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Projetos de adaptação em

Deficiência Auditiva residências e ambientes de trabalho.


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Dona de um Curriculum invejável em tudo o que se relaciona a deficiências auditivas e à


fonoaudiologia, Ana Maria Amaral Roslyng Jensen escreveu um trabalho interessante que
está na Internet e que se intitula "O Começo" . Ao seu final ela afirma:

"Atualmente a idade média de detecção de perdas auditivas significativas é de 14 meses


(1999). A meta por enquanto, da Academia Americana de Pediatria, de Audiologia e do Joint
Committee on Infant Hearing para o ano 2000, é que as deficiências de audição sejam
detectadas antes dos 3 meses e os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e
colocação de próteses auditivas (aparelhos) não ultrapassem os 6 meses.

E por que é tão crítico este período? Por motivos orgânicos,


funcionais e cognitivos o ser humano é programado para
desenvolver a fala e a linguagem entre o nascimento e a idade de 2
anos.

Mesmo perdas moderadas levam a sérios efeitos no processo de


desenvolvimento da fala, linguagem e cognição. Cognição está
presente desde o berço. Não é conhecimento escolar, mostra-se na
habilidade de uma criança brincar. Brincar começa com a vida na
relação do bebê com a mãe.

Quando vamos ao parque e assistimos crianças brincando na areia, fazendo bolo ou


empurrando carrinhos, elas além de brincar estão usando a cognição para representação de
seu mundo interno.

É lindo de ver! É triste de pensar que a criança que não pode ouvir desde o nascimento
ficará privada desta maravilha e outras funções na vida se não for auxiliada cedo.

Fica aqui a mensagem: Temos a obrigação e o dever de prevenir, diagnosticar e educar para
mais tarde termos pessoas adultas que possam vencer barreiras, que as deficiências
auditivas trazem e tornar-se cidadãos úteis, independentes, integrados e se possível mais
felizes".

São muito os fatores que levam à deficiência auditiva ou surdez. É muito interessante que
conheçamos algumas indicações para reconhecermos sinais de deficiência auditiva, como
prevenir o mal e como lidar com a situação. No sentido de facilitar o leitor e de não ficar
repetindo materiais já elaborados, transcrevemos a seguir aquele que foi compilado,
preparado e finalizado pela Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais - AME, que foi
colocado no site de Entre Amigos:

"Deficiência Auditiva - O que é

Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na


capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do
ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas
existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A
condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por
função "conduzir" o som até o ouvido interno.
Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com
aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Se ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma
deficiência que recebe o nome de "neurossensorial". Nesse caso, não há problemas na
"condução" do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que
passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as
pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre
os sons.

A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas perdas auditivas: condutiva e


neurossensorial numa mesma pessoa.
O que causa a deficiência auditiva?

São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por
exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando
perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no
ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de "conduzir" o
som até o ouvido interno.

No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, sendo um deles o


genético. Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos
tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê.
Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a
criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou
caxumba também pode ter como seqüela a deficiência auditiva.

Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas e a exposição freqüente a


barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva.
Como reconhecer

É extremamente importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais


precocemente possível. Para tanto, os pais ou responsáveis devem observar as reações
auditivas da criança. Os especialistas da área são enfáticos quanto à necessidade de
tratamento o mais cedo possível.
Nos primeiros meses o bebê reage a sons como o de vozes ou de batidas de portas,
piscando, assustando-se ou cessando seus movimentos. Por volta do quarto ou quinto mês a
criança já procura a fonte sonora, girando a cabeça ou virando seu corpo.
Se o bebê não reage a sons de fala, os pais devem ficar atentos e procurar aconselhamento
com o pediatra, pois desde cedo o bebê distingue, pela voz, as pessoas que convivem com
ele diariamente.
Deve-se também estar atento à criança que:
- assiste à televisão muito próxima do aparelho e que pede sempre para que o volume seja
aumentado;
- só responde quando a pessoa fala de frente para ela; não reage a sons que não pode ver;
- pede que repitam várias vezes o que lhe foi dito, perguntando "o quê?", "como?" ou
- tem problemas de concentração na escola.
Crianças com problemas comportamentais também podem estar apresentando dificuldades
auditivas. Até uma ligeira perda na capacidade de percepção auditiva pode influenciar o
comportamento e o desenvolvimento da criança.
O que fazer

Uma vez constatada a deficiência, deve-se buscar um


especialista em Otorrinolaringologia ou Fonoaudiologia
o quanto antes. É necessário realizar um teste auditivo
e outros exames médicos para localizar a deficiência.

Detectada a deficiência auditiva, avalia-se a


necessidade e a importância da indicação correta de
um aparelho auditivo, o qual deve estar adaptado às necessidades específicas de cada
pessoa.

No caso da deficiência em crianças, deve-se observar que há diferentes


tipos de problemas auditivos e deve-se recorrer a métodos que melhor se
adaptem às necessidades de cada criança.

Sempre que recomendado pelo especialista, o aparelho de amplificação de som individual


deve ser providenciado o mais cedo possível. Deve haver também cuidados com sua
manutenção para que um aparelho quebrado ou mau ajustado não prejudique ainda mais a
criança com deficiência.

Dependendo do grau de deficiência auditiva, a educação especial deve ser indicada e iniciada
o quanto antes.
Como evitar

Há várias formas de se evitar a deficiência auditiva. A mulher deve sempre tomar a vacina
contra a rubéola, de preferência antes da adolescência, para que durante a gravidez esteja
protegida contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três meses
de gravidez, o bebê pode nascer com problemas de audição.

Também devem ser evitados objetos utilizados para "limpar" os ouvidos, como grampos,
palitos ou outros pontiagudos. Outro cuidado a ser observado é para a criança não introduzir
nada nos ouvidos, correndo-se o risco de causar lesões no aparelho auditivo. Se isto ocorrer,
o objeto não deve ser retirado em casa. A vítima deve procurar atendimento médico.

Saiba Mais
Muito mais poderá ser objeto de seu interesse, quando se discute a deficiência auditiva.
Dentre os muitos sites existentes, procure acessar, na Internet, aquele mantido pelo
Governo Federal Brasileiro, por meio de seus Ministérios da Educação e do Desporto, que se
intitula: Educação Especial - Deficiência Auditiva, no seguinte endereço eletrônico:
http://www.ines.org.br/ines_livros/livro.htm.

No Brasil, segundo o Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo 4o , ficou


estabelecido que a deficiência auditiva é a "perda parcial
ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando
de graus e níveis na forma seguinte:

a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve;


b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada;
d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e
f) anacusia. " Inteire-se sobre o problema da deficiência
auditiva em idosos,

acessando "Audição em Idosos". Esclareça-se também utilizando os conhecimentos


repassados pela Sociedade Brasileira de Otologia, em http://www.sbotologia.com.br
No site você encontrará a área Fale Conosco.
Pessoas Famosas com Deficiência Auditiva

LUDWIG VAN BEETHOVEN


Compositor Musical

Beethoven transformou-se com muito esforço pessoal num dos maiores gênios da
música erudita, apesar da gradativa perda da audição, desde seus 27 anos de
idade. Em 1801, com 31 anos de idade, escreveu o seguinte: ..."minha faculdade
mais nobre, minha audição, tem piorado muito" ... "esse problema causa-me as
dificuldades menos significativas ao tocar ou ao compor e as maiores, quando em
contado com os outros"... "meus ouvidos assobiam e fazem barulho sempre, dia e
noite.
Em qualquer outra profissão isso poderia ser mais tolerável, mas na minha, essa
condição é verdadeiramente atemorizante. Posso lhe dizer que vivo uma
experiência miserável"...

No "Testamento de Heiligenstadt", escreveu: "Oh, vós que me considerais e


declarais hostil, obstinado ou misântropo, como sois injustos para comigo! Não
conheceis as causas secretas que me fazem agir assim(...) E não me era possível
dizer às pessoas: 'falem mais alto, gritem, porque estou surdo!' Ah, como podia eu
proclamar a falta de um sentido que deveria possuir num grau mais elevado do que
qualquer outro, um sentido que outrora foi em mim mais
agudo do que em qualquer dos meus colegas?(...) Estou
afastado dos divertimentos da vida em sociedade, dos
prazeres da conversação, das efusões da amizade". A
surdez gradativa evidentemente influenciou o próprio estilo
de Beethoven.

Com a plena consciência de sua surdez total próxima,


tornou-se sempre muito deprimido. E aos 52 anos de idade
estava completamente surdo.

Contam seus biógrafos que ele foi o "maestro honorário" na primeira apresentação
de sua 9ª Sinfonia, mantendo-se sentado ao lado do maestro regente. Não ouvia
nada de toda a execução da magnífica peça musical, mas seguia sua evolução pela
partitura em suas mãos.

Próximo ao final, estava atrasado alguns compassos e não notou quando a


orquestra terminara. Um dos solistas veio imediatamente até ele e virou-o para a
platéia que aplaudia delirantemente a obra e seu compositor.

HEATHER WHITESTONE
Miss EUA de 1995

No ano de 1995 a jovem Heather, nascida no Alabama, competiu ao título de Miss Estados
Unidos... e venceu!

"E aqui está ela!... Miss Estados Unidos da América de


1995!!!"
... anunciou o locutor entusiasmado. No entanto, ao
contrário de outras vencedoras do concurso em anos
anteriores, Heather não ouviu nada dessas palavras
consagradoras, nem a música, os aplausos e os muitos
cumprimentos ao seu redor, ao ser abraçada e beijada
por suas colegas concorrentes e ao encaminhar-se para o
trono.

Ela era, na oportunidade, a primeira jovem com


deficiência a ser escolhida como Miss Estados Unidos.
Desde os 18 meses de idade ficara surda.

Os médicos informaram seus pais que ela jamais passaria


do nível de terceiro ano elementar, nem aprenderia a
falar. No entanto, durante o concurso de Miss Estados Unidos, ela respondeu com
desenvoltura às perguntas dos juízes e falou sobre seus objetivos na vida. Ela informou que
gostaria de ajudar crianças de todas as raças e culturas a atingir seu potencial máximo na
vida, a estabelecer elevados objetivos e realizá-los, como ela havia conseguido fazer. Foi
notável o fato de que na sua prova sobre talento especial, durante o concurso, ela optou pelo
balé. E saiu-se perfeitamente bem.

Heather tem sido a porta-voz da Fundação Helen Keller para Pesquisa sobre o Olho e da
Fundação Starkey para Aparelhos Auditivos. Escreveu também um livro intitulado "Ouvindo
com meu Coração" (Listening with My Heart).

Em suas atividades promocionais, Heather tem sido uma oradora que motiva as pessoas a
acreditar e a implementar seus sonhos.

Sites Adicionais

www.entreamigos.com.br/textos/defaud/defaud.htm
www.ines.org.br/ines_livros/SUMARIO.HTM
www.fonoesaude.org/da.htm
www.hmsj.com.br/servicos2.php
www.acessa.com/viver/arquivo/vida_saudavel/2005/03/15-deficiencia/

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Deficiência Mental

O que caracteriza a deficiência mental é um funcionamento intelectual inferior à média, sempre acompanhado de
limitações em termos de adaptação em, no mínimo, duas das seguintes áreas: comunicação, vida familiar, auto-
suficiência pessoal, relações interpessoais, uso de recursos comunitários, vida escolar, atividades de trabalho,
dentre outras.

A maioria dos casos de deficiência mental pode ser identificada logo na primeira infância. Muitos casos, no entanto,
são percebidos quando do início da vida escolar, porque indeterminado número de crianças apresenta grau leve de
lesão. Ao iniciar a vida escolar, a eventual deficiência mental torna-se mais evidente, devido aos desafios
intelectuais contínuos.

Segundo estudiosos do assunto, em muitos casos, a deficiência mental é uma condição de natureza relativa aos
demais indivíduos, porque uma pessoa pode ser considerada deficiente mental em uma determinada circunstância
e não deficiente em outra, de acordo com a capacidade dessa pessoa satisfazer as necessidades do momento.

Hoje em dia é comum entre psicólogos o posicionamento de não diagnosticar deficiência mental em indivíduos
apenas com determinado nível de QI, se não existirem dificuldades no funcionamento adaptativo, que pode ser
influenciado por vários fatores, tais como vida familiar, educação formal, treinamentos, traços de personalidade,
oportunidades sociais e de trabalho e condições médicas de um modo geral. É de se notar, todavia, que os
problemas na adaptação geralmente melhoram mais com esforços programados por profissionais, do que o QI,
que tende a permanecer mais estável.

CLASSIFICAÇÃO DA DEFICIÊNCIA MENTAL

A classificação atual da deficiência mental não aceita mais que se considere a deficiência como leve, moderada,
severa ou profunda, mas que seja indicado o grau de comprometimento funcional adaptativo. Tem muito mais
importância saber se a pessoa com deficiência mental precisa de apoio em habilidades de comunicação ou em
habilidades sociais, por exemplo, do que em outras áreas.

Segundo diversos autores, pessoas com deficiência mental precisam de determinados tipos de apoio eventual ou
contínuo, tais como o assim chamado Apoio Intermitente (apenas quando necessário), o Apoio Limitado (intensivo,
mas por tempo limitado), o Apoio Extenso (regular e a longo prazo), o Apoio Generalizado (constante e intenso,
em geral por uma equipe). Ainda baseada na capacidade funcional e adaptativa das pessoas, existe uma
classificação para a deficiência mental, ou seja, os indivíduos passam a ser considerados dependentes, treináveis
ou educáveis.

Dependentes:
Trata-se de casos mais graves, com seu QI abaixo de 25. Nesses casos é necessário o atendimento por
instituições. Pode haver poucas, mas contínuas melhoras, quando a criança e a família são bem orientadas.

Treináveis:

Crianças com o QI entre 25 e 75. Se forem colocadas em classes especiais, poderão treinar, por exemplo,
disciplina, hábitos higiênicos e outros mais. Poderão até aprender a ler e a escrever, desde que estejam em
ambiente de paz e compreensão, recebendo muito afeto, com metodologia de ensino adequada.

Educáveis:

Profissionais reconhecem estes casos (com o QI entre 76 e 89) como "limítrofes". Podem permanecer em classes
comuns, com acompanhamento psicopedagógico especial. De um modo geral podem, quando adultos, ter sucesso
em sua vida pessoal, social e profissional.

Saiba Mais
Dentre os muitos estudos a respeito de deficiência mental, é importante ressaltar os trabalhos publicados por
organizações nacionais que especificamente destinam-se ao atendimento de crianças, jovens e adultos com
deficiência mental.

Sites adicionais
Sobre deficiência mental e esquemas desenvolvidos para atendimento das pessoas por ela atingidas, existem mais
de 143.000 sites na Internet, segundo listagem da Google. Os seguintes sites poderão ser consultados, dentre
muitos outros, à escolha de cada consulente:

www.sc.gov.br/webfcee/fcdefimental.htm
www.ceismael.com.br/tema/tema053.htm

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