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3666 Diário da República, 1.ª série — N.

º 121 — 26 de junho de 2013

MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DO EMPREGO nhecimento de qualificações profissionais de que sejam


E DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA titulares profissionais estabelecidos noutro Estado membro
do Espaço Económico Europeu e que prestem serviços às
entidades formadoras que solicitem a certificação, quer
Portaria n.º 208/2013 estas sejam estabelecidas em território nacional ou noutro
de 26 de junho Estado membro, quando for necessário que as entidades
formadoras disponham de profissionais com determinadas
O Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, transpôs qualificações. Nestes casos, o reconhecimento das qualifi-
para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE cações profissionais realiza-se de acordo com o disposto
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro na Lei n.º 9/2009, de 4 de março.
de 2006, relativa ao mercado interno dos serviços, estabele- A liberdade de escolha e acesso à profissão pode apenas
cendo os princípios e as regras necessários para simplificar ser restringida na medida do necessário para salvaguar-
o acesso e o exercício das atividades de serviços, simplifi- dar o interesse público ou por razões inerentes à própria
cando os seus regimes jurídicos, bem como os respetivos capacidade das pessoas e, por conseguinte, deve proceder-
procedimentos e requisitos de autorização. -se à simplificação e eliminação de barreiras no acesso a
Na sequência dos princípios consagrados no referido profissões e atividades profissionais. Nesse sentido, são
diploma, torna-se necessário alterar a Portaria n.º 851/2010, revogadas as normas relativas aos auditores. Esta alte-
de 6 de setembro, relativa à certificação de entidades for- ração não prejudica o respeito pelo princípio da seleção
madoras, prevista no n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei dos profissionais mais qualificados e melhor adaptados à
n.º 396/2007, de 31 de dezembro, a fim de que a mesma função de auditor.
constitua o regime quadro sobre a permissão administrativa Foram ouvidos os Parceiros Sociais com assento na
de entidades formadoras, para o qual remetam as legisla- Comissão Permanente de Concertação Social.
ções setoriais referentes a atividades relativamente às quais Assim, ao abrigo do n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei
a formação deva ser ministrada por entidades formadoras n.º 396/2007, de 31 de dezembro, manda o Governo, pelo
certificadas. A remissão para este regime quadro permite Secretário de Estado do Emprego e pelo Secretário de
superar as discrepâncias atualmente existentes entre os Estado do Ensino Básico e Secundário, o seguinte:
regimes dos diferentes controlos respeitantes a várias áreas
formativas. Artigo 1.º
Ao mesmo tempo, é necessário simplificar o procedi-
mento de certificação de entidades formadoras estabele- Objeto
cidas noutros Estados membros do Espaço Económico A presente portaria procede à alteração e republicação
Europeu, em que estejam sujeitas a controlos equivalentes. da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro.
Estas entidades formadoras que se estabeleçam e exerçam
a respetiva atividade em território nacional, caso preten- Artigo 2.º
dam obter a certificação, ficam sujeitas aos requisitos de
exercício da atividade aplicáveis a entidades certificadas Alteração da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro
constituídas em Portugal. Por outro lado, as entidades Os artigos 1.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 9.º, 10.º, 11.º, 13.º,
formadoras estabelecidas noutros Estados membros do 14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º e 21.º da Portaria n.º 851 /2010,
Espaço Económico Europeu que exerçam a respetiva ati- de 6 de setembro, passam a ter a seguinte redação:
vidade em território nacional em regime de livre prestação
de serviços, caso pretendam obter a certificação, ficam «Artigo 1.º
sujeitas apenas aos requisitos de recursos humanos, de
espaços e equipamentos diretamente relacionados com a [...]
execução das ações de formação, com dispensa dos que 1 — O presente diploma regula:
pressupõem estruturas estáveis em território nacional e,
ainda, dos requisitos de processos no desenvolvimento da a) O sistema de certificação inserida na política da
formação, de resultados e melhoria contínua. qualidade dos serviços de entidades formadoras, pre-
Em todas estas situações, consagra-se o deferimento visto no n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 396/2007,
tácito dos pedidos de certificação. de 31 de dezembro;
A autoridade competente para a certificação não será, em b) O regime supletivo de certificação para acesso
todos os casos, o serviço central competente do ministério e exercício da atividade de formação profissional,
responsável pela área da formação profissional, sendo tal aplicável nos termos estabelecidos em legislação se-
competência atribuída a autoridades setoriais, conforme torial, a fim de instituir um regime quadro de acordo
a área de formação em causa, nos termos da respetiva com os princípios e regras constantes no Decreto-lei
legislação setorial. n.º 92/2010, de 26 de julho, que transpôs para a ordem
Mantém-se a especificidade da certificação facultativa jurídica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE, de 12 de
de entidades formadoras que, em regra, não constitui um dezembro, relativa aos serviços no mercado interno.
requisito legal para o acesso e o exercício da respetiva ati-
vidade, e se insere numa política de qualidade dos serviços 2 — [...]
que os Estados membros devem incentivar, não havendo
Artigo 3.º
lugar, neste caso, a deferimento tácito dos pedidos apre-
sentados por entidades constituídas em Portugal. [...]
No âmbito da legislação setorial referente a atividades
[...]
relativamente às quais a formação deva ser ministrada
por entidades formadoras certificadas, os procedimentos a) [...]
da certificação podem necessitar de incorporar o reco- b) [...]
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c) [...] Artigo 5.º


d) “Certificação inserida na política da qualidade dos [...]
serviços”, a certificação que, de acordo com o artigo 26.º
da Diretiva n.º 2006/123/CE do Parlamento Europeu 1 — Pode obter a certificação a entidade formadora
e do Conselho, de 12 de dezembro de 2006, incentiva que satisfaça os seguintes requisitos:
a entidade formadora a assegurar voluntariamente a a) [...]
qualidade da prestação dos serviços de formação, não b) [...]
constituindo título legal para o acesso e exercício em c) [...]
território nacional de formação abrangida por legislação d) [...]
setorial referente a atividade relativamente à qual a
formação deva ser ministrada por entidade formadora
2 — [revogado]
certificada;
3 — As fontes de verificação do cumprimento dos
e) “Certificação regulada por legislação setorial”, a
requisitos referidos no n.º 1 constam do Anexo I da
certificação de entidade formadora que constitui título
presente portaria, que dela faz parte integrante, sem
legal para o acesso e exercício em território nacional de
prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-
atividade de formação, a qual, nos termos de legislação
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
setorial, deve ser ministrada por entidade formadora
certificada;
f) [anterior alínea d)] Artigo 6.º
g) «Referencial de certificação» o conjunto de requi- Entidades certificadoras
sitos de certificação da entidade formadora que definem
condições relativas à intervenção da mesma no âmbito 1 — A certificação das entidades formadoras inserida
para que é certificada. na política de qualidade dos serviços, assim como a
certificação regulada por legislação setorial, a que se
Artigo 4.º refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, são asseguradas
pelo serviço central competente do ministério respon-
Entidades formadoras sável pela área da formação profissional, sem prejuízo
1 — Pode requerer a certificação inserida na política do disposto no n.º 3.
da qualidade dos serviços qualquer entidade pública ou 2 — No âmbito do desenvolvimento, da monitoriza-
privada, nomeadamente, do âmbito educativo, científico ção e da regulação do sistema de certificação, compete à
ou tecnológico, que desenvolva atividades formativas, entidade certificadora a que se refere o número anterior,
salvo se estas corresponderem às previstas na respetiva nomeadamente:
lei orgânica, diploma de criação, homologação, auto- a) [...]
rização de funcionamento ou outro regime especial b) [...]
aplicável. c) [...]
2 — À certificação de entidade formadora esta- d) [...]
belecida noutro Estado membro do Espaço Eco- e) [...]
nómico Europeu e que nele opere legalmente com f) [...]
base em permissão administrativa ou certificação g) [...]
de qualidade por parte de entidade independente ou h) [...]
acreditada em área de educação e formação equi-
valente àquela em que pretende exercer atividade 3 — Sempre que a legislação setorial referida na
em território nacional, é aplicável o disposto nos alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º atribua a outra entidade
números seguintes. a competência para a certificação de entidades forma-
3 — A entidade formadora referida no número an- doras em determinada área de educação e formação ou
terior que se estabeleça em território nacional, caso em determinados cursos ou ações de formação, o ato de
pretenda obter a certificação, fica sujeita aos requisitos certificação é comunicado, nos termos dessa legislação,
de exercício da atividade regulados na presente portaria ao serviço referido no n.º 1.
e, sendo caso disso, na legislação setorial referida na
alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º.
Artigo 7.º
4 — A entidade formadora que exerça a atividade
em território nacional em regime de livre prestação de Referencial de certificação de entidade formadora
serviços, caso pretenda obter a certificação, fica sujeita
1 — Os requisitos do referencial de certificação res-
aos requisitos de exercício regulados na presente por-
peitam a:
taria e, sendo caso disso, na legislação setorial referida
na alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, com exceção dos a) [...]
aplicáveis apenas a entidade formadora estabelecida b) No caso de entidades formadoras estabelecidas
em território nacional. em território nacional, processos no desenvolvimento
5 — O disposto nos n.ºs 2 a 4 não prejudica o reco- da formação, resultados e melhoria contínua;
nhecimento de requisitos a que o prestador de serviços c) [revogada]
já tenha sido submetido noutro Estado membro, nos
termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto- 2 — Os requisitos do referencial de certificação de en-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho e, quanto aos requisitos tidade formadora, os critérios de apreciação e as fontes
relativos a qualificações profissionais, nos termos da de verificação constam do anexo II da presente portaria
Lei n.º 9/2009, de 4 de março. e fazem parte integrante da mesma.
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3 — A certificação de entidades formadoras deve 5 — [anterior n.º 4]


ainda observar requisitos específicos para determinada 6 — O cumprimento dos requisitos de certificação,
área de educação e formação, determinados cursos ou dos que se reportam a um pedido do seu alargamento
determinadas ações de formação, estabelecidos na le- a outras áreas de educação e formação ou dos que res-
gislação setorial a que se refere a alínea b) do n.º 1 do peitam a um pedido de transmissão para outra entidade,
artigo 1.º, que complementem ou derroguem os requi- caso não possa ser provado documentalmente, é veri-
sitos constantes da presente portaria. ficado nas instalações do requerente, sendo aplicável o
4 — A entidade certificadora divulga, no balcão único disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 11.º.
eletrónico dos serviços referido no artigo 6.º do Decreto- 7 — Os procedimentos são tramitados por sistema
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no seu sítio da inter- eletrónico, nos termos do n.º 5 do artigo 6.º do Decreto-
net, esclarecimentos adicionais relativos aos requisitos -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, acessível através do
referidos nos números anteriores e aos respetivos cri- balcão único eletrónico, bem como do sítio da internet
térios de apreciação e fontes de verificação. da entidade referida no n.º 1 do artigo 6.º caso seja esta
a entidade certificadora.
Artigo 9.º 8 — A entidade certificadora participa na coopera-
ção entre autoridades administrativas nos termos do
[...] Capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de ju-
1 — A certificação da entidade formadora é compro- lho, nomeadamente para confirmação das declarações e
vada mediante a emissão do respetivo certificado de comprovativos de requerente estabelecido noutro Estado
acordo com modelo aprovado pela entidade certificadora membro do Espaço Económico Europeu relativos aos
e a disponibilizar no sítio da internet da mesma. requisitos referidos no n.º 2 do artigo 4.º, aos requisitos
2 — Em caso de deferimento tácito do pedido de de recursos humanos e aos demais requisitos aplicá-
certificação regulada por legislação setorial, a que se veis, através do Sistema de Informação do Mercado
refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, e até à emissão do Interno (IMI).
respetivo certificado, o comprovativo da apresentação Artigo 11.º
do pedido acompanhado do comprovativo do pagamento [...]
da respetiva taxa vale como certificado para todos os
efeitos legais. 1 — A atividade da entidade formadora certificada é
3 — No caso de certificação inserida na política da objeto de auditoria que incide sobre a manutenção do
qualidade dos serviços, o certificado emitido pelo ser- cumprimento dos requisitos prévios de acesso à certifi-
viço central competente do ministério responsável pela cação e dos que respeitam ao referencial de certificação
área da formação profissional deve referir que o mesmo estabelecidos na presente portaria.
não constitui título legal para o acesso e exercício em 2 — [...]
território nacional de atividades de formação abrangidas 3 — A entidade certificadora pode, a todo o tempo, de-
por legislações setoriais. terminar a realização de auditorias com fundamento em
indícios de incumprimento do referencial de certificação
Artigo 10.º estabelecido na presente portaria, informando previa-
mente a entidade formadora dessa determinação.
[...] 4 — [...]
1 — No caso de certificação inserida na política da 5 — [...]
qualidade dos serviços, o representante legal da entidade a) [...]
formadora apresenta o requerimento no balcão único b) [...]
eletrónico dos serviços, de acordo com informação c) [...]
disponibilizada no sítio da internet da entidade certifi- d) [...]
cadora, indicando as áreas de educação e formação em e) Fazer uso da cooperação entre autoridades admi-
que se propõe exercer a atividade formativa, de acordo nistrativas, nos termos do Capítulo VI do Decreto-Lei
com o n.º 2 do artigo 1.º. n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente recorrendo
2 — O requerimento de certificação regulada por le- ao Sistema de Informação do Mercado Interno (IMI).
gislação setorial a que se refere a alínea b) do n.º 1 do
artigo 1.º deve ser apresentado no balcão único eletró- Artigo 13.º
nico dos serviços, acompanhado dos comprovativos da
[...]
verificação dos requisitos referidos no n.º 2 do artigo 4.º,
sendo caso disso, no n.º 1 do artigo 5.º, dos requisitos 1 — A certificação de entidade formadora, o alar-
de recursos humanos aplicáveis nos termos da presente gamento da certificação a outras áreas de educação
portaria e dos demais requisitos exigidos por aquela e formação e o pedido de transmissão da certificação
legislação. estão sujeitos ao pagamento de uma taxa, a efetuar pela
3 — A certificação pode ser alargada a outras áreas de entidade requerente com o respetivo requerimento.
educação e formação, a pedido da entidade formadora 2 — [...]
apresentado nos termos dos números anteriores. 3 — [revogado]
4 — A certificação, incluindo de entidade formadora 4 — O pagamento da taxa é condição prévia para a
a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º que se estabeleça prática dos atos previstos no n.º 1, exceto no caso de
em território nacional, pode ser transmitida para outra auditoria em que a taxa é paga no prazo indicado pela en-
entidade que adquira, nos termos legais e a qualquer tidade certificadora, considerando-se o não pagamento
título, a estrutura e a organização internas que funda- como oposição da entidade formadora à realização da
mentaram a certificação. mesma.
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Artigo 14.º c) No caso de entidade formadora estabelecida em


[...]
território nacional, ausência de atividade formativa em
dois anos consecutivos;
1 — A entidade certificadora disponibiliza o logótipo d) Interdição do exercício da sua atividade em terri-
de entidade formadora certificada no âmbito da política tório nacional, por decisão judicial ou administrativa.
da qualidade dos serviços e as regras da sua utilização,
que esta deve adotar na publicitação da atividade for- 7 — [...]
mativa. 8 — [...]
2 — [...]
3 — As entidades formadoras certificadas estabeleci- Artigo 17.º
das em território nacional devem registar e manter atua-
[...]
lizada a oferta formativa no sítio da internet indicado
pela entidade certificadora. O acompanhamento do procedimento de certificação
4 — [...] das entidades formadoras é assegurado por um conse-
5 — A entidade certificadora informa do ato de cer- lho de acompanhamento que funciona junto do serviço
tificação, nos termos do n.º 3 do artigo 6.º e através do central competente do ministério responsável pela área
sistema eletrónico a que se refere o n.º 7 do artigo 10.º, da formação profissional.
o serviço central competente do ministério responsá-
vel pela área da formação profissional, para efeitos de Artigo 18.º
divulgação de uma lista geral de entidades formadoras [...]
certificadas.
1 — [...]
Artigo 15.º a) [...]
[...] b) Os esclarecimentos adicionais da entidade cer-
tificadora ao referencial de certificação de entidade
1 — O desempenho da atividade da entidade forma- formadora;
dora certificada estabelecida em território nacional é c) [...]
objeto de avaliação, a ser aferida de acordo com indi- d) [...]
cadores relativos a:
a) [...] 2 — [...]
b) [...] a) Dois representantes do serviço central competente
c) [...] do ministério responsável pela área da formação pro-
fissional, um dos quais preside, por cooptação, tendo o
2 — [...] respetivo presidente voto de qualidade;
3 — A entidade formadora certificada estabelecida b) Um representante da Agência Nacional para a
em território nacional realiza anualmente um processo Qualificação e o Ensino Profissional, I. P.;
de autoavaliação com base nos indicadores referidos no c) [...]
n.º 1 e disponibiliza informação à entidade certificadora d) [...]
sobre os resultados do mesmo, por via eletrónica através e) [...]
do balcão único de serviços f) Um representante de cada membro do governo que
4 — [...] tutele entidades referidas no n.º 3 do artigo 6.º;
g) [anterior alínea f)]
Artigo 16.º h) [anterior alínea g)]
[...]
3 — [...]
1 — O incumprimento dos requisitos prévios ou 4 — [...]
dos que se reportam ao referencial de certificação 5 — [...]
ou, ainda, de algum dos deveres da entidade forma-
dora certificada estabelecidos na presente portaria Artigo 21.º
determina, conforme a gravidade das situações e a [...]
possibilidade da sua regularização, a revogação total
ou parcial da certificação, sem prejuízo do disposto 1 — A acreditação de entidade formadora, ao abrigo
nos números seguintes. da legislação agora revogada, cujo prazo de validade
2 — [...] esteja em curso à data da publicação da presente por-
3 — [...] taria, deixa de estar sujeita a período de validade, sem
4 — [...] prejuízo do disposto no n.º 3.
5 — [...] 2 — [...]
6 — A caducidade da certificação ocorre quando se 3 — [...]
verifique alguma das seguintes situações: 4 — A entidade formadora que tenha requerido a sua
certificação de acordo com o número anterior mantém
a) [...] a acreditação até à decisão do pedido, considerando-se
b) No caso de entidade formadora a que se refere até então certificada nos termos da presente portaria.
o n.º 2 do artigo 4.º, a cessação da legalidade da ati- 5 — [...]
vidade como entidade formadora no Estado membro 6 — [revogado]
de origem; 7 — [...]»
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Artigo 3.º nos termos do n.º 5 do artigo 14.º, abrange as entidades


Alteração do Anexo II da Portaria n.º 851/2010,
certificadas por organismos da administração central e
de 6 de setembro por serviços competentes das administrações das regiões
autónomas, nos termos da legislação setorial a que se
O Anexo II da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º.
é alterado nos termos do Anexo I à presente portaria, que 4 — O sistema eletrónico a que se refere o n.º 7 do
dela faz parte integrante. artigo 10.º assegura o intercâmbio da informação rela-
tiva à certificação de entidades formadoras recebida pelo
Artigo 4.º serviço central competente do ministério responsável
Aditamento à Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro pela área da formação profissional e pelos serviços
competentes responsáveis pela mesma área nas admi-
São aditados à Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, nistrações das regiões autónomas, nos termos do n.º 5
os artigos 10º-A e 19.º-A, com a seguinte redação: do artigo 14.º e do n.º 1 do presente artigo, com vista à
permanente atualização da lista das entidades formado-
«Artigo 10.º-A ras certificadas a operar em território nacional na posse
Decisão daqueles serviços.
1 — Na decisão de requerimento de certificação in- Artigo 5.º
serida na política da qualidade dos serviços, bem como
nas decisões de requerimento para alargamento a outras Revogação
áreas de educação e formação ou para a transmissão São revogados o n.º 2 do artigo 5.º, a alínea c) do n.º 1 do
daquela certificação, a proferir no prazo máximo de artigo 7.º, o artigo 12.º, o n.º 3 do artigo 13.º, o artigo 19.º
90 dias, não há lugar a deferimento tácito. e o n.º 6 do artigo 21.º da Portaria n.º 851/2010, de 6 de
2 — O requerimento de certificação regulada por setembro.
legislação setorial, a que se refere a alínea b) do n.º 1
do artigo 1.º, e o requerimento para alargamento dessa Artigo 6.º
certificação a outras áreas de educação e formação de-
vem ser decididos no prazo estabelecido nessa legis- Republicação
lação ou, na sua falta, em 60 dias ou ainda, no caso A Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro, é republi-
de entidade formadora referida no n.º 2 do artigo 4.º, cada no Anexo II da presente portaria, que dela faz parte
em 30 ou 15 dias, consoante esteja estabelecida em integrante, com a redação por esta conferida.
território nacional ou neste pretenda exercer a atividade
em regime de livre prestação de serviços, nos termos, Artigo 7.º
respetivamente, dos n.ºs 1 e 3 do artigo 4.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho. Entrada em vigor
3 — O requerimento de transmissão de certificação A presente portaria entra em vigor 90 dias após a sua
regulada por legislação setorial, entre entidades for- publicação.
madoras estabelecidas em território nacional, deve ser
decidido no prazo estabelecido nessa legislação ou, na O Secretário de Estado do Emprego, António Pe-
sua falta, no prazo de 30 dias. dro Roque da Visitação Oliveira, em 14 de junho de
4 — Os prazos a que se referem os números ante- 2013. — O Secretário de Estado do Ensino Básico e
riores começam a contar da entrega do requerimento, Secundário, João Henrique de Carvalho Dias Grancho,
acompanhado do comprovativo do pagamento da taxa em 13 de junho de 2013.
devida, na entidade certificadora.
5 — Os requerimentos previstos nos n.ºs 2 e 3 ANEXO I
consideram-se tacitamente deferidos, se a decisão não
for proferida no prazo estabelecido. (Referido no artigo 3.º desta Portaria)

Artigo 19.º-A Referencial de certificação de entidade formadora


Regiões Autónomas
(Referido no artigo 7.º da Portaria)
1 — Os atos e os procedimentos necessários à exe-
cução da presente portaria nas Regiões Autónomas I — Requisitos de estrutura e organização internas
dos Açores e da Madeira competem às entidades das
respetivas administrações regionais com atribuições e 1 — Recursos humanos
competências nas matérias em causa. A entidade formadora deve assegurar a existência de
2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei recursos humanos em número e com as competências ade-
n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos, quer quadas às atividades formativas a desenvolver de acordo
pelos organismos da administração central quer pelos com as áreas de educação e formação requeridas para a
serviços competentes das administrações das regiões certificação, com os seguintes requisitos mínimos:
autónomas no âmbito da presente portaria são válidos
para todo o território nacional, excetuados os referentes a) No caso de certificação inserida na política da qua-
a determinadas instalações físicas. lidade dos serviços de entidade formadora estabelecida
3 — A divulgação, pelo serviço central competente do em território nacional, um gestor de formação com ha-
ministério responsável pela área da formação profissio- bilitação de nível superior e experiência profissional ou
nal, da lista geral de entidades formadoras certificadas, formação adequada, que seja responsável pela política
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de formação, pelo planeamento, execução, acompanha- equipamentos adequados às intervenções a desenvolver,


mento, controlo e avaliação do plano de atividades, pela de acordo com a especificidade da área de educação e
gestão dos recursos afetos à atividade formativa, pelas formação. As instalações e os equipamentos podem ser
relações externas respeitantes à mesma, que exerça as propriedade da entidade, locados ou cedidos, ou ainda
funções a tempo completo ou assegure todo o período pertencentes a empresa ou outra organização a que a enti-
de funcionamento da entidade, ao abrigo de vínculo con- dade preste serviços de formação, e devem ter os requisitos
tratual. Considera-se experiência profissional adequada mínimos a seguir referidos:
três anos de funções técnicas na área da gestão e organi-
zação da formação; considera-se formação adequada a a) No caso de certificação inserida na política da quali-
formação na área da gestão e organização da formação e, dade dos serviços de entidade formadora estabelecida em
eventualmente, na área pedagógica, com duração mínima território nacional, espaços de atendimento ao público com
de 150 horas. as seguintes características:
b) No caso de entidade formadora estabelecida em
território nacional, um coordenador pedagógico com Identificação da entidade e horário de atendimento vi-
habilitação de nível superior e experiência profissional síveis do exterior;
ou formação adequada, que assegure o apoio à gestão Área e mobiliário adequados ao atendimento com co-
da formação, o acompanhamento pedagógico de ações modidade e privacidade.
de formação, a articulação com formadores e outros
agentes envolvidos no processo formativo, que preste A entidade formadora cuja atividade se dirija apenas a
regularmente funções ao abrigo de vínculo contratual. outras empresas ou organizações deve assegurar a existên-
Considera-se experiência profissional adequada três anos cia de um local de atendimento de clientes, devidamente
de funções no desenvolvimento de atividades pedagógi- identificado.
cas; considera-se formação adequada a profissionalização b) Salas de formação teórica com as seguintes carac-
no ensino ou outra formação pedagógica com duração terísticas:
mínima de 150 horas.
c) Formadores com formação científica ou técnica e Área útil de dois m2 por formando, no caso de certi-
pedagógica adequadas para cada área de educação e for- ficação inserida na política da qualidade dos serviços de
mação para a qual solicite certificação. entidade formadora estabelecida em território nacional;
d) Outros agentes envolvidos no processo formativo, Condições ambientais adequadas (luminosidade, tem-
nomeadamente tutores e mediadores, com qualificações peratura, ventilação e insonorização);
adequadas às modalidades, formas de organização e des- Condições de higiene e segurança;
tinatários da formação. Salas equipadas com equipamentos de apoio, nomeada-
e) No caso de entidade formadora estabelecida em ter- mente, videoprojetor, computador, retroprojetor, quadro,
ritório nacional, colaborador que assegure o atendimento televisão ou câmara de vídeo;
diário, a tempo completo, em qualquer estabelecimento Mobiliário adequado, suficiente e em boas condições
em que ocorra contacto direto com o público. de conservação.
f) No caso de certificação inserida na política da quali-
dade dos serviços de entidade formadora estabelecida em c) Às salas de formação em informática aplica-se o pre-
território nacional, colaborador qualificado ou recurso a visto no ponto anterior com as seguintes especificidades:
prestação de serviço para assegurar a contabilidade orga-
nizada segundo a legislação aplicável. Área útil de três m2 por formando, no caso de certifi-
cação inserida na política da qualidade dos serviços de
entidade formadora estabelecida em território nacional;
Para a forma de organização de formação à distância, a
entidade formadora deve ainda dispor de um colaborador Salas equipadas de forma a permitir o uso de equipa-
com formação ou experiência profissional mínima de um mentos de apoio tais como: painel de projeção, compu-
ano, designadamente em organização ou gestão de um dis- tadores (um computador por cada dois formandos e um
positivo de formação à distância, estratégias pedagógicas computador para o formador), monitores policromáticos,
e programas de formação à distância e sua implementação impressoras;
ou métodos e técnicas de tutoria em contexto de formação Computadores equipados com software específico para
à distância. as áreas a desenvolver;
A gestão da formação e a coordenação pedagógica po- Ligações em rede local e acesso à internet.
dem ser exercidas em acumulação, desde que sejam res-
peitados os requisitos previstos para cada uma e não seja d) Os espaços e equipamentos para a componente prática
afetado o exercício das respetivas funções. devem ter em conta os requisitos previstos na legislação
Fontes de verificação: curriculum vitae e certificado específica existente. Em casos de especial relevância e na
de habilitações e de formação profissional, ou, no caso ausência de legislação, os requisitos dos espaços e equi-
de reconhecimento de qualificações profissionais, decla- pamentos podem ser determinados pela entidade certifi-
rações prévias nos termos do artigo 5.º, quando aplicável, cadora, nomeadamente, com base nas melhores práticas
e os documentos referidos no artigo 47.º, ambos da Lei observadas tendo em conta os resultados da formação,
n.º 9/2009, de 4 de março; contrato escrito constitutivo do ouvido o correspondente conselho setorial para a quali-
vínculo contratual. ficação.
e) Instalações sanitárias com compartimentos propor-
2 — Espaços e equipamentos
cionais ao número de formandos e diferenciados por sexo,
A entidade formadora deve dispor de instalações es- localizadas de modo a não perturbarem o funcionamento
pecíficas, coincidentes ou não com a sua sede social, e dos espaços de formação.
3672 Diário da República, 1.ª série — N.º 121 — 26 de junho de 2013

Os acessos aos edifícios, os espaços de atendimento do julho, que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva
público, as salas de formação teórica ou de formação em n.º 2006/123/CE, de 12 de dezembro, relativa aos serviços
informática, os espaços para a componente prática e as ins- no mercado interno.
talações sanitárias para uso de formandos devem satisfazer
os requisitos de acessibilidade a pessoas com necessidades 2 — A certificação é concedida por áreas de educação
especiais exigidos pelo Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de e formação em que a entidade formadora desenvolve a
agosto, a partir dos prazos estabelecidos neste diploma. sua atividade.
O disposto na alínea e) é aplicável a entidades forma-
doras já existentes decorrido o prazo de dois anos após a Artigo 2.º
entrada em vigor da presente portaria.
Em ação promovida por entidade distinta da entidade Objetivos
formadora, os requisitos relativos a instalações referidos
nas alíneas b) a e) são dispensados quando a sua aplicação Constituem objetivos do sistema de certificação de en-
for manifestamente inviável. Neste caso, no âmbito da cer- tidades formadoras:
tificação inserida na política da qualidade dos serviços, a a) Promover a qualidade e a credibilização da atividade
entidade promotora deve comunicar à entidade formadora, das entidades formadoras que operam no âmbito do Sis-
por escrito, os motivos que impossibilitam a aplicação dos tema Nacional de Qualificações;
referidos requisitos. b) Contribuir para que o financiamento das atividades
Fontes de verificação: verificação in loco de instalações
formativas tenha em conta a qualidade da formação mi-
e equipamentos; documentos comprovativos de que a enti-
dade é proprietária, locatária ou está autorizada a usar esses nistrada e os seus resultados.
bens; prova da data de início da construção do edifício em
que a entidade formadora tenha instalações de formação, Artigo 3.º
para determinar o regime de acessibilidade aplicável. Conceitos

II — Requisitos de processos no desenvolvimento da formação Para efeitos do presente diploma, entende-se por:
A entidade formadora estabelecida em território nacio- a) «Área de educação e formação» o conjunto de pro-
nal deve respeitar no desenvolvimento da formação os gramas de educação e formação, agrupados em função da
requisitos a seguir referidos. semelhança dos seus conteúdos principais;
1 — [...] b) «Auditoria» o processo de verificação da conformi-
2 — [...] dade da atuação das entidades requerentes da certificação e
3 — [...] das certificadas, face aos requisitos e deveres estabelecidos
4 — [...] na presente portaria;
5 — [...] c) «Certificação de entidade formadora» o ato de re-
6 — [...] conhecimento formal de que uma entidade detém com-
petências, meios e recursos adequados para desenvolver
III — Requisitos de resultados e melhoria contínua atividades formativas em determinadas áreas de educação
A entidade formadora estabelecida em território nacional e formação, de acordo com o estabelecido na presente
deve respeitar os requisitos a seguir referidos de resultados portaria;
e melhoria contínua. d) “Certificação inserida na política da qualidade dos
1 — [...] serviços”, a certificação que, de acordo com o artigo 26.º
2 — [...] da Diretiva n.º 2006/123/CE do Parlamento Europeu e do
3 — [...] Conselho, de 12 de dezembro de 2006, incentiva a enti-
dade formadora a assegurar voluntariamente a qualidade
ANEXO II da prestação dos serviços de formação, não constituindo
título legal para o acesso e exercício em território nacional
(Referido no artigo 6.º da Portaria) de formação abrangida por legislação setorial referente a
atividade relativamente à qual a formação deva ser minis-
Republicação da Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro,
com as alterações resultantes da presente portaria
trada por entidade formadora certificada;
e) “Certificação regulada por legislação setorial”, a cer-
Artigo 1.º tificação de entidade formadora que constitui título legal
para o acesso e exercício em território nacional de atividade
Objeto e âmbito de formação, a qual, nos termos de legislação setorial, deve
1 — O presente diploma regula: ser ministrada por entidade formadora certificada;
f) «Entidade formadora certificada» a entidade dotada de
a) O sistema de certificação inserida na política da qua-
lidade dos serviços de entidades formadoras, previsto no recursos e capacidade técnica e organizativa para desenvol-
n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 396/2007, de 31 de ver processos associados à formação, objeto de avaliação
dezembro; e reconhecimento oficiais de acordo com o estabelecido
b) O regime supletivo de certificação para acesso e na presente portaria;
exercício da atividade de formação profissional, aplicável g) «Referencial de certificação» o conjunto de requi-
nos termos estabelecidos em legislação setorial, a fim de sitos de certificação da entidade formadora que definem
instituir um regime quadro de acordo com os princípios condições relativas à intervenção da mesma no âmbito
e regras constantes no Decreto-lei n.º 92/2010, de 26 de para que é certificada.
Diário da República, 1.ª série — N.º 121 — 26 de junho de 2013 3673

Artigo 4.º ficação regulada por legislação setorial, a que se refere a


Entidades formadoras
alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, são asseguradas pelo serviço
central competente do ministério responsável pela área da
1 — Pode requerer a certificação inserida na política formação profissional, sem prejuízo do disposto no n.º 3.
da qualidade dos serviços qualquer entidade pública ou 2 — No âmbito do desenvolvimento, da monitoriza-
privada, nomeadamente, do âmbito educativo, científico ção e da regulação do sistema de certificação, compete à
ou tecnológico, que desenvolva atividades formativas, entidade certificadora a que se refere o número anterior,
salvo se estas corresponderem às previstas na respetiva lei nomeadamente:
orgânica, diploma de criação, homologação, autorização de
funcionamento ou outro regime especial aplicável. a) Definir e desenvolver as metodologias, os instrumen-
2 — À certificação de entidade formadora estabelecida tos e os procedimentos que assegurem o funcionamento do
noutro Estado membro do Espaço Económico Europeu e sistema de certificação das entidades formadoras;
que nele opere legalmente com base em permissão admi- b) Definir indicadores de avaliação qualitativa do de-
nistrativa ou certificação de qualidade por parte de entidade sempenho das entidades formadoras certificadas;
independente ou acreditada em área de educação e formação c) Informar as entidades requerentes sobre a organização
equivalente àquela em que pretende exercer atividade em ter- do respetivo processo de certificação;
ritório nacional, é aplicável o disposto nos números seguintes. d) Desenvolver um sistema de informação relativo ao
3 — A entidade formadora referida no número anterior processo de certificação;
que se estabeleça em território nacional, caso pretenda obter e) Desenvolver um processo de articulação entre as dife-
a certificação, fica sujeita aos requisitos de exercício da ati- rentes sedes e fontes de informação, de forma a assegurar
vidade regulados na presente portaria e, sendo caso disso, na a integração num único sistema de informação sobre todas
legislação setorial referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º. as entidades formadoras certificadas;
4 — A entidade formadora que exerça a atividade em f) Gerir e tratar a informação relativa ao sistema de
território nacional em regime de livre prestação de serviços, certificação de entidades formadoras;
caso pretenda obter a certificação, fica sujeita aos requisitos g) Promover as ações necessárias para a avaliação ex-
de exercício regulados na presente portaria e, sendo caso terna do sistema;
disso, na legislação setorial referida na alínea b) do n.º 1 h) Promover as ações necessárias ao acompanhamento,
do artigo 1.º, com exceção dos aplicáveis apenas a entidade monitorização, regulação e garantia de qualidade do sistema.
formadora estabelecida em território nacional.
5 — O disposto nos n.ºs 2 a 4 não prejudica o reconheci- 3 — Sempre que a legislação setorial referida na alí-
mento de requisitos a que o prestador de serviços já tenha nea b) do n.º 1 do artigo 1.º atribua a outra entidade a
sido submetido noutro Estado membro, nos termos da
competência para a certificação de entidades formadoras
alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 92/2010,
em determinada área de educação e formação ou em deter-
de 26 de julho e, quanto aos requisitos relativos a quali-
minados cursos ou ações de formação, o ato de certificação
ficações profissionais, nos termos da Lei n.º 9/2009, de
4 de março. é comunicado, nos termos dessa legislação, ao serviço
referido no n.º 1.
Artigo 5.º
Artigo 7.º
Requisitos prévios da certificação
Referencial de certificação de entidade formadora
1 — Pode obter a certificação a entidade formadora que
satisfaça os seguintes requisitos: 1 — Os requisitos do referencial de certificação res-
peitam a:
a) Encontrar-se regularmente constituída e devidamente
registada; a) Estrutura e organização internas;
b) Não se encontrar em situação de suspensão ou inter- b) No caso de entidades formadoras estabelecidas em
dição do exercício da sua atividade na sequência de decisão território nacional, processos no desenvolvimento da for-
judicial ou administrativa; mação, resultados e melhoria contínua;
c) Ter as suas situações tributária e contributiva regu- c) [revogada].
larizadas, respetivamente, perante a administração fiscal
e a segurança social; 2 — Os requisitos do referencial de certificação de en-
d) Inexistência de situações por regularizar respeitantes tidade formadora, os critérios de apreciação e as fontes
a dívidas ou restituições referentes a apoios financeiros de verificação constam do anexo II da presente portaria e
comunitários ou nacionais, independentemente da sua na- fazem parte integrante da mesma.
tureza ou objetivos. 3 — A certificação de entidades formadoras deve ainda
observar requisitos específicos para determinada área de
2 — [revogado] educação e formação, determinados cursos ou determina-
3 — As fontes de verificação do cumprimento dos requisi- das ações de formação, estabelecidos na legislação seto-
tos referidos no n.º 1 constam do Anexo I da presente portaria, rial a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, que
que dela faz parte integrante, sem prejuízo do disposto no complementem ou derroguem os requisitos constantes da
n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho. presente portaria.
4 — A entidade certificadora divulga, no balcão único
Artigo 6.º eletrónico dos serviços referido no artigo 6.º do Decreto-
-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no seu sítio da internet,
Entidades certificadoras
esclarecimentos adicionais relativos aos requisitos referi-
1 — A certificação das entidades formadoras inserida dos nos números anteriores e aos respetivos critérios de
na política da qualidade dos serviços assim como a certi- apreciação e fontes de verificação.
3674 Diário da República, 1.ª série — N.º 121 — 26 de junho de 2013

Artigo 8.º 7 — Os procedimentos são tramitados por sistema ele-


Manutenção dos requisitos da certificação
trónico, nos termos do n.º 5 do artigo 6.º do Decreto-Lei
n.º 92/2010, de 26 de julho, acessível através do balcão único
A entidade formadora certificada deve manter os re- eletrónico, bem como do sítio da internet da entidade referida
quisitos da certificação referidos nos artigos 5.º e 7.º e no n.º 1 do artigo 6.º caso seja esta a entidade certificadora.
desenvolver as atividades formativas de acordo com as 8 —A entidade certificadora participa na cooperação entre
competências que foram objeto de certificação, bem como autoridades administrativas nos termos do Capítulo VI do
cumprir os contratos de formação celebrados. Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente para
confirmação das declarações e comprovativos de requerente
Artigo 9.º estabelecido noutro Estado membro do Espaço Económico
Certificado Europeu relativos aos requisitos referidos no n.º 2 do artigo 4.º,
aos requisitos de recursos humanos e aos demais requisitos
1 — A certificação da entidade formadora é comprovada aplicáveis, através do Sistema de Informação do Mercado
mediante a emissão do respetivo certificado de acordo com Interno (IMI).
modelo aprovado pela entidade certificadora e a disponi-
bilizar no sítio da internet da mesma. Artigo 10.º-A
2 — Em caso de deferimento tácito do pedido de certi- Decisão
ficação regulada por legislação setorial, a que se refere a
alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º, e até à emissão do respetivo 1 — Na decisão de requerimento de certificação inse-
certificado, o comprovativo da apresentação do pedido rida na política da qualidade dos serviços, bem como nas
acompanhado do comprovativo do pagamento da respetiva decisões de requerimento para alargamento a outras áreas
taxa vale como certificado para todos os efeitos legais. de educação e formação ou para a transmissão daquela
3 — No caso de certificação inserida na política da qua- certificação, a proferir no prazo máximo de 90 dias, não
lidade dos serviços, o certificado emitido pelo serviço há lugar a deferimento tácito.
central competente do ministério responsável pela área 2 — O requerimento de certificação regulada por legisla-
da formação profissional deve referir que o mesmo não ção setorial, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º,
constitui título legal para o acesso e exercício em terri- e o requerimento para alargamento dessa certificação a
tório nacional de atividades de formação abrangidas por outras áreas de educação e formação devem ser decididos
legislações setoriais. no prazo estabelecido nessa legislação ou, na sua falta, em
Artigo 10.º 60 dias ou ainda, no caso de entidade formadora referida
no n.º 2 do artigo 4.º, em 30 ou 15 dias, consoante esteja
Procedimento de certificação estabelecida em território nacional ou neste pretenda exer-
1 — No caso de certificação inserida na política da quali- cer a atividade em regime de livre prestação de serviços,
dade dos serviços, o representante legal da entidade forma- nos termos, respetivamente, dos n.ºs 1 e 3 do artigo 4.º do
dora apresenta o requerimento no balcão único eletrónico Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.
dos serviços, de acordo com informação disponibilizada 3 — O requerimento de transmissão de certificação re-
no sítio da internet da entidade certificadora, indicando as gulada por legislação setorial, entre entidades formadoras
áreas de educação e formação em que se propõe exercer estabelecidas em território nacional, deve ser decidido no
a atividade formativa, de acordo com o n.º 2 do artigo 1.º. prazo estabelecido nessa legislação ou, na sua falta, no
2 — O requerimento de certificação regulada por legisla- prazo de 30 dias.
ção setorial a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º 4 — Os prazos a que se referem os números anteriores
deve ser apresentado no balcão único eletrónico dos servi- começam a contar da entrega do requerimento, acompa-
ços, acompanhado dos comprovativos da verificação dos nhado do comprovativo do pagamento da taxa devida, na
requisitos referidos no n.º 2 do artigo 4.º, sendo caso disso, entidade certificadora.
no n.º 1 do artigo 5.º, dos requisitos de recursos humanos 5 — Os requerimentos previstos nos n.ºs 2 e 3 consideram-
aplicáveis nos termos da presente portaria e dos demais -se tacitamente deferidos, se a decisão não for proferida no
requisitos exigidos por aquela legislação. prazo estabelecido.
3 — A certificação pode ser alargada a outras áreas de Artigo 11.º
educação e formação, a pedido da entidade formadora Auditorias
apresentado nos termos dos números anteriores.
4 — A certificação, incluindo de entidade formadora a 1 — A atividade da entidade formadora certificada é
que se refere o n.º 2 do artigo 4.º que se estabeleça em terri- objeto de auditoria que incide sobre a manutenção do
tório nacional, pode ser transmitida para outra entidade que cumprimento dos requisitos prévios de acesso à certifi-
adquira, nos termos legais e a qualquer título, a estrutura e cação e dos que respeitam ao referencial de certificação
a organização internas que fundamentaram a certificação. estabelecidos na presente portaria.
5 — O pedido de transmissão da certificação deve igual- 2 — A auditoria incide, ainda, quando aplicável, sobre a
mente ser requerido à entidade certificadora, acompanhada conformidade da oferta formativa da entidade certificada
de prova da aquisição da estrutura e da organização inter- com os referenciais constantes do Catálogo Nacional de
nas, para efeitos de verificação e posterior decisão. Qualificações.
6 — O cumprimento dos requisitos de certificação, dos 3 — A entidade certificadora pode, a todo o tempo, de-
que se reportam a um pedido do seu alargamento a outras terminar a realização de auditorias com fundamento em
áreas de educação e formação ou dos que respeitam a um indícios de incumprimento do referencial de certificação
pedido de transmissão para outra entidade, caso não possa estabelecido na presente portaria, informando previamente
ser provado documentalmente, é verificado nas instalações a entidade formadora dessa determinação.
do requerente, sendo aplicável o disposto nos n.ºs 4 e 5 4 — As auditorias são realizadas por trabalhadores da
do artigo 11.º. entidade certificadora ou por auditores externos que pres-
Diário da República, 1.ª série — N.º 121 — 26 de junho de 2013 3675

tem serviço a empresa especializada e contratada para o Artigo 15.º


efeito pela entidade certificadora. Avaliação do desempenho de entidade formadora certificada
5 — No âmbito da realização da auditoria e sempre que
o auditor entenda que tal se mostre necessário ao desem- 1 — O desempenho da atividade da entidade formadora
penho das suas funções, pode o mesmo: certificada estabelecida em território nacional é objeto de
avaliação, a ser aferida de acordo com indicadores relativos a:
a) Aceder aos serviços e instalações de entidade au-
ditada; a) Estrutura e organização internas, compreendendo
b) Utilizar instalações de entidade auditada adequadas aspetos relativos a recursos humanos e materiais e a ca-
ao exercício das suas funções em condições de dignidade pacidade financeira;
e eficácia; b) Qualidade do serviço de formação, compreendendo
c) Obter a colaboração necessária por parte de quem aspetos de avaliação interna e externa;
preste trabalho à entidade auditada; c) Resultados da atividade formativa.
d) Examinar quaisquer elementos indispensáveis sobre
assuntos de interesse para o exercício das suas funções, 2 — A entidade certificadora publica, no sítio da internet,
em poder da entidade auditada; os indicadores referidos no número anterior.
e) Fazer uso da cooperação entre autoridades admi- 3 —A entidade formadora certificada estabelecida em terri-
tório nacional realiza anualmente um processo de autoavaliação
nistrativas, nos termos do Capítulo VI do Decreto-Lei
com base nos indicadores referidos no n.º 1 e disponibiliza
n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente recorrendo ao
informação à entidade certificadora sobre os resultados do
Sistema de Informação do Mercado Interno (IMI). mesmo, por via eletrónica através do balcão único de serviços.
4 — A informação a que se refere o número anterior visa
Artigo 12.º a melhoria contínua da entidade formadora certificada,
[revogado] bem como o acompanhamento e monitorização do seu de-
Artigo 13.º sempenho, contribuindo, igualmente, para a preparação do
procedimento de auditoria pela entidade certificadora.
Taxas
Artigo 16.º
1 — A certificação de entidade formadora, o alargamento
da certificação a outras áreas de educação e formação e Revogação e caducidade da certificação
o pedido de transmissão da certificação estão sujeitos ao 1 — O incumprimento dos requisitos prévios ou dos
pagamento de uma taxa, a efetuar pela entidade requerente que se reportam ao referencial de certificação ou, ainda,
com o respetivo requerimento. de algum dos deveres da entidade formadora certificada
2 — As auditorias a que se referem o n.º 1 do artigo 11.º estabelecidos na presente portaria determina, conforme a
e o n.º 3 do artigo 16.º estão sujeitas ao pagamento de uma gravidade das situações e a possibilidade da sua regula-
taxa a liquidar antes da sua realização. rização, a revogação total ou parcial da certificação, sem
3 — [revogado] prejuízo do disposto nos números seguintes.
4 — O pagamento da taxa é condição prévia para a prá- 2 — Quando a situação de incumprimento não corresponda
tica dos atos previstos no n.º 1, exceto no caso de auditoria a irregularidade já verificada em auditoria anterior e a sua
em que a taxa é paga no prazo indicado pela entidade certi- regularização seja possível, é concedido à entidade forma-
ficadora, considerando-se o não pagamento como oposição dora, a pedido desta, um prazo até 120 dias consecutivos
da entidade formadora à realização da mesma. para que a regularize, suspendendo-se o prazo para a decisão.
3 — A regularização da situação referida no número
Artigo 14.º anterior é verificada mediante auditoria quando a mesma
não possa ser comprovada de outro modo.
Divulgação
4 — Nas situações de incumprimento a que se refere o n.º 2,
1 — A entidade certificadora disponibiliza o logótipo de a revogação da certificação só é proferida quando a entidade
entidade formadora certificada no âmbito da política da formadora certificada não regularize a situação que lhe deu
qualidade dos serviços e as regras da sua utilização, que origem, dentro do prazo que para o efeito lhe foi concedido.
esta deve adotar na publicitação da atividade formativa. 5 — A oposição por parte da entidade formadora à re-
2 — A entidade certificadora assegura a divulgação, por alização de eventual auditoria determinada pela entidade
áreas de educação e formação, de entidades formadoras certificadora, nos termos do n.º 2, dá lugar à revogação
certificadas. da certificação.
3 — As entidades formadoras certificadas estabelecidas 6 — A caducidade da certificação ocorre quando se ve-
em território nacional devem registar e manter atualizada a rifique alguma das seguintes situações:
oferta formativa no sítio da internet indicado pela entidade a) Extinção da entidade formadora certificada sem que
certificadora. haja transmissão da certificação para outra entidade nos
4 — A entidade formadora certificada deve assegurar termos da presente portaria;
que a divulgação da oferta formativa contenha informação b) No caso de entidade formadora a que se refere o n.º 2
clara e detalhada. do artigo 4.º, a cessação da legalidade da atividade como
5 — A entidade certificadora informa do ato de certifica- entidade formadora no Estado membro de origem;
ção, nos termos do n.º 3 do artigo 6.º e através do sistema c) No caso de entidade formadora estabelecida em ter-
eletrónico a que se refere o n.º 7 do artigo 10.º, o serviço ritório nacional, ausência de atividade formativa em dois
central competente do ministério responsável pela área da anos consecutivos;
formação profissional, para efeitos de divulgação de uma d) Interdição do exercício da sua atividade em território
lista geral de entidades formadoras certificadas. nacional, por decisão judicial ou administrativa.
3676 Diário da República, 1.ª série — N.º 121 — 26 de junho de 2013

7 — A entidade formadora deve comunicar à entidade Artigo 19.º


certificadora, previamente e sempre que possível, a data
[revogado]
e o motivo da sua extinção.
Artigo 19.º-A
8 — É da competência da entidade certificadora proceder
à revogação da certificação ou declarar a respetiva cadu- Regiões Autónomas
cidade de acordo com os números anteriores, bem como 1 — Os atos e os procedimentos necessários à execução
proceder à respetiva divulgação. da presente portaria nas Regiões Autónomas dos Açores e
da Madeira competem às entidades das respetivas admi-
Artigo 17.º nistrações regionais com atribuições e competências nas
Acompanhamento da certificação de entidades formadoras matérias em causa.
2 — Nos termos do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei
O acompanhamento do procedimento de certificação n.º 92/2010, de 26 de julho, os controlos exercidos, quer pelos
das entidades formadoras é assegurado por um conselho organismos da administração central quer pelos serviços com-
de acompanhamento que funciona junto do serviço central petentes das administrações das regiões autónomas no âmbito
competente do ministério responsável pela área da forma- da presente portaria são válidos para todo o território nacional,
ção profissional. excetuados os referentes a determinadas instalações físicas.
3 — A divulgação, pelo serviço central competente do
Artigo 18.º ministério responsável pela área da formação profissio-
Conselho de acompanhamento da certificação nal, da lista geral de entidades formadoras certificadas,
nos termos do n.º 5 do artigo 14.º, abrange as entidades
1 — O conselho de acompanhamento da certificação de certificadas por organismos da administração central e
entidades formadoras é um órgão de natureza consultiva, por serviços competentes das administrações das regiões
ao qual compete formular sugestões com vista à melhoria autónomas, nos termos da legislação setorial a que se refere
das atividades, apreciando, designadamente: a alínea b) do n.º 1 do artigo 1.º.
a) O plano e o relatório anuais de atividades no domínio 4 — O sistema eletrónico a que se refere o n.º 7 do ar-
da certificação de entidades formadoras; tigo 10.º assegura o intercâmbio da informação relativa à
b) Os esclarecimentos adicionais da entidade certifi- certificação de entidades formadoras recebida pelo serviço
cadora ao referencial de certificação de entidade forma- central competente do ministério responsável pela área da
dora; formação profissional e pelos serviços competentes res-
c) Os indicadores de avaliação qualitativa do desempe- ponsáveis pela mesma área nas administrações das regiões
nho de entidades formadoras certificadas; autónomas, nos termos do n.º 5 do artigo 14.º e do n.º 1
d) Os procedimentos para a avaliação externa do sistema do presente artigo, com vista à permanente atualização da
de certificação de entidades formadoras. lista das entidades formadoras certificadas a operar em
território nacional na posse daqueles serviços.
2 — Integram o conselho de acompanhamento:
Artigo 20.º
a) Dois representantes do serviço central competente do
Norma revogatória
ministério responsável pela área da formação profissional,
um dos quais preside, por cooptação, tendo o respetivo É revogada a Portaria n.º 782/97, de 29 de agosto.
presidente voto de qualidade;
b) Um representante da Agência Nacional para a Qua- Artigo 21.º
lificação e o Ensino Profissional, I. P.;
Norma transitória
c) Um representante do Instituto do Emprego e Forma-
ção Profissional, I. P.; 1 —A acreditação de entidade formadora, ao abrigo da le-
d) Um representante do Programa Operacional Potencial gislação agora revogada, cujo prazo de validade esteja em
Humano; curso à data da publicação da presente portaria, deixa de estar
e) Um representante do Instituto de Gestão do Fundo sujeita a período de validade, sem prejuízo do disposto no n.º 3.
Social Europeu; 2 — Os pedidos de acreditação, incluindo os de entidades
f) Um representante de cada membro do governo que cuja acreditação tenha entretanto caducado, apresentados
tutele entidades referidas no n.º 3 do artigo 6.º; antes da entrada em vigor da presente portaria e que ainda
g) Dois especialistas indicados por cada uma das con- não tenham sido objeto de decisão final são regulados pela
federações sindicais; legislação agora revogada, sendo aplicável, no caso dos que
h) Um especialista indicado por cada uma das confe- obtenham decisão favorável, o disposto no número anterior.
derações patronais. 3 — As entidades formadoras a que se referem os nú-
meros anteriores devem requerer a respetiva certificação
3 — Podem ainda participar nas reuniões do conselho de em prazos estabelecidos pela entidade certificadora e di-
acompanhamento até três peritos independentes, indicados vulgados através do respetivo sítio da internet.
pela entidade certificadora, podendo igualmente participar, 4 — A entidade formadora que tenha requerido a sua
como observadores, um representante de cada uma das certificação de acordo com o número anterior mantém a
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. acreditação até à decisão do pedido, considerando-se até
4 — O conselho de acompanhamento reúne semestral- então certificada nos termos da presente portaria.
mente e sempre que o presidente o convoque, por iniciativa 5 — No caso de entidade formadora que não requeira a
própria ou de dois terços dos seus membros. certificação no prazo estabelecido de acordo com o n.º 3,
5 — O conselho de acompanhamento aprova o seu re- a respetiva acreditação caduca no termo do referido prazo.
gulamento interno. 6 — [revogado]
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7 — Uma vez criados os dispositivos necessários para nacional, um gestor de formação com habilitação de nível
o efeito, a entidade certificadora divulga, por despacho superior e experiência profissional ou formação adequada,
publicado no Diário da República e através do respetivo que seja responsável pela política de formação, pelo planea-
sítio da internet, a data a partir da qual os requerimentos de mento, execução, acompanhamento, controlo e avaliação do
certificação passam a ser apresentados por via eletrónica. plano de atividades, pela gestão dos recursos afetos à ativi-
dade formativa, pelas relações externas respeitantes à mesma,
Artigo 22.º que exerça as funções a tempo completo ou assegure todo o
Entrada em vigor
período de funcionamento da entidade, ao abrigo de vínculo
contratual. Considera-se experiência profissional adequada
A presente portaria entra em vigor 60 dias após a sua três anos de funções técnicas na área da gestão e organização
publicação. da formação; considera-se formação adequada a formação na
ANEXO I área da gestão e organização da formação e, eventualmente,
na área pedagógica, com duração mínima de 150 horas.
Requisitos prévios da certificação
b) No caso de entidade formadora estabelecida em ter-
(n.º 1 do artigo 5.º da portaria) ritório nacional, um coordenador pedagógico com habilita-
ção de nível superior e experiência profissional ou forma-
Alínea a) ção adequada, que assegure o apoio à gestão da formação,
Fontes de verificação o acompanhamento pedagógico de ações de formação, a
articulação com formadores e outros agentes envolvidos
Pessoa coletiva: cartão da empresa, ou cartão de pessoa no processo formativo, que preste regularmente funções
coletiva, ou cartão de identificação de pessoa coletiva; no ao abrigo de vínculo contratual. Considera-se experiência
caso de associação de empregadores ou associação sindical, profissional adequada três anos de funções no desenvolvi-
registo dos estatutos pela Direção-Geral do Emprego e das mento de atividades pedagógicas; considera-se formação
Relações de Trabalho. adequada a profissionalização no ensino ou outra formação
Pessoa singular: bilhete de identidade ou cartão de ci- pedagógica com duração mínima de 150 horas.
dadão. c) Formadores com formação científica ou técnica e
Alínea b) pedagógica adequadas para cada área de educação e for-
mação para a qual solicite certificação.
Fontes de verificação d) Outros agentes envolvidos no processo formativo,
Declaração do requerente, certificado de registo criminal nomeadamente tutores e mediadores, com qualificações
e registo individual dos sujeitos responsáveis pelas con- adequadas às modalidades, formas de organização e des-
traordenações laborais, da Autoridade para as Condições tinatários da formação.
de Trabalho. e) No caso de entidade formadora estabelecida em ter-
Alínea c) ritório nacional, colaborador que assegure o atendimento
diário, a tempo completo, em qualquer estabelecimento
Fontes de verificação em que ocorra contacto direto com o público.
f) No caso de certificação inserida na política da quali-
Certidões comprovativas de situações tributária e contri- dade dos serviços de entidade formadora estabelecida em
butiva regularizadas perante a administração tributária e a território nacional, colaborador qualificado ou recurso a
segurança social. São dispensadas as certidões se a entidade prestação de serviço para assegurar a contabilidade orga-
der consentimento para a consulta das suas situações tribu- nizada segundo a legislação aplicável.
tária e contributiva nos sítios da internet das declarações
eletrónicas e do serviço segurança social direta. Para a forma de organização de formação à distância, a
entidade formadora deve ainda dispor de um colaborador
Alínea d)
com formação ou experiência profissional mínima de um ano,
Fontes de verificação designadamente em organização ou gestão de um dispositivo
de formação à distância, estratégias pedagógicas e programas
Declaração do requerente e registos das entidades fi- de formação à distância e sua implementação ou métodos
nanciadoras. e técnicas de tutoria em contexto de formação à distância.
ANEXO II
A gestão da formação e a coordenação pedagógica po-
Referencial de certificação de entidade formadora dem ser exercidas em acumulação, desde que sejam res-
peitados os requisitos previstos para cada uma e não seja
(Referido no artigo 7.º da Portaria) afetado o exercício das respetivas funções.
Fontes de verificação: curriculum vitae e certificado de
I — Requisitos de estrutura e organização internas habilitações e de formação profissional, ou, no caso de re-
conhecimento de qualificações profissionais, declarações
1 — Recursos humanos prévias nos termos do artigo 5.º, quando aplicável, e os docu-
A entidade formadora deve assegurar a existência de mentos referidos no artigo 47.º, ambos da Lei n.º 9/2009, de 4
recursos humanos em número e com as competências ade- de março; contrato escrito constitutivo do vínculo contratual.
quadas às atividades formativas a desenvolver de acordo
com as áreas de educação e formação requeridas para a 2 — Espaços e equipamentos
certificação, com os seguintes requisitos mínimos:
A entidade formadora deve dispor de instalações es-
a) No caso de certificação inserida na política da qualidade pecíficas, coincidentes ou não com a sua sede social, e
dos serviços de entidade formadora estabelecida em território equipamentos adequados às intervenções a desenvolver,
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de acordo com a especificidade da área de educação e Os acessos aos edifícios, os espaços de atendimento
formação. As instalações e os equipamentos podem ser do público, as salas de formação teórica ou de formação
propriedade da entidade, locados ou cedidos, ou ainda em informática, os espaços para a componente prática
pertencentes a empresa ou outra organização a que a enti- e as instalações sanitárias para uso de formandos de-
dade preste serviços de formação, e devem ter os requisitos vem satisfazer os requisitos de acessibilidade a pessoas
mínimos a seguir referidos: com necessidades especiais exigidos pelo Decreto-Lei
a) No caso de certificação inserida na política da quali- n.º 163/2006, de 8 de agosto, a partir dos prazos estabe-
dade dos serviços de entidade formadora estabelecida em lecidos neste diploma.
território nacional, espaços de atendimento ao público com O disposto na alínea e) é aplicável a entidades forma-
as seguintes características: doras já existentes decorrido o prazo de dois anos após a
entrada em vigor da presente portaria.
Identificação da entidade e horário de atendimento vi- Em ação promovida por entidade distinta da entidade
síveis do exterior; formadora, os requisitos relativos a instalações referidos
Área e mobiliário adequados ao atendimento com co- nas alíneas b) a e) são dispensados quando a sua aplicação
modidade e privacidade. for manifestamente inviável. Neste caso, no âmbito da cer-
tificação inserida na política da qualidade dos serviços, a
A entidade formadora cuja atividade se dirija apenas a entidade promotora deve comunicar à entidade formadora,
outras empresas ou organizações deve assegurar a existên- por escrito, os motivos que impossibilitam a aplicação dos
cia de um local de atendimento de clientes, devidamente referidos requisitos.
identificado. Fontes de verificação: verificação in loco de instala-
b) Salas de formação teórica com as seguintes carac- ções e equipamentos; documentos comprovativos de que
terísticas: a entidade é proprietária, locatária ou está autorizada a
usar esses bens; prova da data de início da construção do
Área útil de dois m2 por formando, no caso de cer-
tificação inserida na política da qualidade dos serviços edifício em que a entidade formadora tenha instalações
de entidade formadora estabelecida em território na- de formação, para determinar o regime de acessibilidade
cional; aplicável.
Condições ambientais adequadas (luminosidade, tem-
II — Requisitos de processos no desenvolvimento da formação
peratura, ventilação e insonorização);
Condições de higiene e segurança; A entidade formadora estabelecida em território nacio-
Salas equipadas com equipamentos de apoio, nomeada- nal deve respeitar no desenvolvimento da formação os
mente, videoprojetor, computador, retroprojetor, quadro, requisitos a seguir referidos:
televisão ou câmara de vídeo; 1 — Planificação e gestão da atividade formativa. — A
Mobiliário adequado, suficiente e em boas condições entidade deve elaborar o plano de atividades com regula-
de conservação. ridade anual, que demonstre competências de planeamento
da sua atividade formativa, e que integre nomeadamente
c) Às salas de formação em informática aplica-se o pre- os seguintes elementos:
visto no ponto anterior com as seguintes especificidades:
a) Caracterização da entidade e da sua atividade;
Área útil de três m2 por formando, no caso de certi- b) Projetos a desenvolver em coerência com a estraté-
ficação inserida na política da qualidade dos serviços gia e o contexto de atuação, respondendo a necessidades
de entidade formadora estabelecida em território na- territoriais e setoriais;
cional; c) Objetivos e resultados a alcançar, com os respetivos
Salas equipadas de forma a permitir o uso de equipa- indicadores de acompanhamento;
mentos de apoio tais como: painel de projeção, compu- d) Recursos humanos e materiais a afetar aos projetos,
tadores (um computador por cada dois formandos e um tendo em conta as áreas de educação e formação;
computador para o formador), monitores policromáticos, e) Parcerias e protocolos.
impressoras;
Computadores equipados com software específico para O plano de atividades é avaliado de acordo com os
as áreas a desenvolver; seguintes critérios:
Ligações em rede local e acesso à internet.
a) Fundamentação dos projetos a desenvolver e coe-
rência dos mesmos;
d) Os espaços e equipamentos para a componente prática
b) Adequação dos objetivos e respetivos indicadores
devem ter em conta os requisitos previstos na legislação
específica existente. Em casos de especial relevância e na de acompanhamento;
ausência de legislação, os requisitos dos espaços e equi- c) Adequação dos recursos humanos e materiais a afe-
pamentos podem ser determinados pela entidade certifi- tar aos projetos tendo em conta as áreas de educação e
cadora, nomeadamente, com base nas melhores práticas formação envolvidas;
observadas tendo em conta os resultados da formação, d) Definição clara das responsabilidades e tarefas esta-
ouvido o correspondente conselho setorial para a quali- belecidas no âmbito de parcerias ou protocolos celebrados
ficação. com outras entidades.
e) Instalações sanitárias com compartimentos propor-
cionais ao número de formandos e diferenciados por sexo, Fontes de verificação: plano de atividades; plano de
localizadas de modo a não perturbarem o funcionamento formação; levantamento de necessidades; estudos; parce-
dos espaços de formação. rias e protocolos.
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2 — Conceção e desenvolvimento da atividade for- 3 — Regras de funcionamento aplicadas à atividade


mativa. — A entidade deve demonstrar que as ações de formativa. — A entidade deve elaborar e disponibilizar
formação que desenvolve são adequadas aos objetivos e as regras de funcionamento aplicáveis à sua atividade
destinatários da formação e se estruturam com base nas formativa, que refiram com clareza os seguintes ele-
seguintes fases: mentos:
a) Definição das competências a desenvolver pelos a) Requisitos de acesso e formas de inscrição;
formandos; b) Critérios e métodos de seleção de formandos;
b) Definição dos objetivos de aprendizagem a atingir c) Condições de funcionamento da atividade formativa,
pelos formandos; nomeadamente definição e alteração de horários, locais e
c) Definição dos itinerários de aprendizagem com a cronograma, interrupções e possibilidade de repetição de
identificação dos módulos e sua sequência pedagógica no cursos, pagamentos e devoluções;
programa de formação; d) Deveres de assiduidade;
d) Identificação e aplicação de estratégias de aprendiza- e) Critérios e métodos de avaliação da formação;
gem baseadas em métodos, atividades e recursos técnico- f) Descrição genérica de funções e responsabilidades;
-pedagógicos; g) Procedimento de tratamento de reclamações.
e) Identificação e aplicação da metodologia e instru-
mentos de seleção de formandos e formadores (quando
aplicável); No caso de formação a distância, o regulamento deve
f) Identificação e aplicação da metodologia e instru- ainda regular os serviços pedagógicos e as atividades de-
mentos de acompanhamento a utilizar durante e após a sempenhadas pelos tutores, bem como o trabalho individual
formação nomeadamente de empregabilidade e inserção e em equipa dos formandos, caso se aplique.
profissional; A entidade deve assegurar a divulgação do regulamento
g) Identificação e aplicação das metodologias e instru- de funcionamento a clientes, colaboradores e outros agen-
mentos de avaliação da aprendizagem e de satisfação da tes. Quando a formação é dirigida ao público em geral, o
formação; regulamento deve estar acessível no local de atendimento,
h) Identificação e aplicação de critérios de seleção das ou na plataforma tecnológica para intervenções de forma-
entidades recetoras de formandos para o desenvolvimento ção a distância.
da formação prática em contexto de trabalho (quando apli- Fontes de verificação: regulamento de funcionamento
cável); da formação; suportes de divulgação; sítio da Internet.
i) Definição e aplicação de planos pedagógicos de for- 4 — Dossier técnico-pedagógico. — A entidade deve
mação prática em contexto de trabalho, que contemplem os elaborar um dossier técnico-pedagógico por cada ação
mecanismos de acompanhamento e avaliação dos estágios de formação, que deve conter, nomeadamente, a seguinte
(quando aplicável). informação:

O disposto nas alíneas a), b) e c), quando se trate de a) Programa de formação; que inclua informação sobre
formação inserida no Catálogo Nacional de Qualificações, objetivos gerais e específicos, destinatários, modalidade
terá por base os respetivos referenciais de formação. e forma de organização da formação, metodologias de
Para a forma de organização de formação a distância a formação, critérios e metodologias de avaliação, conte-
entidade deve assegurar ainda: údos programáticos, carga horária, recursos pedagógicos
e espaços;
a) Conteúdos de aprendizagem estruturados segundo b) Cronograma;
as normas internacionais específicas que evidenciem, no- c) Regulamento de desenvolvimento da formação;
meadamente, autonomia, interatividade e navegabilidade d) Identificação da documentação de apoio e dos meios
interna; audiovisuais utilizados;
b) Um sistema de tutoria ativa; e) Identificação do coordenador, dos formadores e ou-
c) Controlo da evolução da aprendizagem pelo formando tros agentes;
através do retorno dos resultados da avaliação. f) Fichas de inscrição dos formandos, ou lista nominativa
em caso de designação pelo empregador;
A entidade deve demonstrar que concebe ou adequa g) Registos e resultados do processo de seleção, quando
recursos técnico-pedagógicos para ações de formação que aplicável;
desenvolve, que serão avaliados ao nível de: h) Registos do processo de substituição, quando apli-
a) Organização da informação, tendo em conta a cla- cável;
reza da estrutura e a organização e homogeneidade dos i) Contratos de formação com os formandos e contratos
conteúdos; com os formadores, quando aplicável;
b) Apresentação, atratividade e legibilidade; j) Planos de sessão;
c) Facilidade de utilização; l) Sumários das sessões e registos de assiduidade;
d) Identificação das fontes utilizadas e aconselhadas. m) Provas, testes e relatórios de trabalhos e estágios
realizados, quando aplicável;
Fontes de verificação: programas de formação; planos n) Registos e resultados da avaliação da aprendizagem;
de sessão e outros instrumentos técnicos; recursos técnico- o) Registo da classificação final, quando aplicável;
-pedagógicos; dossier técnico-pedagógico; relatórios de p) Registos e resultados da avaliação de desempenho
seleção; relatórios de acompanhamento e avaliação; re- dos formadores, coordenadores e outros agentes;
latórios de estágio; dispositivo de formação, plataforma q) Registos e resultados da avaliação de satisfação dos
tecnológica, eventuais protocolos ou contratos no caso da formandos;
formação a distância. r) Registos de ocorrências;
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s) Comprovativo de entrega dos certificados aos for- III — Requisitos de resultados e melhoria contínua
mandos; A entidade formadora estabelecida em território nacional
t) Relatório final de avaliação da ação; deve respeitar os requisitos a seguir referidos de resultados
u) Relatórios de acompanhamento e de avaliação de e melhoria contínua:
estágios, quando aplicável; 1 — Análise de resultados. — A entidade deve proceder
v) Resultados do processo de seleção de entidades re- à análise e avaliação dos resultados da atividade formativa
cetoras de estagiários, quando aplicável; que desenvolve, traduzindo-os num balanço de atividades
x) Atividades de promoção da empregabilidade dos com regularidade anual, o qual deve ter por base o defi-
formandos, quando aplicável; nido em plano de atividades e integrar nomeadamente os
z) Relatórios, atas de reunião ou outros documentos que seguintes elementos:
evidenciem atividades de acompanhamento e coordenação
pedagógica; a) Execução física dos projetos;
aa) Documentação relativa à divulgação da ação, b) Avaliação de cumprimento dos objetivos e resultados
quando aplicável. planeados;
c) Resultados da avaliação do grau de satisfação de
No caso de ação promovida por entidade distinta da clientes e formandos, bem como de coordenadores, for-
entidade formadora, alguns requisitos referidos nas alíneas madores e outros colaboradores;
anteriores podem ser inaplicáveis tendo em conta a duração d) Resultados do tratamento de reclamações;
ou a forma de organização da ação, devendo o empregador e) Resultados relativos à participação e conclusão das
e a entidade formadora declarar conjuntamente os funda- ações de formação, desistências e aproveitamento dos
mentos da não aplicação. formandos;
Fontes de verificação: dossier técnico-pedagógico; ba- f) Resultados da avaliação do desempenho de coorde-
ses de dados e outros suportes informáticos. nadores, formadores e outros colaboradores;
5 — Contratos de formação — A entidade formadora g) Análise crítica dos resultados a que se referem as
deve celebrar contrato de formação com os formandos, alíneas anteriores;
por escrito e assinado pelas partes, e contemplar, nomea- h) Medidas de melhoria a implementar, decorrentes da
damente, a seguinte informação: análise efetuada.
a) Identificação da entidade formadora e do formando, Fontes de verificação: balanço de atividades; painel de
a designação da ação e respetiva duração bem como as indicadores de desempenho; registos de acompanhamento
datas e locais de realização; e avaliação da atividade.
b) Condições de frequência das ações, nomeadamente 2 — Acompanhamento pós-formação. — A entidade
assiduidade, pagamentos e devoluções ou bolsas de for- deve proceder ao acompanhamento do percurso dos for-
mação; mandos posterior à formação, analisando os resultados
c) Número da apólice do seguro de acidentes pessoais; ao nível de:
d) Datas de assinatura e de início de produção de efeitos
e duração do contrato. Inserção profissional, quando aplicável;
Satisfação com as competências adquiridas e oportuni-
dade de aplicação em contexto profissional;
O contrato entre a entidade formadora e a entidade pro- Melhoria do desempenho profissional, quando apli-
motora é celebrado por escrito e assinado pelas partes e cável.
contempla, nomeadamente:
a) O número de formandos, a designação da ação e res- Os resultados do processo de acompanhamento pós-
petiva duração, bem como as datas e locais de realização -formação devem ser considerados nos subsequentes pla-
da formação; nos de atividades e programas de formação a desenvolver
b) Condições de prestação do serviço; pela entidade.
c) Número da apólice do seguro de acidentes de trabalho Fontes de verificação: resultados da auscultação a ex-
ou acidentes pessoais; -formandos e entidades empregadoras; estudos de avalia-
d) Datas de assinatura e de início de produção de efeitos ção de impacto; dossier técnico-pedagógico.
e duração do contrato. 3 — Melhoria contínua. — A entidade deve proceder
à avaliação regular do seu desempenho como entidade
formadora e adotar medidas de melhoria, corretivas ou
Fontes de verificação: contrato de formação; contrato preventivas, tendo em vista:
com a entidade empregadora; apólice do seguro.
6 — Tratamento de reclamações — A entidade deve ter O cumprimento rigoroso do referencial de certificação;
livro de reclamações nas situações em que a lei o exige A satisfação de formandos e clientes;
e proceder de acordo com a legislação aplicável, nomea- A melhoria da eficácia da sua atividade;
damente no que respeita a divulgar e facultar o acesso ao A adequação da oferta formativa aos contextos e às
livro e ao tratamento das reclamações. Nos demais casos, prioridades setoriais, regionais, locais e empresariais.
deve possuir um procedimento próprio e divulgado de tra-
tamento de reclamações, que deve conter nomeadamente, A avaliação regular do desempenho pode decorrer de
a seguinte informação: processos de autoavaliação e auditorias internas e externas,
e os seus resultados devem ser considerados nos planos de
a) Forma de apresentação das reclamações; atividades e programas de formação subsequentes.
b) Prazo e forma de resposta; Fontes de verificação: instrumentos de suporte ao acom-
c) Registos do tratamento efetuado e de medidas to- panhamento e avaliação; relatórios de execução e avaliação
madas. dos projetos; balanço de atividades; plano de atividades.

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