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ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS

REGULAMENTO INTERNO
DE ESCOLA

Outubro 2018
Escola Secundária Dom Manuel Martins

REGULAMENTO INTERNO

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA


CAPÍTULO II – REGIME DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO
CAPÍTULO III – RECURSOS DE APOIO À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
CAPÍTULO IV – SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS
CAPÍTULO V – PESSOAL DOCENTE
CAPÍTULO VI – PESSOAL NÃO DOCENTE
CAPÍTULO VII – PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
CAPÍTULO VIII – ALUNOS
CAPÍTULO IX – CONVIVÊNCIA ESCOLAR
CAPÍTULO X – MOBILIDADE NOS ESPAÇOS EXTERIORES E INTERIORES DA ESCOLA
CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

ANEXOS
1 – ORGANOGRAMA
2 – LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA
3 – FORMALIZAÇÃO DAS VISITAS DE ESTUDO

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA


Artigo 1º – Regime de Funcionamento
Artigo 2º – Normas de Conduta
Artigo 3º – Acesso ao Estabelecimento de Ensino
Artigo 4º – Matrículas/Renovação de Matrículas
Artigo 5º - Cartões Magnéticos
Artigo 6º – Organograma
Artigo 7º - Incompatibilidades

CAPÍTULO II – REGIME DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO


Artigo 8º – Administração e Gestão
Artigo 9º – Dissolução dos Órgãos

SECÇÃO I – ÓRGÃOS
SUBSECÇÃO 1. Conselho Geral
Artigo 10º – Conselho Geral
Artigo 11º – Composição
Artigo 12º – Competências
Artigo 13º – Eleição e Designação dos Representantes
Artigo 14º – Mandato
Artigo 15º – Reunião do Conselho Geral

SUBSECÇÃO 2. Diretor(a)
Artigo 16º – Competências do(a) Diretor(a)
Artigo 17º - Eleição do(a) Diretor(a)

SUBSECÇÃO 3. Conselho Pedagógico


Artigo 18º – Conselho Pedagógico
Artigo 19º – Composição
Artigo 20º – Competências
Artigo 21º – Funcionamento
Artigo 22º – Mandato

SUBSECÇÃO 4. Conselho Administrativo


Artigo 23º – Funcionamento

SUBSECÇÃO 5. Estrutura Operacional de Emergência


Artigo 24º - Plano de Emergência Interno
Artigo 25º - Constituição da Equipa de Emergência

SECÇÃO II – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA


Artigo 26º – Estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão Pedagógica

SUBSECÇÃO 1. Departamentos Curriculares


Artigo 27º - Departamentos Curriculares
Artigo 28º – Composição dos Departamentos Curriculares
Artigo 29º – Objetivos

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Artigo 30º – Funcionamento
Artigo 31º – Coordenação
Artigo 32º – Competências do(a) Coordenador(a) de Departamento

SUBSECÇÃO 2. Formação Contínua do Pessoal Docente E Não Docente


Artigo 33º - Formação contínua
Artigo 34º – Representante da Formação
Artigo 35º – Responsabilidades do Representante da Formação

SUBSECÇÃO 3. Conselhos de Turma


Artigo 36º – Organização das Atividades da Turma
Artigo 37º – Competências do Conselho de Turma
Artigo 38º – Funcionamento do Conselho de Turma
Artigo 39º – Diretor(a) de Turma
Artigo 40º – Competências do(a) Diretor(a) de Turma

SUBSECÇÃO 4. Conselhos de Diretores de Turma


Artigo 41º – Identificação e Composição
Artigo 42º – Competências do Conselho de Diretores de Turma
Artigo 43º – Mandato dos Coordenadores dos Diretores de Turma
Artigo 44º – Competências dos Coordenadores dos Diretores de Turma
Artigo 45º – Funcionamento do Conselho de Diretores de Turma

SUBSECÇÃO 5. Oferta Qualificante


Artigo 46º – Enquadramento
Artigo 47º – Articulação Curricular e Coordenação Pedagógica
Artigo 48º – Competências do(a) Coordenador(a) da Oferta Qualificante
Artigo 49º – Competências do(a) Diretor(a) de Curso
Artigo 50º – Conselho de Turma de um Curso Profissional
Artigo 51º – Pedidos de Revisão de Deliberações do Conselho de Turma
Artigo 52º – Competências específicas do(a) Diretor(a) de Turma da Oferta Qualificante
Artigo 53º – Composição e Competências do Conselho de Curso
Artigo 54º – Prova de Aptidão Profissional (PAP)
Artigo 55º - Modalidades Especiais de Aprovação Modular
Artigo 56º - Progressão Modular
Artigo 57º - Formação em Contexto de Trabalho (FCT)
Artigo 58º - Cumprimento do Plano de Estudos
Artigo 59º – Faltas dos Alunos dos Cursos Profissionais
Artigo 60º – Ausência de Material e de Pontualidade
Artigo 61º – Efeitos da Ultrapassagem da Taxa Legal de Faltas
Artigo 62º – Situações Excecionais de Frequência de um Curso

CAPÍTULO III – RECURSOS DE APOIO À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO


Artigo 63º - Apoio à Aprendizagem e Inclusão

SECÇÃO I – RECURSOS ORGANIZACIONAIS ESPECÍFICOS


Artigo 64º - Equipa Multidisciplinar de Apoio à Aprendizagem e Educação Inclusiva
Artigo 65º - Centro de Apoio à Aprendizagem

SECÇÃO II – APOIO TUTORIAL ESPECÍFICO


Artigo 66º - Competências dos Professores Tutores
Artigo 67º - Funcionamento

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SECÇÃO III – PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (PES)
Artigo 68º - Enquadramento
Artigo 69º - Coordenação

SECÇÃO IV - CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR


Artigo 70º - Coordenação
Artigo 71º - Funcionamento

SECÇÃO V - PROJETOS DE ESCOLA


Artigo 72º - Enquadramento
Artigo 73º - Coordenador de Projeto ou Clube
Artigo 74º - Funcionamento

CAPÍTULO IV - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS


SECÇÃO I - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
Artigo 75º - Âmbito de intervenção
Artigo 76º - Funcionamento
Artigo 77º - Direitos dos Utentes
Artigo 78º – Funções dos Assistentes Técnicos

SECÇÃO II – Equipa TIC


Artigo 79º - Enquadramento
Artigo 80º - Composição
Artigo 81º - Funções
Artigo 82º - Coordenação

SECÇÃO III – LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM - SAF


Artigo 83º - Enquadramento
Artigo 84º - Objetivos Gerais
Artigo 85º - Utilizadores
Artigo 86º - Recursos Materiais
Artigo 87º - Funcionamento
Artigo 88º - Parcerias
Artigo 89º - Utentes de Outras Escolas
Artigo 90º - Responsável Técnico da SAF

SECÇÃO IV - BIBLIOTECA ESCOLAR


Artigo 91º - Funcionamento
Artigo 92º - Missão da Biblioteca Escolar
Artigo 93º - Objetivos da Biblioteca Escolar
Artigo 94º - Professor Bibliotecário
Artigo 95º - Equipa da Biblioteca
Artigo 96º - Funcionários
Artigo 97º - Colaboradores
Artigo 98º - Recursos Documentais

SECÇÃO V - SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS


SUBSECÇÃO 1. Serviços Especializados de Apoio Educativo
Artigo 99º – Serviços Especializados de Apoio Educativo
Artigo 100º – Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA)
Artigo 101º – Funcionamento
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SUBSECÇÃO 2. Serviços de Psicologia e Orientação (SPOI)
Artigo 102º – Serviços de Psicologia e Orientação
Artigo 103º – Composição e Funcionamento
Artigo 104º – Competências
Artigo 105º – Articulações
Artigo 106º - Direitos
Artigo 107º - Deveres

CAPÍTULO V – PESSOAL DOCENTE


Artigo 108º – Pessoal Docente
Artigo 109º – Direitos do Pessoal Docente
Artigo 110º – Deveres do Pessoal Docente
Artigo 111º – Plenário
Artigo 112º – Horários dos Professores
Artigo 113º - Plena Ocupação dos Tempos Escolares dos Alunos (POA)
Artigo 114º - Visitas de Estudo e Atividades no Exterior
Artigo 115º - Funcionamento e Autorização das Visitas De Estudo
Artigo 116º - Avaliação de Desempenho dos Docentes

CAPÍTULO VI – PESSOAL NÃO DOCENTE


Artigo 117º - Pessoal Não Docente
Artigo 118º – Direitos do Pessoal Não Docente
Artigo 119º – Deveres do Pessoal Não Docente
Artigo 120º - Plenário
Artigo 121º – Chefe dos Serviços de Administração Escolar
Artigo 122º – Competências dos Assistentes Técnicos
Artigo 123º - Atribuições do(a) Coordenador(a) dos Assistentes Operacionais
Artigo 124º - Competências dos Assistentes Operacionais
Artigo 125º - Avaliação do Pessoal Não Docente

CAPÍTULO VII – PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO


Artigo 126º – Direitos dos Pais e Encarregados de Educação
Artigo 127º – Deveres dos Pais e Encarregados de Educação
Artigo 128º - Incumprimento dos Deveres dos Pais e Encarregados de Educação

SECÇÃO I - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO


Artigo 129º – Princípios Fundamentais
Artigo 130º – Direitos
Artigo 131º – Deveres
Artigo 132º - Composição e Funcionamento

CAPÍTULO VIII – ALUNOS


Artigo 133º – Responsabilidade dos Alunos
Artigo 134º – Direitos dos Alunos
Artigo 135º – Deveres dos Alunos
Artigo 136º – Processo Individual do Aluno
Artigo 137º - Registo Biográfico
Artigo 138º – Incumprimento do Dever de Assiduidade

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Artigo 139º – Faltas e sua Natureza
Artigo 140º - Dispensa da Atividade Física
Artigo 141º – Justificação de Faltas
Artigo 142º – Faltas Injustificadas, de Pontualidade e de Material
Artigo 143º – Excesso Grave de Faltas – Ensino Básico e Secundário Regular
Artigo 144º – Efeitos da Ultrapassagem do Limite de Faltas Injustificadas

SECÇÃO I – REPRESENTAÇÃO DOS ALUNOS


SUBSECÇÃO 1. Delegados e Subdelegados de Turma
Artigo 145º – Competências
Artigo 146º – Processo Eleitoral
Artigo 147º – Assembleia de Delegados de Turma
Artigo 148º – Composição e Funcionamento

SUBSECÇÃO 2. Associação de Estudantes


Artigo 149º – Objetivos
Artigo 150º – Direitos
Artigo 151º – Deveres
Artigo 152º – Composição
Artigo 153º – Assembleia-geral
Artigo 154º – Direção
Artigo 155º – Conselho Fiscal
Artigo 156º – Mandato

SUBSECÇÃO 3. Regulamento Eleitoral da Associação de Estudantes


Artigo 157º – Órgãos a Eleger
Artigo 158º – Procedimentos
Artigo 159º – Tomada de Posse

SECÇÃO II – PROGRESSÃO
Artigo 160º – Princípios Gerais
Artigo 161º – Objeto
Artigo 162º – Critérios Gerais de Avaliação
Artigo 163º – Avaliação do Ensino Básico/Secundário
Artigo 164º - Prova Extraordinária de Avaliação (PEA)
Artigo 165º – Revisão de Deliberações do Conselho de Turma do 3º Período

SECÇÃO III – RECONHECIMENTO DE MÉRITO


Artigo 166º – Natureza e Âmbito
Artigo 167º - Propostas de Mérito
Artigo 168º – Parâmetros de Nomeação e de Exclusão
Artigo 169º – Divulgação
Artigo 170º – Prémios

CAPÍTULO IX – CONVIVÊNCIA ESCOLAR


SECÇÃO I – PROJETO SUCESSO E PREVENÇÃO DISCIPLINAR (SPD)
Artigo 171º - Objetivos
Artigo 172º - Organização e Funcionamento
Artigo 173º - Competências

SECÇÃO II – INFRAÇÃO
Artigo 174º – Qualificação de Infração
Artigo 175º – Participação de Ocorrência

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SECÇÃO III – MEDIDAS DISCIPLINARES
SUBSECÇÃO 1. Aplicação de Medidas Disciplinares
Artigo 176º – Finalidades das Medidas Disciplinares
Artigo 177º – Determinação da Medida Disciplinar

SUBSECÇÃO 2. Medidas Disciplinares Corretivas


Artigo 178º - Tipologia de Medidas Corretivas
Artigo 179º - Enquadramento das Medidas Corretivas

SUBSECÇÃO 3. Medidas Disciplinares Sancionatórias


Artigo 180º – Tipologia de Medidas Sancionatórias
Artigo 181º – Acumulação de Medidas Disciplinares
Artigo 182º – Procedimento Disciplinar
Artigo 183º - Celeridade do Procedimento Disciplinar
Artigo 184º – Suspensão Preventiva do Aluno
Artigo 185º – Decisão Final

SECÇÃO IV – EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DISCIPLINARES


Artigo 186º – Execução das Medidas Corretivas e Disciplinares Sancionatórias

SECÇÃO V – DECISÃO FINAL DE APLICAÇÃO DE MEDIDA DISCIPLINAR


Artigo 187º – Recursos
Artigo 188º - Salvaguarda da Convivência Escolar

SECÇÃO VI – RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL


Artigo 189º - Responsabilidade Civil e Criminal

CAPÍTULO X – MOBILIDADE NOS ESPAÇOS EXTERIORES E INTERIORES DA ESCOLA


Artigo 190º - Espaços Exteriores de Recreio da Escola
Artigo 191º – Salas de Aula
Artigo 192º - Corredores de Acesso às Salas de Aula

CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Artigo 193º - Elaboração do Regulamento Interno da Escola
Artigo 194º - Divulgação do Regulamento Interno da Escola
Artigo 195º - Vigência do Regulamento Interno da Escola

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INTRODUÇÃO

Viver em comunidade implica a existência de um conjunto de normas e princípios. Desta forma, a escola, ao
assumir-se como uma entidade detentora do direito e capacidade efetiva de realização de um projeto educativo
em benefício dos educandos com a participação de todos os intervenientes, deve possuir o seu regulamento interno.
O regulamento interno constitui um dos instrumentos centrais do processo de autonomia da escola e tem, como
finalidade, estabelecer um conjunto de regras, normas e procedimentos com vista ao seu bom funcionamento. Nele
estão também definidas, de forma clara e precisa, os direitos e os deveres que devem orientar a ação dos membros
da comunidade escolar. Nesta conformidade, este regulamento aplica-se a toda a comunidade escolar e define o
regime de funcionamento da Escola Secundária Dom Manuel Martins (ESDMM), sendo o seu cumprimento obrigatório.
Os elementos da comunidade educativa, no desempenho das suas funções, no exterior da escola, são igualmente
responsáveis, à luz deste regulamento, pelos factos ocorridos.
O regulamento que ora se apresenta define a especificidade desta escola pressupondo o conhecimento e o respeito
pela lei geral que se indica em anexo. Encontra-se organizado nos seguintes capítulos, secções e subsecções:

CAPÍTULO I – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA


CAPÍTULO II – REGIME DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO
SECÇÃO I – ÓRGÃOS
SUBSECÇÃO 1. Conselho Geral
SUBSECÇÃO 2. Diretor
SUBSECÇÃO 3. Conselho Pedagógico
SUBSECÇÃO 4. Conselho Administrativo
SUBSECÇÃO 5. Estrutura Operacional de Emergência
SECÇÃO II – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
SUBSECÇÃO 1. Departamentos Curriculares
SUBSECÇÃO 2. Formação Contínua do Pessoal Docente E Não Docente
SUBSECÇÃO 3. Conselhos de Turma
SUBSECÇÃO 4. Conselhos de Diretores de Turma
SUBSECÇÃO 5. Oferta Qualificante
CAPÍTULO III – RECURSOS DE APOIO À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
SECÇÃO I – EQUIPA MULTIDISCIPLINAR DE APOIO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
SECÇÃO II - TUTORIAS
SECÇÃO III - CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR
SECÇÃO IV - PROJETOS DE ESCOLA
CAPÍTULO IV - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS
SECÇÃO I - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
SECÇÃO II – EQUIPA TIC
SECÇÃO III – SALA DE AULA DO FUTURO (SAF)
SECÇÃO IV - BIBLIOTECA ESCOLAR
SECÇÃO V – SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS
SUBSECÇÃO 1. Serviços Especializados de Apoio Educativo
SUBSECÇÃO 2. Serviços de Psicologia e Orientação
CAPÍTULO V – PESSOAL DOCENTE
CAPÍTULO VI – PESSOAL NÃO DOCENTE
CAPÍTULO VII – PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
SECÇÃO I - ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
CAPÍTULO VIII – ALUNOS
SECÇÃO I – REPRESENTAÇÃO DOS ALUNOS
SUBSECÇÃO 1. Delegados e Subdelegados de Turma
SUBSECÇÃO 2. Associação de Estudantes
SUBSECÇÃO 3. Regulamento Eleitoral da Associação de Estudantes
SECÇÃO II – PROGRESSÃO
SECÇÃO III – RECONHECIMENTO DE MÉRITO
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CAPÍTULO IX – CONVIVÊNCIA ESCOLAR
SECÇÃO I – PROJETO SUCESSO E PREVENÇÃO DISCIPLINAR (SPD)
SECÇÃO II – INFRAÇÃO
SECÇÃO III – MEDIDAS DISCIPLINARES
SUBSECÇÃO 1. Aplicação de Medidas Disciplinares
SUBSECÇÃO 2. Medidas Disciplinares Corretivas
SUBSECÇÃO 3. Medidas Disciplinares Sancionatórias
SECÇÃO IV – EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DISCIPLINARES
SECÇÃO V – DECISÃO FINAL DE APLICAÇÃO DE MEDIDA DISCIPLINAR
SECÇÃO VI – RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL

CAPÍTULO X – MOBILIDADE NOS ESPAÇOS EXTERIORES E INTERIORES DA ESCOLA


CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

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CAPÍTULO I
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA

Artigo 1.º
Regime de Funcionamento
A escola funciona em regime diurno, em dois turnos, de segunda a sexta, entre as 8h 25m e as 18h 30m.
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Na escola existem três toques: entrada, saída e emergência.

Ao toque de entrada, os alunos e docentes devem dirigir-se à sala de aula. Caso se confirme a falta do docente, os
alunos deverão aguardar as orientações do assistente operacional.

A saída da sala, no decurso da aula, só é permitida por motivos de força maior. Após o toque de saída, os alunos só
poderão abandonar a sala depois do docente ter dado a aula por terminada. O docente deve respeitar o intervalo
dos alunos.

Em caso de emergência que implique a evacuação da escola, o diretor(a), ou quem o substituir, como elemento
responsável pela segurança, pode mandar executar o toque de emergência.

Artigo 2.º
Normas de Conduta
1. Os membros da comunidade educativa regem-se por normas de conduta para salvaguarda efetiva do direito à
educação e à igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso escolares, incluindo os de integração
sociocultural, e pelo desenvolvimento de uma cultura de cidadania capaz de fomentar os valores da pessoa
humana, da democracia e do exercício responsável da liberdade individual.

2. Enquanto espaço coletivo de salvaguarda efetiva do direito à educação, a escola é insuscetível de transformação
em objeto de pressão para a prossecução de interesses particulares, devendo o seu funcionamento ter caráter
de prioridade.

3. A comunidade educativa integra os alunos, os pais e encarregados de educação, os professores, os assistentes


técnicos e os assistentes operacionais das escolas, as autarquias locais, as entidades representativas das
atividades e instituições económicas, sociais, culturais e científicas, e os serviços da administração central e
regional com intervenção na área da educação, nos termos das respetivas responsabilidades e competências.

4. São normas de conduta da comunidade educativa:


a. Contribuir para um bom clima nas relações interpessoais;

b. Observar as relações hierárquicas, respeitando e valorizando as funções e o papel desempenhado por cada
um dos membros da comunidade educativa;

c. Respeitar e tratar com correção todos os membros da comunidade educativa, evitando atitudes e
comportamentos que coloquem em risco a sua integridade física, moral e psicológica;

d. Responsabilizar os membros da comunidade educativa por quaisquer danos direta ou indiretamente exercidos
sobre os outros membros ou nas instalações;

e. Vedar a qualquer membro da comunidade educativa, em público, na escola ou fora dela a revelação de
quaisquer factos sobre a vida privada, profissional ou social dos elementos que a constituem;

f. Subscrever o presente regulamento, assumindo o compromisso do cumprimento integral de todos os seus


termos;

g. É dever de toda a comunidade escolar alertar o(a) director(a), ou quem na altura o represente, para a
presença de pessoas estranhas e não autorizadas dentro do recinto escolar;

h. As normas de evacuação urgente deverão ser do conhecimento de toda a comunidade escolar e, sempre que
possível, realizar com as entidades próprias exercícios ou simulacros de evacuação;

i. A escola tem um sistema de videovigilância que se rege por um regimento próprio;

j. Todos os comunicados, convocatórias, legislação e informações importantes serão afixados na escola, em


placares próprios na sala dos professores, na sala do pessoal não docente e na sala de convívio dos alunos;

k. Qualquer comunicado, aviso ou ordem de serviço, abaixo-assinado, ou qualquer outro, só poderá ser lido nas
aulas ou afixado depois de devidamente autorizado pelo(a) diretor(a);

l. Não é permitida na escola a comercialização de quaisquer artigos sem autorização do(a) diretor(a);
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m. É expressamente proibido fumar e ingerir bebidas alcoólicas no recinto escolar;

n. Não é permitida na escola a prática de jogos de apostas;

o. Não é permitida a utilização ou o transporte de objetos que, pela sua natureza ou características, possam
colocar em perigo a integridade física ou o regular funcionamento do estabelecimento de ensino;

p. Não é permitido o uso de telemóveis e aparelhos afins nas salas de aula, na biblioteca e no decurso de
reuniões, sem a devida autorização;

q. Todos os elementos da comunidade educativa devem apresentar-se com vestuário adequado ao contexto
escolar e adotar comportamentos igualmente adequados ao mesmo.

Artigo 3.º
Acesso ao Estabelecimento de Ensino
1. Têm livre acesso à escola os respetivos alunos e o pessoal docente e não docente que nela exercem a sua
atividade profissional.

2. Os alunos são obrigados a trazer sempre consigo o respetivo cartão de estudante, devidamente atualizado.

3. Têm, igualmente, acesso à escola os pais e encarregados de educação dos alunos ou qualquer outra pessoa que
tenha assuntos de interesse a tratar, devendo, nestes casos, ser solicitado, pelo pessoal de serviço na portaria,
a identificação da(s) pessoas em questão, bem como do(s) assuntos a tratar.

4. Não é permitido, em situação alguma, o acesso dos pais e encarregados de educação às salas de aula, exceto
com autorização do(a) diretor(a).

5. As entradas e saídas na escola fazem-se pelo portão da entrada principal.

6. Não é permitida aos alunos a saída da escola durante o período de aulas, salvo quando devidamente autorizados
(autorização escrita) pelos encarregados de educação ou direção.

7. É vedada a circulação de qualquer veículo no recinto escolar durante o período de aulas, exceto para cargas e
descargas e transporte de alunos, pessoal docente ou não docente portador de deficiência motora grave.
Também constituem exceção as ambulâncias e outros veículos de socorro.

8. As bicicletas e as motorizadas/motos devem ficar estacionadas no espaço que lhes for destinado pelo(a)
diretor(a).

9. Os alunos não deverão introduzir na escola elementos exteriores, sem a devida autorização da direção.

Artigo 4.º
Matrículas/Renovação de Matrículas
1. O pedido de matrícula/renovação de matrícula e transferência de estabelecimento de ensino é feito em
conformidade com o Despacho Normativo n.º 6/2018 de 12 de abril.

2. No ensino básico consideram-se as prioridades previstas nos pontos 1 a 9, do artigo 11º, Despacho Normativo n.º
6/2018. Em caso de desempate, os alunos candidatos são providos nas vagas existentes por ordem da sua data
de nascimento - mais velhos no caso de matrícula, e mais novos no caso de renovação de matrícula, à exceção
dos alunos retidos.

3. No ensino secundário e a fim de dar cumprimento ao mesmo despacho, foi definido que em cada uma das
prioridades previstas nos pontos 1 a 9, do artigo 12º, Em caso de desempate são providos os alunos que
apresentam maior proximidade geográfica à sua respetiva residência.

Artigo 5.º
Cartões Magnéticos

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1. Os cartões magnéticos destinam-se a ser utilizados por toda a comunidade escolar nos diferentes locais da escola:
portaria, papelaria, reprografia, bufetes e refeitório.

2. O programa informático dos cartões magnéticos é gerido pelo administrador da rede informática da escola e
serviços administrativos e tem acesso ao mesmo a chefe dos serviços de administração, a funcionária do ASE, a
tesoureira, a funcionária da contabilidade e as funcionárias da reprografia/papelaria, bufete e portaria.

3. As normas de utilização dos cartões magnéticos encontram-se definidas em regimento próprio.

Artigo 6.º
Organograma
Os órgãos de administração e gestão e estruturas pedagógicas articulam entre si em conformidade com o
organograma da escola (ANEXO I).

Artigo 7.º
Incompatibilidade
Não pode verificar-se o desempenho simultâneo de mais de um cargo ou função, sempre que daí resulte a
designação da mesma pessoa em mais de um órgão de administração e gestão, salvo em casos devidamente
legislados ou fundamentados, mediante parecer favorável do conselho geral.

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CAPÍTULO II

REGIME DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

Artigo 8.º
Administração e Gestão

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O regime de autonomia, administração e gestão da escola rege-se pelo Decreto-Lei nº 75/2008, de 2 de abril,
alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

1. São os seguintes os órgãos de administração e gestão:


 Conselho Geral;
 Diretor(a);
 Conselho Pedagógico;
 Conselho Administrativo.

Artigo 9.º
Dissolução dos Órgãos
A dissolução dos órgãos pode ocorrer de acordo com o que se encontra determinado no artigo 35º do Decreto-Lei
75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

SECÇÃO I
ÓRGÃOS
SUBSECÇÃO 1 – Conselho Geral

Artigo 10.º
Conselho Geral
O Conselho Geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade
da escola, assegurando a participação e representação da comunidade educativa.

O Conselho Geral regulamenta-se em conformidade com o prescrito no Decreto-Lei 75/2008, de 2 de abril, alterado
pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, regendo-se pelo respetivo regimento interno.

Artigo 11.º
Composição
1. Nesta escola o conselho geral é composto por 21 elementos, distribuídos da seguinte forma:
 7 Representantes do pessoal docente;
 2 Representantes do pessoal não docente;
 5 Representantes dos alunos do nível secundário de educação;
 3 Representantes do município;
 3 Representantes da comunidade local, designadamente de instituições, organizações e atividades de
caráter cultural, científico, económico e social.

2. O diretor participa nas reuniões do conselho geral, sem direito a voto.

Artigo 12.º
Competências
Compete ao conselho geral o definido no artigo 13º do Decreto-Lei nº75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-
Lei nº 137/2012, de 2 de julho, em outra legislação aplicável.

Artigo 13.º
Eleição e Designação dos Representantes

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1. Os representantes do pessoal docente e do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação, dos
alunos e do município, no conselho geral, são designados ou eleitos de acordo com os artigos 14º e 15º do
Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.
2. O representante dos alunos é eleito de acordo com a legislação referida no número anterior e deve ter idade
superior a 16 anos.
3. A Comunidade Local é definida tendo presente a relevância da sua atividade económica, social, cultural e
científica para o cumprimento do Projeto Educativo de Escola (PEE).

Artigo 14.º
Mandato
Para além do estipulado no artigo 16º do Decreto-Lei nº75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012,
de 2 de julho, os membros do conselho geral poderão renunciar ao mandato, apresentando ao presidente do mesmo
os seus motivos, devidamente justificados.

Artigo 15.º
Reunião do Conselho Geral
O conselho geral reúne de acordo com o que se encontra definido no artigo 17º do Decreto-Lei nº75/2008 de 2 de
abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho. A duração das mesmas é de 3 horas.

SUBSECÇÃO 2 – Diretor(a)

Artigo 16.º
Competências do(a) Diretor(a)
1. O diretor é o órgão de administração e gestão da escola nas áreas pedagógica, cultural, administrativa,
financeira e patrimonial.
2. De acordo com o Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, no
seu artigo 19º, e com o artigo 5º do Despacho Normativo 13-A/2012 de 5 de junho de 2012, o(a) diretor(a) é
coadjuvado(a) no exercício das suas funções por um subdiretor e dois adjuntos.
3. Compete ao diretor aplicar critérios de natureza pedagógica na constituição de turmas, de acordo com o que se
encontra definido no documento de elaboração de horários e constituição de turmas.
4. Compete ao diretor dar cumprimento ao projeto curricular de escola.

Artigo 17.º
Eleição do(a) Diretor(a)
O recrutamento, procedimento concursal, eleição, posse, mandato, regime de exercício de funções, direitos e
deveres do diretor e dos restantes elementos da direção, encontram-se definidos nos artigos 18º a 29º do Decreto-
Lei 75/2008, de 2 de abril, e nos artigos 6º, 7º, 16º, 17º, 24º, 25º e 31º do Despacho Normativo 1- F/2016, de 5 abril.

SUBSECÇÃO 3 – Conselho Pedagógico

Artigo 18.º
Conselho Pedagógico
1. O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa da escola,
nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação
inicial e contínua do pessoal docente.

2. O conselho pedagógico regulamenta-se em conformidade com o prescrito no Decreto-Lei 75/2008, de 2 de abril,


alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho e nos artigos 3, 5, 6, 7, 8, 9, 15, 16, 25, 28 e 30 do
Despacho normativo 1-F/2016, de 5 de abril.

Artigo 19.º
Composição

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1. De acordo com o que se encontra determinado no artigo 32º do Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo
Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, e conforme o seu regimento interno, o conselho pedagógico é constituído
por 15 elementos, distribuídos da seguinte forma:

a. Diretor(a) que, por inerência de funções, é presidente do conselho pedagógico;


b. Coordenadores dos departamentos curriculares:
 Línguas;
 Ciências Sociais e Humanas;
 Matemática e Ciências Experimentais;
 Expressões;
c. Coordenadores dos diretores de turma:
 Básico;
 Secundário;
 Cursos profissionais e cursos educação e formação (CEF);
d. Coordenador(a) da oferta qualificante;
e. Coordenador(a) do projeto de autonomia e flexibilidade curricular (PAFC);
f. Professor bibliotecário;
g. Coordenador(a) da equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (EMAEI);
h. Coordenador da Equipa das tecnologias de informação comunicação (TIC);
i. Coordenador(a) do projeto sucesso e prevenção disciplinar (SPD);
j. Representante do pessoal não docente.

2. Nas reuniões em que sejam tratados assuntos que envolvam sigilo, designadamente sobre matérias de provas de
exame ou avaliação, apenas participam os membros docentes.

Artigo 20.º
Competências

1. De acordo com o que se encontra determinado no artigo 33º do Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo
Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, no artigo 8 do Despacho normativo 1-F/2016, de 5 de abril e no artigo
15 do Despacho normativo 4-A/2016, de 16 de junho.
2. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da Escola, serviços especializados e discentes, as ações
previstas no Plano de Ação Estratégico da mesma.

Artigo 21.º
Funcionamento
1. O conselho pedagógico funciona de acordo com o determinado no artigo 34º do Decreto-Lei 75/2008 de 2 de
Abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho, e com o respetivo regimento interno.

2. Este órgão reúne, ordinariamente, uma vez por mês. A duração das reuniões tem o limite máximo de 3 horas.

3. Os membros do conselho pedagógico organizam-se em grupos de trabalho para desenvolvimento e cumprimento


das suas competências, podendo solicitar a participação de outros elementos e estruturas da comunidade
educativa.

Artigo 22.º
Mandato

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1. O mandato dos membros do conselho pedagógico tem em regra a duração de quatro anos letivos.
2. O mandato dos membros do conselho pedagógico pode cessar:
a. Quando algum dos seus membros perder a qualidade que determinou a respetiva designação ou eleição;
b. A pedido do interessado, dirigido ao diretor até ao início de cada ano letivo, fundamentado com motivos
devidamente justificados.

SUBSECÇÃO 4 – Conselho Administrativo

Artigo 23.º
Conselho Administrativo

1. O conselho administrativo é o órgão deliberativo da escola em matéria administrativo-financeira.


2. A composição, competências e funcionamento do conselho administrativo encontram-se legislados nos artigos
36º a 39º do Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

3. O conselho administrativo rege-se por um regimento interno.

SUBSECÇÃO 5 - Estrutura Operacional de Emergência


Artigo 24.º
Plano de Emergência Interno

O plano de emergência da escola visa a salvaguarda de situações de risco para toda a comunidade escolar através
da preparação e organização dos meios existentes, a fim de garantir a salvaguarda da vida humana, em caso de
ocorrência de uma situação de risco.

Artigo 25.º
Constituição da Equipa de Emergência

A equipa do plano de emergência da escola é constituída pelos seguintes elementos:


 Diretor(a);
 Subdiretor(a);
 3 Professores;
 Chefe dos serviços administrativos;
 1 Assistente técnico;
 1 Assistente operacional.

SECÇÃO II
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Artigo 26.º
Estruturas de Coordenação Educativa e Supervisão Pedagógica

1. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica colaboram com o conselho pedagógico e com
o(a) diretor(a), no sentido de assegurar a coordenação, supervisão e acompanhamento das atividades escolares,
promover o trabalho colaborativo e realizar a avaliação de desempenho do pessoal docente.

2. Constituem funções das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica:


a. a articulação e gestão curricular na aplicação do currículo nacional, dos programas e orientações curriculares
definidos a nível nacional, bem como o desenvolvimento de componentes curriculares por iniciativa da escola;

b. a organização, o acompanhamento e a avaliação das atividades da turma ou grupo de alunos;

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c. a coordenação pedagógica por nível de ensino, ciclo ou curso;
d. a avaliação de desempenho do pessoal docente.
3. Compete às estruturas de coordenação e supervisão:
a. Elaborar o seu plano de ação de acordo com as orientações nacionais e Projeto Educativo de Escola (PEE);
b. Aferir o seu desempenho em relação a metas definidas;
c. Contribuir com atividades para o Plano Anual e Plurianual de Atividades (PAPA).
4. As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica elaboram, em conformidade com este
regulamento interno, o seu próprio regimento, onde constam as respetivas regras de organização interna e de
funcionamento.

SUBSECÇÃO 1. Departamentos Curriculares

Artigo 27.º
Departamentos Curriculares

1. A articulação e gestão curriculares devem promover a cooperação entre os docentes da escola, procurando
adequar o currículo aos objetivos nacionais, tendo em conta o trabalho inter e intradepartamental e as
necessidades específicas dos alunos.

2. A articulação e gestão curriculares são asseguradas pelos quatro departamentos curriculares em que se incluem
professores e técnicos especializados.

Artigo 28.º
Composição dos Departamentos Curriculares

1. A composição dos departamentos curriculares é a seguinte:

a. Departamento de Línguas: Grupos de recrutamento, 300 – Português, 320 – Francês, 330 – Inglês;

b. Departamento de Ciências Sociais e Humanas: Grupos de recrutamento 290 - EMRC, 400 - História, 410 -
Filosofia, 420 - Geografia, 430 – Economia e Contabilidade;

c. Departamento de Matemática e Ciências Experimentais: Grupos de recrutamento, 500 - Matemática, 510 –


Físico-Química; 520 – Biologia e Geologia; 550 - Informática;

d. Departamento de Expressões: Grupos de recrutamento 600 - Artes Visuais; 620 - Educação Física; 910 -
Educação Especial.

2. Os técnicos especializados contratados para desempenhar funções em cursos da oferta qualificante pertencerão
ao(s) departamento(s) indicado(s) pela direção.

3. Os técnicos especializados participam nas atividades do departamento a seu pedido ou a pedido dos
coordenadores do respetivo departamento.

Artigo 29.º
Objetivos

1. Cabe, em geral, aos Departamentos Curriculares:

a. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da Escola, serviços especializados e discentes, as
ações previstas no Plano de Ação Estratégico da mesma;

b. Planificar e adequar à realidade a aplicação dos planos de estudo estabelecidos a nível nacional e de escola;

c. Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didáticas específicas das disciplinas;

d. Assegurar, de forma articulada com as outras estruturas de orientação educativa da escola, a adoção de
metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento dos planos de estudo;
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e. Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e outras medidas destinadas
a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

f. Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de alunos;

g. Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da aplicação de estratégias de


Pronunciar-se sobre os manuais a adotar;

h. Identificar necessidades de formação dos docentes;

i. Analisar e refletir sobre as práticas educativas e o seu contexto;

j. Elaborar e propor critérios de avaliação;

k. Promover atividades intra e interdepartamentais a incluir no Plano Anual de Atividades;

l. Adequar as suas metas de sucesso tendo em conta o PEE e as metas nacionais;

m. Analisar e refletir sobre os resultados da avaliação dos alunos;

n. Realizar outras atividades que se considerem relevantes e definidas pelos órgãos de gestão.

Artigo 30.º
Funcionamento

1. Os departamentos curriculares reúnem, ordinariamente, de preferência uma vez por mês. As reuniões têm a
duração máxima de 2 horas, podendo alargar-se este período com a concordância de todos os presentes.

2. Estes departamentos podem reunir extraordinariamente sempre que o(a) coordenador(a) os convoque, por sua
iniciativa, ou a requerimento de um terço dos restantes membros.

Artigo 31.º
Coordenação

1. A eleição e mandato dos coordenadores dos departamentos curriculares obedecem ao estipulado no artigo 43º
do Decreto – Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho.

2. No desempenho das suas funções, os coordenadores de departamento são coadjuvados por assistentes
pedagógicos, designados pelo(a) diretor(a).

3. É designado um assistente pedagógico por cada grupo de recrutamento com 2 docentes ou mais, com exceção
dos grupos de recrutamento a que pertencem os coordenadores de departamento, cuja coordenação será
assegurada por estes.

Artigo 32.º
Competências do(a) Coordenador(a) de Departamento

1. Compete ao(à) coordenador(a) de departamento:

a. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da Escola, serviços especializados e discentes, as
ações previstas no Plano de Ação Estratégica de promoção do sucesso escolar da mesma;
b. Coordenar as atividades educativas do departamento, em articulação com o diretor(a);
c. Cumprir e fazer cumprir as decisões do diretor(a) e exercer as competências que por este lhe forem delegadas;
d. Transmitir as informações veiculadas pelo conselho pedagógico;
e. Representar os docentes da estrutura que coordena;
f. Participar nas reuniões com o diretor(a), sempre que para tal seja convocado;
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g. Assegurar, com os assistentes pedagógicos, as orientações curriculares e os programas de estudo,
promovendo a adequação dos seus objetivos e conteúdos à situação concreta da escola;

h. Participar na distribuição de serviço feita pelo diretor(a), no que se refere à componente letiva;
i. Propor ao conselho pedagógico a adoção dos manuais escolares, ouvidos os professores da estrutura que
coordena;

j. Promover a articulação com outras estruturas ou serviços da escola;


k. Propor ao conselho pedagógico a adoção de medidas destinadas a melhorar as aprendizagens dos alunos;
l. Assegurar reuniões com os assistentes pedagógicos sempre que necessário. As reuniões terão a duração
máxima de duas horas.

m. Promover o trabalho colaborativo intra e interdepartamental;


n. Cooperar na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos instrumentos de autonomia da escola;
o. Promover a realização de atividades de investigação, reflexão e de estudo, visando a melhoria da qualidade
das práticas educativas;

p. Submeter à aprovação do conselho pedagógico as propostas da estrutura que coordena;


q. Coordenar a inventariação das necessidades em equipamento e material didático;
r. Apresentar ao conselho pedagógico um plano de ação e um relatório crítico, anual, do trabalho desenvolvido
pelo departamento;

s. Supervisionar o cumprimento das metas estabelecidas em cada ano letivo;


t. Marcar as reuniões de departamento com uma antecedência mínima de quarenta e oito horas;
u. Promover a elaboração do regimento interno do departamento.

SUBSECÇÃO 2. Formação Contínua do Pessoal Docente e Não Docente

Artigo 33.º
Formação Contínua
1. A escola deve promover ações de formação para pessoal docente e não docente, sob diversas formas, de acordo
com o regime jurídico da formação.

Artigo 34.º
Representante da Formação
1. O representante da formação é designado entre os elementos do conselho pedagógico.

2. O representante da formação trabalha em articulação com a direção da escola e com o Centro de Formação
Ordem de Santiago.

3. O representante da formação divulga as atividades de formação promovidas pelo CFOS e outras instituições,
junto do pessoal docente e não docente e encarregados de educação.

4. Para além do elemento referido anteriormente, outros docentes ou elementos do pessoal não docente poderão
propor a realização de sessões formativas com vista a responder às necessidades e interesses manifestados pelo
pessoal docente e não docente e encarregados de educação.

Artigo 35.º
Responsabilidades do Representante da Formação

1. Compete ao representante da formação:


a. identificar necessidades de formação no sentido de promover a atualização e melhoria do desempenho do
pessoal docente e não docente;

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b. Estruturar o plano de formação da escola, plano este que será alvo de apreciação e aprovação por parte do
conselho pedagógico;

c. trabalhar em articulação com a direção da escola e o Centro de Formação Ordem de Santiago;


d. estabelecer contactos com o centro de formação e outras entidades ou indivíduos que possam vir a
desenvolver sessões de formação na escola.

SUBSECÇÃO 3. Conselhos de Turma

Artigo 36.º
Organização das Atividades da Turma

As atividades a desenvolver com a turma são organizadas pelo conselho de turma, com a coordenação do diretor
de turma e a participação, sempre que possível, dos alunos, pais e encarregados de educação.

Artigo 37.º
Competências do Conselho de Turma

São competências do conselho de turma:


1. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da Escola, serviços especializados e discentes, as ações
previstas no Plano de Ação Estratégico de promoção do sucesso escolar da mesma;

2. Articular as atividades dos professores da turma com as dos departamentos curriculares e grupos de
recrutamento, designadamente no que se refere à articulação curricular, ao planeamento e coordenação de
atividades interdisciplinares a nível de turma, calendarização de testes, tendo em vista a elaboração do plano
de turma (PT), de acordo com o PEE;

3. Dar parecer sobre todas as questões de natureza pedagógica e disciplinar que à turma digam respeito;
4. Analisar os problemas de integração dos alunos e o relacionamento entre professores e alunos da turma;
5. Colaborar nas ações que favoreçam a inter-relação da escola com a comunidade;
6. Apreciar e aprovar as propostas de avaliação do rendimento escolar apresentadas por cada professor da turma
nas reuniões de avaliação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo conselho pedagógico;

7. Atuar em conformidade com o Estatuto do Aluno e Ética Escolar (Lei Nº 51/2012, de 5 de setembro);
8. Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais e encarregados de educação no percurso escolar do
aluno;

9. Elaborar o plano de turma e os planos de apoio dos alunos;


10.Propor ao conselho pedagógico, na reunião final de avaliação, prémios de mérito aos alunos que se destacaram
pelo seu mérito, esforço no trabalho e no desempenho escolar e/ou exemplar comportamento moral e cívico,
de acordo com o previsto do presente regulamento.

11.Colaborar na avaliação, apreciação, aprovação e monitorização das adequações dos alunos referenciados para
os serviços especializados de apoio educativo e que passaram a ser enquadrados pela educação especial.

12.Cumprir a calendarização de testes e outras atividades de avaliação de acordo com o estabelecido em reunião
de conselho de turma, evitando mais do que um teste/atividade de avaliação por dia.

13.O disposto nos números anteriores não prejudica o exercício de outras competências que lhes estejam ou venham
a estar atribuídas na lei.

Artigo 38.º
Funcionamento do Conselho de Turma

1. O conselho de turma reúne-se uma vez por período e, extraordinariamente, sempre que um motivo de natureza
pedagógica ou disciplinar o justifique. A duração das reuniões tem o limite máximo de 3 horas.

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2. Nas reuniões de conselho de turma, nos momentos destinados à avaliação sumativa dos alunos, participam os
membros docentes e outros previstos na lei.

3. Caso o(a) diretor(a) de turma se encontre impedido de exercer funções por período superior a 2 semanas, será
nomeado outro professor da turma.

Artigo 39.º
Diretor(a) de Turma

1. A coordenação das atividades do conselho de turma é realizada pelo(a) diretor(a) de turma, o qual é designado
pelo(a) diretor(a), de entre os professores que lecionem a turma, sendo escolhido, preferencialmente, um
docente profissionalizado do quadro de escola.

2. O(A) diretor(a) de turma é particularmente responsável pela adoção de medidas tendentes à melhoria das
condições de aprendizagem e à promoção de um bom ambiente educativo, articulando a intervenção dos
professores da turma e dos pais e encarregados de educação.

Artigo 40.º
Competências do(a) Diretor(a) de Turma

São competências do(a) diretor(a) de turma:


1. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da Escola, serviços especializados e discentes, as ações
previstas no Plano de Ação Estratégico de promoção do sucesso escolar da mesma;

2. Desenvolver ações que promovam e facilitem a correta integração dos alunos na vida escolar;

3. Garantir uma informação atualizada junto dos pais e encarregados de educação acerca da integração dos alunos
na comunidade escolar, do aproveitamento escolar, da assiduidade e das atividades escolares;

4. Coordenar os projetos da turma, a não ser que a especificidade do projeto aconselhe a designação de outro
professor, sendo a responsabilidade do conselho de turma;

5. Participar na elaboração do Programa Educativo Individual dos alunos que apresentam necessidades educativas
especiais de caráter permanente e coordenar a sua aplicação;

6. Manter atualizados os documentos da turma, nomeadamente, mapas de faltas, dossier de turma, documentos
recebidos dos serviços administrativos;

7. Preparar e preencher todos os documentos para os conselhos de turma;

8. Promover a participação e envolvimento dos pais e encarregados de educação no percurso escolar do aluno
através de:

a. Realização de reuniões com os encarregados de educação, no início de cada período letivo;


b. Marcação de 2 tempos letivos semanais no seu horário para atendimento individual dos encarregados de
educação;
c. Informação aos encarregados de educação acerca dos apoios e das atividades a realizar na escola.

9. Promover a eleição dos representantes dos encarregados de educação da turma na reunião a efetuar no início
do ano letivo;

10.Promover a eleição dos alunos delegados e subdelegados de turma, no início do ano letivo;

11.Analisar a situação da turma, diagnosticando dificuldades e aspetos a melhorar de forma a propor estratégias
de diferenciação;

12.Participar ao(à) diretor(a), para efeitos de procedimento disciplinar, sempre que entenda que o comportamento
irregular dos alunos, presenciado ou participado, é passível de ser qualificado de grave ou de muito grave;

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13.Participar ao(à) coordenador(a) dos diretores de turma as situações que transcendem a sua atuação com vista à
sua resolução;

14.Fornecer aos encarregados de educação, no início do ano letivo, informações sobre os planos curriculares de
cada disciplina e a calendarização das atividades letivas;

15.Fornecer, em relação a cada período, o ponto da situação sobre os planos curriculares e atividades da turma,
bem como o número de aulas previstas e ministradas por disciplina;

16.Comunicar aos professores do conselho de turma quando, em situações de ausência justificada dos alunos, a
necessidade de proceder a atividades de recuperação das aprendizagens;

17.Comunicar ao encarregado de educação quando o aluno ultrapassa metade do limite de faltas e, posteriormente,
se o aluno ultrapassar esse limite;

18.Comunicar ao encarregado de educação quando o aluno tem faltas de material e ou de atraso;

19.Apresentar e discutir com os alunos o capítulo “Alunos” deste regulamento interno;

20.Comunicar de imediato ao(à) coordenador(a) e à direção as situações que, apesar de constarem em ata de
reuniões de conselho de turma e ou de encarregados de educação, carecem de intervenção imediata.

21.Sem prejuízo das competências referidas nos números anteriores deste artigo, são também competências do
diretor de turma as referidas na lei (Lei nº 51/2012 de 5 de setembro).

SUBSECÇÃO 4. Conselho de Diretores de Turma

Artigo 41.º
Identificação e Composição

1. O conselho de diretores de turma é constituído por diretores de turma e sendo um deles o(a) coordenador(a).

2. São designados pelo(a) diretor(a) os coordenadores de:


i) diretores de turma do ensino básico;
ii) diretores de turma do ensino secundário;
iii) diretores de turma dos cursos profissionais e CEF.

3. Os conselhos dos diretores de turma reúnem sob a orientação dos respetivos coordenadores.

Artigo 42.º
Competências do Conselho de Diretores de Turma

1. Definir critérios de uniformidade na atuação dos diretores de turma.

2. Analisar documentos de trabalho das reuniões de conselho de turma e reuniões com encarregados de educação.

3. Definir critérios para a elaboração do plano de turma (PT).

4. Sem prejuízo das competências referidas nos números anteriores deste artigo, são também competências do
conselho de diretores de turma as referidas na Lei nº 51/2012, de 5 de setembro.

Artigo 43.º
Mandato dos Coordenadores dos Diretores de Turma

De acordo com o Decreto-Lei 75/2008 de 2 de abril, alterado pelo Decreto-Lei nº 137/2012, de 2 de julho e
documento de constituição de turmas e de elaboração dos horários.

Artigo 44.º

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Competências dos Coordenadores dos Diretores de Turma

1. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da escola, serviços especializados e discentes, as ações
previstas no Plano de Ação Estratégica de promoção do sucesso escolar da mesma, para o 3º ciclo do ensino
básico.

2. Assegurar a interligação funcional e pedagógica entre o(a) diretor(a), o conselho pedagógico e o conselho de
diretores de turma.

3. Transmitir aos diretores de turma informações e decisões veiculadas pelo conselho pedagógico.
4. Participar nas reuniões com a direção, sempre que para tal seja convocado.
5. Monitorizar as necessidades em equipamento e material didático por parte de diretores de turma.
6. Acompanhar e monitorizar os planos de turma (PT).

7. Analisar projetos, estratégias e atividades das turmas e pronunciar-se sobre elas no conselho pedagógico.

8. Propor e planificar formas de atuação junto dos conselhos de turma e nas reuniões com pais e encarregados de
educação.

9. Propor atividades formativas de reflexão, no âmbito do conselho de diretores de turma que coordena, visando
a melhoria da qualidade das práticas dos diretores de turma.

10.Cooperar na elaboração, desenvolvimento e avaliação dos instrumentos de autonomia da escola;

11.Elaborar o plano de ação e o respetivo relatório final do trabalho desenvolvido pelo conselho de diretores de
turma que coordena;

12.Elaborar o regimento interno do conselho de diretores de turma.

Artigo 45.º
Funcionamento do Conselho de Diretores de Turma

O conselho de diretores de turma reúne, ordinariamente, uma vez por período e extraordinariamente sempre que
o(a) diretor(a), o(a) coordenador(a) dos diretores de turma, ou um terço dos seus membros o solicitem. A duração
das reuniões tem a duração máxima de 3 horas.

SUBSECÇÃO 5. Coordenação da Oferta Qualificante

Artigo 46.º
Oferta Formativa Qualificante

A oferta formativa qualificante, CEF e cursos profissionais de dupla certificação conferentes do nível 4 do Quadro
Nacional de Qualificações, é uma prioridade da escola, em parceria com entidades promotoras e agentes
económicos da região, de promover o sucesso educativo e a valorização profissional dos alunos.

Artigo 47.º
Articulação Curricular e Coordenação Pedagógica

O(A) diretor(a) designa para a coordenação das ofertas formativas de nível básico e/ou secundário o coordenador
da oferta qualificante para acompanhar e articular as diferentes ofertas formativas e de qualificação existentes na
escola.

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A articulação entre as aprendizagens nas diferentes disciplinas e componentes de formação é assegurada por
diretores de curso, designados pelo(a) diretor(a), preferencialmente de entre os professores profissionalizados que
lecionam as disciplinas da componente de formação técnica.

Artigo 48.º
Competências do(a) Coordenador(a) da Oferta Qualificante

1. Participar nas reuniões do conselho pedagógico.

2. Reunir pelo menos uma vez por período com os diretores de curso. As reuniões terão a duração máxima de 2
horas.

3. Acompanhar as equipas pedagógicas dos diferentes cursos, auscultando as dificuldades existentes no que
concerne à assiduidade dos alunos, às aprendizagens, ao desenvolvimento das aulas e ao cumprimento dos planos
de formação.

4. Fazer chegar propostas ao conselho pedagógico de novas ofertas formativas, com base na prospeção elaborada
junto dos alunos, ouvidos os departamentos curriculares e as entidades empregadoras da comunidade.

5. Propor junto da direção alterações que considere adequadas para o funcionamento dos cursos.

6. Articular com os diretores de turma e diretores de curso as atividades a desenvolver nos cursos profissionais.

7. Ser responsável, em colaboração com o(a) diretor(a), pela inserção de dados no SIGO e pela gestão da relação
com este.

8. Ser responsável pela publicitação da oferta formativa da escola.

9. Ser responsável pela normalização de todos os documentos inerentes ao curso e monitorizar a sua aplicação.

Artigo 49.º
Competências do Diretor(a) de Curso

1. O diretor(a) de Curso deve ser um docente preferencialmente da área disciplinar da componente técnica do
curso que coordena.

2. Compete ao(à) diretor(a) de curso:

a. Presidir ao conselho de curso. As reuniões do conselho de curso terão a duração máxima de 2 horas;

b. Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e componentes de formação do curso;

c. Organizar e coordenar as atividades a desenvolver no âmbito da formação técnica;

d. Participar nas reuniões do conselho de turma, no âmbito das suas funções;

e. Coordenar com os órgãos de gestão da escola, bem como com as estruturas intermédias de articulação e
coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à realização da prova de aptidão
profissional (PAP), nomeadamente, a calendarização da prova, a constituição do júri de avaliação, e a
articulação entre as várias disciplinas, nomeadamente as da componente de formação técnica;

f. Propor para a aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAP, depois de ouvidos os
professores das disciplinas da componente de formação técnica;

h. Assegurar a articulação FCT com o orientador de estágio, reunindo a documentação solicitada a apresentar
no final do ano letivo à direção;

j. Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso;

k. Articular com os diretores de turma o funcionamento dos cursos;

l. Garantir o acompanhamento dos professores no cumprimento dos módulos/disciplinas;


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m. Adaptar os horários dos professores com vista ao cumprimento integral dos módulos/disciplinas previsto em
cada ano;

n. Fornecer todas as informações necessárias à equipa de horários para a elaboração dos mesmos;

o. Fazer o balanço do sucesso e insucesso, da assiduidade, das atividades do curso e da contabilidade dos
módulos em atraso por período;

p. Mobilizar os docentes no sentido de efetuarem uma boa gestão da compensação de aulas;

q. Garantir que todos os docentes entregam toda a documentação solicitada ao longo do ano;

r. Disponibilizar e discutir com os diretores de turma toda a legislação inerente ao funcionamento do curso;

s. Atualizar os respetivos regimentos sempre que necessário.

Artigo 50.º
Conselho de Turma de um Curso Profissional

1. As reuniões do conselho de turma de avaliação são presididas pelo(a) diretor(a) de turma e, sempre que possível,
com a presença do(a) diretor(a) de curso.
Previamente às reuniões de conselho de turma, à medida que os módulos vão terminando, os docentes das
disciplinas juntamente com o diretor(a) de turma poderão lançar as classificações imprimindo 2 exemplares de
pautas para serem entregues na direção e posteriormente serem validadas no conselho de turma periódico.

2. O conselho de turma reunirá extraordinariamente sempre que for considerado necessário.

3. O conselho de turma para efeitos de avaliação reunirá, pelo menos, três vezes em cada ano letivo, de acordo
com o calendário geral das reuniões periódicas. As reuniões terão a duração máxima de 2 horas e trinta minutos.

4. Após a realização dos conselhos de turma de avaliação serão afixadas as pautas modulares referentes aos
módulos/disciplinas em que houve lugar a atribuição de classificações.

Artigo 51.º
Pedidos de Revisão de Deliberações do Conselho de Turma

1. Após a afixação das classificações modulares, o encarregado de educação, ou o aluno, quando maior de idade,
poderá requerer a revisão das deliberações do conselho de turma.

2. Os pedidos de revisão são apresentados em requerimento devidamente fundamentado em razões de ordem


técnica, pedagógica ou legal, dirigido ao diretor(a) no prazo de cinco dias úteis a contar da data da afixação da
pauta com a classificação do módulo, podendo o requerimento ser acompanhado dos documentos considerados
pertinentes.

3. Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no número anterior, bem como os que não
estiverem fundamentados, serão liminarmente indeferidos.

4. O diretor(a) convoca, nos 5 dias úteis após a aceitação do requerimento, uma reunião extraordinária do conselho
de turma para apreciação do pedido.

5. O conselho de turma, reunido extraordinariamente, aprecia o pedido e delibera sobre o mesmo, elaborando um
relatório pormenorizado que deve integrar a ata da reunião.
6. Caso o conselho de turma mantenha a sua deliberação, o processo aberto pelo pedido de revisão é enviado
pelo(a) diretor(a) ao conselho pedagógico para decisão final que deverá ser fundamentada, devendo o processo
ser instruído com os seguintes documentos:

a. requerimento do encarregado de educação (ou do aluno) e documentos apresentados com o mesmo;


b. fotocópia da ata da reunião extraordinária do conselho de turma;
c. fotocópias das atas das reuniões do conselho de turma;
d. relatório do diretor(a) de turma, do qual constem os contactos havidos durante o ano com o encarregado de
educação;
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e. relatório do professor da disciplina visada no pedido de revisão, justificativo da classificação proposta e do
qual constem todos os elementos de avaliação do aluno.

7. Da deliberação do conselho pedagógico e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao interessado através


de carta registada com aviso de receção no prazo máximo de 30 dias úteis contados a partir da data da receção
do pedido de revisão.

8. Da deliberação do conselho pedagógico pode ser interposto, no prazo de 5 dias úteis, após a data da receção da
resposta, recurso hierárquico para o Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), quando o mesmo
for baseado em vício de forma existente no processo.

9. Da decisão do recurso hierárquico não cabe qualquer outra forma de impugnação administrativa.

Artigo 52.º
Competências Específicas do(a) Diretor(a) de Turma da Oferta Qualificante

Compete de modo específico ao(à) diretor(a) de turma:


1. A programação, coordenação e execução, designadamente, das seguintes atividades:
a. Fornecer aos alunos e aos seus encarregados de educação, pelo menos três vezes em cada ano letivo,
informação global sobre o percurso formativo do aluno, ultrapassando o atomismo da classificação módulo a
módulo;

b. Proceder a uma avaliação qualitativa do perfil de progressão de cada aluno e da turma, através da elaboração
de um sucinto relatório descritivo que contenha, nomeadamente, referência explícita a parâmetros como a
capacidade de aquisição e de aplicação de conhecimentos, de iniciativa, de autonomia, de criatividade, de
comunicação, de trabalho em equipa e de cooperação com os outros, de articulação com o meio envolvente
e de concretização de projetos;

c. Anexar ao relatório descritivo uma síntese das principais dificuldades evidenciadas por cada aluno, com
indicações relativas a atividades de remediação e enriquecimento. Anexar ao relatório descritivo o perfil da
evolução dos alunos, fundamentado na avaliação de cada módulo e na progressão registada em cada
disciplina.

2. A coordenação do plano de trabalho da turma.


3. Articular com o(a) diretor(a) de curso e estruturas pedagógicas intermédias e, quando for o caso, com o diretor(a)
da escola, a programação, coordenação e execução de atividades.

4. Garantir que os dossiers de curso se encontram organizados.


5. Definir, em colaboração com o(a) diretor(a) de curso, as normas gerais de funcionamento do curso e dar a
conhecê-las, no início do ano, aos alunos e encarregados de educação.

6. Fazer o balanço do sucesso e insucesso, da assiduidade e das atividades da turma.


7. Analisar, no início do ano, as expectativas dos alunos relativamente ao curso, podendo, se for caso disso, sinalizá-
los para o SPO.

Artigo 53.º
Composição e Competências do Conselho de Curso

1. O conselho de curso é presidido pelo(a) diretor(a) de curso e integra todos os professores das diferentes
disciplinas e anos do curso.

2. O conselho de curso reúne pelo menos uma vez por período. A reunião terá a duração máxima de 2 horas.

3. Compete ao conselho de curso:


a. o desenvolvimento de articulação curricular;

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b. o acompanhamento do percurso formativo dos alunos, promovendo o sucesso educativo e uma adequada
transição para o mundo do trabalho ou para percursos subsequentes.

Artigo 54.º
Prova de Aptidão Profissional (PAP)

Para além do estipulado em legislação própria, a PAP rege-se ainda pelos seguintes termos:

A. Direitos do aluno
1. Usufruir de um acompanhamento efetivo durante o desenvolvimento da PAP, nomeadamente, ser orientado,
pelo professor orientador e acompanhante da PAP, na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização, na
redação do relatório final e na preparação da apresentação a realizar.

2. Ser informado sobre os critérios de avaliação da PAP.

B. Deveres do aluno
1. Cumprir, no que lhe compete, a calendarização estipulada para a consecução da PAP.
2. Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito da PAP.
3. Utilizar linguagem adequada quer a nível da expressão escrita e científica, quer a nível da expressão oral.
4. Aceitar as sugestões emanadas pelos professores orientadores e acompanhantes e pelo diretor de curso.
5. Respeitar a opinião de todos os intervenientes.

C. Competências do conselho de turma

1. Sensibilizar os alunos para a adoção de atitudes e valores exigidos pelo mundo laboral, como estratégia
facilitadora da sua inserção na vida ativa.

2. Contribuir para a aquisição por parte dos alunos de noções básicas para a elaboração de um trabalho científico
como estratégia facilitadora da conceção, execução do projeto e elaboração do relatório.

3. Desenvolver a competência linguística dos alunos, particularmente no domínio da expressão escrita,


conduzindo-os à elaboração de exposições e relatórios.

D. Competências do professor orientador e acompanhante da PAP

a. Utilizar as horas que lhe foram atribuídas para orientar os alunos na execução do projeto.
b. Elaborar um registo fiel das atividades desenvolvidas no programa de sumários eletrónicos.
c. Registar a falta de assiduidade dos alunos de modo a permitir que o diretor de turma informe os encarregados
de educação.

d. Orientar o aluno na escolha do projeto a apresentar, na sua realização e na redação do relatório final
conduzindo-os à superação das suas dificuldades.

e. Informar os alunos sobre os critérios de avaliação.

f. Solicitar aos outros professores do curso, na medida do possível, o apoio a dar aos alunos quando as atividades
do projeto o exigirem.

g. Emitir um parecer devidamente fundamentado sobre o pré projeto apresentado pelos alunos e entregar, na
direção, uma cópia do parecer emitido até ao final da primeira semana de janeiro.

h. Emitir um parecer devidamente fundamentado sobre o produto final e respetivo relatório, no que diz respeito
à verificação da existência de condições para ser apresentado e defendido.

i. Elaborar uma informação periódica que reflita a assiduidade dos alunos, bem como a avaliação do trabalho
realizado, a entregar ao diretor de turma para informação do encarregado de educação.

j. Orientar o aluno na preparação da apresentação a realizar na PAP.

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k. Assumir-se como verdadeiro elo de ligação entre os vários projetos, de forma a assegurar a articulação
possível entre as várias fases e intervenientes.

l. Entregar até cinco dias úteis antes da defesa da PAP todas as informações e o produto final da PAP ao júri
da mesma.

m. Avaliar a conceção e o desenvolvimento do projeto, bem como o relatório final.

n. Lançar a classificação da PAP na respetiva pauta.

E. Competências do(a) diretor(a) de curso

a. Supervisionar os projetos em conjunto com o professor acompanhante em impresso próprio, nas várias fases
do mesmo;

b. Propor ao órgão de gestão processos optimizadores para o desenvolvimento dos projetos;


c. Elaborar em parceria com o professor acompanhante da PAP a calendarização da apresentação das PAP.
d. Propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAP, depois de ouvidos os
professores acompanhantes e restantes professores da formação técnica.

e. Garantir que os critérios aprovados estão de acordo com os princípios gerais e os critérios de avaliação
adotados pela escola.

f. Coordenar o processo de avaliação em todas as suas etapas e momentos, fazendo cumprir a calendarização
estabelecida.

F. Competências do órgão de gestão

a. Articular com o diretor de curso a calendarização das atividades e momentos decisivos de todo o processo
relacionado com a PAP.

b. Assegurar todas as condições para a realização da PAP, de forma ao aluno desenvolver o seu projeto.

G. Competências do júri da PAP

a. Compete ao júri:
 Tomar conhecimento do processo de execução do projeto através da análise da documentação entregue
pelo professor acompanhante e/ou diretor de curso;

 Avaliar a execução/elaboração das provas de aptidão profissional, devendo para o efeito ter em conta os
critérios de classificação da PAP.

b. O presidente do júri nas suas faltas ou impedimentos é substituído pelo seu substituto legal previsto nos
termos regimentais, ou, na omissão destes ou na impossibilidade daquele, e pela ordem enunciada, é
substituído ou pelo diretor de curso, ou pelo diretor de turma ou pelo professor orientador da PAP ou, ainda,
no impedimento destes, por um professor da formação técnica.

H. Critérios de Aceitação de Projetos – PAP


a. Todos os projetos que integram a PAP devem:

- Obedecer às áreas de competência do curso;


- Apresentar relevância;
- Salvaguardar a moral e a ética no trabalho e a proteção de dados;
- Ser economicamente viáveis;
- Ser temporalmente exequíveis.

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b. O(A) diretor(a) de curso e o(s) professor(es) orientador(es)/acompanhante(s) da PAP devem comunicar ao
aluno, por escrito, o parecer sobre o pré projeto e, se este for desfavorável, informá-lo da necessidade
da sua reformulação. O parecer desfavorável carece de fundamentação.

I. Negociação da PAP nos diferentes contextos

1. Sempre que possível, a PAP deve ser desenvolvida em estreita ligação com os contextos de trabalho.

2. Os alunos desenvolvem a PAP em contextos de trabalho de ambiente escolar e/ou em contextos de trabalho
de ambiente extraescolar.

3. São contextos de trabalho de ambiente escolar as atividades desenvolvidas em projetos na escola.

4. São contextos de trabalho de ambiente extraescolar as atividades desenvolvidas nas instituições que se
disponibilizaram para a execução do projeto dos alunos.

5. Os alunos acordam com o professor acompanhante, o órgão de gestão e a entidade de estágio as atividades
desenvolvidas em contexto de ambiente escolar e/ou extraescolar.

J. Calendarização do processo

1. Apresentação do tema/problema até ao último dia útil de outubro, do ano letivo em que realiza o terceiro
ano de formação.

2. Apresentação e aprovação do pré projeto até à última aula da PAP do 1º período.


3. Nova apresentação e aprovação por necessidade de reformulação - até ao final da primeira semana de janeiro.
4. Realização do projeto – restante tempo disponível.
5. O produto e respetivo relatório são sujeitos a uma apreciação prévia em sede de júri interno (professor
orientador da PAP e diretor de curso) com o objetivo de verificar se têm condições para passarem à última
fase – apresentação e defesa. Os projetos que reúnam parecer negativo do júri interno impossibilitam a
apresentação e defesa da PAP nesse ano escolar.

6. Entrega do produto e respetivo relatório a definir pelo(a) diretor(a) de curso em articulação com o professor
orientador/acompanhante da PAP.

7. Apresentação pública, preferencialmente até à data da candidatura na 1ª fase ao Ensino Superior do ano
letivo em que realiza o terceiro ano de formação.

K. Duração da PAP

A PAP tem a duração máxima de 60 minutos, sendo que a apresentação não pode exceder os 25 minutos e a
defesa os 35 minutos.

L. Classificação da PAP

1. Em cada curso, para avaliação dos projetos, o júri deve ter em atenção os critérios constantes em grelhas
próprias para o efeito.

2. Após a realização da prova o júri reúne, discute cada item de avaliação e atribui uma classificação. Na falta
de consenso, procede-se a votação nominal, devendo o presidente ser o último a votar e, em caso de empate,
terá voto de qualidade.

M. Outras disposições

1. O relatório subjacente à PAP é entregue, em formato de papel (1 por cada elemento do júri, no total de 4
cópias) e em formato digital (em suporte não regravável e devidamente identificado), nos serviços
administrativos da escola.

2. O produto subjacente à PAP é entregue em formato digital (em suporte não regravável e devidamente
identificado), nos serviços administrativos da escola. Os produtos que não possam ser entregues em formato

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digital, dada a sua natureza, são entregues na sala de apresentação do projeto e ficarão sob a
responsabilidade do professor orientador e acompanhante da PAP.

3. É da responsabilidade do aluno a organização e preparação dos recursos necessários à apresentação pública.

4. O júri da PAP deve lavrar uma ata da prova, assinada por todos.

5. A avaliação da PAP não é passível de recurso.

6. A não entrega do produto e do respetivo relatório no prazo estipulado determina a impossibilidade de realizar
a PAP nesse ano escolar.

7. A não comparência no primeiro momento definido para a apresentação e defesa a realizar na PAP deve ser
justificada com comprovativo legal, num prazo de dois dias úteis, a entregar nos serviços administrativos da
escola, devendo o diretor e o presidente do júri decidir da sua aceitação.

8. No caso de ser aceite a justificação, o presidente do júri marca o segundo momento para apresentação e
defesa a realizar na PAP.

9. A não justificação da falta ao primeiro momento de apresentação e defesa a realizar na PAP, ou o


indeferimento do pedido de justificação da mesma, bem como a falta ao segundo momento de apresentação
e defesa a realizar na PAP, ou a reprovação neste segundo momento determina a impossibilidade de realizar
a PAP nesse ano escolar.

10. A repetição da PAP, em caso de reprovação no primeiro momento de apresentação e defesa desta, deverá
ser solicitada pelo encarregado de educação ou pelo aluno, quando maior de idade, através de requerimento
entregue nos serviços administrativos, num prazo máximo de três dias úteis após afixação das pautas com as
respetivas classificações. O(A) diretor(a) e o presidente do júri decidirão da aceitação.

11.Os alunos que não podem inscrever-se por terem idade igual ou superior a 20 anos e que pretendam
apresentar a sua PAP estão sujeitos à apresentação de requerimento nos serviços administrativos, até ao
final da primeira quinzena de setembro.

12. Para situações que não se enquadram no número 11 da presente secção, é facultada a possibilidade de
concluir a PAP mediante inscrição da mesma, nos serviços administrativos.

13. O número de horas semanais, constante do horário dos alunos, para a concretização da PAP é de pelo menos
1 tempo letivo. No horário do docente, deverá constar 1 tempo por cada 10 alunos.

Artigo 55.º
Modalidades Especiais de Aprovação Modular

1. Para além do estipulado em legislação própria, os alunos que não obtiverem aprovação em determinado módulo
têm a possibilidade de realizar uma prova de avaliação nas seguintes situações:

a. nas duas semanas subsequentes à conclusão do módulo, podendo a prova realizar-se fora do tempo normal
letivo, de acordo com a disponibilidade do professor da disciplina;

b. em épocas especiais de recuperação modular a decorrer na primeira quinzena de setembro e no final do 2.º
período, através de requerimento da repetição do módulo que deverá ser entregue nos serviços
administrativos, de acordo com prazos definidos previamente, afixados em local visível e mediante o
pagamento de uma taxa (15 €/módulo; 7,5 €/módulo para alunos com ASE B; 0 €/módulo para alunos com
ASE A exceto para os que se inscreverem e faltaram à época anterior). No caso de o aluno ter aprovação, as
taxas ser-lhe-ão devolvidas.

c. Os alunos do 12º ano têm a possibilidade de realizar provas de avaliação para recuperação de módulos em
atraso em época especial a realizar no final do 1.º período.

2. A avaliação referida na alínea a) do ponto anterior segue os critérios definidos para o módulo.

3. Os instrumentos de avaliação realizados nos momentos previstos na alínea b) do ponto 1 e no ponto 2 têm um
peso de 100% na avaliação final do módulo.

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4. Ao grupo de recrutamento compete a elaboração da proposta de Informação-Prova a aprovar pelo conselho
pedagógico.

5. A Informação-Prova será afixada em lugar de destaque da escola aquando da afixação do calendário das provas
modulares.

6. Não é permitido repetir módulos para melhoria de classificações.

Artigo 56.º
Progressão Modular

1. A não conclusão de um módulo não condiciona a frequência e avaliação do módulo seguinte, exceto se o desenho
modular da disciplina assim o estipular.

2. Os alunos que apresentem, no término de cada ano do ciclo de formação, menos de 65% de módulos concluídos
relativamente ao número total de módulos previstos até ao ano de formação em que se encontram, não avançam
para o ano seguinte.

3. A escola não garante a continuidade da lecionação dos módulos em atraso, nem a compatibilidade de horários
entre disciplinas de diferentes anos de escolaridade.

4. Os alunos que não progridam de ano devem inscrever-se, se aplicável, às disciplinas em que têm módulos por
realizar, mesmo que no ano anterior tenham cumprido o dever de assiduidade, frequentar o período de aulas
correspondente à lecionação dos módulos em atraso e realizar as atividades que visam o seu sucesso. As
classificações dos módulos realizados serão publicadas nos finais de cada período.

5. Os alunos que progridem de ano, mas com módulos em atraso, podem realizar:
a. Os módulos em atraso através da frequência numa turma e ano que lhes permita assistir a todo o período
correspondente à lecionação dos referidos módulos. As classificações serão publicadas nas pautas de final de
período;

b. Provas modulares em época especial, através de inscrição prévia cumprindo os prazos estabelecidos.

Artigo 57.º
Formação em Contexto de Trabalho (FCT)

Para além do estipulado em legislação própria, a FCT nos cursos profissionais rege-se ainda pelo seguinte:

A. Âmbito e definição
1. A FCT é um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob a coordenação e acompanhamento da escola,
que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes
para o perfil de desempenho à saída do curso frequentado pelo aluno.

2. A FCT realiza-se em posto de trabalho, em empresas ou noutras organizações/instituições, sob a forma de


experiências de trabalho por períodos de duração variável ao longo da formação, ou sob a forma de estágio em
etapas intermédias ou na fase final do curso.

3. A FCT pode assumir, a título excecional, a forma de simulação de um conjunto de atividades profissionais
relevantes para o perfil de saída do curso, a desenvolver em condições similares à do contexto real de trabalho.

B. Objetivos

1. Promover a inserção dos alunos no mundo do trabalho, através da observação do quotidiano da entidade
enquadradora, de condutas e valores exigidos no âmbito socioprofissional, conduzindo os alunos à análise e
reflexão sobre as práticas de trabalho e organização;

2. Desenvolver capacidades, competências e atitudes essenciais à integração no mundo do trabalho, como o


espírito crítico e de cooperação, o sentido de responsabilidade, a autonomia na execução de tarefas que lhe
forem confiadas;
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3. Aplicar os conhecimentos e competências adquiridos, executando tarefas múltiplas relacionadas com a
componente de formação técnica.

4. Desenvolver aprendizagens no âmbito da saúde, higiene e segurança no trabalho.

C. Organização e desenvolvimento

1. A FCT nos cursos profissionais assume a forma de estágio de 600 horas e de acordo com a especificidade de cada
curso. Esta pode realizar-se no 2º e no 3º anos do ciclo de formação, ou apenas no 3º ano.

2. A FCT formaliza-se com a celebração de um protocolo de formação entre a escola, a entidade de estágio e o
aluno formando. No caso de o aluno ser menor de idade, o protocolo será igualmente subscrito pelo encarregado
de educação.

3. O protocolo de formação inclui as responsabilidades das partes envolvidas, bem como, as normas de
funcionamento da FCT.

4. As atividades a desenvolver pelo formando durante a FCT devem reger-se por um plano de trabalho individual.

5. O plano individual estabelece os objetivos a atingir e descreve as atividades a desenvolver e a monitorização e


acompanhamento do aluno durante o período de formação em contexto de trabalho.

6. O plano individual deve salvaguardar as condições em que este se processa, sendo assinado pelo aluno, pelo
acompanhante/orientador de estágio da entidade formadora e pelo monitor da entidade enquadradora. No caso
de o aluno ser menor de idade, o plano de estágio será igualmente assinado pelo encarregado de educação.

7. O acompanhamento técnico-pedagógico, bem como a avaliação do formando, durante a formação em contexto


de trabalho será assegurado pelo acompanhante de estágio/orientador da FCT, nomeado pelo(a) diretor(a) de
entre os professores da componente técnica, em estreita articulação com o monitor da entidade enquadradora;

8. O acesso à formação em contexto de trabalho nos cursos profissionais está dependente da aprovação na
componente de formação técnica de pelo menos 90% do conjunto dos módulos lecionados nesta componente até
à data da última reunião de avaliação.

D. Critérios de distribuição dos formandos pelas entidades de acolhimento

1. Indicações do(a) diretor(a) de curso e do(a) professor(a) orientador(a), dado o conhecimento privilegiado que
possuem quer do formando, quer das entidades promotoras de estágio e o interesse manifestado pelo aluno,
sabendo que deverão ser tidos em conta os seguintes critérios:
a. adequação do perfil do formando às solicitações das entidades de estágio.
b. médias das disciplinas técnicas de curso do formando.
c. aproximação da casa do formando à entidade de estágio.

2. Seleção do formando por parte da entidade de estágio através de testes e entrevistas.


3. Poderá ainda o formando diligenciar junto de entidades públicas ou privadas no sentido de obter para si um
estágio, desde que estas exerçam atividades na área de especificação do curso. Nestes casos deverá o candidato
submeter atempadamente essa intenção à aprovação do diretor de curso e do professor orientador, devendo
para o efeito apresentar um requerimento onde indique o nome da entidade, o nome do responsável a contactar
e os respetivos contactos e as atividades a desenvolver, para que a escola proceda à assinatura do protocolo. A
escola reserva-se o direito de recusar a proposta feita se esta não obedecer aos pressupostos deste documento
e da legislação em vigor.

4. Em situação de existência de um familiar do formando na entidade de acolhimento, há incompatibilidade do


mesmo proceder a qualquer tipo de orientação, controlo e avaliação durante a formação em contexto de
trabalho.

E. Assiduidade

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1. A assiduidade do formando é controlada pelo preenchimento de uma ficha de registo de assiduidade, a qual
deve ser assinada pelo aluno e pelo monitor, e entregue, com periodicidade, ao professor orientador que, por
sua vez, informará o diretor de turma.

2. A assiduidade do aluno na FCT não pode ser inferior a 95% da carga horária prevista.

3. Em situações excecionais, quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente justificada, deverá ser
assegurado o prolongamento da FCT a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido. São
consideradas situações excecionais apenas as decorrentes de apresentação de documentos oficiais, tais como
atestado médico, justificativo do cumprimento de obrigações legais ou outro.

F. Avaliação da FCT

1. A FCT está sujeita à apresentação de relatórios, intercalar e final:

a. É considerado relatório intercalar a compilação, em ficha própria, dos balanços semanais efetuados pelos
formandos, devendo este ser entregue ou enviado por e-mail ao professor orientador no prazo máximo de 5
dias úteis depois de cumpridas metade das horas de formação previstas para o ano letivo;

b. O relatório final deve ser entregue nos serviços administrativos até ao prazo máximo de 5 dias úteis após a
conclusão da FCT, sendo depois encaminhado para o professor orientador.

2. Em cada curso, para avaliação da FCT, são considerados os critérios de avaliação constantes em grelhas próprias
para o efeito e em anexo ao presente regulamento.

3. A avaliação da FCT não é passível de recurso.

G. Seguro escolar

Os alunos durante a FCT estão abrangidos pelo seguro escolar, ao abrigo da Portaria 74-A/2013, de 15 de fevereiro.
Caso seja pertinente, poderá ser celebrado em complemento, pelo encarregado de educação, um seguro de
acidentes pessoais que proteja os formandos contra riscos e eventualidades que possam ocorrer durante e por causa
das ações de formação.

H. Responsabilidades da escola

1. Assegurar a realização da FCT, nos termos definidos na lei e nos regulamentos aplicáveis.
2. Estabelecer os critérios de distribuição dos alunos formandos e distribuí-los pelas diferentes entidades de
acolhimento ou outros locais em que deva realizar-se a referida formação.

3. Assegurar a elaboração dos protocolos com as entidades de acolhimento.


4. Assegurar a elaboração do plano da FCT, bem como respetiva assinatura por parte de todos os intervenientes.
5. Assegurar o acompanhamento da execução do plano da FCT.
6. Assegurar a avaliação do desempenho dos alunos formandos, em colaboração com a entidade de acolhimento.
7. Assegurar que o aluno formando se encontra coberto por seguro em todas as atividades de FCT.
8. Assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno formando, as condições logísticas necessárias
à realização e ao acompanhamento da FCT.

I. Responsabilidades do(a) orientador(a) de estágio

1. Elaborar o plano da FCT, em articulação com a direção executiva, o diretor de curso, bem como, quando for o
caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação pedagógica, restantes professores e monitor designado
pela entidade de acolhimento.

2. Acompanhar a execução do plano de formação, nomeadamente através de deslocações periódicas aos locais de
realização da FCT.

3. Avaliar, em conjunto com o monitor designado pela entidade de acolhimento, o desempenho do aluno formando.

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4. Acompanhar o aluno formando na elaboração dos relatórios da FCT.
5. Propor ao conselho de turma, ouvido o monitor, a classificação do aluno formando na FCT.
6. Em articulação com o diretor de curso, solicitar às entidades de acolhimento o preenchimento do inquérito de
satisfação relativo à Formação em Contexto de Trabalho.

J. Responsabilidades da entidade de acolhimento


1. Designar o monitor.
2. Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT.
3. Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno formando.
4. Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT, nomeadamente no que diz respeito à
integração socioprofissional do aluno formando na instituição.

5. Atribuir ao aluno formando tarefas que permitam a execução do plano de formação.


6. Controlar a assiduidade do aluno formando.
7. Assegurar, em conjunto com a escola e o aluno formando, as condições logísticas necessárias à realização e ao
acompanhamento da FCT.

L. Responsabilidades do aluno formando

1. Colaborar na elaboração do protocolo e do plano da FCT.


2. Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT.
3. Cumprir, no que lhe compete, o plano de formação.
4. Respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento e utilizar com zelo os bens, equipamentos e
instalações.

5. Não utilizar, sem prévia autorização da entidade de acolhimento, a informação a que tiver acesso durante a
FCT.

6. Ser assíduo e pontual e estabelecer comportamentos assertivos nas relações de trabalho.


7. Avisar com antecedência o professor orientador e o monitor da empresa sempre que tiver de faltar.
8. Avisar com antecedência o professor orientador sempre que tiver que se ausentar da empresa durante o horário
de trabalho.

9. Justificar as faltas perante o diretor(a) de turma, o professor orientador e o monitor, de acordo com as normas
internas da escola e da entidade de acolhimento.

10.Elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT, de acordo com o estabelecido no regulamento
interno da escola.

Artigo 58.º
Cumprimento do Plano de Estudos

1. As aulas previstas têm de ser efetivamente dadas.

2. As aulas previstas e não lecionadas são recuperadas através de:

a. permuta com outros docentes do conselho de turma, ou reposição de aula, na ausência previsível do docente,
sendo neste último obrigatoriamente entregue justificativo na secretaria com a cópia do impresso de
reposição;

b. prolongamento da atividade letiva diária, na impossibilidade de permuta, em horário previamente acordado


com os encarregados de educação ou com o aluno quando maior de idade, não sendo marcada falta ao
docente se a reposição ocorrer nos cinco dias subsequentes à falta;

c. diminuição do tempo de interrupção das atividades letivas relativas ao Natal e à Páscoa;

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d. prolongamento das atividades letivas, no final do ano letivo, até à conclusão do número de aulas previsto
para esse ano.

3. O professor entrega na direção a proposta das permutas e/ou reposições de aula, a fim de serem autorizadas.

4. O processo de reposição de aulas será verificado pelo diretor de curso.

5. No final do 1.º e 2.º período, o conselho de turma procederá ao registo das horas de formação já ministradas e
cada docente dará conhecimento, em impresso próprio para o efeito, da data de conclusão das atividades letivas,
com a maior precisão possível.

Artigo 59.º
Faltas dos alunos dos Cursos Profissionais

1. No cumprimento do plano de estudos e em conformidade com a portaria 235-A/2018 de 26 de agosto, para efeitos
de conclusão do curso com aproveitamento, devem estar reunidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 90 % da carga horária de cada disciplina nas componentes de
formação sociocultural e científica;

b) A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 90 % da carga horária do conjunto das UFCD da componente
de formação tecnológica;

c) A assiduidade do aluno na FCT não pode ser inferior a 95 % da carga horária prevista.

2. Quando for atingido metade do limite de faltas injustificadas nas situações referidas no número anterior, os pais
ou encarregados de educação, ou o aluno quando maior de idade, são convocados pelo meio mais expedito, pelo
diretor de turma, com o objetivo de o alertar para as consequências da ultrapassagem do limite de faltas e
encontrar soluções que permitam garantir o cumprimento efetivo do dever de assiduidade.

3. Relativamente aos alunos que se encontrem na escolaridade obrigatória e que registem um elevado número de
faltas e na impossibilidade de cumprir o referido no número 2 deve o diretor de turma participar a situação por
escrito ao encarregado de educação.

4. Caso se revele impraticável o referido nos números 2 e 3, por motivos não imputáveis à escola, e sempre que a
gravidade especial da situação o justifique, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens deve ser informada do
excesso de faltas do aluno menor, assim como dos procedimentos e diligências até então adotados pela escola,
procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua falta de assiduidade.

Artigo 60.º
Ausência de Material e de Pontualidade

1. A ausência de material e de pontualidade deverá ser gerida pelo docente da disciplina e refletir-se
necessariamente na avaliação.

2. Sempre que o docente considerar pertinente poderá informar o diretor de turma acerca da ausência de material
e de pontualidade, referidas no número 1 do presente artigo com vista à superação das dificuldades.

Artigo 61.º
Efeitos da Ultrapassagem do Limite de Faltas

1. No caso de falta de assiduidade por situações excecionais será assegurado:

a. No âmbito das disciplinas das componentes sociocultural e científica e das UFCD da componente de formação
tecnológica, em alternativa: i) O prolongamento das atividades até ao cumprimento do número total de horas
de formação estabelecidas; ii) O desenvolvimento de mecanismos de recuperação tendo em vista o
cumprimento dos objetivos de aprendizagem;

b. No âmbito da FCT, o seu prolongamento a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido.
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2. Consideram-se situações excecionais de faltas, implicando a ativação de mecanismos de recuperação de horas
de formação por parte do professor, apenas as decorrentes de apresentação atestado médico e de justificativo
do cumprimento de obrigações legais, ou outros legalmente previstos.

3. Ultrapassada a taxa legal de faltas a uma disciplina, poderão ser aplicadas atividades de recuperação apenas
uma vez no decurso do ano letivo, tendo em vista compensar as horas de formação em falta.

4. Cabe ao diretor de turma informar o professor e o aluno, bem como o encarregado de educação sobre a
necessidade de realização das atividades de recuperação.

5. As atividades de recuperação previstas são definidas pelo(s) respetivo(s) professor(es) e revestem a forma de
um trabalho escrito a realizar em período suplementar ao horário letivo, na escola ou em casa. Pode ainda haver
lugar a uma apresentação oral ou prova prática, que devem ocorrer fora do contexto do horário da turma.
Considera-se ainda que:

a. As matérias a trabalhar no âmbito das atividades de recuperação são as que se referem às aulas do módulo
da disciplina em que o aluno tem horas de formação a compensar;

b. As atividades de recuperação referidas terão de ser realizadas no prazo máximo de duas semanas;

c. Após a realização das atividades de recuperação serão desconsideradas/recuperadas as faltas


correspondentes ao número de horas de formação em falta.

6. A frequência das aulas é obrigatória. A não recuperação das horas de formação por motivo de ultrapassagem da
taxa legal de faltas a uma disciplina determina nova inscrição na disciplina, no módulo em que o aluno não teve
assiduidade, desde que o horário seja compatível com o ano/turma que estão a frequentar. A escola não garante
a compatibilidade de horários entre as várias disciplinas dos vários anos e dos vários cursos. Os alunos menores
de 18 anos mantêm a obrigação de frequentar a escola até ao final do ano letivo em curso.

Artigo 62.º
Situações Excecionais de Frequência de um Curso

1. As situações excecionais analisadas em conselho de turma poderão ser apresentadas em conselho pedagógico
devidamente fundamentadas para aprovação.

2. Se por motivo de mudança de curso profissional depois da data de início das aulas (até 31 de dezembro) o
cumprimento de atividades de recuperação for impraticável face ao número de horas a repor e à carga horária
semanal do aluno, considera-se que este tem a assiduidade prevista no curso atual à data de ingresso, desde
que verificado o cumprimento da assiduidade legalmente prevista no curso de origem.

3. Aos alunos referidos no ponto anterior, os professores do conselho de turma disponibilizarão todos os materiais
pedagógicos já disponibilizados aos demais discentes e poderão, de acordo com as suas disponibilidades,
acompanhar os alunos na recuperação das aprendizagens.

4. A avaliação dos alunos referidos no ponto 2, em módulos já concluídos aquando do seu ingresso no curso, poderá
decorrer ao longo do ano letivo em contexto de sala de aula e/ou em épocas especiais de recuperação modular.

5. Os alunos que requererem reorientação do seu percurso formativo, através da mudança de curso, têm a
possibilidade de solicitar equivalência entre disciplinas de acordo com a legislação em vigor.

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CAPÍTULO III

RECURSOS DE APOIO À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO

Artigo 63.º
Apoio à Aprendizagem e Inclusão

O processo de apoio à aprendizagem e à inclusão na escola considera aspetos académicos, comportamentais, sociais
e emocionais do aluno, bem como os fatores ambientais. A dinâmica da intervenção envolve recursos
organizacionais específicos.

SECÇÃO I

RECURSOS ORGANIZACIONAIS ESPECÍFICOS

Artigo 64.º
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Equipa Multidisciplinar de Apoio à Aprendizagem e Inclusão (EMEAEI)

1. A EMAEI é composta por elementos permanentes e por elementos variáveis.

a. São elementos permanentes da equipa multidisciplinar da escola:


 Subdiretora;
 Um docente de educação especial;
 Coordenadoras de diretores de turma: básico; secundário; cursos profissionais e CEF;
 Psicóloga.

b. São elementos variáveis da equipa multidisciplinar: o diretor de turma do aluno alvo de intervenção e,
consoante o caso, outros docentes do aluno, técnico do CRI e outros técnicos que intervêm com o aluno.

2. Cabe ao coordenador da equipa multidisciplinar, designado de entre os elementos permanentes:

a. Identificar os elementos variáveis da EME;

b. Convocar os membros da equipa para as reuniões;

c. Dirigir os trabalhos;

d. Adotar os procedimentos necessários de modo a garantir a participação dos pais ou encarregados de


educação consensualizando respostas para as questões que se coloquem.

3. Compete à equipa multidisciplinar:

a. Sensibilizar a comunidade educativa para a educação inclusiva;

b. Propor as medidas de suporte à aprendizagem - universais, seletivas e adicionais - a mobilizar;

c. Acompanhar e monitorizar a aplicação de medidas de suporte à aprendizagem;

d. Prestar aconselhamento aos docentes na implementação de práticas pedagógicas inclusivas;

e. Elaborar relatórios técnico-pedagógicos e, se aplicável, o programa educativo individual e o plano


individual de transição de alunos com necessidades educativas;

f. Acompanhar o funcionamento do centro de apoio à aprendizagem.

Artigo 65.º
Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA)

1. O CAA funciona no gabinete 1 situado no 1º piso do bloco B da escola.


2. Constituem objetivos específicos do centro de apoio à aprendizagem:
a. Promover a qualidade da participação dos alunos nas atividades da turma a que pertencem e nos demais
contextos de aprendizagem;

b. Apoiar os docentes da turma a que os alunos pertencem;


c. Apoiar a criação de recursos de aprendizagem e instrumentos de avaliação para as diversas componentes
do currículo;

d. Desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinares que facilitem os processos de aprendizagem,


de autonomia e de adaptação ao contexto escolar;

e. Promover a criação de ambientes estruturados, ricos em comunicação e interação, fomentadores da


aprendizagem;

f. Apoiar a organização do processo de transição para a vida pós-escolar.


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SECÇÃO II

APOIO TUTORIAL ESPECÍFICO

Artigo 66.º
Funcionamento

1. O apoio tutorial específico de alunos no 3º ciclo destina-se a alunos que ao longo do seu percurso escolar
acumulem duas ou mais retenções. Poderão ser criadas outras tutorias por proposta dos conselhos de turma.

2. O professor tutor acompanha um grupo de 10 alunos.

Artigo 67.º
Competências

Compete aos professores tutores:

a. Reunir com os docentes do conselho de turma para analisar as dificuldades e os planos de trabalho dos
tutorados.
b. Reunir nas horas atribuídas com os alunos que acompanham.
c. Criar empatia com os tutorados, procurando estabelecer relações positivas.
d. Acompanhar e apoiar o processo educativo dos tutorados.
e. Desenvolver medidas de apoio aos alunos, designadamente de integração na turma e na escola.
f. Apoiar os alunos no processo de aprendizagem, nomeadamente na criação de hábitos de estudo e rotinas de
trabalho.

g. Criar um ambiente de trabalho que desenvolva competências pessoais e sociais.


h. Promover a articulação das atividades escolares dos alunos com outras atividades formativas.
i. Desenvolver a sua atividade de forma articulada, quer com a família, quer com o diretor de turma e conselho
de turma, quer ainda com os serviços especializados de apoio educativo e outras estruturas de orientação
educativa.

j. Articular com o SPO a orientação educativa a nível pessoal e escolar dos tutorandos.
k. Elaborar relatórios periódicos do trabalho desenvolvido.

SECÇÃO III

PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (PES)

Artigo 68.º
Enquadramento
1. O PES na escola desenvolve-se numa perspetiva transversal adequada aos diferentes níveis de ensino. Utiliza um
modelo pedagógico ativo e participativo, tendo por referência os eixos estratégicos do Programa Nacional de
Saúde Escolar (PNSE), com a colaboração, sempre que possível, de serviços de saúde e outras entidades externas.

2. O PES desenvolve-se com intervenção:


a. Do coordenador PES nomeado(a) pelo(a) diretor(a) com um mandato que em regra tem a duração de quatro
anos, cessando com o mandato do(a) diretor(a).

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b. O Clube de Saúde da escola que funcionará com a participação do coordenador do PES e por docentes
representantes de cada nível de ensino e dos cursos profissionais da escola.

3. No âmbito do PES será abordada a Educação para a Saúde e Educação Sexual, de forma articulada com o conselho
de turma, realizando-se ao longo de toda a escolaridade em conformidade com Lei n.º 60/2009, de 6 de agosto.

Artigo 69.º
Competências

1. Competências do coordenador PES:


a. Coordenar as atividades de Educação para a Saúde;
b. Elaborar um plano de ação tendo em conta as recomendações de saúde da legislação em vigor;
c. Apresentar propostas para o Plano Anual e Plurianual de Atividades, no âmbito da Educação para a Saúde
e Sexualidade;
d. Articular com entidades, técnicos e especialistas externos à escola;
e. Elaborar um relatório de atividades no final do ano letivo.

2. Competências da equipa PES:

a. Implementar o plano de ação do PES;


b. Dinamizar as atividades do PES;
c. Promover atividades de articulação entre diferentes níveis de ensino;
d. Organizar e disponibilizar materiais de apoio aos docentes de todos os níveis de ensino;
e. Apoiar os parceiros no desenvolvimento das atividades e estratégias no âmbito do PES.

SECÇÃO IV

CLUBE DE DESPORTO ESCOLAR

Artigo 70.º
Competências

O desporto escolar enquanto área transversal da educação visa o combate ao insucesso e abandono escolar,
promove a inclusão, a aquisição de hábitos de vida saudável e a formação integral dos jovens em idade escolar,
através da prática de atividades físicas e desportivas.

O clube de desporto escolar é constituído pelo(a) diretor(a) que preside, por um docente coordenador do desporto
escolar designado pelo(a) diretor(a) e por todos os docentes de educação física que têm horas atribuídas no seu
horário para treino dos grupos-equipas de desporto escolar ou para o desenvolvimento de atividade interna.
Competências do diretor(a)/presidente do desporto escolar:
1. Promover as reuniões, convocar e convidar os participantes;
2. Acompanhar os trabalhos no âmbito do desporto escolar;
3. Ajudar a divulgar e dinamizar o desporto escolar;
4. Dar autorização e pagar as despesas do desporto escolar;
5. Fazer aprovar pelo conselho pedagógico os planos e relatórios.

Competências do coordenador do clube de desporto escolar:


1. Assegurar a articulação entre o projeto educativo, projeto do desporto escolar e plano de atividades da escola;
2. Coordenar e operacionalizar todas as atividades do plano de desporto escolar da escola, em articulação com os
professores de educação física e os professores responsáveis das atividades do clube de desporto escolar;

3. Elaborar e implementar o projeto do desporto escolar;

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4. Organizar e manter atualizado o dossiê do clube de desporto escolar;
5. Preencher os formulários e enviar, nos prazos estipulados, toda a documentação necessária;
6. Apresentar ao(à) presidente a lista de produtos a adquirir e as despesas efetuadas;
7. Garantir, em articulação com o órgão de gestão, a substituição de qualquer professor responsável pelos
grupo/equipas, em caso de impedimento por motivo de força maior.

Competências dos professores de grupo-equipa:


1. Colaborar com o(a) coordenador(a) do clube de desporto escolar na planificação e dinamização das atividades
(interna e externa) da escola, em especial da modalidade que é responsável.

2. Desenvolver em articulação com o coordenador todas as atividades referentes ao grupo/equipa.


3. Recolher as autorizações dos encarregados de educação dos alunos inscritos no grupo/equipa, onde deve constar
autorização para:
 participação nos treinos;
 participação nos encontros realizados fora da escola;
 recolha e divulgação de imagens e voz, durante as atividades do desporto escolar.

4. Acompanhar e enquadrar os alunos por que é responsável, nas atividades de competição externa.

5. Elaborar os relatórios de atividades pelas quais é responsável, bem como o relatório crítico, no final do ano
letivo, referente ao seu grupo-equipa.

6. Zelar pela observância e cumprimento das regras do espírito desportivo e das normas de disciplina, nas atividades
em que a escola participe.

Artigo 71.º
Funcionamento
1.Os treinos dos grupos-equipa decorrem nas instalações desportivas da escola e, quando o horário permite, no
Pavilhão Municipal das Manteigadas.

2.Compete ao(à) coordenador(a) do clube de desporto escolar providenciar os transportes para as várias
deslocações inerentes ao plano do desporto escolar de acordo com a política de escola.

3. Será providenciado lanche/reforço alimentar quando as atividades dos grupos-equipa tenham a duração superior
a 3 horas.

SECÇÃO V

PROJETOS DE ESCOLA

Artigo 72º
Enquadramento

1. Os projetos de escola integram recursos humanos, físicos - instalações e recursos tecnológicos e documentais da
escola - que contribuem para a formação e aprendizagem de determinado público-alvo, em conformidade com
os objetivos do projeto educativo de escola.

2. Os projetos de escola podem assumir a condição estrutural de clubes.

Artigo 73.º
Coordenador de Projeto ou Clube

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1. O(A) coordenador(a) de um projeto ou clube pode ser proposto pela equipa ou designado pelo(a) diretor(a) da
escola entre os coordenadores dos diversos projetos da escola.

2. Cabe ao coordenador de projeto ou clube:


a. Articular a ação do projeto/clube com outros coordenadores de projetos/clubes da escola. Deve ainda
informar periodicamente o(a) diretor(a) a fim de lhe dar conta da evolução dos trabalhos do projeto/clube;

b. Elaborar o plano de ação e o relatório final de atividades a apresentar ao conselho pedagógico;


c. Reunir com os elementos da equipa do projeto/clube, pelo menos uma vez por período.

Artigo 74.º
Funcionamento

Os projetos de escola ou clubes obedecem às seguintes condições:

1. Podem ser criados por proposta de qualquer membro da comunidade escolar, desde que contribuam para o
cumprimento do projeto educativo;

2. São redigidos em modelo próprio e aprovados pelo conselho pedagógico até final do ano letivo anterior;

3. As atividades desenvolvidas pelos projetos ou clubes, para além da atividade interna própria, quando
enquadráveis, devem constar do plano anual de atividades.

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CAPÍTULO IV
SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS, TÉCNICOS E TÉCNICO-PEDAGÓGICOS

SECÇÃO I
SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

Artigo 75.º
Âmbito de intervenção

1. Estes serviços destinam-se a tratar todos os assuntos de caráter administrativo relacionados com:

a. Alunos;
b. Pessoal docente;
c. Pessoal não docente;
d. Público em geral.

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2. Os serviços estão organizados de acordo com o sistema de gestão de processos que consiste na distribuição de
um conjunto de funções das várias áreas de atividade pelos diversos assistentes técnicos.

Artigo 76.º
Funcionamento

1. O atendimento por parte dos serviços de administração escolar processa-se por senha ou nominalmente.
2. Os serviços funcionam em horário contínuo, de segunda a sexta-feira, com atendimento ao público entre as
9h30m e as 16h00m, exceto nos meses de julho e agosto.

Artigo 77.º
Direitos dos Utentes

1. Ser informado dos apoios económicos que pode usufruir:


a. Seguro escolar de alunos, com cobertura para qualquer acidente que possa ocorrer na escola, no caminho
casa-escola (dentro do horário, no percurso mais direto e em transporte público ou a pé) e em visitas de
estudo, aulas no exterior e/ou passeios escolares;

b. Ação social escolar (ASE), que consiste na ajuda económica para aquisição de material escolar e senhas de
refeição, assim como transporte escolar, caso seja necessário e em situações especiais.

2. Aceder a certificados de matrícula, certidões de frequência ou conclusão, cartas de curso e diplomas nos
respetivos modelos.

3. Ver respeitada a sua vez quando se dirigir aos serviços de administração escolar.
4. Ter a garantia que as suas questões estão sujeitas ao cumprimento dos deveres de obediência, sigilo profissional
e respeito por parte dos assistentes técnicos.

Artigo 78.º
Funções dos Assistentes Técnicos

1. Desempenhar sob orientação do(a) chefe dos serviços de administração escolar, as tarefas que lhe foram
atribuídas na distribuição de serviço, designadamente funções de natureza executiva, enquadradas com
instruções gerais e procedimentos bem definidos, com certo grau de complexidade, relativas a uma ou mais
áreas de atividade administrativa e financeira.

2. Empenhar-se na criação de um ambiente de trabalho digno e saudável contribuindo para uma melhoria de
qualidade, produtividade e incentivo ao respeito pelas regras de convivência, motivação e satisfação
profissional, projetando uma imagem que permita o reconhecimento exterior da escola.

3. Atender e informar de forma compreensiva, alunos, pais e encarregados de educação, pessoal docente e não
docente e restantes utentes dos serviços.

SECÇÃO II
Equipa TIC
Artigo 79.º
Enquadramento

A equipa das tecnologias de informação e comunicação (TIC) integra funções em domínios que permitem criar
condições de utilização dos recursos tecnológicos, garantir maior eficiência na sua manutenção e gestão e
acompanhamento e prestação de apoio à escola na programação e desenvolvimento de atividades educativas que
envolvam estes recursos.

Artigo 80.º
Composição

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1. A equipa TIC é constituída por:
a. Coordenador TIC
b. 4 Professores do grupo de informática
c. Professor bibliotecário
d. Diretor(a)

Artigo 81.º
Funções

A equipa TIC tem as seguintes incumbências ao nível da escola:

1. Elaborar anualmente um plano de ação para o uso dos recursos tecnológicos da escola, cujos objetivos se
prendem com:

 a promoção da utilização das TIC nas atividades letivas e não letivas;


 a rentabilização dos meios tecnológicos e informáticos existentes na escola, generalizando a sua utilização
por todos os elementos da comunidade educativa;
 a utilização das TIC nos serviços de administração escolar, direção, biblioteca escolar e salas de aula;

 a formação na área das TIC de docentes e não docentes integrando o plano de formação da escola;

2. Coordenar e acompanhar a execução de projetos e iniciativas próprias na área das TIC na educação, em
articulação com os serviços regionais de educação e com o apoio das redes de parceiros regionais;

3. Zelar pelo funcionamento dos equipamentos e sistemas tecnológicos instalados, sendo o interlocutor junto do
centro de apoio tecnológico às escolas e das empresas que prestem serviços de manutenção aos equipamentos;

4. Organizar sessões de formação com o objetivo de fomentar a criação e participação dos docentes em redes
colaborativas de trabalho com outros docentes ou agentes da comunidade educativa;

5. Promover e apoiar a integração das TIC no ensino, na aprendizagem, na gestão e na segurança ao nível de escola;

6. Colaborar no levantamento de necessidades de formação e certificação em TIC do pessoal docente e não docente;

7. A equipa mencionada no artigo 80º deste regulamento reúne uma vez por período. A duração das reuniões tem
o limite máximo de 2 horas.

Artigo 82.º
Coordenação

1. A coordenação da equipa TIC é exercida, por inerência, pelo(a) diretor(a) da escola, podendo ser delegada em
docentes da equipa TIC que reúnam as competências ao nível pedagógico, técnico e de gestão adequadas ao
exercício das funções de coordenação global dos projetos no âmbito das TIC ao nível do estabelecimento de
ensino.

2. A duração do mandato do coordenador TIC tem em regra a duração de quatro anos e cessa com o mandato do(a)
diretor(a).

3. O coordenador TIC, designado pelo(a) diretor(a), é o administrador das redes da escola. Articula a sua ação com
a direção e demais elementos da equipa TIC zelando pela manutenção dos recursos tecnológicos e administração
da página da internet da escola.

4. Os docentes da equipa TIC apoiam a manutenção equipamentos tecnológicos das salas de aula e outros espaços
da escola e poderão apoiar e desenvolvimento de aplicações informáticas específicas para a escola e
administração da newsletter da escola.

5. O responsável técnico do laboratório de aprendizagem – SAF - articula a sua ação com o(a) diretor(a) e com o
coordenador TIC.

6. O professor bibliotecário é responsável pela gestão da plataforma Office 365 em articulação com o(a) diretor(a).
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SECÇÃO III
LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM - SAF

Artigo 83.º
Enquadranmento

A Sala de Aula do Futuro (SAF) é um laboratório de aprendizagem, uma estrutura educativa que oferece
oportunidades para a aplicação de metodologias Inquiry-Based Learning (IBL) e para a flexibilização curricular.
Pretende ainda, ser um local de formação de professores quer nesta metodologia de ensino, quer na utilização de
equipamentos modernos ao serviço da educação.

A SAF é constituída por seis zonas de aprendizagem diferentes: i) cinco delas localizadas na sala 43 – espaços
«apresentar», «investigar», «colaborar», «desenvolver» e «criar»; e ii) espaço «interagir» localizado na sala 44.
Tais zonas, compostas cada uma por determinados equipamentos e tecnologias, possibilitam aos professores a
experimentação de novas metodologias e de uma nova organização do ensino e da aprendizagem.

As metodologias de ensino aprendizagem desenvolvidas nestes espaços poderão ser transportadas para as salas de
aula ou outros espaços de aprendizagem convencionais, favorecendo a motivação e o desenvolvimento das
competências-chave requeridas ao aluno à saída da escolaridade obrigatória.

Artigo 84.º
Objetivos Gerais

A SAF tem os seguintes objetivos:


1. Promover uma alteração metodológica de sala de aula, recentrando a aprendizagem no aluno;
2. Desenvolver uma consciência de cidadania responsável e interventiva;
3. Incrementar a articulação curricular;
4. Fomentar a aplicação das metodologias de IBL;
5. Fomentar a formação de professores na metodologia IBL e na utilização de novos equipamentos;
6. Proporcionar um meio de aplicação e desenvolvimento de novos equipamentos ao serviço do ensino e da
aprendizagem.

Artigo 85.º
Utilizadores

Constituem-se como utilizadores dos equipamentos da SAF:


1. Docentes e alunos com aulas afetas à SAF;
2. Professores que pretendam desenvolver projetos ou atividades educativas neste espaço;
3. Formadores e formandos em contexto de desenvolvimento profissional.
Artigo 86.º
Recursos Materiais

Os recursos materiais da SAF disponibilizados pela escola e por parceiros do projeto encontram-se listados no
inventário e protocolos de entendimento. Os recursos desgastáveis são garantidos pela escola, bem como a ligação
exclusiva à internet, independentemente de se procurarem parcerias que ajudem a manter estes encargos.

Artigo 87.º
Funcionamento

1. Os professores interessados em utilizar a SAF devem solicitar a chave junto da direção.

2. Será feito um registo de atividades realizadas, número de alunos envolvidos, bem como o respetivo ano, turma
e disciplina(s). Este registo permitirá fazer o relatório de utilização do espaço a partir dos resultados
estatísticos.

3. A utilização da SAF em contexto de aula poderá ser feita com a presença de um único professor, para um grupo
máximo de 15 alunos. O espaço «interagir» está preparado para receber uma turma completa até 30 alunos.

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4. Os professores que reservem a SAF ficam responsáveis pela correta utilização dos equipamentos da sala, bem
como por encerrarem os mesmos no final da utilização e de os deixarem devidamente arrumados.

5. Os alunos não devem levar para a SAF malas, mochilas, sacos, etc. Estes objetos devem ser guardados nos
cacifos dos alunos.

6. Todos os alunos devem ser informados que, de acordo com o documento assinado na matrícula, têm que pagar
a reparação de algum equipamento que danifiquem devido utilização indevida ou negligente.

Artigo 88.º
Parcerias

1. São parceiros da SAF todas as empresas que cederam equipamentos para a mesma ou que de alguma forma
contribuíram para que a sala fosse tornada uma realidade. A Direção Geral de Educação é parceira institucional
da SAF.

2. Os parceiros podem utilizar a sala para atividades de formação e de apresentação ou demonstração de


equipamentos.

3. A utilização deve ser marcada preferencialmente com a antecedência mínima de 30 dias, por email dirigido à
direção, indicando o objetivo da sessão, dia e hora pretendida bem como o número de pessoas envolvidas.

4. Caso a sessão seja ao sábado, o parceiro pode ter que suportar os custos de funcionamento da escola fora do
seu horário normal, nomeadamente em termos dos funcionários necessários para garantir as condições de
segurança.

5. A escola poderá, mediante proposta, servir os coffee-breaks necessários, bem como refeições, se o parceiro
assim o solicitar.

6. A utilização da SAF faz parte integrante do protocolo estabelecido entre o parceiro e a escola pelo que não está
sujeita a qualquer custo.

Artigos 89.º
Utentes de Outras Escolas

1. Os professores de outras escolas podem utilizar a SAF para atividades de formação e para implementação de
metodologias ativas com os seus alunos.

2. A utilização da SAF deve ser marcada preferencialmente com a antecedência mínima de 30 dias, por email para
a direção. A inscrição deverá ser acompanhada do plano de aula a desenvolver, número de professores envolvidos
e respetivos grupos disciplinares, número de alunos envolvidos, bem como o respetivo ano, turma e disciplina(s).

3. A utilização da SAF por professores de outras escolas é sempre acompanhada por um professor da equipa TIC.

4. Caso seja ao sábado, a escola visitante pode ter que suportar os custos de funcionamento da escola fora do seu
horário normal, nomeadamente em termos dos funcionários necessários para garantir as condições de segurança.

5. A utilização da sala faz parte integrante do protocolo estabelecido entre a Direção Geral de Educação e a escola
pelo que não está sujeita a qualquer custo.

Artigo 90.º
Responsável técnico da SAF

1. O responsável técnico da SAF, elemento da equipa TIC da escola, tem as seguintes funções:
a. Apoiar os professores utilizadores da SAF;
b. Zelar pelo bom funcionamento dos equipamentos da SAF;

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c. Manter contactos com os diversos parceiros de modo a manter o nível de equipamento disponibilizado para
a sala e, se possível, melhorar e aumentar este equipamento em número e diversidade;

d. Receber os grupos de visitantes que solicitam visitas à SAF e disponibilizar a estes grupos toda a informação/
formação solicitada;

e. Dar formação e encontrar forma de promover formação para os professores utilizadores da sala;
f. Gerir a utilização dos recursos da SAF tendo em atenção os objetivos das atividades, número de alunos e
metodologias previstas para a sua utilização.

g. Participar em projetos nacionais e internacionais de desenvolvimento de metodologias aplicáveis na SAF de


modo a promover os resultados obtidos junto dos utilizadores.

SECÇÃO IV
BIBLIOTECA ESCOLAR
Artigo 91.º
Funcionamento

1. A Biblioteca Escolar (BE) é uma estrutura que gere recursos educativos – documentais, físicos e humanos.

2. A BE orienta-se pelos normativos enunciados pela Rede de Bibliotecas Escolares, nomeadamente, os referidos
no Manifesto preparado pela IFLA (Federação Internacional das Associações de Bibliotecários e de Bibliotecas) e
aprovado pela UNESCO, na sua Conferência Geral em novembro de 1999, e nas Diretrizes da IFLA/UNESCO para
Bibliotecas Escolares (2002).

3. A BE tem em consideração os objetivos e metas do projeto educativo de escola, desenvolvendo políticas,


implementando serviços, realizando atividades e selecionando, adquirindo e disponibilizando os recursos
necessários e adequados à sua concretização.

Artigo 92.º
Missão da Biblioteca Escolar

1. Como núcleo de organização pedagógica da escola, a BE constitui-se como um instrumento essencial do


desenvolvimento do currículo escolar, estando, igualmente, vocacionada para atividades culturais e para a
informação.

2. Os serviços e recursos disponibilizados bem como as atividades realizadas visam contribuir para que todos os
elementos da comunidade escolar se tornem cidadãos críticos, autónomos, responsáveis e atuantes e
utilizadores efetivos da informação em todos os suportes e meios de comunicação, capazes de investir na sua
formação ao longo da vida.
3. A BE assume um importante papel no desenvolvimento das literacias e na mobilização de competências,
nomeadamente as de informação, de leitura, de escrita e de comunicação.

4. A BE assume-se ainda como uma estrutura facilitadora da integração e socialização, dando também resposta a
necessidades lúdicas, recreativas e de ocupação de tempos livres dos alunos.

Artigo 93.º
Objetivos da Biblioteca Escolar

1. Apoiar e promover os objetivos educativos definidos no Projeto Educativo de Escola.


2. Trabalhar em conjunto com os órgãos de gestão, departamentos, outras estruturas educativas, alunos,
professores e pais/encarregados de educação de modo a cumprir a sua missão.

3. Dotar a escola de um fundo documental adequado às necessidades das diferentes áreas curriculares disciplinares
e não disciplinares, serviços de apoio educativo e projetos de trabalho.

4. Disponibilizar meios para os professores planificarem as suas atividades de ensino e diversificarem as suas
situações de aprendizagem.

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5. Desenvolver e apoiar projetos que proporcionem oportunidades ou experiências de participação de agentes
educativos em atividades na área da cultura, do audiovisual, do multimédia e das novas tecnologias, potenciando
e rentabilizando os recursos e os equipamentos existentes.

6. Dinamizar atividades de forma integrada com as diversas estruturas da Escola, de modo a dar cumprimento ao
seu plano de atividades.

7. Facilitar o acesso dos utilizadores à consulta e leitura de livros, jornais e revistas e outro tipo de documentação,
procurando, assim, dar resposta às suas necessidades de informação e lazer.

8. Promover a leitura, os recursos e serviços da BE junto da comunidade escolar e fora dela.


9. Desenvolver os índices de leitura nos alunos, associando a leitura, os livros e a frequência de bibliotecas a
atividades de aprendizagem/ formação, de animação cultural e de ocupação dos tempos livres.

10.Desenvolver nos alunos competências de informação e hábitos de trabalho.


11.Desenvolver competências para que os alunos sejam capazes de realizar aprendizagens ao longo da vida, de
responder aos novos desafios da sociedade de informação e se formarem como verdadeiros cidadãos.

12.Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a construção do


conhecimento e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade.

13.Desenvolver nos alunos competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação.


14.Promover atividades de cooperação com outras escolas, bibliotecas, Centro de Formação Ordem de Santiago,
e/ou organismos culturais, nomeadamente com o Serviço de Apoio a Bibliotecas Escolares (SABE) da Câmara
Municipal de Setúbal.

15.Formar futuros utilizadores das bibliotecas públicas.


16.Providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais e às oportunidades que confrontem os
alunos com ideias, experiências e opiniões diversificadas.

17.Apoiar e organizar atividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para questões de ordem cultural,
ambiental e social.

18.Desenvolver o respeito pelo uso da propriedade comum incutindo o espírito de responsabilidade, cooperação e
partilha.

19.Defender e incutir a ideia de que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais para a construção
de uma cidadania efetiva e responsável, e para a participação na democracia.

Artigo 94.º
Professor Bibliotecário

1. O professor bibliotecário designado pelo(a) diretor(a) em conformidade com a legislação, para um mandato de
quatro anos, de acordo com os procedimentos previstos na Portaria n.º 192-A/2015 de 29 de junho, tem um
papel fundamental na escola ao articular a sua ação com os departamentos e outras estruturas educativas.

2. As suas funções encontram-se definidas no regimento interno da biblioteca.


3. O professor bibliotecário tem assento no conselho pedagógico.

Artigo 95.º
Equipa da Biblioteca

1. A nomeação dos docentes que integram a equipa é feita pelo(a) diretor(a) da escola.

2. As condições de nomeação e conteúdo funcional dos elementos da equipa são definidos no regimento interno da
biblioteca.

Artigo 96.º
Funcionários

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1. O apoio ao funcionamento da BE é garantido, em regra, por dois assistentes operacionais que,
independentemente de outras funções que possa desempenhar, asseguram o horário de funcionamento.

2. A afetação dos assistentes operacionais é da competência do(a) diretor(a), ouvido o professor bibliotecário,
encontrando-se as suas competências definidas no regimento interno da biblioteca.

Artigo 97.º
Colaboradores

Para além dos professores que constituem a equipa, pode haver outros professores, bem como alunos monitores,
que colaborem em áreas específicas da BE. As suas funções são definidas pelo regimento interno da BE, devendo
garantir os serviços da biblioteca, tanto quanto possível, bem como a manutenção dos equipamentos informáticos
em articulação com a equipa TIC.

Artigo 98.º
Recursos Documentais

1. A política documental da biblioteca incluindo a gestão das coleções e plano de ação da biblioteca é da
responsabilidade do professor bibliotecário.

2. A gestão dos recursos documentais da escola e avaliação das prioridades da biblioteca surge articulada com a
coordenação da Rede de bibliotecas.

SECÇÃO V
SERVIÇOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS
SUBSECÇÃO 1. Serviços Especializados de Apoio Educativo

Artigo 99.º
Serviços Especializados de Apoio Educativo

Estes serviços são compostos pelos docentes da educação especial e pelos serviços de psicologia e orientação e
visam assegurar, de modo articulado e flexível, os apoios indispensáveis ao desenvolvimento de uma escola de
qualidade para todos.

Artigo 100.º
Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA)

1. Compete aos docentes do grupo de recrutamento de Educação Especial:

a. Colaborar com os órgãos de gestão e coordenação pedagógica da escola na deteção de necessidades


educativas especiais e na organização e incremento dos apoios educativos adequados;

b. Contribuir ativamente para a diversificação de estratégias, métodos e equipamentos educativos específicos,


de forma a promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos jovens com necessidades educativas;

c. Colaborar com os órgãos de gestão da escola e com os professores na gestão flexível dos currículos e na sua
adequação às capacidades e aos interesses dos alunos, bem como às realidades locais;

d. Colaborar na construção dos Programas Educativos Individuais (PEI), assim como na avaliação da sua
implementação, de acordo com o fixado na legislação em vigor;

e. Colaborar no desenvolvimento das medidas multinível previstas na legislação dos alunos com necessidades
educativas;

f. Elaborar, no final de cada ano letivo, o relatório circunstanciado de cada um dos alunos acompanhados;

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g. Apoiar os alunos com necessidades educativas e os respetivos professores, no âmbito da sua área de
especialidade, nos termos que forem definidos no PEI;

h. Fomentar a articulação entre os serviços da educação, da saúde, do trabalho e solidariedade social e das
autarquias, de forma a suscitar a melhoria dos apoios prestados às escolas/alunos;

i. Colaborar com os encarregados de educação e estimular uma comunicação contínua e eficaz com estes;

j. Colaborar com a equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva;

k. Elaborar o seu plano de ação;

l. Participar nos conselhos de turma dos alunos em acompanhamento pela equipa;

m. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da escola, docentes e discentes, as medidas de apoio
implementadas com vista ao sucesso escolar de todos os alunos.

Artigo 101.º
Funcionamento

1. O(A) professor(a) de educação especial deve articular a sua atividade com:


a. Direção;
b. Docentes de turmas com alunos com necessidades educativas;
c. Diretores de Turma;
d. Psicólogo(a);
e. Assistentes Operacionais;
f. Alunos;
g. Encarregados de Educação.

2. Propor o encaminhamento de alunos para apoios específicos:

a. Determinados por serviços especializados de apoio educativo das escolas de proveniência;

b. Propostos por conselhos de turma, diretores de turma;

c. Por iniciativa própria do aluno ou do encarregado de educação;

d. Por entidades externas, nomeadamente, Saúde Escolar, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ),
Tribunal de Menores, Segurança Social, hospital e consultórios privados;

e. O acompanhamento dos alunos por professores do grupo de Educação Especial implica o parecer prévio da
EMAEI que diligencia as medidas de suporte à aprendizagem nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º
54/2018, de 6 de julho.

SUBSECÇÃO 2. Serviços de Psicologia e Orientação


Artigo 102.º
Serviços de Psicologia e Orientação

Os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) são unidades especializadas de apoio educativo e têm como finalidade
o acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio ao
desenvolvimento do sistema de relações interpessoais, no interior da escola e entre esta e a comunidade.

Artigo 103.º
Composição e Funcionamento

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1. Os SPO integram, nesta escola, uma psicóloga, em funções a tempo inteiro. Pertence ao quadro de vinculação
dos psicólogos, regendo-se pelos princípios da carreira técnica;

2. Os SPO desenvolvem a sua atividade de acordo com um plano anual de atividades/plano de ação que se integra
no Projeto Educativo de Escola, funcionando articuladamente com os restantes elementos dos Serviços
Especializados de Apoio Educativo.

Artigo 104.º
Competências

1. Os SPO realizam atividades decorrentes das suas competências previstas na legislação;

2. Os SPO desenvolvem a sua ação nos domínios do apoio psicopedagógico a alunos e do apoio ao desenvolvimento
do sistema de relações interpessoais no interior da comunidade escolar, contribuindo para o desenvolvimento
integral dos alunos e para a construção da sua identidade pessoal;

3. No 3º Ciclo e no ensino secundário, os SPO exercem ainda a sua atividade no domínio da orientação escolar e
profissional;

Artigo 105.º
Articulações

1. Os SPO desenvolvem as suas funções de forma integrada, articulando-se, na sua área de especialidade, com:
a. Direção executiva da escola;
b. Educação especial, Apoio Social Escolar (ASE) e Saúde Escolar;
c. Professores, encarregados de educação e restante comunidade educativa;
d. Serviços especializados externos à escola, nomeadamente, Saúde Escolar, Comissão de Proteção de Crianças
e Jovens (CPCJ), Tribunal de Menores, Segurança Social, hospital e consultórios privados;

e. Coordenador do projeto de Educação para a Saúde e Educação Sexual;


f. Coordenador do projeto Sucesso e Prevenção Disciplinar (SPD);
g. Outras instituições/projetos com os quais a escola tenha protocolos.

Artigo 106.º
Direitos dos elementos dos SPO

1. Possuir autonomia técnica e deontologia profissional.

2. Integrar equipas com técnicos em número suficiente para assegurar um trabalho com qualidade.

3. Instalações e condições de trabalho dignas e adequadas à especificidade das tarefas a desempenhar.

4. Apoio logístico e administrativo em conformidade com a exigência das tarefas.

5. Receber formação contínua sobre novas teorias, técnicas de intervenção, procedimentos de diagnóstico e
aplicações informáticas.

6. Reunir com elementos de outras equipas para enriquecimento pessoal e troca de experiências de trabalho.

7. Ser membro efetivo de Associações Profissionais e da Ordem dos Psicólogos.

8. Convocar alunos, pais/encarregados de educação, ou outros elementos da comunidade educativa, sempre que
considerar pertinente.

9. Ser subsidiados sempre que efetuarem deslocações de serviço de acordo com a legislação em vigor.

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10.Participar no conselho pedagógico de acordo com as regras do regulamento interno e legislação em vigor,
rotativamente com o docente de educação especial.

11.Participar nos conselhos de turma em que tiver alunos em acompanhamento e sempre que se justifique.

12.Participar em atividades promovidas pelos vários órgãos da escola.

Artigo 107.º
Deveres dos elementos dos SPO

1. Participar em ações de formação, de forma a manter um processo de aprendizagem contínua em áreas de


conhecimento e técnicas requeridas a uma competente orientação educativa e profissional.

2. Elaborar um plano anual de atividades/plano de ação e apresentá-lo à direção para aprovação.

3. Elaborar anualmente um relatório final de atividades e apresentá-lo à direção.

4. Ter responsabilidades éticas para com os utentes, respeitando nomeadamente os princípios de confidencialidade
e privacidade, de acordo com o código deontológico da Ordem dos Psicólogos.

5. Respeitar o direito dos alunos pela tomada das suas próprias decisões.

6. Ter atitudes de disponibilidade para atendimento individual de alunos, pais/encarregados de educação,


professores e restantes elementos da comunidade educativa.

7. Afixar no gabinete e na sala de professores, um horário de atendimento para toda a comunidade educativa.

8. Colaborar nas diversas atividades da comunidade educativa, sem prejuízo das atividades que lhe são inerentes.

9. Colaborar com a direção no sentido de proceder à definição e aplicação de estratégias psicopedagógicas, tendo
em vista o sucesso educativo dos alunos.

10.Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da escola, docentes e discentes, as ações previstas no
plano de ação estratégica da escola de promoção do sucesso escolar.

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CAPÍTULO V

PESSOAL DOCENTE

Artigo 108.º
Pessoal Docente

O pessoal docente inclui os professores, enquanto responsáveis pela condução do processo de ensino aprendizagem
e promoção de medidas de caráter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação das
crianças e dos jovens, quer nas atividades das aulas, quer nas demais atividades da escola.

Artigo 109.º
Direitos do Pessoal Docente

1. Os direitos do pessoal docente estão estabelecidos no Decreto-Lei 75/2010,de 23 de junho, com as alterações
introduzidas pelo Decreto-Lei 41/2012, de 21 de fevereiro (ECD).

2. Sem prejuízo do referido no ponto 1, os professores têm ainda os seguintes direitos:

a. Conhecer o Regulamento Interno;

b. Ser bem acolhido na escola, de modo a que a sua integração seja facilitada;

c. Ser informado das orientações pedagógicas que vão sendo propostas e atualizadas;

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d. Ser apoiado a nível pedagógico pela direção, conselho pedagógico, coordenador do departamento e pelo
departamento curricular;

e. Ser informado sobre toda a legislação ou determinação superior relativas à sua atividade profissional;

f. Tomar conhecimento das convocatórias para as reuniões, da duração prevista das mesmas e com a
antecedência prevista na lei:
 48 horas para as reuniões ordinárias e/ou extraordinárias de conselho pedagógico e para as reuniões de
departamento curricular, bem como para as restantes;
 24 horas para as reuniões extraordinárias de departamento curricular;

g. Exercer a sua atividade sindical, de acordo com as disposições legais;

h. Ter atendimento prioritário nos serviços administrativos;

i. Ultrapassado o período de tolerância, o professor pode dar aula se assim o entender;


j. Permutar uma aula em caso de previsível falta nos cursos do ensino regular, através de troca de aulas com
professores do mesmo conselho de turma ou do mesmo grupo de recrutamento.

k. Repor uma aula na sequência de uma falta nos cursos profissionais, até ao prazo máximo de 5 dias úteis em
horário disponível da turma, sendo-lhe retirada a falta, após a entrega na secretaria de um justificativo com
o respetivo impresso da reposição de aula. Caso não possa repor a aula nesse prazo terá falta e compensará
mais tarde.

l. Estar em segurança na atividade profissional;


m. Na medida das disponibilidades da escola, ter acesso a formação formal ou informal, bem como a materiais
ou equipamentos para o desempenho da sua função;

n. Ser dignificado pela sua pessoa e função;

o. Após o toque de entrada, deslocar-se o mais rápido possível para a sala de aula, sendo dada uma tolerância
de 10 minutos no primeiro tempo de cada turno.

Artigo 110.º
Deveres do Pessoal Docente

O Pessoal Docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos no Estatuto da Carreira Docente (ECD)
e ainda ao cumprimento dos deveres que se seguem:

1. Conhecer e cumprir o Regulamento Interno e outras informações emanadas da direção;


2. Conhecer, articular e implementar com todos os órgãos da escola, serviços especializados e discentes, as ações
previstas no plano de ação estratégico da escola de promoção do sucesso escolar;

3. Fomentar um bom ambiente de trabalho, facilitando a integração de novos elementos;


4. Estabelecer boas relações com os colegas, os alunos, pessoal não docente, pais/encarregados de educação;
5. Exercer a sua ação de professor nos âmbitos pedagógico, científico e didático, adotando medidas que visem
contribuir para as aprendizagens de todos os alunos;

6. Contribuir na elaboração do plano de trabalho da turma, tendo em conta o PEE e o PAPA;


7. Implementar rotinas de avaliação sobre as suas práticas, com vista à consolidação ou reajustamento de
estratégias que conduzam à melhoria das aprendizagens, tendo em conta, indicadores de desempenho, taxas
de retenção e de abandono;

8. Ser assíduo e pontual;


9. Após o toque de entrada, dirigir-se para a respetiva sala de aula ou outros locais onde possam decorrer
determinadas atividades escolares ou quaisquer atividades curriculares;

10.Cumprir o tempo regulamentar de cada aula;

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11.Não dar por terminada uma aula antes do horário previsto, nem conceder dispensa aos alunos ou permitir que
estes saiam mais cedo, a não ser por motivo devidamente justificado;

12.Permitir a entrada dos alunos na sala de aula quando chegarem atrasados, mesmo que já lhes tenha sido marcada
a respetiva falta;

13.Marcar falta de material e/ou de atraso aos alunos;


14.Dar ordem de saída ao aluno, cuja presença esteja a perturbar o funcionamento da aula, com a indicação para
se dirigir ao gabinete de intervenção disciplinar (GID), de acordo com as linhas de orientação do projeto SPD;

15.Respeitar o intervalo dos alunos;


16.Certificar-se, ao sair da sala de aula, de que tudo ficou em ordem;
17.Advertir qualquer elemento da comunidade escolar que impeça ou perturbe o funcionamento da escola;
18.Repreender os alunos dentro ou fora da sala de aula;

19.Corrigir e entregar atempadamente testes e outros trabalhos realizados pelos alunos;


20.Corresponsabilizar-se pela preservação e uso adequado de equipamentos e instalações e propor medidas de
melhoramento dos mesmos;

21.Participar ao(à) diretor(a) qualquer estrago que, porventura, verifique no material ou nas instalações;
22.Facultar aos alunos os critérios de avaliação e os planos curriculares inerentes a cada disciplina;

23.Fornecer informação regular aos alunos e ao diretor(a) de turma sobre o desenvolvimento das aprendizagens
dos discentes;

24.Colaborar com os diretores de turma e com os restantes órgãos de escola;


25.Respeitar a natureza confidencial da informação relativamente aos alunos e respetiva família;
26.Participar, ativa e construtivamente, nas reuniões;
27.Cumprir com eficácia, eficiência e zelo os cargos que lhe sejam atribuídos por lei ou pelo(a) diretor(a), dentro
dos normativos legais;

28.Consultar diariamente o correio eletrónico institucional, página da escola e placares da sala dos professores, a
fim de tomar conhecimento de convocatórias, circulares, avisos, legislação ou outros assuntos de interesse;

29.Frequentar ações de formação contínua, de acordo com a legislação, tendo por objetivo o desenvolvimento
profissional;

30.Apresentar-se condignamente vestido.

Artigo 111.º
Plenário

1. O plenário de professores é constituído por todos os professores em exercício de funções na escola.

2. No início de cada ano letivo, realizar-se-á, por iniciativa do(a) diretor(a), uma reunião de todo o corpo docente,
de modo a permitir uma rápida integração dos novos elementos na vida escolar.

3. No decorrer do ano letivo, realizar-se-ão plenários de professores sempre que o(a) diretor(a) entenda ser
necessário ou que seja solicitado pelo conselho pedagógico ou por professores, como adiante se define.

4. O plenário de professores será convocado pelo(a) diretor(a), por sua iniciativa, por proposta do conselho
pedagógico ou de pelo menos 2/3 dos professores em exercício de funções na escola, não devendo a sua
realização prejudicar o normal funcionamento das aulas.

5. As reuniões convocadas pela direção serão dirigidas por um elemento desse órgão.

6. As restantes reuniões terão uma fase inicial que será dirigida por um membro da direção e terá como objeto a
constituição da mesa.

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7. A mesa, eleita pela assembleia de entre propostas apresentadas pelos seus membros, é constituída por três
pessoas, sendo o presidente a primeira pessoa da proposta mais votada, e as outras duas, os secretários, que
distribuirão entre si as funções que irão exercer.

8. A mesa pode ser destituída em qualquer momento, através de uma moção apresentada nesse sentido por
qualquer membro da assembleia.

Artigo 112.º
Horários dos Professores

1. Os horários dos professores serão elaborados por elementos designados pelo(a) diretor(a), de acordo com o
documento orientador aprovado pelo conselho pedagógico e conselho geral.

2. O trabalho realizado pela equipa de horários é confidencial, tendo a ele acesso apenas o(a) diretor(a) e a equipa
designada.

3. Após a distribuição dos horários, o professor poderá, na reunião de departamento/grupo de recrutamento,


através do coordenador propor alterações devidamente fundamentadas.

4. Os professores só poderão trocar entre si horários, total ou parcialmente, quando de comum acordo e depois de
autorizado pelo(a) diretor(a).

5. Os professores poderão assumir pontualmente horário(s) de docentes do seu grupo de recrutamento nas
condições previstas no artigo 82º do ECD.

6. Os horários só podem sofrer alterações se estas não puserem em causa os horários dos alunos.

Artigo 113.º
Plena Ocupação dos Tempos Escolares dos Alunos (POA)

1. Os professores, designados pela direção, serão informados pelo funcionário, que lhes indicará a sala ou espaço
para onde devem dirigir-se.

2. O professor deverá cumprir na sala de aula o plano de aula que foi definido caso o plano de ocupação assim o
solicite.

3. Nas situações de ausência imprevista de professores, poderá desenvolver-se com os alunos atividades de
natureza lúdica, desportiva, cultural ou científica.

4. Se não for chamado para POA, o professor deverá dirigir-se para a sala do GID.

Artigo 114.º
Visitas de Estudo

1. Uma visita de estudo é uma atividade curricular decorrente dos Planos Anual e Plurianual de Atividades e Projeto
Educativo de escola, intencionalmente planeada, funcionando como uma estratégia quer de
ensino/aprendizagem, quer de complemento e enriquecimento da ação educativa, a desenvolver fora do recinto
escolar ou da sala de aula.

2. Uma visita de estudo deve servir objetivos para desenvolver e complementar conteúdos de todas as áreas
curriculares disciplinares e não disciplinares.

3. Com o dever de frequência e assiduidade que lhes assiste, os alunos devem participar nas visitas de estudo.
4. A não participação deve ser devidamente justificada ao diretor de turma.
5. Não há enquadramento para visitas de estudo no âmbito de atividades extracurriculares.
6. As visitas de estudo têm um regimento próprio.

Artigo 115.º
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Funcionamento e Autorização da Visita de Estudo

1. A proposta de visita de estudo/intercâmbio escolar, carece de autorização por parte do(a) diretor(a) e do
Conselho pedagógico, devendo a proposta ser apresentada com a antecedência mínima de 30 dias a contar da
data prevista para o início da visita. Em território nacional está coberta pelo seguro escolar. No caso de estas
atividades se realizarem em território estrangeiro, é necessário apresentar o comprovativo do seguro de viagem
em conformidade com o artigo 34.º do Regulamento do Seguro Escolar, da Portaria n.º 413/99, de 8 de junho.

2. A proposta de outras atividades formativas como passeios escolares, realizadas quer em Portugal quer no
estrangeiro, da iniciativa da comunidade educativa - associação de pais e encarregados de educação e outros
agentes educativos – estão cobertas pelo seguro escolar em território nacional. Na situação de saídas ao
estrangeiro, deverá ser feito o seguro de grupo.

3. As atividades que ocorrem no período letivo da disciplina, mesmo que se desenvolvam fora do recinto escolar,
carecem de autorização do(a) diretor(a) e dos encarregados de educação.

4. A organização de deslocações ao estrangeiro segue os princípios pedagógicos e organizativos das visitas de estudo
e das normas constantes do Despacho n.º 28/ME/91.

Artigo 116.º
Avaliação do Desempenho dos Docentes

1. A avaliação do desempenho docente aplica-se aos docentes integrados na carreira, aos docentes em período
probatório e aos docentes em regime de contrato de trabalho a termo resolutivo, nos termos legalmente
estabelecidos.

2. O processo de avaliação do desempenho dos docentes envolve: por parte do docente, a elaboração do projeto
docente e do relatório de autoavaliação; a avaliação por um avaliador interno e, quando aplicável, por um
avaliador externo, incidindo em três dimensões – i) científica e pedagógica; ii) participação na escola e relação
com a comunidade e iii) formação contínua e desenvolvimento profissional.

3. A secção de avaliação do desempenho docente do conselho pedagógico atribui a classificação final, após analisar
e harmonizar as propostas dos avaliadores, garantindo a aplicação de percentagens de diferenciação dos
desempenhos dos docentes do mesmo universo.

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CAPÍTULO VI

PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 117.º
Pessoal não Docente

O pessoal não docente inclui os assistentes técnicos, os técnicos dos serviços especializados de apoio educativo e
os assistentes operacionais. Auxiliam a ação educativa, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo,
em articulação com os docentes e os pais e encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas
comportamentais e de aprendizagem dos alunos.

Artigo 118.º
Direitos do Pessoal Não Docente
O pessoal não docente tem o direito a:

1. Ser ouvido pelos órgãos de administração e gestão da escola;


2. Ser eleito e eleger os seus representantes no conselho geral, conselho pedagógico ou para outras funções sujeitas
a eleição;

3. Cumprir as funções específicas da sua função;


4. Conhecer o regulamento interno;

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5. Ser tratado com respeito;
6. Pedir identificação a qualquer aluno que lhe falte ao respeito, comunicando o caso ao diretor de turma ou ao
diretor, mediante preenchimento de impresso próprio;

7. Exercer as suas atividades sindicais segundo as disposições legais;


8. Reunir, de acordo com a lei, para discutir assuntos de serviço;
9. Ter direito à segurança;
10.Ter direito à formação;
11.Eleger os seus representantes no conselho geral e conselho pedagógico;

12.Participar na definição e elaboração das normas de trabalho e das regras de convívio a pôr em prática no seio
da escola;

13.Apresentar problemas próprios ou de outrem, oralmente ou por escrito, às entidades competentes, no âmbito
estritamente escolar.

Artigo 119.º
Deveres do Pessoal Não Docente

São os seguintes os deveres do pessoal não docente:

1. Dignificar e respeitar a sua pessoa e função;


2. Cumprir o regulamento interno e o regimento do serviço onde exerce funções;
3. Exercer com competência, zelo e assiduidade o cargo que lhe foi confiado;
4. Estabelecer boas relações com os colegas, alunos, professores e pais/encarregados de educação;
5. Ser assíduo e pontual;
6. Trazer sempre a sua identificação em local visível;
7. Não abandonar o local de trabalho sem a devida autorização;
8. Dar a conhecer ao diretor danos detetados em material da escola e nas suas instalações;
9. Controlar a entrada e saída de pessoas estranhas à escola, comunicando à entidade responsável qualquer atitude
porventura suspeita tida pelas mesmas, quer dentro, quer nas imediações da escola;

10.Satisfazer, dentro das suas possibilidades funcionais, qualquer pedido e/ou ordem que lhes sejam feitos em prol
do bom funcionamento da escola;

11.Atender, pronta e eficazmente, qualquer pessoa que, devidamente, solicite os seus serviços específicos;
12.Prestar as informações solicitadas, de forma completa, clara e delicada;
13.Usar o respetivo uniforme e identificação no exercício das suas funções, no caso do pessoal não docente
operacional;

14.Não interromper as aulas sem o prévio consentimento dos professores;


15.Colaborar no acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa, incentivando o respeito pelas
regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os docentes,
os pais e encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas comportamentais e de aprendizagem;

16.Participar ao diretor de turma ou à direção, para efeitos de procedimento disciplinar, o comportamento de


qualquer aluno quando considere que o mesmo é passível de ser qualificado como grave ou muito grave.

17.Marcar a sua presença diária ao entrar na escola;


18.Na distribuição de funções e horários, a ser ouvido o responsável pelos assistentes operacionais;
19.Cumprir na escola o horário de 35 horas semanais;
20.Não sair da escola, exceto em serviço oficial, durante o seu período de trabalho;

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21.Não se afastar do local de serviço que lhe foi adstrito, a não ser por motivo imposto pelo mesmo serviço, pelo
chefe, ou por ordem expressa do diretor;

22.Durante os intervalos, não abandonar os serviços que lhes foram previamente determinados;
23.Garantir o exato funcionamento dos toques de entrada e de saída quando o sistema automático não funcionar;
24. As disposições relativas à obrigatoriedade de permanência dos assistentes na escola, ou nos serviços a que se
encontram adstritos, podem não ser observadas em situações de absoluta necessidade, com o consentimento
expresso do diretor e desde que não sejam prejudicadas as atividades escolares e extraescolares;

25. Manter correção no trato com os alunos, professores e restante pessoal;


26. Manter entre si harmonia e espírito de colaboração;
27.A manutenção da ordem e da disciplina no espaço escolar pertence ao pessoal auxiliar e a qualquer outro
elemento eventualmente designado para essa tarefa, especialmente nas zonas que lhe forem confiadas;

28.Compete ao assistente operacional, para o efeito designado, vigiar os alunos que não estejam ocupados nos
trabalhos escolares, de modo a que os colegas em aulas não sejam perturbados;

29.Zelar pelo bom comportamento dos alunos durante os intervalos, não permitindo a sua permanência nos pisos e
proibindo-os do exercício de atividades que ponham em risco a integridade física ou psicológica de alguém;

30.Nenhuma pessoa estranha à escola pode circular junto dos blocos, devendo o assistente operacional, sempre
que tal se verifique, identificá-la e providenciar no sentido de saber por que motivo ali se encontra e, se
necessário, levá-la a abandonar o recinto escolar;

31.Desempenhar o serviço exterior que superiormente lhe for distribuído;


32.Não receber os encarregados de educação ou familiares dos alunos, nem prestar-lhes quaisquer informações
sobre o aproveitamento dos educandos, devendo conduzi-los aos respetivos diretores de turma;

33.Durante as interrupções letivas, poderá ser acordado, com as coordenadoras dos assistentes operacionais, um
horário que permita a rotatividade entre os auxiliares, garantindo os serviços mínimos do estabelecimento. O
horário terá de ser aprovado pelo diretor;

34.Cumprir os deveres específicos de cada categoria profissional, conforme as determinações legais;


35.Cumprir as atividades incluídas no PEE e PAA que se adaptem às suas funções;
36.Elaborar os seus regimentos internos;
37.Prestar auxílio aos alunos sinistrados de acordo com o regulamento ASE no que se refere a acidentes;
38.Atuar de acordo com o seu regimento específico.
Artigo 120.º
Plenário

1. O plenário do pessoal não docente é constituído por todos os elementos dos vários grupos funcionais que o
compõem, podendo reunir em conjunto ou por unidade.

2. No início do ano letivo, realizar-se-á um plenário por setores, para distribuição do serviço. Pertence ao chefe
de cada setor a apresentação ao diretor da proposta de distribuição de serviço, para análise e decisão.

3. No decorrer do ano letivo, realizar-se-ão plenários sempre que seja necessário apreciar assuntos respeitantes
ao setor, desde que não prejudiquem o normal funcionamento da escola.

4. Os plenários são convocados pelo diretor, por sua iniciativa, por solicitação dos chefes do setor ou de pelo menos
2/3 do pessoal não docente.

Artigo 121.º
Chefe dos Serviços de Administração Escolar

1. Ao chefe de serviços de administração escolar compete genericamente dirigir os serviços administrativos da


escola, tanto na área de alunos como de pessoal, contabilidade, expediente geral e ação social escolar.

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2. Todos os trabalhadores afetos aos serviços administrativos dependem hierarquicamente do chefe dos serviços de
administração escolar.

Artigo 122.º
Competências dos Assistentes Técnicos

1. Ao assistente técnico compete desenvolver as atividades relacionadas com o expediente, arquivo, procedimentos
administrativos, contabilidade e pessoal tendo em vista assegurar o eficaz funcionamento do agrupamento de
escolas.

2. O Assistente Técnico tem ainda as seguintes competências:

a. Assegurar a transmissão da comunicação entre os vários órgãos e entre estes e os particulares, incluindo
docentes, não docentes, discentes e respetivos Encarregados de Educação, através do registo, redação,
classificação e arquivo do expediente e outras formas de comunicação;
b. Tratar informações, recolhendo e efetuando apuramentos estatísticos elementares e elaborando mapas,
quadros ou utilizando qualquer outra forma de transmissão eficaz dos dados existentes;
c. Recolher, examinar e conferir elementos constantes dos processos, anotando faltas e anomalias
providenciando pela sua correção e andamento, através de ofícios, informações ou notas, em conformidade
com a legislação vigente;
d. Organizar os processos relativos à situação do pessoal docente, não docente e discente, à ação social escolar
e à aquisição e ou manutenção de material, equipamentos, instalações ou serviços;
e. Atender o pessoal docente, não docente e discente, bem como os Encarregados de Educação ou outros e
prestar-lhes os adequados esclarecimentos.

Artigo 123.º
Atribuições do Encarregado da Coordenação dos Assistentes Operacionais

1. Atribuições do coordenador dos assistentes operacionais:

a. Servir de elemento de ligação entre o seu setor e a direção, no que respeita, entre outras, às necessidades
impostas pelos serviços;

b. Orientar, coordenar e supervisionar as tarefas dos assistentes operacionais, apresentando propostas à direção;

c. Colaborar com o órgão de gestão na distribuição de serviço do pessoal;


d. Controlar a assiduidade do pessoal a seu cargo;
e. Atender e apreciar reclamações ou sugestões sobre o serviço prestado, apresentando soluções;
f. Comunicar infrações disciplinares do pessoal a seu cargo;
g. Requisitar material e atender requisições do pessoal auxiliar sobre material de limpeza, de primeiros socorros
e de uso corrente nas aulas;

h. Afixar e divulgar convocatórias, avisos e ordens de serviço;


i. Organizar e guardar o chaveiro geral;
j. Distribuir os cacifos, recolher a caução e receber as chaves no final do ano;
k. Cooperar com o órgão de gestão, dentro das atribuições que lhe estão incumbidas, em tudo o que por este
lhe seja solicitado;

l. Marcar as faltas segundo o regime legal em vigor, devendo, no entanto, o responsável do pessoal, diariamente,
fornecer à secretaria a relação do pessoal a faltar.

Artigo 124.º
Competências dos Assistentes Operacionais

1. Compete aos assistentes operacionais cuidar do asseio, conservação e eficaz disposição de todos os artigos de
mobiliário, instrumentos, coleções e modelos que estiverem a seu cargo, cumprindo-lhes participar ao diretor
qualquer deterioração ou extravio, logo que o detetem.

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2. Ao verificar irregularidades ou estragos cometidos por qualquer aluno, deve o assistente operacional participar
o facto ao diretor de turma a que o aluno pertence.

3. Os assistentes operacionais encarregues dos serviços de biblioteca, audiovisuais, reprografia, papelaria,


gabinetes, bar e serviços de limpeza são responsáveis pela conservação, arrumação e guarda do respetivo
material.

4. Os assistentes operacionais são responsáveis pela limpeza da secretaria e da sala da direção, enquanto existir
empresa de limpeza, e por todo o edifício escolar na ausência desta.

5. É da competência dos assistentes operacionais colaborar no arranjo e limpeza do espaço físico interior e exterior
dos pavilhões, sendo particularmente responsáveis pela zona que lhes for confiada.
6. Os assistentes operacionais deverão manter em boas condições de higiene e de utilização as instalações
sanitárias.
7. Compete aos assistentes operacionais preparar todos os utensílios necessários ao bom funcionamento das aulas,
executando os pedidos que, para o efeito, lhes forem feitos pelos professores.

8. Durante o tempo que medeia a sua entrada ao serviço e o início dos trabalhos escolares, os assistentes
operacionais cuidarão de passar revista às salas de aula, de modo a verificar se tudo se encontra em ordem:
quadros limpos, apagadores sacudidos e, entre outros cuidados, verificar se há giz nas prateleiras dos quadros,
provendo à correção de todas as falhas que encontrem.

9. Por todas as deficiências que se verificarem no serviço, responderá sempre a coordenadora dos assistentes
operacionais, sem prejuízo da responsabilidade do assistente operacional que por ele haja sido designado para
o efeito, caso se prove negligência.

Artigo 125.º
Avaliação do Pessoal Não Docente

1. A avaliação do desempenho do pessoal não docente realiza-se de acordo com a legislação em vigor. A avaliação
do desempenho do pessoal não docente (SIADAP 3) realiza-se por ciclo avaliativo bienal.

2. Por força das alterações introduzidas pelo artigo 49.º da Lei n.º 66-B/2012 (Orçamento do Estado para 2013) à
alínea d) do artigo 4.º da Lei n.º 66-B/2007, os trabalhadores que chefiam os serviços administrativos passam a
ser avaliados nos termos do SIADAP 3, a partir do ano de 2013.

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CAPÍTULO VII

PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 126.º
Direitos dos Pais e Encarregados de Educação

Em conformidade com a Lei 51/2012, de 5 de setembro são direitos dos pais e encarregados de educação:

1. Ser informado atempadamente, pelo diretor de turma, da situação escolar do seu educando e participar no
processo educativo, nomeadamente:

a. Do horário de atendimento do diretor de turma, bem como dos objetivos de ensino, conteúdos programáticos
e critérios de avaliação;

b. Do desenvolvimento das aprendizagens do seu educando;


c. Receber através da entrega presencial, a ficha de avaliação referente à avaliação sumativa de cada período
escolar;

d. Das faltas do seu educando e justificação ou não das mesmas (nos termos da legislação em vigor).
2. Contactar e ser recebido pelo diretor de turma no horário para isso destinado.
3. Recorrer das decisões do conselho de turma, nos termos da legislação em vigor.
4. Apresentar reclamações dirigidas ao(à) diretor(a).

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5. Ter acesso à secretaria, ao gabinete dos diretores de turma e ao gabinete do(a) diretor(a), nos horários de
atendimento com a devida marcação.

6. Participar ativamente no associativismo de pais e encarregados de educação.


7. Participar nas atividades da escola em geral e do seu educando em particular.
8. Ser eleito como representante dos encarregados de educação para o conselho de turma, estando essa função
vedada a alunos maiores de 18 anos, que sejam os próprios encarregados de educação.

9. Contactar previamente, enquanto representantes dos encarregados de educação, todos os encarregados de


educação da turma, a fim de recolher informação relevante e representativa a transmitir ao conselho de turma
através do diretor de turma.

10.Participar na vida da escola, nos termos deste regulamento interno e demais legislação aplicável.
11.Apresentar aos órgãos competentes da escola, quer individualmente quer através da sua associação
representativa, qualquer assunto que se encontre ligado com o funcionamento da escola e que implique o seu
educando.

12.Ser informado de qualquer situação relevante no processo educativo do seu educando.


13.Ser representado pela associação de pais ou, na sua falta, pelos representantes dos pais e encarregados de
educação de turma, nos órgãos de gestão e administração da escola.

Artigo 127.º
Deveres dos Pais e Encarregados de Educação

1. Respeitar os vários elementos da comunidade educativa.

2. Conhecer e subscrever o regulamento interno, fazendo subscrever igualmente aos seus filhos e educandos a
declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral.

3. Acompanhar a vida escolar do seu educando.

4. Entregar, junto dos serviços administrativos, atestado médico, caso o aluno seja portador de doença grave ou
impeditiva da realização total ou parcial das atividades curriculares.

5. Vir à escola quando solicitado pela direção ou pelo(a) diretor(a) de turma.


6. Fornecer ao diretor de turma todas as informações pertinentes sobre o seu educando, incluindo doenças.
7. Zelar e responsabilizar-se pela pontualidade e assiduidade do seu educando.
8. Conhecer o plano de estudo do seu educando e a sua organização.
9. Responsabilizar-se pela reparação ou substituição de qualquer material ou artigo danificado pelo seu educando,
do qual tenha sido feito prova.

10.Promover a articulação entre a educação na família e o e o sucesso educativo.

11.Contribuir para a reformulação do projeto educativo e do regulamento interno da escola e participar na vida da
escola.

12.Contribuir para a preservação da disciplina na escola e para a harmonia da comunidade educativa, em especial
quando para tal forem solicitados.

13.Contribuir para o correto apuramento dos factos em processo disciplinar que incida sobre o seu educando e,
sendo aplicada medida disciplinar, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos de reforço da sua
formação cívica, desenvolvimento equilibrado da personalidade e capacidade de se relacionar com os outros,
plena integração na comunidade educativa e sentido de responsabilidade.

14.Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os que participam na vida
da escola.

15.Informar-se periodicamente das faltas e do comportamento do educando.


16.Diligenciar para que o educando cumpra as atividades de recuperação.
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17.Não comunicar, via telemóvel ou outro meio eletrónico, no decorrer das aulas, com o educando.
18.Levantar junto da direção, acompanhado do educando, o telemóvel ou qualquer outro equipamento eletrónico
que tenha sido retirado ao educando.

19.Garantir um meio de comunicação expedito – telemóvel, telefone ou outro.

Artigo 128.º
Incumprimento dos Deveres dos Pais e Encarregados de Educação

O incumprimento dos pais e encarregados de educação relativamente aos seus filhos ou educandos menores ou não
emancipados, dos seus deveres implica a respetiva responsabilização de acordo com a Lei 51/2012 de 5 de Setembro,
nas quais se incluem contraordenações com respetivas coimas.

SECÇÃO I

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 129.º
Princípios fundamentais

Aos pais e encarregados de educação, através da sua estrutura representativa, é reconhecido o direito de intervir
na definição das linhas gerais da política educativa da escola e de acompanhamento do processo formativo dos seus
educandos, através da participação no conselho geral da escola e no conselho pedagógico, entre outros.

Artigo 130.º
Direitos

1. Participar nos órgãos de administração e gestão da escola.


2. Gozar de autonomia na elaboração e aprovação dos seus estatutos.
3. Participar na organização de atividades de enriquecimento curricular.
4. Reunir com o(a) diretor(a), sempre que julgar necessário, por iniciativa deste ou da associação. Devem ainda ser
efetuadas reuniões sempre que solicitadas pelo(a) diretor(a) da escola ou pelo presidente da associação ou, na
sua falta, pelos representantes dos pais e encarregados de educação de turma, devendo estas realizar-se no
prazo de três dias úteis.

5. Ter acesso à legislação e outra documentação do seu interesse, bem como a locais apropriados para a sua
afixação.

6. Utilizar as instalações da escola para a realização das reuniões que considerar convenientes, desde que sejam
do interesse da comunidade educativa.

7. Beneficiar de apoios de caráter técnico e logístico, dentro das disponibilidades da escola.

8. Obter do corpo docente e discente da escola a colaboração possível na divulgação das suas iniciativas, que
tenham sido autorizadas pelo(a) diretor(a) ou pelo conselho pedagógico.

9. Ter o apoio do(a) diretor(a) na sensibilização e angariação de associados.


10.Ser apoiado pela escola na distribuição de convocatórias e outros documentos.
11.Participar nas atividades incluídas no PAA.

Artigo 131.º
Deveres

1. Aprovar os respetivos estatutos.


2. Defender e promover os interesses relativamente à educação e ensino dos seus educandos.

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3. Participar nos órgãos de administração e gestão da escola.
4. Colaborar com o(a) diretor(a) em tudo o que possa melhorar ou beneficiar o funcionamento da escola.
5. Ter um comportamento correto e uma atuação responsável no desempenho das suas funções.
6. Cumprir e fazer cumprir as disposições do regulamento interno em vigor.
7. Contribuir para um clima de solidariedade e ajuda mútua com todos os membros da comunidade escolar.
8. Informar todos os pais e encarregados de educação sobre os assuntos do seu interesse.
9. Sempre que seja solicitado pelos pais e encarregados de educação, tentar resolver, da melhor maneira e em
conjunto com a escola, quaisquer problemas que possam surgir.

10.Colaborar com os corpos docente e não docente e com os alunos num clima de respeito e convivência saudável.

Artigo 132.º
Composição e funcionamento

1. São órgãos sociais da associação de pais e encarregados de educação da escola: a mesa da assembleia geral, o
conselho executivo e o conselho fiscal. Os membros de cada um destes órgãos são eleitos anualmente, por
sufrágio direto e secreto, pela Assembleia Geral de pais e encarregados de educação no pleno gozo dos seus
direitos.

2. A Assembleia Geral considera-se legalmente constituída se estiverem presentes, pelo menos, mais de metade do
número de encarregados de educação em cada ano letivo, funcionando meia hora mais tarde com qualquer
número de encarregados de educação. A Assembleia Geral reúne:

a. em sessão ordinária no 1º período de cada ano letivo para discussão e aprovação do relatório anual de
atividades e contas e para eleição dos órgãos sociais;

b. em sessão extraordinária por iniciativa do presidente da mesa, a pedido do conselho executivo ou do conselho
fiscal ou por petição subscrita por, pelo menos, vinte encarregados de educação no pleno gozo dos seus
direitos;

c. no seguimento de convocatória para a Assembleia Geral, feita com a antecedência mínima de oito dias, a
mesma poderá ser enviada aos encarregados de educação e publicada na página da internet da escola.

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CAPÍTULO VIII

ALUNOS

Artigo 133.º
Responsabilidade dos Alunos

1. Os alunos são responsáveis, em termos adequados à sua idade e capacidade de discernimento, pelo exercício
dos direitos e pelo cumprimento dos deveres que lhe são outorgados pelo Estatuto do Aluno e Ética Escolar, pelo
regulamento interno da escola e pela demais legislação aplicável.

2. A responsabilidade disciplinar dos alunos implica o respeito integral pelo Estatuto do Aluno e Ética Escolar, pelo
regulamento interno da escola, pelo património da mesma, pelos demais alunos, funcionários e, em especial,
professores.

3. Nenhum aluno pode prejudicar o direito à educação dos demais.

Artigo 134.º
Direitos do Aluno

Os direitos dos alunos estão definidos no Artigo 7º da Lei n.º 51/2012.

1. Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso
algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género,
condição económica, cultural ou social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas.

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2. Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em condições de efetiva
igualdade de oportunidades no acesso.

3. Escolher e usufruir, nos termos estabelecidos no quadro legal aplicável, por si ou, quando menor, através dos
seus pais ou encarregados de educação, o projeto educativo que lhe proporcione as condições para o seu pleno
desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico e para a formação da sua personalidade.

4. Ver reconhecido e valorizada a excelência dos resultados escolares, a dedicação, a assiduidade e o esforço no
trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido.

5. Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias, designadamente o voluntariado, em favor da


comunidade em que está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, sendo estimulado
nesse sentido.

6. Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação equilibrada das
atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para o desenvolvimento cultural
da comunidade.

7. Beneficiar, na medida do possível, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios que
lhe permitam superar ou compensar as carências de tipo sociofamiliar, económico ou cultural que dificultem o
acesso à escola ou o processo de ensino.

8. Beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades escolares ou às suas aprendizagens,
através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços especializados de apoio educativo.

9. Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral, beneficiando,
designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os membros da comunidade escolar.

10.Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no
decorrer das atividades escolares.

11.Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo individual, de
natureza pessoal ou familiar.

12.Participar, através dos seus representantes, nos termos da Lei, nos órgãos de administração e gestão da escola,
na criação e execução do respetivo projeto educativo, bem como na elaboração do regulamento interno.

13.Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito da escola,
bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno da escola.

14.Eleger um aluno representante do ensino secundário para o conselho geral.

15.Eleger dois representantes da turma, designados como delegado e subdelegado.

16.Contactar previamente, enquanto delegado e subdelegado, todos os alunos da turma, a fim de recolher
informação relevante e representativa a transmitir ao conselho de turma através do diretor de turma.

17.Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos professores, diretores
de turma e órgãos de administração e gestão da escola, em todos os assuntos que justificadamente forem do
seu interesse.

18.Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres.

19.Ser informado sobre o regulamento interno da escola e sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do
seu interesse, nomeadamente do plano de estudos ou curso, aprendizagens essenciais, processos e critérios de
avaliação, bem como sobre a matrícula, apoios socioeducativos e plano de emergência interno.

20.Participar nas atividades e nos projetos que a escola desenvolve, nos termos da lei, do projeto curricular de
escola e do regulamento interno.

21.Participar no processo de avaliação, nomeadamente através dos mecanismos de auto e heteroavaliação.

22.Beneficiar de medidas adequadas à recuperação da aprendizagem nas situações de ausência devidamente


justificada às atividades escolares.

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23.Ter acesso a empréstimo de manuais escolares, desde que comprove que se encontra nas condições previstas
do regulamento específico.

24.Ter acesso a um cacifo, mediante pagamento da chave e de uma caução, a ser devolvida no final do ano letivo.

25.Formar uma associação de estudantes de acordo com as normas.

26.Ser acompanhado por uma aluno tutor se manifestar esse interesse.

27.Os alunos a quem seja aplicada medida disciplinar corretiva ou sancionatória podem ser impedidos de beneficiar,
no todo ou em parte, dos direitos referidos no número 18.

Artigo 135.º
Deveres do aluno

São deveres dos alunos os constantes do Artigo 10º da Lei n.º 51/2012, de 2012, bem como os demais deveres
previstos neste Regulamento Interno.

1. Estudar, aplicando-se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano de escolaridade que
frequenta, na sua educação e formação integral.

2. Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das atividades escolares.

3. Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem.

4. Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, ser
discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição
económica, cultural ou social, ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas.

5. Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa.


6. Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente.

7. Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos.

8. Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais atividades
organizativas que requeiram a participação dos alunos.

9. Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa, não praticando
quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem
contra a integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos.

10.Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as circunstâncias
de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos.

11.Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes da
escola, fazendo uso correto dos mesmos.

12.Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa.

13.Permanecer na escola durante o seu horário letivo, salvo autorização escrita do encarregado de educação ou da
direção da escola.

14.Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração.

15.Conhecer e cumprir o estatuto do aluno, as normas de funcionamento dos serviços da escola e o regulamento
interno da mesma, subscrevendo declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao
seu cumprimento integral.

16.Não possuir e não consumir substâncias aditivas, nem alcoólicas, nem fumar, nem promover qualquer forma de
tráfico, facilitação e consumo das mesmas.

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17.Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos passíveis de,
objetivamente perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas ou poderem causar danos físicos ou
psicológicos aos alunos ou a qualquer outro membro da comunidade educativa.

18.No sentido de evitar perturbações do regular funcionamento das atividades letivas, o aluno portador de
telemóvel ou outros equipamentos tecnológicos de lazer, nomeadamente, smartphones, tablets, leitores de
mp3 e consolas portáteis de jogos eletrónicos, terá de os manter desligados durante as atividades escolares. Em
sala de aula só é permitida a utilização de qualquer destes equipamentos em situação de autorização expressa.

a. Ao aluno que violar esta norma ser-lhe-á retirado o respetivo equipamento que será entregue na direção.

b. O equipamento será devolvido apenas ao encarregado de educação mediante a assinatura de um termo de


responsabilidade que garanta que a situação não se volta a repetir, sob pena de poder ser confiscado
novamente e só voltar a ser entregue no final do período, sem que a Escola preste mais esclarecimentos.

c. No início do ano letivo o encarregado de educação deverá assinar um “contrato de responsabilização”,


comprometendo-se a que o seu educando permaneça com os equipamentos eletrónicos desligados no
período de aulas, ficando informado das consequências que irão daí advir se o aluno violar esta norma.

19.Não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas, sem autorização prévia dos
professores, dos responsáveis pela direção da escola ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso, bem
como, quando for o caso, de qualquer membro da comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa, ainda
que involuntariamente, ficar registada.

20.Não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente via Internet ou através de outros meios de comunicação,
sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem autorização do(a) diretor(a) da escola.

21.Respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual.

22.Apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e à
especificidade das atividades escolares, no respeito pelas regras estabelecidas na escola.

23.Manter o cacifo à sua responsabilidade em bom estado de conservação e devolver, no final do ano letivo, a
respetiva chave.

24.Reparar os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em equipamentos ou


instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo
possível ou suficiente a reparação, indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados.

25.Em caso de atraso, mesmo que já lhe tenha sido marcado falta de presença, deverá assistir ao resto da aula.

26.Contribuir para uma bolsa de manuais escolares reutilizáveis de que já não necessita e que se encontrem
atualizados.

27.Não comer, nem mascar pastilha elástica durante as atividades letivas.


28.Não correr nem gritar nas instalações escolares.
29.Participar nos simulacros no âmbito do plano de emergência, cumprindo as normas de evacuação.
30.Ser responsável pelos objetos e materiais que transporte para o interior da escola.
31.Passar diariamente o cartão magnético pelo controlo, respeitando sempre as ordens do assistente operacional
da portaria.

32.Comparecer às aulas de compensação/reposição propostas pelo professor, devidamente comunicadas aos alunos
e encarregado de educação através de documentos oficiais.

33.Sair da sala de aula, por ordem do professor, respeitando as indicações do mesmo quanto a tempo de ausência,
local onde se deve dirigir e atividade que deve desenvolver.

34.Fazer-se acompanhar obrigatoriamente da caderneta escolar, no caso dos alunos do ensino básico.
35.Após o respetivo toque de entrada, dirigir-se disciplinadamente para as respetivas salas.
36.Na ausência do professor, aguardar pelas instruções do assistente operacional.

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37.Não sair da sala de aula sem autorização do professor.
38.Não permanecer nos corredores nos intervalos.
39.Utilizar os recipientes apropriados para colocar o lixo ou desperdícios.

Artigo 136.º
Processo Individual do Aluno

1. O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo devolvido aos pais
ou encarregado de educação ou ao aluno maior de idade, no termo da escolaridade obrigatória.

2. São registadas no processo individual do aluno as informações relevantes do seu percurso educativo,
designadamente as relativas a comportamentos meritórios e a medidas disciplinares aplicadas e seus efeitos.

3. O processo individual do aluno constitui-se como registo exclusivo em termos disciplinares.

4. Têm acesso ao processo individual do aluno, além do próprio, os pais ou encarregado de educação, quando
aquele for menor, o diretor de turma, os titulares dos órgãos de gestão e administração da escola e os
funcionários afetos aos serviços de gestão de alunos e da ação social escolar.

5. Podem ainda ter acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do diretor da escola e no âmbito
do estrito cumprimento das respetivas funções, outros professores da escola, os psicólogos e médicos escolares
ou outros profissionais que trabalhem sob a sua égide e os serviços do Ministério da Educação e Ciência com
competências reguladoras do sistema educativo, neste caso após comunicação ao diretor.

6. As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de natureza pessoal
e familiar são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de sigilo todos os membros da
comunidade educativa que a elas tenham acesso.

7. O processo individual do aluno pode ser consultado junto do diretor de turma, a quem deve ser solicitado com
24 horas de antecedência, no horário de atendimento, ou em hora a acordar para o efeito.

Artigo 137.º
Registo Biográfico

O registo biográfico contém os elementos relativos à assiduidade e aproveitamento do aluno, cabendo à escola a
sua organização, conservação e gestão.

Artigo 138.º
Dever da Assiduidade

1. Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da Lei, os alunos são responsáveis
pelo cumprimento dos deveres de assiduidade e pontualidade.

2. Os pais e encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis, conjuntamente com estes,
pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3. O dever de assiduidade e pontualidade implica, para o aluno a presença e a pontualidade na sala de aula e
demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar munido do material didático ou equipamentos necessários,
de acordo com as orientações dos professores, bem como uma atitude de empenho intelectual e comportamental
adequada, em função da sua idade, ao processo de ensino.

4. O controlo da assiduidade dos alunos é obrigatório em todas as atividades escolares letivas e não letivas em que
participem ou devam participar.

Artigo 139.º
Faltas e sua Natureza
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1. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou facultativa, caso
tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o material didático ou
equipamento necessários.

2. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno.

3. As faltas são contabilizadas pelo diretor de turma em suportes administrativos adequados.

4. São previstas na Lei 51/2012, de 5 de setembro, e no presente regulamento as faltas justificadas e injustificadas,
bem como os seus efeitos.

5. São ainda previstas as faltas de pontualidade e de material, bem como os seus efeitos.

Artigo 140.º
Dispensa da Atividade Física

1. O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou desporto escolar por razões
de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico.

2. O atestado médico deve explicitar claramente as contraindicações da atividade física.

3. Sem prejuízo do disposto número anterior, o aluno deve estar sempre presente no espaço onde decorre a aula
de educação física.

4. Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontre impossibilitado de estar presente no
espaço onde decorre a aula de educação física deve ser encaminhado para um espaço em que seja
pedagogicamente acompanhado.

Artigo 141.º
Justificação de faltas

1. São consideradas justificadas as faltas dadas ao abrigo do Artigo 16º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, serão justificadas as faltas que advêm da participação em
atividades comprovadamente organizadas pela escola e incluídas no plano anual de atividades, ou outras de
caráter pontual, que a direção entenda de relevância para a escola.

3. Em caso de doença do aluno, o encarregado de educação ou o aluno quando maior de idade deve informar por
escrito o diretor de turma, se esta determinar um período de ausência igual ou inferior a três dias.

4. O pedido de justificação das faltas é apresentado por escrito pelos pais ou encarregado de educação ou, quando
o aluno for maior de idade, pelo próprio, ao diretor de turma, com indicação do dia, da hora e da atividade em
que a falta ocorreu, referenciando os motivos justificativos da mesma na caderneta escolar, tratando-se de
aluno do ensino básico, ou em impresso próprio, tratando-se de aluno do ensino secundário.

5. O(A) diretor(a) de turma pode solicitar aos pais e encarregado de educação, ou ao aluno, quando maior, os
comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta, devendo, igualmente, qualquer
entidade, que para esse efeito for contactada, contribuir para o correto apuramento dos factos.

6. A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos restantes casos,
até ao 3.º dia útil subsequente à verificação da mesma.

7. Nas situações de ausência justificada superior a três aulas consecutivas, os professores das disciplinas, depois
de informados pelo diretor de turma, devem fornecer aos alunos os materiais pedagógicos que considerem
adequados ao acompanhamento e recuperação das aprendizagens em falta.

Artigo 142.º
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Faltas injustificadas, de pontualidade e de material

1. São consideradas faltas injustificadas quando:


a. Não tenha sido apresentada justificação;
b. A justificação tenha sido apresentada fora de prazo;
c. A justificação não tenha sido aceite;
d. A marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída da sala de aula ou de medida disciplinar
sancionatória.

2. Na situação prevista na alínea c) do número anterior, a não aceitação do pedido de justificação apresentado
deve ser devidamente fundamentada.

3. Não serão aceites os pedidos de justificação que digam respeito a faltas interpoladas ou quando o motivo
apresentado seja passível de ser tratado fora do horário letivo do aluno.

4. A comunicação de faltas injustificadas aos pais/encarregados de educação deve ser efetuada através de
telefonema, e-mail ou impresso do programa informático, no prazo máximo de três dias úteis.

5. Caso se revele impraticável o referido no número anterior, por motivos não imputáveis à escola, a Comissão de
Proteção de Crianças e Jovens será informada, sempre que a gravidade especial da situação o justifique.

6. Considera-se falta de material quando o aluno não é portador do material didático ou equipamento definidos
como necessários à realização das atividades letivas, e dos quais foi informado atempadamente pelos professores
de cada disciplina.

a. No início do ano letivo, os professores de cada turma informam os alunos, por escrito, dos materiais
considerados necessários ao funcionamento de cada disciplina.

b. Após a terceira ausência de material nas várias disciplinas, o Diretor(a) de Turma deve informar os
encarregados de educação e, com estes, estabelecer uma estratégia para resolver a situação.

c. Se o aluno comparecer frequentemente sem o material necessário, por motivos que lhe sejam imputáveis, o
comportamento é passível de medida corretiva para realização das tarefas que a falta sistemática de material
didático impediu, nomeadamente 4 faltas de material implicarão 1 medida corretiva.

d. Os encarregados de educação deverão ser informados que, caso os seus educandos se apresentem às aulas
sem o material necessário à sua efetiva participação, esta atitude terá reflexos negativos na avaliação.

7. Deverá ser marcada falta de atraso quando o aluno excede dez minutos ao primeiro tempo e cinco minutos aos
restantes tempos, tendo em conta a justificação do aluno.

a. Em caso de falta de pontualidade o aluno deve assistir à aula ou atividade.

b. Estas faltas poderão ser justificadas pelo encarregado de educação, por escrito, e a justificação só será
aceite quando o motivo não é imputável ao aluno.

c. À terceira falta de atraso em diferentes disciplinas, o Diretor de Turma convoca /contacta o encarregado
de educação para o informar da situação, averiguar os motivos e, em conjunto, procurarem as soluções
adequadas.

d. Se o aluno se atrasar frequentemente, o comportamento é passível de medida corretiva para realização das
tarefas que a falta sistemática impediu, nomeadamente 4 faltas de atraso implicarão 1 medida corretiva.

e. Os encarregados de educação deverão ser informados que, os atrasos interferem na aprendizagem do aluno
e terão reflexos negativos na avaliação.

Artigo 143.º
Excesso Grave de Faltas – Ensinos Básico e Secundário Regular

1. As faltas injustificadas não podem exceder o dobro do número de tempos letivos semanais, por disciplina.

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2. O limite de faltas injustificadas relativamente às atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de
frequência facultativa é o dobro do número de tempos semanais.

3. Quando for atingido metade do limite de faltas injustificadas, os pais ou encarregados de educação, ou o aluno
quando maior de idade, são convocados, pelo diretor de turma, com o objetivo de o alertar para as
consequências da violação do limite de faltas injustificadas e encontrar soluções que permitam garantir o
cumprimento efetivo do dever de frequência e aproveitamento escolar.

4. Relativamente aos alunos que se encontrem na escolaridade obrigatória e que registem um elevado número de
faltas, e na impossibilidade de cumprir o referido no ponto anterior, deve o diretor de turma participar a
situação por escrito ao encarregado de educação.

5. Caso se revele impraticável o referido nos números anteriores, por motivos não imputáveis à escola, e sempre
que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva Comissão de Proteção de Crianças e Jovens deve
ser informada do excesso de faltas do aluno menor de idade, assim como dos procedimentos e diligências até
então adotados pela escola, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua falta de assiduidade.

Artigo 144.º
Efeitos da Ultrapassagem do Limite de Faltas Injustificadas

1. A ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, previsto no número 1 do artigo anterior, obriga o aluno faltoso
ao cumprimento de medidas de recuperação e/ou disciplinares corretivas específicas, independentemente do
ano de escolaridade ou do número de disciplinas em que se verificou a referida ultrapassagem, podendo ainda
conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias.

2. A ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, previsto no número 2 do artigo anterior, implica a imediata
exclusão do aluno das atividades em causa e respetiva informação ao encarregado de educação.

3. Sempre que se verifique a situação prevista no número 1, o diretor de turma informa o(s) professor(es) em causa,
para que este(s) inicie(m) o processo de implementação das atividades de recuperação.

4. O diretor de turma informa igualmente o encarregado de educação sobre a ultrapassagem do limite de faltas e
a realização das atividades de recuperação.

5. As atividades de recuperação previstas são definidas pelo(s) respetivo(s) professor(es) e revestem a forma de um
trabalho escrito a realizar em período suplementar ao horário letivo, na escola ou em casa. Pode ainda haver
lugar a uma apresentação oral ou prova prática, que podem ocorrer em contexto de sala de aula.

6. As matérias a trabalhar no âmbito das atividades de recuperação são as constantes das aulas da disciplina ou
disciplinas a que o aluno faltou e que originaram a situação de excesso de faltas.

7. As atividades de recuperação referidas terão de ser realizadas no prazo máximo de duas semanas.

8. As atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem decorrentes da ultrapassagem do limite de faltas só


podem ser aplicadas uma vez no decurso de cada ano letivo.

9. As atividades de recuperação deverão ter uma avaliação qualitativa.

10. Os procedimentos decorrentes dos efeitos da ultrapassagem do limite de faltas serão registados em impresso
próprio.

11. Após a realização das atividades de recuperação e desde que o aluno se mantenha assíduo, são desconsideradas
as faltas em excesso.

12. O não cumprimento das medidas previstas nos pontos anteriores ou a sua ineficácia por causa não imputável à
escola, determinam:

a. Para os alunos a frequentar o ensino básico, a retenção no ano de escolaridade em curso;

b. Para os alunos a frequentar o ensino secundário regular e profissional, a exclusão na(s) disciplina(s) em que
se verifique o excesso de faltas.

13. Os alunos menores de 18 anos, que se encontrem nas situações previstas no número anterior, mantêm a
obrigação de frequentar a escola até ao final do ano letivo em curso.
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14. Os alunos que ultrapassaram o limite de faltas previsto no número 1 do artigo anterior não realizarão atividades
de recuperação se de entre as faltas dadas se encontrarem faltas resultantes da aplicação de medida corretiva
de ordem de saída da sala de aula ou disciplinar sancionatória de suspensão.

SECÇÃO I

REPRESENTAÇÃO DOS ALUNOS

Subsecção I - Delegados e Subdelegados de Turma

Artigo 145.º
Competências dos Delegados de Turma

1. Representar a turma.
2. Ser exemplo de comportamento.
3. Estar a par de todos os problemas da turma e recorrer ao diretor de turma, sempre que necessário.
4. Participar na assembleia de delegados de turma.
5. Participar em reuniões e colaborar na resolução de problemas da turma.
6. Incentivar o cumprimento do regulamento interno.
7. Solicitar a realização de reuniões da turma com o diretor de turma para a apreciação de matérias relacionadas
com o funcionamento da turma, sem prejuízo das atividades letivas.

8. Contribuir para a manutenção da ordem e disciplina da turma durante as aulas e fora delas.
9. Procurar garantir o bom estado de conservação e limpeza das salas de aula.
10.Participar nas reuniões do conselho de turma, exceto nas que dizem respeito à avaliação.
11.Participar nas reuniões com a direção pelo menos uma vez por período.
12.Em caso de impedimento, o delegado será substituído pelo subdelegado.

Artigo 146.º
Processo Eleitoral

1. O delegado e o subdelegado de turma são eleitos por voto secreto e direto, no início do ano letivo, durante o
primeiro mês de aulas, pela totalidade dos alunos da turma, de entre os seus membros, e na presença do diretor
de turma os resultados exarados em ata.

2. São elegíveis todos os alunos da turma, excetuando-se aqueles a quem seja ou tenha sido aplicada, nos últimos
dois anos escolares, medida disciplinar sancionatória superior à de repreensão registada ou sejam, ou tenham
sido nos últimos dois anos escolares, excluídos da frequência de qualquer disciplina ou retidos em qualquer ano
de escolaridade por excesso grave de faltas, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

3. O candidato mais votado será o delegado e o segundo, o subdelegado.

4. Em situação de empate, ou de não existir maioria significativa, será realizada uma segunda votação entre os
candidatos mais votados.

5. O delegado e o subdelegado poderão ser substituídos, caso se verifique o incumprimento das suas funções ou a
aplicação de medidas sancionatórias disciplinares superiores à de repreensão registada, ou caso se verifique
qualquer incompatibilidade com a turma.

Artigo 147.º
Assembleia de Delegados de Turma

A assembleia de delegados de turma é o órgão representativo dos alunos da escola.

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Artigo 148.º
Composição e Funcionamento da Assembleia

1. A assembleia de delegados de turma é formada pelos delegados e subdelegados de todas as turmas da escola.

2. A assembleia de delegados de turma reúne no início do ano letivo para definir estratégias de atuação, tendo em
vista o bom funcionamento da escola. Ao longo do ano, a assembleia poderá reunir sempre que para tal seja
convocada pelo(a) diretor(a) ou por um terço dos seus membros, sem prejuízo do cumprimento das atividades
letivas.

3. Estas reuniões são coordenadas pelo(a) diretor(a) ou um seu representante.

Subsecção 2 - Associação de Estudantes

Artigo 149.º
Objetivos

1. Garantir os princípios de democraticidade e independência.

2. Representar e defender os interesses dos estudantes, cooperando com toda a comunidade escolar e promovendo
e ou dinamizando atividades que se enquadrem na missão e na visão da escola.

Artigo 150.º
Direitos

1. Representar os estudantes e defender os seus interesses, junto dos órgãos institucionais.


2. Promover a formação cívica, física, cultural e científica dos seus membros.
3. Estabelecer a ligação da escola e dos alunos à realidade socioeconómica e política da cidade, da região e do
país.

4. Defender e promover os direitos humanos.


5. Contribuir para a participação dos seus membros na discussão dos problemas educativos.
6. Cooperar com todos os organismos estudantis, cujos princípios não contrariem os definidos no Regulamento
Interno.

Artigo 151.º
Deveres

1. Dever de respeito pela comunidade escolar.


2. Implementar o plano de atividades do projeto de intervenção da associação de estudantes. A não realização de
atividades deve ser devidamente justificada.

3. Comparecer em reuniões de representação marcadas com 48 horas de antecedência.

Artigo 152.º
Composição

A associação de estudantes é composta pelos seguintes órgãos:


1. Mesa da Assembleia geral;
2. Direção;
3. Conselho fiscal.

Artigo 153.º
Assembleia-geral
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1. É o órgão deliberativo máximo da associação de estudantes, que é composto por todos os alunos da escola.
2. Cada aluno tem direito a um voto.
3. A mesa da assembleia geral é constituída por um presidente e dois secretários.
4. A mesa da assembleia geral tem competência para convocar, dirigir e participar na assembleia geral, não tendo
os seus elementos direito a voto.

Artigo 154.º
Direção

1. É composta por 7 elementos (1 presidente, 1 vice presidente, 2 secretários e 2 vogais, 1 tesoureiro).


2. A direção tem competência para:
a. Administrar o seu património, cumprir o programa apresentado e executar as decisões da assembleia geral;
b. Elaborar o regulamento interno da associação de estudantes e apresentá-lo à mesa da assembleia geral para
ratificação.

Artigo 155.º
Conselho Fiscal

1. É composto por três elementos - um presidente, um secretário e um relator.


2. Tem competência para fiscalizar o plano de atividades e o orçamento sobre o relatório de atividades e contas
apresentados pelos elementos da direção.

Artigo 156.º
Mandato

1. O mandato dos órgãos eleitos da associação de estudantes é de um ano.


2. O incumprimento dos deveres descritos no artigo 151º, bem como os deveres gerais estabelecidos no estatuto
do aluno e ética escolar levará à cessação imediata do mandato.

Subsecção III - Regulamento Eleitoral da Associação de Estudantes

Artigo 157.º
Órgãos a Eleger

1. Direção.
2. Conselho fiscal.
3. Mesa da assembleia geral.

Artigo 158.º
Procedimentos

1. No início de cada ano letivo são apresentadas listas de alunos de acordo com as normas a afixar pela direção em
lugar de destaque na escola.

2. Cada órgão da associação de estudantes será eleito por sufrágio universal, direto e secreto, a realizar no mês
de novembro de cada ano letivo.

3. É considerada vencedora a lista que, à primeira volta, obtenha mais de 50% dos votos expressos, numa
percentagem de eleitores não inferiores a 40%. Se nenhuma das listas for declarada vencedora nos termos do
número anterior, realizar-se-á nova eleição, no prazo de 72 horas, onde participarão as duas listas mais votadas.

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4. Havendo apenas duas listas a sufrágio, será vencedora a que tiver maior número de votos.

Artigo 159.º
Tomada de Posse

Os órgãos eleitos deverão tomar posse em sessão pública, no prazo de 8 dias após a eleição.

SECÇÃO II

PROGRESSÃO

Artigo 160.º
Princípios Gerais

1. De acordo com a legislação aplicável, a avaliação é um elemento integrante e regulador da ação educativa,
permitindo uma recolha sistemática de dados sobre o desempenho dos alunos que, uma vez analisados, apoiam
a tomada de decisão sobre as aprendizagens por si realizadas.

2. Os alunos podem participar no seu processo de avaliação em qualquer momento do seu percurso escolar,
mediante um processo de auto e heteroavaliação ou oralmente junto dos seus professores.

3. A retenção de um aluno no 3º ciclo pode ocorrer a título excecional se o conselho de turma concluir que há
comprometimento do desenvolvimento das aprendizagens definidas para o ano de escolaridade subsequente;

4. A decisão de retenção só pode ser tomada após um acompanhamento pedagógico do aluno, em que foram
traçadas e aplicadas medidas de apoio face às dificuldades detetadas;

5. Verificando-se a retenção, compete ao conselho de turma identificar as aprendizagens não desenvolvidas pelo
aluno, as quais devem ser incluídas na elaboração de um plano individual ou do plano de turma em que o aluno
venha a ser integrado no ano escolar subsequente;

6. No 3º ciclo, os alunos sujeitos a uma segunda retenção no mesmo ciclo, ou três vezes ao longo do seu percurso
escolar, deverão ser encaminhados para uma oferta educativa que melhor se adeque aos seus interesses e
capacidades, com a concordância e comprometimento do encarregado de educação.

7. Os alunos do ensino secundário que tenham atingido 18 anos não podem matricular-se pela 3ª vez no mesmo ano
de escolaridade do mesmo curso.

8. Os encarregados de educação acompanham o processo de avaliação dos seus educandos nos termos previstos da
legislação em vigor.

9. Os alunos com 20 anos no início do ano letivo que não tenham obtido sucesso no ano letivo anterior não podem
matricular-se na escola em qualquer ano do ensino básico ou secundário.

Artigo 161.º
Objeto

1. A avaliação incide sobre as aprendizagens essenciais para as diversas áreas e disciplinas, de cada ciclo,
considerando a concretização das mesmas no plano de turma.

2. As aprendizagens ligadas a componentes do currículo de caráter transversal ou de natureza instrumental,


nomeadamente as decorrentes da educação para a cidadania, compreensão e expressão em língua portuguesa,
cálculo mental e utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, constituem objeto de avaliação em
todas as disciplinas.

Artigo 162.º
Critérios Gerais de Avaliação

1. Compete ao conselho pedagógico depois de ouvir os coordenadores dos departamentos definir, até ao início de
cada ano letivo e de acordo com as orientações do currículo nacional, os critérios de avaliação para cada ano

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de escolaridade, sob propostas dos departamentos curriculares, podendo estes ser consultados na página
eletrónica da escola.

2. Os critérios de avaliação têm por referência as aprendizagens essenciais, quando aplicável, as áreas de
competências do perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, os instrumentos técnicas e procedimentos
de avaliação e a respetiva ponderação.

Artigo 163.º
Avaliação do Ensino Básico/Secundário

1. A avaliação reveste as seguintes formas:


a. Avaliação interna - diagnóstica, formativa e sumativa;
b. Avaliação externa – provas de aferição, provas de final de ciclo e exames nacionais.

2. Na semana em que houver lugar à realização de provas de aferição, deve evitar-se a marcação de outros testes.

Artigo 164.º
Prova Extraordinária de Avaliação (PEA)

1. A Prova Extraordinária de Avaliação, prevista na Portaria n.º 243/2012, de 10 de agosto, aplica-se aos alunos
que, por doença prolongada ou impedimento legal devidamente comprovado, frequentaram as aulas apenas
durante um único período letivo.

2. Os alunos realizam a PEA a cada uma das disciplinas do plano de estudos do ano curricular em causa exceto
naquelas em que, nesse ano, realizar exame final nacional.

3. A modalidade da prova extraordinária de avaliação é, em geral, uma prova escrita, excetuando-se as disciplinas
com componente prática, por proposta do respetivo grupo de recrutamento.

4. A classificação anual de frequência a atribuir em cada disciplina em que é realizada a PEA é a média aritmética
entre a classificação de frequência do período frequentado e a classificação da PEA.

5. A duração da prova extraordinária de avaliação não pode ser inferior a 90 minutos ou superior a 180 minutos,
conforme proposta do grupo de recrutamento.

6. As provas extraordinárias de avaliação deverão ser preparadas com a antecedência necessária que permita que
a sua matriz seja aprovada em conselho pedagógico anterior a 15 de maio.

7. Cada prova de avaliação extraordinária é elaborada por dois professores, os quais deverão ser docentes que
lecionaram a disciplina nesse ano letivo.

8. Compete ao coordenador do respetivo departamento curricular apresentar em conselho pedagógico a matriz da


prova extraordinária de avaliação, da qual devem constar:
a. Objetivos;
b. Conteúdos;
c. Estrutura;
d. Cotações
e. Critérios de classificação.
9. Toda a informação relativa às provas extraordinárias de avaliação tem de ser afixada pela escola até ao dia 15
de maio.

10.A PEA deverá ser realizada entre o final das atividades letivas e 31 de julho.

Artigo 165.º
Revisão das Deliberações do Conselho de Turma do 3º Período

Para além do estipulado na legislação em vigor para o ensino básico regular e secundário (Cursos Científico-
Humanísticos), os encarregados de educação poderão, apenas no final do 3º período, apresentar pedido escrito em
requerimento devidamente fundamentado em razões de ordem técnica, pedagógica ou legal, da revisão das

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deliberações do conselho de turma no que diz respeito ao seu educando, no ensino básico no prazo de 3 dias úteis
e no ensino secundário no prazo de 5 dias úteis, ambos a contar da data da afixação das pautas.

SECÇÃO III

RECONHECIMENTO DE MÉRITO

Artigo 166.º
Natureza e âmbito

1. Os prémios de mérito destinam-se a distinguir alunos que, em cada ciclo de escolaridade, preencham um ou
mais dos seguintes requisitos:

a. Revelem atitudes exemplares de superação das suas dificuldades;


b. Alcancem excelentes resultados escolares;
c. Produzam trabalhos académicos de excelência, reconhecidos pela comunidade;
d. Realizem atividades curriculares ou de complemento curricular de relevância ou de manifesta utilidade para
a escola e para a sua imagem junto da comunidade educativa;

e. Desenvolvam iniciativas ou ações de reconhecida relevância social.

2. Para além do estabelecido no ponto 1, qualquer membro individual ou coletivo da comunidade escolar pode ser
proponente de louvor de ação de mérito relativamente a um discente.

3. Cada proposta de nomeação deve ser acompanhada de relatório justificativo.


4. Cabe ao conselho pedagógico decidir sobre as propostas de nomeação apresentadas.

Artigo 167.º
Propostas de Mérito

1. A iniciativa das propostas, no que diz respeito ao reconhecimento de mérito, pertence a qualquer elemento da
comunidade educativa.

2. Estas deverão ser apresentadas e/ou entregues ao diretor de turma, sendo apreciadas pelo conselho de turma,
pela direção e posteriormente aprovadas em conselho pedagógico.

3. As propostas para reconhecimento de mérito serão apresentadas nos conselhos de turma de avaliação do final
do 3º período.

4. As propostas deverão ser formalizadas nos seguintes termos:


a. Identificação do(s) aluno(s) ou grupo(s) de alunos;
b. Fundamentação objetiva da candidatura;
c. Assinatura do(s) proponente(s).

Artigo 168.º
Parâmetros de Nomeação e de Exclusão

1. Para efeitos de atribuição de prémios de mérito, constituem parâmetros de nomeação as seguintes situações:

a. No ensino secundário, os alunos que no final do ano letivo tenham obtido classificação igual ou superior a
dez valores, a todas as disciplinas do seu plano de estudos, e que obtenham média, na classificação interna
anual, igual ou superior a dezassete valores, sem arredondamento;

b. No ensino profissional, os alunos que no final do ano letivo tenham obtido classificação igual ou superior a
dez valores, em todos os módulos das disciplinas, do seu plano de estudos, e que obtenham média, na
classificação interna anual, igual ou superior a dezasseis valores, sem arredondamento;

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c. No ensino básico, os alunos com classificação igual ou superior a três, em todas as disciplinas, e média, na
classificação interna anual, igual ou superior a quatro, sem arredondamento.

2. O desempenho excecional em áreas diversas valorizáveis pela comunidade escolar – entreajuda e solidariedade,
organização e desenvolvimento de atividades da escola, arte, literatura, desporto e ciência.

3. Constituem parâmetros de avaliação para exclusão da atribuição de Prémios de Mérito:


a. Averbamento de faltas disciplinares e/ou aplicação de medidas disciplinares sancionatórias;
b. Excesso grave de faltas, independentemente da natureza das mesmas.

Artigo 169.º
Divulgação

1. No final do ano letivo, os alunos que tenham visto reconhecido o seu mérito pelo conselho pedagógico são
informados e contactados para receber o prémio na data em que ocorrer numa cerimónia realizada para o efeito.

2. Os encarregados de educação dos alunos de reconhecido mérito serão informados por escrito ou por telefone das
razões que determinaram o reconhecimento público da escola em relação aos seus educandos.

3. Os nomes dos alunos, bem como as razões que determinaram a aprovação para reconhecimento de mérito, serão
divulgados no átrio da escola.
4. No âmbito da iniciativa “TOP+”, a direção divulga no átrio da escola, por período, a informação da melhor turma,
por ano de escolaridade, tendo por base critérios definidos pelo conselho de diretores de turma, considerando
a excelência dos resultados escolares e o bom comportamento da turma.

Artigo 170.º
Prémios

1. A todos os alunos que terminarem o ensino secundário será entregue o diploma numa cerimónia no início do ano
letivo seguinte.

2. Os alunos que tenham visto reconhecido o seu mérito e ou excelência receberão um certificado na cerimónia
referida no ponto1. Será efetuado um registo no processo individual do aluno.

3. Poderão também ser atribuídos prémios de natureza material ou simbólica.

4. A atribuição de prémios de natureza material poderá resultar do patrocínio por entidades externas à escola.

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CAPÍTULO IX

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CONVIVÊNCIA ESCOLAR

SECÇÃO I

PROJETO SUCESSO E PREVENÇÃO DISCIPLINAR (SPD)

Artigo 171.º
Objetivos

O SPD é um projeto que visa o planeamento e implementação de estratégias de prevenção e intervenção pedagógica
e disciplinar que facilite a melhoria do comportamento do aluno, contribuindo para a construção de um clima
positivo e propício à aprendizagem. Este projeto assume duas finalidades:

1. Apoio ao estudo, com a Sala de Estudo (SE);

2. Mediação de conflitos, com o Gabinete de Intervenção Disciplinar (GID).

O SPD funciona em articulação com os diretores de turma, professores, professor bibliotecário, psicóloga, direção
da escola, assistentes operacionais. A concretização dos objetivos a que se propõe resulta do empenho de todas as
entidades intervenientes.

Artigo 172.º
Organização e Funcionamento

1. O projeto SPD funciona na sala 11, Sala de Estudo, e no gabinete situado frente à SAF, gabinete de intervenção
disciplinar (GID).

2. O horário de funcionamento encontra-se afixado na sala dos professores, na porta da sala 11 e no GID.

3. Objetivos do GID:
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a) Prevenir a ocorrência de problemas disciplinares;
b) Reduzir as situações de conflito;
c) Contribuir para a melhoria do clima de aula e de escola;
d) Definir clara e explicitamente os princípios e as regras do comportamento;
e) Implementar estratégias de regulação do comportamento dos alunos;
f) Intervir para facilitar a aquisição/consolidação de competências sociais e pessoais, pressupondo a
responsabilização dos alunos;
g) Colaborar com o diretor de turma;
h) Reforçar o sentimento de pertença ao grupo turma/ escola);
i) Desenvolver os valores do respeito pelo outro e da responsabilidade individual.
j) Sensibilizar os pais para as problemáticas dos educandos.

4. A Sala de Estudo apoia alunos em diferentes situações:


a) Com dificuldades nas aprendizagens em determinadas disciplinas;
b) Com dúvidas pontuais;
c) Que pretendam desenvolver trabalho individual ou em grupo;
d) Que necessitem orientação a nível de da pesquisa/consulta e tratamento da informação;
e) Que pretendam desenvolver e melhorar técnicas e métodos de estudo;
f) Que necessitem de realizar exercícios escritos ou fichas de avaliação extra-aula.

Artigo 173.º
Competências

1. A equipa do SPD é constituída pelo(a) coordenador(a), designada pelo(a) diretor(a) da escola, e professores
também designados pelo(a) diretor(a) da escola para o GID e Sala de Estudo.

2. Compete à coordenadora do SPD:


a. Proporcionar no início do ano uma reunião com a equipa.
b. Estar disponível para resolver problemas relacionados com disciplina na escola.
c. Informar os diretores de turma e a Direção das ocorrências registadas.
d. Apresentar à diretora da escola um balanço periódico da atividade do GID e da SE.

3.Compete aos professores do GID:


a. Registar a presença do aluno nos impressos para situações de ocorrência disciplinar ou para cumprimento
de medida corretiva e que se encontram no dossiê existente.
b. Nos casos de indisciplina conversar com o aluno e orientá-lo na execução da tarefa enviada pelo professor
que determinou a saída da sala de aula.
c. Orientar o aluno na tarefa de estudo atribuída pelo diretor de turma como medida corretiva.

4. Compete aos professores da Sala de Estudo:


a. Registar a presença do aluno nos impressos disponíveis no dossiê existente.
b. Apoiar ou orientar os alunos no estudo ou no esclarecimento de dúvidas.

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SECÇÃO II

INFRAÇÃO

Artigo 174.º
Qualificação da Infração

1. O incumprimento pelo aluno dos seus deveres de forma reiterada e ou em termos que se revelem perturbadores
do funcionamento normal das atividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui
infração disciplinar passível da aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, nos termos
dos pontos que se seguem.

2. Um comportamento passível de medida disciplinar em sala de aula, dependendo da sua gravidade em contexto,
poderá determinar que o professor o classifique como perturbador, perturbador grave ou perturbador muito
grave, tal como:

a. Perturbador: entrada desordeira, desobediência, recusa em participar nas atividades, conversa,


movimentação desautorizada, discussão com colegas, respostas inconvenientes, arremesso de papéis/objetos,
utilização de telemóveis ou outros dispositivos eletrónicos, ocultação de objetos dos colegas.

b. Perturbador grave: uso de linguagem ou gestos obscenos, insulto ou provocação aos colegas, intimidação ou
ameaça aos colegas, assobios e gritos, abandono da sala sem permissão, falsificação de documentos.

c. Perturbador muito Grave: intimidação ou ameaça ao professor, insulto ao professor, bullying, danificação
de equipamentos escolares, roubo de objetos ou dinheiro, arremesso de objetos contundentes/cortantes.

3. Fora da sala de aula são consideradas infrações o incumprimento das regras da biblioteca, do bufete e do
refeitório, as corridas e gritos nos corredores, a violência verbal e física, a desobediência e ofensa aos assistentes
operacionais e aos professores, o arremesso de lixo para o chão, a falta de participação na manutenção da
higiene e da ordem nos espaços comuns, a danificação de equipamentos escolares, a posse de substâncias ilícitas,
a prática de bullying.

Artigo 175.º
Participação de Ocorrência

1. O professor ou elemento do pessoal não docente que presencie ou tenha conhecimento de comportamentos
suscetíveis de constituir infração disciplinar, nos termos do artigo anterior, deve preencher uma participação
de ocorrência disciplinar e colocá-lo no dossier de ocorrências.

2. O aluno que presencie um comportamento considerado infração deve comunicá-lo imediatamente ao diretor de
turma, professor ou assistente operacional, o qual, no caso de o considerar perturbador muito grave, o participa
de imediato à direção da escola que desencadeará os procedimentos relativos à resolução dos problemas
ocorridos e aplicação de medidas disciplinares.

SECÇÃO III

MEDIDAS DISCIPLINARES

Subsecção 1 – Aplicação de Medidas Disciplinares

Artigo 176.º
Finalidades das Medidas Disciplinares

1. As medidas disciplinares prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando,


de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no
exercício da sua atividade profissional e dos demais funcionários, bem como a segurança de toda a comunidade
educativa.

2. Medidas corretivas e sancionatórias visam ainda garantir o normal prosseguimento das atividades da escola, a
correção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento
equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na
comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e da sua aprendizagem.

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3. As medidas disciplinares devem ser aplicadas em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os
objetivos da sua educação e formação, no âmbito do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e do
projeto educativo da escola, nos termos deste Regulamento Interno.

Artigo 177.º
Determinação da Medida Disciplinar

1. Na determinação da medida disciplinar, corretiva ou sancionatória, tem-se em consideração a gravidade do


incumprimento do dever, as circunstâncias atenuantes e agravantes apuradas em que esse incumprimento se
verificou, o grau de culpa do aluno, a sua maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais.

2. São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom comportamento anterior, o
seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento com arrependimento da natureza ilícita da sua conduta.

3. São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, a gravidade do dano


provocado a terceiros e a acumulação de infrações disciplinares e a reincidência nelas, em especial se ocorrer
no decurso do mesmo ano letivo.

4. É ainda considerada circunstância agravante a aplicação ao aluno de medidas disciplinares sancionatórias de


suspensão da escola verificada no ano letivo anterior.

Subsecção 2 – Medidas Disciplinares Corretivas


Artigo 178.º
Tipologia de Medidas Corretivas

1. As medidas corretivas prosseguem finalidades pedagógicas, dissuasoras e de integração, assumindo uma


natureza eminentemente preventiva.
2. As medidas corretivas poderão passar por:

a. Advertência;
b. Ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;
c. Realização de tarefas e atividades de integração, na escola ou na comunidade, ou de estudo no GID ou na
sala de estudo, pode aumentar o período diário e ou semanal de permanência obrigatória do aluno na escola
ou no local onde decorram as tarefas ou atividades a realizar;

d. Condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos materiais e equipamentos,


sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas;

e. Mudança de turma.

Artigo 179.º
Enquadramento das Medidas Corretivas

1. A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um comportamento perturbador do
funcionamento normal das atividades escolares ou das relações entre os presentes no local onde elas decorrem,
com vista a alertá-lo para evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo cumprimento dos seus deveres como
aluno. Na sala de aula a advertência é da exclusiva competência do professor, cabendo, fora dela, a qualquer
professor ou membro do pessoal não docente.

2. A ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar é da exclusiva
competência do professor e implica a ida do aluno para o GID e a entrega ao diretor de turma de uma participação
escrita de ocorrência disciplinar.

3. Relativamente à aplicação da medida corretiva referida na alínea c) do n.º 2 do artigo anterior, cabe ao diretor
de turma determinar o número de horas a aplicar consoante o tipo de ocorrência, comunicar ao encarregado de
educação essa medida e ao aluno realizar a tarefa no GID, sala de estudo ou outro local em horário não coincidente

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com as suas atividades letivas. O cumprimento por parte do aluno de atividades de integração na escola ou na
comunidade não isenta o aluno da obrigação de cumprir o horário letivo da turma.

4. A execução da medida corretiva prevista na alínea d) do n.º 2 do artigo 178.º, não pode ultrapassar o período de
tempo correspondente a um ano escolar.

6.A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas c) d) e e) do n.º 2 do artigo 178.º é da competência do(a)
diretor(a) da escola que, para o efeito, procede sempre à audição do diretor de turma a que o aluno pertence, bem
como da equipa multidisciplinar ou professor tutor, caso exista.

7.A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas d) e e) pelo(a) diretor(a) da escola pode ainda resultar
de proposta do conselho de turma e do instrutor em sede de procedimento disciplinar.

5.A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de ordem de saída da sala
de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez, independentemente do professor que
a aplicou, após apreciação prévia da situação pela direção executiva, implica a análise da situação em conselho de
turma, tendo em vista a identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação de outras medidas
disciplinares corretivas ou sancionatórias, exceto naqueles casos em que, ouvido o diretor de turma, a direção
executiva decida de imediato pela instauração de procedimento disciplinar.

SUBSECÇÃO 3 – Medidas Disciplinares Sancionatórias

Artigo 180.º
Tipologia de Medidas Sancionatórias

1. As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar imputada ao comportamento do aluno,
devendo a ocorrência dos factos suscetíveis de a configurar ser participada de imediato pelo professor ou
funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento à direção da escola, a qual por sua vez informará o
diretor de turma e a equipa multidisciplinar ou professor tutor, caso exista.

2. São medidas disciplinares sancionatórias:


a. A repreensão registada;
b. A suspensão até 3 dias úteis;
c. A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;
d. A transferência de escola;
e. A expulsão da escola.
3. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada, quando a infração for praticada na
sala de aula, é da competência do professor respetivo, competindo ao(à) diretor(a) da escola nas restantes
situações, averbando-se no respetivo processo individual do aluno a identificação do autor do ato decisório,
data em que o mesmo foi proferido e fundamentação de facto e de direito de tal decisão.

4. A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, com a devida fundamentação dos factos
que a suportam, pelo(a) diretor(a) da escola, após o exercício dos direitos de audiência e defesa do visado, nos
termos previstos para os adotados em procedimentos disciplinares.

5. Compete ao(à) diretor(a) da escola, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno, quando menor de
idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida no número
anterior é executada, garantindo ao aluno um plano de atividades pedagógicas a realizar, com
corresponsabilização daqueles e podendo igualmente, se assim o entender, estabelecer eventuais parcerias ou
celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

6. Compete ao(à) diretor(a) a decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola entre
4 e 12 dias úteis, após a realização do procedimento disciplinar, podendo previamente ouvir o conselho de turma,
para o qual deve ser convocado o professor tutor, quando exista e não seja professor da turma.

7. O não cumprimento do plano de atividades pedagógicas pode dar lugar à instauração de novo procedimento
disciplinar, considerando-se a recusa circunstância agravante.

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8. A aplicação das medidas disciplinares sancionatórias de transferência de escola e expulsão competem, com
possibilidade de delegação, ao diretor-geral da educação.

9. Compete ao(à) diretor(a) da escola decidir sobre a reparação dos danos ou a substituição dos bens lesados ou,
quando aquelas não forem possíveis, sobre a indemnização dos prejuízos causados pelo aluno à escola ou a
terceiros, podendo o valor da reparação calculado ser reduzido, na proporção a definir pelo diretor, tendo em
conta o grau de responsabilidade do aluno e ou a sua situação socioeconómica.

Artigo 181.º
Acumulação de Medidas Disciplinares

A acumulação de medidas disciplinares encontra-se regulamentada, artigo 29.º da Lei 51/2012 de 5 de setembro.

Artigo 182.º
Procedimento Disciplinar

1. A competência para a instauração de procedimento disciplinar é do(a) diretor(a) ou de quem o substitua e faz-
se de acordo com o disposto na Lei 51/2012 de 5 de setembro e outra legislação aplicável.

2. Tratando-se de aluno maior, a notificação é feita diretamente ao próprio.

3. O diretor deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em que profere o despacho de instauração
do procedimento disciplinar.

4. A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis, contados da data de
notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento disciplinar, sendo obrigatoriamente realizada,
para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do
aluno, e sendo este menor de idade, do respetivo encarregado de educação.

5. Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não constituindo a
falta de comparência motivo do seu adiamento, podendo esta, no caso de apresentação de justificação da falta
até ao momento fixado para a audiência, ser adiada.

6. No caso de o respetivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode ser ouvido na
presença de um docente por si livremente escolhido e do diretor de turma ou do professor-tutor do aluno,
quando exista, ou, no impedimento destes, de outro professor da turma designado pelo diretor.

7. Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos interessados.

8. Finda a instrução, o instrutor elabora e remete ao diretor, no prazo de três dias úteis, relatório final do qual
constam, obrigatoriamente:

a. Os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao tempo, modo e lugar;
b. Os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou regulamentares;
c. Os antecedentes do aluno constituem-se como circunstâncias atenuantes ou agravantes;
d. A proposta de medida disciplinar corretiva e/ou sancionatória aplicável ou de arquivamento do procedimento.

9. No caso da medida disciplinar sancionatória proposta ser a transferência de escola ou de expulsão da escola, a
mesma é comunicada para decisão ao diretor-geral da educação, no prazo de dois dias úteis.

Artigo 183.º
Celeridade do Procedimento Disciplinar

De acordo com o artigo 31º da Lei 51/2012 de 5 de setembro.

Artigo 184.º
Suspensão Preventiva do Aluno

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De acordo com o artigo 32º da Lei 51/2012 de 5 de setembro.

Artigo 185.º
Decisão Final

De acordo com o artigo 33º da Lei 51/2012 de 5 de setembro.

SECÇÃO IV – EXECUÇÃO DAS MEDIDAS DISCIPLINARES

Artigo 186.º

Acompanhamento do aluno na execução da medida disciplinar

1. Compete ao diretor de turma e ou ao professor-tutor do aluno, caso tenha sido designado, o acompanhamento
do aluno na execução da medida corretiva ou sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua
atuação com os pais ou encarregados de educação e com os professores da turma, em função das necessidades
educativas identificadas e de forma a assegurar a corresponsabilização de todos os intervenientes nos efeitos
educativos da medida.

2. A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da execução da medida


corretiva de atividades de integração na escola ou no momento do regresso à escola do aluno a quem foi aplicada
a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola.

3. O disposto no número anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na nova escola para que foi
transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória.

4. Na prossecução das finalidades referidas no n.º 1, a escola conta com a colaboração dos serviços especializados
de apoio educativo e ou das equipas multidisciplinares previstas no presente regulamento.

SECÇÃO V

DECISÃO FINAL DE APLICAÇÃO DE MEDIDA DISCIPLINAR

Artigo 187.º
Recurso sobre Medida Disciplinar

1. Da decisão final de aplicação de medida disciplinar cabe recurso, a interpor no prazo de cinco dias úteis,
apresentado nos serviços administrativos da escola e dirigido:
a. Ao conselho geral da escola, relativamente a medidas aplicadas pelos professores ou pelo diretor;
b. Para o membro do governo competente, relativamente às medidas disciplinares sancionatórias aplicadas pelo
diretor-geral da educação.

2. O presidente do conselho geral designa, de entre os seus membros, um relator, a quem compete analisar o
recurso e apresentar ao conselho geral uma proposta de decisão.

3. Para os efeitos previstos no número anterior, pode o conselho geral, se assim o entender, constituir uma
comissão especializada com professores e pais ou encarregados de educação, ou outros elementos, cabendo a
um dos seus membros o desempenho da função de relator.

4. A decisão do conselho geral é tomada no prazo máximo de 15 dias úteis e notificada aos interessados pelo diretor,
nos termos da legislação aplicável.

Artigo 188.º
Salvaguarda da Convivência Escolar

1. Qualquer professor ou aluno da turma contra quem outro aluno tenha praticado ato de agressão moral ou física,
do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola por
período superior a oito dias úteis, pode requerer ao(à) diretor(a) a transferência do aluno em causa para turma
à qual não lecione ou não pertença, quando o regresso daquele à turma de origem possa provocar grave
constrangimento aos ofendidos e perturbação da convivência escolar.

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2. O(A) diretor(a) decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis, fundamentando a sua decisão.

3. O indeferimento do(a) diretor(a) só pode ser fundamentado na inexistência na escola de outra turma na qual o
aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência da disciplina ou disciplinas em causa ou na impossibilidade
de corresponder ao pedido sem grave prejuízo para o percurso formativo do aluno agressor.

SECÇÃO VI

RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL

Artigo 189.º
Responsabilidade Civil e Criminal

1. A aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória não isenta o aluno e o respetivo
representante legal da responsabilidade civil e criminal a que, nos termos gerais de direito, haja lugar.

2. Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o comportamento do aluno
maior de 12 anos e menor de 16 anos puder constituir facto qualificado como crime, deve a direção da escola
comunicar o facto ao Ministério Público junto do Tribunal de Família e Menores de Setúbal.

3. Caso o menor tenha menos de 12 anos de idade, a comunicação referida no número anterior deve ser dirigida à
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Setúbal.

4. O início do procedimento criminal pelos factos que constituam crime e que sejam suscetíveis de desencadear
medida disciplinar sancionatória depende apenas de queixa ou de participação pela direção da escola, devendo
o seu exercício fundamentar-se em razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa
no desenvolvimento do procedimento criminal perante os interesses relativos à formação do aluno em questão.

5. O disposto no número anterior não prejudica o exercício do direito de queixa por parte dos membros da
comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e interesses legalmente protegidos.

CAPÍTULO X

MOBILIDADE NOS ESPAÇOS EXTERIORES E INTERIORES DA ESCOLA

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Artigo 190.º
Espaços Exteriores de Recreio da Escola

Por condições que se prendem com manutenção e conservação, o acesso aos espaços ajardinados, circuito CIAM e
campo de jogos é condicionado, dependendo de instruções dadas por professores e assistentes operacionais.

Artigo 191.º
Salas de Aula

1. Durante os intervalos das aulas, bem como nos períodos em que não estão a ser utilizadas, as salas de aula
devem manter-se fechadas à chave.

3. Relativamente à utilização dos equipamentos eletrónicos aplica-se o previsto no ponto 18, do artigo 135.º deste
regulamento.

4. Sempre que se justifique a direção ligará o bloqueador de telemóveis.

5. É expressamente proibida a ingestão de alimentos ou bebidas dentro das salas de aula, bem como mascar
pastilhas elásticas.

6. Estas normas são extensivas a salas de aula específicas e centro de recursos educativos/biblioteca.

Artigo 192.º
Corredores de Acesso às Salas de Aula

1. É proibida a permanência dos alunos nos corredores de acesso às salas de aula, quando não estão em aulas.

2. Depois dos intervalos, os alunos só têm acesso aos corredores de acesso às salas de aula para se dirigirem às
mesmas.
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3. Após a aula terminar, os alunos deverão sair, de imediato, e deixar os respetivos corredores de acesso.

4. Qualquer tipo de comportamento que perturbe o normal funcionamento das atividades letivas deve ser evitado,
nomeadamente ruído excessivo no interior ou exterior das salas de aula, bem como a prática de atividades
desportivas fora do espaço próprio.

5. É interdita a utilização pelos alunos da escada do bloco A que faz a ligação entre o átrio da sala dos professores
e a biblioteca.

Artigo 193.º
Revisão do Regulamento Interno da Escola

O Regulamento Interno da escola é revisto, a pedido do presidente do conselho pedagógico nos termos do regime
de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos do ensino básico e secundário, e aprovado pelo
conselho geral.

Artigo 194.º
Divulgação do Regulamento Interno da Escola

1. O regulamento interno da escola é publicitado na página eletrónica da escola, fornecido gratuitamente ao aluno
(direitos e deveres do aluno), quando inicia a frequência da escola e sempre que o regulamento seja objeto de
atualização e está disponível na sala de professores.

2. Os pais e encarregados de educação devem, no ato da matrícula, conhecer o Regulamento Interno da escola e
subscrevê-lo, fazendo-o subscrever igualmente aos seus filhos e educandos, em declaração anual, em duplicado,
de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral.

3. Os coordenadores dos diretores de turma deverão, junto dos diretores de turma, promover a divulgação dos
principais aspetos relativos às faltas dos alunos, sua justificação e efeitos.

4. Os coordenadores de departamento e os subcoordenadores deverão promover a divulgação do regulamento


interno junto dos seus grupos de recrutamento.

Artigo 195.º
Vigência do Regulamento Interno da Escola

1. Após o primeiro ano, o regulamento interno será obrigatoriamente revisto e poderá sofrer as alterações
consideradas necessárias, em conformidade com a legislação em vigor e documentos estruturantes de escola.
Os diferentes órgãos da escola poderão apresentar ao(à) diretor(a), em qualquer altura, propostas de alteração.
Para que tal aconteça, o(a) diretor(a) deve, ouvido o conselho pedagógico, elaborar a respetiva proposta e
submetê-la para aprovação em conselho geral.

2. Este regulamento interno entrará em vigor no primeiro dia de aulas do ano letivo 2017/2018.

Regulamento Interno aprovado pelo Conselho Geral da Escola em 24 de julho de 2017.

A Presidente do Conselho Geral,

Cristina Serra

A Presidente da CAP,

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Clemência Funenga

Revisão do Regulamento Interno em 9 de outubro de 2018.

A Diretora,

Clemência Funenga

ANEXO 1 - Organograma

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Diretor(a)

C.O.Qualificante
Of. Qualificante
Qualificantnn
alificante

Ed. Saúde

P. Bibliotecário

Equipa TIC

ANEXO 2 - Legislação de Referência


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Flexibilização do currículo:
Portaria n.º 235-A/2018 de 23 de agosto - Regulamentação PAFC - cursos profissionais
Portaria n.º 226-A/2018 de 06 de agosto - Regulamentação PAFC - ensino secundário/CCH
Portaria n.º 223-A/2018 de 03 de agosto - Regulamentação PAFC - ensino básico
Declaração de Retificação n.º 29-A/2018 - Retifica o Decreto-Lei n.º 55/2018
Decreto-Lei n.º 55/2018 de 6 de julho - Currículo dos ensinos básico e secundário e avaliação das
aprendizagens
Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória
Despacho n.º 6478-2017 - Homologa o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória
Despacho n.º5908-2017 de 5 de julho - Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular
Despacho n.º 3721/2017 - Projetos-piloto de inovação pedagógica
Lei 85/2009 - Alargamento Escolaridade Obrigatória

Serviços Especializados:
Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho - Regime jurídico da educação inclusiva. (Revoga o Decreto -Lei n.º
3/2008 e a Portaria n.º 201 -C/2015)
Portaria n.º 201-C/2015 de 10 de julho - Revoga a Portaria n.º 275 -A/2012 - Alunos com CEI
Portaria n.º 350-A/2017 de - Medidas de apoio educativo a prestar a crianças e jovens com doença
oncológica.

Organização do ano letivo / Calendário Escolar / Matrículas:


Despacho Normativo n.º 10-B/2018 de 6 de julho - Organização do ano letivo
Despacho Normativo n.º 10-A/2018 de 19 de junho - Regime de constituição de turmas
Despacho n.º 6020-A/2018 de 19 de junho - Calendário Escolar 2018-2019
Despacho Normativo n.º 6/2018 - de 12 de abril - Procedimentos de matrícula e normas na distribuição de
crianças e alunos.
Despacho n.º 4523-A/2018 - de 8 de maio - Calendário de adoção de manuais escolares para 2018

Estatuto do Aluno:
Lei 51/2012 de 5 de set - Estatuto do Aluno

Estatuto da Carreira Docente:


ECD - atualização 2016
Decreto Lei 41/2012 - Estatuto da Carreira Docente
Declaração de retificação n.º 20 (ao Decreto Regulamentar 26/2012) de 20 de Abril de 2012
Decreto Regulamentar 26/2012 de 21 fevereiro - Regula o sistema de avaliação do desempenho docente

Autonomia, Administração e Gestão das Escolas:


Decreto-Lei n.º 72/2015 de 11 de maio - Conselhos municipais de educação e carta educativa.
Decreto Lei 137/2012 de 2 de julho - Alteração ao regime de autonomia (republicação do Decreto Lei
75/2008).
Decreto Lei 75/2008, de 22 de Abril - Aprova regime de autonomia, administração e gestão dos
estabelecimentos

Português - Língua Não Materna:


Despacho Normativo 7/2006, de 6 fevereiro - Normas Orientadoras no domínio do PLNM
Documento Orientador do PLNM (ME_Julho_2005)
Perfis Linguísticos

Rede de Bibliotecas Escolares:


Portaria n.º 756/2009 - Regulamenta a função de professor bibliotecário

Desporto Escolar:
Despacho n.º 6827/2017 de 8 de agosto - Reforço do crédito horário disponível para o desporto escolar.

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Anexo 3

FORMALIZAÇÃO DE VISITAS DE ESTUDO, DESLOCAÇÕES AO ESTRANGEIRO E EM TERRITÓRIO NACIONAL,


INTERCÂMBIOS ESCOLARES, AULAS NO EXTERIOR E PASSEIOS ESCOLARES

As atividades que se enquadram em visitas de estudo, deslocações ao estrangeiro e em território nacional,


intercâmbios escolares, aulas no exterior e passeios escolares integram-se nas seguintes legislações: Despacho nº
28/ME/91, Despacho nº 3633/2017, Circular Informativa nº 1/2017 da DGEstE e Regulamento Interno da escola
(Artigo nº 114º e artigo nº115º).

Na organização e pedidos de aprovação das visitas de estudo, deslocações ao estrangeiro e em território nacional,
intercâmbios escolares, aulas no exterior e passeios escolares estabelece-se o seguinte:

1 - PLANIFICAÇÃO

1. A planificação das visitas de estudo deve ser realizada no início do ano, constando do Plano de Turma (PT) e do
Plano anual e Plurianual de Atividades (PAPA), devendo ser devidamente aprovadas pelos órgãos competentes.

2. As visitas de estudo são propostas pelo conselho de turma tendo em vista a interdisciplinaridade, coordenação
de departamento ou projetos. As mesmas podem ainda ser propostas por um professor ou um grupo de
professores que se candidatou a um projeto internacional aprovado.

3. As propostas de visitas de estudo que não estejam incluídas inicialmente no PAPA carecem de autorização do
conselho pedagógico.

4. Compete ao conselho de turma garantir uma distribuição equitativa do número de visitas de estudo.

5. Para que as visitas de estudo se possam realizar, é desejável a participação de pelo menos 80% dos alunos da
mesma turma.

6. As visitas de estudo devem realizar-se preferencialmente no primeiro e segundo períodos, sobretudo para os
alunos em ano de exames.

7. As visitas devem ser planeadas tendo em conta as turmas que não participam, devendo para isso os professores
entregar planos de ocupação.

8 – Os alunos encontram-se cobertos por seguro escolar em território nacional e por seguro de grupo, em território
estrangeiro.

9. Aos docentes organizadores e acompanhantes cabe o dever de vigilância e custódia dos alunos, devendo solicitar
nos serviços administrativos documento assinado pela direção, comprovando a sua idoneidade devendo ser
portadores do mesmo durante o tempo em que decorre a visita de estudo.

10. Na possibilidade da ocorrência de danos causados pelos alunos no decurso das atividades que não se enquadrem
no âmbito do seguro escolar ou do seguro da transportadora, estes serão da responsabilidade dos encarregados
de educação, independentemente de procedimento disciplinar.

11. Devido às suas características pedagógicas e didáticas, bem como à sua integração no Projeto Educativo de
Escola (PEE) ou PT, a participação dos alunos tem caráter obrigatório decorrente do dever de assiduidade que
lhes assiste, desde que estas sejam gratuitas. Constituem exceções, as visitas propostas pelos projetos de escola,
cuja participação dos alunos é voluntária.

12. Os alunos que não participarem nas atividades deverão realizar trabalho ou atividades que lhes permita atingir
os objetivos propostos para a atividade.

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13. Os alunos não participantes, com exceção dos que têm atividades letivas fora da escola, deverão apresentar-
se no horário correspondente, caso contrário ser-lhes-á marcada falta.

14. Os alunos carecem da autorização dos encarregados de educação para atividades no país e de assinatura
autenticada, assim como termo de responsabilidade para autorização de saída do país, devendo os responsáveis
enviar circular informativa ou marcar reunião com todos os interessados.

15. As visitas devem ser calendarizadas através de documento colocado no livro de ponto, de modo a evitarem-se
coincidências de atividades ou períodos de avaliação.

16. Os responsáveis devem estabelecer os contatos com os locais a visitar, estabelecer e recolher a verba,
entregando-a com a antecedência superior a 30 dias, nos serviços administrativos.

17. Os diretores de turma deverão incentivar os alunos e os encarregados de educação para a importância das
visitas de estudo no processo de ensino aprendizagem.

18. Para todas as visitas de estudo, a empresa de transporte será contratada pela escola de acordo com o
procedimento de compras públicas.

19. As empresas de transporte coletivo devem ter os seguintes documentos: autorização de transporte atualizado
e seguro de responsabilidade civil.

20. As empresas contratadas deverão passar faturas em nome da Escola Secundária de Dom Manuel Martins, a qual
será entregue nos serviços de contabilidade para posterior pagamento por estes serviços.

2 - ORGANIZAÇÃO

1. A proposta de qualquer visita deve ser entregue no ASE pelo professor proponente, com a antecedência mínima
de oito dias relativamente ao dia da visita.

2. O professor responsável deverá ter cinco ou mais anos de exercício efetivo de funções e a sua designação deverá
ser objeto do parecer favorável do conselho pedagógico.

3. As visitas de estudo no país, com duração superior a três dias, deverão ser incluídas no PAPA e entregues a sua
planificação com a antecedência mínima de 30 dias.

4. As visitas de estudo ao estrangeiro, não carecendo de autorização da DGEstE por delegação de competências nos
diretores/presidentes de CAP, carecem de pedido de autorização com a respetiva planificação, com a
antecedência mínima de 30 dias.

5. Devido à sua imprescindibilidade para o ensino e para as aprendizagens dos alunos, os docentes proponentes e
acompanhantes de visitas de estudo devem entregar na direção, através dos serviços administrativos, os
seguintes elementos:

a) Países/locais a visitar;
b) Turmas participantes;
c) Número total de alunos da disciplina por turma e o número de alunos que se disponibilizam a participar;
d) Data e hora;
e) Tema;
f) Objetivos;
g) Professores proponentes e acompanhantes;
h) A disciplina/grupo que propõe a visita de estudo,
i) Transporte utilizado;
j) Guião da visita de estudo;
k) Pedido/comprovativo de seguro.
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6. Os serviços administrativos justificam as faltas dos docentes que participam em visitas de estudo, de acordo com
o regimento de faltas e numeração de aulas.

7. O número de alunos por cada docente em visita de estudo é de 15, com exceção do ratio de 10 alunos por
professor nos seguintes casos:

a) Cursos de educação e formação;


b) Curso vocacional;
c) Cursos profissionais;
d) Visitas com duração superior a um dia;
e) Visitas ao estrangeiro.

8. Os professores acompanhantes de jovens com menos de 16 anos não podem permitir a abertura das janelas dos
autocarros. O transporte deverá ter:

a) Lugares para todos os passageiros;


b) Uso obrigatório de cintos de segurança;

9. Os professores devem verificar antes da visita se têm na sua posse todas as autorizações dos Pais/encarregados
de educação e na hora da partida garantir que os alunos se mantêm sentados e com os cintos de segurança.
Durante a viagem verificar se os cintos estão colocados.

10. Os professores organizadores deverão entregar aos outros professores acompanhantes uma lista com os nomes
dos alunos participantes.

11. Os professores em visita de estudo, com alunos com idades inferiores a 16 anos, devem fazer-se acompanhar
de colete refletor e raquete vermelha e declaração de idoneidade.

12. Os organizadores deverão colocar, com dois dias de antecedência, no livro de ponto, a lista dos professores e
dos alunos participantes.

13. Caso se detetem alunos com problemas económicos graves, tal facto deverá ser comunicado à direção ou aos
serviços do ASE.

14. O professor proponente deverá elaborar um relatório final da realização da atividade enviando- o, por e-mail,
à equipa do PAPA.

15. O relatório deverá ser preenchido na aplicação informática do PAPA.

16. As visitas de estudo ao estrangeiro efetuam-se nas condições referidas anteriormente, não podendo contudo
durar mais do que 5 dias úteis e com objetivos de aprendizagem bem definidos, visando complementar os
conhecimentos teórico-práticos.

17. As visitas que surjam antes ou após a aprovação do PAPA deverão ser apresentadas no conselho pedagógico
pelos coordenadores de departamento.

3 - AULAS NO EXTERIOR DA ESCOLA

1. Considera-se a atividade decorrente da planificação da atividade letiva que, por falta de condições ou interesse
não pode realizar-se no espaço escolar. As aulas fora do espaço escolar podem ter caráter esporádico ou
permanente.

2. Os professores responsáveis por aulas fora do espaço escolar deverão solicitar à direção, através dos serviços
administrativos, com a devida antecedência, a saída do espaço escolar.

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3. Compete à direção a aprovação das aulas fora do espaço escolar.

4. As aulas fora do espaço escolar carecem de autorização dos encarregados de educação.

5. As aulas fora do espaço escolar devem ter a participação de todos os alunos, caso contrário ser-lhes-á marcada
falta.

6. Os professores responsáveis devem comunicar, em devido tempo, qualquer anomalia verificada nas instalações
onde se realizou a atividade.

7. Nas atividades de carácter permanente a direção deverá receber no final de cada período um relatório da
atividade desenvolvida.

4 – GEMINAÇÕES E INTERCÂMBIOS ESCOLARES

Os programas de geminação e intercâmbios escolares integram-se em programas configurando um caráter formativo


de relações interculturais, devendo reger-se pelos seguintes princípios: i) predomínio da componente pedagógica
na elaboração do projeto; ii) inserção do projeto no PAPA.

4.1. GEMINAÇÃO

1. A geminação entre dois estabelecimentos de ensino, consiste no estabelecimento de uma relação de intercâmbio
que possibilita a relação de atividades escolares e culturais visando promover a solidariedade e cooperação
entre a população escolar, familiares e instituições.

2. A iniciativa cabe ao estabelecimento interessado, apresentando uma proposta através de uma ficha dirigida ao
diretor.

3. Por sua iniciativa, o(a) diretor(a) pedirá o parecer do conselho pedagógico sobre a pertinência do pedido de
geminação.

4. As atividades a desenvolver no âmbito dos projetos de geminação serão, com as devidas adaptações, as mesmas
a aprovar para intercâmbios escolares.

4.2. INTERCÂMBIOS ESCOLARES

1. O intercâmbio escolar assenta numa modalidade com deslocações ao estrangeiro, não podendo exceder sete dias
úteis e o número de professores não pode ser superior a três.

2. O pedido de saída para participar no intercâmbio deverá ser apresentado ao diretor em ficha própria.

3. Todas as propostas de mobilidade para intercâmbios deverão conter a indicação dos professores acompanhantes
e do responsável.

4. O professor responsável deverá ter cinco ou mais anos de exercício efetivo de funções e a sua designação deverá
ser objeto do parecer favorável do conselho pedagógico.

5. Todas as visitas/deslocações ao estrangeiro, serão comunicadas ao Ministério dos Negócios Estrangeiros,


procedendo-se ao respetivo registo da viagem no endereço de e-mail do Registo ao Viajante (gec@mne.pt).

7. As mobilidades em intercâmbio com professores carecem da autorização do(a) diretor(a), devendo o pedido ser
feito com a respetiva planificação, com a antecedência mínima de trinta dias.

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8. Devido à sua imprescindibilidade para o ensino e para as aprendizagens dos alunos, os docentes proponentes e
acompanhantes de visitas de estudo devem entregar na direção, através dos serviços administrativos, os
seguintes elementos:

a) Países/locais a visitar;
b) Alunos participantes;
c) Data;
d) Tema;
e) Objetivos;
f) Professor responsável e acompanhantes;
g) Transporte utilizado;
h) Guião da visita de estudo;
i) Comprovativo do seguro de assistência em viagem.

9. Os projetos de intercâmbio deverão auto financiar-se, podendo a escola contribuir com algum apoio a título de
empréstimo, na fase que antecede a chegada das verbas contratualizadas.

10. O pedido deverá ser entregue pelos responsáveis com a devida antecedência, devendo ser autorizado pelo(a)
diretor(a).

11. As propostas de saída que decorram fora do período de aulas deverão ser entregues até duas semanas antes da
sua realização.

12. Quando a escola for centro acolhedor de grupos de alunos e professores estrangeiros, as atividades de
intercâmbio devem realizar-se em período que não perturbe o normal funcionamento das atividades letivas.

13. Quando a escola for centro acolhedor de grupos de alunos e professores estrangeiros, a escola deve assegurar
as condições de segurança de todos os intervenientes.

14. Os organizadores deverão colocar em espaço próprio na sala de professores, com dois dias de antecedência, a
lista de alunos e professores participantes.

15. Os intercâmbios deverão realizar-se, preferencialmente, no 1º e 2º período.

16. O professor proponente deverá elaborar um relatório final da realização da atividade enviando-o à equipa do
PAPA.

5 - PASSEIOS ESCOLARES

1. A escola, em parceria com a comunidade escolar e outras entidades, pode autorizar a realização de passeios
escolares, semanas de campo e cursos de verão desde que devidamente enquadrados pelo PEE e PAPA e sem
prejuízo das atividades letivas.

2. A proposta pode ser feita em parceria com outras entidades.

3. Estas atividades formativas, passeios escolares, semanas de campo e cursos de verão, realizadas em Portugal ou
no estrangeiro, sendo da iniciativa da comunidade educativa e não se realizando em tempo letivo, são da
responsabilidade da escola, não carecem de autorização da DGEstE seguindo as regras anteriormente referidas
para visitas de estudo no estrangeiro e em Portugal.

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