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- AVANÇOS DE MATERIAIS
- AVANÇOS CONSTRUTIVOS
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
Pau a pique, também conhecida como taipa de mão, taipa de sopapo ou taipa de sebe, é uma técnica
construtiva antiga que consistia no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas
horizontais, geralmente de bambú amarradas entre si por cipós, dando origem a um grande painel
perfurado que, após ter os vãos preenchidos com barro, transformava-se em parede. Podia receber
acabamento alisado ou não, permanecendo rústica, ou ainda receber pintura de caiação.
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
ADOBE
Essa técnica consiste em moldar o tijolo cru em fôrmas de madeira, onde o bloco de terra é seco ao sol,
sem que haja a queima do mesmo. A mistura a ser moldada pode ser feita apenas com água e terra ou
com o acréscimo de estabilizante e fibras naturais. Amassando com os pés, forma-se uma mistura
plástica. Os tijolos de adobe são usados em paredes, abóbadas, cúpulas, entre outras.
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
ALVENARIA ESTRUTURAL
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
ALVENARIA ESTRUTURAL
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
WOOD FRAME
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
WOOD FRAME
WOOD FRAME
FECHAMENTOS EXTERNOS
COM PLACAS CERÂMICAS
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
STEEL FRAME
FECHAMENTO
INTERNO DRY WALL
(GÊSSO ACARTONADO)
ALGUNS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EXISTENTES
STEEL FRAME
Desde 1980, o vidro tem conquistado espaço na arquitetura e construção civil. Ele é
utilizado com frequência em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, janelas,
escadas e paredes, além do seu uso como elemento de segurança em guarda-corpos.
Podemos considerar que o largo emprego deste material se deve ao fato de que ele
possibilita uma interação entre os meios interno e externo, o que amplia a segurança e
a visibilidade.
O vidro garante leveza aos ambientes, e tem substituído materiais comumente
utilizados em residências, prédios comerciais, hotéis, aeroportos, parques, shoppings,
hospitais e escolas, pois leva beleza e harmonia às formas delineadas.
O tipo de vidro a ser utilizado para cada projeto irá depender, dentre outros fatores: i)
do efeito que o cliente deseja para o produto final; ii) do esforço ao qual o vidro será
submetido. Para atender à segunda exigência, faz-se necessário conhecer a tecnologia
de resfriamento empregado na fabricação do vidro.
Vidro Low-E (baixo emissivo): Desenvolvido inicialmente para ser aplicado em edifícios de países de clima
frio, que precisam manter o interior do edifício aquecido, os vidros low-e (low emissivity glass) são vidros baixo
emissivos que impedem a transferência térmica entre dois ambientes. Sua eficiência vem de uma fina camada
de óxido metálico aplicada em uma das faces do vidro. Essa película filtra os raios solares – intensificando o
controle da transferência de temperaturas entre ambientes -, sem impedir a transmissão luminosa.
Serigrafado: colorido, é impregnado de tinta no forno de têmpera.
Blindado: as camadas plásticas existentes entre várias lâminas de vidro amortecem o impacto e oferecem
resistência.
Autolimpante: possui uma camada metalizada que tem como principal componente o óxido de titânio. Os
raios ultravioletas ativam as propriedades autolimpantes do vidro, não deixando a sujeira fixar na superfície da
chapa.
Antirreflexo: passa por um processo que tira o brilho de sua superfície, tornando-se antirreflexo, sem alterar a
sua capacidade de transmissão de luz.
AVANÇOS CONSTRUTIVOS
Steel frame
MUDANÇAS ACELERADAS
Entre os avanços incorporados recentemente no país, está incluído o steel frame, um sistema construtivo
estrutural e de fechamento, que utiliza chapas ultrafinas (com espessura inferior a dois milímetros) galvanizadas e
dobradas, próprio para uso em construções de até seis pavimentos.
Embora não seja novidade no hemisfério norte, somente agora ele começa a ser introduzido no Brasil, explica o
arquiteto Pedrosvaldo Caran, gerente de desenvolvimento da construção metálica da Usiminas. “O steel frame
surgiu na Europa, no pós-guerra, e ganhou terreno nos Estados Unidos a partir dos anos 1990, quando foram
disponibilizados aços galvanizados de melhor qualidade. Mies van der Rohe também já havia proposto algo
semelhante, portanto, tecnicamente, não se trata de uma novidade”, contextualiza Caran.
O que diferencia o steel frame das estruturas metálicas convencionais é o tipo de dobra, que aumenta a
resistência das chapas, cuja espessura é bastante reduzida, explica Andrade. Quando muito finas, as chapas
oxidam com mais facilidade, por isso o sistema exige a galvanização, que, segundo ele, é o melhor tipo de
proteção antioxidante.
O steel frame vem despertando interesse de fabricantes e projetistas, e será objeto de nova coletânea de normas
técnicas desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Siderurgia (CB-28), segundo explica Cátia Mac Cord Coelho,
gerente executiva do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e secretária de mercado do Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS).
A própria Caixa Econômica Federal (CEF) já dispõe de manual com critérios básicos para financiar obras
construídas pelo sistema steel frame. Sua elaboração foi coordenada pelo CBCA e toma por base a normatização
em vigor nos Estados Unidos. “As normas em desenvolvimento vão adaptar os documentos norte-americanos às
condições brasileiras”, detalha Cátia.
FACILIDADES DO AÇO
O sistema construtivo em aço apresenta diferenciais importantes se comparado ao método convencional, em
concreto armado. Segundo dados da Abcem, quando o projeto é desenvolvido com previsão de uso da estrutura
metálica, a redução no peso da edificação permite economia de até 30% nos custos das fundações.
Além disso, o tempo de execução das obras pode ser reduzido em até 40%, o que torna o sistema especialmente
atrativo para empreendimentos de cronograma acelerado, como shopping centers, supermercados e escolas.
Outra vantagem é o melhor aproveitamento da área construída, uma vez que pilares e vigas de aço apresentam
seções bem mais esbeltas que os equivalentes em concreto.
Para a arquiteta Christine Ramos Mahler, a combinação desses fatores determinou a opção pela estrutura
metálica para o projeto do Centro Médico Integrado, em Goiânia. O edifício, de seis pavimentos, tem lajes-tipo de
224,50 metros quadrados e totaliza 1 388 metros quadrados de área construída. Ele abriga consultórios médicos,
odontológicos e um laboratório de análises clínicas e foi contemplado com o Prêmio Abcem 2003 na categoria
centros de medicina.
PREÇOS COMPETITIVOS
Somam-se a esses fatores os preços competitivos, Christine destaca. “A estrutura metálica mostrou-se mais
atraente em relação a outros sistemas”, ela afirma. Segundo a arquiteta, o uso do aço ainda propiciou facilidade de
modulação, grandes vãos e ampliação das possibilidades de uso do espaço, com flexibilidade de layouts.
Além disso, aponta a arquiteta, o processo industrial de fabricação resulta em peças de qualidade controlada e de
precisão dimensional. Isso se reflete no aspecto estético, pois garante ângulos e esquadros precisos, e implica
qualidade superior de acabamento.
Sob o ponto de vista arquitetônico, Christine enumera as múltiplas opções para explorar o aço: a
contemporaneidade e arrojo das peças, a leveza visual, a escolha de acabamento polido ou brilhante e a
possibilidade de criar infinitas formas, complementadas pelos mais variados detalhes e fechamentos.
O sistema construtivo em aço garante ainda agilidade às obras, especialmente quando há pouco espaço para
canteiro. Esse fator levou o arquiteto Siegbert Zanettini a optar por estruturas metálicas para a ampliação do
Colégio Santa Catarina, em São Paulo. O novo anexo praticamente dobrou a área construída da escola e foi
erguido durante o ano letivo de 2002 sem interferir nas atividades escolares.
As obras empregaram mais de 760 mil quilos de aço dos tipos SAC 50 e 41 e foram divididas em duas etapas, que
resultaram em edifício com dois blocos - um tem 22 salas de aulas, protegidas por brises metálicos, e o outro
abriga auditório de 300 lugares e duas quadras cobertas.
Para proteger as crianças, a área em torno do canteiro foi isolada por tapumes; a colocação de trilhos no topo da
estrutura permitiu içar, movimentar e instalar com segurança lajes e painéis de vedação, ambos pré-fabricados de
concreto.
Concreto + PVC
Uma resina termoplástica – leve, resistente e extremamente versátil – envolve a rigidez e o vigor do concreto,
revolucionando diversos conceitos no canteiro de obras. Essa novidade – nem é tão nova assim – é o destaque
deste suplemento. Falamos dessa mistura de concreto e PVC, desenvolvida há mais de 25 anos no Canadá e
muito utilizada em outros países. O sistema construtivo Concreto-PVC está construindo sua história no Brasil.
Ele vem se somar a outras tecnologias e envolve empresas de grande porte, como a Braskem, fabricante de
termoplásticos e fornecedora dessa matéria-prima para outras duas grandes do setor de PVC: a Royal
Technologies do Brasil e a Vipal. Que não se assustem os desinformados com a simplicidade da proposta: o
sistema representa um grande salto qualitativo em obras de cunho social, como projetos habitacionais para
comunidades de baixa renda, banheiros públicos, estações compactas para tratamento de esgoto, postos de
saúde avançados e outras diversas aplicações.
O sistema construtivo é constituído por perfis modulares de PVC de encaixe perfeito, cuja leveza e
simplicidade de montagem torna o processo absolutamente inovador. Seu “miolo” é preenchido por concreto e
aço. A facilidade de incorporar instalações elétricas e hidráulicas, bem como a possibilidade de futuras
ampliações e variadas respostas de acabamento, quando desejado, dão flexibilidade e versatilidade ao
Concreto-PVC.
A tecnologia embarcada envolve todos os avanços científicos pelos quais os dois materiais passaram. Desde
sua descoberta pelo químico alemão Justus Von Liebig, em 1835, o PVC tem se mostrado eficiente pela
estanqueidade, facilidade de higiene da superfície, resistência mecânica, durabilidade e elevada resistência
química. O concreto, por sua vez, também tem passado por constantes melhorias técnicas. É possível obter alta
performance técnica de um dos materiais mais versáteis de que se tem notícia.
Dois materiais, um sistema.
De acordo com Ronaldo Bas-tos Duarte, chefe do labora-tório da UFRGS, o resultado foi extremamente satisfa-
tório. “A Cientec realizou ensaios de desempenho em casas construídas com pai-néis de PVC e concreto,
obtendo bons resultados à luz das recomendações brasileiras, que demonstraram que essas edificações são
duráveis, resistentes e apresentam conforto térmico satisfatório quando comparadas com casas tradicionais de
alvenaria revestidas por argamassa”.
Sustentabilidade
O docente Vanderley John, professor-doutor do Departamento de Engenharia da Construção Civil da Escola
Politécnica da USP, vê a sustentabilidade como a qualidade principal do sistema construtivo. “Uma grande
tendência no setor é a diversificação das soluções construtivas, de forma a atender variadas demandas com
maior ecoeficiência. Neste cenário, o sistema de Concreto-PVC Vanderley John tem um grande potencial de
crescimento”, comenta.
John lembra o conceito de construção sustentável, que implica na busca de soluções que otimizem o impacto
ambiental ao longo do ciclo de vida do edifício e maximizem os benefícios sociais e econômicos. “Nesta equação,
é importante a durabilidade do sistema: uma solução de baixo impacto ambiental de construção pode não ser a
mais sustentável, se exigir uso de recursos (e impactos ambientais) adicionais nas manutenções frequentes, ou
apresentar vida útil reduzida, exigindo sua reposição prematura”, ilustra.
A solução de construção em Concreto-PVC possui, justamente, os dois elementos: baixo custo de conservação
e uma longa vida útil. “Em muitos ambientes quimicamente agressivos ou que necessitem permanecer limpos,
a superfície apresentará durabilidade muito elevada, se comparada com soluções mais convencionais”. John dá
outra referência sustentável ao sistema: “o enchimento dos painéis pode ser feito com o uso de agregados
reciclados e com concretos com relativamente pouco cimento, pois as cargas são baixas e a proteção às
armaduras será feita pela parede de PVC, o que reduz ainda mais o impacto ambiental do sistema”.
BIBLIOGRAFIA
http://www.concretopvc.com.br/upload/sites_braskem/pt/concreto_pvc/publicacoes/suplemento29_07_final.pdf
http://www.responsabilidadesocial.com/noticias/avancos-nas-construcoes-sustentaveis/
http://arcoweb.com.br/projetodesign-assinantes/tecnologia/steel-framing-fez-a-diferenca-o-sistema-28-08-2008
http://www.abcp.org.br/conteudo/imprensa/sistemas-construtivos-racionalizados-permitem-obras-mais-rapidas-e-eficientes#.VBitIfldVS0
http://www.cbic.org.br/sala-de-imprensa/noticia/os-avancos-da-construcao
http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?id=1400329&tit=Avancos-tecnologicos-da-construcao-civil
http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/7892-materiais-de-carbono-e-os-avancos-tecnologicos
FACULDADE UFMG
E-MAIL: vanderson.lage@yahoo.com.br
ANO: 2014