como Ibeji.
ÉTIPÓNLÁ - ERVA TOSTÃO

Nome Yorubá- Étipónlá


Nome cientifica- Boerhaavia difussa L.
Nome popular- Erva Tostão, bredo de porco, pega pinto,
tangaraca

Orunmilá é quem traz boa sorte e dinheiro!


A folha de erva-tostão é abençoada por Orunmilá!

Considerações:

Encontrada em todo território nacional atribuída a Sango e


Oya goza de grande prestígio nos terreiros como planta
"contra feitiços".

- ao atribuí-la ao banho deve se ter cautela pois em demasia


pode provocar reações alérgicas no corpo,irritação,coceira,etc

Reverenciada nos rituais de folha com korin (Ifá owó ifá omo,
Ewé Étipónlá 'Bà Ifá orò'
cujo significado diz:" Ifá é dinheiro, Ifá são filhos, a folha de
Étipónlá é abençoada por Ifá "

As folhas de étipónlá, assim como o pèrègún (Dracaena


fragans) são um ótimo remédio contra a aproximação de egun.

É facilmente encontrada, crescendo espontaneamente em


calçadas e vias públicas.
Uso medicinal:
combate afecções renais e das raízes desta Planta se faz um
vinho que é diurético e regularizador das funções hepáticas.

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