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1.

TÍTULO

A PREVISÃO LEGAL DE COTAS DE GÊNERO NO BRASIL E NA BÉLGICA: O


CAMINHO PARA A PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA POLÍTICA?

2. ALTERAÇÕES REALIZADAS NO PLANO DE TRABALHO SUBMETIDO

As mudanças em relação ao plano de trabalho submetido em 2016 começam pelo


próprio título. Optou-se pela mudança do antigo título, “O sistema de cotas femininas no
direito comparado – Bélgica” para: “A previsão legal de cotas eleitorais de gênero no Brasil e
na Bélgica: o caminho para a participação da mulher na política? ”. O novo título, ao
contrário do primeiro, dá ênfase à principal problemática deste estudo, ou seja, a eficácia
das cotas de gênero previstas em lei no Brasil e na Bélgica na representatividade feminina
em cargos eletivos.
Num segundo momento, em relação aos objetivos do trabalho, enquanto o projeto
apresentado foca quase que exclusivamente no sistema belga, decidiu-se por fazer uma
análise mais a fundo do cenário brasileiro, apontando as características e dificuldades em
comum entre ambos os sistemas.
Ainda, em relação ao estudo do contexto brasileiro e na metodologia, foi realizada
no decorrer desta iniciação científica, uma coleta de dados das mulheres que se
candidataram à Câmara Municipal de Curitiba nas eleições de 2016. Os resultados, ainda
que a pesquisa tenha se dado em pequena escala, refletem a realidade brasileira do
sistema de cotas de gênero e já permitem comprovar diversas hipóteses da razão pela qual
as cotas brasileiras não surgiram o efeito originalmente esperado, razão pela qual foram
tomados em consideração neste estudo.

3. RESUMO

O objeto principal desta pesquisa é a análise da eficácia das cotas de gênero


previstas em lei no sistema eleitoral brasileiro e belga no que diz respeito à
representatividade feminina em cargos eletivos. Apesar de ambos contarem com a previsão
de cotas de gênero em seus sistemas eleitorais, ainda há um déficit de representatividade
da mulher na política, ainda que em diferentes níveis em ambos os países. O presente
estudo procura não apenas simplesmente apontar se as cotas seriam eficazes ou não, uma
vez que a composição dos órgãos legislativos de ambos os países já são indicativo
suficiente, mas também contextualizar o modus operandi dessas cotas em seus respectivos
sistemas eleitorais, bem como apontar suas principais falhas e acertos.
A escolha do país não é por acaso: a Bélgica foi o primeiro país europeu a instituir
cotas de gênero em sua legislação, com a Lei Smet-Tobback de 1994. Hoje, é um dos
países europeus com o maior índice de representatividade feminina no parlamento nacional,
europeu e nas suas comunas e províncias. No entanto, a própria Lei Smet-Tobback foi alvo
de diversas críticas e modificações e ainda apontada como não sendo verdadeiramente um
dos maiores fatores no aumento do percentual da representação feminina no país.
4. INTRODUÇÃO

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a problemática da ausência de


representatividade feminina na política se faz ainda mais evidente. No Brasil, no ano de
2016, apenas 10% da Câmara dos Deputados e 16% do Senado são compostos por
mulheres1, ainda que o sexo feminino tenha representado nas últimas eleições 52% de todo
o eleitorado2. A Bélgica, em comparação com esse cenário, apresenta números mais
positivos: após as últimas eleições em 2014, a Câmara de Representantes e o Senado
contavam com a porcentagem de, respectivamente, 39,3% e 50% de mulheres3.
A presença de representantes mulheres na política é essencial para que seus
interesses sejam observados em assuntos políticos. Mulheres, apesar de não serem eleitas
apenas por serem mulheres e para representá-las, naturalmente respeitam muito mais
questões femininas que venham a ser colocadas em pauta4 e tendem a colocar pautas
importantes para as mulheres, geralmente ignoradas, como prioridade.
Ações positivas podem e devem ser tomada nesse sentido, como é o caso das
cotas. Sejam elas voluntárias e dentro dos próprios partidos, como era o caso de diversos
partidos na Bélgica antes de 1994, sejam cotas de candidaturas, ou através da reserva de
cadeiras. O presente estudo foca nas cotas de candidaturas, vigentes no Brasil e na Bélgica.
Apesar dessa semelhança, o sistema eleitoral destes países é diferente, sendo o Brasileiro
o modelo majoritário e o Belga o sistema proporcional, através de lista fechada.
Ambos os países contam com a previsão de cotas de gênero em seu sistema legal.
No Brasil, a Lei n° 12.034/2009 mudou a redação do art.10, II, §3° da Lei n° 9.504 para: “Do
número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para
candidaturas de cada sexo”.
Na Bélgica, por sua vez, a Lei de 24 de maio de 1994, popularmente conhecida
como Smet-Tobback inseriu no sistema de lista fechada do país a proibição da composição
da lista de um partido com mais de dois terços de candidatos de um mesmo sexo. A
legislação belga ainda sofreu importantes mudanças nesse sistema desde então: em 2002,
determinou-se que a composição da lista se daria de forma igualitária entre homens e
mulheres, ou seja, seria composta metade por homens, metade por mulheres. Em caso de
descumprimento, a lista é rejeitada. Antes da entrada em vigor da Lei Smet-Tobback, nas
eleições de 1995, 12% dos eleitos ao Parlamento e 22,5% dos eleitos ao Senado eram

1 Senado Federal. Lugar de mulher também é na política. Disponível em: <https://goo.gl/NRSrXl>.


2 TSE. Estatísticas Eleitorais 2016 – Eleitorado.
3 Institut Pour L’Égalité des Femmes e des Hommes. Présence des femmes au sein des
instituitions politiques législatives et exécutives belges. Disponível em: <https://goo.gl/4Ndr5t>.
4SAPIRO, Virginia. When are interests interesting? The problem of political representation of
women. In: PHILLIPS, Anne. Feminism & Politcs. Oxford University Press, 1998.
mulheres. Em 1999, esse número aumentou para 19.3% e 30% e, após a previsão de 2002,
este número aumentou para 34,7% e 37,5%5.
Com o tempo, observou-se que ambas as iniciativas não implicavam
necessariamente numa representatividade proporcional ao número de cotas. No caso
brasileiro, o número de mulheres exercendo cargos no Legislativo ou Executivo, um terço do
número de candidaturas destinadas a elas em cada partido ou coligação, já é indicativo
suficiente. No caso belga, apesar do país apresentar um crescimento notável no número de
mulheres em cargos eletivos, após a leitura de diversos estudos sobre o assunto, percebeu-
se que a causa deste aumente comumente apontada não diz respeito apenas às cotas, mas
também outros fatores como a magnitude de um partido ou província e até mesmo fatores
socioeconômicos.
O que se espera deste estudo é apontar até que ponto a previsão legal contribuiu
com um efetivo aumento de mulheres eleitas, os demais fatores que influenciaram o
aumento nessa representatividade desde a segunda metade dos anos 90 e de que maneiras
o caso belga pode servir de exemplo, para o caso brasileiro, se é que isso é possível
considerando que se tratam de sistemas bastante diferentes, sendo que parte da doutrina
defende que a representação feminina na política é mais evidente em países que adotam o
sistema proporcional6. Igualmente, um estudo da situação das cotas no Brasil se faz
necessário, mesmo que para diagnosticar todos as falhas que rodeiam este sistema.

5. REVISÃO DA LITERATURA

Como já esperado, o estudo do sistema eleitoral belga e das cotas de gênero se


deu quase que exclusivamente através da bibliografia levantada. Os estudos utilizados, no
entanto, são em sua maioria baseados em dados, de sorte que foi possível, ao menos em
parte, suprir a falta de acesso às informações necessárias.

De toda a literatura levantada e estudada até o momento, destacam-se as


seguintes:

I. Mercedes Mateo Diaz : "Les quotas sont-ils utiles? L’Éfficacité Imparfaite des
Mesures de Discrimination Positive dans les Lois Electorales Belges".

Trata-se de estudo realizado em 2003, no qual, através do estudo do percentual de


mulheres no Parlamento belga ao longo dos anos, bem como uma comparação com a
composição de partidos belgas, antes e depois da implementação das cotas. A autora
termina por concluir que o efeito das cotas está mais ligado com o comprometimento dos
partidos quanto à participação de mulheres do que com as cotas em si. Um apontamento
interessante feito pela autora diz respeito à forma como as cotas são utilizadas no país. A
Bélgica possui um sistema de lista fechada, o que significa que, na prática, enquanto a Lei

5Vie Féminine. Femmes et politique. Intervention de Vie Féminine lors de la journée du 22 avril 2006
organisée en partenariat avec Méridienne et Femmes en Marche, 2006.
6 NORRIS, PIPPA. Electoral Engineering. Cambridge University Press, 2004.
Smet-Tobback foi responsável por uma composição maior de mulheres na lista, isso não
implica na evolução do percentual de mulheres eleitas. O que se observou foi que as
mulheres raramente encontram-se em posições elegíveis nas listas (ordre utile), calculadas
a partir dos assentos obtidos pelo partido nas últimas eleições.

II. Parlamento Europeu: "Electoral Gender Quota Systems and their


Implementation in Europe" e o seu Update de 2013.

Tratam-se de estudos realizados dentro do Parlamento Europeu envolvendo os


seus países que adotam cotas de gênero, bem como sua efetividade. O estudo também
aponta fatores importantes na efetividade dessas cotas, como a relação com o sistema
eleitoral do país, a posição das mulheres nas listas dos partidos e a existência de sanções
em caso de descumprimento.
O estudo de 2011 foi especialmente importante, uma vez que conta com um case
study especificamente em cima da Bélgica. As eleições imediatamente anteriores ao estudo,
de 2006 - 2010, demonstraram um percentual de mulheres eleitas (a nível federal, europeu,
regional e comunal) que iam de 32% a 44%, números relativamente altos comparados com
outros países e que se mostram estáveis comparando diferentes níveis eleitorais.
O estudo mostra a evolução da legislação no assunto: após a lei Smet-Tobback ser
alvo de críticas por não garantir uma divisão igualitária entre homens e mulheres e de não
garantir que estas fiquem em posições elegíveis, em 2002 passou a ser exigido uma divisão
igualitária entre homens e mulheres nas listas. Ainda, candidatos do mesmo sexo não
podem ocupar as duas primeiras posições de uma lista. Caso haja o não-cumprimento, a
lista é rejeitada. Enquanto a lei de 1994 possuía alcance nacional, a previsão de 2002 não
abarcava as províncias e comunas. No entanto, todas as províncias acabaram por adotar a
mesma previsão. Um caso interessante foi o dos conselhos das províncias e o das
comunas, que só adotaram a nova previsão nas eleições de 2006, mas que já compunham
listas com um percentual muito maior do que aquele previsto na lei de 94.
No entanto, o que se notou foi que, apesar da previsão pós-2002 de que os dois
primeiros nomes da lista deveriam ser de gêneros diferentes, as mulheres costumam ocupar
o segundo lugar na lista de candidatos. Igualmente, apesar de se observar um aumento
relevante no número de mulheres eleitas, o estudo aponta que sua efetividade está
intimamente ligada ao número de cadeiras ganhas por partido ou por distrito. Quanto maior
a magnitude, maiores as chances de equilíbrio entre homens e mulheres eleitos.

III. Institut Pour L’Égalité des Femmes e des Hommes : "La participation des
hommes e des femmes à la politique belge".

O Institut Pour L’Égalité des Femmes e des Hommes é um instituto do governo


federal belga voltado à promoção da igualdade de gênero e que publicou três estudos sobre
a participação da mulher na política até hoje, sendo esse o mais relevante para a temática
deste estudo. Além de traçar uma evolução na porcentagem de mulheres em cargos eletivos
no país e compará-las com a sua presença e posição nas listas eleitorais, assim como os
estudos acima, o Instituto traçou algumas hipóteses interessantes sobre a relação do
número de mulheres eleitas com elementos socioeconômicos.
Assim como o estudo do Parlamento Europeu, aponta que uma maior magnitude
de um partido ou região implica numa maior representação feminina. Não conseguiu apontar
uma relação entre a renda e a representatividade, mas observou seu aumento
proporcionalmente ao número de negócios criados nas províncias. Igualmente, observou
uma diminuição de mulheres eleitas em regiões rurais.
O estudo do Instituto é interessante porque, além de fornecer dados extensos em
relação ao tema, proporciona uma comparação entre o número de mulheres eleitas e
diversos fatores socioeconômicos, o que demonstra que a previsão legal de cotas depende
de inúmeros fatores para se tornar em uma ação efetiva.

6. MATERIAIS E MÉTODOS

Os métodos escolhidos para o andamento da presente pesquisa foram a leitura de


artigos contemporâneos, a leitura de dados e de estudos elaborados a partir de dados,
principalmente em relação à porcentagem de mulheres em cargos legislativos, antes e
depois da implementação das cotas de gênero em ambos os países.
No caso do Brasil, em conjunto com outra colega de pesquisa, houve a
oportunidade durante o período eleitoral das eleições municipais de 2016 de seguir as
candidaturas das mulheres concorrendo ao cargo de vereadora da Câmara Municipal de
Curitiba. Esse acompanhamento se deu em sua maior parte através do portal do TSE e dos
dados divulgados no que diz respeito ao financiamento de campanha e votos arrecadados,
mas também das próprias candidatas em meios de comunicação e redes sociais. Os
resultados, que por si só seriam suficientes para basear inúmeras pesquisas em diferentes
temas, foram apresentados no congresso do CONPEDI, no mês de dezembro de 2016.
Apesar destes resultados refletirem muito bem a realidade brasileira, foi também necessária
a análise de outros estudos sobre o tema, realizados em escala nacional.
Já no que diz respeito à Bélgica, em decorrência da dificuldade de acesso a dados
e a ausência do mesmo nível de familiaridade com o sistema do país, o enfoque se deu
principalmente em estudos realizados a partir de dados referentes à representatividade
feminina no poder legislativo, especialmente no parlamento nacional, antes e depois da
implementação das cotas de gênero e diante todas as modificações que se deram no
sistema de cotas no país desde 1994.

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação à coleta de dados realizada em cima das eleições para a Câmara


Municipal de Curitiba, chegou-se à resultados bastante relevantes para fins deste estudo.
Cabe primeiramente, no entanto, a inserção do contexto destas eleições: 349 dos 1.114
candidatos eram mulheres, o equivalente a aproximadamente 31% dos candidatos – ou
seja, praticamente o número de vagas destinadas à mulheres nas candidaturas de cada
partido/coligação, o que por si já demonstra que boa parte das candidaturas de mulheres
nestas eleições se deram apenas para o fim de cumprir com as cotas. Ao final, 21,05% dos
candidatos eleitos foram mulheres, percentual que claramente deixa a desejar.
Em relação aos votos arrecadados por estas mulheres, os números são
exemplificados por este gráfico:

!
Ou seja, 3 candidatas não receberam qualquer voto, 3 receberam apenas 1, quase
35% não passaram dos 100 votos e apenas 7,6% receberam mais de 1.000, possuindo
verdadeiras chances de serem eleitas.
Os números não são por acaso. Durante este levantamento, observou-se também
os recursos arrecadados pelas candidatas:

!
O que se nota é que, além de mais da metade dessas candidatas não terem
arrecadado qualquer recurso para a sua campanha, apenas 8,8% das candidatas
arrecadaram mais de R$5.000,00 – um valor que, numa cidade do tamanho de Curitiba, é
essencial para ter as mínimas chances de ser eleito.
É certo que vários fatores influenciam nas reais chances de eleição de um
candidato e que uma arrecadação maior não é obrigatoriamente vinculada à certeza de que
o candidato será eleito, mas a relação entre esses números é um indicativo importante de
que os recursos tornam uma candidatura viável e a coloquem a mulher em uma posição
elegível.
No entanto, o que se notou a partir desse mapeamento foi que existe uma clara
dificuldade da inserção da mulher na esfera política no Brasil, especialmente em relação
àquelas que acabaram de ingressar na política, uma vez que as candidatas que conseguiam
reunir recursos para a suas campanhas raramente estavam se candidatando pela primeira
vez.
Em relação à Bélgica, o primeiro resultado foi em relação a uma das hipóteses
iniciais, de que poderia haver uma disparidade na representação feminina nas diferentes
regiões da Bélgica, por se tratar de populações com cultura e língua distintas. Não foi
observada qualquer diferença, eliminando esta hipótese ainda nos resultados preliminares.
No que diz respeito à efetividade das cotas no país, é fácil observar que houve um
crescimento impressionante no percentual de mulheres eleitas desde a segunda metade da
década de noventa, época na qual a Lei Smet-Tobback foi implementada. As diversas
mudanças no sistema eleitoral, especialmente na magnitude das províncias e partidos, além
de fatores socioeconômicos, como defendido por parte da doutrina, podem ter contribuído
muito mais fortemente para esse crescimento, mas será necessária uma análise mais a
fundo da questão antes de apontar qualquer resultado concreto.
Por fim, uma conclusão que já se pode inferir do estudo de ambos os sistemas, é a
de que as cotas, por si só, não resolvem o problema do déficit na representação da mulher
na política. Elas podem ser ações positivas relevantes, desde que acompanhadas de outros
fatores que as impulsionem. No caso do Brasil, por exemplo, um apoio maior por parte dos
partidos impulsionaria esta mudança com muito mais força que a mera candidatura de
mulheres só para “preencher cota”.

8. REFERÊNCIAS

BÉLGICA. Loi du 24 mai 1994 visant à promouvoir une répartition équilibreé des
hommes e des femmes sur les listes de candidatures aux élections. Disponível em :
<https://goo.gl/BGNj9g>. Último acesso em: 04/03/2017.
BRASIL. Lei n° 9.504 de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as eleições.
Brasília, DF, 30 de set. de 1997.
Chambre des représentants. Service des relations publiques et internationales. La Chambre
des Répresentants : Election. 2014.
European Parliament. Directorate General for Internal Policies. Policy Department C:
Citizens’ Rights and Constitutional Affairs. Electoral Gender Quota Systems and their
Implementation in Europe. 2011. Disponível em: <https://goo.gl/a7KXf2>.
European Parliament. Directorate General for Internal Policies. Policy Department C:
Citizens’ Rights and Constitutional Affairs. Electoral Gender Quota Systems and their
Implementation in Europe Update 2013. 2013.
Institut Pour L’Égalité des Femmes e des Hommes. La participation des hommes e des
femmes à la politique belge. Disponível em : <https://goo.gl/XEzCcR>.
MATEO DIAZ, Mercedes. Les quotas sont-ils utiles? L’Éfficacité Imparfaite des Mesures
de Discrimination Positive dans les Lois Electorales Belges. In : Revue Française de
Science Politique. Presses de Sciences Po, 2003/5 vol. 53 pp. 791 a 815.
NORRIS, PIPPA. Electoral Engineering. Cambridge University Press, 2004.
SAPIRO, Virginia. When are interests interesting? The problem of political
representation of women. In: PHILLIPS, Anne. Feminism & Politcs. Oxford University
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Senado Federal. Lugar de mulher também é na política. Disponível em: <https://goo.gl/
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TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Estatísticas Eleitorais 2016 – Candidaturas.
Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2016/
eleicoes-2016>
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. Estatísticas Eleitorais 2016 – Eleitorado. Disponível
em: < http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/estatisticas-eleitorais-2016/eleicoes-2016>.
Vie Féminine. Femmes et politique. Intervention de Vie Féminine lors de la journée du 22
avril 2006 organisée en partenariat avec Méridienne et Femmes en Marche, 2006.

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