1) Pele: torna-se seca, por diminuição das glândulas sebáceas, e
espessada, com as papilas dérmicas menos profundas, levando a menor
junção entre a epiderme e a derme, facilitando a formação de bolhas e predispondo a lesões. O número de melanócitos diminui de 8 a 20%, por década, após os 30 anos. Esse fato associado ao retardo da reposição das células da epiderme, ao maior tempo de exposição aos raios UV e à redução das células de Langerhans (células mediadoras da resposta imunológica na pele) contribuem para o aumento da incidência do câncer de pele. Na derme do indivíduo idoso observa-se menor número de fibras elásticas e colágenas levando a uma perda da resiliência e à formação de rugas. Também há diminuição da vascularização justificando a palidez e a diminuição da temperatura da pele aumentando a frequência de dermatites.(https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado- de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Cabelo: embranquecimento ocorre pela perda progressiva de
melanócitos nos bulbos capilares. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Unhas: O crescimento longitudinal das unhas diminui, elas se tornam
mais quebradiças e frágeis. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Sistema locomotor: A força muscular é máxima por volta dos 25 a 30
anos. A partir daí, há um declínio constante e universal. Entretanto, a força muscular do diafragma sofre pouca alteração, enquanto a força da musculatura da panturrilha diminui significativamente ao longo dos anos. O trabalho muscular é necessário para a manutenção de quase todas as funções do corpo, como postura, locomoção, respiração e digestão. A atividade física, independente da idade, aumenta a força e a velocidade muscular além de prevenir a perda óssea, as quedas e melhorar a função articular. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf) A partir dos 30 anos de vida, a densidade muscular diminui, ocorre perda gradual e seletiva das fibras esqueléticas que dão lugar a tecido adiposo e colágeno. Após os 35 anos, há alteração natural na cartilagem articular que, associada às alterações biomecânicas adquiridas ou não, provocam ao longo da vida degenerações diversas que podem levar à diminuição da função locomotora e da flexibilidade, acarretando maior risco de lesões. De fato, observam-se alterações da estrutura do colágeno como redução do comprimento das cadeias de condroitina na cartilagem articular. Porém, é importante salientar que tais alterações não indicam que a pessoa tenha uma doença articular degenerativa ou venha a apresentá-la, e sim que existe uma possibilidade aumentada de que a cartilagem articular possa sofrer lesões decorrentes de obesidade, trauma, doença metabólica, fatores hereditários e pelo desgaste próprio do tempo de vida.
Com o avanço da idade, a perda muscular é progressiva, porém, não
apresenta um comportamento linear em função do tempo, sendo mais pronunciada no sexo feminino do que no masculino, estimando-se uma perda de aproximadamente 5% por década até os 50 anos, e a partir daí, 10% por década até os 80 anos. Nos idosos, há uma importante diminuição na proporção de fibras musculares anaeróbicas de contração rápida em comparação com as fibras aeróbicas de contração lenta. Prejudicado pela fraqueza muscular progressiva, o idoso tende a posturas viciosas irregulares e compensatórias, mas que impõem um agravamento crescente às estruturas do aparelho locomotor, levando à lentificação da marcha e perda de equilíbrio, fatores esses que induzem a uma maior tendência a quedas e fraturas.
A sarcopenia, perda de massa muscular esquelética e de força
associada ao envelhecimento, acarreta morbidade e mortalidade significativas. A força muscular não depende apenas da massa e, portanto, a avaliação de ambas é mandatória na avaliação do idoso. A partir dos 75 anos, o grau de sarcopenia é um dos indicadores da chance de sobrevivência do indivíduo.
As causas para a sarcopenia são múltiplas, sendo as principais a
disfunção mitocondrial, alterações endócrinas, distúrbios nutricionais, imobilidade, inatividade física e doenças neurodegenerativas. Quanto aos mecanismos hormonais associados à sarcopenia, podemos citar a ativação do sistema renina-angiotensina e o consequente aumento dos níveis de angiotensina II, implicados na atrofia muscular por levarem ao aumento dos níveis da E3 ligase atrogina e, assim, à proteólise. Se levarmos em conta a prevalência da hipertensão arterial no idoso, este pode ser um mecanismo relevante, contribuindo para a sarcopenia. Hormônios que levam ao anabolismo muscular, como a insulina, o fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1), hormônios tireoidianos e a testosterona promovem acúmulo de proteína e a hipertrofia muscular e decaem com a idade, favorecendo o decréscimo da massa muscular. A resistência à insulina, que aumenta com o envelhecimento, é mais um dos fatores de propensão à sarcopenia, sendo esta diretamente proporcional ao conteúdo de gordura intracelular.
As mitocôndrias, a "usina de força" dos músculos, decaem em número e
capacidade funcional com o envelhecimento. Mecanismos possíveis para a perda progressiva destas organelas são a lesão do DNA mitocondrial e o deficit das células na remoção das mitocôndrias danificadas. O DNA mitocondrial é mais susceptível a lesões do que o nuclear, devido à proximidade com as espécies reativas de oxigênio geradas na mitocôndria, por ser um DNA não enovelado como o DNA nuclear (assim mais exposto a danos químicos) e porque os mecanismos de reparo do DNA mitocondrial não são tão eficazes quanto os do DNA nuclear. Para o descarte de mitocôndrias disfuncionais, é fundamental a autofagia, processo de degradação intracelular, o qual decresce com o envelhecimento. Além das mitocôndrias disfuncionais, outra característica do envelhecimento é o acúmulo de proteínas alteradas. O acúmulo dessas proteínas indutoras do estresse do retículo endoplasmático e morte celular tem sido ligado à morte das células pancreáticas no diabetes tipo 2 e dos neurônios.
Novamente, o processo de autofagia degradando depósitos de proteínas
intracelulares, além das mitocôndrias disfuncionais, parece ser fundamental para retardar o envelhecimento, prevenindo o estresse do retículo endoplasmático e um estímulo à apoptose e liberação excessiva de espécies reativas de oxigênio, oriundas das mitocôndrias disfuncionais. Além disso, a autofagia degrada gotículas lipídicas intracelulares, um dos mais precoces marcadores da resistência à insulina e da perda muscular com o envelhecimento.
A restrição calórica sem desnutrição, que parece ser até o momento o
único mecanismo comprovado como capaz de retardar o envelhecimento em várias espécies e não apenas no homem, é um indutor da autofagia, tornando a célula mais capaz de livrar-se de seu "lixo". O estímulo gerado pela restrição calórica à autofagia e à degradação proteica via proteassomos deve ser enfatizado como um possível mecanismo para a sua ação. Ademais, o exercício aeróbico diminui o dano mitocondrial associado ao envelhecimento, o que corrobora a noção de que os efeitos antienvelhecimento da restrição calórica e do exercício físico passam pelo "bem-estar" das mitocôndrias.
Ao lado dos tecidos muscular e cartilaginoso, o tecido ósseo, em
constante processo de remodelação (formação pelos osteoblastos e reabsorção pelos osteoclastos), sofre alterações consideráveis ao longo do envelhecimento, levando à osteopenia fisiológica.
O esqueleto tem três funções importantes: sustentação para o sistema
musculoesquelético; proteção de órgãos internos vitais e reservatório metabólico para a hematopoiese e a homeostase do cálcio. Cerca de 90% da massa óssea é alcançada na segunda década de vida e o pico de massa óssea ocorre em torno dos 35 anos de idade. As alterações relacionadas principalmente à diminuição da densidade mineral e à perda óssea iniciam em torno da quarta década de vida. A atrofia óssea causada pelo envelhecimento não é homogênea, pois, até os 50 anos de idade, perde-se sobretudo osso trabecular, gerando uma osteopenia reversível. Após essa idade, perde-se, principalmente, osso cortical e a perda óssea é irreversível.
Tanto os osteoclastos quanto os osteoblastos possuem receptores de
estrogênio, e, devido à redução do estrogênio na menopausa, a osteopenia é mais acelerada e perceptível no sexo feminino, sendo associada a uma atividade osteoclástica aumentada. Já na perda óssea relacionada com a idade, o processo é mais lento e resulta de hipoatividade osteoblástica. Sem dúvida, a osteopenia é um fator de risco para fraturas em idosos, mas não é patognomônica da osteoporose. Nos homens, o osso trabecular se torna progressivamente mais fino com a idade, não havendo a perda de contato entre as porções de osso trabecular, como ocorre nas mulheres após a menopausa.
No que diz respeito à microarquitetura óssea, uma característica do
envelhecimento é a diminuição na estatura, com perda média aproximada de 2 cm por década, a partir dos 60 anos, independentemente do gênero. Tal alteração se manifesta de forma mais acentuada na coluna vertebral do que nos membros, e decorre principalmente de modificações dos elementos do tecido conjuntivo dos discos intervertebrais, que perdem a capacidade de absorver água, tornando os ligamentos de elastina menos distensíveis e propensos a sofrer fragmentações sucessivas. A estabilidade dos segmentos móveis e a sustentação da coluna vertebral também apresentam alterações no idoso, pois a função dos ligamentos anteriores e posteriores da coluna vertebral sofre redução com o avanço da idade. Isto afeta diretamente a diminuição da capacidade de realizar tensão de "repouso" sobre a coluna vertebral e a ausência da força de tensão dos ligamentos, que contribuem para a adoção da postura flexionada para frente comum nos idosos. A consequente doença degenerativa articular do idoso provoca alterações ósseas e da superfície articular, como os osteófitos resultantes da osteoartrite, a radiculopatia pela compressão dos nervos e redução na atividade da miosina adenosino-trifosfase (ATPase) das fibras musculares, levando à fraqueza muscular e ao desequilíbrio, proporcionando um aumento na incidência de quedas.
Dessa forma, pode-se concluir que, nos idosos, a redução do
comprimento da coluna vertebral, as alterações degenerativas das estruturas vertebrais que são forçadas a suportar a carga dos discos e a ausência da força de tensão dos ligamentos irão contribuir para a adoção da postura flexionada para frente e propiciar as quedas. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467)
Sistema cardiovascular: o coração é constituído por células
musculares, os cardiomiócitos, moléculas de matriz extracelular, destacando-se o colágeno e células intersticiais cardíacas, tais como fibroblastos e células endoteliais. Por tratar-se de células terminalmente diferenciadas, a identificação recente de células-tronco residentes no coração revelou que os cardiomiócitos são repostos, mas não na proporção ideal para recuperação de função alterada consequente a eventuais perdas.
Com o envelhecimento, observa-se frequentemente aumento na
espessura da parede ventricular, caracterizado por um decréscimo no número de cardiomiócitos, que se tornam hipertróficos e, ainda, pelo aumento do conteúdo de colágeno. O metabolismo mitocondrial das espécies reativas de oxigênio altera-se, contribuindo para maior secreção de colágeno e indução de apoptose das células musculares lisas da parede arterial, o que leva ao aumento da rigidez aórtica. A alteração da elasticidade aórtica colabora para hipertrofia do ventrículo esquerdo, disfunção diastólica e insuficiência cardíaca congestiva. A maior massa ventricular esquerda faz com que o peso do coração aumente de 1 a 1,5 g por ano.33
Apesar das conhecidas alterações na função diastólica que
normalmente acompanham o envelhecimento, existe controvérsia em relação à função sistólica. A maioria dos estudos, feitos com indivíduos saudáveis, aponta para manutenção da função sistólica e estreita correlação entre disfunção diastólica e idade avançada. As células intersticiais cardíacas também sofrem alterações com o envelhecimento, tendo participação importante na patogênese das doenças cardiovasculares, como a aterosclerose. As espécies reativas de oxigênio derivadas das mitocôndrias contribuem para a manutenção de pequeno grau de inflamação crônica no leito vascular, ativando as vias de sinalização redox. Recentes estudos apontam para o importante papel das espécies reativas de oxigênio na indução de apoptose das células endoteliais e no desenvolvimento do fenótipo senescente destas células, podendo levar ao comprometimento da integridade dos vasos e da angiogênese.
No envelhecimento, é comum a redução da habilidade em alterar a
frequência cardíaca de maneira adequada em resposta a situações de estresse, provavelmente devido à menor resposta dos receptores beta- adrenérgicos. Ocorre ainda redução na resposta autonômica ao estresse, incluindo diminuição do barorreflexo, o que torna habitual a variação da pressão arterial com mudanças posturais, contribuindo assim para a elevada ocorrência de quedas em idosos. As propriedades eletrofisiológicas do coração também se alteram no envelhecimento e levam à maior ocorrência de arritmias, observando-se aumento na prevalência (tanto de taqui como de bradiarritmias) após os 60 anos de idade. Nesta população são comuns as disfunções sinusais e os bloqueios atrioventriculares, aumentando a incidência de implantação de marca-passos. A ocorrência de focos ectópicos ventriculares e supraventriculares e as alterações das propriedades dos canais iônicos cardíacos contribuem para a maior ocorrência das arritmias, assim como para a variação dos parâmetros farmacodinâmicos e farmacocinéticos dos medicamentos antiarrítmicos habitualmente utilizados.
Portanto, sendo frequentes as alterações cardiovasculares que
acompanham o envelhecimento, é comum o uso de diversos medicamentos como diuréticos, anti-hipertensivos, antiarrítmicos e vasodilatadores. Paradoxalmente, o tratamento medicamentoso contribui para a elevada ocorrência de quedas nos idosos e não é rara a suspensão do seu uso. Por exemplo, embora seja recomendável para idosos com fibrilação atrial o uso de anticoagulantes, o risco de quedas nessa população restringe sua aplicação. Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, cerca da metade dos idosos que fazem uso de anti- hipertensivos e diuréticos sofre uma ou mais quedas no prazo de um ano. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467)
Sistema Urinário: por volta dos 30 anos, a função renal começa a
diminuir de maneira progressiva, chegando a sua metade aos 85 anos. Aos 60 anos, o rim pesa em média 250 g, aos 70 anos, 230 g e aos 80 anos, 190 g. Paralelamente, ocorre uma diminuição do fluxo plasmático de 600 ml/min para 300 ml/min. O rim pode ser afetado diretamente como acontece nas lesões do néfron ou indiretamente, como no caso de doenças cardiovasculares. Da mesma forma, a lesão renal pode levar a alterações à distância, como distúrbios hidreletrolíticos e hipertensão arterial. Ainda, pela sua função excretora, o declínio da função renal pode levar a intoxicação medicamentosa, particularmente perigosa no idoso. O padrão do ritmo urinário apresenta-se modificado na pessoa idosa, que passa a eliminar água e eletrólitos mais a noite que durante o dia. Essa alteração, conhecida como poliúria noturna, ocorre por múltiplos fatores, como a diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio, alterações nos receptores do ADH assim como a alteração da função do sistema reninaangiotensina-aldosterona. As alterações ocorridas com o envelhecimento na função glomerular não comprometem o bem-estar da pessoa idosa. Entretanto, como acontece com outros órgãos, não há reserva para seu pleno funcionamento em caso de sobrecarga. Muitas pessoas idosas sofrem perda da habilidade de concentrar ou diluir a urina de tal monta que se tornam incapazes de equilibrar o organismo frente a uma desidratação ou a uma sobrecarga hídrica. Para manter o funcionamento do rim adequadamente, a pessoa idosa deverá ingerir 2,5 a 3 l de líquidos ao dia. É difícil para essas pessoas seguirem tal orientação, pois, muitas vezes evitam, de propósito, beber líquidos por medo de sofrerem constrangimentos devido à incontinência. Existem outros fatores que corroboram para a dificuldade em manterem-se hidratados, como a diminuição do reflexo da sede, a solidão, a imobilidade e outros. Há diminuição da capacidade renal de concentração e conservação do sódio, estando os idosos mais propensos à hiponatremia e à hipopotassemia quando em uso de diurético ou na vigência de dietas restritivas. A ureia contribui para estabelecer um gradiente osmótico na medula renal e concentra a urina nos túbulos coletores. Como a pessoa idosa, muitas vezes, faz uma dieta pobre em proteínas e tem déficit na produção hepática de ureia, a uremia também pode estar diminuída. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Sistema Digestório: a motilidade esofágica pode ser anormal no idoso
pela redução da amplitude da contração muscular após a deglutição. Em 35% das pessoas entre 50 e 75 anos de idade, pode ocorrer a incompetência esfincteriana, permitindo o refluxo do conteúdo ácido do estômago para a porção distal do esôfago. Em consequência, pode surgir dor torácica, por vezes exigindo diferenciação com problemas cardíacos, e sensação de queimação, pirose. No estômago, há diminuição da secreção do ácido clorídrico e de pepsina, o que dificulta a digestão de alimentos, principalmente, os ricos em proteína. Ainda pode ocorrer a ruptura da barreira da mucosa gástrica, permitindo que o ácido clorídrico e a pepsina da luz do estômago entrem nas células da mucosa destruindo-as. O rompimento dessa barreira acontece também com o uso de anti-inflamatórios, álcool, cafeína e na presença de bactérias, corroborando com a lesão celular. A prostaglandina, um lipídio que estimula a secreção de bicarbonato protegendo as células da mucosa, está diminuído. Além disso, observa- se dificuldade do esvaziamento gástrico pela diminuição de sua mobilidade normal, a gastroparesia. Em decorrência de todas essas modificações fisiológicas, o estômago fica mais exposto a lesões, como a gastrite e a úlcera péptica sendo responsáveis por metade dos sangramentos digestivos altos ocorridos nos pacientes acima de 60 anos. Com o avanço da idade, as vilosidades que cobrem toda a mucosa intestinal, em camada única de epitélio colunar, diminuem de altura. A absorção de várias substâncias está diminuída, dificultando a compensação nos casos de carência de algum elemento, como acontece com as pessoas antes dos 60 anos. Más-formações vasculares são comuns no trato digestivo alto, provocando sangramentos. As alterações encontradas no intestino grosso são praticamente exclusivas do envelhecimento. A mais prevalente é a presença de divertículos que podem variar de 3 mm a 3 cm, sendo encontrados em 30 a 40% das pessoas acima de 50 anos. Eles surgem devido a um aumento da pressão intraluminal herniando a mucosa entre as camadas das fibras musculares lisas. Complicam com sangramentos digestivos baixos e processos inflamatórios, a diverticulite. Com a alteração para uma dieta com mais fibras, a peristalse se dá normalmente sem aumentar a pressão dentro da alça intestinal. A constipação intestinal, uma das queixas mais comuns, ocorre por alimentação pobre em fibras, baixa hidratação oral e falta da prática de exercícios físicos regulares. A diminuição do tônus e da força do esfíncter anal associados à menor complacência retal aumentam a chance de incontinência fecal nas pessoas idosas. O pâncreas diminui de tamanho, endurece pelo aumento da fibrose e torna-se mais amarelado pelo depósito de lipofucsina. Produz o suco pancreático, auxiliar na função digestiva, onde se encontram as enzimas amilase, lipase e as proteases, sendo a tripsina a mais importante. A amilase se mantém em volume constante, porém a lipase e a tripsina têm a sua produção bastante diminuída. A despeito da queda dramática da produção dessas enzimas, não há expressão clínica, pois precisamos somente de 1/10 da produção da secreção pancreática para fazermos uma digestão normal. Entre os 24 e 90 anos o fígado diminui de volume em aproximadamente 37% e também diminui seu fluxo sanguíneo em 35%. Como no pâncreas, escurece pelo depósito da proteína lipofucsina. O sistema reticuloendotelial liso dos hepatócitos diminui e está correlacionado com a redução da capacidade de metabolizar medicamentos contribuindo para aumentar a suscetibilidade do idoso à intoxicação por medicamentos. Já a síntese proteica é mantida. A síntese do colesterol diminui e há redução da bile total. Como a função da bile é garantir uma boa digestão e absorção dos lipídios, essa diminuição da produção biliar hepática pode agravar a deficiência de vitaminas lipossolúveis, já comprometida nas pessoas idosas que, por diferentes motivos, alimentam-se mal, fazendo dieta pobre em vitaminas lipossolúveis. Apesar de todas essas modificações as provas de função hepática não se alteram. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado- de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Sistema Nervoso: depósito da proteína lipofucsina no cérebro devido à
diminuição da proteólise intracelular própria do envelhecimento. A perda do volume cerebral é de 2 a 3% por década depois dos 50 anos, e o peso diminui 8% comparado ao peso máximo quando adulto. Com o envelhecimento, a perda neuronal está limitada a algumas áreas. No idoso, sem déficits aparentes, no córtex e no cerebelo o número de células permanece o mesmo ao longo da vida. Em outras áreas, pode haver perdas, como no (locus ceruleus – neurônios catecolaminérgicos; na substância nigra – neurônios dopaminérgicos; e no hipocampo – neurônios colinérgicos). Já as células gliais aumentam com o envelhecimento em resposta ao dano neuronal. Esse acúmulo de células gliais, denominado gliose, representa uma resposta compensatória protegendo a função neuronal e a plasticidade. O número de células da micróglia, pertencentes ao sistema imune, permanece sem mudanças. Há perda dos axônios e redução da mielina que cobre esses axônios levando à rarefação da substância branca periventricular. Estudos de imagem mais especializadas, como na tomografia por emissão de pósitron (PET), podem mostrar alterações no metabolismo cerebral, associadas ao envelhecimento, como a diminuição do metabolismo da glicose nos lobos temporais e em outras áreas. Em algumas pessoas, o número de dendritos diminui, perdendo, assim, as sinapses, alterando a neurotransmissão, piorando a comunicação do sistema nervoso. Entretanto, em decorrência da plasticidade cerebral, pode ocorrer aumento da densidade dos dendritos assim como seu prolongamento, como uma reação de manutenção da função cerebral. Nos quadros demenciais, a perda dendrítica é acentuada e progressiva diminuindo a plasticidade e a dinâmica dos processos cerebrais. Além das modificações do sistema nervoso central, há também a alteração dos nervos periféricos e da musculatura. As células do corno anterior da medula diminuem e ocorre redução da mielina nos nervos sensoriais. As consequências dessas mudanças incluem perda da sensação vibratória, do tato e da dor, assim como a disfunção autonômica, a qual afeta a reatividade pupilar, a regulação da temperatura corporal e o controle vascular cardíaco e periférico. Parte da cognição pode sofrer certa deterioração nas pessoas idosas saudáveis, como a velocidade do processamento cognitivo, menor destreza para executar movimentos finos e problemas com a memória recente. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf) Com o avançar da idade, o indivíduo apresenta deficiências no controle genético da produção de proteínas estruturais, de enzimas e dos fatores neurotróficos. Esse deficit, por sua vez, repercute de maneira negativa na função das células nervosas e da glia, tornando mais difíceis a neurogênese, a plasticidade, a condução e a transmissão dos impulsos nervosos. Com isso, são gerados deficit consideráveis nos equilíbrios estático e dinâmico. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467) Diversas modificações fisiológicas e estruturais ocorrem no cérebro ao longo da vida. São alterações multifatoriais, muitas das quais contribuem para a perda da força e desequilíbrio em pessoas idosas e são potencializadas quando associadas a processos patológicos. Desde o nascimento, a totalidade de neurônios necessários ao funcionamento do organismo já estão presentes. Aos dois anos de idade, o cérebro atinge 80% do seu tamanho adulto. O amadurecimento cerebral decorre da multiplicação de células da glia, gerando aumento no depósito de mielina nas fibras nervosas, assim como novas conexões. O volume e o peso do cérebro declinam com a idade, a uma taxa aproximada de 5% por década após os 40 anos, observando-se uma acentuação no declínio a partir da sétima década de vida. O comprometimento da regulação da homeostase do cálcio e do mecanismo de proteção antioxidante são duas causas importantes da degeneração neuronal observadas durante o envelhecimento normal e na neurodegeneração. Na verdade, qualquer alteração no transporte ou no armazenamento do cálcio, independentemente de seu grau, acarreta consequências significativas para o envelhecimento. E seu aumento excessivo causa lipólise, proteólise, mudanças na fosforilação proteica, perda da integridade citoesquelética e morte celular. Nos distúrbios neurodegenerativos progressivos, como nas doenças de Parkinson (DP) e Alzheimer (DA), a lesão neuronal pode ser causada por pequenas alterações da homeostase do cálcio mantidas durante longos períodos de tempo. Há alguns anos, surgiu uma "hipótese do cálcio" para explicar o avanço do envelhecimento cerebral, sugerindo que os mecanismos celulares responsáveis pela manutenção dos níveis de cálcio citoplasmático têm um papel fundamental no envelhecimento. Além disso, as alterações sustentadas da homeostase do cálcio podem fornecer uma via comum para as alterações patológicas observadas nas doenças neurodegenerativas. Ao lado das alterações da homeostase do cálcio, a disfunção mitocondrial tem estreita relação com a morte neuronal. As mitocôndrias são de suma importância na geração de adenosina-5'-trifosfato (ATP), no sequestro do excesso de cálcio citoplasmático e na "desintoxicação" dos neurônios causadas por espécies reativas de oxigênio. Sabe-se que fatores genéticos controlam a susceptibilidade à desregulação do cálcio e do estresse oxidativo, e a falha desses mecanismos pode causar morte neuronal. Mutações gênicas provocam alterações nas proteínas e enzimas que deveriam sequestrar os radicais livres (superóxido dismutase, glutato peroxidase) e regular a homeostase do cálcio (calmodulina). A degradação proteica intracelular daí decorrente parece ser realizada por várias vias, desde a via dependente dos lisossomos até a via dependente do cálcio. Além disso, cada via "trata" as proteínas de maneira diferente, dependendo de sua sequência de aminoácidos. Ainda, a disfunção mitocondrial dependente de cálcio provoca defeitos morfológicos e no tráfego dos neurônios, sendo crítica para a degeneração neuronal observada na DP, na DA e na doença de Huntington. Tomados em conjunto, podemos afirmar que alterações fisiopatológicas características de algumas doenças neurodegenerativas como a DP, também são responsáveis por quedas na população idosa. Esses pacientes apresentam distúrbios motores frequentes, como tremor e rigidez, levando a dificuldades no equilíbrio. Diferente da DP, que consiste em um distúrbio, sobretudo motor, a DA é caracterizada por alterações cognitivas inerentes à atrofia cerebral e à formação de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares. Alterações nas reações de equilíbrio e mesmo a ocorrência de quedas são comuns nos estágios avançados da doença, embora em menor frequência do que nos indivíduos parkinsonianos. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467)
Sistema Respiratório: os primeiros sinais de piora da respiração
pulmonar já podem ser vistos por volta dos 25 anos. Os pulmões se tornam mais volumosos e fibrosados, os ductos e bronquíolos se alargam e os alvéolos se tornam flácidos com perda do tecido septal. A consequência é o aumento de ar nos ductos alveolares e diminuição do ar alveolar com piora da ventilação e perfusão. Entretanto, não há interferência na capacidade pulmonar total. Há falha no controle central (medula e ponte) e nos quimiorreceptores carotídeos e aórticos com diminuição da sensibilidade a Pco2 , Po2 e ao pH, limitando a adaptação da pessoa idosa ao exercício físico. A maioria dos músculos sofre um certo grau de sarcopenia, daí a capacidade da função pulmonar piorar em algumas pessoas pela diminuição da força e da resistência da musculatura respiratória. O tórax se torna enrijecido devido à calcificação das cartilagens costais e os pulmões distendidos pela diminuição da capacidade das fibras elásticas retornarem após a distensão na inspiração. Com isso o volume pulmonar e a capacidade ventilatória diminuem. O volume residual aumenta em torno de 50%. A consequência é uma inadequada oxigenação do sangue enquanto a Pco2 não se altera. A produção do líquido surfactante se encontra diminuída. Na sua deficiência, os alvéolos poderão colabar na expiração, fazendo atelectasias. O surfactante também tem função protetora impedindo a entrada de partículas e aumenta a capacidade dos macrófagos pulmonares destruírem bactérias. Ainda na deficiência de surfactante, há o aumento da permeabilidade alveolar, podendo levar ao edema pulmonar. Apesar de sua perda progressiva, a maioria dos idosos é capaz de levar uma vida normalmente ativa. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Visão: aos 60 anos, ocorrem alterações anatômicas e fisiológicas
oculares: o diâmetro pupilar está reduzido a menos da metade do que se tinha aos 20 anos; as reações pupilares à luz tornam-se mais lentas; o suporte gorduroso retro-ocular é perdido, fazendo com que os olhos localizem-se mais profundamente nas órbitas, e disfunções nos músculos extraoculares e nas pálpebras causam perda da amplitude nas rotações oculares. Na presbiopia, caracterizada pela perda da elasticidade da cápsula do cristalino, ocorre dificuldade no ajuste refrativo para enxergar alvos próximos (ler jornais, por exemplo). O idoso normal perde partes da capacidade de acomodação, da acuidade visual em meios com pouco contraste, da adaptação a ambientes escuros, da tolerância ao brilho, da capacidade de discriminar cores, da capacidade de leitura e do campo visual atencional ou de processamento rápido (em que os estímulos são mais facilmente percebidos). A adaptação ao escuro declina em decorrência das reduções do diâmetro pupilar e da velocidade de condução intraocular do estímulo visual. Idosos podem cair ao transitarem entre ambientes com diferentes intensidades de iluminação. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado- de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf) Relacionada com a idade, a catarata é uma causa de cegueira em uma escala global, envolvendo influências genéticas e ambientais. Nela, ocorrem modificações pós-translacionais e acúmulo de cromóforos fluorescentes, aumentando a susceptibilidade ao dano oxidativo, embora esse processo comece a partir da quarta década de vida. À medida que a área opaca aumenta, a visão torna-se cada vez mais comprometida. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467) Embora possa decorrer apenas do envelhecimento, a catarata também está associada a traumas oculares, inflamação, diabetes melito, radiação ultravioleta, medicamentos (corticoides) e desordens nutricionais. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado- de-geriatria-e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Paladar: por volta dos 65 anos de idade, a concentração de células
sensoriais em cada papila possa estar reduzida, sem que ocorra a diminuição do número de papilas. Em idosos saudáveis, ocorre somente modesta redução na sensibilidade gustativa, enquanto a textura e a temperatura dos alimentos são percebidas normalmente. A capacidade de detecção declina de maneira diferente para cada sensação. A sensibilidade ao sabor salgado reduz-se, enquanto o sabor doce é percebido normalmente. Tais peculiaridades devem ser consideradas na orientação dietética a hipertensos e nefropatas. Dificuldades na percepção do gosto podem decorrer de problemas bucais (estomatite e glossite), doenças sistêmicas, alterações do sistema olfatório (rinites, lesões na lâmina crivosa), lesões no sistema nervoso central (acidentes vasculares encefálicos), fármacos, deficiência de zinco, infecções bucais causadas principalmente pelo uso inadequado de próteses ou fatores não esclarecidos (forma idiopática). O uso de medicamentos é o principal fator etiológico nas disfunções do paladar em idosos. Queixas de boca seca são comuns em idosos, mais frequentemente relatadas por mulheres de raça branca e que usam medicamentos (principalmente antidepressivos, anti-hipertensivos, digitálicos e anti-histamínicos). Os medicamentos também podem ter gosto desagradável ou interferir nos mecanismos fisiológicos da gustação. Fármacos podem reduzir o paladar de idosos também para doces. Diabéticos que usam medicamentos estão em risco de utilizarem quantidade excessiva de açúcar na preparação dos alimentos. As próteses dentárias que cobrem boa parte do palato duro afetam a propagação dos odores durante a mastigação e podem causar perda olfatória, mesmo havendo epitélio nasal sensorial saudável. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Olfato: em idosos, as performances em testes de capacidade olfatória
correlacionam-se com as de testes de função cognitiva. A habilidade de identificar odores depende do lobo temporal medial, afetado precocemente na doença de Alzheimer, na demência vascular e no transtorno cognitivo leve. A capacidade discriminatória para diferentes odores reduz-se em idosos de ambos os sexos. As mulheres, porém, têm melhor desempenho na identificação de odores que os homens, em todas as idades. Em idosos, há redução na secreção do muco nasal (meio através do qual os odores se difundem para atingir os receptores olfatórios), associada à menor fluidez do muco produzido. Também ocorre substituição parcial do epitélio sensorial nasal por mucosa respiratória e redução de sua espessura, com diminuição da concentração de neurônios. As taxas de recuperação da capacidade olfatória são menores em idosos. As rinites sempre devem ser tratadas para que discretas recuperações da capacidade olfatória não passem despercebidas. Na doença de Parkinson, caracteristicamente há comprometimento do olfato. Testes de função olfatória têm o potencial de auxiliar no diagnóstico diferencial com outros transtornos extrapiramidais, como a paralisia supranuclear progressiva, na qual não há comprometimento do olfato. (https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria- e-gerontologia-3c2aa-ed.pdf)
Audição e equilíbrio: a partir da quarta década de vida, são observadas
alterações anatômicas e fisiológicas no sistema vestibular que se acentuam com o passar do tempo. São processos degenerativos que levam à redução gradual na densidade dos receptores e no número de células receptoras de algumas estruturas do sistema, gerando surdez e a degeneração do reflexo vestíbulo-ocular, sendo manifestação clássica de sua falência o desequilíbrio quando há rotação do corpo, que acarreta o desvio da marcha. Além dos episódios de tontura e vertigem, outro grande problema surge em consequência dos frequentes eventos de desequilíbrio na população geriátrica: as quedas. Esse risco aumenta consideravelmente com o avançar da idade (acima dos 80 anos), quando associado a outras doenças crônicas como o diabetes, e ainda pela polifarmácia, comum na velhice. As vestibulopatias em idosos costumam estar associadas a outros sistemas responsáveis pelo controle postural, como a visão e as sensações proprioceptivas. Estas se caracterizam por sinais enviados ao SNC por receptores sensoriais presentes nos músculos, tendões e nas articulações, que aferem ao movimento e à estabilidade do corpo. Assim, a conduta terapêutica, normalmente centrada em exercícios de reabilitação vestibular, é significativamente abrangente. (http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=467) O limite de idade entre o indivíduo adulto e o idoso é 65 anos para as nações desenvolvidas e 60 anos para os países em desenvolvimento. (https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/5137/2/214.pdf) 2) https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-idoso.pdf Para convencê-la poderíamos explicar o funcionamento da vacina como algo que estimula o corpo a produzir uma defesa natural contra o agente infeccioso, como um treino. Assim, se o patógeno chegar até o organismo, ele saberá qual a melhor forma de derrotá-lo. Entretanto, por ser um “treino”, efeitos colaterais temporários podem acontecer dependendo da pessoa e sua intensidade também varia de organismo para organismo. Por isso, o acompanhamento é fundamental para a vacinação da população idosa, observando-se sempre as contraindicações.
3) Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de
saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velha. A palavra “ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho. As pessoas mais velhas que se aposentam e aquelas que apresentam alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países. O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados. O termo “saúde” refere-se ao bem-estar físico, mental e social, como definido pela Organização Mundial da Saúde. Por isso, em um projeto de envelhecimento ativo, as políticas e programas que promovem saúde mental e relações sociais são tão importantes quanto aquelas que melhoram as condições físicas de saúde. Autonomia é a habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências. Independência é, em geral, entendida como a habilidade de executar funções relacionadas à vida diária – isto é, a capacidade de viver independentemente na comunidade com alguma ou nenhuma ajuda de outros. Promoção da saúde e prevenção de doenças: apoio social, adesão, tabagismo, álcool, atividades físicas, boa alimentação, acesso a medicamentos, iantrogenia baixa, saúde oral, assistência a longo prazo... Serviços curativos Serviços de saúde mental: apoio social, trabalho, serviços de proteção legais...