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Introdução.................................................................................................................................... 1
Metodologia ................................................................................................................................ 3
2. Considerações Finais.......................................................................................................... 16
3. Bibliografia ........................................................................................................................ 17
Introdução
O presente trabalho de pesquisa, busca analisar de forma clara e objectiva o "Processo de
Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorções Relevantes ". Num entanto sabe – se que ao
emitir uma opinião sobre algo, qualquer pessoa tem a possibilidade de acertar ou errar. No caso de
auditores independentes, essa possibilidade está relacionada com a manifestação da sua opinião
sobre se as demonstrações contábeis de uma entidade representam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a sua posição patrimonial, financeira e económica.
Devido à complexidade das informações e o grande número de transações contábeis a serem
examinadas na execução de uma auditoria, é inevitável que exista o risco de que erros ou
irregularidades existentes nos registros e nas demonstrações contábeis possam não ser detectados
pelo auditor durante a execução da auditoria. Estes riscos são conhecidos como riscos de auditoria.
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Objectivo Geral
Analisar o Processo de Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorções Relevantes
Objectivos Específicos
Apresentar o conceito de Riscos de Auditoria
Identificar os tipos de riscos de Auditoria
Demonstrar as Técnicas de Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorções Relevantes
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Metodologia
Visto que a pesquisa é de caráter exploratório e de suma importância para o sucesso do objetivo
final, adotou-se a revisão de literatura, relacionada com o objeto de estudo, caracterizado por uma
pesquisa bibliográfica documental ou de fontes secundárias.
Marconi e Lakatos (2002 p. 58) comentam que:
“... as fontes secundárias possibilitam não só resolver os problemas já conhecidos,
mas também explorar novas áreas onde os problemas ainda não se caracterizam
suficientemente. Assim, a pesquisa bibliográfica propicia a investigação de
determinado assunto sob um novo enfoque ou abordagem.”
No presente estudo, adotou-se como principais fontes de pesquisa: livros, trabalhos acadêmicos,
artigos científicos e avulsos, bem como consultas à internet, cujo aporte técnico direcionou a
operacionalização do conhecimento.
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1. PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE
DISTORÇÕES RELEVANTES
1.1.Conceitos
De acordo com Cerbasi (2004:58) Risco de auditoria é a possibilidade da existência de deficiênc ias
materiais no controle e que não são detectadas pelo auditor durante a auditoria. Essencialmente a
confiança do auditor gerencial na validade das conclusões do relatório é derivada da avaliação da
possibilidade de erro indicada pelo risco de auditoria.
Segundo Hanson (2005:44), risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma
opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas.
Contudo, podemos chegar ao consenso que o Risco de auditoria é o risco de que o auditor expresse
uma opinião de auditoria inadequada.
Se um auditor decidir que a segurança razoável deve ser de 99% de chance de que as
demonstrações financeiras não contêm distorções relevantes, o risco de auditoria será de 1%; se
ele decidir que é de 95%, o risco de auditoria será de 5%. KOTLER (2007)
Segundo Padoveze (2004: 41) o auditor deve decidir qual o tamanho do risco que ele está disposto
a tolerar para chegar uma conclusão sobre o objeto da auditoria.
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Os únicos riscos que o auditor controla são o de detecção (RD) e, por meio deste, o de auditoria
(RA) já que o risco de distorção relevante (RDR), que é composto pelos riscos inerente (RI) e de
controle (RC), são riscos da administração da entidade.
Portanto, cabe ao auditor determinar o nível de risco de detecção aceitável para manter o risco de
auditoria no nível estabelecido para o trabalho.
De acordo com Martins (2002:44) é o risco que está relacionado com as actividades operacionais
da empresa, normalmente este risco já existe, é intrínseco da natureza das ações e negócios da
empresa. É o erro ou irregularidade que ocorreu nas demonstrações ou registros em função da
suscetibilidade dos saldos ou da transação a uma distorção que poderia ser relevante
individualmente ou em conjunto com outras distorções na mesma conta, presumindo-se a falta de
um controle específico por parte da empresa. Este risco se dá na parte operacional da empresa,
sendo difícil a sua mensuração.
Um exemplo de risco implícito é quando a empresa vende a maioria de seus produtos para somente
um cliente, centralizando assim seus créditos a receber; caso o cliente venha a ter problemas
financeiros, não conseguindo efetuar o pagamento, com certeza afetará a estabilidade da empresa.
Ocorre quando um erro ou uma fraude não foi detectado pelo sistema de controle interno. Este
deixou de prevenir e corrigir em tempo uma distorção no saldo de uma conta, sendo que era
responsabilidade dos controles a sua detecção. GROPPELLI (2002:44)
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O risco pode ser relevante individualmente ou em conjunto com outras distorções; o nível deste
risco é em função da efetividade dos procedimentos de controlo interno da empresa auditada.
Na visão de Gitman (2010:66) é a possibilidade do saldo de uma conta ou de uma informação estar
errada e não ser detectada ou ainda levar o auditor a concluir pela sua inexistência em função de
um erro de avaliação próprio ou da sua equipe.
Ao aplicar os procedimentos de auditoria o auditor não detecta uma distorção no saldo de uma
conta, ou de transações, que poderia ser relevante. Estes erros podem ser em decorrência de não
examinar todas as evidências disponíveis, de possível ineficiência do procedimento de auditoria,
ou de possível deficiência na avaliação dos fatos descobertos durante o exame.
O que é relevante para uma empresa pode não ser relevante para outra, assim a determinação do
que é relevante em uma auditoria é uma questão de julgamento profissional do auditor, que deverá
estabelecer um nível de relevância aceitável para permitir a detecção de distorções relevantes. Ao
estabelecer um nível de relevância, o auditor estabelece um parâmetro de relevância para a sua
auditoria.
Segundo Pires (2005:14) ao definir seu programa de auditoria, após a análise do controle interno
e das áreas de risco de auditoria, o auditor independente deve levar em conta quais fatores
poderiam resultar em distorções relevantes nas demonstrações contábeis sob exame.
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b) Onde aplicar, ou não, amostragem e procedimentos analíticos.
A idéia é que o auditor examine os itens que, se errados, causam um impacto maior na situação
patrimonial e financeira da empresa. Isso permite ao auditor independente selecionar
procedimentos de auditoria que, combinados, possam reduzir o risco de auditoria a um nível
aceitável.
Contudo, como a auditoria é um processo vivo de análise, a avaliação da relevância e dos riscos
de auditoria pode diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da aplicação
dos procedimentos de auditoria. Isso pode ser causado por uma mudança nas condições do trabalho
ou por uma mudança no nível de conhecimento do auditor independente em relação à empresa
auditada, em função dos resultados encontrados nos trabalhos de campo.
Existe uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é,
quanto maior for o risco de auditoria, menor será o valor estabelecido como nível de relevância e
vice-versa. O auditor independente toma essa relação inversa em conta ao determinar a natureza,
época e extensão dos procedimentos de auditoria, ou seja, ao elaborar o seu programa de auditoria.
Por exemplo, se na execução de procedimentos específicos de auditoria, o auditor independente
determinar que o nível de risco é maior que o previsto na fase de planejamento, o nível de
relevância, preliminarmente estabelecido, deve ser reduzido. O auditor independente deve atenuar
tal ocorrência por:
a) Reduzir o nível de risco de controlo, onde praticável, e suportar tal redução por meio de
ampliação dos testes de observância;
b) Reduzir o risco de detecção via modificação da natureza, época e extensão dos testes
substantivos planejados.
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1.4.Procedimentos de Avaliação de Risco
Os procedimentos de avaliação de riscos seguem uma abordagem de cima para baixo (top- down),
em que o auditor identifica e avalia riscos e controles percorrendo um caminho do geral para o
específico, isto é, do nível da entidade para o nível das atividades (transações).
É essa a abordagem que o auditor utiliza para a identificação e avaliação dos riscos de distorções
relevantes no nível das demonstrações financeiras como um todo e no nível de afirmações para
classes de transações, saldos de contas e divulgações.
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Riscos de distorção relevante no nível das demonstrações financeiras são aqueles que podem afetar
muitas afirmações e, portanto, se relacionam de forma generalizada às demonstrações finance iras
como um todo (ISSAI 200).
Para Walter (2003) a identificação dos riscos no nível das demonstrações financeiras pode ser
especialmente relevante para as considerações do auditor sobre riscos de distorções decorrentes de
fraude.
Os riscos desse nível não podem ser atribuídos a afirmações específicas sobre classes de
transações, saldo de contas ou nível de divulgação, mas representam circunstâncias que podem
aumentar os riscos de distorção relevante em tais afirmações. É o caso, por exemplo, de riscos que
podem decorrer do fato de controlos serem burlados pela administração.
Com base nos riscos identificados de distorção relevante no nível das demonstrações financeiras,
o auditor toma decisões quanto às respostas gerais, tais como:
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Enfatizar para a equipe de auditoria a necessidade de manter ceticismo profissional;
Designar membros para a equipe com mais experiência ou com habilidades especiais para
lidar com os riscos identificados ou usar especialistas;
Exercer uma supervisão mais intensa;
Efetuar alterações gerais na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria e
incorporar nesses elementos de imprevisibilidade.
Devem ser identificados e avaliados para determinar a natureza, época e extensão dos
procedimentos de auditoria para a obtenção de evidências no nível das afirmações. Contudo, o
auditor pode concluir que os riscos de distorção relevante no nível das afirmações também podem
se relacionar de forma generalizada às demonstrações financeiras como um todo e potencialme nte
afetar muitas afirmações.
Os riscos de distorção relevante no nível das afirmações irão determinar as respostas específicas
em termos da natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria, que devem
estar refletidas no plano de auditoria.
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Procedimentos analíticos para identificar correlações e tendências que possam
indicar riscos de distorção relevante, incluindo eventuais riscos de fraude, e exercitar
julgamentos para determinação da materialidade.
Observações e inspeções visando à tomada de decisões sobre riscos e controles
internos relevantes para auditoria, incluindo os sistemas de informação da entidade.
a) Técnicas de auditoria mais utilizadas para a procedimentos de avaliação de riscos:
1.4.1. Indagações
Em geral, a maior parte das informações é obtida da própria administração e dos responsáveis pela
governança, mas não se limitam a eles.
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Ex: pessoal de auditoria interna, funcionários envolvidos nos procedimentos de início,
processamento ou registro das transações complexas e não usuais da entidade, departamento
jurídico.
Relação entre o valor orçado e executado ou relação entre o nível de execução física e
financeira do orçamento;
Receita tributária e o crescimento econômico
Despesa previdenciária e o número de beneficiários;
Despesa com inativos e o número de inativos.
Os procedimentos analíticos mais básicos são as análises verticais e horizontais das contas
contábeis que compõem as demonstrações financeiras, bem como de contas selecionadas para
averiguação da evolução ou desdobradas para avaliação da composição.
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Relações não usuais ou inesperadas identificadas podem auxiliar o auditor na identificação de
riscos de distorção relevante, especialmente riscos de distorção relevante por fraude.
Em geral, os procedimentos analíticos só fornecem um aviso de que algo parece estar errado, mas
por si só não oferecem evidência de auditoria suficiente, relevante e confiável, apenas aponta o
caminho de uma possível distorção.
Se os procedimentos analíticos indicarem flutuações ou relações que são inconsistentes com outras
informações e evidências ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o auditor
deve examinar e/ou investigar as diferenças por meio de indagação à administração e aos
responsáveis, bem como por meio da aplicação de outros procedimentos de auditoria, conforme
julgar necessário nas circunstâncias.
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1.4.3. Observação e inspeção
Geralmente fornece evidência altamente confiável, pois é aplicada quando o auditor está presente
para observar os acontecimentos. Entretanto, não fornece prova cabal de que processos, controles
e atividades operam da mesma maneira em qualquer outro momento. Assim, o auditor deverá
complementar os testes de observação com outras evidências a partir de outros procedimentos de
avaliação de risco como inspeção.
O exame documental avalia, dentre outras coisas, se as transações realizadas estão devidamente
documentadas, se a documentação que a suporta é idônea; se a transação e a documentação que a
suporta foram autorizadas por pessoas competentes; e se a operação tem pertinência com as
atividades da entidade.
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1.5.Fontes de informação para os procedimentos de avaliação de riscos
No primeiro ano em que o auditor conduz a auditoria, o trabalho necessário para obter e
documentar as informações necessárias à realização dos procedimentos de avaliação de riscos
exigirá um esforço maior e um período significativo de tempo.
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2. Considerações Finais
Em, função de tudo quanto foi dito durante o trabalho, intende – se que o Risco de auditoria é a
possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as
demonstrações contábeis significativamente incorretas.
Nesta ordem de ideias, a Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante - o auditor
deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante, independentemente de ser causada por
fraude ou erro, nos níveis de demonstração contábil e afirmações, por meio do entendimento da
entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade, proporcionando assim uma
base para o planeamento e a implementação das respostas aos riscos identificados de distorção
relevante.
Assim, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente relacionada aos riscos
avaliados de distorção relevante por meio do planejamento e da implementação de respostas
apropriadas a esses riscos.
Na prática risco de auditoria é a possibilidade de o auditor emitir uma opinião equivocada sobre
as demonstrações contábeis incorretas, ou seja, concordar com as demonstrações erradas, emitindo
um parecer sem ressalva.
Com tudo, num processo de auditoria o auditor deve obter o maior nível de certeza possível sobre
a exatidão das demonstrações para emitir a sua opinião, de tal forma a restringir o risco de auditoria
ao seu menor nível. Por exemplo, se o auditor deseja ter 90% de certeza, então ele estará correndo
10% de risco de auditoria. Existe uma relação inversa entre o risco e a quantidade de evidência
necessária para suportar a opinião do auditor, ou seja, se o risco de auditoria é baixo, é necessária
grande quantidade de evidência. A lógica é simples: para ter certeza razoável o auditor deve
encontrar evidências de sua exatidão. Quanto mais evidências sobre algo, menor a possibilidade
de aquele algo estar errado.
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3. Bibliografia
CERBASI, Gustavo. Casais Inteligentes Enriquecem Juntos. 1ª Ed. São Paulo: Gente, 2004.
CERBASI, Gustavo.Dinheiro os segredos de quem tem. 7ª Ed. São Paulo: Gente, 2003.
GITMAN, J. Lawrence. Princípios de Administração Financeira. 12ª São Paulo: Pearson, 2010.
HANSON, Jon.Divida boa, Dívida ruim. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Best Seller LTDA, 2005.
MARTINS, José Pio. Educação Financeira ao Alcance de Todos. São Paulo: Fundamentos, 2002.
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